Fevereiro Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de março/17.

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1 1. EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em fevereiro/17 apresenta crescimento de 2,4% em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de janeiro/17, verifica-se crescimento de 2,6%. No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou uma variação positiva de 1,3% em relação ao mesmo período anterior. Apresentam-se na tabela a seguir os dados de carga, assim como seus valores ajustados, visando a exclusão dos efeitos de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga, como o efeito calendário (diferença no número de dias úteis), variações de temperatura diferentes das esperadas e perdas na Rede Básica. Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de março/17. Com a melhoria da confiança da indústria, em resposta a desaceleração das taxas negativas apresentadas por alguns indicadores como a melhoria da credibilidade da política econômica e elevação dos preços das commodities, já se observa, ainda que tímidos, efeitos positivos na carga de energia. A carga do subsistema SE/CO, que representa cerca de 60% da carga do SIN, registrou pelo segundo mês consecutivo variação positiva em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em fevereiro/17, a Balança Comercial apresentou um superávit superior ao de fevereiro/16. Ainda sobre o mesmo mês do ano anterior, a média diária das exportações registrou alta de 22,4%. Aumentaram todos os fatores agregados: Básicos (48,2%), Manufaturados (5,7%) e Semimanufaturados (1,9%). Na comparação com janeiro/17, após ajuste sazonal, as exportações avançaram 26,8%. Contribuíram para o resultado o aumento em todos os fatores agregados: Básicos (31,5%), Manufaturados (26,3%)

2 e Semimanufaturados (22,4%). Ressalta-se que em janeiro observou-se a primeira alta da produção industrial em 34 meses, de 1,4% em relação a janeiro de 2016 As exportações de commodities cujos preços vêm se elevando no mercado internacional mostraram forte crescimento na comparação com 2016, o que contribuiu significativamente para o superávit comercial apresentado nos meses de janeiro e fevereiro/17. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,2 ponto em fevereiro, para 87,8 pontos, após avançar 4,3 pontos no mês anterior. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,5 ponto, para 87,2 pontos, a segunda alta consecutiva. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu 0,3 ponto percentual (p.p.) em fevereiro, para 74,3%. Na métrica de médias móveis trimestrais, o NUCI subiu 0,2 p.p., para 73,9%, mantendo-se no terreno positivo pelo segundo mês consecutivo. Também merece destaque o resultado do Subsistema Sul, com 5,0% de crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior, explicado pela ocorrêmcia de temperaturas elevadas principalmente durante a segunda quinzena do mês. O gráfico a seguir apresenta uma comparação entre as taxas de variação da Carga Verificada e da Carga Ajustada do SIN.

3 O comportamento da carga de energia do SIN ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte Subsistema Sudeste/Centro-Oeste Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a carga de energia verificada em fevereiro/17 apresenta crescimento de 1,6% em relação à carga verificada no mesmo mês do ano anterior. Apesar da fraca demanda doméstica, do crédito escasso e da forte desaceleração da indústria que vem apresentando taxas negativas há 34 meses, contribuiram para amenizar os efeitos desses fatores na carga, a ocorrência de temperaturas elevadas, durante principalmente a segunda quinzena do mês de fevereiro, superiores às que vinham sendo observadas e a ligeira melhora de indicadores econômicos como a produção industrial, cuja carga representa cerca de 35% da carga total desse subsistema. O resultado da carga ajustada indica que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com apenas 0,1% em fevereiro/17. Com relação ao mês de janeiro/17, verifica-se uma variação positiva de 2,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentou uma variação positiva de 0,7%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Sudeste/Centro-Oeste ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte.

4 1.3. Subsistema Sul A carga de energia verificada em fevereiro/17 no subsistema Sul indica variação positiva de 5,0%, em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. A ocorrência de temperaturas elevadas, durante principalmente a segunda quinzena do mês de fevereiro/17 contribuiram para o resultado da carga. Ressalta-se que em virtude das altas temperaturas no Sul, a carga da semana do Carnaval se apresentou no nível de uma semana típica sem feriados. Além disso, já podem ser observados aumentos das cargas industriais de alguns setores na região. A variação positiva de 4,2% da carga ajustada, em relação ao mesmo período do ano anterior, demonstra que os fatores fortuitos, contribuiram positivamente com 0,8% em fevereiro/17. O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) cresceu pelo segundo mês seguido e atingiu 55,1 pontos em fevereiro, o maior valor em cinco meses. Acima dos 50, o índice denota confiança. Em janeiro, o índice foi de 51,7 pontos. Em relação a janeiro/17, verifica-se uma variação positiva de 5,8%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Sul apresentou um crescimento de 1,9%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Sul ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte Subsistema Nordeste No subsistema Nordeste, a carga de energia verificada em fevereiro/17 indica acréscimo de 4,4% em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. Essa variação é explicada, principalmente, pela ocorrência, de temperaturas médias superiores às ocorridas neste mesmo mês do ano anterior, o que influenciou positivamente o comportamento da carga. A variação positiva de 4,8% na carga ajustada do subsistema Nordeste em fevereiro/17, quando comparada a fevereiro/16, demonstra que os fatores fortuitos contribuíram negativamente com apenas 0,4%.

5 Com relação a janeiro/17, verifica-se uma variação negativa de 1,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Nordeste apresentou uma variação positiva de 3,3%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Nordeste ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte NORDESTE - MW médio Verificado Verificado Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1.5. Subsistema Norte No subsistema Norte, o valor da carga de energia verificado em fevereiro/17 indica uma variação negativa de 0,9% em relação ao valor do mesmo mês do ano anterior. A carga dos consumidores industriais eletrointensivos do subsistema Norte conectados à Rede Básica, que passou por expressiva contração ao longo dos últimos anos, mantém-se em patamar bastante reduzido desde meados do ano de A ocorrência de chuvas e nebulosidade, principalmente em Belém e Manaus, durante o mês de fevereiro/17 e a redução da carga de alguns consumidres livres durante parte do mês, contribuiram para o resultado da carga. Com relação ao mês de janeiro/17, verifica-se uma variação positiva de 2,5%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Norte apresentou uma variação posititiva de 0,9% em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Norte ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte.

6 (1) Carga Ajustada Os ajustes realizados de forma a excluir o efeito de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga são: Temperaturas atípicas. A carga ajustada é estimada utilizando as temperaturas típicas para a época do ano em cada subsistema e não as temperaturas efetivamente verificadas. Assim, em um mês excepcionalmente quente a carga ajustada é menor que a carga verificada, o oposto ocorrendo em um mês com temperaturas atipicamente amenas. Calendário. A carga ajustada é estimada usando um calendário normalizado. Isto permite compensar as variações no número de dias de carga normalmente baixa (sábados, domingos e feriados) ao longo dos meses, tornando os dados mais facilmente comparáveis. Perdas na rede básica. As perdas na rede básica são calculadas pelo ONS, decorrem da forma como o sistema é operado, e não têm qualquer implicação econômica. Por isso são excluídas da carga ajustada. Obs: O Boletim com os valores definitivos será disponibilizado no site do ONS.