Boletim de Inteligência Estratégica

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1 Boletim de Inteligência Estratégica

2 SUMÁRIO Receitas do Sistema Sebrae 11 Atividade Econômica Sequência de declínios do PIB reforçam a continuidade da recessão. 03 Emprego 04 Indústria 05 Comércio 06 Desemprego ainda não demonstra sinais de recuperação. Desempenho da atividade industrial segue fraco em outubro. Varejo registra contração generalizada das atividades do setor. Receita de contribuição mensal segue superando orçado para o período. Projeções apontam crescimento nominal praticamente nulo da receita para Serviços Empresas optantes Confiança pelo Simples 09 Crédito 10 Setor mantém trajetória negativa no terceiro trimestre. Baixas expectativas dos empresários indicam lento processo de retomada da econômica. O número de optantes pelo Simples atingiu 11,5 milhões em novembro de Volume de crédito tomado pelas MPE segue em queda.

3 2T2013 3T2013 4T2013 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 1T2016 2T2016 3T2016 ATIVIDADE ECONÔMICA 2,3 0,4 0,7 PIB Tri. x tri. imediatamente anterior (%) 0,1 0,2 CENÁRIO BRASIL 0,0-1,3-0,9-1,6-1,1-0,5-0,4-0,8-2,3 Fonte: Contas nacionais/ibge. O terceiro trimestre de 2016 registrou a sétima queda consecutiva da atividade econômica. A deterioração do mercado de trabalho, o aperto do mercado de crédito e os elevados níveis de endividamento das famílias e empresas continuam pesando bastante sobre a demanda doméstica. Na análise setorial, o PIB da agropecuária registrou a maior queda (-1,4%), seguido pela indústria (-1,3%) e pelo setor de serviços (-0,6%). A sequência de declínios do PIB, reforçam a continuidade da recessão no quarto trimestre de 2016 e do resultado negativo ao fim do ano. Expectativa de que a atividade econômica retome o crescimento em 2017, embora a um ritmo bastante lento e gradual. Evolução do PIB Sobre o período anterior 0,8% Sobre o mesmo período do ano anterior 2,9%

4 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 jul-16 ago-16 set-16 out-16 INDÚSTRIA 101 Produção física industrial - out/16 Índice de base fixa mensal com ajuste sazonal (base: média 2012=100) Variação da Produção Física Industrial out/16 Variação acumulada em 12 meses por UF (%) CENÁRIO BRASIL 82,9 Brasil: - 7,3% Fonte: Pesquisa Mensal da Indústria, IBGE. A produção industrial de outubro recuou 1,1%, frente ao mês anterior. Na comparação com outubro de 2015, o setor industrial mostrou queda de 7,3%, com predomínio de resultados negativos. As principais influências negativas foram registradas por produtos do fumo (-51,1%) e outros equipamentos de transporte - exceto veículos automotores (-4,5%). Por outro lado, entre as quatro atividades que apontaram expansão na produção, as principais influências foram registradas por impressão e reprodução de gravações (17,1%) e celulose, papel e produtos de papel (4,6%). No recorte estadual, o Mato Grosso registrou a maior queda da produção no período (-21,6%), seguido por Espírito Santo (-15,4%) e Goiás (-13,7%). Rio de Janeiro (5,7%) e Pará (2,4%) apresentaram resultados positivos. Fonte: Pesquisa Industrial Mensal/IBGE. Nota: A Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física divulga apenas os resultados das Unidades da Federação que responderam por pelo menos 1,0% do Valor da Transformação Industrial. Produção Industrial Variação mês/ mês anterior (%) -1,1 Variação mês/ mês ano anterior (%) -7,3

5 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 jul-16 ago-16 set ,8 COMÉRCIO Volume de vendas no Comércio Varejista set/16 Base fixa com ajuste sazonal (2011=100) (Número índice) Volume de vendas no Comércio Varejista - set/16 Variação mensal mês/igual mês do ano anterior CENÁRIO BRASIL 101,7 Brasil: - 5,9% Fonte: Pesquisa Mensal do Comércio, IBGE. O volume de vendas do Comércio recuou 1,0%, frente ao mês anterior, registrando o terceiro resultado negativo consecutivo nessa comparação. Na comparação com setembro de 2015, todas as oito atividades do varejo registraram variações negativas. Pressionando negativamente a média global do varejo, destaca-se, principalmente, o recuo de -1,4% no grupamento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, seguido por Móveis e eletrodomésticos (-2,1%). Por outro lado, com avanço no volume de vendas frente a agosto, figuram os segmentos de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,0%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,0%) que ficou estável. No recorte estadual, o Amapá registrou a maior queda de vendas no período (-15,9%), seguido pelo Pará (-15,7%) e Rondônia (-15,2%). Roraima foi o único estado a apresentar resultado positivo (9,1%). Fonte: Pesquisa Mensal do Comércio/IBGE. Nota: O indicador de volume de vendas por UF se refere à set/16, devido à defasagem de tempo para publicação dos dados estaduais. Evolução do volume de vendas no Varejo Variação mês/ mês anterior (%) -1,0 Variação mês/ mês ano anterior(%) -5,9

6 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 jul-16 ago-16 set ,0 SERVIÇOS Volume de Serviços set/16 Base fixa com ajuste sazonal (2011=100) (Número índice) 101,3 Volume de Serviços - set/16 Variação mensal mês/igual mês do ano anterior CENÁRIO BRASIL Brasil: - 4,9% Fonte: Pesquisa Mensal de Serviços, IBGE. O volume de Serviços recuou 0,3%, frente ao mês anterior, registrando o terceiro resultado negativo consecutivo nessa comparação. Na comparação com setembro de 2015, todas as atividades de serviços registraram variações negativas. Pressionando negativamente a média global de serviços, destacam-se, principalmente, o recuo de 9,0% no grupamento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, seguido por Serviços prestados às famílias (-5,7%). Os Serviços de informação e comunicação foram os que apresentaram menor queda do volume com relação ao mesmo período do ano anterior. No recorte estadual, o Mato Grosso registrou a maior queda no período (19%), seguido por Rondônia e Amapá (15,2%), enquanto as menores taxas foram observadas em Roraima (-0,5%), São Paulo (1,2%) e Minas Gerais (2,7%). Fonte: Pesquisa Mensal De Serviços/IBGE. Nota: O indicador de volume de serviços por UF se refere à set/16, devido à defasagem de tempo para publicação dos dados estaduais. Evolução do volume de Serviços Variação mês/ mês anterior (%) -0,3 Variação mês/ mês ano anterior (%) -4,9

7 CONFIANÇA CENÁRIO BRASIL Fonte: Sebrae. Indústria: com o ambiente ainda bastante desfavorável, o índice continua oscilando em torno do nível atingido em julho. Serviços: segunda queda seguida, após sete altas mensais. A percepção de continuidade do fraco desempenho do setor vem impactando negativamente a visão das empresas em relação aos próximos meses. Comércio: a confiança do Comércio Varejista acomodou-se nos dois últimos meses, após interromper uma sequência de altas expressivas entre maio e agosto. Com o fraco desempenho do setor, com nível de consumo das famílias ainda baixo, a confiança do comércio segue baixa. Baixas expectativas dos empresários indica o adiamento do processo de retomada da atividade econômica. Indústria Serviços Comércio Evolução sobre o mês anterior (em pontos) 0,4-1,4 1,5 Evolução sobre o mesmo mês do ano anterior (em pontos) 11,2 10,3 15,4

8 01/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /2016 Data 02/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /20 03/20 05/20 07/20 09/20 11/20 01/20 03/20 05/20 07/20 09/20 11/20 01/20 03/20 05/20 07/20 09/20 11/20 01/20 03/20 05/20 07/20 09/20 11/20 01/20 03/20 05/20 07/20 CRÉDITO Proporção de MPE com operações de crédito ativas (%) Valor das operações de crédito das MPE Índice ago/15= Fonte: Fonte: BC - Sistema de Informações de Crédito do Banco Central (SCR) Assim como a atividade econômica, o mercado de crédito ainda não exibe sinais de recuperação do seu dinamismo. Seguindo a tendência de desaceleração da economia, o volume de crédito tomado pelas MPE tem registrado queda, a partir do segundo semestre de O valor das operações de crédito tomado pelas MPE também tem diminuído, a partir do final de Isso pode ser explicado basicamente por dois fatores: a) os bancos passaram a restringir mais o acesso ao crédito, optando por conceder volume menor de crédito às empresas, reduzindo os valores das operações; b) as empresas optaram por se endividar menos, realizando operações de crédito de menor valor devido, principalmente, ao aumento das taxas de juros, o que torna o crédito mais caro Taxa de média de juros paga pelas MPE nas operações de crédito (% a.a.) 43 PEQUENOS NEGÓCIOS

9 jan-12 mar-12 mai-12 jul-12 set-12 nov-12 jan-13 mar-13 mai-13 jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 mar-15 mai-15 jul-15 set-15 nov-15 jan-16 mar-16 mai-16 jul-16 set-16 nov-16 EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES Taxa de crescimento de Optantes pelo Simples por UF nov/16 (em 12 meses) Empresas optantes do Simples Nacional (em milhões de empresas) nov/16 16,0 Total Optantes MEI ME e EPP 12,0 8,0 4,0-11,5 6,0 6,6 4,9 4,2 1,8 PEQUENOS NEGÓCIOS O número de optantes pelo Simples atingiu 11,5 milhões em novembro de 2016,, sendo 6,6 milhões de MEI e 4,9 milhões de ME e EPP. O aumento do total de optantes tem sido puxado, principalmente, pelo aumento de MEI, que cresceu 1,1% em relação a outubro de O acréscimo de ME e EPP foi de 0,3% em relação ao mês anterior. Com relação a novembro de 2015, o número de MEI saltou 19,3%, enquanto o número de ME e EPP caiu 2,7%. No conjunto, o total de optantes expandiu 8,8% em 12 meses. No recorte estadual, o Rio de Janeiro registrou a maior taxa de crescimentos de optantes pelo Simples (12,8%), seguido pelo Distrito Federal (10,9%) e Pará (10,0%). Fonte: Sebrae, a partir de dados da Pnad Contínua, IBGE e fontes do mercado. Empresas optantes pelo Simples Evolução sobre o mês anterior (%) 0,7 1,1 0,3

10 RECEITAS DO SISTEMA SEBRAE Arrecadação Orçada e Realizada e 2016 (em R$ mi.) Crescimento nominal da arrecadação: 0,7% Realizado Orçado Fonte: UGOC, Sebrae/NA. A receita arrecadada pelo Sebrae em novembro de 2016 superou em 3,6% o valor orçado para o período. No acumulado até novembro de 2016, houve expansão nominal da arrecadação do Sebrae de 0,7% (perda real de 5,9%) em comparação com o mesmo período de Evolução da Arrecadação do Sistema Sebrae Variação em relação ao orçado (%) Evolução sobre o mesmo mês do ano anterior (%) nominal acumulado 3,6 0,7 SEBRAE