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Fechamento dos Mercados Segunda-feira 07/11/16 granoeste.com.br (45) Atual Ant. Dif.

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AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Junho de 2014 Panorama Macroeconômico O Banco Central Europeu (BCE) anunciou no último dia 5 de junho um pacote de medidas para combater os riscos de a inflação permanecer muito baixa por um período prolongado. A maioria delas já era esperada, em especial a redução da taxa básica de juros, que passou de 0,25% para 0,15%, e da taxa de depósitos, de 0,0% para -0,10%. Também foi anunciada uma nova LTRO (operações de financiamento de longo prazo), direcionada a empréstimos ao setor privado, e o fim das esterilizações da liquidez residual do SMP (Security Market Program). Ao mesmo tempo, por conta do resultado do primeiro trimestre, revisamos a nossa projeção para o PIB dos EUA deste ano para 2,2%, o que contempla uma aceleração expressiva a partir do trimestre corrente. Em relação à política monetária, a adoção de novos estímulos pelo BCE e a continuidade de uma política agressiva pelo Banco Central do Japão poderá levar o Fed a manter uma sinalização de paciência em relação à elevação dos juros em 2015. Na China, destacamos a interrupção da desaceleração verificada nos primeiros meses deste ano, em resposta aos estímulos adotados pelo governo desde meados de março. Ainda assim, a perda de ritmo do setor imobiliário segue como principal risco para a economia chinesa. A desaceleração da atividade econômica e a interrupção da deterioração do cenário para a inflação levaram o Banco Central a manter a taxa básica de juros em 11% na reunião de maio. Avaliamos que a desaceleração da atividade confirmada pelas informações mais recentes levará à manutenção da taxa de juros no patamar atual nos próximos trimestres. O arrefecimento da atividade começa, por sua vez, ainda que lentamente, a provocar uma redução da inflação de serviços. Além da reversão da alta dos preços dos alimentos in natura, a perspectiva para a inflação dos produtos agropecuários também apresentou melhora com a confirmação, até o momento, de uma boa safra nos EUA e possibilidade de chuvas favoráveis no Brasil no segundo semestre. Nosso cenário contempla uma taxa de câmbio de R$ 2,40/US$ para o final do ano, projeção que a nosso ver tem sido reforçada pela nova ampliação do déficit em conta corrente nos últimos meses. Mas essa trajetória de depreciação deverá ser limitada pela renovação do programa de venda de swaps cambiais. Sumário Executivo Soja As safras recordes oriundas dos maiores produtores e exportadores globais deverão dar viés de baixa às cotações, movimento que deverá se acentuar a partir de setembro, com a entrada da safra norte-americana e com o início do plantio no Brasil. Milho As cotações internacionais não deverão apresentar altas ou baixas relevantes nos próximos meses, tendo em vista a estimativa de estabilidade da produção global e o bom andamento da safra norte-americana. No mercado interno, os preços seguirão sem tendência de alta, refletindo os ajustes para cima na estimativa de produção para a 2ª safra no Brasil, que está em período de colheita. Café As preocupações com os efeitos do El Niño sobre as lavouras do Vietnã, da Colômbia e da Indonésia deverão manter as cotações voláteis. O movimento ainda continua de alta, refletindo a baixa produção brasileira e a possibilidade de recuo da produção em outros players. Mas não devemos esperar altas relevantes, dado que a quebra de produção brasileira já foi precificada. Boi O cenário de oferta mais reduzida durante a entressafra e de demanda aquecida no mercado interno e no externo, este último alavancado pelo consumo dos emergentes e pelo câmbio em nível mais depreciado, são fatores que deverão continuar sustentando a alta de preços do boi nos meses à frente. Açúcar e Etanol Preços do açúcar seguem com tendência de alta, refletindo a estiagem no Brasil e o possível efeito negativo do El Niño sobre a safra da Índia e da Tailândia. Apesar da expansão de produção esperada para o etanol, os preços devem seguir em elevação como resultado da oferta justa frente à demanda doméstica crescente.

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* SOJA Soja As safras recordes oriundas dos maiores produtores e exportadores globais deverão dar viés de baixa às cotações, movimento que deverá se acentuar a partir de setembro, com a entrada da safra norte-americana e com o início do plantio no Brasil Fundamentos Segundo a Conab, a estimativa de produção de soja foi levemente revisada para baixo em 517 mil toneladas, ou 0,6% a menos em relação ao mês anterior, refletindo o recuo da produtividade principalmente no Nordeste, incorporando assim, os efeitos da estiagem. A produção brasileira de soja nesta temporada será recorde, com 86,6 milhões de toneladas, um incremento de 6,2% em relação ao ano passado. O relatório semanal de evolução do plantio nos EUA divulgado pelo USDA em 09 de junho, mostrou que o plantio de soja tem evoluído de forma favorável: 87% da área destinada ao plantio de soja está plantada, ante 63% da média histórica para o período. Além disso, 74% das lavouras estão com condições boa ou excelente, o que indica que os EUA deverão colher uma safra recorde de 98,9 milhões de toneladas, uma alta de quase 10 milhões de toneladas ante a safra passada, o equivalente a um crescimento de 10,5%. Para a temporada 2014/15 (início de colheita em setembro de 2014 nos EUA e em março de 2015 no Brasil), são esperadas safras recordes para os dois maiores produtores e exportadores mundiais EUA e Brasil com incrementos de 10,5% e 4% nessa ordem. A probabilidade de formação de El Niño no 2º semestre deste ano, como já apontado pelos serviços de meteorologia, reforça as estimativas de safras recordes. As cotações continuam com tendência de baixa, refletindo as safras recordes nos maiores produtores e exportadores globais. Este movimento deverá ser acentuado a partir setembro, com a entrada da safra norte-americana e com o início do plantio no Brasil, quando poderemos ter confirmação do aumento da intenção de plantio de soja. em mil toneladas Produção Nacional de Soja 1990-2012 Fonte e Projeção: CONAB Elaboração: Bradesco Produção Nacional de soja (em mil toneladas) 1991 2014 98.000 89.000 80.000 75.324 81.499 89.052 71.000 62.000 53.000 52.018 49.989 55.027 68.688 60.018 57.162 66.383 44.000 41.917 35.000 26.000 17.000 19.419 15.394 25.934 26.160 31.370 32.345 Fonte e projeção: Conab Elaboração: BRADESCO 8.000 2

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* 3.300 3.100 2.900 2.700 2.751 2.567 2.816 3.115 2.927 2.938 2.958 2.816 2.629 2.651 Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) 1991 2014 2.500 2.300 2.100 2.027 2.150 2.221 2.175 2.299 2.367 2.395 2.419 2.339 2.245 1.900 1.700 1.580 1.500 em R$ por saca de 60 kg SOJA EM GRÃO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR Fonte e projeção: Conab Fonte: Deral PR Elaboração: BRADESCO Elaboração e Projeção: Bradesco Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 80,0 70,0 60,0 73,92 66,73 61,52 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 50,53 40,0 39,81 40,14 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 30,0 20,0 18,04 26,63 19,98 32,42 10,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04fonte: jan/05 Bloomberg jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 em US$ cents por PREÇOS bushel INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO Projeção de preço: média dos preços futuros Elaboração: Bradesco 2000-2010 em US$ cents por bushel 22,57 28,62 27,03 30,59 1.800,0 1.600,0 1.400,0 1.515 1.674 1.525 1.486 Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) 2000 2014 1.200,0 1.000,0 989 1.211 1.143 1.287 1.242 Projeção de preço: média dos preços futuros 757 908 800,0 689 632 600,0 546 507 567 542 491 526 400,0 436 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 3

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* MILHO Milho As cotações internacionais não deverão apresentar altas ou baixas relevantes nos próximos meses, tendo em vista a estimativa de estabilidade da produção global e o bom andamento da safra norteamericana. No mercado interno, os preços seguirão sem tendência de alta, refletindo os ajustes para cima na estimativa de produção para a 2ª safra no Brasil, que está em período de colheita Fundamentos Segundo a Conab, neste mês, a estimativa de produção total de milho foi revisada para cima em 2,7 milhões de toneladas, ou uma alta de 3,6% em relação ao mês anterior. A revisão altista ocorreu para a 1ª safra (+ 2,5%) e para a 2ª safra (+4,4%), refletindo a melhora de estimativas para a área e para a produtividade em todas as regiões. Segundo o relatório mensal do USDA, a produção da safra 2014/15 foi revisada para cima em relação ao relatório de maio, em 2 milhões de toneladas, refletindo o incremento de produção esperado na Europa, na Rússia e na Ucrânia. Em relação à safra passada, a estimativa é de estabilidade da safra 2014/15, somando em 981 milhões de toneladas. Nos EUA maior produtor mundial, a produção deverá ficar estável, tendo em vista o maior direcionamento de área para a soja. Para o Brasil, a estimativa é de recuo de 1,3% da produção, o equivalente a 1 milhão de toneladas a menos. O relatório semanal de evolução do plantio nos EUA, divulgado pelo USDA em 09 de junho, mostrou que 100% da área destinada ao milho já está plantada e 75% das lavouras estão com condições boa ou excelente, ante a média de 63% registrada no ano passado. Nos meses à frente, as cotações internacionais do milho não deverão apresentar movimentos relevantes, já que a estimativa para a produção global é de estabilidade e o andamento da safra norte-americana está a contento. No mercado doméstico, os preços não deverão apresentar tendência de alta, dado que a Conab, ao contrário do que era esperado, vem apontando números mais favoráveis para a produção da 2ª safra que está em período de colheita até agosto. em mil toneladas Produção Nacional de Milho - 1991-2012 Fonte e Projeção: Conab Produção Nacional de milho (em mil toneladas) 1991 2014 90.000 80.000 70.000 72.980 81.506 77.887 60.000 50.000 47.411 58.652 56.018 57.407 51.370 51.004 42.290 42.129 42.515 Fonte e projeção: Conab Elaboração : BRADESCO 40.000 30.771 30.000 24.096 20.000 37.442 33.174 35.716 32.393 35.281 35.007 4

em kg por ha Produtividade - Milho - 1991-2012 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.260 3.585 3.296 3.279 3.655 3.972 3.599 4.311 4.158 5.149 4.953 4.808 Produtividade milho (em kg por ha) 1991 2014 3.000 2.864 2.867 2.500 2.3492.344 2.194 2.622 2.356 2.588 2.650 2.589 2.480 2.000 1.500 1.791 Em R$ por saca de 60 kg Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: Deral Elaboração e Projeção: Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 30,0 25,0 20,0 15,0 11,95 10,0 22,28 11,40 18,96 16,26 10,44 24,94 14,14 13,07 26,92 23,29 21,32 19,96 17,26 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 7,05 5,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 Em US$ cents por bushel Milho - Bolsa de Chicago - CBOT Fonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco Preço futuro 1º vencimento 860 760 660 711 750 766 661 Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) 2000 2014 560 546 598 493 460 413 418 440 360 316 326 267 322 347 260 235 237 217 215 160 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 456 Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 5

94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* CAFÉ Café As preocupações com os efeitos do El Niño sobre as lavouras do Vietnã, da Colômbia e da Indonésia deverão manter as cotações voláteis. O movimento ainda continua de alta, refletindo a baixa produção brasileira e a possibilidade de recuo da produção em outros players. Mas não devemos esperar altas relevantes, dado que a quebra de produção brasileira já foi precificada Fundamentos Após dúvidas sobre o provável tamanho da safra brasileira na temporada 2014/15, a Conab pacificou as divergências ao divulgar a estimativa de 44,6 milhões de sacas, o que representa recuo de 4 milhões de sacas, ou 8%, em relação à estimativa de janeiro, incorporando os efeitos da estiagem sobre o Sudeste e Sul do País. As estimativas do USDA para a produção no Vietnã foram revisadas positivamente. A safra 2014/15 (início de colheita em outubro de 2014) está estimada em 29,2 milhões de sacas. Este número representa uma recuperação ante a estimativa anterior de 29 milhões de sacas e frente à produção da safra passada que alcançou 28,5 milhões de sacas. A produção do Vietnã vem avançando desde 2010, como resultado do incremento de área e da renovação dos cafezais. As estimativas do USDA para a produção da Colômbia também são de recuperação, saindo de 10,8 milhões de sacas na safra passada para 11,9 milhões na temporada 2014/15. O El Niño impõe riscos de não efetivação dessas estimativas, em razão dos efeitos da seca, causada pelo fenômeno climático sobre as lavouras destes dois países. As cotações de café deverão continuar voláteis nos meses à frente refletindo as preocupações com os efeitos do El Niño sobre as lavouras de importantes produtores da Ásia, como Vietnã e Indonésia, e da América Central, como a Colômbia. A baixa produção brasileira deste ano, associada à possibilidade de recuo da produção em outros players, deverá continuar impulsionando a alta de cotações. Embora em movimento de alta, as cotações não deverão apresentar elevações relevantes, dado que a quebra de produção brasileira já foi precificada. mil sacas de 60 kg Produção Nacional de Café - 1994-2012 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 61.000 51.000 41.000 31.000 Safra 14/15 Mil sacas 60 kg Var. % 1º Levantamento Jan/14 48.343 2º Levantamento Mai/14 44.566-7,8% 3º Levantamento Set/14 4º Levantamento Dez/14 26.000 27.500 34.547 27.170 31.100 28.137 48.480 28.820 39.272 32.944 42.512 36.070 45.992 39.470 48.095 43.484 50.826 49.152 44.566 Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) 1994 2014 21.000 16.800 18.860 11.000 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 6

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 590,0 540,0 490,0 440,0 390,0 340,0 290,0 337,0 291,4 269,8 327,99 530,76 457,81 387,53 408,59 366,32 508,32 446,77 Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF 240,0223,6 190,0 239,8 230,4 245,8 247,51 282,2 247,73 140,0 90,0 104,4 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 Projeção de preço: média dos preços futuros jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 Em US$ cents por libra peso Fonte: CEPEA ESALQ Café em grão - Bolsa de Nova York Elaboração: - NYBOT Bradesco 2000-2010 Fonte: Bloomberg Elaboração: Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) 2000 2014 Projeção de preço: média dos preços futuros 325,0 275,0 225,0 175,0 125,0 115,06 75,0 63,07 65,95 99,48 127,53 96,55 131,18 152,04 272,07 204,99 142,45 108,67 180,03 171,80 150,03 117,62 67,78 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 25,0 7

BOI Boi O cenário de oferta mais reduzida durante a entressafra e de demanda aquecida no mercado interno e no externo, este último alavancado pelo consumo dos emergentes e pelo câmbio em patamar mais depreciado, são fatores que deverão continuar sustentando a alta de preços do boi nos meses à frente Fundamentos As exportações de carne bovina cresceram bastante nos dois últimos anos alta de 13,4% em 2012 e de 21,1% em 2013. No primeiro quadrimestre deste ano, o volume exportado subiu 11% em relação ao mesmo período do ano passado. As estimativas do USDA para este ano são de incremento de 9,8% para as exportações brasileiras, que estão sendo incentivadas pela demanda nos emergentes e pelo câmbio em nível mais depreciado. A oferta doméstica também vem crescendo após ampliação de 11% dos abates em 2013, esses cresceram mais 2% no 1º quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a estimativa preliminar é de ampliação de 1,5% do volume confinado em 2014 em relação ao ano passado, mas esse número poderá ser revisado para baixo em função do alto custo do boi magro. Segundo o Imea, o custo da diária no confinamento subiu 10% neste ano, após ter avançado 10% no ano passado. Os preços do bezerro subiram 10% na média de 2013 contra a média registrada no ano anterior e mais 23% até maio, comparativamente à cotação de dezembro de 2013. Segundo o Rally da Pecuária, expedição realizada pela Agroconsult em fazendas de todo o País, a oferta de carne em 2014 deverá crescer 4%. Mesmo em um cenário de preços de bezerro em alta, é esperado incremento da oferta de carne, em razão da melhora de produtividade na pecuária. Os pecuaristas estão melhorando a tecnificação, com melhor alimentação, genética e manejo do rebanho. Isso tem permitido a redução da idade de abate e o consequente aumento na velocidade da oferta de animais prontos. Os preços do boi devem continuar subindo nos meses seguintes, como já estão apontando as cotações futuras, refletindo a demanda aquecida no mercado interno e externo. Esse último favorecido pelo consumo dos países emergentes e pelo câmbio em patamar mais depreciado. Sustenta esse cenário a oferta mais reduzida durante a entressafra. Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010-2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Exportações Brasileiras de carne bovina (em mil toneladas) 2011 2014 2011 150.000 2012 2013 140.000 2014 130.000 120.000 120.133 129.940 123.208 139.110 127.236 110.000 104.974 110.048 100.000 101.746 90.000 90.893 80.000 80.613 FONTE: SECEX ELABORAÇÃO: BRADESCO 70.893 76.463 70.000 64.794 60.000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 8

jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 Abates mensais de boi - 2010-2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco 2.500 Abate de Bois Em mil cabeças 2011-2014 2.421 2.400 2.300 2.295 2.200 2011 2012 2013 2014 2.197 2.100 2.115 2.000 1.900 1.836 1.800 1.792 1.893 1.865 FONTE: MAPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em R$ por arroba (15 kg) 1.700 BOI GORDO Fonte: Cepea Esalq 1.600 PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP Elaboração e Projeção: Bradesco jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 61,8 93,3 74,5 109,6 106,9 90,8 108,4 125,2 127,8 130,9 97,0 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) 2000 2015 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 51,7 40,0 42,2 20,0 FONTE: CEPEA ELABORAÇÃO: BRADESCO 9

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* AÇÚCAR E ETANOL Açúcar e Etanol Preços do açúcar seguem com tendência de alta refletindo a estiagem no Brasil e o possível efeito negativo do El Niño sobre a safra da Índia e da Tailândia. Apesar da expansão de produção esperada para o etanol, os preços devem seguir em elevação como resultado da oferta justa frente à demanda doméstica crescente Fundamentos Segundo a Unica, até 01/06, o volume de cana processado no Centro-Sul está no mesmo nível registrado em igual período do ano passado, indicando, que, por enquanto, não há atraso na moagem. O volume produzido de açúcar está 3,6% abaixo do produzido no mesmo período do ano passado. Já a produção de etanol anidro está 10,6% acima, enquanto a produção de etanol hidratado está 7,2% abaixo do produzido em igual período do ano passado. A 1ª estimativa da Unica para a safra 2014/15, divulgada no final de abril, apontou expectativa de queda de 2,8% para a produção de cana, devendo somar 580 milhões de toneladas no Centro-Sul. São esperados recuo de 5,2% da produção de açúcar e ampliação de 1,2% da produção de etanol. A safra mais voltada para o álcool resulta dos preços pouco remuneradores do açúcar. O USDA divulgou no final de maio o relatório semestral de acompanhamento da safra mundial de açúcar. O relatório trouxe a 1ª estimativa para a safra mundial 2014/15 e apontou queda da produção global com consequente retração do excedente mundial e da relação estoque consumo, de 27,2% da safra anterior para 26,1%. O excedente de produção sobre o consumo, que chegou a 13 milhões de toneladas entre 2011 e 2012, deverá somar 5 milhões de toneladas neste ano. Dentre os países exportadores, o recuo de produção foi mais relevante no Brasil e na Tailândia, em 2,6% e 3,4% nessa ordem. Na Índia, embora a estimativa seja de expansão de 3,2% da produção, o país deverá exportar 16% menos para atender ao crescimento do consumo interno. De todo modo, as estimativas para a Índia ainda poderão sofrer revisões baixistas, dependendo dos efeitos do El Niño, que normalmente traz clima mais seco para a região. A demanda doméstica por etanol continua firme. As vendas de etanol hidratado cresceram 20% no primeiro quadrimestre deste ano, após expansão de 10% registrada no ano passado. As vendas de gasolina C, que embute o etanol anidro na proporção de 25%, subiram 4% no ano passado e mais 9,5% nos quatro primeiros meses deste ano. A solicitação do setor sucroalcooleiro de elevação da mistura de etanol na gasolina de 25% para 27,5% ainda depende de aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado. Os preços do açúcar continuam com tendência de alta, o que já está sendo apontado pelos preços Fonte e projeção : Conab mil toneladas Elaboração. futuros, Bradesco refletindo Produção os efeitos Nacional da estiagem de Cana-de-Açúcar sobre a safra - 1990 brasileira - 2013 e o possível efeito negativo sobre a safra da Índia e da Tailândia no 2º semestre, por conta dos efeitos do fenômeno El Niño, esperado para os próximos meses. Apesar do incremento de produção de etanol neste ano, os preços devem seguir em elevação nos meses à frente como resultado da oferta justa frente à demanda doméstica robusta. 650.000 550.000 474.800 559.432 604.514 623.905 658.822 671.690 588.916 560.364 Produção nacional de cana-de-açúcar Em mil toneladas 1991 2015 450.000 431.413 350.000 314.969 287.810 250.000 222.429 223.460 240.944 257.592 320.650 359.316 150.000 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 10

dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco jan/00 93/94 jan/01 94/95 jan/02 95/96 96/97 jan/03 97/98 jan/04 98/99 jan/05 99/00 00/01 jan/06 01/02 jan/07 02/03 03/04 jan/08 04/05 jan/09 05/06 06/07 jan/10 07/08 jan/11 08/09 09/10 jan/12 10/11 jan/13 11/12 12/13 jan/14 Etanol em mil litros 13/14 dez/14 14/15* Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) 1993 2015 43.000 36.000 29.000 AÇÚCAR ÁLCOOL 27.500 38.168 27.595 35.968 37.878 27.957 39.456 28.369 25.763 22.000 19.380 23.640 15.00012.692 16.020 23.007 FONTE: CONAB ELABORAÇÃO: BRADESCO 11.700 8.000 13.078 10.518 14.640 em R$ por metro cúbico 1.610 1.510 1.410 1.310 1.210 1.291 1.146 1.225 1.354 1.170 1.320 Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) 2011-2015 Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA 1.110 1.010 1.062 1.025 1.133 910 810 710 FONTE: BMF BOVESPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em US$ cents por libra peso Preços internacionais de açúcar NYBOT Preço futuro 1º Vencto 2000 2013 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) 2000 2014 33,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 17,9 13,1 14,6 21,9 17,7 16,4 18,8 FONTE: BLOOMBERG ELABORAÇÃO: BRADESCO 9,0 5,6 3,0 10,7 9,0 8,8 6,3 9,0 8,4 8,9 11,3 11

mai/07 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 mai/07 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 16-jun-09 mai/07 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 16-jun-09 Acompanhamento das posições não comerciais Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - 2007-2014 - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Posições não comerciais e preços internacionais de café 2007-2014 US$ c / libra 350 300 250 posição não comercial Café 304,9 em número de contratos 70.000 60.000 50.000 47.238 40.000 200 150 100 50 139,70 30.000 199,55 20.000 10.000 0-10.000-20.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 0-30.000 US$ c / bushel 1.980 posição não comercial 1.780 preço soja 1.628 1.580 203.215 260.845 em número de contratos 260.000 220.000 1.613 180.000 1.524 Posições não comerciais e preços internacionais de soja 2007-2014 1.380 140.000 1.180 100.000 980 46.808 60.000 20.000 780 580-16.898-56.797-28.178-20.000-60.000 380-100.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho 2007-2014 850 750 650 550 450 posição não comercial preço milho 113.201 413.915 764 790 500000 400000 300000 200000 180.526 100000 515 0 350-100000 250 312-119.389-200000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 150-300000

SOJA Retrato do mercado Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, 43% é exportada e 57% é destinada à moagem. O processo de moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% é exportado e do óleo, 20% é exportado. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos como mortadelas e salsichas e cerca de 80% é utilizada na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 75% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos. Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos. Óleo: 50% China, 20% Índia. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro Oeste: 49%, Sul 33%, 8% Nordeste, 6% Sudeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global de produção com 30,8%, atrás dos EUA com 31,5%, mas é o maior exportador com 40,7%, seguido pelos EUA com 39,3%. 13

MILHO Retrato do mercado O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações o milho representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 28% do volume produzido. Os principais mercados de destino são: 14% Japão, 13% Coréia do Sul, 8,5% Taiwan. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul, 26% Sudeste, 10% Centro Oeste,15% Nordeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro Oeste, 23% Sul (somente Paraná), 6% Nordeste (somente Bahia), 5% Sudeste. Ranking O Brasil é o 3º maior produtor global de milho, com 7% de participação no mercado e o 2º maior exportador, com 18% de participação. 14

CAFÉ Retrato do mercado O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão-de-obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Café verde: 19,3% EUA, 18,8% Alemanha, 10% Japão. Café solúvel: 16,3% EUA, 13,5% Rússia, 6,4% Ucrânia. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 71,5% Minas Gerais 10,5% São Paulo 9,1% Espírito Santo 4,3% Paraná 2,8%Bahia Distribuição regional da produção de café robusta: 75,6% Espírito Santo 12,5% Rondônia 6,7% Bahia 2,6% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global de café com participação de 37% na produção e de 27% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia tem baixo consumo interno, ao contrário do Brasil que responde por 15% do consumo mundial. 15

BOI Retrato do mercado O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideal para abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com participação de 22%. Hong Kong responde por 18%. Regionalização Os abates de bovinos tem a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste, 20,4% Sudeste, 20,1% Norte, 12,3 Sul e 10,8% Nordeste. Ranking O Brasil é o 2º maior produtor global de carne bovina com 16,9% de participação, antecedido pelos EUA que detém 19,1%. O Brasil é o maior exportador mundial com 21% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no 1º semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no 2º semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços do boi se elevam nesse período, porque a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 16

AÇÚCAR E ETANOL Retrato do mercado Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destina à produção de açúcar e 54% à produção de etanol. O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno. Do total de etanol produzido, 55% é hidratado (usado como combustível nos carros flex fuel) e 45% é usado como anidro (misturado à gasolina na proporção de 20% a 26%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China, 8% Bangladesh; Açúcar Refinado (27% da produção): Países árabes e africanos; Etanol: 60% EUA, Coreia do Sul 13%. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da cana ocorre entre abril e novembro. Nesse período as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no 1º semestre do ano. Os demais: EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália têm início de safra a partir do 2º semestre do ano. Regionalização 65% Sudeste, 16,8% Centro-Oeste, 10,3% Nordeste, 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar com participação de 22,2%. Os demais players são: Índia 15%, União Europeia 9,2%, China 8,5%, Tailândia 6,2%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 15%, Austrália 5,4%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil. 17

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