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PERFIL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Setembro/2011

Transcrição:

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Setembro de 2014 Panorama Macroeconômico O cenário internacional segue marcado pelo contraste entre a aceleração da atividade econômica e a manutenção de tensões geopolíticas. Avaliamos que esses conflitos tendem a arrefecer nos próximos meses. Do ponto de vista da economia global, acreditamos que a trajetória de recuperação da atividade será mantida. Nos EUA, os dados de atividade têm apresentado, em sua maioria, resultados positivos e, no segundo semestre, a expansão da economia deverá ficar próxima a 3% em termos anualizados, com uma aceleração do investimento das empresas e a dissipação dos efeitos contracionistas da política fiscal. Continuamos avaliando que esse cenário reforça a nossa expectativa de aumento da taxa de juros em meados de 2015. Na Europa, a surpresa negativa com a atividade econômica levou o Banco Central Europeu a reduzir novamente os juros, de 0,15% para 0,05%, e anunciar medidas de estímulo adicionais antes do que se imaginava. Na China, os dados recentes têm apontado para uma acomodação da economia, após forte recuperação no segundo trimestre, ainda compatível com o PIB crescendo entre 7,0% e 7,5% neste ano. O PIB brasileiro mostrou retração de 0,6% no segundo trimestre ante o período imediatamente anterior, refletindo principalmente a queda dos investimentos. Trata-se do segundo recuo consecutivo do PIB, após a variação negativa de 0,2% registrada entre janeiro e março. Com base nesses resultados, revisamos a nossa projeção para a expansão do PIB para este ano, de 1% para 0,5%, ao mesmo tempo em que mantivemos nossa expectativa de crescimento de 1,5% em 2015. A nova projeção para 2014 embute alguma recuperação dos indicadores de confiança nos próximos meses, mas fatores como o nível elevado de estoques industriais geram desafios importantes. O IPCA deverá apresentar altas de 6,3% e de 6,0% em 2014 e 2015, nessa ordem, revelando relativa resistência em alguns segmentos de preços. Diante disso e levando em conta a ausência de sinalização do Banco Central de mudança de rumo, não alteramos a nossa visão de manutenção da taxa Selic, em 11% a.a., por um período prolongado. Por fim, acreditamos que a taxa de câmbio chegará a R$/US$ 2,35 ao final deste ano e a R$/US$ 2,45 ao final do ano que vem. Sumário Executivo Soja Cotações mantêm a tendência de baixa, refletindo as safras recordes dos EUA, do Brasil e da Argentina. Mas não devemos esperar recuos mais acentuados daqueles já precificados nas cotações futuras. Milho Embora os fundamentos continuem apontando para queda das cotações, essas já registraram forte recuo nos últimos meses, aproximando-se do mesmo nível de 2010. Nos próximos meses as cotações futuras estão indicando alta, refletindo a retração de área plantada nos EUA e no Brasil em favor da soja. Café As cotações deverão apresentar volatilidade com tendência de alta nos meses à frente, refletindo as atenções com o tamanho da atual safra e as preocupações com o desenvolvimento do clima durante a florada da safra 2015/16. Mas não devemos observar altas mais relevantes do que aquelas já precificadas nos preços futuros. Boi Preços do boi deverão continuar elevados, sustentados pela demanda doméstica e externa aquecida, pelo alto custo do bezerro e pela baixa oferta de boi pronto para abate. Esses fatores já estão precificados nas cotações futuras, que não deverão registrar altas mais relevantes. Açúcar e Etanol Cotações do açúcar devem seguir em alta, por conta das menores estimativas para a produção global e brasileira. Preço do etanol também deve continuar em alta, apesar do recuo das exportações para os EUA, refletindo a demanda doméstica robusta. Entressafra mais longa deverá provocar alta de preços acima da sazonalidade normal.

Soja Cotações mantêm a tendência de baixa, refletindo as safras recordes dos EUA, do Brasil e da Argentina. Mas não devemos esperar recuos mais acentuados daqueles já precificados nas cotações futuras SOJA Fundamentos O último levantamento da safra 2013/14 divulgado pela Conab, trouxe revisão para cima da estimativa de produção de soja em 465 mil toneladas, ou 0,5% a mais em relação ao mês anterior, refletindo o ajuste na produtividade no Centro-Oeste. Com isso, a produção brasileira nesta temporada será recorde, com 86,1 milhões de toneladas, um incremento de 5,7% em relação ao ano passado. Para a safra 2014/15, em início de colheita nos EUA e em plantio no Brasil, o relatório mensal divulgado pelo USDA trouxe revisão para cima da produção global em 6,4 milhões de toneladas, o equivalente a uma alta de 2,1% em relação ao mês anterior. Para os EUA, houve revisão de mais 2,7 milhões de toneladas e, para o Brasil, mais 3 milhões de toneladas, refletindo as boas condições climáticas e a melhora da produtividade. É esperada safra recorde para os dois países: a produção norte-americana deverá alcançar 106 milhões de toneladas (aumento de 19,0% ante a safra passada) e a safra brasileira, em início de plantio deverá, chegará a 94 milhões de toneladas (ampliação de 8,4%). Na Argentina, a estimativa de produção também foi revisada para cima, em mais 1 milhão de toneladas. Embora os preços atuais não estejam muito elevados, é esperado incremento de área plantada no Brasil. As cotações de soja continuam com tendência de baixa, refletindo as safras recordes dos EUA, do Brasil e da Argentina. Produção Nacional de soja (em mil toneladas) 1991 2014 98.000 89.000 80.000 71.000 62.000 53.000 52.018 49.989 55.027 68.688 60.018 57.162 75.324 66.383 86.121 81.499 44.000 41.917 Fonte e projeção: Conab Elaboração: BRADESCO 35.000 26.000 17.000 8.000 19.419 15.394 25.934 26.160 31.370 32.345 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* 2

3.300 3.100 2.900 2.700 2.751 2.567 2.816 3.115 2.927 2.938 2.854 2.816 2.629 2.651 Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) 1991 2014 2.500 2.300 2.100 2.027 2.150 2.221 2.175 2.299 2.367 2.395 2.419 2.339 2.245 1.900 1.700 1.580 1.500 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração: BRADESCO Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 80,0 70,0 60,0 73,92 66,73 59,85 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 50,53 40,0 39,81 40,14 30,0 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 1.800,0 1.600,0 1.400,0 1.515 1.674 1.525 1.486 Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) 2000 2015 1.200,0 1.000,0 989 1.211 1.143 1.287 1.178 1.014 Projeção de preço: média dos preços futuros 800,0 600,0 546 491 400,0 507 436 632 567 689 526 757 542 908 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 26,63 32,42 28,62 27,03 30,59 20,0 18,04 19,98 22,57 10,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 3

Milho Embora os fundamentos continuem apontando para queda das cotações, essas já registraram forte recuo nos últimos meses, aproximando-se do mesmo nível de 2010. Nos próximos meses as cotações futuras estão indicando alta, refletindo a retração de área plantada nos EUA e no Brasil em favor da soja Fundamentos MILHO Para a safra 2013/14, já finalizada no Brasil, a Conab divulgou revisão positiva para a estimativa de produção de milho 2ª safra em 2,9%, o equivalente a 1,4 milhão de toneladas, refletindo a melhora de produtividade no Centro-Oeste do País. Esta é a quarta revisão positiva consecutiva. Com isso, a produção de milho na 2ª safra, que estava estimada em queda de 0,1% ante a safra anterior, deverá ser 2,8% superior. A estimativa da Conab é a de que as exportações brasileiras de milho, neste ano-safra, alcancem 21 milhões de toneladas. Até julho, foram exportadas 6,7 milhões de toneladas. Assim, ainda falta escoar ao mercado externo um volume de 14,4 milhões. Para a safra 2014/15, em início de colheita nos EUA e em plantio no Brasil, o relatório mensal do USDA trouxe revisão para cima da estimativa de produção dos EUA em 9,2 milhões de toneladas, o equivalente a uma alta de 2,6% em relação ao levantamento do mês anterior, refletindo a melhor expectativa para a produtividade. A produção norte-americana está estimada em 365,7 milhões de toneladas, um recorde, com alta de 3,7% em relação à safra passada. A colheita nos EUA começa neste mês. Foi revisada para baixo a produção da Argentina em menos 3 milhões de toneladas (com revisão da estimativa da área plantada) e da China em menos 5 milhões de toneladas, como resultado da estiagem no país. A estimativa para a relação estoque consumo global está em 19,6%, mantendo o mesmo nível dos meses anteriores, já o que consumo também foi corrigido para cima nos EUA. Os fundamentos são de continuidade de queda dos preços de milho. No entanto, as cotações internacionais já registraram forte recuo nos últimos meses, aproximando-se do mesmo nível de 2010 e, para os meses à frente, as cotações futuras estão apontando alta, como reflexo do recuo de área plantada nos EUA e no Brasil em favor da soja, em que pese o incremento de produção via melhora da produtividade. Produção Nacional de milho (em mil toneladas) 1991 2014 90.000 80.000 70.000 72.980 81.506 79.906 60.000 50.000 47.411 58.652 56.018 57.407 51.370 51.004 42.290 42.129 42.515 Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração : BRADESCO 40.000 30.771 30.000 24.096 20.000 37.442 33.174 35.716 32.393 35.281 35.007 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* 4

5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.260 3.585 3.296 3.279 3.655 3.972 3.599 4.311 4.158 4.808 5.149 5.057 Produtividade milho (em kg por ha) 1991 2014 3.000 2.864 2.867 2.500 2.622 2.588 2.650 2.589 2.480 2.3492.344 2.356 2.194 2.000 1.791 1.500 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14* Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 30,0 25,0 20,0 15,0 11,95 10,0 22,28 11,40 18,96 16,26 10,44 24,94 14,14 13,07 26,92 23,29 19,96 18,38 17,26 7,05 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 5,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 860 760 660 711 750 766 661 Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) 2000 2015 560 460 360 260 235 217 160 jan/00 jan/01 316 267 215 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 237 jan/06 493 413 326 jan/07 jan/08 546 418 347 322 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 598 jan/13 502 440 337 jan/14 jan/15 dez/15 390 Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 5

Café As cotações deverão apresentar volatilidade com tendência de alta nos meses à frente, refletindo as atenções com o tamanho da atual safra e as preocupações com o desenvolvimento do clima durante a florada da safra 2015/16. Mas não devemos observar altas mais relevantes do que aquelas já precificadas nos preços futuros CAFÉ Fundamentos A produção global de café na safra 2014/15 está estimada em 148,7 milhões de sacas, recuando 1% em relação à produção anterior, que totalizou 150,1 milhões de sacas. A queda de produção global tem origem principalmente na safra brasileira, estimada pelo USDA em 49,5 milhões de sacas, ante os 53,7 milhões produzidos na temporada anterior. Com o recuo da produção global, a relação entre estoque final e consumo está estimada em 21,7%, uma queda importante em relação ao nível de 25% das duas últimas safras. A próxima estimativa do USDA para a safra global será divulgada em dezembro. A estimativa da Conab é a de que o Brasil colha 44,6 milhões de sacas, o que representa uma retração de 4,6 milhões de sacas, ou 9%, comparativamente à safra passada. A próxima estimativa da Conab será divulgada no próximo dia 16 de setembro. Há muitas controvérsias sobre os efeitos do clima seco para a próxima safra. De todo modo, pode-se esperar recuo de produção oriundo da bienalidade. Esse quadro pode ser agravado pelos efeitos negativos da seca deste ano sobre os cafezais. As preocupações com o desenvolvimento do clima durante o período de florada da safra 2015/16 no Brasil deverão trazer volatilidade às cotações nos meses à frente, com tendência de alta para as cotações, o que já está precificado nos preços futuros. 61.000 51.000 41.000 31.000 26.000 Safra 14/15 Mil sacas 60 kg Var. % 1º Levantamento Jan/14 48,343 2º Levantamento Mai/14 44,566-7.8% 3º Levantamento Set/14 4º Levantamento Dez/14 27.500 34.547 31.100 27.170 28.137 48.480 28.820 39.272 32.944 42.512 36.070 45.992 39.470 48.095 43.484 50.826 49.152 44.566 Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) 1994 2014 21.000 16.800 18.860 11.000 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 6

590,0 540,0 490,0 440,0 390,0 340,0 290,0 337,0 291,4 269,8 327,99 530,76 457,81 387,53 408,59 366,32 543,30 442,92 Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF 240,0223,6 190,0 239,8 230,4 245,8 247,51 282,2 247,73 140,0 90,0 jan/00 jan/01 104,4 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 Fonte: CEPEA ESALQ Elaboração: Bradesco Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) 2000 2015 Projeção de preço: média dos preços futuros 325,0 275,0 225,0 175,0 125,0 115,06 75,0 63,07 65,95 99,48 127,53 96,55 131,18 152,04 272,07 204,99 142,45 108,67 197,02 203,45 180,03 150,03 117,62 67,78 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 25,0 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 7

Boi Preços do boi deverão continuar elevados, sustentados pela demanda doméstica e externa aquecida, pelo alto custo do bezerro e pela baixa oferta de boi pronto para abate. Esses fatores já estão precificados nas cotações futuras, que não deverão registrar altas mais relevantes BOI Fundamentos Nos primeiros sete meses do ano, as exportações de carne bovina, em volume, cresceram 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A Rússia, que vinha diminuindo suas compras do Brasil, retornou em julho, e ampliou suas importações em quase 80% no mês, comparativamente ao mesmo mês de 2013. Com isso, no acumulado do ano até julho, os embarques para a Rússia cresceram 4% em volume e 8,5% em valor, indicando que o país está aceitando preços mais elevados. O governo da Rússia habilitou pouco mais de 80 unidades produtoras de carnes brasileiras para exportação ao país antes eram 31 unidades habilitadas. A liberação ocorreu depois que a Rússia anunciou embargos às importações de alimentos e outros produtos dos EUA, da União Europeia, do Canadá e da Austrália. O Brasil atende a 30% das importações russas de carne bovina. Os embarques para a Rússia, que estavam girando em torno de 26 mil toneladas/mês, atingiram pouco mais de 40 mil toneladas em julho. Se for mantido esse ritmo entre agosto e dezembro, as exportações para a Rússia crescerão quase 30% ante o ano anterior. Mantido o ritmo de expansão para os demais destinos, as exportações brasileiras de carne bovina devem crescer 7,5% em volume neste ano. Vale lembrar que, no ano passado, as exportações cresceram 21%. Os abates também continuam em expansão para atender à demanda externa, com crescimento de 2% nos primeiros sete meses do ano, ante o mesmo período do ano passado. Os preços do bezerro subiram 23% neste ano até o início de setembro, após a alta de 10% na média de 2013 ante o ano anterior, sendo este um dos fatores de sustentação para os preços do boi. Os atuais níveis de preços do bezerro são um incentivo à retenção de fêmeas e, com isso, diminuem a oferta de vacas para abate, levando a um movimento de pressão de alta ao preço do boi. Por outro lado, o recuo das cotações de milho e de soja tende a incentivar o confinamento e consequentemente a oferta de animais prontos para abate. Segundo estimativas da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) e de outras pesquisas do mercado, o volume confinado neste ano deverá crescer em média 4% ante o ano passado. A combinação de demanda doméstica firme, demanda externa crescente, principalmente com as compras da Rússia, oferta justa de boi pronto para abate durante a entressafra e elevados preços do bezerro dará sustentação ao preço do boi nos próximos meses. Exportações brasileiras de carne bovina (em mil toneladas) 2011 2014 150.000 2011 2012 2013 140.000 2014 130.000 120.000 120.133 110.000 104.974 139.110 127.236 100.000 101.746 90.000 90.893 80.000 80.613 70.893 70.000 FONTE: SECEX ELABORAÇÃO: BRADESCO 64.794 60.000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 8

Abate de bois em mil cabeças 2011-2014 2.600 2.500 2.457 2.400 2.300 2.295 2011 2012 2013 2014 2.200 2.197 2.100 2.000 1.900 1.836 1.800 1.792 1.893 1.865 1.700 FONTE: MAPA ELABORAÇÃO: BRADESCO 1.600 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 61,8 93,3 74,5 109,6 106,9 90,8 108,4 125,2 128,6 127,8 97,0 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) 2002 2014 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 51,7 40,0 42,2 20,0 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 FONTE: CEPEA ELABORAÇÃO: BRADESCO 9

Açúcar e Etanol Cotações do açúcar devem seguir em alta, por conta das menores estimativas para a produção global e brasileira. Preço do etanol também deve continuar em alta, apesar do recuo das exportações para os EUA, refletindo a demanda doméstica robusta. Entressafra mais longa deverá provocar alta de preços acima da sazonalidade normal AÇÚCAR E ETANOL Fundamentos A 1ª revisão de produção, divulgada pela Unica em agosto, estima produção de 545,9 milhões de toneladas de cana, um recuo de 8,6% ante a safra passada e queda de 5,9% ante a estimativa divulgada em abril, como resultado dos efeitos da estiagem. O processamento da safra está adiantado: até o início de setembro, 70% da safra está processada, ao passo que no mesmo período do ano passado, essa parcela tinha chegado a 60%. Isso significa que a entressafra será mais longa na atual temporada. O 2º Levantamento da safra 2014/15 de cana-de-açúcar, divulgado pela Conab em agosto, trouxe revisão para baixo da estimativa de produção de cana em 1,9% ante o levantamento de abril, refletindo a estiagem do início do ano. A próxima avaliação da safra será divulgada em dezembro. No relatório de maio (o próximo será divulgado em novembro), o USDA estimou retração da produção global, com consequente diminuição do excedente mundial e da relação entre estoque e consumo, de 27,2% da safra anterior para 26,1%. O Senado aprovou medida provisória que permite ao governo elevar para até 27,5% o limite de etanol anidro misturado à gasolina. A atual banda está entre 18% e 25%, sendo o teto o nível praticado. O texto ainda precisa ser sancionado pela Presidência da República. O governo espera pelo resultado de estudos que estão avaliando se os motores suportariam a alteração desse teto. A indústria automobilística, por sua vez, acredita que o aumento do mix poderia provocar problemas aos motores à gasolina, que representam 38% da frota total, o equivalente a 15 milhões de carros. As vendas de etanol hidratado cresceram 12,3% no ano até julho, enquanto as vendas de gasolina subiram 7,7%. As vendas de anidro (misturado na gasolina) subiram 21,4%, alavancadas pelo aumento da mistura de 20% para 25% em maio do ano passado. As exportações de etanol para os EUA caíram quase pela metade nesse ano, chegando a um recuo de 48% no período de janeiro a julho, ante o mesmo período do ano passado. O volume mensal de exportação para os EUA, que girava em torno de 110 milhões de litros, caiu para 33 milhões de litros em julho. Isso reflete: (i) a menor disponibilidade interna neste ano e (ii) a produção dos EUA, que está em alta, com ampliação de 8,6% neste ano até agosto, ante o mesmo período do ano passado. O país deverá comprar apenas a quantidade necessária para preencher a cota de combustíveis avançados. As cotações do açúcar devem continuar em ascensão, como resultado das menores estimativas para a produção global e brasileira. Apesar do recuo das exportações de etanol para os EUA, a demanda doméstica continua robusta, dando suporte à continuidade de alta de preços do etanol. A atual temporada deverá ter uma entressafra mais longa, o que poderá levar os preços de açúcar e de etanol a apresentar altas mais relevantes na entressafra. 650.000 550.000 450.000 Safra 14/15 Mil ton Var. Abs. Var. % 1º Levantamento Abr/14 671.690 2º Levantamento Ago/14 659.099-12.591-1,9% 3º Levantamento Dez/14 4º Levantamento Abr/15 431.413 658.822 659.099 604.514 623.905 588.916 559.432 560.364 474.800 Produção nacional de cana-de-açúcar em mil toneladas 1991 2015 350.000 314.969 287.810 250.000222.429 223.460 240.944 257.592 359.316 320.650 150.000 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 10

Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) 1993 2015 43.000 36.000 29.000 AÇÚCAR ÁLCOOL 27.500 38.168 27.595 35.968 37.878 27.957 38.253 27.623 25.763 22.000 19.380 23.640 15.00012.692 16.020 23.007 FONTE: CONAB ELABORAÇÃO: BRADESCO 11.700 8.000 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 13.078 98/99 10.518 99/00 00/01 01/02 14.640 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* 1.610 1.510 1.410 1.354 Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) 2011-2015 1.310 1.210 1.110 1.010 1.062 1.291 1.225 1.146 1.025 1.150 1.145 1.325 Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA 910 810 710 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 FONTE: BMF BOVESPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) 2000 2015 33,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 17,9 13,1 14,6 21,9 17,7 17,1 15,4 19,1 FONTE: BLOOMBERG ELABORAÇÃO: BRADESCO 9,0 5,6 3,0 jan/00 10,7 jan/01 9,0 8,8 jan/02 jan/03 9,0 8,4 6,3 jan/04 jan/05 jan/06 8,9 jan/07 jan/08 11,3 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 11

Acompanhamento das posições não comerciais Posições não comerciais e preços internacionais de café 2007-2014 US$ c / libra 350 300 250 posição não comercial Café 304,9 em número de contratos 70.000 60.000 46.478 50.000 40.000 200 150 139,70 211,8 30.000 189,4 20.000 10.000 100 0-10.000 50-20.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 0 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14-30.000 16-jun-09 US$ c / bushel 1.980 posição não comercial 1.780 preço soja 1.628 1.580 203.215 260.845 em número de contratos 260.000 220.000 1.613 168.209 180.000 Posições não comerciais e preços internacionais de soja 2007-2014 1.380 1.180 140.000 1.226 100.000 980 46.808 60.000 20.000 780 580 380 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08-16.898 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09-56.797 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11-28.178 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14-20.000-60.000-79.927-100.000 mai/14 ago/14 16-jun-09 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho 2007-2014 850 750 posição não comercial preço milho 413.915 764 790 704 500000 400000 300000 650 200000 550 113.201 515 100000 80.111 450 0 350 360-100000 250 312-119.389-200000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 150 ago/07 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14-300000

Retrato do mercado SOJA Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, o volume de 43% é exportado e 57% são destinados à moagem. O processo de moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 75% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos. Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos. Óleo: 50% China, 20% Índia. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%. 13

Retrato do mercado MILHO O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 28% do volume produzido. Os principais mercados de destino são: 14% Japão, 13% Coréia do Sul, 8,5% Taiwan. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10% Centro-Oeste; 15% Nordeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul (somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste. Ranking O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior exportador, com 18% de participação. 14

Retrato do mercado CAFÉ O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão. Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 71,5% Minas Gerais 10,5% São Paulo 9,1% Espírito Santo 4,3% Paraná 2,8% Bahia Distribuição regional da produção de café robusta: 75,6% Espírito Santo 12,5% Rondônia 6,7% Bahia 2,6% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que responde por 15% do consumo mundial. 15

Retrato do mercado BOI O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com participação de 22%. Hong Kong responde por 18%. Regionalização Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1% Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste. Ranking O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido pelos EUA, que representam 19,1%. O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 16

Retrato do mercado AÇÚCAR E ETANOL Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de etanol. O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno. Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel) e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh; Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos; Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da canaé de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre. Regionalização 65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são: Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil. 17

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