VI-027 - A ACELERAÇÃO DA EVOLUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL



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VI-027 - A ACELERAÇÃO DA EVOLUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Ceres Grehs Beck Universidade Federal d Ri Grande d Sul UFRGS. Escla de Administraçã - Rua Washingtn Luís, 855 - Prt Alegre - RS CEP 90.010-460 e-mail: ceres@ciber.cm.br Alexandre Cancian Baitt Universidade Federal d Ri Grande d Sul UFRGS. Escla de Administraçã - Rua Washingtn Luís, 855 - Prt Alegre - RS CEP 90.010-460 e-mail: abaitt@ig.cm.br Fábi Márci Bisi Zrzal Engenheir Civil pela UFES (1997), Adesguian pel XVII CEPE - ADESG/ES (1996), Mestre em Ciências em Engenharia Ambiental pela UFES (1999). Dutr em Engenharia de Prduçã cm Ênfase em Gestã Ambiental pela UFSC (2003). Finalista d Prêmi Tiã Sá de Pesquisa Eclógica da Prefeitura Municipal de Vitória (1998). Finalista d Prêmi Paraná Ambiental 2001. Prfessr n Curs de Engenharia Civil da Universidade Tuiuti d Paraná (desde 1999). RESUMO O desenvlviment sustentável significa que a evluçã d hmem deve respeitar s interesses ecnômics, sciais e d mei ambiente. O cmprmiss entre tds s elements da sciedade deve garantir as necessidades das atuais gerações sem cmprmeter as necessidades das gerações futuras. PALAVRAS-CHAVE: Sustentabilidade, recurss naturais, mei ambiente. INTRODUÇÃO A SUSTENTABILIDADE O hmem, ambiente e a ecnmia devem andar junts, em equilíbri, já que futur d planeta exige respnsabilidade de tds s atres envlvids cm prgress. Hje enrme desafi que tds, e em especial as empresas, devem encarar, é de mudar as frmas cnvencinais de prduçã e s hábits de cnsum, sem prvcar dans à natureza. O enfque deste nv desafi é desenvlviment sustentável, já que cresciment e prgress da humanidade sã necessáris e inevitáveis. O desenvlviment sustentável prevê que a evluçã da humanidade deve atender as necessidades das gerações atuais, sem cmprmeter as necessidades das gerações futuras. Cm iss, s três segments envlvids cm cresciment: hmem, a ecnmia e ambiente devem agregar valr em tdas as suas relações e nã se deve pensar em desenvlviment apenas em terms ecnômics, mas sim, pensar em uma frma de sustentabilidade, em que s recurss naturais nã renváveis sejam preservads e nã apenas extraíds para prmver a riqueza. As sluções para atingir a sustentabilidade seriam, entre utras: Reduzir desperdíci de energia e materiais utilizads ns prcesss prdutivs, agregand mais valr a prdut final; Desenvlver cenáris tecnlógics e previsões das reais necessidades ds cnsumidres, aplicand a invaçã tecnlgia n desenvlviment de prduts recicláveis; Utilizar a tecnlgia dispnível para racinalizar us de matérias-primas, empregand tecnlgias limpas, que empreguem td ptencial energétic (mã-de-bra e materiais) sem a geraçã de resídus de prcess. ABES - Assciaçã Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1

IMPACTOS DA EVOLUÇÃO HUMANA A velcidade das invações e as prfundas transfrmações vividas pela humanidade hje demnstram a cnstante evluçã da sciedade. Percebe-se que cada vez mais diminui a distância entre passad e futur. Seja na ecnmia cm fusões, glbalizaçã, parcerias entre empresas cncrrentes e na própria estrutura de indústrias inteiras; ns prduts e serviçs e em seus fluxs lgístics; ns mercads cm sua segmentaçã, valres e cmprtament ds cnsumidres; ns mercads de trabalh; na plítica e nas relações internacinais entre s países. Mas talvez seja imprtante salientar impact destas mudanças sbre a sciedade, s valres, a família e sbre a visã que tems d mund e de nós mesms. Também cabe refletir sbre s dans que esta evluçã acelerada está prvcand na natureza. Esta discussã sbre s impacts ambientais prvcads pela rápida industrializaçã, urbanizaçã das cidades e extraçã sem limites ds recurss naturais, nã está em tdas as pautas ds debates a respeit da aceleraçã da evluçã tecnlógica, mas, cm certeza, é um pnt imprtante a ser cnsiderad na evluçã d hmem. A relaçã d hmem, ecnmia e mei ambiente deve ser sustentável e s limites devem ser respeitads, cas cntrári, nã haverá a harmnia necessária a sbrevivência das futuras gerações. Já que impact verdadeiramente revlucinári da Tecnlgia da Infrmaçã está apenas cmeçand a ser sentid, que está determinand tal impact é alg que ninguém previa, que nem mesm era cmentad há 10 u 15 ans: a utilizaçã da internet cm frma de disseminaçã rápida da infrmaçã, tele-trabalh, cmérci eletrônic, cmpras e pagament de cntas pela rede, ensin à distância, etc. Estes eram fats alheis à realidade há cerca de uma década. Eram hipóteses que nã eram cgitadas de se trnarem reais em tã curt espaç de temp. Em síntese, este mund em evluçã exige de cada ser human uma grande determinaçã para uma cnstante aprendizagem, evitand a bslescência que a tendência natural à acmdaçã pde acarretar. A evluçã da tecnlgia pde ser ilustrada quand hje, pr exempl, pde-se transmitir 300 ans de jrnal - tdas as edições d New Yrk Times - em um segund, u seja, 1 trilhã de bits pr segund. Iss ns mstra que estas mudanças sã benéficas n dia-a-dia e passad serve cm referência sbre a velcidade d desenvlviment. Estas cmparações cm experiências passadas valem para imaginar cenáris futurs, u seja, lhand para trás, imagina-se impuls tecnlógic que a humanidade cnseguiu alcançar desde final da Segunda Guerra Mundial. Pde-se, assim, ter a dimensã d que existirá num futur próxim. O imprtante a salientar é que assim cm s avançs tecnlógics já pdem ser previsíveis pela cnstância da evluçã, também, da mesma frma, deve ser feita uma previsã sbre s impacts negativs a mei ambiente e frmas de preservaçã da natureza frente a estes avançs. Será que s parâmetrs evlutivs atuais prevêem uma relaçã de sustentabilidade neste prcess de desenvlviment já previst? O hmem, neste cntext, está se trnand mais dinâmic e rápid em suas ações e é clara a necessidade da tecnlgia cm uma aliada para atingir s bjetivs de viver de frma mais tranqüila ns dias de hje, em que a turbulência ds acnteciments é uma cnstante. Hje se pensa muit sbre real sentid de ter tantas infrmações, que, pr vezes, nã acrescentam muit, pel cntrári, até enluquecem. Cm saber administrar esta avalanche de infrmações e nã enluquecer cm iss e ainda manter-se abert a futuras invações? Cm cntrlar s avançs, mantend s padrões cnfrtáveis da vida mderna garantind, prém, também a sbrevivência ds demais seres vivs? CENÁRIOS FUTUROS Fazend um retrspect a Brasil d iníci d sécul XX, percebe-se a evluçã da humanidade, mais precisamente ds benefícis dispníveis neste iníci de nv milêni. Naquela épca nã existia telefne, televisã, aviã, cmputadr e autmóvel era artig de lux. Muits imigrantes estavam ainda desbravand as terras e fundand cidades n Brasil e a frma de cmunicaçã cm s parentes, na lngínqua Eurpa, era através de cartas que viajavam de navi. Os sistemas de manufatura eram rudimentares, transprte era feit pr navis e trens a vapr. O Brasil era uma clônia dependente de ABES - Assciaçã Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2

muits prduts imprtads, já que, pssuind a matéria-prima, nã detinha a tecnlgia necessária às indústrias de transfrmaçã. Fazend este retrspect cnsegue-se imaginar tdas as mudanças culturais e, principalmente, tecnlógicas, que este últim sécul de história revela. Vivems hje em uma sciedade espantsamente dinâmica, cm uma capacidade evlutiva ainda nã experimentada e pr ist também muit instável. A cada dia vive-se um nv prcess de adaptaçã às nvas realidades. A antecipaçã d futur deve ns levar a cnstantes mudanças de paradigmas. Nã se pde crrer risc de deixar as infrmações e avançs tecnlógics passarem desapercebids, pis a adaptaçã a nv é uma questã de sbrevivência. Pr iss, num mund em extrema mudança, a atitude crreta a ser tmada é a percepçã e abertura a estas cntínuas mudanças. O que, prém, nã está crrend é a crreta ligaçã entre s atres envlvids: a ecnmia, hmem e a natureza. Os avançs tecnlógics sã rapidamente absrvids pel hmem. Prém, neste avanç desenfread, nã está crrend a devida precupaçã eclógica. O hmem de hje, deve manter-se mais criativ e abert d que utrra, para nã deixar um pedaç da história passar enquant drme. O que deve ficar clar é que a evluçã acelerada da tecnlgia é visível e a tendência mstra que irá cntinuar neste ritm. Hje, se dispõe, a cada dia, de mdels nvs de celular, cmputadres transfrmam-se em sucatas em mens de um an, as máquinas e s rbôs estã executand tarefas antes manuais trabalhand cm muit mais perfeiçã e precisã. Parte diss já é uma realidade. Nã há cm fugir deste cntext e é clar que s cenáris futurs que sã traçads sã previsões que seguem a linha de racicíni da evluçã d hmem. Mas estas previsões sã feitas cm base na premissa de que a Revluçã da Invaçã vai seguir mesm caminh percrrid pr várias utras evluções tecnlógicas ns últims 500 ans, desde, pr exempl, a revluçã da imprensa, iniciada pr Gutenberg em 1455. A premissa é a de que a Revluçã da Infrmaçã vai ser semelhante à Revluçã Industrial d final d sécul 18 e iníci d sécul 19 e, de fat, é exatamente assim que a Revluçã da Invaçã, aliada à Tecnlgia da Infrmaçã, tem se mstrad nestes primeirs 50 ans. O cmérci eletrônic representa para a Revluçã da Invaçã que a ferrvia fi para a Revluçã Industrial: um avanç ttalmente inusitad, inesperad e cm a ferrvia de 170 ans atrás, cmérci eletrônic está gerand um bm nv e distint, prvcand transfrmações aceleradas na ecnmia, na sciedade, na natureza e na plítica. Cm a nva mentalidade e redimensinament d espaç físic criad pela ferrvia, a humanidade dminu a distância e diminuiu s temps de transiçã de mercadrias e pessas. Na gegrafia mental d cmérci eletrônic, a distância fi eliminada e temp sensivelmente encurtad. Transações hje sã praticamente dependentes de alguns tques e realizadas em segunds. Existe apenas uma ecnmia e um mercad. Cm cnseqüência tda empresa precisa se trnar cmpetitiva a nível glbal, mesm que prduza u venda apenas dentr de um mercad lcal u reginal. A cncrrência já deixu de ser lcal e praticamente nã existem frnteiras. Apesar destas invações ns camps da infrmaçã e ds prcesss prdutivs, as leis de prteçã ambiental n Brasil, nã andam n mesm pass da aceleraçã tecnlógica. Na Eurpa, prém, as leis ambientais estã trnand-se mais rigrsas e a exigência pr certificads ambientais (ISO 14000), estã fazend cm que muitas empresas assumam a sua respnsabilidade scial, integrand as três variáveis respnsáveis pel desenvlviment sustentável: a sciedade, s impacts ambientais d prgress e também a viabilidade ecnômica para a adequaçã ds prcesss. A preservaçã da natureza ainda é assunt plêmic entre s empresáris e a adequaçã a frmas prdutivas sem agressã as recurss naturais ainda é vista smente sb enfque da puniçã, em que frmas prdutivas mais limpas sã implantadas para evitar multas e sanções. A cultura de manter uma relaçã sustentável cm a natureza ainda nã é vista cm a chave d desenvlviment. Apenas alguns ambientalistas visináris é que estã alertand sbre as cnseqüências da explraçã da natureza sem limites. Esta mudança de paradigmas deve ser urgentemente repensada ns debates sbre futur da aceleraçã da evluçã humana. ABES - Assciaçã Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3

As empresas devem entã se vltar a estes aspects, levand em cnsideraçã que diz LYE (2000), cnsultr britânic em desenvlviment sustentável: a rta das empresas deve ser direcinada a respeit e cnfiança de diverss grups, u seja, tds s segments envlvids cm prgress estã presentes neste nv direcinament e nã se deve mais pensar em um desenvlviment desgvernad, nde tud é de tds e a natureza deve ser apenas explrada em prl d desenvlviment da humanidade. Hje, deve-se pensar em um desenvlviment cnsciente, em nme d prgress sim, mas um prgress sustentável. Se a sciedade deve precupar-se cm s aspects de preservaçã ambiental, as empresas devem tentar manter a cnfiança ds cnsumidres, pis a transparência nas negciações e ns mds de fabricaçã limpa, também representam a base da prsperidade e da fidelizaçã ds clientes. Desastres ambientais, cm pr exempl, afundament da base de petróle da Petrbrás, já nã sã mais tã facilmente tlerads e esquecids pela sciedade e desculpas já nã cnvencem depis de crrid dan. Os valres estã mudand e prva dist é que há 150 ans smente alguns visináris assumiam que a escravidã era ruim, mas ninguém aceitava fat de nã ter escravs! Os padrões sciais mudaram significativamente e s valres estã trnand-se glbais. Assim, as empresas devem mudar seu referencial estratégic, enfatizand também valr ambiental na elabraçã de suas estratégias. QUADRO DE INSTABILIDADE A glbalizaçã trnu s prcesss mais transparentes, cm facilidades de lgística e cntrle. Truxe, prém, a cruel realidade de que nada, abslutamente nada, ficará fra desta cmpetiçã glbal, que requer um prepar especial de tds s envlvids na evluçã e desenvlviment neste cntext de cresciment acelerad. A instabilidade se traduz hje em um pnt frágil de tdas as empresas, já que cicl de vida ds prduts diminuiu sensivelmente. A HP tem lançad uma nva impressra a cada an, a GM lança um mdel de carr n Brasil a cada três meses e nvs biscits sã lançads n Brasil a cada quinze dias. N passad, s prduts mantinham-se estáveis e s cnsumidres fiéis, pr nã existirem muitas pções de cmpra e prque s mercads eram fechads. Hje, utras realidades apresentam-se neste mund glbalizad. As necessidades ds cnsumidres mudaram. Eles trnaram-se mais exigentes, prque mund está mais dinâmic e as expectativas d mercad pr nvidades sã muit grandes. Prtant, hje, a única certeza estável que se pde ter é a de que tud vai mudar e de md cada vez mais velz. A ACELERAÇÃO DA HISTÓRIA A aceleraçã da história é temp medid entre a descberta de um prcess tecnlógic e sua transfrmaçã em prdut dispnível n mercad. Neste prcess evlutiv, percebe-se que que antes demrava um sécul para acntecer, hje crre cada vez mais rapidamente. Vejams: Ftgrafia: 112 ans Telefne: 56 ans Rádi: 35 ans Radar: 15 ans Televisã: 12 ans Transistr: 5 ans Circuit integrad: 5 ans Cmputadr AT 286: 1 an D 486 a Pentium: 1 mês Cm se pde perceber, nenhum destes fats prvcu situações negativas à vida d hmem. Pel cntrári, a rtina fi facilitada pels avançs tecnlógics, prprcinand a hmem mais qualidade de vida e mens esfrçs para usufruir de cnfrt. É inegável a certeza da evluçã d hmem, ist faz parte de seu instint. Acntece que ist está crrend de frma cada vez mais rápida e teme-se que própri hmem venha a perder cntrle sbre a sua evluçã. ABES - Assciaçã Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4

CONCLUSÃO A exigência entã é a de que hje, além de usufruir destes benefícis que a tecnlgia prprcina, hmem mdern saiba gerir a invaçã de md a cnviver harmnicamente cm mei ambiente. Os três elements cmpnentes deste prcess devem manter uma relaçã sempre de igualdade, u seja, hmem - mentr desta evluçã - deve rever sua cnstante capacidade inventiva, mantend as linhas d prgress da humanidade, mas cuidand para que esta tecnlgia nã entre em cnflit cm s recurss naturais existentes. Cas a evluçã humana ande mais rápid que a evluçã e regeneraçã ds recurss naturais explrads pel hmem nesta sua cnstante busca pel desenvlviment, certamente haverá um claps ds recurss nã renváveis. Send que hmem, criadr de tdas as maravilhas d mund mdern, deve, a além da evluçã tecnlógica, precupar-se igualmente cm desenvlviment sustentável. O desenvlviment sustentável deve ser pilar das nvas gerações. Desde iníci das civilizações, a humanidade tem usufruíd de tdas as matérias-primas existentes em abundância na natureza, sem precuparse cm fat de que estes recurss nã sã renváveis. Cm a aceleraçã d desenvlviment human, a urbanizaçã das cidades e a pluiçã advinda d prgress, a natureza hje pede scrr. Já se pde prever que, em breve, a água, ar, sl e demais recurss minerais existentes estarã cada vez mais escasss, cm resultad únic da explraçã sem limites d hmem em nme de seu desenvlviment desenfread. Pr iss, sérias medidas devem ser tmadas n sentid de trnar a evluçã humana cmpatível cm desgaste da natureza. O que deve ser vist hje, mais d que nunca, sã as frmas cm hmem pde cnviver cm seu mei, sem agredi-l e nem impedir a evluçã natural da espécie. Ist smente será pssível empregand-se práticas já previstas e implementadas pr alguns empresáris, cnsiderads pela mair parte ds capitalistas cm visináris, mas que há temp pregam que desenvlviment sustentável é a chave para a cntinuidade d prgress human. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. DRUCKER, P. O Futur já chegu. Revista Exame, ediçã 710, Editra Abril. 2. LYE, G. Cnferência sbre sustentabilidade. Prt Alegre, Universidade Federal d Ri Grande d Sul, dezembr 2000. ABES - Assciaçã Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5