RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

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1 RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Dezembro de 2009 Nivalde José de Castro Daniel Bueno Pedro Luis Ávila Raul Ramos Timponi Roberta de S. S. Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

2 PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO DEZEMBRO de 2009 Nivalde José de Castro Daniel Bueno Pedro Luis Ávila Raul Ramos Timponi Roberta de S. S. Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

3 Índice 1 CENÁRIO ECONÔMICO PIB Brasileiro PIB Industrial Balança Comercial Taxa de Juros Financiamento do Setor Elétrico Brasileiro CONDICIONANTES DA OFERTA Expansão da Capacidade de Geração Leilões de Energia CONDICIONANTES DA DEMANDA Resultados da Carga Resultados do Consumo CONDICIONANTES INSTITUCIONAIS / REGULATÓRIOS Licenças Ambientais Tarifas...32 Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntural dos Impactos da Crise sobre o Setor Elétrico (1) Nivalde J. de Castro (1) Raul Ramos Timponi (2) Pedro Luis Ávila (3) Daniel Bueno B. Tojeiro (4) Roberta de S. S. Bruno (5) (1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (1) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (2) Pesquisador do GESEL-IE-UFRJ (3) Pesquisador do GESEL-IE-UFRJ (4) Pesquisador do GESEL-IE-UFRJ (5) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ

4 1 CENÁRIO ECONÔMICO 1.1 PIB Brasileiro Dados divulgados pelo IBGE indicam que o PIB registrou crescimento de 1,3% no terceiro trimestre de 2009 em comparação com o segundo trimestre. O investimento cresceu 6,5% na mesma base de comparação, o que significou resultado superior ao registrado pelo consumo das famílias (alta de 2%) e pelo consumo do governo (0,5%). Apesar do país estar crescendo menos do que o esperado, a avaliação é de que este crescimento está se dando de forma mais qualificada. Na comparação com o mesmo trimestre de 2008, o PIB do terceiro trimestre de 2009 registrou queda de 1,2%, enquanto que o investimento também apresentou redução, de 12,5%. O resultado foi inferior ao projetado pelo mercado e pelos especialistas. A explicação pode ser dada pela alteração realizada no cálculo do PIB pelo IBGE Segundo o boletim Focus do Banco Central, o mercado financeiro projeta retração de 0,24% do PIB para Já para o ano de 2010, a projeção do mercado é de crescimento de 5,20 para o PIB brasileiro denotando certo crescimento do otimismo do mercado. A projeção do realizada na semana anterior, previa crescimento de 5,08% do PIB para Em termos anualizados, o PIB cresceu 5,3% durante o terceiro trimestre, na série livre de influências sazonais. Este resultado foi superior ao registrado nos EUA (2,8%) e na Zona do Euro (1,5%). Por outro lado, ficou bem aquém dos resultados dos países emergentes, como China (10%) e Índia (11,6%). De acordo com o presidente do BC, Henrique Meirelles, o resultado do PIB do terceiro trimestre de 2009 significa a retomada do crescimento, com a superação dos efeitos mais negativos da crise. O aumento do investimento corroboraria essa visão, numa indicação de confiança dos agentes econômicos na economia brasileira.

5 1.2 PIB Industrial Os indicadores industriais relativos ao mês de novembro, divulgados pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), apresentaram um cenário de consolidação da recuperação da atividade industrial. As cinco variáveis avaliadas pelo estudo da CNI registraram crescimento em relação ao mês de outubro. As vendas reais registradas em novembro, medidas pelo faturamento da indústria, cresceram 1,3% na comparação com outubro, na série dessazonalizada, e significaram robusto crescimento de 8,4% em relação ao mesmo mês de No acumulado de janeiro a novembro, as vendas reais acumulam queda de 5,7% em relação a igual período de Com os ajuste sazonais, houve crescimento de 0,8% no nível de emprego industrial em novembro na comparação com outubro do mesmo ano, o que significou o quinto mês seguido com alta. Na comparação com novembro de 2008, a queda foi de 2,7%. O nível de utilização da capacidade instalada na indústria (Nuci) ficou em 81,4% em novembro, em termos dessazonalizados. O indicador registrou aumento de 0,3 ponto porcentual em relação ao mês de outubro (81,1%), mantendo a tendência de crescimento da utilização da capacidade instalada industrial. A capacidade instalada está 0,4 pontos porcentuais acima do nível de novembro de 2008, quando se encontrava no patamar de 81,0%. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente a novembro de 2009, o indicador de atividade industrial ajustado sazonalmente registrou retração de 0,2% em relação a outubro do mesmo ano, o que rompeu uma seqüência de dez meses seguidos com alta na comparação mês/mês anterior. A taxa anualizada, dos últimos doze meses, apresentou desaceleração no ritmo de queda, saindo de uma retração de 10,6% em outubro (Novembro de 2008 a Outubro de 2009) para uma redução de 9,7% em novembro (Dezembro de 2008 a Novembro de 2009).

6 Na comparação com o mês de novembro de 2008, o nível de produção da indústria brasileira registrou crescimento de 5,1%, interrompendo uma seqüência de 12 meses seguidos com queda nesta forma de comparação. No período que vai de janeiro a novembro de 2009, houve retração de 9,3% na comparação com o período homólogo de 2008, o que significou melhora com relação ao acumulado entre janeiro e outubro de 2009, quando houve redução de 10,7% em relação ao mesmo período de Essa mesma pesquisa indica que a virtual estabilidade da atividade industrial em novembro manteve a trajetória de crescimento do índice de média móvel trimestral observada de janeiro a outubro. Para a indústria em geral, o acréscimo da atividade industrial do trimestre terminado em outubro para o terminado em novembro foi de 1,2%. A categoria dos bens de capital exibiu o maior incremento (5,4%), o que significou o sexto mês consecutivo de crescimento, além de ter se configurado no mês com maior aumento desde novembro de 2003 quando o nível de atividade registrou acréscimo de 7,9%. Em seguida, a categoria dos bens intermediários registrou crescimento de 1,7%. Entre as categorias de uso, na comparação mês/mês anterior, os setores de bens de capital e de bens intermediários registraram os melhores resultados entre outubro e novembro, com aumento de 6,1% e 2,1%, respectivamente. A categoria de uso bens de consumo semi e não duráveis registrou retração de 0,6% no nível de atividade industrial na comparação entre outubro e novembro. Já o grupo dos bens de consumo duráveis teve o maior decréscimo entre as categorias analisadas pela Pesquisa Mensal do IBGE, com uma variação negativa de 4,8% em novembro na comparação com o mês imediatamente anterior. Estes dois últimos grupos haviam registrado avanço na produção industrial durante o mês de outubro. Ainda na comparação entre novembro de 2009 e 2008, apenas o segmento de bens de capitais registrou decréscimo, de 2,8%, enquanto que as demais apresentaram crescimento na base de comparação, o que confirma, segundo a Pesquisa Mensal do IBGE, o perfil de generalizado de recuperação no setor industrial brasileiro. O recuo ocorrido pelo grupo bens de capital, entretanto, foi bem inferior ao registrado em outubro de 2009, na mesma base de comparação, quando houve expressiva retração de

7 16,8%. Deste modo, o ambiente favorável de recuperação industrial também foi aproveitado por este segmento, apesar do resultado negativo. Os bens intermediários registraram aumento de 5,2% na produção industrial em novembro, em relação ao mês homônimo de 2008, o que representou melhora em relação ao resultado de outubro, quando houve decréscimo de 2,5%. Contribuiu para a melhora nesta categoria, o resultado do setor de refino de petróleo e produção de álcool, com crescimento de 11,4%, o grupo outros produtos químicos registrou crescimento de 8,4% e o setor de borracha e plástico também obteve aumento de 13,9%. A única influência negativas foi registrada pelo grupo alimentação com retração de 3,5%. Os principais resultados da Pesquisa do IBGE por categoria de uso estão sintetizados na Tabela 1 abaixo. Tabela nº. 1 Brasil. Indicadores Conjunturais da Indústria Segundo Categoria de Uso Novembro 2009 Variação (%) Categorias de Uso Mês/Mês* Mensal Acumulado No Ano 12 meses Bens de Capital 6,1-2,5-20,2-19,8 Bens Intermediários 2,1 5,2-10,9-11,4 Bens de Consumo -0,6 6,8-4,1-4,6 Duráveis -4,8 26,3-9,8-11,9 Semiduráveis e não Duráveis -0,6 1,8-2,2-2,2 Indústria Geral -0,2 5,1-9,3-9,7 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. (*) Série com ajuste sazonal

8 No caso da produção de bens de consumo duráveis, houve crescimento robusto de 26,3% em novembro quando comparado a outubro. O resultado foi influenciado principalmente pelo setor de automóveis, que registrou crescimento de 58,8%. Já os eletrodoméstico da linha branca registraram aumento 24,3%. Ambos os setores ainda se favoreceram das desonerações no IPI concedidas pelo Governo Federal a estes produtos. Em termos gerais, os eletrodomésticos registraram aumento de 17,9%. O setor de bens de consumo semi e não-duráveis registrou acréscimo de 1,8%, o que representou melhora em relação ao resultado do mês anterior, que havia registrado retração de 0,7%. O subsetor dos carburantes, com retração de 9,6%, foi o único a ter impacto negativo sobre o segmento, visto que todos os demais registraram crescimento. O maior impacto positivo foi referente ao grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3,1%), explicado, pelo avanço na produção de cervejas, chopes e leite esterilizado. 1.3 Balança Comercial A balança comercial brasileira fechou o ano de 2009 com saldo positivo de US$ 24,6 bilhões, ao longo dos 250 dias úteis do ano. Pela média diária, o saldo comercial foi de US 98,5 milhões, o que representou estabilidade em relação ao saldo comercial registrado em 2008, de US$ 98,6 milhões, também pela média diária. Em valores absolutos, o saldo comercial registrado em 2009 foi 1,4% inferior ao aferido ao longo dos 12 meses de 2008, quando houve superávit comercial de US$ 24,9 bilhões. As exportações registradas em 2009 somaram US$ 152,3 bilhões, o que representou valor médio diário de US$ 609 milhões, uma redução de 22,2% em relação à média diária exportada em 2008 (US$ 782,4 milhões). Já as importações totalizaram US$ 127,6 bilhões em 2009, o que representou um valor médio diário de US$ 510,5 milhões. Houve, portanto, uma queda de 25,3% em relação ao valor médio diário importado durante o ano de O valor total da corrente de comércio, que soma o total exportado e importado, registrou decréscimo de 23,6% em relação ao total de 2008, em valores médios diários. O montante comercializado em 2009 foi de US$ 279,9 bilhões.

9 Na análise do mês de dezembro, ao longo de 22 dias úteis, a Balança Comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 1,4 bilhão. Este montante representou um valor médio diário de US$ 65,2 milhões, o que significou retração de 38,0% em relação à média diária do mês homônimo de 2008, que se situou em R$ 105,2 milhões. Na comparação com novembro de 2009, quando o valor médio foi de R$ 30,8 milhões, houve crescimento robusto de 112,1%. O volume exportado durante o mês de novembro totalizou R$ 13,72 bilhões, conforme a Tabela nº. 2, correspondendo a um valor médio diário de US$ 632,6 milhões. Houve retração de 0,7% no montante exportado, em valor médio diário, na comparação com o mês de novembro de Já na comparação com o mês homônimo de 2008, houve uma redução de 1,4%. Tabela nº. 2 Brasil. Resultado da Balança Comercial. Dezembro de 2009 (em US$ milhões) Período DIAS ÚTEIS EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO SALDO DEZEMBRO a. semana (01 a 06) a. semana (07 a 13) a. semana (14 a 20) a. semana (21 a 27) a. semana (28 a 31) Acumulado Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do Mdic. Com relação às importações, o volume aferido em novembro foi de US$ 12,3 bilhões, o que representou um valor médio diário de US$ 558,4 milhões. Ao contrário das exportações, houve crescimento de 6,8% no valor médio diário importado durante o mês de dezembro de 2009 na comparação com o mês homônimo de Em contrapartida, na comparação com o mês imediatamente anterior, o montante importado, em valor médio diário, representou decréscimo de 7,2%. A corrente de comércio total (exportação + importação) fechou o mês de dezembro com um montante total de US$ 26 bilhões, ou US$ 1,2 bilhão em valor médio

10 diário. Este montante representou aumento de 2,7% frente ao valor médio diário da corrente de comércio registrado no mês de dezembro de Na comparação com novembro do mesmo ano, o resultado de dezembro se mostrou 4,3% inferior. Através do Gráfico nº. 1, observa-se a evolução dos valores médios diários relativos à Exportação, Importação, Corrente de Comércio e do Saldo da Balança Comercial brasileira desde o mês de agosto de 2007 até o mês de dezembro de Observa-se que permaneceu durante o mês de dezembro a tendência de queda da corrente de comércio total do país. O saldo comercial de dezembro de 2009, embora tenha registrado crescimento em relação ao mês anterior, não foi suficiente para impedir a queda frente ao superávit total registrado em ,0 Gráfico nº. 1 Brasil. Evolução dos Indicadores da Balança Comercial Brasileira. Agosto de 2007 a Dezembro de 2009 (em US$ milhões) 1700,0 1500,0 1300,0 1100,0 900,0 700,0 500,0 300,0 100,0-100,0 Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO CORR. COMÉRCIO SALDO Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do Mdic. Embora a crise econômica e financeira internacional ainda tenha alguns resquícios sobre os resultados da balança comercial brasileira, observa-se, através da trajetória dos valores médios diários das exportações e importações brasileiras, que já houve ao longo de 2009 uma lenta recuperação da corrente de comércio total do país,

11 ainda que não o suficiente para retomar o nível pré-crise. Os níveis de comércio do Brasil já alcançaram aqueles registrados no segundo semestre de Por outro lado, a valorização do Real frente ao Dólar vem se mostrando, especialmente no final do ano, um dos principais causadores da ligeira retração dos níveis de exportação e importação, em valores médios diários, registrada nos últimos três meses de Taxa de Juros A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) se manteve inalterada em dezembro, após decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) durante a última reunião realizada no ano de 2009, em 8 e 9 de dezembro. Desta forma, a meta Selic permaneceu estável nas últimas três reuniões realizadas pelo Copom, desde a decisão tomada na reunião do mês de julho, quando foi definido o corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, conforme o Gráfico nº. 2. A justificativa, descrita na Ata do Copom, para a decisão de manter a taxa Selic inalterada foi a seguinte: "Levando em conta, por um lado, a flexibilização da política monetária implementada desde janeiro e, por outro, a margem de ociosidade remanescente dos fatores produtivos, entre outros fatores, o comitê avalia neste momento que esse patamar de taxa básica de juros é consistente com um cenário inflacionário benigno". Gráfico nº. 2 Brasil. Evolução da Meta Selic. Janeiro de 2008 a Dezembro de 2009 (em %)

12 16 Meta selic (anual) Janeiro* Fevereiro Março* Abril* Maio Junho* Julho* Agosto Setembro* Outubro* Novembro Dezembro* Janeiro* Fevereiro Março* Abril* Maio Junho* Julho* Agosto Setembro* Outubro* Novembro Dezembro Obs: Os meses denotados com um (*) representam as reuniões realizadas pelo Copom. Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ, com dados do Banco Central. Desde o mês de janeiro, a meta Selic foi reduzida em 5 pontos percentuais, visto que ao final de 2008 a mesma se encontrava no patamar de 13,75%, definida na reunião de setembro e mantida nos últimos meses do ano passado. Mas desde julho a taxa se mantém no patamar de 8,75%, como observado no Gráfico nº. 3. Ao contrário da taxa anual, que se manteve constante nos últimos seis meses, a taxa mensal Selic, após passar três meses, de agosto a outubro, no mesmo patamar de 0,69%, registrou retração de 0,03 pontos percentuais durante o mês de novembro, fechando em 0,66%. Desta forma, a taxa mensal descola da taxa anual, como já havia ocorrido de julho para agosto. Gráfico nº. 3 Brasil. Evolução da Taxa Selic Mensal. Fevereiro de 2008 a Novembro de 2009 (em %)

13 1,40 taxa selic (mensall) 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Fevereiro Março* Abril* Maio Junho* Julho* Agosto Setembro* Outubro* Novembro Dezembro* Janeiro* Fevereiro Março* Abril* Maio Junho* Julho* Agosto Setembro* Outubro* Novembro 2009 Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ, com dados do Banco Central. A perspectiva do mercado financeiro, medida através de pesquisa publicada pelo Boletim Focus, na última semana do mês de dezembro de 2009, é de que a taxa Selic fechará o ano de 2010 em 10,75%. O boletim assinala ainda que mercado projeta uma inflação para 2009 abaixo da meta, em 4,28%. Já a estimativa para a inflação de 2010 se encontra exatamente no centro da meta, em 4,50%. De acordo com dados da Anefac, as taxas de juros bancários registraram queda durante o mês de novembro, após o registro de alta no mês de outubro, o que havia interrompido uma seqüência de oito meses seguidos com retração. A taxa média para pessoa física, a caiu para 6,96% ao mês, ante 7,03% registrado em outubro. Já a taxa para pessoa jurídica ficou em 3,75% em novembro, ante uma taxa de 3,91% registrada. De acordo com a entidade responsável pela pesquisa, a retração dos juros bancários pode ser atribuída a retomada da atividade econômica no Brasil, além da expectativa pela redução da inadimplência, em função do crescimento do emprego e da renda, e da maior competição do sistema financeiro. Gráfico nº. 4 Brasil. Evolução das Taxas de Juros Bancárias. Para Pessoa Física e Pessoa Jurídica. Fevereiro de 2008 a Novembro de 2009 (em %)

14 8 7,5 7 6,5 6 5,5 5 4,5 4 3,5 Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Pessoa Física Pessoa Jurídica Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ, com dados da Anefac. 1.5 Financiamento do Setor Elétrico Brasileiro O BNDES realizou desembolsos que totalizaram R$ 11 bilhões durante o mês de novembro. Do total liberado, o segmento de infraestrutura recebeu R$ 4,05 bilhões, o que significou aproximadamente 37% do total desembolsado pelo banco de fomento. O Setor Elétrico Brasileiro (SEB), por sua vez, recebeu desembolsos da ordem de R$ 707 milhões, o que significou cerca de 17% do total liberado para o segmento de infraestrutura e aproximadamente 6% do total desembolsado pelo BNDES para todos os segmentos, conforme ilustra o Gráfico nº. 5. Gráfico nº. 5 Brasil. Desembolsos do BNDES para o SEB. Novembro 2009 (em %)

15 6,4% 93,6% Setor Elétrico Outros Segmentos Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do BNDES. No acumulado de janeiro a novembro, os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 117,5 bilhões, o que significou expansão de aproximadamente 50% com relação ao mesmo período de O segmento de infraestrutura registrou desembolsos de R$ 40,10 bilhões entre janeiro e novembro de O SEB registrou desembolsos de R$ 11,11 bilhões até novembro de 2009, uma participação de 9,5% no total desembolsado pelo banco de fomento e aproximadamente 28% do segmento de infraestrutura, conforme o Gráfico nº. 6.

16 Gráfico nº. 6 Brasil. Desembolsos do BNDES para o SEB. Janeiro a Novembro 2009 (em %) 9,5% 90,5% Setor Elétrico Outros Segmentos Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do BNDES. No acumulado dos últimos 12 meses perfazendo o período de dezembro de 2008 a novembro de 2009 o BNDES desembolsou montante total de R$ 129,8 bilhões. Houve crescimento de aproximadamente 50% na comparação com o período de 12 meses referente ao ano anterior, de dezembro de 2007 a novembro de 2008, conforme a Tabela nº. 3. Tabela nº. 3 Brasil. Resumo dos Desembolsos e Aprovações do BNDES. (em R$ milhões) Segmentos Novembro Janeiro a Novembro 12 Meses Desembolsos Aprovações Desembolsos Aprovações Desembolsos Aprovações SEB Infra Estrutura Total Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do BNDES. O SEB recebeu desembolsos que totalizaram R$ 12,5 bilhões nos últimos 12 meses finados em novembro de 2009, o que representou aumento de 42% em relação ao mesmo período finado em novembro de O total recebido em financiamento pelo

17 setor elétrico brasileiro significou 9,5% do total desembolsado pelo BNDES durante os 12 meses da análise. Já em relação ao total de recursos liberados para o segmento de infraestrutura, o SEB foi responsável, no mesmo período, por 28% do total. As consultas e enquadramentos, que são uma amostra para possíveis aprovações e desembolsos futuros, totalizaram R$ 200,6 bilhões e R$ 166,8 bilhões, respectivamente, durante o período compreendido entre janeiro e novembro de Estes números representaram crescimento de 23% e 15% em relação ao período homônimo do ano anterior. Gráfico nº. 7 Brasil. Desembolsos do BNDES para o SEB. Dezembro 2008 a Novembro 2009 (em %) 9,6% 90,4% Setor Elétrico Outros Segmentos Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do BNDES. Segundo dados preliminares divulgados pelo BNDES, o volume de desembolsos totais realizado pelo banco de fomento durante o ano de 2009 foi de 137,9 bilhões. Este montante representou crescimento de 49% em relação ao totalizado em O segmento de infraestrutura foi responsável por aproximadamente 34% do total desembolsado pelo BNDES, totalizando R$ 46,5 bilhões, o que significou crescimento de 32% na comparação com o total desembolsado para tal segmento em Já o setor

18 de energia elétrica brasileira recebeu desembolsos totais de R$ 11,1 bilhões. Deste total, R$ 1,3 bilhão foi destinado para projetos de PCHs. O BNDES realizou aprovações de financiamentos totalizando R$ 158 bilhões, o que representou aumento de 30% na comparação com o ano anterior. Os enquadramentos, totalizaram R$ 182,3 bilhões, com crescimento de 17%, enquanto o volume total de consultas correspondeu a R$ 216,423 bilhões durante o ano de 2009, o que também representou aumento de 23% sobre o total do ano passado. Com relação ao mercado de capitais, a Ampla encerrou a captação de R$ 250 milhões através da emissão de debêntures. A Rede Energia também finalizou sua quarta emissão de debêntures durante o mês de dezembro, com uma captação total no valor de R$ 370 milhões No tocante à emissão de ações, a ISA, proprietária da CTEEP, realizou captação de US$ 191 milhões através de emissão de ações, com o objetivo de levantar recursos para financiar seus planos de expansão no Brasil, Colômbia e Peru. Já a Eletrobrás pretende realizar captação de R$ 2 bilhões durante o ano de 2010 para financiar os investimentos. Para tal, a estatal estuda a realização de uma captação externa.

19 2 CONDICIONANTES DA OFERTA 2.1 Expansão da Capacidade de Geração Esta seção busca realizar o acompanhamento do cronograma previsto para entrada em operação de novos geradores. A Tabela nº. 4, elaborada com dados fornecidos pela Aneel, mostra a previsão para entrada em operação das fontes geradoras para o período de dezembro de 2009 a dezembro de 2013 (a Aneel ainda não atualizou a planilha referente às usinas que efetivamente entraram em operação na segunda quinzena de dezembro de 2009). A Aneel divulga os dados a partir de um cenário conservador (que considera somente as usinas sem restrições à entrada em operação), e um cenário otimista (que considera as usinas sem restrições à entrada em operação e as usinas com impedimentos tais como licença ambiental não obtida, obra não iniciada e contrato de combustível indefinido). Estimativas divulgadas pela Aneel indicam, no cenário conservador, um aumento de 15,4 mil MW da capacidade total de geração do país, no período entre 16 de dezembro de 2009 e 31 de dezembro de Nesse contexto, a taxa média de crescimento da capacidade instalada seria de 2% ao ano. No cenário otimista, a previsão de expansão é de 24,9 mil MW no período Nesse cenário, a taxa média de crescimento da capacidade instalada de geração elétrica seria de 2,8% ao ano. O Gráfico nº. 8 também permite visualizar como está prevista a expansão da capacidade instalada do SIN. Tabela nº. 4 Previsão para Entrada em Operação (em MW) Previsão para entrada em operação (em MW) Cenário TOTAL Usinas Hidrelétricas (UHE) Usinas Termelétricas (UTE) Fontes Alternativas - PCHs, Biomassa e Eólica (F.A.) TOTAL Conservador Otimista Conservador Otimista Conservador Otimista Conservador Otimista

20 Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados da Aneel. Gráfico nº. 8 Expansão da Capacidade Total de Geração (em MW) MW Conservador Otimista Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados da Aneel. Analisando especificamente as principais fontes de geração, verifica-se que na expansão da capacidade de geração hidrelétrica, tanto a previsão conservadora quanto a previsão otimista da Aneel indicam um incremento de 6,7 mil MW até 2013, salvo as PCHs. A entrada em operação da UHE de Jirau (1.050 MW; não vão entrar todos os MW em 2013; 1.975,3 MW de Garantia Física) está prevista para o ano de 2013 tanto no cenário otimista quanto no conservador. Já a UHE de Santo Antônio tem previsão para entrar em operação parte no ano de 2012 (644 MW; não vão entrar todos os MW em 2012; MW de Garantia Física) e parte no ano de 2013 (859 MW), em ambos os cenários. As termelétricas deverão fornecer, no cenário conservador, 4,4 mil MW entre 2009 e Já no cenário otimista, a previsão é de que as termelétricas forneçam 10,6 mil MW até Porém, há algumas usinas que podem não entrar, pois estão com seu cronograma atrasado. Estas usinas estão inseridas no cenário otimista da Aneel. O Gráfico 9 apresenta a expansão da capacidade de geração hidrelétrica e termelétrica de 2009 a 2013.

21 Gráfico nº. 9 Expansão da Capacidade de Geração (Hidrelétricas e Termelétricas) Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados da Aneel. Na geração a partir de fontes alternativas, considerando o cenário conservador, a contribuição das PCHs deverá ser de 1,0 mil MW de potência até 2011, sem outros empreendimentos previstos para os anos de 2012 e Do total previsto, cerca de 243 MW (24%) correspondem à potência de 14 usinas em obras e integrantes do PROINFA. Já no cenário otimista, 1,7 mil MW devem entrar em operação até 2013, sendo 301 MW (18%) equivalentes às usinas do PROINFA. Os secretários de Energia dos 27 Estados apresentarão um pedido de maior autonomia nas decisões sobre a licitação e construção de novas usinas para geração de energia elétrica. A demanda, feita pelo Fórum Nacional de Secretários de Energia, é também para permitir políticas de incentivo fiscal locais específicas e mais poder para cobrar dos vencedores dos leilões prazos para iniciar as obras das usinas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente são 59 as PCHs com graves impedimentos para entrada em operação, e mais de cem aquelas cujas obras não foram iniciadas ou houve atraso para obtenção das licenças. A proposta inicial dos governos estaduais é de flexibilização para geração de energia de fontes alternativas. Porém, para

22 poder cobrar dos empreiteiros a construção das obras outorgadas seria necessária a revisão de leis do setor. A contribuição das usinas à biomassa, no cenário conservador, será de 2,6 mil MW até No cenário otimista, a contribuição total dessa fonte pode chegar a 4,5 mil MW. Tanto no cenário otimista quanto no conservador, 70,4 MW são referentes a projetos do PROINFA no período. Não há usinas com previsão de entrada em operação no ano de As usinas eólicas, todas do PROINFA, devem acrescentar até 2010, no cenário conservador, 260 MW. E, no cenário otimista, 815 MW. O Gráfico nº. 10 apresenta a expansão da capacidade de geração através de fontes alternativas de Gráfico nº. 10 Expansão da Capacidade de Geração com Fontes Alternativas MW Conservador Otimista Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados da Aneel. Considerando a entrada em operação real de nova capacidade geradora, observada até dezembro de 2009, MW entraram em operação (sendo 97,5 MW referentes ao mês de dezembro), volume inferior à meta conservadora prevista pela Aneel no início de Apesar de ainda não ter divulgado, a Aneel prevê que até o fim de dezembro terão entrado em operação 892,1 MW provenientes de novas hidrelétricas - excluindo PCHs. O número é oito vezes superior ao montante registrado em 2008, o pior ano da

23 história, quando foram adicionados apenas 108 MW de hidrelétricas. O número final deste ano, porém, pode ser menor que o estimado. No acumulado de janeiro até 16 de novembro, tinham sido adicionados apenas 328,4 MW de hidrelétricas. Para atingir a previsão, a agência elétrica conta com 563,7 MW novos em menos de dois meses. Já as PCHs contribuirão menos este ano, em relação a A Aneel prevê 631,8 MW novos de PCHs até o fim de dezembro. No acumulado até meados de novembro, foram instalados apenas 392,6 MW. No ano passado foram adicionados ao sistema 642,84 MW de PCHs. O Gráfico nº. 11 ilustra os acréscimos mensais de capacidade geradora no SIN para o ano de As metas conservadora e otimista foram formuladas e divulgadas pela Aneel em janeiro de 2009 e correspondem às previsões de expansão do parque gerador para o ano. As metas previam, respectivamente, a entrada de MW e MW de capacidade geradora no SIN. As linhas crescentes representam uma média teórica de entrada constante de capacidade geradora em operação para que a meta fosse atingida até o final do ano. Gráfico nº. 11 Expansão da Capacidade de Geração em 2009

24 MW Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Entrada em operação Meta conservadora Meta otimista Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados da Aneel. Como pode ser observado, a expansão da capacidade de geração ficou aquém da meta conservadora da agência (37% menor). Na atual conjuntura, isso não representa grandes problemas, mas dependendo do grau de retomada do crescimento da economia, a folga entre oferta e demanda do SIN pode ficar mais apertada. 2.2 Leilões de Energia No inicio de dezembro o MME divulgou a garantia física das usinas inscritas no leilão de energia nova para fornecimento a partir de 2014 (A-5). As usinas contratadas poderão vender energia ao mercado livre no período anterior ao início da entrega dos montantes para o mercado regulado. A maior usina cadastrada no leilão é a UTE Rio Grande (1.280 MW), no Rio Grande do Sul. A termelétrica a gás natural tem garantia

25 física de 1.039,1 MWmed. Já a hidrelétrica Santo Antônio (300 MW), no Pará, teve a garantia física fixada em 191,69 MW médios. Porém, próximo a data de realização o MME cancelou o leilão. Segundo o ministério, o motivo é a frustração na obtenção de licença ambiental prévia para sete projetos de novas hidrelétricas que seriam oferecidos aos investidores na disputa. Diante das sobras de energia previstas para 2014 (oferta superior a 4 mil MW médios), a EPE afirmou que não fazia sentido o MME promover um leilão apenas com a participação das térmicas. Até então, o governo trabalhava para que sete hidrelétricas fossem licitadas no leilão. Como apenas uma delas, a usina Santo Antônio do Jari (300 MW), obteve a LP, o certame foi cancelado. Segundo a EPE, a sobra de energia no sistema permite que o MME seja muito criterioso na definição das regras e condições dos leilões de expansão. O cancelamento do leilão A-5 pegou os agentes de surpresa, mas não deve ter grandes consequências para a segurança do abastecimento. Alguns agentes mostraram preocupação com a quebra de regras, lembrando que os investidores precisam de regras claras e transparentes para planejar suas estratégias. Por outro lado, outros consideram que o balanço estrutural de demanda e oferta do país mostra que há um superávit de oferta para os próximos cinco anos. Ainda, alguns consideram que o cancelamento do leilão A-5 pode ser benéfico porque poderá atrair maior competitividade para o certame, com a entrada de empreendimentos hidrelétricos. O GESEL classifica como correta a decisão do governo de não realizar o leilão A-5 sem a participação de energia hidráulica. Não faria sentido realizar um leilão para construir térmicas para 2014, pois usinas termelétricas não precisam de cinco anos para serem construídas. Se o leilão é para A-5, deve-se ser destinado para a construção de hidrelétricas. Sem hidrelétricas, a demanda é pequena, então adia-se o leilão. É uma prova da consolidação da política energética, da percepção de que a matriz brasileira está sofrendo uma evolução. O governo já prevê atraso de um ano na entrada em operação da usina de Belo Monte, que ainda não obteve licença ambiental prévia. A hidrelétrica iria a leilão originalmente em outubro deste ano. Sem o licenciamento ambiental prévio, o leilão foi

26 adiado, primeiro, para dezembro. O governo já trabalha agora com a possibilidade de realizar a oferta só em janeiro de 2010 ou até mais adiante. Para a EPE, o cronograma da usina sofreu atraso por causa das exigências do Ibama e dificilmente a obra será concluída no prazo previsto. Com o atraso na licença, o governo terá de alterar seus planos e o empreendimento só começará a gerar energia em Ainda, caso o licenciamento não saia, mesmo com o crescimento da geração eólica no país, a energia térmica ainda é a única com capacidade para substituir esse bloco de energia. 3 CONDICIONANTES DA DEMANDA 3.1 Resultados da Carga Os valores de carga de energia verificados em dezembro de 2009 sinalizam para o SIN variação negativa de 2,5% em relação a novembro, e uma variação positiva de

27 11,2% em relação a dezembro de No acumulado dos últimos 12 meses a carga foi 0,7% maior (jan-2008/dez-2009). O Gráfico nº. 12 apresenta a evolução anual da carga de energia elétrica (em MWmédio). A Tabela nº. 5 apresenta a variação comparativa da carga de energia elétrica. Gráfico nº. 12 Evolução Anual da Carga de Energia Elétrica MWmédio set/06 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS. Tabela nº. 5 Carga de Energia Elétrica Mwmédio Variação (%) Dezembro dez/09 acum dez/08 12 meses SE/CO ,8 0,4 S ,7 1,4 NE ,8 1,7 N ,4-0,7 SIN ,2 0,7 Subsistema Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS. De acordo com o ONS, a taxa de crescimento da carga no mês de dezembro de 2009 em relação a dezembro de 2008, quando foram observados os reflexos mais intensos da crise, demonstra a retomada do crescimento industrial, impulsionado principalmente pelo consumo interno das famílias. Além disso, a incorporação de 400 MW médios com a interligação ao SIN do Sistema Isolado Acre-Rondônia na carga do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, no final de outubro de 2009, contribuiu com aproximadamente 0,8% na taxa de crescimento do mês.

28 O sistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por MW médios da carga total, variação positiva de 13,8% na comparação com dezembro do ano passado. Em relação a novembro, houve queda de 3,6%. Nos últimos 12 meses, verificou-se variação positiva de 0,4%. No Sul, a carga de energia elétrica em dezembro cresceu 7,7% em relação a igual período de Em relação a novembro, foi constatada queda de 2,3%. Nos últimos 12 meses, houve incremento de 1,4% na carga de energia na região. No Nordeste, os valores preliminares de carga em dezembro indicam variação positiva de 9,8% em relação a igual período de Na comparação com novembro, houve acréscimo de 0,7%. O acumulado dos últimos 12 meses aponta crescimento de 1,7% em relação a igual período anterior. Na região Norte, a carga de dezembro foi 1,4% superior ao verificado em igual mês no ano passado. Na comparação com novembro, os dados do ONS apontam para uma elevação de 0,4% na carga de energia da região. No acumulado dos últimos 12 meses, verifica-se, porém, uma redução de 0,7%. Cabe destacar que o ONS registrou recorde de demanda instantânea no Nordeste em 5 de dezembro. A demanda chegou a MW às 19:43 horas, em decorrência da elevação da temperatura da região, que atingiu valores máximos acima de 30º C em todas as capitais nordestinas. O recorde anterior tinha sido de MW em 20 de outubro deste ano. 3.2 Resultados do Consumo De acordo com a última Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada em dezembro pela EPE, o consumo de energia elétrica na rede totalizou, em novembro de 2009, GWh, apresentando um aumento de 1,06% em relação ao mês anterior. Comparado ao consumo de novembro de 2008, houve um aumento de 0,9%, sendo essa a primeira variação positiva no período que se seguiu à crise econômica.

29 No mês de novembro de 2009, o consumo de energia pelo setor residencial cresceu 5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já o consumo do setor de comércio e serviços cresceu 5,1% em relação a novembro de A Tabela nº. 6 apresenta o consumo de energia elétrica por classe (em GWh). Classe Tabela nº. 6 Consumo de Energia Elétrica por Classe (em GWh) Novembro Novembro Var. Jan-Nov Jan-Nov Var % % Industrial ,2% ,2% Residencial ,0% ,7% Comercial ,1% ,4% Outros ,2% ,4% TOTAL ,9% ,0% Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados da EPE. Para o setor industrial, houve queda no consumo de energia de 2,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, e uma diminuição de 9,2% ao considerar o consumo acumulado do ano. Assim, as classes residencial e comercial continuam puxando a expansão do mercado. O Gráfico nº. 13 apresenta a evolução do consumo de energia elétrica no Brasil (em mil GWh) de 2006 a Gráfico nº. 13 Evolução do Consumo (mil GWh) Fonte: CNI com dados da EPE

30 Quanto às medidas de eficiência energética, que contribuem para diminuição do consumo de energia elétrica, a partir de dezembro de 2009, todos os novos motores elétricos de indução trifásicos produzidos no Brasil serão de alto rendimento. A medida afeta cerca de 70% a 80% do universo de motores no país, um mercado que tem produção anual em torno de 1,1 milhão de unidades. Com a produção exclusiva de motores de alta eficiência, espera-se uma economia de energia da ordem de 1,58 TWh/ano, avaliada em cerca de US$ 47,4 milhões/ano. Esta regulamentação é resultado do Programa de Metas do governo, que em dezembro de 2005, definiu um prazo de quatro anos para que apenas motores de alta eficiência fossem produzidos no país, concedendo mais seis meses para a comercialização do estoque.

31 4 CONDICIONANTES INSTITUCIONAIS / REGULATÓRIOS As questões institucionais tratadas aqui remetem principalmente às condições de oferta de energia. Ou seja, a maneira como o desenrolar destas questões afeta a capacidade de geração de energia do SEB. 4.1 Licenças Ambientais O rigor dos projetos socioambientais virou questão fundamental para que uma obra de infraestrutura se concretize no Brasil. Nos últimos anos, com a maior pressão sobre o País em relação ao desmatamento, o peso desses custos cresceu de forma significativa e alcançou níveis recordes. Há casos em que os gastos chegam a bater 30% do valor total do empreendimento. Na média, entre obras rodoviárias, hidrelétricas e portuárias, o custo fica em torno de 15%. O Ibama concedeu a licença prévia para a construção da hidrelétrica de Santo Antonio, no rio Jari, na divisa dos Estados do Pará e Amapá. A usina tem potencial de 300W e a licença prévia foi condicionada a 25 ajustes que os empreendedores deverão efetuar, para conseguir a licença de instalação. Ela deverá ser leiloada no A-5 a ser realizado no início de O TRF da 1ª Região negou o recurso do Ibama e manteve suspensa a vigência da Instrução Normativa nº. 7/2009, que exige compensações ambientais de projetos de geração térmica a carvão e óleo diesel. A ação original foi movida por quatro entidades e questiona a competência do Ibama para editar a medida. A decisão ainda é provisória. Os empreendedores argumentam que os projetos de usinas térmicas a carvão teriam que duplicar os aportes para atender à exigência ambiental, o que inviabilizaria essa fonte de energia.

32 4.2 Tarifas A Aneel reajustou, em dezembro, a Tarifa Anual de Referência para R$ 64,65/MWh. O novo valor vai começar a valer a partir do dia 1º de janeiro de Em 2009, o valor da TAR ficou em R$ 62,07/MWh. A agência também mudou seu entendimento quanto ao Uso do Bem Público (UBP), afirmando que entende ser este um encargo setorial. Por isso, a partir do exercício de 2010, o UBP não mais será considerado nos cálculos da TAR, sem efeitos para ciclos tarifários anteriores. A questão foi levantada pela Apine, que questionou a inclusão na base de cálculo da TAR dos pagamentos referentes ao UBP. A legislação define que a TAR é baseada nos preços de venda de energia, excluindo-se os encargos setoriais vinculados à atividade de geração, os tributos e empréstimos compulsórios, bem como custos incorridos na transmissão de energia.

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