O ESTADO HEGELIANO, PELA VISÃO DE BERNARD BOURGEOIS HEGEL S STATE, IN THE VISION OF BERNARD BOURGEOIS

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1 O ESTADO HEGELIANO, PELA VISÃO DE BERNARD BOURGEOIS HEGEL S STATE, IN THE VISION OF BERNARD BOURGEOIS RESUMO Pedro Henrique Cordeiro Lima O presente trabalho busca uma compreensão da concepção do Estado em Hegel a partir da obra Hegel: atos do espírito de Bernard Bourgeois. O Estado como momento de chegada do Espírito moral objetivo. O Estado é o meio total e mediador liberal da vida do Espírito. Só no Estado o homem pode atingir a racionalidade e assim ser livre. Arte, religião e filosofia que são expressões do Espírito absoluto, também têm no Estado seu meio ideal. Pois o Estado, essencialmente político, é fundamental para o desenvolvimento do absoluto. Espírito é a substância ética de um povo, que apesar das diversidades encontra sua unidade na pátria. A Constituição objetiva, já presente no Espírito de um povo, organiza o Estado e seu funcionamento como um todo orgânico. As vontades individuais existem dentro e como substancia da vontade geral. É a identidade do particular e do universal. O Estado hegeliano articula os princípios monárquico, aristocrático e democrático. É um Estado racional politicamente forte e socioculturalmete liberal. PALAVRAS-CHAVES: HEGEL; ESTADO; MORAL OBJETIVA; ESPÍRITO; PATRIOTISMO; ABSOLUTO; INDIVIDUO; LIBERDADE; RAZÃO. ABSTRACT The present paper intends to possibilitate a comprehension of Hegel s conception of State as presented by Bernard Bourgeois in his Hegel: os atos do espírito. The State as the final moment of the objective moral Spirit. The State is the total medium and the liberal mediator of the Spirit s life. Only in the State can the man reach rationality and thus be free. Art, religion and philosophy that are expressions of the Absolute Spirit, also have in the State their ideal medium. Therefore the State, essentially politic, is fundamental for the development of the Absolute. Spirit is the ethical substance of a people, who although the diversities find its unit in the native land. The objective Constitution, already present in the Spirit of a people, organizes the State and its functioning as a organic one. The individual wills exist inside and as it substantiates the general will. It is the identity of the particular and of the universal. Hegel s State articulates the monarchic, aristocratic and democratic principles. It is ratinal State, politically strong and socialculturally liberal. KEYWORDS: HEGEL; STATE; OBJECTIVE MORAL; SPIRIT; PATRIOTISM; ABSOLUTE; IDIVIDUAL; FREEDOM; REASON. 5498

2 O Estado Hegeliano, Pela Visão de Bernard Bourgeois In: BOURGEOIS, Bernard. Hegel; os atos do espírito. Trad. Paulo Neves. São Leopoldo: Editora Unisinos, "O Estado é a realidade em ato da Idéia moral objetiva, o espírito como vontade substancial revelada, clara para si mesma, que se conhece e se pensa, e realiza o que sabe e porque sabe." HEGEL. Princípios da Filosofia do Direito, p Introdução O objetivo deste trabalho é explicitar a visão do Estado hegeliano proposta por Bernard Bourgeois em sua obra Hegel; os atos do espírito.a escolha desta obra se justifica pela clareza com que o autor entende o sistema Hegeliano e por conseguinte sua idéia de Estado. Na tentativa de facilitar este esforço buscou-se auxílio na obra do próprio Hegel, assim como em outros autores. Superadas as infundadas críticas do liberalismo novecentista - de ser a filosofia de Hegel elaborada para justificar a monarquia prussiana - e diante da compreensão que a filiação marxista ao pensar hegeliano limita-se a aceitar o caráter dialético da realidade, pode-se analisar a filosofia de Hegel como a de um Estado de fundamento ético. Bourgeois busca em sua análise mostrar a atualidade da visão hegeliana de Estado. Com o passar dos séculos fica cada vez mais claro que o Estado "elaborado pela razão especulativa de Hegel" é o ponto de chegada da filosofia política (ocidental). O Estado como identidade da identidade e da diferença - liberdade concreta, pois se dá na universalidade. Nada mais contemporâneo que a dialética entre o interesse geral e o interesse individual. Qual a idéia de Estado atual se não a garantia da existência do todo - tutela estatal que garante a segurança e existência do indivíduo -, mas que permita a liberdade particular - auto-regulação e controle do uso da força estatal? Em Hegel o indivíduo só é livre no Estado, e só é real o Estado que reconhece a liberdade de seus cidadãos. Nem liberalidade individualista, nem autoritarismo policial. Para Hegel: "Ora, a liberdade concreta consiste em a individualidade pessoal, com os seus particulares, de tal modo possuir o seu pleno desenvolvimento e o reconhecimento de 5499

3 seus direitos para si (nos sistemas da família e da sociedade civil) que, em parte, se integram por si mesmo no interesse universal e, em parte, consciente e voluntariamente o reconhecem como seu particular espírito substancial e para ela agem como seu último fim. Daí provem que nem o universal tem valor e é realizado sem o interesse, a consciência e a vontade particulares, nem os indivíduos vivem como pessoas privadas unicamente orientadas pelo seu interesse e sem relação com a vontade universal; deste fim são conscientes em sua atividade individual."[1] O Estado, Meio Total e Mediador Liberal da Vida do Espiríto Na visão de Hegel o homem só atinge a racionalidade plena, tornando-se livre, no Estado. É o Estado que possibilita ao homem viver a realidade da vida espiritual. Sendo assim, "não poderia haver exagero numa idéia muito elevada de Estado"[2]. Nas palavras de Hegel: "É somente no Estado que o homem tem uma existência racional (...) Tudo o que o homem é, ele o deve ao Estado, é somente neste que ele tem sua essência. Todo o valor que o homem possui, toda efetividade espiritual, ele os possui somente graças ao Estado (...) É apenas neste terreno, isto é, no Estado, que podem existir a arte e a religião".[3] Arte, religião e filosofia, expressões do espírito absoluto, também tem no Estado o seu meio ideal. Isto porque é o Estado que possibilita toda vida do espírito, por ser ele o espírito que se reconhece a si mesmo em sua totalidade, indo além de abstrações quaisquer. Somente inserido no Estado pode o indivíduo vivenciar o racional como real - e não só como uma idéia - o universal transforma-se em universal concreto através da efetivação histórica. O universal deixa de ser apenas objetivo de uma busca do individuo para ser em sua concretude. Estado é "a existência objetiva da universalidade constitutiva do espírito"[4], identidade da universalidade e da particularidade. O Estado hegeliano é o universal realizado em sua totalidade, no sentido político e também no não-político. Estado é então a estrutura política controladora do poder, e ao mesmo tempo toda vida livre do espírito, que é garantida por essa estrutura. É o todo, que não se realiza se não como tal. Segundo Bourgeois: "Uma tal ambigüidade pode favorecer uma realização totalitária do Estado quando, insuficientemente vigilante em relação a si mesmo, ele absolutiza indevidamente seu poder de condicionamento da existência de todo espírito em poder de determinação da essência deste. Absolutização que Hegel rejeita inteiramente."[5] O Estado, fundamental para o desenvolvimento do absoluto, é na determinação hegeliana essencialmente político. Um político, no entanto, que não se separa dos outros momentos do espírito objetivo e tão pouco do espírito absoluto. No movimento dialético o espírito objetivo possibilita a existência do espírito absoluto, que por sua vez torna o espírito capaz de reconhecer a si mesmo em sua totalidade. Espírito é movimento, interno e dialético, mas também histórico. Pela negação de um Estado (patriarcal-teocrático) onde vida familiar, sociopolítica e religiosa se conjugam na "forma objetiva geral do Estado", chega a um Estado onde cada momento da vida do espírito represente não mais que sua "essência específica" de forma interdependente, formando um todo harmônico. "Então, o Estado sirito senso chega a sua realização 5500

4 verdadeira, imanente a si mesmo, na unidade concreta do espírito de um povo amadurecido historicamente."[6] Esta historicidade do Estado tal como posta por Hegel vai de encontro ao historicismo empírico irracional de Gustav Hugo e K. Von Savigny. Para estes "é a própria irracionalidade posta como fonte do direito traduzida pelos historicistas nas duas idéias centrais da escola: o costume e o espírito do povo" como explica o Joaquim Carlos Salgado[7]. Em Hegel Estado não é fato é sim fruto da razão - é a evolução dialética do espírito. Apesar de ressalvar que o Estado hegeliano não é determinado por preceitos religiosos, Bourgeois chama atenção para a importância que o filósofo dá para a religião. Pois esta seria a própria consciência do absoluto, da qual dependeria o individuo para se reconhecer como tal. Hegel afirma que "A Religião é a relação com o absoluto na forma do sentimento, da imaginação e da crença e no centro dela, que contém tudo o que é, tudo que existe torna-se um acidente que se evanesce."[8] Sendo assim, deve o Estado não se descuidar dela. Porém, faz-se mister conservá-la separada daquilo que é universal objetivado. O Estado hegeliano não se confunde com aquele onde a sua função limita-se a proteger a propriedade e o livre-arbítrio dos indivíduos e sua relação com as liberdades alheia, deixando para a religião subjetiva tudo que é propriamente moral. O espírito, livre e racional, que se realiza no Estado, é que traz em si a moral objetiva. Aqui a verdade moral é a moral refletida e posta objetivamente na forma universal de lei. Deve o Estado abster-se de controlar diretamente a vida familiar, social, artística, religiosa e filosófica. As categorias precisam desenvolver-se livremente para alcançar sua verdade, pois são momentos necessários no devir do espírito. Este só alcança sua totalidade quando identidade e diferença coexistem em uma plenitude dialética. O Estado, enquanto político, tem como função garantir condições para que cada categoria se ponha em sua própria verdade. Só assim garantirá seu poder. Meio total e mediar liberal, assim coloca Bourgeois: "Sua ambigüidade de meio total e de fator particular da existência espiritual, que o constitui como unidade de si mesmo e de seu Outro - expressão objetivada da estrutura ontológica do absoluto que é espírito, isto é, manifestação ou dádiva de si -, requer que ele deixe ser e deixe seguir seu Outro, que libere o desdobramento deste, se quiser ele mesmo realizar-se em sua verdade".[9] Não quer isto significar indiferença e liberalidade total com o não-político. Possibilitar que momentos da vida do espírito se realizem sem ele, não é permitir que algo seja feito contra ele. Assim, por mais que o "agir negativo" - onde seu Outro é livre - seja o "agir supremo" do Estado, não pode este furtar-se de resguardar suas "manifestações objetivas", permanecendo vigilante para que nada atente contra sua existência. Sobre a necessidade de agir do Estado diante de uma opinião que, ao se colocar contra a razão, põe em risco a realidade em si nos traz Hegel: "proteger a verdade objetiva e os princípios da vida ética contra esta expressão de maus princípios, enquanto ela se torna uma existência geral e corrosiva da realidade, além disto à medida que o formalismo da subjetividade incondicionada quisesse tomar por 5501

5 fundamento o ponto de partida científico e elevar as instituições de ensino do próprio Estado à pretensão de uma Igreja e voltá-las contra ele [...]"[10] Sobre a necessidade e importância dessa coexistência da ação negativa e do controle objetivo, é muito elucidativa esta frase de Joaquim Carlos Salgado: "Enquanto momentos separados na sua unilateralidade, a liberdade subjetiva gera o individualismo radical e a liberdade objetiva, o autoritarismo."[11] O agir do Estado, no entanto, não é o mesmo em relação a todos os momentos nãopolíticos (não-estatais) do espírito. A sociedade civil, momento onde o indivíduo tem a si mesmo como fim último, mas se afirma e se satisfaz por meio da relação com a particularidade do outro, não está propriamente fora do Estado, é na verdade o "Estado enquanto exterior a si mesmo". Daí Hegel chamá-la de "Estado exterior" (de necessidade, do entendimento). "Na sua realização assim determinada pela universalidade, o fim egoísta é a base de um sistema de dependências recíprocas no qual subsistência, o bem-estar e a existência jurídica do indivíduo estão ligados à subsistência, ao bem-estar e à existência de todos, em todos assentam e só são reais e estão assegurados nessa ligação. Pode começar-se a chamar tal sistema o Estado extrínseco, o Estado da carência e do intelecto."[12] O Estado racional por sua vez reúne o individuo e o todo de forma orgânica. É o reconhecimento do Eu como um Nós, proporcionado pela razão, que possibilita a liberdade plena existente no Estado. Assim é a existência objetiva do Estado e a intervenção estatal na vida social que garantem a ligação dialética entre o universal e o particular. Bourgeois afirma que: "Ação não-estatal do Estado aqui a serviço da vida social, para poder afirma-se ele mesmo em sua via propriamente estatal, no seio da articulação necessária e hierarquizada dos momentos da vida total do espírito."[13] Na sociedade civil - onde o individuo está separado do todo - os interesses particulares não formam um interesse geral - não há identidade na diferença. Esta identidade do singular e universal só existe de forma natural (imediata) na família, momento em que o Eu e o Nós se confundem. É a ação social do Estado (mediata) que possibilitará que o particular se reconheça no universal e assim viver a eticidade do espírito. Bourgeois chama esta ação de "pré-estatal", pois ela que assegurará a identidade do interesse geral e dos interesses particulares - sendo um substância do outro - universalidade. O Estado é então anterior e posterior a seus momentos e também seu próprio fim. Em parágrafo irretocável do idealista alemão: "Através da divisão da sociedade civil, a moralidade objetiva imediata evolui, pois, até o Estado, que se manifesta como seu verdadeiro fundamento. Esta evolução é a prova científica do conceito do Estado, e não há outra. Se o desenvolvimento do conceito científico chega ao Estado como a um resultado, quando ele a si mesmo se dá como verdadeiro fundamento, é porque tal mediação e tal ilusão se anulam a si mesmas na imediateidade. É por isso que, na realidade o Estado é, em geral o primeiro. Na sua intrinsecidade, a família desenvolve-se em sociedade civil, e o que há nestes dois momentos é a própria idéia de Estado."[14] Para Bourgeois, o caminho que leva a esta universalidade - que é o destino do espírito - se daria em três níveis. Sendo o primeiro o do "sistema das necessidades", onde se 5502

6 busca na desigualdade a satisfação dos interesses pessoais - as relações sociais seriam exclusivamente econômicas - sem qualquer preocupação com interesses públicos. O segundo momento será a "administração do direito" formalista e abstrato, direitos seriam não mais que os deveres do outro. Mas nenhum destes dois momentos pode dar fim à cisão entre o particular e o universal. Esta superação só ocorre no Estado racional - eticidade e não mais propriedade. É este o terceiro nível, onde o individuo é livre no Estado garantidor dos direitos individuais e sociais. A esta intervenção política na vida social Hegel da o nome de "policia". A preocupação não é apenas com o individuo, mas com o universal, por isso deve o estado regrar e garantir a segurança econômica. No dizer de Salgado: "Ora, a intervenção na vida econômica da sociedade faz-se necessária porque o mecanismo da produção e distribuição da riqueza nas relações econômicas é cego e necessita da atuação livre e consciente do órgão superior, o governo, evitando-se, assim, a submissão do Estado à economia internacional, dando-se lhe controle da economia, que a ele deve subordinar-se."[15] Intervêm também para evitar o desemprego e tentar prevenir o fracasso social gerador da pobreza, na tentativa de evitar a formação de uma plebe e de partidos dentro da sociedade. Quanto a política Bourgeois chega a conclusão que o "Estado acaba por saber que sua intervenção social é feita de paliativos e que o lugar objetivo da reconciliação humana é extra-social."[16] A ação social, no entanto, não há de ser uma tendente a controlar o momento sociedade subjugando-o aos interesses do Estado objetivado. Pelo contrario, o Estado depende do desenvolver livre da sociedade - desde que esta não prejudique sua existência. Neste sentido, cabe a ele promover através da educação o desenvolvimento da cultura, para que o particular possa se reconhecer como universal na vida absoluta. Sua função primordial é garantir o desenvolvimento livre das individualidades. Pois só há identidade se houver diferença. Cada momento tem de seguir seu destino por si só. Sem que o todo e o indivíduo vivam sua essência jamais pode-se falar em Estado no seu conceito. O cidadão só se insere como tal na sociedade se, primeiramente viver a plenitude de seu direitos. Dá mesma forma que o Eu que não se reconhece como Nós não é livre, o Nós que aniquila o Eu é mera forma. Só o Estado racional de Direitos é real. O Estado Constitucional Concreto O Estado hegeliano é o habitat que o Espírito cria para si mesmo. Bourgeois usa o termo comunidade em oposição a sociedade para representar o individuo e o todo como um só - tal se dá no Estado. Este como totalidade que é, não possibilita qualquer abstração. Sendo assim, representar o Estado como um que "absolutiza a administração" é trocar totalidade por totalitarismo - algo impensável no Estado hegeliano que é fruto da reflexão filosófica. Espírito é a substancia ética de um povo, que apesar das diversidades encontra sua unidade na pátria (alma comum). Para Hegel, o "sentimento político, o patriotismo em geral, é como uma certeza que se funda na verdade (uma certeza apenas subjetiva não se 5503

7 funda na verdade, é apenas uma opinião) e é o querer transformado em hábitos."[17] É a Constituição objetiva - que organiza toda esfera política - que eleva esta alma comum à racionalidade. No entanto, a Constituição, como Lei da leis "não tem sua causa fora do homem, mas fundamento no homem, isto é, é conscientemente pelo homem, e para o homem, como vontade livre que é"[18]. Só assim pode esta ser tida como uma Constituição viva. Não pode uma Constituição existir somente no plano do entendimento - diferença entre objetivo e subjetivo - : "... uma constituição não pode ser, propriamente falando, "feita", pois ela se antecipa de certo modo a si mesma no devir que é o do Espírito de um povo: sua estrutura objetiva "depende, de maneira geral, da maneira de ser e da cultura da consciência de si" de um povo, e é "nesta última [que] reside [a] liberdade subjetiva" desse povo "e, nisto, a efetividade da constituição". Eis por que "cada povo possui a constituição que lhe é apropriada e que lhe pertence.""[19] Identidade diferenciada o Estado é ponto de chegada da "subjetividade idêntica a si do Espírito comunitário". As vontades individuais existem dentro e como substância da vontade geral, e não mais como expressão das diferenças. Hegel presencia o fracasso do liberalismo defendido pelas idéias individualistas-contratualistas - que traziam dentro de si sua própria ruína. O homem jamais alcançará a liberdade no Estado do entendimento, onde o individuo se põe em primeiro plano. O Estado não é feito de indivíduos, mas sim da negação destes que os permite alcançar a racionalidade do Nós. Como explicita Hegel na Filosofia da História,"o homem precisa também conhecer esse seu espírito, a sua própria essência, e adquirir consciência da sua unidade original, pois dissemos que a moralidade é a unidade da vontade subjetiva e da vontade universal."[20] Bourgeois coloca que "o patriotismo é a prova dessa essência ontológica própria do Estado, cuja expressão normativa é que "a obrigação suprema [dos indivíduos é] ser membros do Estado.""[21] Ao negar o individualismo rousseaunista, kantiano e fichtiano Hegel traz à tona o Estado Antigo (platônico-aristotélico) - momento de primazia do todo sobre a parte - na tentativa de restabelecer a unidade ética da polis. Esta retomada, como tudo em Hegel, se dá dentro de um movimento histórico-dialético do Espírito - em seu desenvolvimento até a liberdade real. O que se objetiva aqui é, através das contradições, totalizar a identidade substancial ética - onde o cidadão se realiza na e para a polis - do Estado antigo, na subjetividade - consciência de si diferenciada - da modernidade. A união dialética entre totalitarismo e individualismo liberal; Antigo regime e Revolução; Monarquia e Constituição para Bourgeois é essencial no Estado hegeliano: "Uma vez que o Espírito só existe como manifestação de si, portanto a medida que se distancia de seu ser simples e se constitui para si mesmo, diferenciando-se dentro dele e dele mesmo, o Estado antigo devia, por uma necessidade no fundo ontológica, desenvolver-se liberando progressivamente, no seio de sua identidade, diferenças objetivas - as estruturas de uma constituição - e subjetivas - os indivíduos reconhecidos como tais."[22] O Estado racional traz em si, em constante movimento interno, a liberdade individual do entendimento e a solidez constitucional garantidora da vontade comunitária. Em Hegel a "vontade já é desde o inicio definida como livre"[23], só é real a vontade do individuo 5504

8 pois "o querer é exclusivamente humano porque é também representar pelo pensamento o que se quer".[24] Daí a incompletude do Estado antigo onde a subjetividade individual não tinha espaço e a vontade comunitária era a única existente. O Estado moderno por sua vez funda-se puramente na idéia de vontade subjetiva - estado como soma de indivíduos. A vontade geral nada mais seria que o conjunto das vontades singulares organizadas dentro de uma constituição - garantidora das liberdades civis. Ao possibilitar uma relação entre a vontade comum e as vontades individuais - estas substanciando aquela - a Constituição possibilita o surgir do Estado racional. Constituição esta que organiza o Espírito de um povo unificado na pátria, e não é mera objetivação da natureza ou de uma emancipação individualista. Sintetiza o Joaquim Carlos Salgado: "Em linguagem contemporânea, a consciência da liberdade individual é levada ao plano da efetividade, portanto surge como direito do sujeito no momento que é universalizada pela constituição do Estado, tornada positiva pela vontade universal dos cidadãos."[25] Mas para que vontade universal (geral) seja realmente o que afirmem a as vontades singulares no desempenho de seus "papeis institucionalmente articulados com determinações próprias", não podem estes existir apenas em sua diferença, mas sim como parte de uma totalidade. No Estado hegeliano não há separação entre os diferentes poderes. Isto só traria a "paralisia do equilíbrio" entre os poderes ou a dominação de um sobre os outros, ambos igualmente prejudiciais ao Estado. É na identidade concreta de suas diferenças que existem os poderes, formando um todo unificado. A organização destes na Constituição é orgânica, são ao mesmo tempo parte e todo. Nesse diapasão, servir a um significa servir a todos - é o serviço à própria Constituição. Não há tarefa, por mais íntima da essência de um poder que seja, que se atribua apenas à este. As vontades individuais integram-se como forma de garantir a concretude da vontade geral do Estado - subjetivamente pelos agentes cívicos e objetivamente pela Constituição. Para que tal integração seja real, no entanto, é necessário que os poderes representem a estrutura racional do Estado que possibilita a ação comunitária realizadora da liberdade. Sobre a organização dos poderes estatais traz Bourgeois: "A universalidade dessa ação é garantida por seu caráter legal: poder legislativo. A ativação de tal universal concretiza-o segundo a particularidade inevitável das situações: poder governamental. Mas a fixação de determinada lei em vez de uma outra, a de uma determinada medida governamental em vez de uma outra, requerem uma decisão tão absoluta quanto a que o bem público exige tomar independentemente de todo exercício legislativo ou governamental: poder principesco."[26] A existência do poder principesco se explica pelo conceito de vontade efetiva em Hegel - como singular única. Assim este poder é necessário também para o exercício completo dos outros dois. Pois é o monarca que representa o a vontade estatal em seu ultimo momento. O Estado hegeliano é então uma monarquia constitucional, onde o príncipe, por meio de suas decisões, absolutiza as atividades dos poderes legislativo e governamental. Decisões estas que situam-se dentro da legalidade constitucional, e baseiam-se nos dados fornecidos pelos membros de seu gabinete. A vontade aqui não é arbítrio desarrazoado, ao contrário: "E se ela não está, em seu conteúdo assim objetivo, aquém das razões, está no entanto, necessariamente além destas; pois, quando se trata do futuro, sempre em parte aleatório, 5505

9 e o que é mais, do futuro de uma comunidade, o que aumenta esse aleatório, sempre é possível opor ao projeto melhor elaborado tecnicamente um outro projeto: é preciso decidir. Tal é a necessidade de uma decisão propriamente política última: a do príncipe."[27] O ato decisório do príncipe não é condicionado pela existência empírica deste, logo não é possível responsabilizá-lo por seu conteúdo. Salgado ensina que "[28] o "Ich Will" do monarca não pode ser interpretado como arbítrio, pois trata de um momento formal, equivalente ao da homologação ou da promulgação de um ato legislativo", e por isso mesmo é essencial, por dar efetividade aos processos legislativo e administrativo através da manifestação da vontade estatal coletiva. O que pretende Hegel é eliminar qualquer exterioridade da vontade da lei. O monarca, desta forma, não seria influenciado por fatos não humanos, tal como os interesse representados pelos partidos. O soberano representa o Estado em sua totalidade, está acima dos partidos, independe destes uma vez que não é eleito por eles. O presidencialismo constitucional - com termo definido - de nossos tempos é evolução clara deste Estado hegeliano. O governo em sua ramificação administrativa também exerce seus poderes dentro dos limites da organicidade estatal. O príncipe participa efetivamente do poder governamental, assim evita-se que os agentes cívicos, nas relações com as particularidades da comunidade, usurpem o poder através da ação burocrática. Não pode o monarca, no entanto, reduzir o ministério em seu gabinete, submetendo assim um poder ao outro. Os funcionários do Estado - que são recrutados através de concursos com critérios objetivos - são protegidos contra qualquer arbitrariedade no exercício competente de suas funções. O controle da administração também se dá na base, uma vez que, as coletividades sociais devem "gozar efetivamente da capacidade de autogestão". O universal do poder legislativo e o singular do principesco estão presentes no poder governamental. Nas palavras de Bourgeois: "Filosofia do sujeito, dos sujeitos, e não da estrutura em sua rigidez objetiva, o hegelianismo não podia reduzir o Estado racional a ser simplesmente ou primeiramente o Estado dos funcionários, isto é, a esse momento do entendimento de si mesmo que a administração constitui em suas diferenças estereotipadas."[29] O poder legislativo também não existe por si. Está dentro da organicidade estatal. Não há construção legal apartada da decisão soberana e da intervenção do gabinete do príncipe e do governo - detentores das informações sobre a realidade estatal. Estes estão presentes no debate legislativo par impedir uma sobreposição do social ao político. O indivíduo não participa diretamente da universalidade do Estado. Os interesses presentes no momento legislativo são necessariamente coletivos. Os indivíduos são representados. Por mais que eleja e seja eleito enquanto individuo o interesse que defende deve ser o da coletividade social. As corporações - partidos - é que participam da estrutura racional realizadora da liberdade, onde o príncipe e o governo fazem prevalecer o senso da universalidade. Não é uma multidão de subjetividades individuais que decide empiricamente, como na república de Kant ou Rousseau. 5506

10 Sobre a organização especifica e funcional do poder legislativo é interessante observar como a visão hegeliana sofre interferências do momento de volatilidade da revolução industrial: "Estas assembléias, cuja dualidade favorece a distância reflexiva necessária a elaboração de boas leis, são, a primeira de uma câmara alta dos grandes proprietários rurais, designados como tais por uma natureza que, por meio do trabalho da terra e de sua vida essencialmente familiar, os dispõem a zelar pela permanência substancial do Estado; a segunda, uma câmara baixa de representantes do mundo da indústria e comércio, indivíduos singularizados pela mobilidade, pelas vicissitudes, pelas crises da vida socioeconômica, e para a qual o serviço do universal do Estado exige então que intervenham politicamente, não em sua atomização desreguladora, mas enquanto membros de seus setores e associações particulares."[30] O Estado hegeliano articula o principio monárquico - vontade do príncipe-, o principio aristocrático - elites governamentais - e o principio democrático - vontades múltiplas dos cidadãos - de forma que se privilegia a soberania em uma monarquia constitucional. Isto verifica-se claramente no momento da guerra, onde a soberania é exercida exteriormente como forma de prova da verdade do Estado. E neste momento que o soberano, como aquele que domina a política exterior, faz aquietarem-se as diferenças interiores unindo todos atrás dele com um só objetivo: perpetuar o Espírito do povo. É através da guerra que se reafirma a unidade ética do Estado. Por mais que admita as relações políticas externas e um "direito político exterior", Hegel rejeita a idéia de um Estado internacional. O Espírito de um povo deverá prevalecer, suprassumindo o outro, que mostra neste momento não viver um Estado em sua verdadde. Assim se a história com seu interminável poder de negação destrói um espírito particular, ocorre o fim do "Espírito de um povo" na realização progressiva do "Espírito do mundo". Uma vez que a forma de Estado racional em sua concretude for alcançada "no fim da historia universal como historia do universal" ele se perpetuara independente de quaisquer acontecimentos. Bourgeois sentencia: "O Estado racional politicamente forte e sociocultural mente liberal não passará." Conclusão Em sua conclusão Bourgeois ressalta que a teoria política de Hegel continua de grande valia em nossos tempos. Os problemas apontados por ele da necessidade de elevação do soberano além dos interesses partidários, da irrealidade da liberdade baseado no gesto eleitoral ainda assombram os Estados de hoje. Mais ainda, as soluções encontradas na dialética para relações antes marcadas pelo antagonismo analítico tornam-se cada vez mais válidas com o caminhar da historia. O social e o político; a autoridade e a liberdade individual; a administração pública e a autogestão das coletividades; o saber técnico-tecnocrático e a decisão soberana não mais se chocam, e sim se põem como momentos de uma universalidade - é o principio da 5507

11 identidade da identidade e da diferença. A filosofia do absoluto possibilita uma evolução além das abstrações da totalidade. Porém, Bourgeois traz uma crítica ao pensar hegeliano. Para ele Hegel interpreta erroneamente seu momento histórico como o tempo do fim do tempo, onde o Espírito já manifestava todas suas estruturas universais. A defesa da monarquia hereditária no topo do Estado, a desconsideração do sufrágio universal em sua base, assim como a afirmação da impossibilidade da existência de um Estado tal qual o que surge atualmente na União Européia. Além de não entender o homem com sujeito às interferências históricas e políticas de seu tempo. Bourgeois parece cometer uma falha ao não entender o que seria o fim da historia em Hegel. A racionalidade não pode querer entender o futuro, possibilidade que este é. A filosofia hegeliana não é de um dever ser idealizado, mas sim do real em sua totalidade. Sendo assim analisa e decodifica o presente que traz em si tudo que foi suprassumido no decorrer da história - o necessário e essencial do passado. Ora, é por isto que está sempre no momento presente o fim da história. O conceito que tenho de algo é o conceito que evoluiu dialeticamente até a atualidade, é este o conceito final por ser este o único conceito possível de ser conhecido. Hegel s State, in the vision of Bernard Bourgeois In: BOURGEOIS, Bernard. Hegel; os atos do espírito. Trad. Paulo Neves. São Leopoldo: Editora Unisinos, Abstract The present paper intends to possibilitate a comprehension of Hegel s conception of State as presented by Bernard Bourgeois in his Hegel: os atos do espírito. The State as the final moment of the objective moral Spirit. The State is the total medium and the liberal mediator of the Spirit s life. Only in the State can the man reach rationality and thus be free. Art, religion and philosophy that are expressions of the Absolute Spirit, also have in the State their ideal medium. Therefore the State, essentially politic, is fundamental for the development of the Absolute. Spirit is the ethical substance of a people, who although the diversities find its unit in the native land. The objective Constitution, already present in the Spirit of a people, organizes the State and its functioning as a organic one. The individual wills exist inside and as it substantiates the general will. It is the identity of the particular and of the universal. Hegel s State articulates the monarchic, aristocratic and democratic principles. It is ratinal State, politically strong and socialculturally liberal. Key-words: Hegel; State; objective moral; Spirit; patriotism; Absolute; idividual; freedom; reason. 5508

12 Referências BOURGEOIS, Bernard. Hegel; os atos do espírito.trad. Paulo Neves. São Leopoldo: Editora Unisinos, HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Filosofia da historia. Brasilia: Ed. UnB, HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Princípios da Filosofia do Direito. São Paulo: Martins Fontes, HÖSLE, Vittorio. O sistema de Hegel: o idealismo da subjetividade e o problema da intersubjetividade. Trad. Antonio Celiomar Pinto de Lima. São Paulo: Edições Loyola, SALGADO, Joaquim Carlos Salgado. A Idéia de Justiça em Hegel. São Paulo: Loyola, [1] HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Princípios da Filosofia do Direito. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, p [2] BOURGEOIS, Bernard. Hegel; os atos do espírito. Trad. Paulo Neves. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2004, p [3] HEGEL apud BORGEOIS, op. cit., p.116. [4] BORGEOIS, op. cit., p.117. [5] Id., ibid., p.117. [6] Id., ibid., p.118. [7] SALGADO, Joaquim Carlos. A idéia de Justiça em Hegel. São Paulo: Loyola, 1996, p [8] HEGEL. Princípios da Filosofia do Direito., p [9] BOURGEOIS. Hegel; os atos do espírito. cit., p.119. [10] HEGEL apud HÖSLE, Vittorio. O sistema de Hegel: o idealismo da subjetividade e o problema da intersubjetividade. Trad. Antonio Celiomar Pinto de Lima. São Paulo: Edições Loyola, p.614. Preferimos usar aqui citação trazida na obra do Hösle, pois entendemos ser esta mais clara que a tradução do original feita por Orlando 5509

13 Vitorino: "... defender a verdade objetiva e os princípios da vida moral contra a opinião que adota mais princípios e se torna uma existência universal que devora a realidade, sobretudo quando o formalismo da subjetividade absoluta entende fundar-se num ponto de partida científico e pretende virar contra o Estado suas próprias instituições de ensino, dando-lhes as pretensões de uma Igreja." HEGEL, op. cit., p.250 [11] SALGADO. op. cit., p [12] HEGEL. Princípios da Filosofia do Direito, p [13] BOURGEOIS. op. cit., p.120. [14] HEGEL. Princípios da Filosofia do Direito, p [15] SALGADO. op. cit., p.426. [16] BOURGEOIS. op. cit., p.122. [17] HEGEL. Princípios da Filosofia do Direito. cit., p [18] SALGADO. op. Cit., p.360. [19] BOURGEOIS. op. cit., p.125. [20] HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Filosofia da historia. Brasilia: Ed. UnB, 1995, p. 48. [21] BOURGEOIS. op. cit., p.125. [22] Id., ibid., p.125. [23] SALGADO. op. cit., p.239. [24] Id., ibid., p.239. [25] Id., ibid., p.364. [26] BOURGEOIS. op. cit., p.127. [27] Id., ibid., p.128. [28] SALGADO. op. Cit., p.423. [29] BOURGEOIS. op. cit., p.129. [30] Id., ibid., p

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