Núcleo de Pós Graduação Pitágoras

Transcrição

1 Núcleo de Pós Graduação Pitágoras Para que utilizar a Gestão do Conhecimento nas Organizações? MBA Gestão em TI T6 Disciplina: Gestão do Conhecimento e de Conteúdos Gestão da Informação e do Conhecimento Professor: Fernando Zaidan Outubro/ Introdução do Tema As organizações têm demonstrado uma crescente demanda por informações para seus processos. Os processos organizacionais estão em constante melhoria busca incansável por parte das organizações. Introdução do Tema Os principais ativos das empresas não são as construções, materiais ou equipamentos caros. A gestão do conhecimento é uma coleção de processos que governa a criação, disseminação e utilização do conhecimento. x 3 4 Introdução ao Tema Introdução do Tema O uso adequado da GIC nas empresas pode ser revertido em vantagens competitivas. As informações dos ambientes organizacionais devem ser armazenados para não se perderem e serem possíveis de recuperação no futuro. O conhecimento na organização é gerenciável somente na medida em que os líderes abraçam e adotam a dinâmica de criação do conhecimento

2 Vídeo: Gestão do Conhecimento Como surgiu a necessidade de explorar a Gestão do Conhecimento? Seria um novo modismo indicado pela Sociedade do Conhecimento? Poderia ser vista como uma nova abordagem de algo já conhecido? Seria a busca de uma nova técnica para se organizar uma base de Informação? 7 8 Entende-se que a Gestão do Conhecimento, originase de uma necessidade Social e Econômica. Esta nova organização Global nos remete a novos questionamentos. Esta necessidade é impulsionada por um novo contexto de organização, evidenciado pela(o): Globalização; Ubiquitous Computing (Integração e Mobilidade Computacional); Foco no conhecimento. O que nós sabemos? O que nós conhecemos? O que nós não sabemos mas deveríamos saber? A resposta nos gerará informações que muitas vezes não podem ser digitalizadas, indexadas e muito menos codificadas Eis que se encontra o X da Questão Há algumas décadas, várias Organizações vêm gerando iniciativas no sentido de criar ferramentas que pudessem colaborar com a Gestão do Conhecimento. Como registrar Habilidades? Como registrar Experiências de vida (Prática)? Além da dificuldade de se registrar o Conhecimento Tácito e Ituitivo, o que fazer para armazená-los?

3 Antecedentes intelectuais da GC Economia Disciplinas que ajudaram a definir gestão do conhecimento: - Economia - Sociologia - Filosofia e Psicologia Segunda Guerra Mundial - a construção de um segundo avião de um determinado tipo demandava menos tempo do que a construção do primeiro e ainda, o segundo avião apresentava menos defeitos do que o primeiro Foi comprovado que os trabalhadores realmente aprendem com a experiência. O artigo de 1962 "Aprender Fazendo" gerou o prêmio Nobel de economia. Outro condutor da GC que vem diretamente da economia (mais diretamente dos profissionais): - forma de considerar as variações significativas no desempenho. Por que as organizações que possuem as mesmas operações globais muitas vezes vêem que seus resultados variam substancialmente? - Embora os trabalhadores da empresa tenham acesso ao mesmo conhecimento, tecnologias, e todos os demais ativos corporativos Exemplo: BP Amoco (segunda maior petroleira européia): - Decidiu analisar, usando a perspectiva do conhecimento, porque eles tinham diferentes níveis de desempenho. - Encontraram grandes diferenças nas práticas conhecimento tácito. - Como resultado dos seus esforços: - desejo que o conhecimento local fosse praticado em nível mundial, gerando uma economia significativa. - Crença: "se você desenvolver um processo, o aprendizado ocorrerá." - Não há como especificar como a aprendizagem ocorre e o que as empresas e os resultados econômicos podem esperar da aprendizagem. - A Gestão do Conhecimento ainda não tem o domínio completo destas questões, mas reconhece sua importância, e continua trabalhar na direção da compreensão mais profunda dos mesmos

4 Sociologia - A primeira tentativa rigorosa de definir uma sociedade do conhecimento pós-industrial foi feita pelo sociólogo Daniel Bell e foi sociologicamente orientada pelo economista Fritz Machlip, dentre outros. Forte interesse na investigação sociológica, nas estruturas complexas das redes internas e das comunidades; - tem relevância óbvia para a GC; - a maioria dos profissionais de hoje concorda que o conhecimento existe e cresce principalmente nestas estruturas; - estudo das redes e das comunidades como as mais produtivas unidades de análise para o conhecimento. 19 A GC tem herdado uma preocupação com os fatos sociais: Filosofia e Psicologia - ao invés de construir a partir da teoria, a GC olha para o que as pessoas realmente fazem; - as circunstâncias em que elas compartilham ou não o conhecimento; - as maneiras que elas usam, alteraram ou ignoraram aquilo que elas aprendem de outros. - Desde o início, a GC tem explorado as diferenças entre o conhecimento tácito e explícito, as diferenças entre como fazer e o que fazer Esta distinção essencial parece ter sido esquecida durante os anos após a Segunda Guerra Mundial: - uma extraordinária quantidade de desenvolvimento de sistemas ocorreu, e muitas rotinas de trabalhos comerciais foram informatizadas. - Nas últimas décadas, o crescente armazenamento eletrônico de informação e o acesso a vastas quantidades de informação, é um dado marcante nos países desenvolvidos. - A psicologia também está preocupada com os diferentes tipos do saber, e por que as pessoas aprendem, esquecem, ignoram, agem ou deixam de agir. Tomados em conjunto, o rigor conceitual da economia, a riqueza observacional da sociologia, e os entendimentos da filosofia e da psicologia dão a GC no âmbito intelectual e substancial o que precisa para lutar com as complexidades estruturais do conhecimento nas organizações

5 Knowledge Management Surgimento KM Surgiu nos anos 70 e 80; Sub-produto da TI e CI; Foca em como a informação é gerida, independente da tecnologia que a armazena ou manipula; Preocupa-se com a qualidade do conteúdo e quanto benefício pode trazer ao usuário; Nem todas as informações são criadas da mesma forma; diferentes tipos de informação têm diferentes valores e precisam ser manipuladas diferentemente Para Entender o Futuro GIC Para refletir Sucessos Como pode ser visto nesse contexto que a GC tem um valioso recurso estratégico para a vida das pessoas e empresas? Ações voluntárias de RH Processo que envolve a TI, GI e GC No entanto, apenas saber muito sobre alguma coisa não proporciona, por si só, maior poder de competição para uma organização. Rever os passados longínquo, distante, próximo É preciso aliar (e alinhar) a GC com a organização para fazer a diferença O que é? Na Prática Conhecimento Informação Dado Fonte: AUTOR. 30 5

6 Espiral do Conhecimento Conceito de Ba O ba cria uma instância democrática, focada na construção do conhecimento para o benefício comum. Crescimento Capacidade de Realização A filosofia do ba é uma ruptura com uma idéia de criação de conhecimento fora de um contexto, de maneira individual, autônoma e fora das interações humanas. Fonte: NONAKA; TAKEUCHI, (Figura adaptada) Conceito de Ba A sociedade da Informação propicia uma Organização onde a criação, o tratamento e a transmissão da informação tornam-se fontes de produtividade e de saber através da aplicação das ferramentas de TI. Modelo SECI Existem quatro tipos de "Ba". Cada um deles corresponde a uma das quatro etapas do modelo SECI. O ba proporciona uma dinâmica capaz de potencializar o movimento de geração do conhecimento. Ba Ba 33 B a 34 Modelo SECI Socialização Escritório Espaço físico 4 1 Internalização Projetos Inovação Externalização Ba espaço compartilhado 3 Combinação 2 Espaço comercial disperso Virtual/Teleconferência ou s O produto da conversão, produção ou distribuição do conhecimento na organização, é a criação e a potencialização de novos conhecimentos, gerando inovação. Mente Troca de idéias e ideais

7 Estudo de Caso 1: Sharp - Único projeto que fornece flexibilidade para desenvolvimento de recursos dinâmicos (fora do esquema tradicional da estrutura hierárquica); - Os projetos independentes perdem seus melhores líderes para fazerem parte da equipe de projetos urgentes ; - A Sharp tem criado uma unidade que transcende o nível e fronteira do seu conhecimento (fora da organização). - O centro com foco no estilo de vida criativa desenvolve vários produtos (em alta velocidade) com conceitos baseados nas necessidades dos consumidores. Projetos de desenvolvimento estratégicos Projetos independentes Fora da empresa Caso 1: Sharp Impacto em toda a empresa 38 Estudo de Caso 2: Toshiba - Ba como uma plataforma de criação de conhecimento - divisão (ADI - ou grupo de divisões internas) transcendentes - independentes (idéias extraordinárias); - Missão da ADI transferir a tecnologia principal da Toshiba (conhecimento) para os novos negócios. - Criar o clima necessário para que os conhecimentos dispersos se concentrem e se cristalizem em novos produtos e negócios mudar algumas das fronteiras mentais dos indivíduos. - Financiamento: 0,5% de cada unidade comercial de vendas (30 bilhões de ienes). Grupo de divisões transcedentes Caso 2: Toshiba Conexão dos membros - intranet Velocidade e Agilidade Estudo de Caso 3: Maekawa Seisakusho Caso 3: Maekawa Seisakusho - Modelo diferente dos dois anteriores; - Fabricação de Freezers industriais; -Sistema de gestão único caracterizado por um grupo de empresas independentes; -Cada uma destas pequenas empresas são classificadas por produtos, tecnologias principais e tipo de mercado média de 25 funcionários; Ba nas empresas individuais arenas onde os grupos possam crescer e inovar;

8 O processo da gestão do conhecimento Dimensões do processo de conhecimento: Aquisição: refere-se ao processo de acumulação do conhecimento e criação de novo conhecimento a partir de um conhecimento já existente; Conversão: Representa o processo de tornar o conhecimento útil. As empresas têm que organizar e estruturar o conhecimento para tornar o seu acesso mais fácil aos funcionários. Aplicação: processo de tornar o conhecimento ativo e relevante para criação de valor para a empresa, para a inovação e para redução de custos. Proteção: Refere-se a habilidade de proteger o conhecimento organizacional de roubo e uso indevido A efetividade da gestão do conhecimento É medida em termos de realização de resultados dos processos do conhecimento. Os modelos dos estágios da gestão do conhecimento O modelo de maturidade propõe que o conhecimento envolve três estágios: O nível individual da efetividade do conhecimento contribui significativamente para a efetividade do conhecimento organizacional. A efetividade em nível organizacional representa a contribuição chave do conhecimento, incluindo a habilidade de inovar, de esforços mais coordenados e rápida comercialização de novos produtos ou serviços. Iniciação Desenvolvimento Maturidade Estágio inicial As atividades dos processos de KM são limitadas pois uma infra estrutura completa de KM ainda não está definida; Estágio de desenvolvimento Investimento em infra-estrutura de KM para facilitar e motivar as atividades do conhecimento: adquirir, criar, armazenar, utilizar e proteger o conhecimento; Estágio de maturidade Organização do conhecimento vai para além das fronteiras da empresa, ela envolve parceiros e clientes. Referências Bibliográficas JAMIL, G. L. Gestão de informação e do conhecimento em empresas brasileiras: estudo de múltiplos casos. Belo Horizonte: C/arte, KM WORLD. A billion-mind economy. Medford, NJ, U.S.A. v. 16, dez NEWMAN, B.; CONRAD, K. K. A framework for charactering knowledge management methods, practices, and technologies. George Washington University Course, Washington, Spring NONAKA, Ikujiro; KONNO, Noboru. The concept of ba : building a foundation for knowledge creation. Califórnia Management Review; Spring 98; ABI/INFORM Global NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, PRUSAK, L. Where did knowledge management come from? IBM Systems Journal, vol.40, n. 4, WIIG K. Integrating intellectual capital and knowledge management. Long Range Planning, v. 30, n. 3, p , June

9 Obrigado, O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos. Pitágoras 9