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Transcrição:

AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO Dezembro de 2014 Panorama Macroeconômico O cenário global continua marcado pelo modesto ritmo de recuperação da economia mundial e pela resposta dos bancos centrais, ampliando os estímulos monetários. A desaceleração do crescimento da economia chinesa segue em curso, compatível com a nossa expectativa de expansão do PIB em 2015, de 6,5%. Acreditamos que a Área do Euro exibirá alguma retomada do crescimento nos próximos meses, mas ainda há fragilidades significativas. No caso do Fed, que encerrou o programa de compra de ativos, suas sinalizações mais recentes indicam a disposição em postergar o início do ajuste dos juros, antes pretendida para meados de 2015. Ademais, o movimento de queda do preço do petróleo, iniciado em meados do ano, ganhou nova força com a decisão dos países membros da OPEP de não reduzirem sua produção. O recuo das cotações de US$ 110 para US$ 70 (tipo Brent) constitui um evento macroeconômico global bastante relevante, representando um choque de oferta favorável para o PIB mundial e contribuindo para a manutenção da inflação baixa em muitos países. Ao mesmo tempo em que reconhecemos os diversos desafios presentes no curto prazo para o Brasil, entendemos que a sinalização da política econômica a favor do reequilíbrio das contas públicas e da redução da inflação será fundamental para as perspectivas de longo prazo da economia brasileira. Nesse sentido, não podemos esperar um crescimento do PIB muito vigoroso nessa fase de ajustes: projetamos alta de 0,2% e 0,5% para 2014 e 2015, respectivamente. Levando em conta que o ajuste fiscal em questão também contempla um realinhamento de preços, a inflação ao consumidor deverá ser mais alta transitoriamente, com pressão concentrada especialmente nos preços administrados. Isso nos leva a esperar que o IPCA registre elevações de 6,35% e 6,7% nesses dois anos. A combinação de aperto fiscal e monetário, para enfrentar esses desafios, significa que a taxa Selic chegará a 12,5% no ano que vem, com o superávit primário atingindo 1,2% do PIB. Finalmente, a taxa de câmbio responderá a esse ambiente doméstico com expectativas mais positivas e com uma taxa de juros mais elevada, mas também refletirá a apreciação do dólar em escala global e a acomodação dos preços das commodities. Assim, o real deverá encerrar em R$/US$ 2,55 e R$/US$ 2,65 ao final de 2014 e 2015, nessa ordem. Sumário Executivo Soja Os preços deverão subir nos meses à frente, refletindo a possível frustração com a safra argentina e a possibilidade de revisão para baixo da safra brasileira, que conta com estimativas otimistas tanto pela Conab quanto pelo USDA, que poderão não se confirmar em razão da estiagem. Milho Preços devem seguir movimento de alta nos próximos meses, refletindo o atraso do plantio da 1ª safra no Brasil que poderá postergar também o plantio da 2ª safra de milho, afetando a produtividade e consequentemente o potencial produtivo da cultura. Café Os preços do café tanto no mercado internacional como no mercado doméstico devem apresentar volatilidade, refletindo as dificuldades de mensurar o tamanho da próxima safra brasileira. A atual estiagem poderá afetar o potencial produtivo da próxima safra para além do efeito de baixa bienalidade do ano. Boi Nos próximos meses, a ampliação sazonal da oferta deve acomodar os preços do boi em patamares mais baixos. Reforça essa tendência o fato de que os preços de carne já apresentaram altas expressivas no ano e o atacado já vem mostrando sinais de dificuldade de repasse. Isso indica que, embora o consumo doméstico continue firme, o mercado não sanciona altas mais acentuadas de preços nos meses à frente. Açúcar e Etanol Os preços do açúcar devem seguir subindo nos próximos meses, refletindo o menor superávit global. Mas esperamos alta moderada, dado que a relação estoque consumo de 24,7% está acima da média de 22% das últimas cinco safras. Os preços do etanol deverão continuar em alta sazonal nos próximos meses de entressafra.

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* SOJA SOJA Os preços deverão subir nos meses à frente, refletindo a possível frustração com a safra argentina e a possibilidade de revisão para baixo da safra brasileira, que conta com estimativas otimistas tanto pela Conab quanto pelo USDA, que poderão não se confirmar em razão da estiagem Fundamentos O relatório mensal do USDA não trouxe revisões significativas para as safras norte-americana, argentina e brasileira. O USDA aponta estimativas otimistas para a safra na Argentina e no Brasil. No entanto, caso persista o cenário de estiagem, esses números poderão ser revisados para baixo em janeiro. O 3º levantamento da intenção de plantio da safra 2014/15, divulgado pela Conab, trouxe revisão para cima da estimativa de produção de soja, passando de 90,5 para 95,8 milhões de toneladas, por conta do ajuste na produtividade na região Sul do País. Antes era esperado recuo de produtividade de 6,3% no Sul, passando agora para uma estimativa de alta de 7,3%. Isso ocorreu porque os primeiros levantamentos levavam em consideração a média das últimas safras, retirando os desvios. Em relação à safra passada o incremento previsto agora é de 11,2%, configurando uma safra recorde. A estiagem provocou atraso do plantio no Centro-Oeste, o que poderá afetar a produtividade comparativamente ao inicialmente esperado. Os preços poderão subir nos próximos meses, refletindo (i) a possível frustração com a safra argentina, dado que o produtor não deverá elevar a área plantada, e (ii) as estimativas otimistas para a safra brasileira, que poderão não se confirmar por conta da estiagem. Ainda assim, os preços médios de 2015 ficarão abaixo dos preços médios de 2014. em mil toneladas Produção Nacional de Soja 1990-2012 Fonte e Projeção: CONAB Elaboração: Bradesco Produção Nacional de soja (em mil toneladas) 1991 2015 107.000 98.000 89.000 80.000 71.000 62.000 53.000 52.018 49.989 55.027 68.688 60.018 57.162 75.324 66.383 86.121 81.499 95.805 44.000 41.917 Fonte e projeção: Conab Elaboração: BRADESCO 35.000 26.000 17.000 8.000 19.419 15.394 31.370 32.345 25.934 26.160 2

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* 3.300 3.100 2.900 2.700 2.751 2.567 2.816 2.816 2.629 2.927 3.115 2.651 3.026 2.938 2.854 Produtividade da lavoura de soja (em kg por ha) 1991 2015 2.500 2.300 2.100 2.027 2.150 2.221 2.175 2.299 2.367 2.395 2.419 2.339 2.245 1.900 1.700 1.580 1.500 em R$ por saca de 60 kg Fonte e (*) projeção: Conab SOJA EM GRÃO Fonte: Deral PR Elaboração: BRADESCO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR Elaboração e Projeção: Bradesco Preço de soja em grão ao produtor Praça Paraná - (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 80,0 70,0 60,0 73,92 61,83 58,27 50,0 43,93 48,15 44,37 45,68 50,53 53,38 40,0 39,81 40,14 30,0 26,63 32,42 28,62 27,03 30,59 20,0 18,04 19,98 22,57 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 10,0 Fonte: Bloomberg em US$ cents por PREÇOS bushel INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO Projeção de preço: média dos preços futuros Elaboração: Bradesco 2000-2010 em US$ cents por bushel 1.800,0 1.600,0 1.400,0 1.515 1.674 1.525 1.486 Soja - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents/bushel) 2000 2015 1.200,0 1.000,0 989 1.211 1.143 1.287 1.178 965 1.045 Projeção de preço: média dos preços futuros 800,0 600,0 546 491 400,0 507 436 632 567 689 526 542 757 908 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 3

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* MILHO MILHO Preços devem seguir movimento de alta nos próximos meses, refletindo o atraso do plantio da 1ª safra no Brasil, que poderá postergar também o plantio da 2ª safra de milho. Isso poderá afetar a produtividade e consequentemente o potencial produtivo da cultura Fundamentos O relatório mensal do USDA não trouxe revisões significativas para a produção de milho no Brasil e nos EUA. Se persistir a seca, a estimativa de produção no Brasil, hoje em 75 milhões de toneladas, poderá ser reavaliada para baixo. O 3º levantamento da intenção de plantio da safra 2014/15, divulgado pela Conab, apontou revisão para cima da estimativa da produção de milho na 1ª safra em mais 2%, o equivalente a 563 mil toneladas, em relação ao mês anterior. Para a 2ª safra, que começará a ser plantada a partir de janeiro, ainda não há prognóstico, sendo que a Conab manteve a mesma área da safra anterior. Dessa forma, é estimada uma queda de 7,5% da produção de milho da 1ª safra e estabilidade da 2ª, chegando a um total produzido de 78,7 milhões de toneladas do grão. O atraso no plantio de soja deverá provocar atraso também no plantio de milho 2ª safra, podendo afetar a produtividade. Os preços devem seguir em movimento de alta, refletindo o atraso do plantio da 1ª safra no Brasil que deverá postergar o plantio da 2ª safra de milho, afetando a produtividade e o consequentemente o potencial da safra. em mil toneladas Produção Nacional de Milho - 1991-2012 Fonte e Projeção: Conab Produção Nacional de milho (em mil toneladas) 1991 2015 90.000 80.000 70.000 72.980 81.506 79.906 78.689 60.000 50.000 47.411 51.370 58.652 56.018 57.407 51.004 42.290 42.129 42.515 Fonte e (*) projeção: Conab Elaboração : BRADESCO 40.000 37.442 35.716 30.771 33.174 32.393 30.000 24.096 20.000 35.281 35.007 4

jan/00 em kg por ha Produtividade - Milho - 1991-2012 jan/01 90/91 91/92 jan/02 92/93 jan/03 93/94 94/95 jan/04 95/96 jan/05 96/97 jan/06 97/98 jan/00 98/99 jan/07 99/00 jan/01 jan/08 00/01 01/02 jan/02 jan/09 02/03 jan/10 jan/03 03/04 04/05 jan/11 jan/04 05/06 jan/12 06/07 jan/05 07/08 jan/13 jan/06 08/09 jan/14 09/10 jan/07 10/11 jan/15 11/12 jan/08 dez/15 12/13 jan/09 13/14 14/15* jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.260 3.585 3.296 3.279 3.655 3.972 3.599 4.311 4.158 4.808 5.149 5.057 5.122 Produtividade milho (em kg por ha) 1991 2015 3.000 2.864 2.867 2.500 2.3492.344 2.194 2.622 2.356 2.588 2.650 2.589 2.480 2.000 1.500 1.791 Em R$ por saca de 60 kg Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: Deral Elaboração e Projeção: Fonte: Conab Elaboração : BRADESCO Preço de milho ao produtor Praça Paraná (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 30,0 25,0 20,0 15,0 11,95 10,0 22,28 11,40 18,96 16,26 10,44 24,94 14,14 13,07 26,92 23,29 20,01 19,96 17,84 17,26 7,05 Fonte: Deral Elaboração e Projeção: BRADESCO 5,0 Em US$ cents por bushel Milho - Bolsa de Chicago - CBOT Fonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco Preço futuro 1º vencimento 860 760 660 711 750 766 661 Milho - Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por bushel) 2000 2015 560 460 360 260 217 160 235 267 215 316 237 413 493 326 546 418 347 322 598 440 502 337 421 Projeção de preço: média dos preços futuros Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 5

94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* CAFÉ CAFÉ Os preços do café tanto no mercado internacional como no mercado doméstico devem apresentar volatilidade, refletindo as dificuldades de mensurar o tamanho da próxima safra brasileira. A atual estiagem poderá afetar o potencial produtivo da próxima safra para além do efeito de baixa bienalidade do ano Fundamentos O relatório semestral do USDA, divulgado em junho, estimou a produção global de café na safra 2014/15 em 148,7 milhões de sacas, o que representa um recuo de 1% em relação à produção anterior. O próximo relatório do USDA será divulgado no final de dezembro. Em setembro a Conab divulgou o 3º levantamento para a safra brasileira e estimou a safra 2014/15 em 45,1 milhões de sacas, recuando 8,2% comparativamente à safra passada e 6,6% ante a primeira estimativa realizada em janeiro, como resultado da estiagem que atinge o Sudeste do País. Em dezembro, a Conab divulgará a 4ª e última estimativa. Seguem elevadas as preocupações com os efeitos da escassez de chuva sobre o desenvolvimento da safra 2015/16, a ser colhida no Brasil a partir de maio do próximo ano. Mesmo considerando que as chuvas possam se normalizar de agora em diante nas regiões cafeeiras, há o risco de baixo potencial produtivo de café em 2015, além da baixa bienalidade normal do ano. Isso porque as lavouras já foram afetadas pela estiagem, gerando subdesenvolvimento da planta. A volatilidade das cotações deve se manter, com tendência de alta, refletindo as dificuldades de mensurar o tamanho da próxima safra no Brasil, a ser colhida a partir de maio, em razão da estiagem no Sudeste do País. mil sacas de 60 kg Produção Nacional de Café - 1994-2012 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 61.000 51.000 41.000 31.000 Safra 14/15 Mil sacas 60 kg Var. % 1º Levantamento Jan/14 48.343 2º Levantamento Mai/14 44.566-7,8% 3º Levantamento Set/14 45.141 1,3% 4º Levantamento Dez/14 26.000 27.500 34.547 27.170 31.100 28.137 48.480 28.820 39.272 32.944 42.512 36.070 45.992 39.470 48.095 43.484 50.826 49.152 45.141 Produção Nacional de Café (em mil sacas de 60 kg) 1994 2014 21.000 16.800 18.860 11.000 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 6

jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 dez/14 690,0 590,0 530,76 553,35 Preço Café Arábica (em R$ por saca de 60 kg) 2000 2014 490,0 390,0 290,0 223,6 190,0 239,8 337,0 230,4 291,4 245,8 269,8 247,51 327,99 282,2 457,81 387,53 408,59 247,73 366,32 426,68 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF 90,0 104,4 Projeção de preço: média dos preços futuros Em US$ cents por libra peso Fonte: CEPEA ESALQ Café em grão - Bolsa de Nova York Elaboração: - NYBOT Bradesco 2000-2010 Fonte: Bloomberg Elaboração: Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento (em US$ cents por libra peso) 2000 2015 Projeção de preço: média dos preços futuros 325,0 275,0 225,0 175,0 125,0 115,06 75,0 63,07 65,95 99,48 127,53 96,55 131,18 152,04 272,07 204,99 142,45 108,67 197,02 180,03 150,03 117,62 187,00 67,78 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco 25,0 7

BOI BOI Nos próximos meses, a ampliação sazonal da oferta deve acomodar os preços do boi em patamares mais baixos. Reforça essa tendência o fato de que os preços de carne já apresentaram altas expressivas no ano e o atacado já vem mostrando sinais de dificuldade de repasse Fundamentos Os volumes embarcados de carne bovina cresceram 6,1% até outubro em relação ao mesmo período do ano passado. Os embarques continuaram aumentando para Hong Kong, Venezuela, Oriente Médio e para a Rússia, que habilitou pouco mais de 80 unidades produtoras de carnes brasileiras para exportação antes eram 31 unidades habilitadas. Vale chamar atenção para o agravamento da situação da economia da Rússia, que hoje responde por 22% das exportações brasileiras de carne bovina. Isso porque sua moeda tem mostrado forte desvalorização ante o dólar e os preços do petróleo seguem recuando. As estimativas do USDA são de continuidade da expansão das exportações brasileiras de carne bovina, devendo fechar este ano com alta de 9,8% e mais 10% em 2015. Essas expectativas positivas para o Brasil são fundamentadas na tendência de recuo das exportações de outros países, como os EUA e a Austrália, em 3% e 10% respectivamente, fruto da queda de abates. Importante dizer que, juntos, esses países respondem por 30% das exportações globais. A oferta de animais prontos para abate não vem crescendo no mesmo ritmo da demanda, em razão do abate de fêmeas ocorrido em anos anteriores. Até outubro, os abates cresceram 0,6% ante o mesmo período do ano passado. Como consequência da retenção de fêmeas, os preços do bezerro estão registrando altas expressivas. No ano, até o início de dezembro, subiram 45%, após a elevação de 10% na média de 2013 ante o ano anterior. Nos próximos meses a oferta de boi pronto para abate deverá voltar a crescer, com o retorno das chuvas de verão nas regiões produtoras. Com isso, sazonalmente os preços de boi devem recuar. Mas não há tendência de queda acentuada, dado que os abates não deverão crescer em razão da continuidade do movimento de retenção de fêmeas. No ano, até o início deste mês, os preços de carne bovina no atacado subiram em torno de 30%, como reflexo do repasse dos preços do boi. Mas o atacado já vem mostrando sinais de dificuldade para o repasse. Prova disso é que os preços médios caíram 6% em dezembro ante o mês anterior. Isso sugere que, embora o consumo doméstico continue firme, o mercado não sanciona altas mais acentuadas de preços nos meses à frente. Somado a isso, devemos levar em conta a ampliação sazonal da oferta, o que deve acomodar os preços do boi em patamares mais baixos nos próximos meses. Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010-2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Exportações brasileiras de carne bovina (em mil toneladas) 2011 2014 2011 150.000 2012 2013 140.000 2014 130.000 120.000 120.133 139.110 127.236 110.000 104.974 100.000 101.746 90.000 90.893 80.000 80.613 70.893 70.000 FONTE: SECEX ELABORAÇÃO: BRADESCO 64.794 60.000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 8

jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 dez/15 Abates mensais de boi - 2010-2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco Abate de bois em mil cabeças 2011-2014 2.600 2.500 2.458 2.400 2.300 2.294 2.200 2011 2012 2013 2014 2.255 2.100 2.000 1.900 1.836 1.800 1.792 1.893 1.865 1.700 FONTE: MAPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em R$ por arroba (15 kg) BOI GORDO Fonte: Cepea Esalq 1.600 PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP Elaboração e Projeção: Bradesco jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 160,0 140,0 120,0 109,6 106,9 108,4 125,2 144,3 121,5 141,0 129,0 Boi Gordo Preço ao Produtor Praça São Paulo (em R$ por arroba) 2002 2015 100,0 80,0 60,0 61,8 93,3 74,5 90,8 97,0 Projeção de preço: média dos preços futuros BMF BOVESPA 51,7 40,0 42,2 20,0 FONTE: CEPEA ELABORAÇÃO: BRADESCO 9

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15* AÇÚCAR E ETANOL AÇÚCAR E ETANOL Os preços do açúcar devem seguir subindo nos próximos meses, refletindo o menor superávit global. Mas esperamos alta moderada, dado que a relação estoque consumo está acima da média das últimas cinco safras. Os preços do etanol deverão continuar em alta sazonal nos próximos meses de entressafra Fundamentos O USDA divulgou no final de novembro o relatório semestral de acompanhamento da safra 2014/15 global de açúcar. O relatório trouxe revisão para baixo da estimativa da produção mundial em 1,8% ante a estimativa anterior de maio. Foram revisadas as safras do Brasil, da Índia e da Tailândia. Com isso, o superávit global, antes avaliado em 5 milhões de toneladas, foi reduzido para 1,5 milhão de toneladas e a relação estoque consumo passou de 26,1% na estimativa anterior de maio para 24,7%. A produção brasileira de açúcar foi revisada para baixo em 2 milhões de toneladas, o equivalente a um recuo de 5,3% ante a safra anterior. As exportações brasileiras foram revisadas para baixo na mesma proporção, refletindo a menor disponibilidade interna do produto. Segundo dados da ANP, as vendas de etanol hidratado cresceram 10,7% no ano até outubro, enquanto as vendas de gasolina subiram 7,9%. O reajuste de 3% dos preços da gasolina na refinaria ficou abaixo das expectativas, mas ainda assim favorece a elevação dos preços do etanol. Foi aprovada pelo Senado e pela Presidência da República, a medida provisória que permite ao governo elevar para até 27,5% o limite de etanol anidro misturado à gasolina. A atual banda está entre 18% e 25%, sendo o teto o nível praticado. O resultado de estudos para avaliar se os motores suportariam a alteração desse teto foi a favor da elevação da mistura. Mas, de todo modo, o aumento efetivo da mistura só deverá ocorrer na entrada da próxima safra, em março de 2015. Como reflexo do menor superávit global, os preços do açúcar devem seguir subindo nos próximos meses, mas a alta deverá ser moderada. Isso porque a relação estoque consumo de 24,7% está acima da média de 22% verificada nas últimas cinco safras. Os preços do etanol deverão continuar em alta Fonte sazonal e projeção : nos Conab próximos meses de entressafra e devem ser sustentados mil toneladas pela demanda doméstica Elaboração. Bradesco Produção Nacional de Cana-de-Açúcar - 1990-2013 crescente, impulsionada pela ampliação da frota de veículos leves. 650.000 550.000 450.000 Safra 14/15 Mil ton Var. Abs. Var. % 1º Levantamento Abr/14 671.690 2º Levantamento Ago/14 659.099-12.591-1,9% 3º Levantamento Dez/14 4º Levantamento Abr/15 431.413 474.800 559.432 604.514 623.905 658.822 659.099 588.916 560.364 Produção nacional de cana-de-açúcar em mil toneladas 1991 2015 350.000 314.969 287.810 250.000 222.429 223.460 240.944 257.592 320.650 359.316 150.000 Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: Bradesco 10

dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco jan/00 93/94 jan/01 94/95 jan/02 95/96 jan/03 96/97 97/98 jan/04 98/99 jan/05 99/00 jan/06 00/01 01/02 jan/07 02/03 jan/08 03/04 jan/09 04/05 05/06 jan/10 06/07 jan/11 07/08 08/09 jan/12 09/10 jan/13 10/11 jan/14 11/12 12/13 jan/15 Etanol em mil litros 13/14 dez/15 14/15* Produção nacional de açúcar (em mil toneladas) Produção nacional de etanol (em mil litros) 1993 2015 43.000 36.000 29.000 AÇÚCAR ÁLCOOL 27.500 38.168 27.595 35.968 37.878 27.957 38.253 27.623 25.763 22.000 19.380 23.640 15.00012.692 16.020 23.007 FONTE: CONAB ELABORAÇÃO: BRADESCO 11.700 8.000 13.078 10.518 14.640 em R$ por metro cúbico 1.610 1.510 1.410 1.310 1.210 1.110 1.010 1.062 1.291 1.354 1.225 1.146 1.025 1.150 1.136 1.076 1.150 1.270 1.190 1.210 Preço de Etanol Hidratado (em R$ por metro cúbico) 2011-2015 Projeção de preço: preços futuros BMF BOVESPA 910 810 710 FONTE: BMF BOVESPA ELABORAÇÃO: BRADESCO Em US$ cents por libra peso Preços internacionais de açúcar NYBOT Preço futuro 1º Vencto 2000 2013 Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Preços internacionais de açúcar (em US$ cents por bushel) 2000 2015 33,0 27,0 28,4 32,1 29,5 24,9 Projeção de preço: média dos preços futuros 21,0 15,0 17,9 13,1 14,6 21,9 17,7 15,4 17,0 FONTE: BLOOMBERG ELABORAÇÃO: BRADESCO 9,0 5,6 3,0 10,7 9,0 8,8 6,3 9,0 8,4 8,9 11,3 11

nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14 nov/14 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14 nov/14 16-jun-09 nov/07 fev/08 mai/08 ago/08 nov/08 fev/09 mai/09 ago/09 nov/09 fev/10 mai/10 ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 ago/14 nov/14 16-jun-09 Acompanhamento das posições não comerciais Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - 2007-2014 - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco Posições não comerciais e preços internacionais de café 2007-2014 US$ c / libra 350 300 250 posição não comercial Café 304,9 em número de contratos 70.000 60.000 46.478 50.224 50.000 40.000 200 150 139,70 211,8 30.000 188,2 20.000 10.000 100 0-10.000 50-20.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 0-30.000 US$ c / bushel 2.000 posição não comercial 1.800 preço soja 1.600 1.628 1.400 203.215 260.845 em número de contratos 280.000 240.000 1.613 200.000 168.209 160.000 Posições não comerciais e preços internacionais de soja 2007-2014 1.200 1.000 800 46.808 120.000 80.000 1.010 40.000 913,25 0 600-16.898-28.178-40.000 400-56.797-80.000 200-120.000 0-130404 -160.000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO US$ cents por bushel Posições não comerciais e preços internacionais de milho 2007-2014 850 750 posição não comercial preço milho 413.915 764 831 704 500000 400000 300000 650 200000 550 113.201 100000 80.111 450 0 350 365-100000 250 312-119.389 321-200000 FONTE: Bloomberg ELABORAÇÃO: BRADESCO 150-300000

SOJA Retrato do mercado Complexo Soja Da soja em grão produzida no Brasil, o volume de 43% é exportado e 57% são destinados à moagem. O processo de moagem resulta em 72% farelo e 18% óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas. Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados. A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e suínos. Países de destino Grão: 75% China, 25% Europa, 10% outros países asiáticos. Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos. Óleo: 50% China, 20% Índia. Sazonalidade Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio. Regionalização Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste Ranking O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%. 13

MILHO Retrato do mercado O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto representa: 64% da avicultura 65% da suinocultura 23% da pecuária de leite Países de destino As exportações de milho respondem por 28% do volume produzido. Os principais mercados de destino são: 14% Japão, 13% Coréia do Sul, 8,5% Taiwan. Sazonalidade O milho tem duas safras: Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10% Centro-Oeste; 15% Nordeste. Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro. Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul (somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste. Ranking O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior exportador, com 18% de participação. 14

CAFÉ Retrato do mercado O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos totais, pois a maior parte da colheita é manual. Países de destino Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão. Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia. Regionalização Distribuição regional da produção de café arábica: 71,5% Minas Gerais 10,5% São Paulo 9,1% Espírito Santo 4,3% Paraná 2,8% Bahia Distribuição regional da produção de café robusta: 75,6% Espírito Santo 12,5% Rondônia 6,7% Bahia 2,6% Minas Gerais Sazonalidade A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se estende até setembro. Ranking O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que responde por 15% do consumo mundial. 15

BOI Retrato do mercado O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro. As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina. Países de destino A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com participação de 22%. Hong Kong responde por 18%. Regionalização Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1% Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste. Ranking O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido pelos EUA, que representam 19,1%. O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado. Sazonalidade O ciclo da pecuária bovina é longo 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do animal com aproximadamente 15 arrobas. O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto, alimentado à base de capim. O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde por apenas 5% do total de abates. A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores. A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado. Nos confinamentos há dois turnos: 1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro 2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro 16

AÇÚCAR E ETANOL Retrato do mercado Complexo Sucroalcooleiro Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de etanol. O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno. Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel) e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%). O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável. Países de destino Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh; Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos; Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%. Sazonalidade A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da canaé de 18 meses, e da mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média. O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas. Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção. O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre. Regionalização 65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul. Ranking O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são: Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%. O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%. Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil. 17

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