Restrição externa e crescimento simulando um modelo multissetorial aberto

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1 Economia e Sociedade, Campinas, Unicamp. IE. hp://dx.doi.org/1.159/ v25n2ar1 Resrição exerna e crescimeno simulando um modelo mulisseorial abero Maria Isabel Busao ** Mario Luiz Possas *** Resumo O arigo busca discuir a dinâmica do crescimeno econômico das economias em desenvolvimeno a parir do Princípio da Demanda Efeiva keynesiano e kaleckiano e dos Modelos de crescimeno liderado pela demanda e resrio pelo balanço de pagamenos, concebidos pela Cepal e desenvolvidos principalmene por Thirlwall. Para ano, desenvolveu-se um modelo eórico de simulação capaz de capar os efeios sobre as axas de crescimeno e sobre as condições exernas quando a economia esilizada é submeida a diferenes padrões de crescimeno. As principais conclusões foram: i) as axas de crescimeno de uma economia cuja dinâmica é exclusivamene impulsionada pelas condições inernas (de políica expansionisa) serão em algum momeno resringidas por imposições do balanço de pagamenos; e ii) se os seores produivos conseguem inroduzir uma dinâmica inovaiva capaz de aumenar a compeiividade de seus produos, aumenando o coeficiene de exporação, a economia crescerá impulsionada pela dinâmica inerna, posergando, mas não eliminando o risco de vulnerabilidade exerna. Palavras-chave: Demanda efeiva; Dinâmica capialisa. Crescimeno econômico. Resrição exerna; Modelos de simulação. Absrac Exernal consricion and economic growh: an open mulisecoral simulaion model This paper discusses he dynamics of economic growh in developing economies using he Keynesian and Kaleckian effecive demand principle as well as he balance of paymens consrained demand-led growh models, conceived by ECLAC (Economic Commission for Lain America and he Caribbean) and developed by Thirlwall. To his effec, a compuer simulaion model was developed o capure he effecs on he balance of paymens and on economic growh raes under differen growh paerns. The main conclusions drawn were: i) growh raes of an economy in which he dynamics are exclusively driven by inernal condiions will, from a cerain poin, be consrained by he rise in exernal vulnerabiliy; ii) if producive secors are able o inroduce innovaive dynamics increasing he compeiiveness of heir producs and herefore he expor coefficiens, economic growh will be driven by inernal demand, posponing, alhough no precluding, he risk of foreign vulnerabiliy. Keywords: Principle of effecive demand; Capialis dynamics; Economic growh; Foreign consrain; Simulaion models. JEL O41, O11, C63. Arigo recebido em 18 de junho de 214 e aprovado em 22 de janeiro de 216. ** Professora do Insiuo de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ) / Membro do Grupo de Dinâmica Econômica, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. maria.busao@ie.ufrj.br. *** Professor Tiular do IE-UFRJ e membro do Grupo de Dinâmica Econômica, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. mariopossas@gmail.com. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

2 Maria Isabel Busao / Mario Luiz Possas Inrodução O arigo em como objeivo conribuir para a análise da dinâmica macroeconômica sob resrição exerna, buscando examinar algumas das circunsâncias em que a resrição se orna mais efeiva em limiar o crescimeno econômico. Pare-se de um modelo macroeconômico mulisseorial 1 que em como elemenos eóricos noreadores: i) o PDE (Princípio da Demanda Efeiva) keynesiano e kaleckiano e seus efeios muliplicadores e aceleradores que fundamena as decisões de produzir e de invesir dos agenes econômicos; ii) a incereza fundamenal e a enaiva dos agenes de se proeger dela uilizando o comporameno da maioria ou da média 2 ; e iii) as conribuições analíicas a respeio da resrição exerna iniciadas pela Cepal e amplamene difundidas pelos rabalhos de Thirlwall. Para a análise dinâmica serão uilizadas écnicas de simulação, um insrumenal analíico compuacional por meio do qual se configurou uma economia esilizada com caracerísicas das economias em desenvolvimeno e inspirada paricularmene em alguns elemenos enconrados na economia brasileira dividida em seores e abera aos fluxos exernos (comerciais e financeiros). O emprego da écnica de simulação, ao admiir rajeórias em abero (sem equilíbrios endenciais), possibilia analisar os efeios da resrição exerna sobre o crescimeno a parir de diferenes cenários. Ese insrumenal mosra-se mais adequado para o modelo adoado (elevado número de equações e múliplas inerações enre as variáveis). A análise da rajeória (soluções) pode ser obida com maior flexibilidade e realismo por meio da simulação compuacional, cuja solução numérica depende das hipóeses e das condições iniciais, bem como dos valores dos parâmeros. Dado ese objeivo mais geral, o arigo preende: i) simular o crescimeno da economia esilizada induzido pela dinâmica esriamene inerna gaso público e avaliar os efeios sobre a rajeória de crescimeno com e sem reação dos agenes à piora das condições exernas. Preende-se observar se surge resrição endogenamene como resulado do crescimeno induzido; ii) analisar o resulado sobre a dinâmica econômica de longo prazo do efeio combinado de crescimeno induzido pela dinâmica inerna associado a uma mudança na compeiividade, implicando mudanças nos coeficienes de imporação e exporação seoriais. (1) Pare-se do modelo macroeconômico mulisseorial desenvolvido por Possas; Dweck e Reif (24) e de Reif (26). (2) Keynes ([1937] 1984, p. 169). 28 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

3 Resrição exerna e crescimeno simulando um modelo mulisseorial abero A hipóese cenral é que, em alguma medida, o crescimeno econômico é condicionado pelo grau de resrição exerna enfrenado. Esa, por sua vez, depende do grau de desenvolvimeno do país (esruura indusrial e sua consequene paua de exporação), sendo mais significaiva em países em desenvolvimeno. Além desa inrodução, apresenam-se na primeira seção, de forma resumida, os elemenos eóricos noreadores da pesquisa. Na segunda serão apresenadas as relações causais proposas e algumas equações do modelo eórico. Na erceira seção serão apresenados os resulados das simulações. Na úlima seção serão exraídas algumas conclusões. 1 Demanda efeiva e o papel da resrição exerna As conribuições de Keynes significaram uma alernaiva à forma predominane (anerior e aual) de pensar os deerminanes do nível e da axa de crescimeno da economia. As fluuações do nível de aividade são para Keynes, em úlima análise, fruo da auação da demanda efeiva, mais especificamene das decisões capialisas de invesir. Ao evocar o PDE, pelo qual a renda não em exisência independene do gaso, sendo dese um produo insanâneo (Possas (1987), ele esabeleceu uma eoria geral da deerminação do produo e do emprego com base no gaso em consumo e em invesimeno, variável mais sujeia a repeninas e amplas fluuações (Keynes, [1937] 1984, p. 178). Ademais, invesir significa rocar algo cero por uma conjecura, pois a decisão de invesir é efeuada com base em expecaivas sob incereza, que poderão ou não se verificar. Logo, o invesimeno é o faor mais relevane para explicar a dinâmica. A despeio de Keynes não er desenvolvido uma eoria complea da dinâmica econômica, forneceu os elemenos para que, a parir do PDE, se inaugurasse uma nova forma de inerprear eoricamene as causas das fluuações do produo e do emprego, abrangendo ano as fluuações econômicas quano uma possível endência de longo prazo. Conemporâneo de Keynes, Kalecki ([1954] 1983) desenvolveu uma eoria da dinâmica capialisa mais complea do pono de visa analíico a parir do PDE, só que bem disina da formulada por Keynes. O exclusivo enfoque dado por Kalecki no resulado ex pos (na validação da produção pelas vendas) ornou mais evidene a essência do PDE: garanidor da deerminação unilaeral das receias (rendas) pelos gasos (Possas, 21, p. 11). No modelo eórico consruído por M. Kalecki ([1954] 1977), a ineração enre os efeios muliplicador e acelerador do invesimeno dão lugar à uma dinâmica cíclica associada às decisões de invesir, as quais são guiadas pelo princípio do ajusameno do esoque de capial de forma que os efeios demanda e o efeio Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago

4 Maria Isabel Busao / Mario Luiz Possas capacidade criam conjunamene uma dinâmica cíclica do invesimeno e, como consequência, do produo e do emprego. A parir dos anos 6 e 7, os modelos de crescimeno liderado pela demanda, sob a égide do PDE, ganharam um imporane ingrediene quando se esendeu a análise resria das economias fechadas para economias aberas em geral e para as subdesenvolvidas, em paricular. O muliplicador do comércio exerior de Harrod ([1933] 1962) foi a base para o desenvolvimeno desses modelos. Seguindo esse caminho, conribuíram significaivamene: i) Kaldor, com os possíveis valores do produo que equilibrariam o balanço de pagamenos e com seu modelo de crescimeno liderado pelas exporações, o qual não faz pare do escopo dese arigo; e ii) Thirlwall, com a formalização e a exensão das proposições de Kaldor, formulando a conhecida Lei de Thirlwall. Sabe-se, porém, que anes do desenvolvimeno desses modelos, a escola cepalina, noadamene Prebisch, já inha argumenado sobre o papel resriivo que o balanço de pagamenos poderia er para o crescimeno das economias periféricas, em virude do ipo de inserção exerna, de divisão inernacional do rabalho e, porano, do nível de indusrialização dos países da região, implicando que a compreensão do crescimeno econômico de ais economias não poderia prescindir da discussão acerca de sua esruura produiva. Na abordagem do crescimeno liderado pela demanda, os níveis e especialmene as axas de crescimeno das economias divergem ao longo do empo, especialmene em decorrência das diversas resrições que se impõem ao crescimeno da demanda. Uma das mais relevanes resrições que enfrenam economias aberas sem moeda conversível é a resrição imposa pela escassez de divisas. Faos esilizados das rajeórias hisóricas dos países desenvolvidos e dos periféricos evidenciam o papel das resrições exernas para o crescimeno econômico. Vejamos agora, de forma basane sinéica, essa quesão a parir de algumas abordagens desacadas: a cepalina e a de Thirlwall. O início da discussão cepalina sobre resrição exerna é daada de fins nos anos 4, quando se buscou analisar o caráer esruural da resrição do balanço de pagamenos (BP) e seus efeios para o crescimeno econômico dos países periféricos, sobreudo os laino-americanos, desacando os efeios resriivos ao crescimeno decorrenes da vulnerabilidade exerna, fruo do ipo de inserção exerna do país e do seu papel na divisão inernacional do rabalho. Iso implicou a ideia de que a discussão sobre crescimeno econômico e resrição exerna em economias periféricas não poderia prescindir da quesão da esruura produiva daqueles países. Para Prebisch, a resrição de divisas decorrene da especialização exporadora de produos com baixa elasicidade-renda e da imporação de produos de ala elasicidade-renda impedia o avanço pleno da indusrialização e do crescimeno da região. Se a elasicidade-renda das imporações de manufauras 282 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

5 Resrição exerna e crescimeno simulando um modelo mulisseorial abero supera a de produos agrícolas, o crescimeno com equilíbrio em BP somene seria alcançado se os países periféricos crescessem a axas inferiores às dos cenrais. Nessa perspeciva, a indusrialização emerge como eixo cenral da esraégia cepalina, pois [...]além de conribuir para a absorção da população que cresce e se desloca de ouras aividades, proporciona ao país em desenvolvimeno os produos manufaurados que ele não pode conseguir, dada a sua capacidade limiada de imporar (Prebisch, 2, p. 189). Modelos de crescimeno liderado pela demanda e limiado pelo BP (denominado BPC Balance of Paymens Consrained Growh) êm sido desenvolvidos, em versões mais conemporâneas, a parir das conribuições de Thirlwall. A versão apresenada em Thirlwall (1979) mosrou que a axa de crescimeno de longo prazo compaível com a resrição do BP é dada pela razão enre a axa de crescimeno das exporações (ou elasicidade-renda das exporações muliplicada pelo crescimeno mundial) e a elasicidade-renda das imporações; resulado conhecido como Lei de Thirlwall 3. Essa dinâmica somene faz senido quando o equilíbrio de longo prazo no balanço de pagamenos nessa versão, sem fluxos de capiais é um requisio, quesão que será discuida em seguida. Para McCombie e Thirlwall (1994) e Thirlwall (25), o desempenho das exporações depende conjunuralmene do crescimeno da renda mundial e esruuralmene da compeiividade da indúsria, a qual deermina, em grande pare, os ermos de roca enre os países. Os auores desacam a imporância da indusrialização como moor do crescimeno, pois o seor indusrial opera com reornos crescenes de escala e é difusor de inovações, influenciando a produividade de oda a economia, aumenando assim sua compeiividade (peneração) no mercado exerno. O dinamismo indusrial, ao provocar aumeno de produividade nos demais seores, melhora as condições de compeiividade e os ermos de roca o que, por sua vez, se reflee na melhora da cona de ransações correnes, reduzindo a resrição exerna. As axas de crescimeno previsas pelo modelo de Thirlwall (1979) ficaram bem próximas das axas de crescimeno observadas nos países desenvolvidos uilizados em sua amosra. No enano, Thirlwall e Hussain (1982) observaram que o poder explicaivo do modelo era menor quando se analisavam países em (3) Segundo Thirlwall, a realização de correlações seriais enre a axa efeiva de crescimeno e a previsa pela condição de equilíbrio no BP garaniram e reforçaram o seu achado eórico, pois quase se poderia afirmar como lei fundamenal que a axa de crescimeno de um país se aproximará da proporção de sua axa de crescimeno das exporações e de sua elasicidade-renda da demanda de imporações [...] desde enão, esse resulado passou a ser conhecido na lieraura especializada como lei de Thirlwall [...], um previsor poderoso do desempenho dos países em ermos de crescimeno (Thirlwall, 25, p. 65). Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago

6 Maria Isabel Busao / Mario Luiz Possas desenvolvimeno. A fim de conemplar a experiência de países em desenvolvimeno, os auores esenderam o modelo original incorporando a cona de capial na definição da condição de equilíbrio do BP, já que para países em desenvolvimeno os fluxos de capiais consiuem uma fone relevane de financiameno de déficis em ransações correnes. Nesse modelo ampliado, a condição de equilíbrio de longo prazo passa a incorporar a cona de capial, sendo definida como Pd X C Pf E M, em que é o valor nominal dos fluxos de capial medidos C em moeda nacional. Em ermos de axa de crescimeno, a condição de equilíbrio pode ser expressa por: 4, em que é a axa de crescimeno dos fluxos de capiais nominais, é a parcela das exporações em relação à receia exerna oal ( P X C ) para cusear as imporações e 1 é a d proporção dos fluxos de capial em relação à receia exerna oal. A parir dessa condição de equilíbrio do BP e das mesmas funções comporamenais de demanda para as exporações e imporações do modelo canônico, Thirlwall e Hussain (1982) apresenaram a axa de crescimeno do produo compaibilizada com o equilíbrio do BP 5. Em linhas gerais, na versão modificada por Thirlwall e Hussain (1982), a axa de crescimeno permiida pelo equilíbrio de BP é dada pela soma ponderada da axa de crescimeno das exporações com a axa de crescimeno da enrada líquida de capiais, dividida pela elasicidade-renda das imporações. Assim, a axa de crescimeno consisene com o equilíbrio no BP de longo prazo é aquela em que o saldo do BP seja zero no longo prazo, mesmo que isso implique desequilíbrios persisenes na cona correne. Nese arigo, considera-se que o modelo esendido de Thirlwall e Hussain conempla apenas parcialmene a problemáica associada aos movimenos de capiais, já que não incorpora o monane de pagamenos associados ao crescimeno do passivo exerno (juros, remessa de lucros, repariação ec.), e nem mesmo a percepção e reação dos agenes caso o passivo exerno aumene além de c (4) Esa equação de equilíbrio exerno, em ermos de axa, foi derivada da seguine equação em ermos de nível: P. em que é o preço das exporações em moeda local; é a quanidade exporada; d X C Pf E M Pd X C é o valor do fluxo de capial em moeda domésica, sendo que se C esá ocorrendo uma enrada de capial e se C verifica-se uma saída de capial; é o preço das imporações em moeda esrangeira; E é a axa de câmbio nominal; M P f é a quanidade imporada; e represena o empo. No enano, conforme aleram os auores, é preciso dar pesos aos componenes do lado esquerdo da equação, de modo que θ e (1-θ) represenam as paricipações relaivas das exporações e dos fluxos de capiais no financiameno das imporações. (5) Supondo que as elasicidades-preço cruzadas das exporações e das imporações são iguais às suas respecivas elasicidades-preço, a condição de equilíbrio do BP com fluxos de capial se dá por: 284 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

7 Resrição exerna e crescimeno simulando um modelo mulisseorial abero deerminados paamares, o que foi ao menos parcialmene conemplado pelo modelo desenvolvido por Moreno-Brid (1998). A enrada de capial, ano via emprésimos como por meio de fluxos volunários de capial, gera sempre, em algum grau, a possibilidade de refluxo desse capial, seja pelo seu reorno (especialmene quando se raa de capial de curo prazo), seja pela remessa de lucros ou pagameno de juros. Logo, o eo para os fluxos deve ser dado pela exigência de equilíbrio no BP no longo prazo diado pelas condições de solvência da economia e de seus possíveis efeios decorrenes da reação dos agenes diane do agravameno dos indicadores de vulnerabilidade. Moreno-Brid chama a aenção para o fao de que poderão exisir resrições à enrada de capial, especialmene se o padrão de endividameno não for susenável do pono de visa do invesidor exerno. Como resulado se eria saídas de capial e/ou uma suspensão na enrada, o que geraria resrições. A proposa avenada pelo auor para corrigir a carência do modelo de Thirlwall e Hussain (1982) foi incluir um indicador de grau aceiável de endividameno, de modo que o equilíbrio do BP requereria a manuenção de uma razão consane enre o saldo em ransações correnes e a renda domésica, de maneira a garanir que o grau de endividameno exerno fosse consane 6. Em uma enaiva de dar mais realismo à quesão dos fluxos de capiais, o modelo proposo nesse arigo irá incorporar a reação dos agenes repariando capial e inerrompendo a enrada diane da piora do passivo exerno em relação às exporações. Diferenemene de Moreno-Brid, considerou-se um indicador de piora nas condições exernas em relação à real capacidade de cumprir com o passivo exerno, o desempenho exporador. O que será explicado na próxima seção 7. 2 Um modelo macro-mulisseorial: análise do crescimeno para economias aberas O modelo macroeconômico-mulisseorial aqui proposo é essencialmene um modelo de crescimeno liderado pela demanda e resrio pelas condições exernas, inegrando as discussões feias na seção anerior e que, em sua essência, podem ser assim resumidos: i) o PDE keynesiano e kaleckiano; e ii) o papel que a resrição exerna exerce como um dos mais relevanes empecilhos ao crescimeno da demanda. No enano, consideramos a possibilidade de incorporar duas das críicas feias ao modelo canônico de Thirlwall, quais sejam: (i) daremos um raameno mais (6) Além de Moreno-Brid (op. ci.), a problemáica associada ao acúmulo do passivo exerno foi explorada por diversos auores ais como Barbosa-Filho (21, 22) (7) Sobre o ema, ver ambém Barbosa-Filho (22) e para um survey de indicadores das condições exernas ver Kaminsky e. al. (1998). Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago

8 Maria Isabel Busao / Mario Luiz Possas dealhado à relevância dos fluxos de capiais e aos processos a eles associados; e (ii) os coeficienes de imporação e de exporação de bens de consumo e de insumos serão sensíveis a variações da renda (inerna e exerna), aos preços relaivos e à axa de câmbio. O modelo é mulisseorial e os seores produivos são classificados 8 em oio agrupamenos: seores de bens de consumo (duráveis 9 e não duráveis 1 ), seores de bens inermediários (mealúrgicos 11, químicos 12 e ouros 13 ), seor de bens de capial 14, agriculura 15 e serviços 16. Os oio seores são agenes desse modelo, que cona ainda com: i) consumidores agrupados em quaro classes de renda (A, B, C e D); ii) o governo; e iii) o seor exerno 17. O modelo em como unidade de referência o período de produção: um ano esilizado possui quaro períodos de produção. Seis períodos de produção correspondem a um período de invesimeno (um ano e meio). Essa disinção enre as decisões de invesir e de produzir busca refleir o fao de que os evenos econômicos ocorrem com emporalidade disina 18. A seguir se apresenam os blocos do modelo 19 : (8) Uilizando a meodologia do IBGE. (9) Conforme IBGE: fabricação de aparelhos e equipamenos de maerial elerônico; fabricação de auomóveis, caminhões e ônibus; fabricação de ouros veículos, peças e acessórios. (1) Fabricação de produos farmacêuicos e de perfumaria; indúsria êxil; fabricação de arigos de vesuário e acessórios; fabricação de calçados e de arigos de couro e peles; indúsria do café; beneficiameno de produos de origem vegeal, inclusive fumo; abae e preparação de carnes; resfriameno e preparação do leie e laicínios; indúsria do açúcar; fabricação e refino de óleos vegeais e de gorduras para alimenação; ouras indúsrias alimenares e de bebidas; indúsrias diversas. (11) Exraiva mineral (exceo combusíveis); siderurgia; mealurgia dos não ferrosos e ouros produos mealúrgicos. (12) Exração de peróleo e gás naural, carvão e ouros combusíveis; fabricação de elemenos químicos não peroquímicos; refino de peróleo e indúsria peroquímica; fabricação de produos químicos diversos; indúsria de ransformação de maerial plásico. (13) Fabricação de minerais não meálicos; serrarias e fabricação de arigos de madeira e mobiliário; indúsria de papel e gráfica; indúsria da borracha. (14) Fabricação e manuenção de máquinas e raores; fabricação de aparelhos e equipamenos de maerial elérico; consrução civil. (15) Agropecuária. Do seor agrícola são demandados insumos e bens de consumo não duráveis. (16) Serviços indusriais de uilidade pública; comércio; ranspore; comunicação; insiuições financeiras; serviços presados às famílias; serviços presados às empresas; aluguel de imóveis; adminisração pública; serviços privados não mercanis. (17) Os seores recebem encomendas dos demais seores, das classes de renda, do governo e do seor exerno, sendo que eles não são inegrados vericalmene, de modo que cada seor não demanda de si mesmo, com exceção do seor agrícola e dos de bens inermediários. (18) Uma discussão meodológica sobre as insâncias do empo econômico ver em Possas (1987, p. 54 e seg.). (19) Todas as relações são expressas por equações. Apresenaremos apenas as essenciais para compreensão do argumeno. Para uma referência complea ver Busao (212). 286 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

9 Resrição exerna e crescimeno simulando um modelo mulisseorial abero 2.1 Produção programada A produção programada (PPG) de cada seor no início de cada período de pp produção ( x i, ) é função de expecaivas exrapolaivas 2 de vendas para o período vp ( x i, ) 21. Em sua PPG os seores levarão em cona a margem de esoque desejado ( ) 22 ; a disponibilidade de insumos; e a capacidade produiva ( x i, 1 ) 23. A PPG é i x x i x ; sujeio a: x pp i, i * xi, 1. Ou seja, a definida: pp vp s i, i, 1 i, 1 PPG é função das vendas previsas adicionada da margem de esoque desejado, deduzido do esoque do período anerior, x s i, 1, sujeio à resrição de capacidade produiva e uma margem de sobreuilização. Após definir a PPG e dados os i coeficienes écnicos de insumos nacionais e imporados, os seores demandam insumos necessários para realizar o processo produivo. Ou seja, a demanda por insumos é feia no período correne para realizar a PPG no período seguine. 2.2 Demanda por bens inermediários A quanidade necessária de insumos é função da PPG e dos coeficienes écnicos de insumo nacional e imporado e pode ser expressa por: pp m x in i, j, x i, a a i, j,. A soma dos coeficienes écnicos é deerminada pela i, j, esruura produiva e pela relação capial/produo. Enreano, a disribuição enre o uso de insumos nacionais e imporados poderá se alerar em resposa a variações na renda inerna e aos preços relaivos, conforme será expliciado no bloco do seor exerno. No início de cada período, o seor confrona novamene a PPG com o esoque disponível de insumos. Caso se verifique que o esoque disponível de insumos não seja insuficiene para realizar sua PPG, faz-se uma demanda exra por insumos (que poderá ser aendida caso os seores de bens inermediários enham (2) Expecaivas calculadas a parir da média das encomendas efeivas passadas. Ou seja, o resulado realizado acaba mudando as expecaivas subsequenes (Keynes, 1997, p. 47). O faor de projeção das expecaivas, i,, busca capar o grau de confiança dos agenes em suas próprias expecaivas; é endógeno e varia em função do indicador de risco de insolvência do país. (21) As vendas previsas são calculadas com base nas encomendas efeivas passadas e projeadas de acordo e e e e e e com o faor i, : vp Exp x i, 1 x i, 2 x i, 1 x i, 2 x i, 3 x i, 4 x i, i, 1 i,. 2 x e i, 3 x e i, 4 (22) A margem desejada de esoque é raada como parâmero. Ese e ouros parâmeros do modelo são esabelecidos por educaed guess ou, no caso de ausência de dados empíricos sobre o parâmero, seus valores serão esados de acordo com o méodo de calibração indirea. (23) A produção dos seores pode ser limiada pela capacidade produiva, considerando uma margem de sobreuilização. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago

10 Maria Isabel Busao / Mario Luiz Possas esoques). Esse procedimeno visa dar uma margem de ajuse em relação às expecaivas que originaram a demanda por insumos no período anerior Invesimeno O invesimeno visa (i) repor capial depreciado; (ii) ajusar a capacidade produiva de acordo com as expecaivas de venda e com o grau de uilização desejado da capacidade 25 ; e (iii) fazer frene à concorrência e a oporunidades, componene em grande medida auônomo. Segue uma lógica keynesiana-kaleckiana, viso que é induzido pelo grau de uilização, mas esá muliplicado O invesimeno induzido ( d x i,, ) leva em cona: 1) as vendas previsas para os próximos seis períodos de produção (= período de invesimeno) após a enrega dos bens de capial ee ( x i, ).As vendas previsas são calculadas com base nas encomendas efeivas passadas, porano, o invesimeno é induzido pela axa de crescimeno esperada que é função das encomendas efeivas passadas. Logo, as expecaivas de crescimeno dizem respeio à axa de crescimeno das EEF e não ao nível de EEF. A projeção poderá sofrer revisões para baixo de acordo com o valor de que assumirá os valores {1.;.93;.91;.89}, ou seja, à medida que o indicador de insolvência aumena, os agenes projeam para o fuuro apenas pare do que ocorreu no passado. Essa é uma maneira ipicamene keynesiana de formular expecaivas, de modo que os agenes projeam o passado em condições normais, mas revisam o modo de formular expecaivas se acrediam haver moivos/circunsâncias que jusifiquem; 2) a reposição do capial depreciado de acordo com a axa de depreciação que incidirá sobre o esoque de capial ( x, ); 3) os erros de previsão comeidos no i passado; 4) a margem de esoque i desejada; e 5) o grau de uilização desejado da capacidade ( i ). O invesimeno pode ser expresso por: d ee 1 i xi, x i, xi, (1 i). i Além do invesimeno induzido, os seores realizam a cada período de invesimeno um gaso auônomo em invesimeno que se vincula à dinâmica concorrencial inovaiva. O invesimeno auônomo em pare subsiui capial depreciado por obsolescência e nessa medida não amplia capacidade produiva, mas permie que se produzam produos de qualidade superior ou com menor cuso, o que Exp i, i (24) Os seores de bens inermediários exceo o agrícola êm uma paricularidade, pois eles não conhecem seus esoques ex ane, já que poderão aender à demanda exra de insumos no início do período. Desse modo, sua demanda de insumos é dada em função das encomendas efeivas recebidas de insumos dos demais seores com uma margem de exrapolação. (25) Uma decisão essencialmene kaleckiana, de acordo com o princípio do ajusameno do esoque de capial. 288 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

11 Resrição exerna e crescimeno simulando um modelo mulisseorial abero implica na melhoria da compeiividade média dos seores. O invesimeno auônomo 26 é definido como uma proporção consane do esoque de capial de cada seor. O governo em uma demanda por invesimeno deerminada pelo coeficiene de invesimeno do governo muliplicado pelos seus gasos oais. O modelo incorpora uma resrição financeira ao invesimeno. O acesso ao crédio é diado pelo capial próprio acumulado pela firma (lucro reido), ou seja, de acordo com o princípio do risco crescene, a dimensão do capial empresarial e a acumulação de capial funcionam como uma limiação do acesso ao crédio. O financiameno do invesimeno desejado (induzido e auônomo) cona com rês fones: 1) a paricipação esrangeira por meio de fluxos de IDE; 2) recursos próprios dos seores; e 3) recursos de erceiros (emprésimos obidos ano no Sisema Financeiro Nacional (SFN) como no Sisema Financeiro Inernacional (SFI) 27 ). A discussão sobre resrição ao financiameno será dealhada mais à frene Demanda por bens de consumo A demanda que os seores produores de bens de consumo recebem se resume em procura inerna das famílias e do governo e naquela proveniene do exerior (exporação), que será apresenada no bloco do seor exerno. No que diz respeio às famílias, a demanda por bens de consumo de cada uma das quaro classes de renda é calculada muliplicando-se a renda real média, deerminada em função da defasagem considerada 29, pela respeciva propensão a consumir decrescene com a renda média de cada faixa, somando-se a isso o consumo auônomo 3. A demanda por bens de consumo do governo é obida muliplicando os gasos oais do governo pela proporção dos gasos desinados a consumo. 2.5 Produção efeiva, vendas observadas e demanda aendida A produção efeiva, realizada de acordo com as vendas esperadas, poderá ou não coincidir com a demanda efeiva oal (dos seores, das classes de renda e do governo). Como o modelo é dinâmico, as expecaivas de curo prazo sofrem ajuses após a confronação enre a ofera (ex ane) e a demanda (ex pos). Se as expecaivas (26) O invesimeno auônomo é manido como uma proporção consane do esoque de capial de cada um dos seores: x kad i, kai x, seguindo sugesão de Kalecki ([1954] 1983, cap. 14), para o invesimeno i, agregado. (27) Dos recursos omados de erceiros, vine por ceno são omados no mercado inernacional. (28) Se houver escassez de recursos para financiar odo o invesimeno desejado, impõe-se uma ordem de prioridade: 1º se execua a reposição da capacidade depreciada; 2º invesimeno que visa a ampliação da capacidade; e por úlimo o invesimeno auônomo. (29) Classe A, defasagem de 4 períodos; 3 períodos para a classe B; 3 para a classe C; e 1 para a D. (3) A disponibilidade de recursos para consumo auônomo depende do grau de endividameno das classes. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago

12 Maria Isabel Busao / Mario Luiz Possas formuladas não se confirmam, o erro provoca acúmulo de esoques indesejados e as expecaivas sofrem ajuses, o mesmo ocorrendo com a decisão de produção subsequene, com consequências sobre a dinâmica da economia. 2.6 Preço e renda Os preços são fixados seguindo a radição kaleckiana de regra de markup sobre os cusos variáveis uniários de produção (salários e insumos). O seor agrícola segue uma lógica mais concorrencial e os preços de seus produos exporáveis são deerminados pelo mercado inernacional. A receia líquida de vendas seorial é obida pela muliplicação do preço de venda cobrado pelas vendas realizadas no período, o que equivale à receia brua da produção desconados os imposos indireos que incidem sobre as vendas; e as despesas oais de produção dos seores se resumem em gasos com pagameno de salários e com maéria prima. Os primeiros, deerminados de forma paramérica, pela muliplicação do que foi produzido pelo salário uniário; os gasos com maéria prima são divididos enre despesas com insumos imporados e com insumos nacionais. Os insumos adquiridos no período correne para viabilizar a produção no período seguine serão financiados por capial de giro. O fluxo de capial de giro no período é a diferença enre os gasos oais com insumos e o pagameno realizado com recursos próprios. Esse fluxo acresce o esoque de capial de giro exisene no período anerior, sobre os quais os seores pagaram juros, os quais compõem receia para o seor de serviços. Nas despesas do seor de serviços se compua o reorno sobre a aplicação financeira das classes, dos seores e sobre o invesimeno exerno em careira. O lucro bruo do seor é compuado pela diferença enre receias e as despesas. O lucro oal da economia é obido pelo somaório do lucro dos seores; e o salário oal da economia é obido pela soma dos salários pagos pelo governo e pelos seores. Dos gasos oais do governo, se supõe que uma proporção fixa se refere a gasos com pagameno de salários. O somaório do salário oal, lucro oal e dos imposos indireos nos dará o valor do PIB sob a óica da apropriação da renda: Y 2.7 Governo L W i y y y. As aividades principais do governo são: arrecadação de imposos (direos e indireos), gasos (com pessoal, consumo e invesimeno), inervenção na economia com meas implícias de câmbio, de superávi e deerminação da axa de juros. Não há uma regra reaiva de juros no modelo. O governo gasa com consumo, 29 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

13 Resrição exerna e crescimeno simulando um modelo mulisseorial abero invesimeno e pagameno de salários. A proporção dos gasos para cada um dos desinos é fixa, aplicadas sobre o monane de recursos de que o governo dispõe para gasar. Eses são deerminados de acordo com a mea de superávi primário, o que os orna endógenos. A mea de superávi é esipulada e recalculada a cada quaro períodos de produção ( anualmene ), limiada por eo e piso. A mea poderá variar de acordo com dois criérios: a relação dívida pública/pib; e as axas anuais de crescimeno de ambos. Se a razão dívida/pib for inferior a 3%, a mea cairá em um percenual definido pelo esabilizador auomáico da relação dívida/pib,, ou seja, (1 ). Se a razão dívida/pib esiver enre 3% e 6% e o PIB crescer 1 mais que a dívida, a mea ambém cairá na proporção, caso conrário, a mea anual não muda,. Já se a razão dívida/pib superar 6%, a mea aumenará 1 na proporção do esabilizador auomáico. O superávi alvo é a mea de superávi em ermos moneários 31 : o produo da mea de superávi pelo PIB do úlimo período, adicionada uma axa de projeção do crescimeno do PIB que é calculada uilizando expecaivas da axa de crescimeno médio dos úlimos dois períodos em relação aos dois imediaamene aneriores. O peso dado às expecaivas é função do grau de confiança do governo em suas expecaivas. O oal de que o governo dispõe para gasar é dado pela diferença enre a arrecadação esperada de imposos e o superávi alvo. A receia oal de imposos é resulado da soma dos imposos direos e indireos. Os imposos direos incidem sobre a renda (lucro 32 e renda salarial das classes 33 ) e sobre o reorno das aplicações financeiras. Já os imposos indireos incidem sobre a receia brua dos seores. O superávi primário é a diferença enre o oal de imposos arrecadados e o oal de gasos públicos realizados. Além das despesas correnes, o governo pagará juros sobre seus esoques de dívidas inerna 34 e exerna 35. O défici público nominal é a diferença enre pagameno de juros e superávi primário. 2.8 Seor exerno e a resrição O bloco do seor exerno é cenral para ese arigo, visando capar as conribuições mais relevanes sobre o ema, descrias na seção anerior, bem como conribuições relaivas à dinâmica dos fluxos de capiais e às condições de solvência (31) Y 1 Y 2 Y 3 Y 4 1 Y 1 1 G Y Y 3 4 (32) Alíquoa de 2% para odos os seores. (33) A alíquoa de 25% classe A, 15% para a classe B e zero para as classes C e D. (34) O esoque de dívida inerna, ( DPi y ) é igual ao esoque da dívida somado ao défici público correne. G (35) Como o governo não emie ou eseriliza moeda, o saldo do BP, a amorização da dívida exerna e os emprésimos conraídos no exerior implicam a variação da dívida pública inerna. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago

14 Maria Isabel Busao / Mario Luiz Possas exerna. Os coeficienes de imporação e de exporação de bens de consumo e de insumos foram considerados sensíveis à variação na renda (inerna e exerna), aos preços relaivos e à axa de câmbio. Transações correnes O cálculo do saldo da cona de ransações correne (TC) e o saldo da balança comercial (BC) seguem o padrão do BP do Banco Cenral do Brasil. A demanda por exporações desinadas aos seores nacionais é calculada pela aplicação do coeficiene de exporação seorial ( ) sobre a renda exerna, dividida pelo preço i, dos bens nacionais, para ransformar o valor em unidades de produo. A renda mundial cresce por hipóese a uma axa consane ( x ). O coeficiene de exporação foi endogeneizado a fim de capar o efeio das mudanças nos preços relaivos, do crescimeno da renda mundial e do impaco que o invesimeno auônomo produz sobre a compeiividade dos bens exporáveis. Seores com maior concorrência não preço êm seus coeficienes de exporação mais sensíveis a alerações no invesimeno auônomo; já seores com maior concorrência via preço êm os coeficienes de exporação mais sensíveis a mudanças nos preços relaivos. Buscou-se reraar a relevância dos ermos de roca de alerações na renda exerna sobre o coeficiene de exporação a fim de capar as conribuições de Ferrari, Freias, Barbosa-Filho (21); Gala (26); enre ouros, que argumenaram que a elasicidade-preço muda em resposa à persisência de um nível cambial valorizado ou desvalorizado. Incorporamos o argumeno, mas fizemos o coeficiene de exporação sensível à variação da axa de câmbio e não ao seu nível 36. Com isso, o coeficiene de exporação varia em função do crescimeno da renda exerna, dos preços relaivos dos bens nacionais e inernacionais e do impaco do invesimeno auônomo sobre a compeiividade dos bens produzidos no país. A paricipação das exporações nas vendas oais foi calculada usando por aproximação a meodologia uilizada pela Fiesp 37. Assim, pode-se consruir um indicador que mosra a paricipação das vendas seoriais para o exerior (exporação seorial) nas vendas oais seoriais. O oal imporado se resume à soma da imporação de bens de consumo, de insumos necessários à produção e de bens de capial. A demanda por imporação é definida de maneira análoga à demanda inerna. A propensão a consumir das classes é um parâmero, mas a disribuição enre propensão a consumir bens nacionais e imporados é função da variação da renda domésica, dos preços relaivos e de suas (36) Exise um debae sobre a influência do nível e/ou da axa de câmbio sobre os coeficienes de exporação. Uilizou-se axa para eviar uma discussão sobre qual seria o nível de equilíbrio da axa de câmbio para a indúsria. (37) Cf. Fiesp (29). 292 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

15 Resrição exerna e crescimeno simulando um modelo mulisseorial abero respecivas sensibilidades. A imporação de insumos é função do coeficiene écnico de imporação e da exrapolação para o período seguine da produção programada do seor. O coeficiene écnico de imporação de insumos é deerminado a parir de seu valor no úlimo período, da variação nas encomendas efeivas recebidas pelo seor e da relação enre os preços dos insumos nacionais e imporados. A imporação oal dos bens de capial é definida a parir da muliplicação da demanda por bens de capial pelo coeficiene de imporação. O valor agregado moneário das imporações da economia é obido pela soma dos produos das quanidades imporadas de insumos, bens de consumo e bens de capial pelos respecivos preços inernacionais. Saldo da balança de serviços A cona de serviço de faores 38 é composa pelo lucro reinvesido 39 e pela remessa de lucros e de juros. O oal dos lucros reinvesidos na economia é igual à soma dos lucros reinvesidos por cada seor. O lucro relaivo à paricipação esrangeira é uma parcela do lucro disribuído pelos seores. Da paricipação esrangeira uma pare será reinvesida no país. A parcela de reinvesimeno dependerá do indicador de risco de insolvência (IRI). Se o IRI for inferior ao valor padrão mínimo 4, o reinvesimeno ainge seu máximo e será igual a 5% da paricipação esrangeira do lucro; se o indicador esiver enre o padrão mínimo e o máximo, sinalizando que há risco efeivo de insolvência, o reinvesimeno cai para 2%; e se o indicador for maior que o padrão máximo aceiável, haverá um reinvesimeno do lucro da ordem de apenas 1%. Logo, o coeficiene de reinvesimeno, assumirá os valores {,1;,2;,5}. Assim sendo, o oal dos lucros reinvesidos pode ser escrio da seguine forma: lk E lr d PE rl y y 1. i i, i 1 i i, 1 i O complemeno do reinvesimeno é a remessa de lucros para o exerior, que aumena de acordo com a piora do IRI. Se o coeficiene de reinvesimeno assumir rl i (38) Por simplificação, esá sendo considerado que o país não em capial no exerior que gere enrada de juros, lucros ou dividendos. (39) De acordo com a nova meodologia de apuração adoada pelo Banco Cenral do Brasil e seguindo a meodologia da quina edição do Manual de BP do Fundo Moneário Inernacional, o lucro reinvesido deve ser conabilizado com sinal negaivo no balanço de serviços e rendas e com sinal posiivo na cona financeira (aumenando o esoque de IDE). Diferene da maioria dos PLAs, o BC do Brasil não divulga esse dado sob o argumeno de que ele não alera o fluxo de divisas e não há esímulos para que as empresas forneçam correamene al informação. Isso significa que o passivo exerno brasileiro fica subesimado. No modelo adoaremos o mesmo criério recomendado pelo FMI. (4) IRI 8, Baixo _ risco; 1,5 IRI 8, Médio _ risco; IRI 1,5 Alo _ risco Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago

16 Maria Isabel Busao / Mario Luiz Possas os valores de,1;,2 e,5, a proporção do lucro remeida ao exerior será, respecivamene, de,9;,8 e,5. O oal do pagameno de juros que é remeido ao exerior é dado pelo pagameno de juros sobre os emprésimos e financiamenos conraídos pelo governo e pelos seores, somados à remuneração do esoque de invesimeno esrangeiro em careira aplicado no país. Cona de capial e financeira A cona de capial e financeira regisra os fluxos financeiros e é composa por quaro conas: 1) enrada de invesimeno direo esrangeiro - IDE; 2) movimeno de invesimeno em careira; 3) emprésimos e financiamenos, conraídos pelo CC cp nde G nd E A E governo e pelos seores; e 4) amorizações: y y y y y y. IDE Invesimeno direo esrangeiro Cada seor possui um percenual do esoque de capial como paricipação esrangeira, já que do invesimeno desejado pelos seores uma parcela sempre será cobera com recursos de IDE. Diane da piora do cenário exerno, o fluxo de IDE se reduz gradaivamene. Se o IRI esiver abaixo do limie padrão mínimo, haverá disponibilidade de recursos de IDE igual à paricipação do capial esrangeiro padrão seorial muliplicado pelo invesimeno desejado. Se o IRI esiver enre o mínimo e o máximo, começa a haver inquieude e os recursos de IDE passam a ser de apenas 4% da paricipação esrangeira padrão. Se o indicador esá acima do valor padrão máximo, os recursos de IDE esarão disponíveis em apenas 2% da paricipação padrão. Invesimeno em careira O movimeno de capial especulaivo em careira é deerminado a parir de um valor de referência 41 e é moivado pelo diferencial enre juros inernos e exernos, pelo risco-país e pela expecaiva de desvalorização cambial. Além disso, se o IRI cp superar o limie aceiável, haverá saída de uma parcela,, do esoque do cp invesimeno em careira. Se o IRI é inferior ao valor padrão mínimo, e não há saídas moivadas pelo risco de insolvência. Se o indicador esiver enre o padrão cp mínimo e máximo,,3, implicando que haverá uma saída de 3% do esoque de capial durane o empo em que o indicador de insolvência permanecer nese paamar. Se o IRI assumir valores superiores àquele máximo, haverá saída de 8% do esoque. (41) Deerminado pela liquidez inernacional. 294 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

17 Resrição exerna e crescimeno simulando um modelo mulisseorial abero Emprésimos de regulação Além dos movimenos auônomos de capiais, a cona de capial e financeira poderá englobar ainda os emprésimos ao governo que incorporam as operações de regulação decorrenes da apuração do saldo do BP, do saldo das reservas e da mea de reservas do governo. Após apurado o saldo do BP, poderá ainda haver movimeno de capiais compensaórios caso o volume de reservas apurados após o préfechameno do BP seja inferior à mea esabelecida pelo governo. Nesse caso, o governo omará emprésimos, alerando o saldo de cona de capial, bem como o do BP. Na práica isso ocorre da seguine forma: apura-se o saldo da cona de capial pré (para verificar a necessidade de omada de emprésimos compensaórios), soma-se a esa o saldo em reservas acumuladas no úlimo período, obendo-se assim o saldo de reservas no período correne, e subrai-se a mea de reservas. Se o valor for posiivo, não haverá necessidade de emprésimos compensaórios; caso seja negaivo, ese será o valor da omada do emprésimo pelo governo, aumenando assim o saldo da balança de capial e financeira e, consequenemene, o saldo do BP, razendo as reservas para a mea esabelecida. Saldos, esoques e demais indicadores Passivo exerno, axa de câmbio e mea de reservas O passivo exerno líquido é igual ao passivo exerno desconadas as reservas; já o passivo exerno de curo prazo é composo pelo esoque de invesimeno esrangeiro aplicado no seor financeiro nacional. O passivo exerno do país é dado pela soma do esoque de IDE, de IE em careira e dos emprésimos conraídos pelo Governo e pelo seor privado nacional. O governo possui uma mea de reservas que é calculada visando uma razão segura enre o oal das reservas e o passivo exerno de curo prazo. A axa de câmbio é flexível, porém varia denro de bandas implícias esipuladas pelo governo, que dão um eo e um piso para a axa de câmbio a parir de um valor de referência 42. Expecaivas Além de influenciar os fluxos de IDE, o invesimeno em careira, o reinvesimeno e a remessa de lucros, o IRI afea ambém o grau de confiança nas expecaivas e o próprio padrão de formação das mesmas. Ambas erão influência sobre as decisões de produzir e de invesir. O grau de confiança é dado por: gc i, i e, como viso no bloco de produção e no de invesimeno, i, é o faor que busca capar o grau de confiança dos agenes em suas próprias expecaivas. O primeiro ermo à direia da igualdade mosra a sensibilidade do faor de projeção (42) Na apresenação dos resulados denominaremos por axa de câmbio pré a axa de câmbio que vigoraria se o regime cambial fosse flexível. Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago

18 Maria Isabel Busao / Mario Luiz Possas gc ao IRI e assumirá, em ordem crescene de risco, os valores: ={1,;,17;,1;,}, e o segundo ermo à direia mosra o faor de projeção padrão das expecaivas que vigora em condições normais, i. Exp Já as expecaivas ipicamene keynesianas, i,, são assim deerminadas: Exp Key Exp i. O primeiro ermo da direia da igualdade mosra a sensibilidade, i das expecaivas ao indicador de solvência e assumirá os valores (1;,93;,91;,89) de acordo com o que ocorre com o IRI. Enquano o IRI permanecer abaixo de oio (8,) valor de referência a parir do qual os agenes reagem, o valor do coeficiene assume 1, ou seja, em condições normais, ambém será igual à unidade e Key as projeções permanecem conforme a lógica mosrada nas seções respecivas. Se o indicador aumena, passa-se a acrediar que apenas pare do passado se reproduzirá, aingindo um mínimo de 89% da projeção, quando o IRI ulrapassa o padrão de referência máximo, indicando alo risco de solvência. Em condições normais, o passado recene é compleamene projeado para o fuuro de acordo com o grau de confiança. Em condições de resrição exerna os agenes mudam o padrão de formação de expecaivas e já não projeam inegralmene o passado recene (em nível ou em axa) em suas previsões de produção e de demanda por invesimeno. Indicadores de insolvência e de iliquidez A parir deses resulados é possível calcular alguns indicadores relevanes para explicar o movimeno de capiais e a reação dos agenes diane da piora de ais indicadores. O primeiro deles é o já comenado indicador de risco de insolvência, IRI, calculado pela razão enre o passivo exerno líquido e as exporações oais anualizadas. Esse indicador, conforme discuido por Medeiros & Serrano (21) e por Praes (22), é relevane porque mosra a capacidade que as exporações erão de cobrir o esoque de passivo exerno que ulrapassa as reservas 43. Ouro imporane indicador é o de risco de iliquidez, que é dado pela razão enre o passivo exerno de curo prazo e as reservas. 3 Resulados das simulações Esa seção visa apresenar os resulados das simulações sob as seguines hipóeses: i) versão padrão com inexisência de crescimeno; ii) crescimeno gerado pela dinâmica inerna, supondo a inexisência de reação dos agenes diane da piora dos indicadores de solvência exerna; iii) crescimeno gerado pela dinâmica inerna, com reação dos agenes ane a piora dos indicadores exernos; e vi) crescimeno gerado pela dinâmica inerna, com reação dos agenes e com melhora na Exp i, (43) Segundo Praes (22), valores acima de 7 esão hisoricamene associados a crises de BP em países em desenvolvimeno. 296 Economia e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 2 (57), p , ago. 216.

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