RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO"

Transcrição

1 RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Novembro de 2009 Nivalde José de Castro Daniel Bueno Pedro Luis Ávila Raul Ramos Timponi Roberta de S. S. Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

2 PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO NOVEMBRO de 2009 Nivalde José de Castro Daniel Bueno Pedro Luis Ávila Raul Ramos Timponi Roberta de S. S. Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

3 Índice 1 CENÁRIO ECONÔMICO PIB Mundial e Brasileiro Produção Industrial Balança Comercial Taxa de Juros Financiamento no Setor Elétrico Brasileiro CONDICIONANTES DA OFERTA Expansão da Capacidade de Geração Leilões de Energia CONDICIONANTES DA DEMANDA Resultados da Carga Resultados do Consumo CONDICIONANTES INSTITUCIONAIS/REGULATÓRIOS Renovação das Concessões Licenças Ambientais Tarifas...29 Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntural dos Impactos da Crise sobre o Setor Elétrico (1) Nivalde J. de Castro (1) Raul Ramos Timponi (2) Pedro Luis Ávila (3) Daniel Bueno B. Tojeiro (4) Roberta de S. S. Bruno (5) (1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (1) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (2) Pesquisador do GESEL-IE-UFRJ (3) Pesquisador do GESEL-IE-UFRJ (4) Pesquisador do GESEL-IE-UFRJ (5) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ

4 1 CENÁRIO ECONÔMICO 1.1 PIB Mundial e Brasileiro A OCDE divulgou dados que apontam que todas as grandes economias já apresentam fortes sinais de recuperação após os impactos da crise global. A medida de atividade econômica futura aponta para "expansão" nas economias desenvolvidas e em seis economias emergentes em setembro pela primeira vez desde o início de Os dados são baseados em informações de cada país combinadas com a metodologia da OCDE. A entidade, porém, contrasta esses resultados com outros indicadores, que mostram dificuldades maiores em alguns países. O Reino Unido, por exemplo, está mais atrasado que o resto do mundo para sair da recessão. Logo abaixo, o Gráfico nº. 1 ilustra a evolução do PIB ao redor do mundo desde 2008 até perspectivas para Gráfico nº. 1 Crescimento do PIB por Regiões no Mundo. Crescimento do PIB Real por regiões do mundo (%) (%) ,1-2 2,5 0,4 1,9-2,7 0,7 0,5-3,9 Mundo EUA Zona do Euro -0,7 0,8 9 8,1 8,8-5,5 4,1 2-2,3 5,8 1,5 4,9 Japão China América África Latina Subsaariana Países Fonte: Business Monitor International (previsão) 2010 (previsão) O Brasil é um dos países em desenvolvimento que está se destacando em âmbito global econômica e politicamente. Na esfera dessa análise, a revista The Economist publica em seu relatório especial sobre negócios e finanças no país que o Brasil pode se tornar uma das cinco economias mais potentes do mundo antes de 2050 se a estabilidade

5 política e econômica for mantida. São muitos os dados apontados que levam ao otimismo como, por exemplo: o país ser auto-suficiente em petróleo, conceder em breve empréstimo ao FMI e ter um de seus fundos de investimento estrangeiro com crescimento de 30%, enquanto o setor em geral mostra uma queda de 14%. Com o país se posicionando melhor em relação ao resto do mundo, a sensação de otimismo não é somente externa, a estimativa de um crescimento econômico no ano que vem maior do que o inicialmente esperado fez com que o FMI previsse uma melhora nas contas públicas brasileiras em O Brasil terá em 2010 o menor déficit fiscal dos países do G20, com exceção da Arábia Saudita. De acordo com o organismo, o déficit brasileiro ficará em 1,2% do PIB no ano que vem ante um resultado negativo de 3,8% neste ano. A dívida pública brasileira também continuará a cair, e, no ano que vem, vai chegar a 65,9% do PIB, nível abaixo do registrado em Para 2009, o Fundo diz que a conta vai ficar negativa em 68,5%. Apesar da melhora, o resultado vai continuar acima do da média dos emergentes do G20, que devem ter uma dívida equivalente a 39,6% do PIB em Nesse contexto, o aumento do investimento foi o principal fator que impulsionou o crescimento da economia no terceiro trimestre após um período de nove meses em que o PIB brasileiro foi sustentado pelo aumento da demanda doméstica. No período entre julho e setembro, foi a recuperação do investimento que permitiu a continuidade da expansão. As projeções de crescimento no terceiro trimestre sobre o trimestre anterior na série com ajuste sazonal variam de 1,5% a 2,1%, valores semelhantes a marca de 1,9% registrada entre abril e junho, quando o país deixou a breve recessão. No segundo trimestre, enquanto a indústria ainda mantinha estoques elevados e o pé no freio em investimentos e contratações, o consumo das famílias subiu 2,1% sobre o primeiro trimestre. Ao contrário da indústria, o comércio varejista e o consumo permaneceram crescendo durante a crise, apenas em menor ritmo. O mercado de trabalho não sofreu o choque que muitos previam no fim do ano passado, contribuindo para tornar o consumo mais resiliente à queda da indústria. No Gráfico nº. 2 abaixo, a evolução do PIB trimestral brasileiro desde 2007.

6 Gráfico nº. 2 PIB - preços de mercado - R$(bilhões) - Dados trimestrais de 2007(1) à 2009(2) 780 R$ (bilhões) T T T T T T T T T T2 Fonte: Ipeadata com dados do IBGE. Evolução do PIB trimestral 1.2 Produção Industrial A indústria brasileira registrou em setembro de 2009 um salto na produção de bens de capital e reforçou a expectativa de recuperação ao longo de De acordo com o IBGE, a produção industrial em setembro cresceu 0,8% em relação ao mês anterior e fechou o trimestre com alta de 4,1% sobre o período de abril a junho. No caso dos bens de capital, o crescimento sobre agosto foi de 5,8%, bem acima do 1,6% registrado na média mensal dos últimos seis meses. Com isso, pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2008, a produção de máquinas e equipamentos teve expansão em relação ao trimestre anterior, de 6,1%, como ilustrado no Gráfico nº. 3. O incremento, porém, não foi suficiente para levar o segmento a um patamar próximo ao do período pré-crise: a produção de setembro deste ano ainda é 20,5% menor do que a de setembro do ano passado. A situação se repete na indústria como um todo, que, apesar das nove altas consecutivas, cresceu apenas 14,6% entre dezembro e setembro. Com isso, a produção ainda é 7,8% inferior à de setembro de 2008.

7 Gráfico nº. 3 Produção Industrial - Bens de Capital - quantum - índice (média 2002=100) Quantum - Índice (média 2002=100) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Fonte: Ipeadata com dados do PIM-PF/IBGE. Produção de Bens de Capital Destacando o desempenho da indústria neste período confirma-se a trajetória de recuperação do setor, como visto no Gráfico nº. 4. Pela primeira vez desde o começo da crise mundial, quatro entre cinco indicadores apresentaram crescimento com relação ao mês anterior na série com ajuste sazonal. Não foram aumentos expressivos, porém não deixam dúvidas sobre a retomada da atividade na indústria, o setor mais prejudicado pela crise global. Gráfico nº. 4

8 Produção Industrial - Indústria Geral - quantum - índice(média 2002=100) Quantum - Índice (média2002=100) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Fonte: Ipeadata com dados do PIM-PF/IBGE. Produção Industrial Total A utilização da capacidade instalada recuou 0,4% em setembro na comparação com agosto, chegando a 79,8%, ainda bastante aquém do pico registrado em janeiro de 2008, de 83,5%. O uso da capacidade instalada na indústria de transformação atingiu em outubro 82,9%, o maior nível do ano. Contudo, tal retomada, não ocorre de maneira uniforme. Bens de consumo duráveis, por exemplo, atingiram 90,1% do uso da capacidade. As indústrias de madeira, material elétrico voltado para comunicações, e de máquinas e equipamentos ainda operam com capacidade instalada baixa, na faixa dos 70%, enquanto a média já opera acima de 80%. A média geral da indústria da transformação usou 82,9% de sua capacidade instalada em outubro, na série com ajuste sazonal. Entretanto, três indústrias ainda amargaram Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) abaixo da média em outubro. É o caso de mecânica, com 75,3%; material elétrico de comunicações, com 79,0%; e mobiliário, com 71,8%. Para a CNI, uma hipótese para explicar a lentidão na retomada de atividade desses setores, que atendem principalmente ao mercado externo, é a demanda ainda fraca no mercado internacional. Outro indicador do setor industrial, o Índice de Confiança da Indústria, chegou a 112,2 em outubro, o maior nível desde setembro do ano passado. Com o programa, que oferece uma linha de crédito para a compra de máquinas e equipamentos com juro de 4,5% ao ano e prazo de dez anos, o banco já desembolsou R$ 7,7 bilhões em agosto e

9 setembro. Apesar de o pior da crise pode ter ficado para trás, seus efeitos ainda perduram em alguns segmentos da indústria. Por fim, levantamento realizado pelo BNDES mostra que as consultas de financiamento ao banco, termômetro da intenção de realizar investimentos, dispararam nos últimos meses, após o recuo dos investimentos da indústria por conta da crise. Entre julho e setembro, foram recebidas consultas, alta de 58% em relação ao trimestre anterior. 1.3 Balança Comercial Durante o mês de novembro, ao longo de 20 dias úteis, a Balança Comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 615 milhões, conforme a Tabela nº. 1. Este montante representou um valor médio diário de US$ 30,8 milhões, o que significou retração de 62,4% em relação à média diária do mês homônimo de 2008, que se situou em R$ 81,7 milhões. Na comparação com outubro do atual ano, quando o valor médio registrado chegou ao patamar de R$ 63,2 milhões, houve retração de 51,4%. Tabela nº. 1 Brasil. Resultado da Balança Comercial. Novembro de 2009 (em US$ milhões) PERÍODO DIAS ÚTEIS EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO COOR. COMÉRCIO SALDO Novembro a. semana (01a 08) a. semana (09 a 15) a. semana (16 a 22) a. semana (23 a 29) a. semana (30) ACUMULADO Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do Mdic.

10 O volume exportado durante o mês de novembro totalizou R$ 12,65 bilhões, correspondendo a um valor médio diário de US$ 632,7 milhões. Houve retração de 5,7% no montante exportado, em valor médio diário, na comparação com o mês de outubro do ano corrente. Já na comparação com o mês homônimo de 2008, houve uma redução ainda maior, de 14,2%. No tocante às importações, o volume importado em novembro foi de US$ 12,03 bilhões, o que representou um valor médio diário de US$ 601,9 milhões. Houve redução de 8,2% no valor médio diário em relação ao mês homônimo de Na comparação com o mês imediatamente anterior do atual ano, o montante importado, em valor médio diário, representou decréscimo de apenas 0,9%. A corrente de comércio total (somando exportação e importação) registrou US$ 24,69 bilhões durante o mês de novembro, ou US$ 1,23 bilhão em valor médio diário. Este resultado representou queda de 11,4% frente ao mês de novembro do ano anterior, quando a média diária foi de R$ 1,62 bilhão. Na comparação com outubro do ano corrente, o resultado foi 3,4% inferior. Através do Gráfico nº. 5, observa-se a evolução dos valores médios diários relativos à Exportação, Importação, Corrente de Comércio e do Saldo da Balança Comercial brasileira desde o mês de agosto de 2007 até o mês de novembro do ano corrente. Gráfico nº. 5 Brasil. Evolução dos Indicadores da Balança Comercial Brasileira. Agosto de 2007 a Novembro de 2009 (em US$ milhões)

11 1900,0 1700,0 1500,0 1300,0 1100,0 900,0 700,0 500,0 300,0 100,0-100,0 Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO CORR. COMÉRCIO SALDO Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do Mdic. Em virtude da crise econômica que impactou a economia internacional no segundo semestre de 2008, observa-se, a partir de setembro do mesmo ano, uma trajetória de queda na corrente total de comércio, em valores médios diários, entre o Brasil e o mundo. Esta trajetória decrescente é quebrada no mês de janeiro do ano corrente, em virtude, especialmente, da retomada do crescimento das exportações, que já vinham em uma tendência de queda desde o mês de agosto de 2008 e se acentuou com a crise econômica. Apesar de ter apresentado uma recuperação mais pujante, as exportações também apresentaram fortes oscilações durante o primeiro semestre do atual ano, se estabilizando a partir de agosto. Por outro lado, as importações tiveram uma recuperação mais lenta e gradual, sem os solavancos experimentados nas exportações. A partir de agosto, é possível observar uma forte aceleração no crescimento do volume importado, praticamente equilibrando-o com o total exportado. O que explica a retração no saldo da balança comercial registrada no mês de novembro.

12 1.4 Taxa de Juros A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) se manteve inalterada em novembro, visto que não houve reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Desta forma, a meta Selic permaneceu em 8,75%, definida inicialmente na reunião do mês de julho e mantida inalterada nas duas reuniões realizadas posteriormente, nos meses de setembro e outubro, conforme o Gráfico nº Gráfico nº. 6 Brasil. Evolução da Meta Selic. Janeiro de 2008 a Novembro de 2009 (em %) Janeiro* Fevereiro Março* Abril* Maio Junho* Julho* Agosto Setembro* Outubro* Novembro Dezembro* Janeiro* Fevereiro Março* Abril* Maio Junho* Julho* Agosto Setembro* Outubro* Novembro Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ, com dados do Banco Central. Obs: Os meses denotados com um (*) representam as reuniões realizadas pelo Copom. Desde o mês de janeiro, a meta Selic foi reduzida em 5 pontos percentuais, visto que ao final de 2008 a mesma se encontrava no patamar de 13,75%, definida na reunião de setembro e mantida nos últimos meses do ano passado. A perspectiva do mercado financeiro, medida através de pesquisa publicada pelo Boletim Focus, é de que a taxa Selic fechará o ano de 2009 em 8,75%. Para o ano que vem, o mercado acredita que a taxa ficará em 10,50%. O boletim aponta ainda que a

13 inflação deve fechar abaixo da meta, em 4,26%. Já a inflação para o ano que vem foi estimada em 4,43%. Com relação às taxas de juros bancários, através do Gráfico nº. 7, observa-se um cenário de retração dos juros mensais médios tanto para pessoa física como para pessoa jurídica a partir de janeiro do ano corrente. Em outubro, entretanto, esta tendência de queda foi interrompida e houve ligeiro avanço da taxa mensal média para pessoa física e jurídica. Gráfico nº. 7 Brasil. Evolução das Taxas de Juros Bancárias. Para Pessoa Física e Pessoa Jurídica. Fevereiro de 2008 a Outubro de 2009 (em %) 8 7,5 7 6,5 6 5,5 5 4,5 4 3,5 Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Pessoa Física Pessoa Jurídica Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ, com dados da Anefac. 1.5 Financiamento no Setor Elétrico Brasileiro O BNDES realizou desembolsos totais de R$ 10,69 bilhões durante o mês de outubro. Deste montante, o segmento de infraestrutura recebeu R$ 4,54 bilhões, o que significou aproximadamente 42% do total desembolsado pelo banco de fomento durante

14 o mês de outubro, conforme o Gráfico nº. 8. O setor elétrico brasileiro recebeu R$ 1,60 bilhão em desembolsos, o que representou aproximadamente 35% do total liberado para o segmento de infraestrutura e cerca de 15% do total desembolsado pelo BNDES para todos os segmentos de atuação do banco. Gráfico nº. 8 Brasil. Desembolsos do BNDES para o SEB. Outubro 2009 (em %) 15,0% 85,0% Setor Elétrico Outros Segmentos Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do BNDES. No acumulado de janeiro a outubro, os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 106,49 bilhões, o que significou expansão de aproximadamente 52% com relação ao mesmo período de O segmento de infraestrutura registrou desembolsos de R$ 36,05 bilhões entre janeiro e outubro de 2009, o que representou 34% do total desembolsado no período pelo banco. O SEB registrou desembolsos de R$ 10,41 bilhões no período de análise, uma participação de 10% no total desembolsado pelo banco de fomento e aproximadamente 29% do segmento de infraestrutura, conforme mostra o Gráfico nº. 9. Gráfico nº. 9 Brasil. Desembolsos do BNDES para o SEB. Janeiro a Outubro 2009 (em %)

15 9,8% 90,2% Setor Elétrico Outros Segmentos Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do BNDES. No acumulado dos últimos 12 meses perfazendo o período de novembro de 2008 a outubro de 2009, os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 127,24 bilhões. Houve crescimento de aproximadamente 49% na comparação com o período de 12 meses referente ao ano anterior, abrangendo o período de novembro de 2007 a outubro de O Setor Elétrico Brasileiro (SEB) obteve desembolsos do BNDES que totalizaram R$ 12,54 bilhões nos últimos 12 meses finados em outubro do ano corrente, o que significou crescimento de 39% em relação ao mesmo período finado em outubro de As consultas e enquadramentos, que dão uma amostra para possíveis aprovações e desembolsos futuros, totalizaram R$ 183,47 bilhões e R$ 150,18 bilhões, respectivamente, para o período de janeiro a outubro de Estes números representaram crescimento de 20% e 16% em relação ao período homônimo do ano anterior. O setor elétrico brasileiro deve terminar o ano de 2009 recebendo aprovação superior ao patamar de R$ 14,6 bilhões, conforme projeções do BNDES. Segundo o banco de fomento, o resultado representará quase o dobro do valor liberado no ano passado, que foi de R$ 8,5 bilhões. A maior parcela do financiamento aprovado foi destinada ao segmento de geração de energia elétrica, sendo R$ 7,5 bilhões para médias e grandes hidrelétricas, R$ 2,6 bilhões para termelétricas, R$ 934 milhões para PCHs e R$ 342 milhões para biomassa. O segmento de distribuição recebeu R$ 686 milhões,

16 enquanto que a área de transmissão foi o destino de R$ 662 milhões. O BNDES tem o objetivo de aumentar o volume de financiamento para 2010, com desembolsos entre R$ 14 bilhões e R$ 15 bilhões. Na Tabela nº. 2 abaixo, uma síntese dos dados apresentados até aqui. Tabela nº. 2 Brasil. Resumo dos Desembolsos e Aprovações do BNDES. (em R$ milhões) Segmentos Outubro Janeiro a Outubro 12 Meses Desembolsos Aprovações Desembolsos Aprovações Desembolsos Aprovações SEB Infra Estrutura Total Fonte: Elaboração GESEL-IE-UFRJ, com dados do BNDES. O BNDES também tem papel muito importante no financiamento de projetos do setor sucroenergético brasileiro. Segundo dados apresentados pelo Ministério da Agricultura, o banco de fomento destinou R$ 4 bilhões ao setor durante o primeiro semestre, o que representou crescimento de 30% em relação ao total registrado no primeiro semestre de A previsão é de que o montante total alcance o patamar de R$ 7 bilhões durante o ano de 2009, superior ao montante de R$ 6,5 bilhões, liberado no ano anterior. Durante o mês de novembro, as principais aprovações de financiamento feitas pelo BNDES foram: R$ 258,5 milhões para empresa Bons Ventos Energia, produtora de energia eólica, destinado à construção de quatro parques eólicos no Ceará, no valor de R$ 754,4 milhões e capacidade de 155 MW; R$ 449,27 milhões para a distribuidora Celpa com o objetivo de dar suporte financeiro ao Plano de Investimento da companhia, voltado para as áreas de distribuição e transmissão. Quanto às captações no mercado de capitais destaca-se:

17 Cemig GT finalizou a captação de R$ 2,7 bilhões através da emissão de notas promissórias; Cesp planeja realizar uma captação financeira de curto prazo em 2010, mas ainda não definiu qual a modalidade; Ampla vai realizar captação de R$ 250 milhões através de emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações. Já a Cteep vai realizar captação de R$ 500 milhões através da emissão debêntures simples; Tractebel aprovou a quarta emissão de debêntures, no valor de R$ 400 milhões. 2 CONDICIONANTES DA OFERTA 2.1 Expansão da Capacidade de Geração Esta seção busca realizar o acompanhamento do cronograma previsto para entrada em operação de novos geradores. A Tabela nº. 3, elaborada com dados fornecidos pela Aneel, mostra a previsão para entrada em operação das fontes geradoras para o período de agosto de 2009 a dezembro de A Aneel divulga os dados a partir de um cenário conservador (que considera somente as usinas sem restrições à entrada em operação), e um cenário otimista (que considera as usinas sem restrições à entrada em operação e as usinas com impedimentos tais como licença ambiental não obtida, obra não iniciada e contrato de combustível indefinido). Estimativas divulgadas pela Aneel indicam, no cenário conservador, um aumento de 15,7 mil MW da capacidade total de geração do país, no período entre novembro de 2009 e 31 de dezembro de Nesse contexto, a taxa média de crescimento da capacidade instalada seria de 2% ao ano. No cenário otimista, a previsão de expansão é de 21,8 mil MW no período Nesse cenário, a taxa média de crescimento da capacidade instalada de geração elétrica seria de 2,8% ao ano.

18 Tabela nº. 3 Previsão para Entrada em Operação (em MW) Previsão para entrada em operação (em MW) Cenário TOTAL Usinas Hidrelétricas (UHE) Usinas Termelétricas (UTE) Fontes Alternativas - PCHs, Biomassa e Eólica (F.A.) TOTAL Conservador Otimista Conservador Otimista Conservador Otimista Conservador Otimista Fonte: Elaboração própria com dados da Aneel. O Gráfico nº. 10 permite visualizar como está prevista a expansão da capacidade instalada do SIN. Gráfico nº. 10 Expansão da Capacidade Total de Geração (em MW) MW Conservador Otimista Fonte: Elaboração própria com dados da Aneel. Analisando especificamente as principais fontes de geração, verifica-se que na expansão da capacidade de geração hidrelétrica, tanto a previsão conservadora quanto a previsão otimista da Aneel indicam um incremento de 7,2 mil MW até 2013, salvo as PCHs.

19 A entrada em operação da UHE de Jirau (1.050 MW; não vão entrar todos os MW em 2013; 1.975,3 MW de Garantia Física) está prevista para o ano de 2013 tanto no cenário otimista quanto no conservador. Já a UHE de Santo Antônio tem previsão para entrar em operação parte no ano de 2012 (644 MW; não vão entrar todos os MW em 2012; MW de Garantia Física) e parte no ano de 2013 (859 MW), em ambos os cenários. As termelétricas deverão fornecer, no cenário conservador, 4,8 mil MW entre 2009 e Já no cenário otimista, a previsão é de que as termelétricas forneçam 8,3 mil MW até O Gráfico nº. 11 apresenta a expansão da capacidade de geração hidrelétrica e termelétrica de Gráfico nº. 11 Expansão da Capacidade de Geração (Hidrelétricas e Termelétricas) Hidrelétricas Termelétricas MW MW Conservador Otimista Conservador Otimista Fonte: Elaboração própria com dados da Aneel. Na geração a partir de fontes alternativas, considerando o cenário conservador, a contribuição das PCHs deverá ser de 1,0 mil MW de potência até 2011, sem outros empreendimentos previstos para os anos de 2012 e Do total previsto, cerca de 243 MW (24%) correspondem à potência de 14 usinas em obras e integrantes do PROINFA. Já no cenário otimista, 1,7 mil MW devem entrar em operação até 2012 (não há empreendimentos previstos para 2013), sendo 301 MW (18%) equivalentes às usinas do PROINFA.

20 A contribuição das usinas à biomassa, no cenário conservador, será de 2,3 mil MW até No cenário otimista, a contribuição total dessa fonte pode chegar a 3,8 mil MW. Tanto no cenário otimista quanto no conservador, 70,4 MW são referentes a projetos do PROINFA no período. Não há usinas com previsão de entrada em operação no ano de As usinas eólicas, todas do PROINFA, devem acrescentar até 2010, no cenário conservador, 414 MW. E, no cenário otimista, 815 MW. O Gráfico nº. 12 apresenta a expansão da capacidade de geração através de fontes alternativas de Gráfico nº. 12 Expansão da Capacidade de Geração com Fontes Alternativas MW Conservador Otimista Fonte: Elaboração própria com dados da Aneel. O Gráfico nº. 13 ilustra os acréscimos mensais de capacidade geradora no SIN para o ano de As metas conservadora e otimista foram formuladas e divulgadas pela Aneel em janeiro de 2009 e correspondem as previsões de expansão do parque gerador para o ano. As metas previam, respectivamente, a entrada de MW e MW de capacidade geradora no SIN. As linhas crescentes representam uma média teórica de entrada constante de capacidade geradora em operação para que a meta fosse atingida até o final do ano. Considerando a entrada em operação real de nova capacidade geradora, observada até novembro de 2009, MW entraram em operação (sendo 61 MW

21 referentes ao mês de novembro), volume inferior à meta conservadora prevista pela Aneel no início de Gráfico nº. 13 Expansão da Capacidade de Geração em MW Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Entrada em operação Meta conservadora Meta otimista Fonte: Elaboração própria com dados da Aneel. 2.2 Leilões de Energia O leilão A-1 terminou com 11 MW médios de demanda descontratados. Da demanda das quatro distribuidoras compradoras - AES Sul (RS), CEEE-D (RS), AES Eletropaulo (SP) e RGE (RS) - de 95 MW médios, 84 MW médios foram contratados. Segundo a CCEE, apesar de haver oferta para o montante, a sistemática do leilão não permitiu a contratação integral. O leilão foi dividido, pela primeira vez, em produto por quantidade e disponibilidade. As distribuidoras ainda poderão recorrer aos leilões de ajustes de 2010 para contratar a energia não coberta pelas ofertas.

22 A diretoria da Aneel aprovou o edital do leilão A-5, que deverá ocorrer no dia 21 de dezembro. O leilão é direcionado a novos empreendimentos de geração do SIN, outorgados ou não, a projetos de ampliação de usinas existentes e a empreendimentos de importação. No caso de empreendimento já outorgados, as obras para construção da usina não podem ter iniciado. Os compradores serão as concessionárias de distribuição de energia que declararam ao MME até o último dia 30 de setembro suas necessidades de compra de energia para atendimento à totalidade do seu mercado para o período a partir de A contratação da energia de PCHs e de UHEs será por quantidade de energia, com prazo de duração de 30 anos. A contratação de geração por outras fontes será por disponibilidade, durante 15 anos. O CVU da produção termelétrica está limitado a R$ 200,00 MWh. Poderão participar projetos de importação, implantação e ampliação de usinas enquadradas como novos empreendimentos. No caso de PIE, a autorização para exploração da usina terá vigência de 35 anos, a partir da emissão de portaria pelo MME. O leilão A-5 corre sério risco de não contar com hidrelétricas. Nenhuma das sete hídricas cadastradas para a concorrência (num total de 905 MW) tem hoje condições de ser licitada. O rigor ambientalista para com as hidrelétricas fará com que, no mês em que o mundo decidirá o substituto do Protocolo de Kyoto na Conferência das Partes (COP-15) em Copenhague, na Dinamarca, o Brasil contrate energia de fontes mais poluentes, repetindo 2008, quando contratou MW médios térmicos, boa parte deles a óleo combustível. As duas termelétricas a carvão da MPX - Porto do Açu (RJ) e MPX Sul (RS) - são tidas como as favoritas para leilão. Especialistas afirmam que elas têm condições de ofertarem os menores preços na licitação, cuja demanda deverá atingir no máximo 1 mil MW médios, ainda reflexo da crise econômica mundial. De acordo com a EPE, as térmicas a carvão realmente levam vantagem em relação às movidas a gás natural. Ao todo estão inscritas para a concorrência 49 usinas a gás ( MW) e sete térmicas a carvão (2.704 MW).

23 3 CONDICIONANTES DA DEMANDA 3.1 Resultados da Carga Os valores de carga de energia verificados em novembro de 2009 sinalizam para o SIN variação positiva de 4,6% em relação a outubro, e uma variação positiva de 7,5% em relação a novembro de No acumulado dos últimos 12 meses a carga foi 0,5% menor (dez-2008/nov-2009). O Gráfico nº. 14 apresenta a evolução anual da carga de energia elétrica (em MWmédio). A Tabela nº. 4 apresenta a variação comparativa da carga de energia elétrica. Gráfico nº. 14 Evolução Anual da Carga de Energia Elétrica MWmédio set/06 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 Fonte: Elaboração própria com dados do ONS. Tabela nº. 4 Carga de Energia Elétrica

24 Mwmédio Variação (%) Subsistema Novembro nov/09 acumulado acum nov/08 jan-nov09 12 meses SE/CO ,7% -0,7% -1,1% S ,3% 0,9% 0,8% NE ,8% 0,9% 0,8% N ,7% -0,8% -0,5% SIN ,5% -0,2% -0,5% Fonte: Elaboração própria com dados do ONS. O forte calor e a recuperação da indústria fizeram com que a carga de energia elétrica voltasse a subir em novembro. Segundo o Boletim de Carga Mensal do ONS, a fraca base de comparação foi um dos fatores que ocasionaram a forte alta em novembro. Foi exatamente em igual mês de 2008 que os primeiros efeitos da crise sobre o consumo de energia foram notados. Além disso, a ocorrência de altas temperaturas no mês passado ajudou a elevar os consumos residencial e comercial. O ONS assinala também a incorporação de 400 MW médios por conta da interligação do sistema isolado Acre- Rondônia com o restante do país, que contribuiu com 0,8% da taxa de crescimento no mês. O sistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por MW médios da carga total, variação positiva de 9,7% na comparação com novembro do ano passado. Em relação a outubro, houve alta de 5,5%. Nos últimos 12 meses, verificou-se variação negativa de 1,1%. No Sul, o consumo de energia elétrica em novembro cresceu 7,3% em relação a igual período de Em relação a outubro, foi constatada alta de 6,5%. Nos últimos 12 meses, houve incremento de 0,8% no consumo de energia na região. No Nordeste, os valores preliminares de carga em novembro indicam variação positiva de 2,8% em relação a igual período de Na comparação com outubro, houve acréscimo de 0,7%. O acumulado dos últimos 12 meses aponta crescimento de 0,8% em relação a igual período anterior. Na região Norte, a carga de novembro foi 0,7% inferior ao volume verificado em igual mês no ano passado. Na comparação com outubro, os dados do ONS apontam para uma elevação de 1,3% no consumo de energia

25 da região. No acumulado dos últimos 12 meses, verifica-se, porém, uma redução de 0,5%. 3.2 Resultados do Consumo De acordo com a última Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada em novembro pela EPE, o consumo de energia elétrica na rede totalizou, em outubro de 2009, GWh, apresentando um aumento de 1,82% em relação ao mês anterior. Comparado ao consumo de outubro de 2008, a redução foi de 1,1%, melhor desempenho de No mês de outubro de 2009, o consumo de energia pelo setor residencial cresceu 5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já o consumo do setor de comércio e serviços cresceu 4,9% em relação a outubro de A Tabela nº. 5 apresenta o consumo de energia elétrica por classe (em GWh). Classe Tabela nº. 5 Consumo de Energia Elétrica por Classe (em GWh) Outubro Outubro Var. Jan-Out Jan-Out Var % % Industrial ,2% ,9% Residencial ,0% ,8% Comercial ,9% ,3% Outros ,1% ,5% TOTAL ,1% ,3% Fonte: Elaboração própria com dados da EPE. Para o setor industrial, houve queda no consumo de energia de 6,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, e uma diminuição de 9,9% ao considerar o consumo acumulado do ano. Os impactos da crise no setor industrial e a manutenção do crescimento do consumo residencial e comercial levou a uma nova estrutura no consumo global. No ano de 2008, a participação conjunta do consumo residencial e comercial no consumo total somava 39,6% contra uma participação de 46,2% do consumo industrial. Já em 2009, juntos, o consumo residencial e comercial totalizam 42,5% enquanto a participação do consumo industrial encontra-se em 42,9%.

26 A crise que atingiu em especial as indústrias exportadoras brasileiras. O levantamento mensal da EPE registrou que, nos últimos 12 meses até outubro, o consumo total do país acumula queda de 1,8%, puxado principalmente pelas empresas do mercado livre, que mais consomem. Apenas entre esses grandes consumidores industriais, o recuo do consumo de energia no ano é de 12,3%. Entre os que mais sofreram nesse grupo estão produtores de aço, alumínio e outros derivados de minerais, que sofreram com a crise econômica mundial e a consequente queda nas exportações. O Gráfico nº. 15 apresenta a evolução do consumo de energia elétrica no Brasil (em mil GWh) de 2006 a Gráfico nº. 15 Evolução do Consumo (mil GWh) Fonte: CNI com dados da EPE. O Selo Procel foi responsável pela economia de 4,3 bilhões de kwh de energia em 2008, segundo dados divulgados pela Eletrobrás, responsável pelo gerenciamento do Procel. Este ano, na avaliação dos técnicos da Eletrobrás, deve haver um aumento entre 10% e 15% da economia obtida com o uso de aparelhos com o Selo Procel. Segundo a Eletrobrás, os 4,3 bilhões de kwh economizados pelo Selo Procel poderiam suprir 2,5

27 milhões de residências durante um ano. Para obter essa economia, a Eletrobrás investiu, em 2008, R$ 45 milhões. 4 CONDICIONANTES INSTITUCIONAIS/REGULATÓRIOS As questões institucionais tratadas aqui remetem principalmente às condições de oferta de energia. Ou seja, o desenrolar destas questões afeta, sobretudo, a capacidade de geração de energia do SEB. Com a oferta praticamente assegurada para os próximos anos, o setor de energia no Brasil enfrenta três desafios que questionam o modelo de negócio implantado até agora: como renovar as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica que, em boa parte, vencem até 2015; como reduzir as graves distorções nos preços da eletricidade pagos pelos consumidores; e como manter cada vez mais limpa a matriz energética. Para muitos agentes do setor falta uma definição clara da política energética. Neste mês de novembro, em particular, pouco se falou sobre a questão da renovação das concessões, certamente devido ao blecaute que ocorreu em meados do mês. As principais discussões giraram em torno do leilão da UHE de Belo Monte, adiado para 2010, devido ao adiamento da sua licença prévia.

28 4.1 Renovação das Concessões De acordo com a assessoria da diretoria da Aneel, das 64 distribuidoras que têm seus contratos de concessão válidos até 2015, 65% já obtiveram a renovação do serviço. No entanto, essas empresas são responsáveis por apenas 35% da energia comercializada no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Em relação às transmissoras, já foram renovadas as concessões de 73 mil quilômetros de LTs e SEs em 230 kv, o que corresponde a 82% da Rede Básica do Sistema Integrado Nacional (SIN). Do parque gerador brasileiro, de cerca de 78 mil MW, MW em contratos de concessão têm vencimento entre 2015 e Segundo a Aneel, MW (23% do total) já foram renovados. Logo, os debates sobre contratos de geradoras que podem ou não ser renovados se referem à produção de MW, ou 21,8% do parque nacional. No processo de renovação dos contratos de concessão de elétricas, tanto a renovação das concessões quanto a promoção de novas licitações são viáveis e têm amparo legal. Embora tenha ressaltado os aspectos positivos e negativos de cada uma das alternativas, a Aneel demonstrou ser favorável à renovação dos contratos. Porém, qualquer uma das duas opções necessita de alteração na lei. 4.2 Licenças Ambientais Ao analisar a qualidade da matriz energética do país, verifica-se que o Brasil tem hoje a maior matriz renovável do mundo, 46%, enquanto que a média mundial é de 13%, e nos países desenvolvidos o percentual médio gira em torno de 6%. E o que se verifica, com as ações dos órgãos ambientais, é que tal tendência deverá permanecer. Os processos para o licenciamento das obras continuam demorados, provocando atrasos e custos maiores em obras do setor elétrico e de infraestrutura. Permanecem sem licença prévia, e podem ficar fora do leilão de energia nova que ocorre até o fim do ano, sete hidrelétricas que terão capacidade de gerar 905 MW. Especialistas apontam o excesso de condicionalidades impostas no licenciamento prévio, ou no decorrer das obras como um dos fatores do atraso. Segundo o Ibama, o problema é dos empreendedores: muitos empresários pagam grandes somas por estudos de má qualidade.

29 Ainda são 16 as pendências para a definição da LP para a construção da usina de Belo Monte, com capacidade para 11,2 mil MW, no rio Xingu (PA). Dois funcionários do órgão pediram demissão em novembro, devido às pressões para liberação da licença. Há complementações que devem ser feitas pelo empreendedor do projeto, a Eletrobrás, e pelo ICMBio ao EIA, antes de o Ibama encerrar a análise. Segundo a Eletrobrás, esses estudos ainda estão sob análise. O ICMBio tem, atualmente, uma equipe no Xingu para avaliar o impacto da obra em cavernas, sua única pendência no caso. O IBAMA espera que a Eletrobrás conclua as pendências, para, então, a autarquia poder liberar a licença prévia. Essa licença deve ser divulgada com uma série de condicionalidades, que ficariam a cargo do vencedor do leilão, para a redução de riscos socioambientais na região do Xingu. 4.3 Tarifas Segundo a Aneel não houve erro no cálculo dos reajustes tarifários. Os processos de atualização tarifária sempre seguiram normas e regulamentos vigentes, portanto não houve benefício indevido a concessionárias ou consumidores. A atuação da Aneel obedece aos dispositivos legais, em consonância com a legislação em vigor no país e com os contratos celebrados entre empresas e poder concedente. A Aneel considera essencial promover aprimoramentos constantes em aspectos metodológicos e, nessa perspectiva, identificou, em 2007, a necessidade de aperfeiçoar a forma de cálculo da Conta de CVA. Diante da constatação, a Agência propôs aperfeiçoamentos com o objetivo de evitar efeitos financeiros indesejáveis ora ao consumidor, ora às distribuidoras. As sugestões foram aprovadas por unanimidade e encaminhadas para avaliação do MME. A Agência mantém interação com o ministério visando ao aprimoramento da proposta. Desde que assumiu o comando da Aneel, Nelson Hübner foi visto pelas empresas de distribuição de energia como uma indicação política, o que gerou temor em relação à estabilidade das regras do setor. A grande preocupação sempre foi a de que ele

30 entrou na agência para alterar a forma de cálculo das tarifas. Veio então uma CPI questionando as altas tarifas e as manchetes foram tomadas pelo imbróglio de uma falha na metodologia de cálculo. Em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico, o diretor-geral da Aneel defende que se faça um parcelamento de componentes financeiros para evitar fortes reajustes como o do início do ano. Diz que o TCU não deve tomar o papel da agência na regulação e que as distribuidoras ou o governo é que deveriam resolver se a receita obtida a mais pelas empresas com a chamada gordura da parcela A deve ser ressarcida aos consumidores. Mas ele alerta que os clientes de seis distribuidoras sairiam perdendo.

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: FINANCIAMENTO

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: FINANCIAMENTO RELATÓRIO DE CONJUNTURA: FINANCIAMENTO Dezembro de 2009 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: FINANCIAMENTO FEVEREIRO de 2010 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: FINANCIAMENTO MARÇO de 2010 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Dezembro de 2009 Nivalde José de Castro Daniel Bueno Pedro Luis Ávila Raul Ramos Timponi Roberta de S. S. Bruno PROJETO

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO JANEIRO de 2010 Nivalde José de Castro Daniel Bueno Pedro Luis Ávila Raul Ramos

Leia mais

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016 A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Atualmente, a fonte biomassa representa quase 9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA NOVEMBRO de 2009 Nivalde J. de Castro Bianca Hoffmann T. Pinto

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS Novembro de 2009 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA OUTUBRO de 2009 Nivalde J. de Castro Bianca Hoffmann T. Pinto

Leia mais

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS NOVEMBRO DE 2016

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS NOVEMBRO DE 2016 A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS NOVEMBRO DE 2016 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Atualmente, a fonte biomassa representa pouco mais de 9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia

Leia mais

Desafios Técnicos e Socioeconômicos da Oferta de Energia

Desafios Técnicos e Socioeconômicos da Oferta de Energia Desafios Técnicos e Socioeconômicos da Oferta de Energia Junho/2015 Ronaldo dos Santos Custódio rcustodio@eletrosul.gov.br Matriz Renovável O problema brasileiro Brasil possui matriz notadamente renovável

Leia mais

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS ABRIL DE 2016

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS ABRIL DE 2016 A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS ABRIL DE 2016 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Atualmente, a fonte biomassa já representa quase 10% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica

Leia mais

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS SETEMBRO DE 2016

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS SETEMBRO DE 2016 A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS SETEMBRO DE 2016 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Atualmente, a fonte biomassa representa quase 9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: FINANCIAMENTO

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: FINANCIAMENTO RELATÓRIO DE CONJUNTURA: FINANCIAMENTO Outubro de 2009 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES

Leia mais

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2017

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2017 A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2017 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Atualmente, a fonte biomassa representa 9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA NOVEMBRO de 2009 Nivalde J. de Castro Bianca Hoffmann T. Pinto

Leia mais

Concessões de Crédito - Recursos Livres Variação acumulada em 12 meses. fev/15. nov/14. mai/14. mai/15. ago/14 TOTAL PF PJ

Concessões de Crédito - Recursos Livres Variação acumulada em 12 meses. fev/15. nov/14. mai/14. mai/15. ago/14 TOTAL PF PJ ASSESSORIA ECONÔMICA Dados divulgados entre os dias 24 de julho e 28 de julho Crédito O estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) registrou variação

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: FINANCIAMENTO SETEMBRO DE 2012 ÍNDICE Nivalde J. de Castro Luiza Campello SUMÁRIO EXECUTIVO...3 1 -

Leia mais

Garantia do Atendimento do SIN Visões de Curto ( ) e Médio Prazos ( )

Garantia do Atendimento do SIN Visões de Curto ( ) e Médio Prazos ( ) Garantia do Atendimento do SIN Visões de Curto (2015-2016) e Médio Prazos (2017-2019) Hermes Chipp Diretor Geral FGV 1 Rio de Janeiro, 17/08/2015 Condições Hidroenergéticas de 2010 a 2015 2010 2011 2012

Leia mais

O cenário econômico ainda repleto de incertezas

O cenário econômico ainda repleto de incertezas O cenário econômico ainda repleto de incertezas 1 As incertezas continuam As dúvidas ainda não foram reduzidos com o novo cenário político que se desenha. Entretanto, as possibilidades agora estão direcionadas

Leia mais

As Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro

As Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro XXVII ENCOSEL Novembro de 2011 As Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro Nivalde J. de Castro Professor da UFRJ e coordenador do GESEL Perspectivas Mundiais Sumário Perspectivas do SEB: Potencial elétrico:

Leia mais

Economia Brasileira cresce 0,8% no terceiro trimestre de 2018 com crescimento em todos setores e componentes da demanda

Economia Brasileira cresce 0,8% no terceiro trimestre de 2018 com crescimento em todos setores e componentes da demanda Economia Brasileira cresce 0,8% no terceiro trimestre de 2018 com crescimento em todos setores e componentes da demanda De acordo com os dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, a economia brasileira

Leia mais

Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:

Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico: Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro do Setor de Energia Elétrica Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico: MAIO AGOSTO 2010 Daniel Bueno B. Tojeiro RIO DE JANEIRO

Leia mais

2 Sistema Elétrico Brasileiro

2 Sistema Elétrico Brasileiro 2 Sistema Elétrico Brasileiro O setor elétrico brasileiro passou por diversas mudanças nos últimos anos. Tais mudanças foram necessárias para viabilizar a expansão da capacidade de geração e acompanhar

Leia mais

Nº 003 Março/ Nº de usinas

Nº 003 Março/ Nº de usinas Introdução O Boletim de Operação das Usinas é uma publicação mensal que apresenta os principais resultados consolidados de capacidade, garantia física e geração das usinas, tendo como referência a contabilização

Leia mais

Planejamento da Matriz Elétrica Brasileira e a Importância das Questões Ambientais

Planejamento da Matriz Elétrica Brasileira e a Importância das Questões Ambientais III Seminário "Estratégias para Conservação de Peixes em Minas Gerais 5 anos do Programa Peixe Vivo Planejamento da Matriz Elétrica Brasileira e a Importância das Questões Ambientais Prof. Nivalde J. de

Leia mais

Boletim Mensal de Dados do Setor Eólico - Público

Boletim Mensal de Dados do Setor Eólico - Público Boletim Mensal de Dados do Setor Eólico - Público Nº 01/2014 O presente boletim tem o objetivo de divulgar os principais dados do Setor Eólico no Brasil com periodicidade mensal. O conteúdo publicado refere-se

Leia mais

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS DEZEMBRO DE 2015

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS DEZEMBRO DE 2015 A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS DEZEMBRO DE 2015 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Em 2014, de acordo com a International Renewable Energy Agency (IRENA), a fonte biomassa apresentou 80.227

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS MARÇO/2017 Resumo de desempenho Março 2017 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior mês

Leia mais

INDX registra alta de 0,41% em outubro

INDX registra alta de 0,41% em outubro INDX registra alta de 0,41% em outubro Dados de Outubro/12 Número 68 São Paulo O Índice do Setor Industrial (INDX), composto pelas ações mais representativas do segmento, encerrou o mês de outubro de 2012

Leia mais

A Importância das Fontes Alternativas e Renováveis na Evolução da Matriz Elétrica Brasileira

A Importância das Fontes Alternativas e Renováveis na Evolução da Matriz Elétrica Brasileira A Importância das Fontes Alternativas e Renováveis na Evolução da Matriz Elétrica Brasileira V Seminário de Geração e Desenvolvimento Sustentável Fundación MAPFRE Prof. Nivalde José de Castro Prof. Sidnei

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA Setembro de 2009 Nivalde J. de Castro Felipe dos Santos Martins PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

Leia mais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2013

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2013 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2013 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN SN de Planejamento Financeiro

Leia mais

Nº 008 Agosto/ Nº de usinas

Nº 008 Agosto/ Nº de usinas Nº de usinas www.cceorg.br Nº 008 Agosto/2014 0 10 00 08 Introdução O Boletim de Operação das Usinas é uma publicação mensal que apresenta os principais resultados consolidados de capacidade, garantia

Leia mais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 2º trimestre de 2013

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 2º trimestre de 2013 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 2º trimestre de 13 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN 1 mai/8 ago/8 nov/8 fev/9 mai/9

Leia mais

BOLETIM: A Bioeletricidade da Cana em Números Fevereiro de 2017

BOLETIM: A Bioeletricidade da Cana em Números Fevereiro de 2017 Destaques: A capacidade instalada atualmente pela biomassa (14.619 MW) supera a capacidade instalada pela usina Itaipu. Com 9% da matriz elétrica brasileira, a fonte biomassa em geral ocupa a 2ª posição

Leia mais

Leilão de Energia Nova A-6

Leilão de Energia Nova A-6 1 Leilão de Energia Nova A-6 Realização: 31/08/2018 Categoria: A-6 Análise Pré-leilão Análise Pós-leilão (Esta análise foi distribuída às 16:00 do dia 30/08/2018) Será realizado no dia 31 de agosto de

Leia mais

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2016

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2016 A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2016 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Atualmente, no Brasil, a fonte biomassa já representa quase 10% da potência outorgada pela Agência Nacional

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: INDICADORES DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA JANEIRO DE 2011 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro

Leia mais

Junho jun-18/ jun-17

Junho jun-18/ jun-17 1. EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em junho/18 apresenta variação positiva de 0,9% em relação ao valor

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS Setembro de 2009 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro 1 PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS Outubro de 2009 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR

Leia mais

INFORMATIVO MENSAL FEVEREIRO Preço de Liquidação das Diferenças. Intercâmbio de Energia entre Submercados. Nordeste. Norte SE/CO.

INFORMATIVO MENSAL FEVEREIRO Preço de Liquidação das Diferenças. Intercâmbio de Energia entre Submercados. Nordeste. Norte SE/CO. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV R$/MWh R$/MWh R$/MWh Preço de Liquidação das Diferenças 600,00 PLD Médio FEV/2019 800 PLD Médio Anual

Leia mais

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Junho de 2011

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Junho de 2011 O Informativo Mensal de Conjuntura faz parte das publicações e análises efetuadas pela equipe técnica do Boletim Economia & Tecnologia publicado trimestralmente. O Informativo apresenta uma análise rápida

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS JANEIRO/2017 Resumo de desempenho Janeiro 2017 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês/Ano mês anterior

Leia mais

DESTAQUES: MAIO/2019. Crescimento de 4,9% na comparação com maio/2018. Efeito da greve dos caminhoneiros, em maio/18, na taxa de crescimento.

DESTAQUES: MAIO/2019. Crescimento de 4,9% na comparação com maio/2018. Efeito da greve dos caminhoneiros, em maio/18, na taxa de crescimento. MAIO/2019 1. EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em maio/19 apresentou variação positiva de 4,9%, em relação

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS ABRIL/2017 Resumo de desempenho Abril 2017 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior mês

Leia mais

A Dinâmica da Oferta e Demanda de Energia Elétrica no Brasil em

A Dinâmica da Oferta e Demanda de Energia Elétrica no Brasil em A Dinâmica da Oferta e Demanda de Energia Elétrica no Brasil em 2005-2006. 1 - Introdução Nivalde J. de Castro * Pedro Paulo Ballarin Bruni** O Setor de Energia Elétrica SEE - em 2005 apresentou evolução

Leia mais

Março mar-19/ mar-18 ajustado (1)

Março mar-19/ mar-18 ajustado (1) Março 2019 1. EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em março/19 apresentou variação negativa de 2,2%, em

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS OUTUBRO/2016 Resumo de desempenho Outubro 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior

Leia mais

Energia Limpa: Viabilidade e Desafios A Bioeletricidade

Energia Limpa: Viabilidade e Desafios A Bioeletricidade Energia Limpa: Viabilidade e Desafios A Bioeletricidade Zilmar José de Souza XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA Rio de Janeiro 23 de outubro de 2012 A UNICA A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA)

Leia mais

ABRIL/2019. Variação % abr-19/ abr-18 ajustado (1)

ABRIL/2019. Variação % abr-19/ abr-18 ajustado (1) ABRIL/2019 1. EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em abril/19 apresentou variação positiva de 1,, em relação

Leia mais

Com a força dos ventos a gente vai mais longe Seminário Internacional Portugal-Brasil: Diversidades e Estratégias do Setor Elétrico

Com a força dos ventos a gente vai mais longe Seminário Internacional Portugal-Brasil: Diversidades e Estratégias do Setor Elétrico Com a força dos ventos a gente vai mais longe Seminário Internacional Portugal-Brasil: Diversidades e Estratégias do Setor Elétrico 16 e 17 de Fevereiro de 2012 Élbia Melo Presidente Executiva QUEM SOMOS

Leia mais

Boletim de. Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego

Boletim de. Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego Julho de 2015 Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego No primeiro semestre do ano de 2015, a inflação brasileira acumulou variação de 8,1% ao ano, superando em mais

Leia mais

Produto Interno Bruto - PIB Var. 12 meses contra 12 meses anteriores (%) Atividades selecionadas, 2016

Produto Interno Bruto - PIB Var. 12 meses contra 12 meses anteriores (%) Atividades selecionadas, 2016 Maio/2017 2ª edição Maio/2017 2ª edição 1 - Introdução O Boletim Economia em Foco, em sua segunda edição, traça um panorama da economia brasileira e fluminense por meio da análise de indicadores econômicos

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS Dezembro de 2009 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR

Leia mais

Indústria e Investimentos recuam no 2º trimestre e Economia Brasileira mantém ritmo lento de crescimento

Indústria e Investimentos recuam no 2º trimestre e Economia Brasileira mantém ritmo lento de crescimento Indústria e Investimentos recuam no 2º trimestre e Economia Brasileira mantém ritmo lento de crescimento Os dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE mostram que economia brasileira cresceu 0,2% no

Leia mais

Janeiro jan-19/ jan-18 ajustado (1)

Janeiro jan-19/ jan-18 ajustado (1) 1. EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em janeiro/19 apresentou variação positiva de 6,6% em relação ao

Leia mais

Fevereiro Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de março/17.

Fevereiro Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de março/17. 1. EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em fevereiro/17 apresenta crescimento de 2,4% em relação ao valor

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO 2017:

CENÁRIO ECONÔMICO 2017: CENÁRIO ECONÔMICO 2017: Lenta recuperação após um longo período de recessão Dezembro 2016 AVALIAÇÃO CORRENTE DA ATIVIDADE ECONÔMICA A RECUPERAÇÃO DA CONFIANÇA DO EMPRESARIADO E DO CONSUMIDOR MOSTRAM ACOMODAÇÃO

Leia mais

ABINEE TEC SUL. Seminário e Mostra de Produtos Eletroeletrônicos. Valter Luiz Cardeal de Souza Eletrobrás Diretor de Engenharia.

ABINEE TEC SUL. Seminário e Mostra de Produtos Eletroeletrônicos. Valter Luiz Cardeal de Souza Eletrobrás Diretor de Engenharia. ABINEE TEC SUL Seminário e Mostra de Produtos Eletroeletrônicos Valter Luiz Cardeal de Souza Eletrobrás Diretor de Engenharia Porto Alegre, 18 e 19 de agosto de 2004 MATRIZ ENERGÉTICA Consumo de Energia

Leia mais

Juros ainda não refletem a queda da Selic

Juros ainda não refletem a queda da Selic Juros ainda não refletem a queda da Selic Carteira de Crédito no SFN Em março, o volume de crédito total do SFN cresceu 0,2% em relação ao mês anterior e registrou um ritmo de redução de 2,7%, com queda

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS MARÇO/2016 Resumo de desempenho Março 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior mês

Leia mais

Balanço 2016 Perspectivas PIB e Performance do Agronegócio

Balanço 2016 Perspectivas PIB e Performance do Agronegócio PIB e Performance do Agronegócio 15 16 Balanço 2016 Perspectivas 2017 Perspectivas 2017 MESMO COM A ECONOMIA BRASILEIRA VOLTANDO PARA OS EIXOS EM 2017, O AGRONEGÓCIO NOVAMENTE DEVERÁ SER O SETOR COM MAIOR

Leia mais

Recursos Livres (R$ bilhões) Recursos Direcionados (R$ bilhões) Var.% 12 meses (Total)

Recursos Livres (R$ bilhões) Recursos Direcionados (R$ bilhões) Var.% 12 meses (Total) A carteira total de crédito do sistema financeiro nacional registrou R$ 2,6 trilhões em setembro, após o avanço de 0,8% na comparação com o mês anterior. Contabilizada a variação mensal, o montante passou

Leia mais

Melhor desempenho da carteira PJ e queda da inadimplência

Melhor desempenho da carteira PJ e queda da inadimplência Carteira - Crédito no SFN Melhor desempenho da carteira PJ e queda da inadimplência Em junho, o total das operações de crédito apontou uma melhora na margem, registrando um acréscimo de 0,4%. Com isto,

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL INDICADORES CONJUNTURAIS JUNHO/18

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL INDICADORES CONJUNTURAIS JUNHO/18 INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL INDICADORES CONJUNTURAIS JUNHO/18 RESUMO DE DESEMPENHO JUNHO -2018 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior mês do ano anterior

Leia mais

PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos

PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos No 2º tri./2017, o PIB brasileiro a preços de mercado apresentou crescimento de 0,23% quando comparado ao 2º tri./2016,

Leia mais

AULA 2 SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO RAFAEL DE OLIVEIRA RIBEIRO 1

AULA 2 SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO RAFAEL DE OLIVEIRA RIBEIRO 1 AULA 2 SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO RAFAEL DE OLIVEIRA RIBEIRO 1 Introdução Por que gerar energia? 2 O mundo é dependente de energia? 3 O mundo é dependente de energia? 4 Tipos de Geração 5 Introdução O

Leia mais

O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - ABRIL DE 2003

O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - ABRIL DE 2003 O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - ABRIL DE 3 O balanço de pagamentos expõe a continuidade nas dificuldades de financiamento, embora as principais fontes de financiamento (IDE, investimentos estrangeiros

Leia mais

Desempenho negativo da Construção e das Indústrias de Transformação prejudicam o setor industrial

Desempenho negativo da Construção e das Indústrias de Transformação prejudicam o setor industrial Desempenho negativo da Construção e das Indústrias de Transformação prejudicam o setor industrial De acordo com os dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, a economia brasileira cresceu 0,1% no

Leia mais

23º Leilão de Energia Nova

23º Leilão de Energia Nova 1 23º Leilão de Energia Nova Realização: 29/04/2016 Categoria: A-5 Análise Pré-leilão Análise Pós-leilão O documento em PDF encontra-se em anexo (Esta análise foi distribuída às 19:30 do dia 28/04/2016)

Leia mais

Nova queda do PIB não surpreende mercado

Nova queda do PIB não surpreende mercado Nova queda do PIB não surpreende mercado Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) nesta primeira semana de março mostram a tendência

Leia mais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2014

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2014 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2014 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN Superintendência Nacional de

Leia mais

Nota de Crédito PJ-PF. Março 2016 Fonte: BACEN Base: Janeiro de 2016

Nota de Crédito PJ-PF. Março 2016 Fonte: BACEN Base: Janeiro de 2016 Nota de Crédito PJ-PF Março 2016 Fonte: BACEN Base: Janeiro de 2016 Sumário Executivo Com base nos dados disponibilizados pelo Banco Central acerca das operações do sistema financeiro nacional (SFN) e

Leia mais

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 Guilherme R. S. Souza e Silva * Introdução Este artigo pretende apresentar e discutir

Leia mais

Valor Econômico SP 18/03/2009 A25

Valor Econômico SP 18/03/2009 A25 Valor Econômico SP 18/03/2009 A25 Canal Energia Online SP 18/03/2009 Plantão Canal Energia Online Nivalde de Castro, do Gesel-UFRJ: evento marca os cinco anos do modelo (Fábio Couto) Após meia década

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS SETEMBRO/2016 Resumo de desempenho embro 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior

Leia mais

07/04/2010. Abril/2008. Apresentação 5 e 6

07/04/2010. Abril/2008. Apresentação 5 e 6 Abril/2008 Apresentação 5 e 6 1 Bibliografia Mercado PDEE 2008-2017 Hipóteses: UM único cenário com créscimento médio do PIB de 4,9% a.a. e crescimento médio do consumo de energia elétrica de 5,4% a.a.

Leia mais

ÍNDICE CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL OTIMISMO NA CONSTRUÇÃO CIVIL PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) Ano: 04.

ÍNDICE CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL OTIMISMO NA CONSTRUÇÃO CIVIL PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) Ano: 04. CONSTRUÇÃO CIVIL EM ANÁLISE Nº 11 NOVEMBRO 2017 1 ÍNDICE CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL... 02 1 OTIMISMO NA CONSTRUÇÃO CIVIL... 03 1.1 SALDO MENSAL DE EMPREGO NA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DO PARÁ... 03 1.2

Leia mais

Boletim Macro IBRE. Seminário de Perspectivas para de Dezembro de 2017

Boletim Macro IBRE. Seminário de Perspectivas para de Dezembro de 2017 Seminário de Perspectivas para 2018 11 de Dezembro de 2017 1 APRESENTADORES PRINCIPAIS PONTOS De acordo com a datação do Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos), a atual recessão se iniciou no

Leia mais

A atividade industrial registra queda de 2,2% em julho

A atividade industrial registra queda de 2,2% em julho jan/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 A atividade industrial registra queda de 2,2% em julho Resultado da atividade industrial

Leia mais

Elbia Melo Presidente Executiva

Elbia Melo Presidente Executiva Elbia Melo Presidente Executiva QUEM SOMOS A ABEEólica Associação Brasileira de Energia Eólica congrega, em todo o Brasil, contando com 94 empresas pertencentes à cadeia produtiva direcionada à produção

Leia mais

Boletim de conjuntura do setor elétrico brasileiro

Boletim de conjuntura do setor elétrico brasileiro 15 de Agosto de 2016 Boletim de conjuntura do setor elétrico brasileiro A energia elétrica é insumo essencial à indústria, podendo representar até 40% dos custos de produção em setores eletrointensivos.

Leia mais

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

VISÃO GERAL DA ECONOMIA VISÃO GERAL DA ECONOMIA Destaques Positivos Menor endividamento das empresas e das famílias Melhora no mercado de trabalho Aumento das exportações Recuperação da indústria Destaques Negativos Taxa de desemprego

Leia mais

BOLETIM: A Bioeletricidade da Cana em Números Junho de 2017

BOLETIM: A Bioeletricidade da Cana em Números Junho de 2017 Destaques: A capacidade instalada atualmente pela biomassa (14.512 MW) supera a capacidade instalada pela usina Itaipu. Com 9% da matriz elétrica brasileira, a fonte biomassa em geral ocupa a 2ª posição

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL INDICADORES DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA MARÇO 2010 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES

Leia mais

Produto Interno Bruto Estado de São Paulo Fevereiro de 2016

Produto Interno Bruto Estado de São Paulo Fevereiro de 2016 Produto Interno Bruto Estado de São Paulo Fevereiro de 2016 Diretoria Adjunta de Análise e Disseminação de Informações Gerência de Indicadores Econômicos Em fevereiro de 2016, no acumulado de 12 meses,

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS AGOSTO/2015 Resumo de desempenho Agosto 2015 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre mês mês do ano ano Mês

Leia mais

Nota de Crédito PJ. Novembro Fonte: BACEN. Base: Setembro/2014

Nota de Crédito PJ. Novembro Fonte: BACEN. Base: Setembro/2014 Nota de Crédito PJ Novembro 2014 Fonte: BACEN Base: Setembro/2014 jul/11 nov/11 jan/12 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 nov/11 jan/12 Carteira de Crédito PJ mantém tendência de desaceleração... Carteira de

Leia mais

Revisão do Cenário Econômico Doméstico: Navegando em Águas Turbulentas. Jun/2018

Revisão do Cenário Econômico Doméstico: Navegando em Águas Turbulentas. Jun/2018 Revisão do Cenário Econômico Doméstico: Navegando em Águas Turbulentas Jun/2018 Desempenho recente da atividade econômica Avaliação da atividade econômica e expectativa para os próximos meses O ritmo de

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL INDICADORES DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA JANEIRO 2010 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES

Leia mais

Boletim de conjuntura do setor elétrico brasileiro

Boletim de conjuntura do setor elétrico brasileiro Fevereiro de 2017 3ª Edição Boletim de conjuntura do setor elétrico brasileiro A energia elétrica é insumo essencial à indústria, podendo representar até 40% dos custos de produção em setores eletrointensivos.

Leia mais

Selic e Cartão Rotativo reduzem taxa de juros

Selic e Cartão Rotativo reduzem taxa de juros Selic e Cartão Rotativo reduzem taxa de juros Em abril, o saldo das operações do mercado de crédito voltou a mostrar retração na comparação mensal (0,2%). Entretanto, em termos anuais, novamente desacelerou-se

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS FEVEREIRO/2017 Resumo de desempenho Fevereiro 2017 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior

Leia mais

e Indicadores Brasileiros Nº 1/2 Junho de 2012

e Indicadores Brasileiros Nº 1/2 Junho de 2012 Notícias do Comércio Internacional e Indicadores Brasileiros Nº 1/2 Junho de 2012 Sindmóveis - Projeto Orchestra Brasil www.sindmoveis.com.br www.orchestrabrasil.com.br Realização: inteligenciacomercial@sindmoveis.com.br

Leia mais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3º trimestre de 2013

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3º trimestre de 2013 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3º trimestre de 213 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN Superintendência Nacional de Planejamento

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA Julho de 2009 Nivalde J. de Castro Felipe dos Santos Martins PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO PROJETO

Leia mais

Spread: riscos prevalecem à queda na Selic

Spread: riscos prevalecem à queda na Selic Spread: riscos prevalecem à queda na Selic Carteira de Crédito no SFN Apesar de uma leve perda de intensidade, o estoque de crédito permaneceu em retração no mês de fevereiro. Os número apontam quedas

Leia mais