Objetivos FÍSICA, MATEMÁTICA & MATEMÁTICA APLICADA MS 149 COMPLEMENTOS DE MATEMÁTICA PROF. LÚCIO T. SANTOS IMECC SALA 131 1S/2011
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- Sebastiana Valente Cavalheiro
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1 FÍSICA, MATEMÁTICA & MATEMÁTICA APLICADA MS 149 COMPLEMENTOS DE MATEMÁTICA PROF. LÚCIO T. SANTOS IMECC SALA 131 1S/2011 Introdução Neste documento você está recebendo quatro listas com um total de 121 exercícios. Esses exercícios definem o que você deve fazer para aprender o conteúdo e aprovar nesta disciplina. O importante é que você deve fazer todos os exercícios, porque todos eles são importantes para a aprendizagem. Todos significa todos. Cada vez que você tenha alguma dúvida à respeito desse significado, leia novamente este parágrafo. Não especule pensando que você poderá, talvez, aprovar na disciplina sem ter feito todos os exercícios. Isso não acontecerá. Fazer um exercício envolve uma atividade sua. O exercício não vai ser feito para você. Mesmo que você precise de uma ajuda para fazê-lo, o que será freqüente e normal, você deve ter pensado previamente nele. E pensado muito! Essa reflexão sua, pessoal e intransferível é o principal fator de aprendizagem. Muitas vezes você terá a necessidade de consultar o monitor. Consulte-o sem hesitação. Ele está aí para atender você. Mas não peça para ele fazer o exercício para você. Peça, sim, dicas, empurrões, sugestões. Conte para o monitor até onde você chegou e peça para ele criticar seu raciocínio. Finalmente, peça para o monitor conferir se a solução que você encontrou é correta ou não. Objetivos O objetivo deste curso é aprender algumas das técnicas mais importantes da Matemática: definir rigorosamente, fazer demonstrações e encontrar contra-exemplos. Você aprenderá fazendo. Seu principal mestre é você mesmo, com lápis e papel, resolvendo os exercícios propostos. Encare seriamente todos os problemas sugeridos, consulte suas dúvidas com o professor, o monitor e seus colegas e use a aula para trabalhar ativamente. 1
2 Avaliação Haverá uma prova e um exame formados por exercícios claramente correlacionados (mas não idênticos) com os exercícios das listas, com duração de duas horas. Não haverá surpresas nem pegadinhas de nenhum tipo. Por isso é fundamental que você faça todos os exercícios e confira que sua resolução está correta. Seja P a nota da prova e E a nota do exame. Se P for maior ou igual a 5,0 a nota final será P. Caso contrário, a nota final será dada pelo máximo entre P e E. Será aprovado o aluno com nota final maior ou igual a 5,0. Atendimento Abel é o monitor do curso e o atendimento será na sala 124 do IMECC, às segundas e quartasfeiras das 12h às 13h30min. Datas Importantes 22/Fevereiro Apresentação Turma A 24/Fevereiro Apresentação Turma B 05/Julho Notas Turmas A & B 28/Junho PROVA Turma A 30/Junho PROVA Turma B 12/Julho EXAME Turmas A & B Referências D.C. Kurtz Foundations of Abstract Mathematics, McGraw Hill, G. Chartrand, A.D. Polimeni & P. Zhang Mathematical Proofs: A Transition to Advanced Mathematics, Addison Wesley, S. Lipschutz Teoria dos Conjuntos, McGraw-Hill,
3 LISTA 1 DEMONSTRAÇÕES COM CONJUNTOS Exercício 1: Explique a seguinte piada: Ansioso, o pai pergunta ao parteiro: Doutor, é homem ou mulher? O médico responde: Sim. Exercício 2: Fernando Pessoa escreveu Todo cais é uma saudade de pedra. Em Suazilândia não há nenhum cais. O que acham os suazilandeses sobre o verso de Fernando Pessoa? Exercício 3: Sejam A, B e C conjuntos. Prove as seguintes proposições: a) A A B. b) A B A. c) A B A. d) A B A B. e) B (B A) = A B. f) A (B A) =. g) A (B A) = A B. h) A (A B) = A. i) C (A B) = (C A) (C B). j) C (A B) = (C A) (C B). k) (A B) (A B) = (A B) (B A). l) A (B C) = (A B) (A C). m) A (B C) = (A B) (A C). n) A (B C) = (A B) (A C). Exercício 4: Sejam A, B, C e D conjuntos. Para cada um dos seguintes teoremas enuncie em português a hipótese e a tese e prove cada um deles: a) A B e B C = A C. b) A (C B) = A B =. c) A B = = B = (A B) A. d) A C e B D = A B C D. e) A B = A (C B) =. f) A B A ou B. g) A C = = A (B C) = A B. 3
4 h) A B = A = B (B A). i) A B A B = A = B. j) A A =. k) A B A B = B. l) A C e B C A B C. m) A B B A B =. n) (A C = A B) e (A C = A B) = B = C. Exercício 5: Sejam A, B, C e D conjuntos. seguintes proposições: a) B C = A B A C. b) A B A C = B C. c) A B e C D = A C B D. d) A e A B A C = B C. e) A e A B = A C = B = C. f) A (B C) = (A B) (A C). g) A (B C) = (A B) (A C). h) A (B C) = A B A C. i) (A B) (C D) = (A C) (B D). j) (A B) ((C A) B) =. k) A (B C) = (A B) (A C). l) A (B C) = (A B) (A C). m) A B = = (A C) (B C) =. Prove ou dê um contra-exemplo para as 4
5 LISTA 2 DEMONSTRAÇÕES COM INTEIROS Exercício 1: Sejam p, q e r números inteiros. Prove que: (a) Se p e q são múltiplos de r então p + q é múltiplo de r. (b) Se p é múltiplo de r então p q é múltiplo de r. (c) Se p é múltiplo de r e q > 0 então p q é múltiplo de r. Exercício 2: Sejam p, q e r números inteiros. Prove que: (a) 10p + q é divisível por 3 se e somente se p + q é divisível por 3. (b) 100p + 10q + r é divisível por 3 se e somente se p + q + r é divisível por 3. (c) Inspirado nos ítens (a) e (b) deduza o critério de divisibilidade por 3. Exercício 3: Repita o processo do exercício anterior para o critério de divisibilidade por 9. Exercício 4: Sejam p, q, r e s números inteiros. Prove que: (a) 100p + 10q + r é divisível por 4 se e somente se 10q + r é divisível por 4. (b) 1000p + 100q + 10r + s é divisível por 4 se e somente se 10r + s é divisível por 4. (c) Inspirado nos ítens (a) e (b) deduza o critério de divisibilidade por 4. Exercício 5: Repita o processo do exercício anterior para o critério de divisibilidade por 8. Exercício 6: Sejam x, y e z números inteiros. Para as conjecturas abaixo, prove as verdadeiras e mostre contra-exemplos para as falsas: a) Se 4x é par então x é par. b) Se x é par então 4x é par. c) Se 3x é par então x é par. d) Se y é par então y 2 é par. e) Se y 2 é par então y é par. f) z é ímpar se e somente se z 2 é ímpar. g) Se x + y + z é ímpar então o número de inteiros ímpar em [x, y, z] é ímpar. Exercício 7: Sejam a e b números inteiros não divisíveis por 3. Prove que a 2 b 2 é divisível por 3. 5
6 Exercício 8: Prove, usando o Algoritmo da Divis~ao, que todo número racional tem uma expressão decimal finita ou periódica. Prove que o número cuja expansão decimal é dada por não é um número racional. Exercício 9: Seja {a 1, a 2,..., a n } um conjunto de números naturais. Prove que existe um subconjunto de {a 1, a 2,..., a n } tal que a soma de seus elementos é divisível por n. Sugestão: convença-se, primeiro, de que esta proposição é verdadeira escrevendo vários exemplos. Para fazer a prova, inspire-se no conjunto {a 1, a 1 + a 2,..., a 1 + a a n }. 6
7 LISTA 3 DEMONSTRAÇÃO POR INDUÇÃO Exercício 1: Prove, por indução, que para todo n IN: a) (2n 1) = n 2. b) n 2 = n(n + 1)(2n + 1)/6. c) n 3 = ( n) 2. d) n (n + 1) = n(n + 1)(n + 2)/3. e) (1 2) 1 + (2 3) 1 + (3 4) (n (n + 1)) 1 = n/(n + 1). f) n 2 n 3. g) n 2. h) Se x então (1 + x) n 1 + n x. i) n 3 n é divisível por 6. j) 2 n n 1 é divisível por 7. k) 2 2n 1 3 n é divisível por 11. Exercício 2: Definimos n! = n, para todo n IN. Prove, por indução, que o número de maneiras diferentes nas quais pode ser ordenado um conjunto de n elementos é igual a n!. Observação: o conjunto {a, b, c}, que tem 3 elementos, pode ser ordenado das seguintes maneiras: {a, b, c}, {a, c, b}, {c, a, b}, {b, a, c}, {b, c, a} e {c, b, a}. Exercício 3: Suponha um campeonato de futebol com n times onde todos jogam contra todos uma única vez. Prove, por indução, que o número total de jogos é n(n 1)/2. 7
8 Exercício 4: Numa festa há n homens e n mulheres. Prove, por indução, que o número de casais (homem com mulher) que podem ser formados é igual a n 2. Exercício 5: Prove, por indução, que o número de subconjuntos de um conjunto com n elementos é 2 n. Exercício 6: Prove, por indução, a seguinte proposição: Dado um segmento de comprimento unitário, para todo n IN pode-se construir com apenas régua e compasso um segmento de comprimento n. Sugestão: Utilize o Teorema de Pitágoras. 8
9 LISTA 4 DEMONSTRAÇÕES COM FUNÇÕES Exercício 1: Para cada uma das seguintes funções prove ou exiba um contra-exemplo das afirmações: (i) f é injetora e (ii) f é sobrejetora. a) f : IR IR, f(x) = ax + b, a 0. b) f : IR [ 1, ), f(x) = x 2 1. c) f : IN IN, f(x) = 2x. d) f : (0, 1] [1, ), f(x) = 1/x. e) f : IR IR, f(x) = x x. f) f : IR {1} IR, f(x) = 1/(1 x). g) f : Z IN, f(x) = x 2! h) f : IR IR, f(x) = 1/(2 + x ). i) f : IR IR, f(x) = x. j) f : Z Z, f(x) = (3x 1)(2 x). k) f : Z Z, f(x) = (x 1)/2 se x é ímpar e f(x) = x/2 se x é par. l) f : IR IR, f(x) = x se x CQ e f(x) = x se x / CQ. m) f : IR IR, f(x) = 2x. n) f : IR IR IR, f(x, y) = xy + x + y. o) f : IR IR IR, f(x) = (x, x). p) f : IR IR IR, f(x, y) = x. q) f : IR 2 IR, f(x, y) = x + y. r) f : Z IR IR, f(x, y) = xy. s) f : IR 2 IR 2, f(x, y) = (x 2 + y 2, x). t) f : IR 2 IR 2, f(x, y) = (3x y, x + y). u) f : IR 2 IR 2, f(x, y) = (x 2 + y, x y). v) f : CQ IR IR, f(x, y) = x + y. w) f : IR IR 2, f(x) = (x, 0). x) f : IR 3 IR 2, f(x, y, z) = (x + y, x + z). y) f : ( 1, + ) IR, f(x) = x/(1 + x). z) f : IR IR 2, f(x) = (1 + x, 1 x). 9
10 Exercício 2: Sejam A e B conjuntos e f : A B. Sejam X, Y A e Z, W B. Prove as seguintes proposições: a) X Y = Imf(X) Imf(Y ). b) Imf(X Y ) = Imf(X) Imf(Y ). c) f injetora = Imf(X Y ) = Imf(X) Imf(Y ). d) Exiba um exemplo onde Imf(X Y ) Imf(X) Imf(Y ). e) Z W = Im 1 f(z) Im 1 f(w ). f) Im 1 f(z W ) = Im 1 f(z) Im 1 f(w ). g) Im 1 f(z W ) = Im 1 f(z) Im 1 f(w ). h) X Im 1 f(imf(x)). i) f injetora = X = Im 1 f(imf(x)). j) Exiba um exemplo onde X Im 1 f(imf(x)). k) Imf(Im 1 f(z)) Z. l) f sobrejetora = Imf(Im 1 f(z)) = Z. m) Exiba um exemplo onde Imf(Im 1 f(z)) Z. n) Imf(A) Imf(X) Imf(A X). o) Im 1 f(b W ) = A Im 1 f(w ). 10
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