ESTADO DE DIREITO Crítica marxiana perante a concepção hegeliana de Estado.

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1 ESTADO DE DIREITO Crítica marxiana perante a concepção hegeliana de Estado. Milton Eduardo Antunes Bolz Graduando em Direito eduardobolz@hotmail.com Leonardo Saldanha Mestre em Direito Resumo: O presente artigo busca uma analisar as críticas de Marx perante o conceito de Estado de Direito, apresentado por Hegel. Este trabalho pretende verificar os pontos falhos no Estado de Direito hegeliano diante a ótica Marxiana e como a sociedade influi nestes aspectos. Como objetivo específico, o presente trabalho propõem-se em exemplificar as relações de Estado de Direito através da estrutura do Estado Napoleônico. Observou-se, através de bibliografias marxistas e hegelianas, que a instauração dos direitos civis não necessariamente implica em uma igualdade social, visto que a própria estrutura política é instrumento da estrutura econômica. Conclui-se, portanto, que as jurisdições de direitos civis não descaracterizam uma hierarquia social. 1. INTRODUÇÃO G.W.F. Hegel, importante filosofo alemão do século XIX, induz em seu livro Princípios da Filosofia do Direito que a sociedade civil se funda a partir do estado. Nesta obra, Hegel explica que o estado reúne-se na (...) Constituição do Estado, que é o fim e a realidade em ato da substância universal e da vida pública nela consagrada (HEGEL,1997, p.149). Contrapondo a visão de Hegel, Marx acredita que o estado de direito é influenciado pela superestrutura econômica. Para o autor, as relações da sociedade civil são, na verdade, as fundadoras do estado. Se para Hegel o Estado de Direito é cíclico, para Marx o Estado de Direito é hierárquico.

2 A partir de estudos aprofundados de Marx e Hegel, o presente artigo propõem desenvolver uma breve análise das críticas marxianas diante o Estado de Direito hegeliano. Com isso, busca verificar se o Estado de Hegel consegue a total igualidade civil ou se, contrapondo a isto, Marx é coerente ao ressaltar as falhas deste modelo de Estado. Através do pensamento filosófico, é possível verificar as reais aplicabilidades sociais das ciências do direito. Tal conhecimento é fundamento para uma melhor concepção da organização do estado. 2. ESTADO DE DIREITO HEGILIANO Segundo Hegel (1997) o Estado e a ética se entrelaçam no desenvolvimento das leis do estado de direito. Para ele, esse conjunto professa uma verdade histórica. Hegel restabelece plenamente distinção entre Estado e sociedade civil formulada pelos pensadores do século XVIII, mas põe o Estado como fundamento da sociedade civil. Em uma concepção hegeliana a identidade de nação está conecta com o Estado. De acordo com Hegel (1997), o Estado é o que une a sociedade civil e a família, o estado seria a forma ontológica da vontade efetivada particular universalizada. A liberdade se manifesta dentro do que está pré-estabelecido. Dentro de sua filosofia do direito trata-se de sujeitos do direito, através disso, Hegel situa-se as garantias da não objetificação do sujeito. De acordo com Gruppi (2000), para Hegel [...] não há sociedade civil se não existir um Estado que a construa, que a componha e que integre suas partes; não existe povo se não existir o Estado (GRUPPI, 2000, p.28). No que se refere a isto, é passível de entendimento a importância hegeliana do indivíduo dentro da concepção de estado. Para

3 Hegel, O Estado funda o povo e a soberania é do Estado, portanto a sociedade civil é incorporada pelo Estado [...] (GRUPPI, 2000, p. 28). De acordo com Hegel (1997), o Estado transforma-se na manifestação máxima do espírito absoluto. Na obra, o autor evidencia os avanços políticos no Estado bonapartista e, mesmo que crítico quanto à individualidade de espirito dentro deste Estado, defende os direitos garantidos perante o código civil napoleônico, presente ainda hoje na constituição francesa. 3. CRÍTICA MARXISTA AO ESTADO DE DIREITO Com a concepção marxista, surge uma visão crítica do Estado. (GRUPPI, 2000, p. 30). De acordo com o autor, o Estado é uma oligarquia burguesa que não representa uma totalidade social e sim os interesses da parcela que retém os meios de produção da sociedade: a burguesia. Dentro do estado de direito civil, a estrutura econômica é dominante sobre a estrutura política. Em sua obra Contribuição para a crítica da Economia Política, Marx comenta Minha pesquisa chegou à conclusão de que as relações jurídicas, bem como as formas do Estado, não podem ser compreendidas por si só, nem pela assim chamada evolução geral do espírito humano, mas têm suas raízes nas relações materiais da existência cuo conjunto Hegel inclui no termo de sociedade civil, seguindo o exemplo dos ingleses e franceses do século XVIII e que a anotomia da sociedade civil deve ser procurada na Economia Política. (MARX, 1974, p. 745) Contrariando os ideais hegelianos, Marx (1963) desenvolve a concepção de que a sociedade civil, concebendo-a como um conjunto das relações econômicas, é o que explica a natureza e o surgimento do estado e de sua legislação. A partir dessa analise, concebe-se

4 o entendimento de que não é o estado que constitui a sociedade civil e sim a sociedade civil que constitui o estado. Quanto à igualdade jurídica dentro da sociedade civil, Gruppi (2000) ressalta as afirmações de Marx perante os progressos de direitos jurídicos da sociedade onde, do ponto de vista jurídico, existe uma igualdade totalitária em que todos os homens são iguais perante a lei. Contudo, o direito civil vem somente a representar os interesses das classes dominantes do estado através da superestrutura econômica. Baseado nos conceitos apresentados por Marx, Gruppi (2000) interpreta que a visão de igualdade do homem é apenas ilusória, sendo alterada de acordo com o ambiente e prática a qual será exercida, observando uma hierarquia. Para o autor, Esses cidadãos todos iguais diante da lei são, na verdade, uma abstração: você, operário, como cidadão é igual ao seu patrão; mas, quando você entra na fábrica, não é mais igual ao patrão, antes pelo contrário, você deixa de ser um cidadão. Você conquista os seus direitos de cidadão ao preço de lutas infindáveis e, no entanto, nunca existe igualdade de fato entre o patrão da firma e você, operário. Essa igualdade é forjada criando uma figura formal jurídica, abstrata (a do cidadão), que cinde a unidade do homem, a unidade entre o homem no trabalho e o mesmo homem diante da lei. O cidação é uma hipótese jurídica, uma forma jurídica. (GRUPPI, 2000, p. 40) 4. CONCLUSÃO É possível observar, sob um fundo histórico, que uma suposta igualdade perante o discurso dos direitos civis não necessariamente implicam em uma igualdade. Com os princípios de: Liberté, égalité, fraternité (liberdade, fraternidade e igualdade) a revolução faz sua marca na história da humanidade. Porém através dos fracassos da sociedade francesa pós-revolução em transformar estes ideais para além do âmbito jurídico.

5 Mesmo atingindo supostamente uma igualdade perante o âmbito jurídico, isso não foi suficiente para a igualdade social. Os preceitos da revolução não eram realmente universais: a liberdade, a igualdade e a fraternidade somente eram acessíveis para o setor mais economicamente dominante da sociedade. Tal classe era composta somente daqueles que retinham maior concentração dos bens de produção. O descontentamento pode ser observado pelo surgimento da Conspiração dos Iguais ao demostrar que, mesmo alcançando uma igualdade perante lei, isso não se transforma em uma formula social para atingir uma igualdade social universal. Os moldes das leis civis da revolução burguesa representaram um grande avanço para sociedade europeia. Levados através do continente pelas armas dos exércitos napoleônicos, já representavam um rompimento com a tradição monárquica, por consequência gerarão uma maior expansão dos espaços públicos, ponto crucial para o desenvolvimento econômico. O estado para de funcionar para a monarquia, porém o poder é instaurado nas mãos oligarquias burguesas que retinham maior capital e status social. Os milaneses, durante o período da ocupação napoleônica comentavam esse fato com a expressão popular Liberté, Égalité, Fraternité, eles de carruagem e nós a pé. François Noël Babeuf, em suas crônicas em 1789, denuncia que as camadas mais baixas não tem acesso as benefícios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. O autor declara que, se para as camadas mais pobres da sociedade não estão abertos os direitos de cidadão, a elas não se deve cobrar os deveres dos mesmos. Com isso conclui-se que a sociedade civil é quem funda o estado, através de suas relações. E que o estado de direito constitui-se a partir da perspectiva das classes redentoras dos meios de produção e do capital.

6 REFERÊNCIAS a) GRUPPI, Luciano. Tudo começou com Maquiavel: As concepções de Estado em Marx, Engels, Lênin e Gramsci. 15ª edição. Porto Alegre: L&PM, b) HEGEL, Georg Wilíelm Friedrich. Princípios da filosofia do direito. São Paulo: Martins Fontes, Tradução de: Grundlinien der philosophie der rechts. c) MARX, Karl. Contribuição para a crítica da Economia Política. Roma: Editori Riunitti, 1974, p d) MARX, Karl. Crítica da filosofia hegeliana do Direito Público, in Opere Filosofiche Giovanili. Roma: Editori Riunitti, 1963.

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