DIREITO ADMINISTRATIVO Controle da Administração Pública. Prof. Luís Gustavo. Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes
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1 DIREITO ADMINISTRATIVO Controle da Administração Pública Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes
2 Pode-se conceituar controle como o poder-dever de vigilância, orientação e correção que a própria Administração, ou outro Poder, exerce sobre sua atuação administrativa, diretamente ou por meio de órgãos especializados, tais como os Tribunais de Contas.
3 Esse poder-dever é exercitável por todos os Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), a toda atividade administrativa e a todos os seus agentes. Cabe ainda ressaltar que o Decreto-Lei 200/67 estabelece o CONTROLE como um dos princípios básicos da Administração Pública.
4 CLASSIFICAÇÕES RELEVANTES 1) Quanto à origem: Controle Interno Controle Externo Controle Popular
5 Controle Interno: Exercido na estrutura interna de cada Poder. É exercido, via de regra, como fruto do poder hierárquico. Princípio da autotutela
6 CF, art Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno... 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
7 Controle Externo: É aquele controle exercido por um Poder sobre os atos administrativos praticados por outro Poder. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União...
8 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (Poder Legislativo» Poder Executivo) CF, art. 49, V; Anulação de um ato do Executivo por decisão judicial (Poder Judiciário» Poder Executivo) Julgamento anual, pelo Congresso, das prestações de contas do Presidente e a apreciação dos relatórios sobre a execução dos planos de governo (Poder Legislativo» Poder Executivo)
9 CUIDADO! IMPORTANTE! (CESPE/TJ-CE/JUIZ/2012) O controle dos órgãos da administração direta sobre as entidades da administração indireta consiste em um controle externo que só pode ser exercido nos limites estabelecidos em lei, sob pena de ofensa à autonomia assegurada por lei a essas entidades.(v) CONTROLE FINALÍSTICO CONTROLE EXTERNO
10 Controle Popular: Exercido diretamente pela população Lei /2011 (Lei do Acesso à Informação) O art. 5º, LXXIII da CF estabelece que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular; O art. 74, 2º da CF estatui que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato á parte legítima para denunciar irregularidades perante o TCU.
11 CLASSIFICAÇÕES RELEVANTES 2) Quanto ao momento do exercício: Controle Prévio ou a priori Controle Concomitante Controle Posterior ou a posteriori
12 Controle Prévio ou a priori: É exercido antes do início da prática, ou antes, da conclusão do ato administrativo. Requisito de validade do ato Controle Concomitante: É exercido durante a realização do ato e permite a verificação da regularidade de sua formação
13 Controle Posterior ou a posteriori: A mais comum das modalidades, é exercido após a conclusão do ato e possibilita a correção de defeitos, sua anulação, sustação ou ratificação. Também é chamado por alguns autores de corretivo.
14 CLASSIFICAÇÕES RELEVANTES 3) Quanto ao aspecto controlado: Controle de Legalidade (ou de Legitimidade) Controle de Mérito
15 Controle de Legalidade (ou de Legitimidade): Verifica se o ato foi praticado em conformidade com a lei, é corolário do Princípio da Legalidade. Legitimidade Legalidade Pode ser exercido pela própria Administração (interno princípio da autotutela) ou pelos poderes Judiciário e Legislativo (externos).
16 Controle de Legalidade (ou de Legitimidade): Basicamente, o controle de legalidade dos atos administrativos poderá resultar na sua confirmação (homologação, visto, aprovação) ou na sua rejeição (anulação). Ato Válido, Ato Nulo e Ato anulável (Anulação e Convalidação)
17 Controle de Mérito: Verifica a eficiência, a oportunidade e a conveniência do ato controlado. Exercido pela própria Administração Pública (Poder que emitiu o ato) Incide apenas sobre atos discricionários, podendo resultar na revogação deles
18 Controle de Mérito: O Poder Judiciário não controla o mérito dos atos administrativos, porém, sempre haverá controle de legalidade.
19 RESUMÃO MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO ATO DISCRICIONÁRIO MOTIVO + OBJETO CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE
20 CLASSIFICAÇÕES RELEVANTES 3) Quanto à amplitude: Controle Hierárquico Controle Finalístico
21 Controle Hierárquico: Típico do Executivo, sendo um controle interno e resulta do escalonamento vertical dos órgãos/entidades da Administração Pública. Verifica legalidade e/ou mérito e para o seu exercício são necessárias as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação.
22 Controle Finalístico: Exercido pela Administração Direta sobre a Administração Indireta, baseada na relação de vinculação, é denominada de Supervisão Ministerial. Depende de norma legal que estabeleça: os meios, os aspectos, as ocasiões, as finalidades e a autoridade controladora. Para MSZP é um controle externo (CESPE)
23 CUIDADO! ADM. DIRETA X ADM. INDIRETA PODE (CERTO) Vinculação Tutela Controle Finalístico Supervisão Ministerial NÃO PODE (ERRADO) Subordinação Hierarquia Controle Hierárquico Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 23
24 C O N T R O L E H I E R Á R Q U I C O UNIÃO MINISTÉRIOS (PREVIDÊNCIA) SECRETARIAS DIRETORIAS RESUMÃO! CONTROLE FINALÍSTICO INSS GABINETES DIRETORIAS SEÇÕES C O N T R O L E H I E R Á R Q U I C O Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 24
25 CONTROLE ADMINISTRATIVO É aquele exercido pela própria Administração sobre os seus atos, analisando aspectos relativos ao mérito dos atos administrativos e os aspectos de legalidade. É realizado pelo Executivo e pelos órgãos administrativos do Legislativo e do Judiciário. É derivado do poder-dever de autotutela que a Administração detém sobre seus atos e agentes.
26 CONTROLE ADMINISTRATIVO Pode ser exercido de ofício ou mediante provocação Caracteriza-se um controle interno e de forma geral se dá mediante fiscalização (a pedido ou de ofício) hierárquica ou recursos administrativos. Processo Administrativo (Recursos Administrativos e Revisão Lei 9.784/99)
27 CONTROLE ADMINISTRATIVO SÚMULA 473 DO STF: A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL.
28 CONTROLE LEGISLATIVO O controle legislativo, ou parlamentar, é exercido pelos órgãos legislativos ou pelas comissões parlamentares sobre determinados atos do Executivo Só poderá ocorrer nas situações e nos limites expressamente previstos na CF (princípio da independência e harmonia dos poderes clausula pétrea).
29 CONTROLE LEGISLATIVO Trata-se de controle externo e político, podendo ater-se aos aspectos de legalidade ou de conveniência pública. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União... ESTUDAR COMPETÊNCIAS DO TCU
30 CONTROLE LEGISLATIVO Compete ao Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta (art. 49, X da CF); Compete ao Congresso Nacional sustar os atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 49, V da CF). Este controle e só de legalidade e não de mérito; Compete ao Congresso Nacional sustar contratos ilegais, mediante solicitação do TCU (art. 71, 2º.)
31 CONTROLE LEGISLATIVO As CPIs terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e serão criadas para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao MP, para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores (art. 58, 3º da CF). Compete ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade (art. 52, I)
32 CONTROLE JUDICIÁRIO O controle judiciário, ou judicial, é o exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos praticados pelo Poder Executivo, Legislativo. Origem: CF, art. 5 o., XXXV (Inafastabilidade da tutela jurisdicional) Caracteriza-se com uma forma de controle externo, dependendo sempre de provocação do interessado.
33 CONTROLE JUDICIÁRIO Em regra, exercido a posteriori, e versa sobre legalidade Ocorre mediante provocação e tem como efeito a anulação (nunca revogação), efeito ex tunc. Remédios Constitucionais
34 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 1(CESPE/SEDF/2017) O poder de fiscalização que a Secretaria de Estado de Educação do DF exerce sobre fundação a ela vinculada configura controle administrativo por subordinação. 2(CESPE/SEDF/2017) É garantido ao Poder Judiciário o controle de mérito administrativo dos atos administrativos, pois lesão ou ameaça a direito não podem ser excluídas da apreciação de juiz. 3(CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário/2017) Por força do princípio da eficiência, não cabe falar em controle concomitante de um ato administrativo, sob risco de entraves desnecessários à consecução do interesse público.
35 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 4(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) Controle interno é o que se consuma pela verificação da conveniência e oportunidade da conduta administrativa. 5(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) O controle de legalidade é controle externo na medida em que é necessariamente processado por órgão jurisdicional. 6(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) Controle administrativo é a prerrogativa que a administração pública possui de fiscalizar e corrigir a sua própria atuação, restrita a critérios de mérito. 7(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) O controle que a União exerce sobre a FUNAI caracteriza-se como controle por subordinação, uma vez que esta é uma fundação pública federal.
36 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 8(CESPE/PCPE/Agente de Polícia/2016) O controle dos órgãos da administração pública pelo Poder Legislativo decorre do poder de autotutela, que permite, por exemplo, ao Legislativo rever atos do Poder Executivo se ilegais, inoportunos ou inconvenientes. 9(CESPE/TCE-PA/Auditor/2016) Exercerá controle do tipo legislativo determinada casa legislativa que anular ato executado por uma de suas unidades gestoras. 10(CESPE/PC-GO/Agente de Polícia/2016) O controle por vinculação possui caráter externo, pois é atribuído a uma pessoa e se exerce sobre os atos praticados por pessoa diversa.
37 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 1 F 2 F 3 F 4 F 5 F 6 F 7 F 8 F 9 F 10 V
38 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES
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