N/Referência: P.º R P 84/2016 STJ-CC Data de homologação: Manuela G, Advogada, em representação de Abílio P...e Arlete... R...

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "N/Referência: P.º R P 84/2016 STJ-CC Data de homologação: Manuela G, Advogada, em representação de Abílio P...e Arlete... R..."

Transcrição

1 DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 45/ CC /2016 N/Referência: P.º R P 84/2016 STJ-CC Data de homologação: Recorrente: Manuela G, Advogada, em representação de Abílio P...e Arlete... R... Recorrido: Conservatória do Registo Predial de Assunto: Palavras-chave: Recusa de registo de aquisição Escritura pública de justificação notarial como título para a aquisição do direito de propriedade com a declaração, inter alia, de que a partir de 1977 os proprietários não mais cobraram renda, nem os arrendatários a pagaram ou sequer depositaram Inscrição de arrendamento em vigor a favor dos justificantes Detenção versus posse Inversão do título da posse. Aquisição Justificação Renda Arrendamento Detenção Posse Inversão do título da posse. PARECER Relatório 1. Manuela G, Advogada, interpõe recurso hierárquico da decisão de qualificação que recusou o registo de aquisição da AP de 2016/05/23, no prédio n.º 1621/ da freguesia de C..., concelho de B..., com principal fundamento legal no disposto na alínea b), do n.º 1, do artigo 69.º do Código do Registo Predial (CRP) e nos artigos 1287.º e seguintes do Código Civil (CC), por, no entendimento da Conservatória, o facto não se encontrar titulado nos documentos apresentados, uma vez que a posse exercida pelos justificantes na escritura de justificação apresentada corresponde a um mero direito ao arrendamento O prédio n.º 1621/ contém duas inscrições de aquisição em vigor: a favor de Mariana C..., divorciada AP... de 1914/05/30; e a favor de Manuel M..., casado AP... de 1944/06/ Incide ainda sobre o prédio: Uma inscrição de arrendamento AP... de 1920/06/12 em que figurava inicialmente como sujeito ativo, Manuel P..., casado, e como sujeito passivo, Mariana C..., divorciada pelo prazo de 400 anos, a contar de 15/08/1920; Consecutivos averbamentos de transmissão do arrendamento inscrito, dos quais resulta se encontrar vigente: a favor de Abílio... R... e mulher Ilda. R, casados sob o regime da comunhão geral AP... de 1/12

2 1977/02/21; e a favor de Abílio P...e mulher Arlete... R..., casados sob o regime da comunhão geral AP... de 1977/05/ O documento base para o registo foi uma escritura de justificação notarial de 24/03/2016, na qual foram justicantes Abílio.P...e mulher Arlete... R..., na qual declararam, além do mais: - [...]. Que são donos e legítimos proprietários dum prédio rústico denominado A, freguesia da C..., concelho de B... [...] inscrito na respetiva matriz, em nome dele justificante Abílio P..., sob o artigo 18 da secção C [...]. - Que o referido prédio está descrito na Conservatória do Registo Predial de sob o número mil seiscentos e vinte e um, da dita freguesia, com a aquisição e arrendamento aí registados nas seguintes proporções: um sexto indiviso a favor de Mariana C... [...]. Cinco sextos indivisos a favor de Manuel M... [...]. Que sobre o identificado prédio incide uma sublocação de metade de arrendamento a longo prazo a favor dele justificante [...]. - Que o referido direito ao arrendamento foi constituído inicialmente pelos avós maternos dele justificante marido, em mil novecentos e vinte, pelo prazo de quatrocentos anos, e, nessa altura, sempre pagaram renda à proprietária. [...]. - Sensivelmente a partir de mil novecentos e setenta e quatro (e com total segurança desde mil novecentos e setenta e sete) os proprietários não mais cobraram renda, nem os arrendatários a pagaram ou sequer depositaram sendo que, nessa altura, os possuidores do prédio eram os pais do justificante, Abílio... R... e mulher Ilda R ambos naturais da dita freguesia de C... e que foram casados sob o regime da comunhão geral e aí residentes, os quais desde esse ano, sempre cultivaram e trataram a terra e retiraram dela proveitos como proprietários, sem nunca ter sido contestada por ninguém tal uso e fruição. - Que, assim, não obstante a dita inscrição, desde aquele ano de mil novecentos e setenta e sete, pelo menos, os pais dele justificante entraram na posse da totalidade do prédio na convicção de que eram os únicos titulares do direito de propriedade, e, posteriormente, após a morte de sua mãe Ilda R em sete de fevereiro de dois mil e três, o seu viúvo Abílio... R... e o filho, o ora justificante e depois da morte de seu pai em vinte e quatro de janeiro de dois mil e nove e até ao presente, o primeiro outorgante como seu único herdeiro conforme escritura de habilitação de herdeiros, outorgada neste Cartório Notarial, anteriormente a esta sempre cultivaram e trataram a terra e retiraram dela proveitos como proprietários, sem nunca ter sido contestada por ninguém tal uso e fruição. - Que essas posses, em ambos os casos sempre de boa fé, igualmente não pagando qualquer renda, [...] posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exerce direito próprio, explorando o referido prédio, nele fazendo plantações e dele colhendo os frutos, conservando-o e pagando os respetivos encargos, [...] pelo que dadas as circunstâncias da indicada posse, [...] ele primeiro outorgante e mulher pelo regime de casamento, adquiriram aquele imóvel por usucapião [...]. 2/12

3 2. No recurso hierárquico, tempestivo, o qual se dá aqui por inteiramente reproduzido, alega-se, entre o mais: - Que o ordenamento jurídico português adota a conceção subjetiva de posse, daí a definição constante do artigo 1251.º do CC, a qual contém presentes os dois elementos da posse: o corpus e o animus; - Que a posse, por certo lapso de tempo e com certas características, conduz ao direito real que indica, isto é, ao fenómeno da usucapião, definido no artigo 1287.º do CC; - Contudo, nos termos do artigo 1290.º do CC a posse é suscetível de levar à dominialidade se houver inversão do título da posse; - Que foi precisamente por configurar detenção a atuação pelos avós maternos do justificante marido, sobre o imóvel, no período de tempo compreendido entre 1920 e 1977, que a escritura de justificação se reporta a esse momento; - No entanto, mais aduz a escritura de usucapião a inversão da mera detenção ou posse precária, em posse contendo os dois elementos definidores: o corpus e o animus. - Mostrando-se assim preenchidos os requisitos de corpus e o animus por parte do justificante e seus antecessores, desde o momento da sua aquisição (1977) como do da sua conservação, até ao presente Invoca-se, em abono do pensamento indicado, inúmera jurisprudência, nomeadamente, do Supremo Tribunal de Justiça Acórdão de 17/04/2008 do Tribunal da Relação de Coimbra Acórdão de 17/11/2009 e do Tribunal da Relação de Lisboa Acórdão de 09/12/ Conclui-se que no caso em apreço, os justificantes exteriorizaram uma vontade categórica de possuir em nome próprio, revelada ostensivamente por atos positivos de oposição ao proprietário: posse pública, pacífica e do conhecimento de todos, assim como deixaram de pagar a renda e passaram a pagar os encargos, impostos relativos ao prédio, desde 1977, ou seja, com verdadeiro animus sibi habendi Termina-se por requerer a procedência do recurso por falta de fundamentação legal do despacho proferido 1 ou, caso assim não se entenda, porque a escritura de justificação é título bastante e suficiente para justificar a posse, que conduziu à aquisição do prédio por usucapião. 1 Quanto a este ponto, há que convocar as disposições pertinentes do Código de Processo Civil (CPC), enquanto direito subsidiário (artigo 156.º do CRP). No que respeita aos fundamentos da decisão, nos termos do disposto no artigo 615.º, n.º 1, alíneas b) e c) do CPC, é nula a sentença quando: Não especifique os fundamentos de facto e de direito que justificam a decisão ou Os fundamentos estejam em oposição com a decisão ou ocorra alguma ambiguidade ou obscuridade que torne a decisão ininteligível. Contudo, julgamos que não faltam ao despacho nem os fundamentos de direito ou os fundamentos de facto: invoca-se a norma registal que fundamenta a recusa o artigo 69.º, n.º 1, al. b) bem como as normas de direito substantivo pertinentes 1287.º e ss. do CC bem como se afirma que a posse exercida pelos justificantes que aí figuram corresponde a um mero direito ao arrendamento, o que equivale a dizer uma posse precária ou a título de meros detentores. 3/12

4 3. No despacho de sustentação, previsto no artigo 142.º-A, n.º 1, do CRP, que se dá aqui por integralmente reproduzido, é sustentada a qualificação e explicitado que tendo os justificantes a posse de locatários não a podem invocar para adquirir o direito de propriedade, pois, nos termos do disposto no artigo 1287.º do CC, o possuidor apenas tem a faculdade de adquirir o direito a cujo exercício corresponde a sua atuação. Afirma-se também que o locatário é havido como detentor ou possuidor precário, o qual tem a detenção da coisa, mas não exerce os poderes de facto com o animus de exercer o direito real correspondente. Para a Conservatória, o não pagamento da renda consubstancia um mero incumprimento contratual e não corolário com vista à invocação de posse tendente à aquisição do direito real de propriedade. 4. O processo é o próprio, as partes têm legitimidade e o recurso é tempestivo, pelo que cumpre apreciar. APRECIAÇÃO 1. A posse é um produto do Direito Romano 2. Porém, acolá, nem todos os que tinham o poder de facto eram possuidores. Diferenciava-se a possessio naturalis da possessio. A possessio naturalis, de acordo com as fontes maioritárias, significa a detenção, não uma verdadeira posse, isto é, o detentor também tem o elemento de facto que está na base da posse, mas, não tendo intenção de exercer um direito próprio, o animus possidendi, atua em nome e por conta de outra pessoa, esta a verdadeira possuidora. Por confronto com a detenção, a simples possessio é a posse, a qual envolve um elemento material possidere corpore ou corpus e um elemento subjetivo - animus possidendi, possidentis, animus domini ou animus rem sibi habendi, etc. Por conseguinte, para os romanos, quem tem o possidere corpore sem o animus possidendi é mero detentor Constatando-se na doutrina a complexidade da noção de posse 3, manifestaram-se historicamente duas teorias contrapostas acerca dos elementos da posse, aparentemente limitadas pelos textos romanos: a teoria subjetivista da posse de SAVIGNY e a teoria objetivista de JHERING 4. Para a primeira, a teoria clássica da posse, só pode ser possuidor o que, para além da detenção, tiver o animus, isto é, a intenção de ser proprietário, mesmo que não o seja e não o saiba, pelo que, de acordo com esta teoria, a posse desdobra-se em dois elementos: o elemento físico da relação material entre um sujeito e uma coisa, a designada detenção de 2 JOSÉ ALBERTO C. VIEIRA, Direitos Reais, Coimbra: Coimbra Editora, 2008, pp. 514 e ss. 3 ANTÓNIO MENEZES CORDEIRO, A Posse: Perspectivas Dogmáticas Actuais, Coimbra: Almedina, 1997, pp FRIEDRICH CARL SAVIGNY, Das Recht Des Besitzes, Darmstadt, 1967 (Reimpressão da 7. Auflage, Wien, 1865) e RUDOLF JHERING, Über den Grund des Besitzesschutzes Eine Revision der Lehre vom Besitz (Reimpressão da 2. Auflage, Jena, 1869), apud JOSÉ ALBERTO C. VIEIRA, Direitos Reais, cit. 4/12

5 SAVIGNY ou o atualmente mencionado corpus, e o animus, o qual para o autor era a vontade de atuar como proprietário, ou a vontade de atuar como titular de um direito real de gozo. Assim, sem o animus, não existe posse, mas mera detenção. Para a teoria objetivista, a posse contém um elemento real, o corpus possessório, e a intenção inerente à ação do possuidor. Pensando o corpus como contendo em si o animus, a vontade de atuar como titular de um direito real, havendo corpus, só não haverá posse se existir uma norma jurídica concreta que qualifique a situação como mera detenção Entre nós, a posição subjetivista é ainda maioritária, quer na doutrina, quer na jurisprudência 6. MANUEL RODRIGUES, na sua obra jurídica clássica A Posse, defendeu que a posse é constituída por dois elementos, o corpus e o animus possidendi, apadrinhando a teoria subjetivista 7. Seguiram a mesma perspetiva, PIRES DE LIMA e ANTUNES VARELA, HENRIQUE MESQUITA, MOTA PINTO, ORLANDO DE CARVALHO, SANTOS JUSTO, JOSÉ TAVARES, DIAS MARQUES, PAULA COSTA E SILVA, RUI PINTO e CUNHA GONÇALVES. Todavia, advogam a conceção objetivista da posse, ANTÓNIO MENEZES CORDEIRO 8, OLIVEIRA ASCENSÃO, CARVALHO FERNANDES e MENEZES LEITÃO Naturalmente, quanto à questão de saber qual a teoria da posse constante do Código Civil português, em face do disposto no artigo 1251.º do CC e essencialmente no determinado no artigo 1253.º, a) do CC, os autores subjetivistas defendem a consagração da teoria subjetivista na ordem jurídica portuguesa, manifestando os autores objetivistas que o Código Civil português é integralmente objetivista em sede de regulação da posse 9. 5 Para JOSÉ ALBERTO C. VIEIRA, Direitos Reais, cit., p. 532, As duas teorias exprimem uma visão muito diferente da posse. Enquanto a teoria subjetivista deixa a decisão sobre a posse com o possuidor, na perscrutação da sua vontade relativamente à situação, numa estranha renúncia à ordenação jurídica pelo Direito, a teoria objetivista atribui à lei o critério de aferição de uma situação como posse ou detenção. Sempre que um sujeito tenha a posse em seu poder, existe posse, a não ser que, por força de uma norma legal concreta, a posse lhe seja negada. 6 Cf. JOSÉ ALBERTO C. VIEIRA, Direitos Reais, cit., pp e MARGARIDA COSTA ANDRADE, (Alguns) Aspectos polémicos da posse de bens imóveis no direito português, Cadernos do Cenor, Centro de Estudos Notariais e Registais, N.º 1, Coimbra: Coimbra Editora, pp MANUEL RODRIGUES, A Posse. Estudo de Direito Civil Português, in FERNANDO LUSO SOARES, Ensaio sobre a Posse como fenómeno social e instituição jurídica, Coimbra: Almedina, 1980, p Na verdade, o autor constata que o Código Civil português consagra um sistema misto, ou melhor (como o próprio escreve), sobreposto. Cf. ANTÓNIO MENEZES CORDEIRO, A Posse: Perspectivas Dogmáticas Actuais, cit., p Assim também JOSÉ ALBERTO C. VIEIRA, Direitos Reais, cit., pp Diz o autor: [...]. Havendo corpus possessório e não incidindo nenhuma norma jurídica que descaracterize a situação para a mera detenção, nomeadamente qualquer das alíneas do art º, existirá posse. O animus não é, assim, um dos elementos da posse. MARGARIDA COSTA ANDRADE, (Alguns) Aspectos polémicos da posse [...]., cit., p. 91, afirma, diferentemente, que o Código Civil português adota uma posição subjetivista, contudo, mitigada. No seguimento, são dois os elementos constitutivos da posse: o corpus, o exercício de poderes de facto sobre a coisa, ao qual deve juntar-se o animus, que é a vontade de agir como titular do direito correspondente aos atos realizados. 5/12

6 1.4. Em suma, sendo fundamental a distinção entre posse e detenção para inúmeros efeitos (cf. artigos 1268.º, 1276.º e ss., 1284.º, 1270.º, n.º 1, 1273.º a 1275.º, 1269.º e 1290.º do CC), para os defensores da teoria subjetivista o detentor é aquele que, tendo embora o corpus da posse, a detenção da coisa, não exerce o poder de facto com o animus de exercer o direito real correspondente (animus possidendi) 10, enquanto que para os seguidores da teoria oposta, a detenção resulta da descaracterização, pela lei ou através do título constitutivo da posse, de certo comportamento como corpus sucessório Não obstante as diferentes conceções doutrinárias, a norma fundamental no âmbito da detenção, no regime da posse, é o artigo 1253.º do CC. Iniciando o artigo 1251.º do mesmo código por nos dar o conceito de posse como poder que se manifesta quando alguém atua por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade ou de outro direito real, são depois considerados como detentores ou possuidores precários: a) os que exercem o poder de facto sem intenção de agir como beneficiários do direito; b) os que simplesmente se aproveitam da tolerância do titular do direito; c) os representantes ou mandatários do possuidor e, de um modo geral, todos os que possuem em nome de outrem No que respeita à alínea a) do artigo 1253.º, são divergentes as interpretações do preceito consoante a conceção de posse seguida. Para uns, não pode haver a intenção de agir como beneficiário do direito, pelo que o poder que se exerce é precário 13 ; para outros, a intenção a que se refere a norma é a declarada, deve ser exteriorizada por quem exerce os poderes de facto, com manifestação expressa ou tácita da vontade, para que não se seja tido como possuidor precário ou detentor 14. A alínea b) refere-se aos denominados atos de mera tolerância, portanto às hipóteses em que se consente a alguém o aproveitamento material da coisa, sem que haja lugar à constituição de qualquer direito a favor do beneficiário da autorização. A alínea c) do artigo 1253.º 10 Nesse sentido, PIRES DE LIMA e ANTUNES VARELA, Código Civil Anotado (com a colaboração de HENRIQUE MESQUITA) Vol. III, 2.ª Ed., Coimbra: Coimbra Editora, 1987, p Assim, LUÍS A. CARVALHO FERNANDES, Lições de Direitos Reais, 6.ª Ed., Lisboa: Quid Juris, 2010, p Neste contexto, para os seguidores da teoria objetivista, o locatário (artigo 1037.º, n. 2 do CC), o parceiro pensador (artigo 1125.º, n.º 2 do CC), o comodatário (artigo 1133.º, n.º 2) e o depositário (artigo 1188.º, n.º 2 do CC), por exemplo, são verdadeiros possuidores e não detentores. Dispõem das ações possessórias, da posse, ainda que não extensiva à usucapião. Trata-se, agora, do exercício de poderes inerentes a certo direito, que preencheria os requisitos do corpus, mas é descaracterizado como posse com base no seu próprio título jurídico. A faculdade jurídica de usar ou fruir determinada coisa integra o conteúdo específico de um direito de outra natureza, que não o direito de propriedade. Para quem adote a posição subjetivista serão autênticos detentores. 13 Cf. MANUEL HENRIQUE MESQUITA, Direitos Reais: Sumário das Lições ao Curso de , Coimbra, 1967, pp Cf. LUÍS A. CARVALHO FERNANDES, op. cit., pp e JOSÉ ALBERTO C. VIEIRA, Direitos Reais, cit., pp /12

7 consagra as situações em que alguém possui em nome de outrem. Abrange os casos dos representantes ou mandatários do possuidor, bem como do locatário, do comodatário, do depositário, etc Por conseguinte, julgamos ser para todos pacífico que o titular do direito de arrendamento é sempre detentor quanto à propriedade, possuindo em nome de outrem quanto a este direito. No entanto, poderá adquirir a posse em termos de propriedade, precisamente por uma das formas previstas na lei de aquisição originária da posse, isto é, por inversão do título da posse É o instituto previsto nos artigos 1263.º, alínea d), e 1265.º do CC, o qual se deve complementar com o disposto nos artigos 1290.º e 1406.º, n.º 2, do mesmo código. Por esta via de aquisição originária e instantânea da posse 16, sinteticamente, opera-se a conversão de uma situação de mera detenção em verdadeira posse. Acompanhando ORLANDO DE CARVALHO, o processo de inversão implica dois pressupostos: que o inversor já esteja antes numa situação de detenção e que passe a agir em termos de um direito real, ou de um direito real mais denso do que aquele em termos do qual agia, e essa intenção seja não só inequívoca como sindicável Como claramente se estatui no artigo 1265.º, pode dar-se por oposição do detentor contra aquele em cujo nome possuía ou por ato de terceiro capaz de transferir a posse. No primeiro caso, o mero detentor da coisa passa a assumir manifestamente uma posição real mais intensa do que aquela que vinha usufruindo. No segundo caso, um terceiro transfere ou constitui um direito real em benefício do referido detentor, o qual, ao intervir nessa transferência ou constituição, passa a assumir essa posição real. A inversão do título da posse determina a aquisição da posse na medida do direito a que o detentor passa a referir a sua atuação sobre a coisa. Detenhamo-nos na primeira hipótese e em exemplos aflorados pela doutrina (sempre que possível que respeitem ao arrendamento), compreendendo, na investigação, seguidores de ambas as teorias sobre a posse. 3. Para MANUEL RODRIGUES, a oposição deve resultar de atos inequívocos, isto é, deve significar que o detentor quer, doravante, possuir para si, através de ações positivas. Não há inversão quando o detentor deixa de cumprir as obrigações impostas pelo ato jurídico em virtude do qual detém. E assim, assegura, não inverte o título o arrendatário que não paga a renda. Assume a posição de que a recusa do pagamento das rendas deve ser acompanhada da explicitação pelo arrendatário de que as não paga por se considerar proprietário Quanto ao exemplo do locatário, enunciam PIRES DE LIMA e ANTUNES VARELA, Código Civil Anotado, Vol. III, cit., p. 9, que as realidades do artigo 1253.º complementam-se, pelo que o locatário, não age como beneficiário do direito de propriedade (alínea a)) e é um possuidor em nome alheio (alínea c)). 16 Cf. ORLANDO DE CARVALHO, Direito das Coisas, (Coord.: FRANCISCO LIBERAL FERNANDES, MARIA RAQUEL GUIMARÃES e MARIA REGINA REDINHA), 1.ª Ed., Coimbra: Coimbra Editora, 2012, pp MANUEL RODRIGUES, A Posse. Estudo de Direito Civil Português, cit., pp , nota a). 7/12

8 3.1. PIRES DE LIMA e ANTUNES VARELA exemplificam também com o caso do arrendatário que, em certo momento, se recusa a pagar as rendas com o fundamento de que o prédio é seu. Em face da hipótese, afiançam que é preciso um ato de oposição contra a pessoa em cujo nome o opoente possuía, devendo o detentor dar-lhe a conhecer, judicial ou extrajudicialmente, a sua intenção de atuar como titular do direito No mesmo sentido, HENRIQUE MESQUITA. A oposição há de manifestar-se por atos positivos, inequívocos e praticados na presença ou com o conhecimento daquele a quem se opõem. O exemplo é igual: o arrendatário recusa o pagamento da renda ao senhorio com o fundamento de que o prédio lhe pertence ORLANDO DE CARVALHO acentua que a oposição deve ser séria, traduzida num propósito sério de se fazer valer. Distinguindo entre oposição explícita e implícita, afirma que a primeira é a oposição formal, por meios notificativos diretos e levada ao conhecimento do possuidor, na qual a declaração é que é importante, pois na sua ausência os atos complementares seriam equívocos. Reproduzimos. É o caso do arrendatário que não permite o exame da coisa locada ou se recusa ao pagamento da renda [...]. Sem a declaração de oposição esses atos poderiam constituir atos de mero incumprimento. A declaração é que os qualifica, embora eles traduzam a seriedade do propósito contraditório Fazendo a mesma reflexão, SANTOS JUSTO diz que o caso mais corrente de oposição do detentor contra aquele em nome de quem possuía é o do arrendatário que, em certo momento, se recusa a pagar a renda, afirmando que o prédio lhe pertence. Mas exige também que a intenção do detentor de atuar como titular do direito seja comunicada, por via judicial ou extrajudicial, à pessoa em nome de quem possuía MENEZES CORDEIRO expõe que não basta ao mero detentor o efetivo controlo da coisa para que ocorra a inversão do título da posse, mas antes uma atuação efetiva contra o possuidor de tal modo que, com publicidade, seja cognoscível pelos interessados a verdadeira posse em nome próprio. Alude à jurisprudência onde se entendeu que o simples não pagamento da renda, pelo locatário, não constituía inversão, mau grado estar aí em causa uma falta de pagamento que se prolongou por 50 anos! OLIVEIRA ASCENSÃO explica que a oposição tem de ser categórica, de modo a sobrepor-se à aparência que era representada pelo título. Coloca a seguinte hipótese: se o usufrutuário declara perentoriamente que é ele 18 PIRES DE LIMA e ANTUNES VARELA, Código Civil Anotado, Vol. III, cit., p MANUEL HENRIQUE MESQUITA, Direitos Reais: Sumário das Lições ao Curso de , cit., pp ORLANDO DE CARVALHO, Direito das Coisas, cit., pp A. SANTOS JUSTO, Direitos Reais, 3.ª Ed., Coimbra: Coimbra Editora, 2011, pp A exclamação é do texto original. Cf. ANTÓNIO MENEZES CORDEIRO, A Posse: Perspectivas Dogmáticas Actuais, cit., p /12

9 quem é o proprietário, que apenas por engano agiu a título de usufrutuário, e faz saber ao proprietário da sua oposição No entendimento de CARVALHO FERNANDES, se a inversão exige a oposição do detentor contra aquele em cujo nome possuía, para operar, é necessário que o comportamento exterior do detentor signifique essa alteração do título por quem pratica os atos de exercício do direito. É a circunstância em que o locatário de um prédio rústico se recusa a pagar a renda e, arrogando-se direito ao prédio, altera o seu sistema de exploração, cortando, por exemplo, um pinhal nele existente para passar a fazer culturas de sequeiro Para MENEZES LEITÃO, na primeira modalidade de inversão do título da posse, o detentor pratica atos que contradizem a situação de estar a possuir em nome alheio. Os atos terão de indiciar inequivocamente que o detentor quer doravante passar a possuir em nome próprio, não se podendo inferir essa inversão de simples omissões. Por isso, escreve, o facto de o arrendatário não pagar as rendas não constitui inversão do título, antes comporá a falada inversão o facto de o arrendatário comunicar ao proprietário que o motivo porque não paga as rendas é o de se ter passado a considerar proprietário Por último, mas não menos importante, JOSÉ ALBERTO VIEIRA, o qual considera que por oposição do detentor se deve entender que: i) a oposição pode ser material (v.g., construção de um muro à volta da casa), constituir um ato jurídico (v.g., pagamento da contribuição autárquica) ou assumir as duas formas; ii) a oposição pode ser judicial ou extrajudicial; e iii) quando a oposição não for comunicada ao possuidor, deve ser exteriormente reconhecível por este e significar, sem margem para dúvidas, a afirmação de um direito próprio pelo detentor, diverso do anterior. Prossegue: A não entrega da coisa no final do prazo contratual, o incumprimento de obrigações, como é o caso do não pagamento das rendas ao senhorio, a controvérsia sobre a validade do contrato ou sobre as obrigações das partes, por exemplo, não têm por si só o significado correspondente a uma inversão do título da posse se não forem acompanhados da afirmação inequívoca de um direito próprio sobre a coisa A posse é a base para a usucapião, emergindo esta no Código Civil no contexto da posse, nos artigos 1287.º a 1301.º. A doutrina alude à posse boa para a usucapião, quando, através dela, se permite a aquisição de um 23 JOSÉ DE OLIVEIRA ASCENSÃO, Direito Civil. Reais, 5.ª Ed., Coimbra: Coimbra Editora, 1993, p LUÍS A. CARVALHO FERNANDES, op. cit., pp Pode aí ler-se também (p. 293): [...], tal como o arrendatário não adquire a propriedade do local arrendado, se deixar de pagar a renda por mais de vinte anos, também o superficiário não adquire a propriedade do solo se deixar de pagar o cânon superficiário durante igual período de tempo, salvo se houver usucapião em seu benefício, o que pressupõe inversão do título. 25 LUÍS MANUEL TELES DE MENEZES LEITÃO, Direitos Reais, 3.ª Ed., Coimbra: Almedina, 2012, p JOSÉ ALBERTO C. VIEIRA, Direitos Reais, cit., pp /12

10 direito real de gozo, por, designadamente, a posse ser pública e pacífica, se ter verificado o decurso do tempo necessário e ser invocada subsequentemente pelo interessado Assim, define-se a usucapião como a constituição, facultada ao possuidor, do direito real correspondente à sua posse, desde que esta assuma determinadas características e se tenha mantido pelo lapso de tempo determinado na lei Mas, como vimos, a usucapião é privativa da posse em sentido próprio, pois a mera detenção ou posse precária não permite a aquisição do direito a cujo exercício corresponde a atuação, a não ser que se transforme em verdadeira posse por inversão do título. Podemos então acrescentar que a posse boa para usucapião é uma verdadeira posse É o que resulta expressamente do artigo 1290.º do CC: apenas os detentores ou possuidores precários que hajam invertido o título da posse e sejam, dessa forma, verdadeiros possuidores, podem beneficiar da usucapião. Nesse caso, o tempo necessário para a usucapião só começa a correr desde a inversão do título. 5. Resta-nos então apreciar se na escritura pública de justificação apresentada a registo está consignada a inversão do título da posse De acordo com o título, a posse que poderia ser geradora da usucapião é a posse dos pais do justificante marido, que a partir de 1977 não mais pagaram renda, os quais desde esse ano sempre cultivaram a terra e retiraram dela proveitos como proprietários, sem nunca ter sido contestada por ninguém tal uso e fruição, pelo que, pelo menos desde 1977, os pais dele justificante entraram na posse da totalidade do prédio na convicção de que eram os únicos titulares do direito de propriedade, com posterior sucessão naquela posse por parte dos justificantes (artigo 1255.º do CC). Destaque nosso Contudo, estamos convictos de que as declarações prestadas não são suficientes para se dar por concretizada a inversão do título da posse e, como vimos, por força do disposto no artigo 1290.º do CC, os detentores ou possuidores precários só podem adquirir por usucapião achando-se invertido o título da posse Com efeito, a declaração de oposição é que é determinante, porquanto, sem ela, o ato complementar como o de não pagamento da renda é equívoco, podendo simplesmente constituir um ato de mero incumprimento. Acresce que, para que a inversão se verifique e o detentor ou possuidor precário possa adquirir a posse, aquela declaração tem de ser levada ao conhecimento do então possuidor (proprietário) Da escritura pública de justificação trazida a registo retiram-se declarações relativas ao não pagamento da renda, a partir de determinada data, mas não declarações referentes ao motivo do não pagamento, como sejam, 27 Cf. ANTÓNIO MENEZES CORDEIRO, A Posse: Perspectivas Dogmáticas Actuais, cit., p /12

11 declarações feitas pelos pais do justificante aos então proprietários de que o não pagamento da renda era causado por se arrogarem titulares do direito de propriedade sobre o prédio rústico Não pretendemos com isto afirmar que na escritura pública de justificação a contraditio tem que ser provada (judicial ou extrajudicialmente), pois esta não constitui título de usucapião, mas apenas título bastante para o registo, antes significa que deve conter referência a essa declaração de oposição o que permitirá a qualificação inequívoca dos atos complementares como de inversão do título da posse No fundo, é a referência a essa declaração de oposição que irá permitir estabelecer a distinção entre detentor e possuidor para os efeitos do artigo 1290.º supracitado Com o que, julgamos ser manifesto que o facto não está titulado no documento apresentado, devendo o registo ser recusado (artigo 69.º, n.º 1, b) do CRP) 28. Em conformidade, propomos a improcedência do recurso e formulamos as seguintes, CONCLUSÕES I De acordo com o artigo 1253.º, alínea c) do Código Civil são havidos como detentores ou possuidores precários os representantes ou mandatários do possuidor e, de um modo geral, todos os que possuem em nome de outrem. O titular do direito de arrendamento é detentor, possuindo em nome de outrem quanto ao direito de propriedade, podendo adquirir a posse em termos de propriedade por uma das formas previstas na lei de aquisição originária da posse, isto é, por inversão do título da posse. II Através do instituto da inversão do título da posse, opera-se a conversão de uma situação de mera detenção em verdadeira posse, estatuindo o artigo 1265.º do Código Civil que pode dar-se por oposição do detentor contra aquele em cujo nome possuía ou por ato de terceiro capaz de transferir a posse. Na primeira modalidade, é preciso um ato positivo e inequívoco de oposição contra a pessoa em cujo nome o opoente possuía, devendo o detentor dar-lhe a conhecer, judicial ou extrajudicialmente, a sua intenção de atuar como titular do direito. III Da escritura pública de justificação notarial que contém a afirmação, inter alia, de que a partir de 1977 os proprietários não mais cobraram renda, nem os arrendatários a pagaram ou sequer depositaram [...] os quais desde esse ano, sempre cultivaram e trataram a terra e retiraram dela proveitos 28 Sobre a usucapião de prédio onerado vide Processo n.º R.P. 167/2010 SJC-CT, ponto /12

12 como proprietários, sem nunca ter sido contestada por ninguém tal uso e fruição não se retiram declarações suficientes para se dar por concretizada a inversão do título da posse. Parecer aprovado em sessão do Conselho Consultivo de 28 de setembro de Blandina Maria da Silva Soares, relatora, Maria Madalena Rodrigues Teixeira, António Manuel Fernandes Lopes, Luís Manuel Nunes Martins. Este parecer foi homologado em pelo Senhor Vogal do Conselho Diretivo, em substituição. 12/12

N/Referência: P.º C.P. 41/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º C.P. 41/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 10/ CC /2017 N/Referência: P.º C.P. 41/2016 STJ-CC Data de homologação: 20-01-2017 Consulente: Setor Técnico-Jurídico dos Serviços de Registo (STJSR). Assunto:

Leia mais

2015/2016 EXAME ESCRITO DE COINCIDÊNCIA DE DIREITOS REAIS (1.ª

2015/2016 EXAME ESCRITO DE COINCIDÊNCIA DE DIREITOS REAIS (1.ª Em Janeiro de 1985, António herdou do seu tio Xavier o prédio X, situado em Évora, composto por uma vivenda e um extenso terreno, com oliveiras e árvores de frutos. Como António trabalhava no Porto, celebrou

Leia mais

N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 3/ CC /2017 N/Referência: PºR.P.128/2016 STJ-CC Data de homologação: 16-02-2017 Recorrente: A. Raposo..l, advogado. Recorrido: Conservatóia do Registo Predial

Leia mais

P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial.

P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial. P.º n.º R.P. 224/2010 SJC-CT Prédio não descrito. Aquisição. Declaração a que se refere o artigo 42.º, n.º 6 do Código do Registo Predial. DELIBERAÇÃO 1. No dia 27 de Julho de 2010 foi celebrada perante

Leia mais

Ap.e:. Ap.os: Acordam do Tribunal da Relação de Évora

Ap.e:. Ap.os: Acordam do Tribunal da Relação de Évora P.N.432/991;;Ap:TC Odemira. Ap.e:. Ap.os: Acordam do Tribunal da Relação de Évora 1. Na presente acção, pretendem os AA. o reconhecimento do seu direito de propriedade sobre os prédios que melhor virão

Leia mais

Prazo para promover o registo Aquisição Bens futuros Plano de Pormenor Loteamento. PARECER. Relatório

Prazo para promover o registo Aquisição Bens futuros Plano de Pormenor Loteamento. PARECER. Relatório N.º 54/ CC /2014 N/Referência: PROC.: C. P. 63/2013 STJ-CC Data de homologação: 20-10-2014 Consulente: Conservatória do Registo Predial de. Assunto: Termo inicial do prazo para promover o registo de aquisição

Leia mais

P.º R. P. 184/2009 SJC-CT

P.º R. P. 184/2009 SJC-CT P.º R. P. 184/2009 SJC-CT Transferência de património, ao abrigo do D. L. n.º 112/2004 de 13 de Maio, entre dois organismos integrantes do sistema de segurança social, o Instituto da... e o Instituto Recusa

Leia mais

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo DIREITO CIVIL V DA POSSE DA POSSE 1. Conceito: Não há conceito de posse Art. 1196. Posse é um fato DAS TEORIAS DA POSSE TEORIA SUBJETIVA DE SAVIGNY Posse corpus + ânimus domini Corpus - Apreensão física

Leia mais

A TRANSFORMAÇÃO DA POSSE PRECÁRIA EM POSSE AD USUCAPIONEM PELA INVERSÃO DO TÍTULO DA POSSE

A TRANSFORMAÇÃO DA POSSE PRECÁRIA EM POSSE AD USUCAPIONEM PELA INVERSÃO DO TÍTULO DA POSSE A TRANSFORMAÇÃO DA POSSE PRECÁRIA EM POSSE AD USUCAPIONEM PELA INVERSÃO DO TÍTULO DA POSSE José Augusto Lourenço dos Santos Resumo: O presente trabalho propõe-se a examinar a questão da transformação da

Leia mais

N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 5/ CC /2017 N/Referência: PºR.P.135/2016 STJ-CC Data de homologação: 16-02-2017 Recorrente: A. Raposo l, advogado. Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 117/2016 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 117/2016 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 66/ CC /2016 N/Referência: P.º R.P. 117/2016 STJSR-CC Data de homologação: 16-12-2016 Recorrente:..-ALUGUER DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, LDA Recorrido: Conservatória

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 1/ CC /2017 N/Referência: P.º R.P. 118/2016 STJSR-CC Data de homologação: 20-01-2017 Recorrente: Francisco J.., representado por Constantino.., advogado.

Leia mais

Pº R.P. 206/2009 SJC-CT

Pº R.P. 206/2009 SJC-CT Pº R.P. 206/2009 SJC-CT Extinção de usufruto causada pelo óbito do usufrutuário. Obrigatoriedade do registo. Sujeito da obrigação de promover o registo. Termo inicial da contagem do prazo de cumprimento

Leia mais

N/Referência: P.º R P 102/2018 STJSR-CC Data de homologação: Arrendamento Provisório por natureza, artigo 92.º, n.º 2, alínea d).

N/Referência: P.º R P 102/2018 STJSR-CC Data de homologação: Arrendamento Provisório por natureza, artigo 92.º, n.º 2, alínea d). DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 46/ CC /2018 N/Referência: P.º R P 102/2018 STJSR-CC Data de homologação: 15-11-2018 Recorrente: Ana, Advogada Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 212/2010 SJC-CT Penhora. Registo de aquisição de imóvel penhorado. Averbamento à descrição. Recusa. DELIBERAÇÃO A ficha... descreve um terreno para construção com a área de 2 080m2, inscrito

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 31/2015 STJSR-CC Data de homologação: Relatório

N/Referência: P.º R.P. 31/2015 STJSR-CC Data de homologação: Relatório DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 39/ CC / 2015 N/Referência: P.º R.P. 31/2015 STJSR-CC Data de homologação: 01-06-2015 Recorrente: Fernando T., advogado Recorrido: Conservatória do Registo

Leia mais

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT-

Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Pº R.P. 241/2008 SJC-CT- Acção proposta no âmbito do artº 205º CPEREF- Ordem de separação de determinado prédio da massa falida Cancelamento de hipotecas e penhoras Insuficiência do título. DELIBERAÇÃO

Leia mais

N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 59/ CC /2016 N/Referência: PºR.P.95/2016 STJ-CC Data de homologação: 23-10-2016 Recorrente: Município de P... Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO

P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO P.º n.º R.P. 43/2010 SJC-CT Transmissão de locação financeira. Recusa. DELIBERAÇÃO 1., advogado, apresentou na Conservatória do Registo Predial de, no dia de de ( Ap. ), um pedido de registo a que chamou

Leia mais

Direitos Reais. Programa

Direitos Reais. Programa Direitos Reais Programa Pedro Caetano Nunes 2014/2015 (1) Corresponde ao Programa da disciplina de Direitos Reais, tal como definido pelo Professor Doutor Rui Pinto Duarte quando foi regente desta disciplina

Leia mais

Consulente: Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de.

Consulente: Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de. Pº C.Co.53/2010 SJC-CT Consulente: Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de. Consulta: Qual a data a considerar como sendo a da designação e da cessação de funções de membros dos órgãos

Leia mais

Pº C.P. 34/2010 SJC-CT É

Pº C.P. 34/2010 SJC-CT É Pº C.P. 34/2010 SJC-CT É obrigatória a constituição de advogado no recurso de apelação interposto pelo presidente do Instituto dos Registos e do Notariado, I.P., ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo

Leia mais

P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT

P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT P.º n.º R.P. 242/2010 SJC-CT Prédio inscrito a favor dos autores da herança. Pagamento das dívidas destes. Penhora. Habilitação dos herdeiros. Identificação dos sujeitos. Documento bastante. DELIBERAÇÃO

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório P.º n.º R. P. 253/2007 SJC-CT- Providência de recuperação de empresa mediante reconstituição empresarial. Sentença homologatória do acordo de credores. Título para o registo de cancelamento da inscrição

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA DIREITOS REAIS (3.º ANO- Noite) PROGRAMA E BIBLIOGRAFIA

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA DIREITOS REAIS (3.º ANO- Noite) PROGRAMA E BIBLIOGRAFIA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA DIREITOS REAIS (3.º ANO- Noite) PROGRAMA E BIBLIOGRAFIA Ano Lectivo: 2014/2015, 2.º Semestre Equipa docente: José Luís Bonifácio Ramos, Tiago Soares da Fonseca.

Leia mais

Parecer n.º 494/2018 Processo n.º 337/2018 Entidade consulente: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E. P. E.

Parecer n.º 494/2018 Processo n.º 337/2018 Entidade consulente: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E. P. E. Parecer n.º 494/2018 Processo n.º 337/2018 Entidade consulente: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E. P. E. I Factos e pedido 1. O Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E. P. E., solicitou parecer sobre o pedido

Leia mais

Ficha de unidade curricular. Curso de Mestrado em Prática Jurídica

Ficha de unidade curricular. Curso de Mestrado em Prática Jurídica Ficha de unidade curricular Curso de Mestrado em Prática Jurídica Unidade curricular Direitos Reais II Docente responsável e respetiva carga letiva na unidade curricular (preencher o nome completo) Professor

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: al. b) do n.º 1 do art. 2.º DL n.º 21/2007. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: al. b) do n.º 1 do art. 2.º DL n.º 21/2007. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA al. b) do n.º 1 do art. 2.º DL n.º 21/2007 Enquadramento Comodato de um terreno e construção no mesmo de um imóvel Incumprimento da condição exigida na

Leia mais

P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório

P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório P.º R. P. 191/2008 SJC-CT- Aquisição em processo de execução rejeição da apresentação - gratuitidade do registo. DELIBERAÇÃO Relatório 1. Em 01/09/2008 foi apresentado, na Conservatória do Registo Predial

Leia mais

N/Referência: P.º R. P. 59/2018 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R. P. 59/2018 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 34/ CC /2018 N/Referência: P.º R. P. 59/2018 STJSR-CC Data de homologação: 26-07-2018 Recorrente: F Matos, Administrador de Insolvência Recorrido: Conservatória

Leia mais

N/Referência: Pº R.P.111/2018 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: Pº R.P.111/2018 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 48/ CC /2018 N/Referência: Pº R.P.111/2018 STJSR-CC Data de homologação: 19-10-2018 Recorrente: Maria, notária. Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

N/Referência: P.º R P 85/2016 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R P 85/2016 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 47/ CC /2016 N/Referência: P.º R P 85/2016 STJ-CC Data de homologação: 03-10-2016 Recorrente: Joaquim.. G.., Solicitador Recorrido: Conservatória do Registo

Leia mais

Relatório. prédio descrito sob o n.º 2462/ da freguesia de A., concelho de... (requisição 11845, AP. 6...); e

Relatório. prédio descrito sob o n.º 2462/ da freguesia de A., concelho de... (requisição 11845, AP. 6...); e DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 30/ CC /2018 N/Referência: P.º R. P. 54/2018 STJSR-CC Data de homologação: 12-07-2018 Recorrente: Filipa L., Advogada Recorrido: Conservatória do Registo

Leia mais

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE TRANSMISSÃO ONEROSA DE IMOVEIS ISENÇÃO FISCAL PRÉDIO URBANO PARTE INDIVISA

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE TRANSMISSÃO ONEROSA DE IMOVEIS ISENÇÃO FISCAL PRÉDIO URBANO PARTE INDIVISA Acórdãos STA Processo: 024/11 Data do Acordão: 02-03-2011 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO PIMENTA DO VALE IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE TRANSMISSÃO

Leia mais

P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT:

P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT: P.º R. P. 113/2005 DSJ-CT: Renovação de registo provisório de aquisição lavrado com base em contrato-promessa de alienação. Documento comprovativo do consentimento das partes. Declarações complementares

Leia mais

Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO

Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO Pº R.P. 241/2004 DSJ-CT. - Distrate de justificação notarial Intervenientes Cancelamento de registo de aquisição. DELIBERAÇÃO Recorrente: Olinda. Recorrida: Conservatória do Registo Predial de. Registos

Leia mais

MESTRADO PROFISSIONALIZANTE REGISTOS E NOTARIADO. Regente Professor Doutor Rui Paulo Coutinho de Mascarenhas Ataíde

MESTRADO PROFISSIONALIZANTE REGISTOS E NOTARIADO. Regente Professor Doutor Rui Paulo Coutinho de Mascarenhas Ataíde MESTRADO PROFISSIONALIZANTE 2014-2015 REGISTOS E NOTARIADO Regente Professor Doutor Rui Paulo Coutinho de Mascarenhas Ataíde Tema: Direito Notarial e Registo Predial Apresentação As matérias serão lecionadas

Leia mais

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica Concordo. Remeta-se a presente Informação ao Sr. Director do DMGUF, Arq.º Aníbal Caldas. Cristina Guimarães Chefe da Divisão de Estudos e Assessoria Jurídica 2010.05.12 N.º Inf: ( ) Ref.ª: ( ) Porto, 11/05/2010

Leia mais

ACÓRDÃO N.º 20/2016- PL-3.ª SECÇÃO 4ROM-SRA/2016 (P. n.º 1/2014-M-SRATC)

ACÓRDÃO N.º 20/2016- PL-3.ª SECÇÃO 4ROM-SRA/2016 (P. n.º 1/2014-M-SRATC) Revogou a Sentença nº 5/2016 - SRATC ACÓRDÃO N.º 20/2016- PL-3.ª SECÇÃO 4ROM-SRA/2016 (P. n.º 1/2014-M-SRATC) Descritores: Extinção do procedimento por responsabilidades sancionatórias /prescrição/ artigo

Leia mais

ANEXO II. Imóvel na Rua Faria Guimarães, 379, 1º andar na cidade do Porto. Projeto CONTRATO-PROMESSA DE COMPRA E VENDA

ANEXO II. Imóvel na Rua Faria Guimarães, 379, 1º andar na cidade do Porto. Projeto CONTRATO-PROMESSA DE COMPRA E VENDA ANEXO II Imóvel na Rua Faria Guimarães, 379, 1º andar na cidade do Porto Projeto de CONTRATO-PROMESSA DE COMPRA E VENDA ENTRE: 1.º CP, pessoa coletiva nº 500 498 601, com sede na Calçada do Duque, 14 a

Leia mais

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica Manuela Gomes Directora do Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Concordo. Envie-se a presente informação ao Senhor Chefe da Divisão Municipal de Gestão e Avaliação do Património, Dr. Nuno Albuquerque.

Leia mais

ACÓRDÃO Nº 29 /02 22.Out - 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 22/02. (Processo nº 1 781/02) ACÓRDÃO

ACÓRDÃO Nº 29 /02 22.Out - 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 22/02. (Processo nº 1 781/02) ACÓRDÃO ACÓRDÃO Nº 29 /02 22.Out - 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 22/02 (Processo nº 1 781/02) ACÓRDÃO I. RELATÓRIO 1. Por este Tribunal, em 1 de Agosto de 2002, foi proferido o acórdão de subsecção nº 68/02, que

Leia mais

ACORDO DE REGULARIZAÇÃO DE RENDAS

ACORDO DE REGULARIZAÇÃO DE RENDAS ACORDO DE REGULARIZAÇÃO DE RENDAS Entre: [ ]e mulher [ ], casados no regime da comunhão geral de bens, moradores na [ ], contribuintes fiscais respectivamente n.º [ ] e n.º[ ], portadores dos bilhetes

Leia mais

PARECER. Relatório. Pronúncia

PARECER. Relatório. Pronúncia P.º C.P. 84/2009 SJC-CT - Obrigação de registar responsabilidade assumida pelos outorgantes em escritura pública de compra e venda quanto ao pedido do registo e ao cumprimento dos encargos devidos validade

Leia mais

CONTRATO DE ARRENDAMENTO DAS INSTALAÇÕES DA ESCOLA. PROFISSIONAL DE FELGUEIRAS MINUTA DO CONTRATO Presente a

CONTRATO DE ARRENDAMENTO DAS INSTALAÇÕES DA ESCOLA. PROFISSIONAL DE FELGUEIRAS MINUTA DO CONTRATO Presente a CONTRATO DE ARRENDAMENTO DAS INSTALAÇÕES DA ESCOLA PROFISSIONAL DE FELGUEIRAS MINUTA DO CONTRATO Presente a minuta do contrato de arrendamento a celebrar com a Sociedade E.P.F. ENSINO PROFISSIONAL DE FELGUEIRAS,

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 118/2017 STJSR-CC Data de homologação: hipoteca legal; tornas; extinção da obrigação; extinção da hipoteca.

N/Referência: P.º R.P. 118/2017 STJSR-CC Data de homologação: hipoteca legal; tornas; extinção da obrigação; extinção da hipoteca. DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 5/ CC /2018 N/Referência: P.º R.P. 118/2017 STJSR-CC Data de homologação: 18-01-2018 Recorrente: Jorge... H..., advogado Recorrido: Conservatória do Registo

Leia mais

P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- PARECER I Relatório 1

P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- PARECER I Relatório 1 P.º n.º R. P. 255/2009 DSJ-CT- Cancelamento de registo de aquisição, causada por usucapião, efectuado com base em escritura de distrate da justificação. Interpretação do n.º 3 do artigo 33.º do Decreto-Lei

Leia mais

Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar.

Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar. P.º n.º R. P. 122/2008 SJC-CT Sumário: Legado. Interpretação do testamento. Registo de aquisição. Declarações complementares e prova complementar. DELIBERAÇÃO 1 O presente recurso vem interposto contra

Leia mais

P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT

P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT P.º R. P. 231/2007 DSJ-CT -Transacção judicial Registo de aquisição Título Reconhecimento do direito de propriedade Trato sucessivo Obrigações fiscais. DELIBERAÇÃO Vem o presente recurso hierárquico interposto

Leia mais

Pº C.P. 76/2008 SJC-CT- Casa Pronta - princípio da legitimação e princípio do trato sucessivo e dispensa de inscrição intermédia.

Pº C.P. 76/2008 SJC-CT- Casa Pronta - princípio da legitimação e princípio do trato sucessivo e dispensa de inscrição intermédia. Pº C.P. 76/2008 SJC-CT- Casa Pronta - princípio da legitimação e princípio do trato sucessivo e dispensa de inscrição intermédia. Consulta PARECER Por despacho de 17 de Junho de 2009, tendo por base proposta

Leia mais

N/Referência: Pº R.P.76/2017 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: Pº R.P.76/2017 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 51/ CC /2017 N/Referência: Pº R.P.76/2017 STJ-CC Data de homologação: 16-11-2017 Recorrente: Helena M.., agente de execução. Recorrido: Conservatória do

Leia mais

ECLI:PT:TRE:2007: D

ECLI:PT:TRE:2007: D ECLI:PT:TRE:2007:1807.06.2.4D http://jurisprudencia.csm.org.pt/ecli/ecli:pt:tre:2007:1807.06.2.4d Relator Nº do Documento Silva Rato Apenso Data do Acordão 25/01/2007 Data de decisão sumária Votação unanimidade

Leia mais

P.º n.º R.P. 92/2012 SJC-CT

P.º n.º R.P. 92/2012 SJC-CT P.º n.º R.P. 92/2012 SJC-CT Registo de aquisição de parte de prédio rústico baseado em escritura pública de justificação em que se invoca a usucapião fundada em composse. Suficiência do título. Qualificação

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE IDANHA-A-NOVA PROGRAMA DA UNIDADE CURRICULAR. Curso Licenciatura em Solicitadoria. Unidade Curricular Direito de Obrigações II

ESCOLA SUPERIOR DE IDANHA-A-NOVA PROGRAMA DA UNIDADE CURRICULAR. Curso Licenciatura em Solicitadoria. Unidade Curricular Direito de Obrigações II A preencher pelos Serviços Académicos Código do curso: Código da UC: ESCOLA SUPERIOR DE IDANHA-A-NOVA PROGRAMA DA UNIDADE CURRICULAR Curso Licenciatura em Solicitadoria Unidade Curricular Direito de Obrigações

Leia mais

Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova.

Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova. 1 Pº RP 281/2008 SJC-CT- aquisição com base em partilha extrajudicial. Cumprimento das obrigações fiscais. Prova. DELIBERAÇÃO 1. A coberto da ap.1 de 27 de Outubro de 2008, foi requerido na Conservatória

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular DIREITO CIVIL (AVANÇADO) Ano Lectivo 2013/2014

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular DIREITO CIVIL (AVANÇADO) Ano Lectivo 2013/2014 Programa da Unidade Curricular DIREITO CIVIL (AVANÇADO) Ano Lectivo 2013/2014 1. Unidade Orgânica Direito (2º Ciclo) 2. Curso Mestrado em Direito 3. Ciclo de Estudos 2º 4. Unidade Curricular DIREITO CIVIL

Leia mais

Acordam no Tribunal da Relação do Porto

Acordam no Tribunal da Relação do Porto PN 1092.01 1 ; Ag: TC Santo Tirso; Age 2 : José Julião João, Rua Senhora da Conceição 25/27 Peniche; Aga 3 : Ivone da Conceição Antunes Romão, Rua Senhora da Conceição 25 Peniche. Acordam no Tribunal da

Leia mais

PARECER. 3 O despacho de provisoriedade por dúvidas tem por base a seguinte motivação:

PARECER. 3 O despacho de provisoriedade por dúvidas tem por base a seguinte motivação: P.º n.º R. P. 60/2012 SJC-CT Registo de aquisição de metade de prédio rústico baseado em escritura pública de justificação. Composse. Título pretensamente omisso quanto a elementos fáticos geradores da

Leia mais

P.ºR.P. 264/2008 SJC-CT - Registo de aquisição com base em partilha Obrigação de registar: prazo. PARECER Relatório

P.ºR.P. 264/2008 SJC-CT - Registo de aquisição com base em partilha Obrigação de registar: prazo. PARECER Relatório P.ºR.P. 264/2008 SJC-CT - Registo de aquisição com base em partilha Obrigação de registar: prazo. PARECER Relatório 1. Adelino vem apresentar recurso hierárquico da decisão de rejeição da ap.9 de 2008/

Leia mais

N/Referência: C. Co. 15/2016 STJSR-CC Data de homologação: Relatório. Pronúncia

N/Referência: C. Co. 15/2016 STJSR-CC Data de homologação: Relatório. Pronúncia DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 32/ CC /2016 N/Referência: C. Co. 15/2016 STJSR-CC Data de homologação: 29-07-2016 Consulente: Serviços Jurídicos. Assunto: Palavras-chave: Regime especial

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 93/2018 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 93/2018 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 40/ CC /2018 N/Referência: P.º R.P. 93/2018 STJSR-CC Data de homologação: 19-10-2018 Recorrente: Ana C.., notária Recorrido: Conservatória do Registo Predial

Leia mais

ANEXO II. Prédio urbano na Rua Castilho n.º 3 e 3A em Lisboa PROJETO CONTRATO-PROMESSA DE COMPRA E VENDA

ANEXO II. Prédio urbano na Rua Castilho n.º 3 e 3A em Lisboa PROJETO CONTRATO-PROMESSA DE COMPRA E VENDA ANEXO II Prédio urbano na Rua Castilho n.º 3 e 3A em Lisboa PROJETO de CONTRATO-PROMESSA DE COMPRA E VENDA ENTRE: 1.º CP Comboios de Portugal, E.P.E., pessoa coletiva n.º 500 498 601, com sede na Calçada

Leia mais

Direitos Reais. CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen júris, 2010.

Direitos Reais. CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen júris, 2010. AULA 3: POSSE EMENTÁRIO DE TEMAS: Posse: conceito; teorias; natureza jurídica LEITURA OBRIGATÓRIA CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen júris,

Leia mais

Em Conferência, no Tribunal da Relação do Porto. I. Introdução:

Em Conferência, no Tribunal da Relação do Porto. I. Introdução: PN 2711.02-5 1 ; Ag.: Tc. Ovar, 2º J. (PN 629-B/99); Ag.e 2 : Daniel Valente da Silva Vigário; Ag.o 3 : Constantino José de Almeida e Silva, cc Elza Ferreira da Costa. Em Conferência, no Tribunal da Relação

Leia mais

P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT

P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT P.º n.º R.P. 123/2009 SJC-CT - Aquisição. Usucapião. Justificação notarial para reatamento do trato sucessivo. Imposto de selo. Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho. Doação. Caducidade do ónus de eventual

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: Pº R.P. 217/2006 DSJ-CT- Cancelamento de registo de hipoteca Título para registo Requerimento dirigido ao conservador, invocativo da prescrição Recusa. Relatório: DELIBERAÇÃO Do prédio urbano descrito

Leia mais

Pelo Exº Presidente de junta de freguesia foi solicitado parecer acerca da seguinte situação:

Pelo Exº Presidente de junta de freguesia foi solicitado parecer acerca da seguinte situação: ASSUNTO: Da possibilidade de uma Associação utilizar como sede a morada da junta de freguesia, para eleitos de correspondência postal Parecer n.º: INF_DSAJAL_LIR_687/2019 Data: 21-01-2019 Pelo Exº Presidente

Leia mais

N/Referência: P.º R.P. 39/2016 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º R.P. 39/2016 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 36/ CC /2016 N/Referência: P.º R.P. 39/2016 STJSR-CC Data de homologação: 19-05-2016 Recorrente: Regina P Recorrido: Conservatória do Registo Predial de.

Leia mais

P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície.

P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície. P.º n.º R.P. 193/2010 SJC-CT Transmissão da posição contratual. Averbamento à inscrição de aquisição do direito de superfície. DELIBERAÇÃO 1. O prédio descrito sob nº... da freguesia de foi, na dependência

Leia mais

DO CONCEITO DE USUCAPIÃO

DO CONCEITO DE USUCAPIÃO DO CONCEITO DE USUCAPIÃO Conceito: Usucapião é modo de aquisição da propriedade (ou outro direito real), que se dá pela posse continuada, durante lapso temporal, atendidos os requisitos de lei. LOCALIZAÇÃO

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Na verdade, as hipotecas encontram-se inscritas a favor do BS, e a declaração para cancelamento foi emitida pelo BA.

DELIBERAÇÃO. Na verdade, as hipotecas encontram-se inscritas a favor do BS, e a declaração para cancelamento foi emitida pelo BA. P.º R. P. 17/2009 SJC-CT - Cancelamento de inscrições hipotecárias. Prova da integração do crédito hipotecário no património da entidade que autoriza aquele registo. Título. DELIBERAÇÃO 1 Em 14 de Novembro

Leia mais

Tribunal de Contas. Acórdão 4/2008 (vd. Acórdão 2/06 3ª S de 30 de Janeiro) Sumário

Tribunal de Contas. Acórdão 4/2008 (vd. Acórdão 2/06 3ª S de 30 de Janeiro) Sumário Acórdão 4/2008 (vd. Acórdão 2/06 3ª S de 30 de Janeiro) Sumário 1. São duas as questões suscitadas pelo Demandado: - uma que respeita a competência do relator para a decisão tomada e a eventual nulidade

Leia mais

EXAME NACIONAL DE ACESSO AO ESTÁGIO GRELHAS DE CORRECÇÃO. I GRUPO Questões Obrigatórias (13,5 valores) II GRUPO Questões Opcionais (6,5 valores)

EXAME NACIONAL DE ACESSO AO ESTÁGIO GRELHAS DE CORRECÇÃO. I GRUPO Questões Obrigatórias (13,5 valores) II GRUPO Questões Opcionais (6,5 valores) ORDEM DOS ADVOGADOS Comissão Nacional de Avaliação EXAME NACIONAL DE ACESSO AO ESTÁGIO GRELHAS DE CORRECÇÃO I GRUPO Questões Obrigatórias (13,5 valores) II GRUPO Questões Opcionais (6,5 valores) 30 de

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA I FACTOS APRESENTADOS

FICHA DOUTRINÁRIA I FACTOS APRESENTADOS Diploma: FICHA DOUTRINÁRIA Código do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (CIMT) Artigo: 2.º, n.º 2, al. d) Assunto: Aquisição de quota social sociedade detentora de direito de propriedade

Leia mais

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA AUDITORIA JURÍDICA TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CIRCULO DE LISBOA

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA AUDITORIA JURÍDICA TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CIRCULO DE LISBOA MINISTÉRIO DA JUSTIÇA AUDITORIA JURÍDICA TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CIRCULO DE LISBOA PROC. 0092/03 1ª Sec. - 3ª Sub. Acção de reconhecimento de direito Ex.mo Senhor Dr. Juiz de Direito: Contestando acção

Leia mais

Ficou também arquivada a planta topográfica do prédio rectificando elaborada por técnico qualificado.

Ficou também arquivada a planta topográfica do prédio rectificando elaborada por técnico qualificado. P.º n.º R.P. 148/2011 SJC-CT Registo de constituição de propriedade horizontal precedido da anexação de dois prédios urbanos. Tributação emolumentar devida pelo averbamento. Inaplicabilidade das verbas

Leia mais

Exame final de estágio para solicitadores (2015/2016)

Exame final de estágio para solicitadores (2015/2016) Exame final de estágio para solicitadores (2015/2016) Exame de Época Especial GRUPO I (17V) Madalena faleceu no dia 10 de Junho de 2014, no estado de solteira, maior, sem testamento ou qualquer outra disposição

Leia mais

Parecer. Relatório DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 14/ CC /2017

Parecer. Relatório DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 14/ CC /2017 DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 14/ CC /2017 N/Referência: P.º R.P. 12/2017 STJSR-CC Data de homologação: 28-04-2017 Recorrente: Joana F., advogada Recorrido: Conservatória do Registo

Leia mais

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES PROCº 155/11.9YRGMR I - RELATÓRIO Vem o presente incidente na sequência de dois despachos judiciais, transitados em julgado, proferidos pelo Sr. Juiz actual titular do Juízo de Execução de Guimarães pelo

Leia mais

INFORMAÇÃO N.º 313 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO NO PERÍODO. Período de 3 a 9 de Março de 2017

INFORMAÇÃO N.º 313 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO NO PERÍODO. Período de 3 a 9 de Março de 2017 INFORMAÇÃO N.º 313 Período de 3 a 9 de Março de 2017 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO NO PERÍODO SERVIÇO PÚBLICO DE NOTIFICAÇÕES ELETRÓNICAS Lei n.º 9/2017, de 3 de março RESUMO: Autoriza o Governo a criar o serviço

Leia mais

N/Referência: P.º C. P. 12/2015 STJSR-CC Data de homologação:

N/Referência: P.º C. P. 12/2015 STJSR-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 42/ CC /2015 N/Referência: P.º C. P. 12/2015 STJSR-CC Data de homologação: 01-06-2015 Consulente: Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório P.º n.º R. P. 188/2008 SJC-CT- Escritura de revogação de justificação notarial. Cancelamento do registo de aquisição titulado por escritura de justificação. Direitos inscritos a favor de terceiros. DELIBERAÇÃO

Leia mais

R. P. 5/2009 SJC-CT- Doação - obrigação de registar: sujeito e prazo. PARECER. Relatório

R. P. 5/2009 SJC-CT- Doação - obrigação de registar: sujeito e prazo. PARECER. Relatório 1 R. P. 5/2009 SJC-CT- Doação - obrigação de registar: sujeito e prazo. PARECER Relatório 1. Maria.vem apresentar recurso hierárquico da decisão de rejeição das aps. 30, 31 e 32 de / /24 relativas aos

Leia mais

ECLI:PT:TRE:2008:

ECLI:PT:TRE:2008: ECLI:PT:TRE:2008:2367.07.2.40 http://jurisprudencia.csm.org.pt/ecli/ecli:pt:tre:2008:2367.07.2.40 Relator Nº do Documento Tavares De Paiva Apenso Data do Acordão 14/02/2008 Data de decisão sumária Votação

Leia mais

Município de Castro Marim Câmara Municipal

Município de Castro Marim Câmara Municipal Município de Castro Marim PROCEDIMENTO PARA A VENDA DE IMÓVEL COM ÁREA DE 1776M2, SITO NA FREGUESIA DE CASTRO MARIM, DESTINADO À CONSTRUÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO TURÍSTICO DE TIPO HOTEL COM MÍNIMO DE 3

Leia mais

ACÓRDÃO Nº32/10 30.NOV ª S/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº

ACÓRDÃO Nº32/10 30.NOV ª S/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº ACÓRDÃO Nº32/10 30.NOV. 2010 1ª S/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 03/2010 (Proc. nº 994/2010) DESCRITORES: Emolumentos. Contrato de prestação de serviços. Contrato de execução periódica. SUMÁRIO: I Contratos de

Leia mais

MINUTA CELEBRADA EM 29/04/2005, NO LIVRO 53, FOLHAS 58 A SUPERFICIE DE UMA PARCELA DE TERRENO COM A ÁREA SOCIAL E PAROQUIAL DE SANTO ANDRÉ.

MINUTA CELEBRADA EM 29/04/2005, NO LIVRO 53, FOLHAS 58 A SUPERFICIE DE UMA PARCELA DE TERRENO COM A ÁREA SOCIAL E PAROQUIAL DE SANTO ANDRÉ. MINUTA ESCRITURA DE EXTINÇÃO DO DIREITO DE SUPERFICIE CELEBRADA EM 29/04/2005, NO LIVRO 53, FOLHAS 58 A 61V E NOVA ESCRITURA DE CEDÊNCIA DO DIREITO DE SUPERFICIE DE UMA PARCELA DE TERRENO COM A ÁREA DE

Leia mais

PROGRAMA DIREITO DAS OBRIGAÇÕES I REGENTE: JOSÉ ALBERTO VIEIRA INTRODUÇÃO

PROGRAMA DIREITO DAS OBRIGAÇÕES I REGENTE: JOSÉ ALBERTO VIEIRA INTRODUÇÃO PROGRAMA DIREITO DAS OBRIGAÇÕES I REGENTE: JOSÉ ALBERTO VIEIRA ANO LECTIVO 2016-2017 INTRODUÇÃO 1. A origem. A actio in personam do Direito romano 2. A sistematização germânica do Direito Civil e o movimento

Leia mais

DECISÃO FINAL. Nº Ficha: 5694 Nº Ficha: 5695 Nº Ficha: 5696 Nº Ficha: 5697 Nº Ficha: 5698 Nº Ficha: 5699 Nº Ficha: 5700 Nº Ficha: 5701 Nº Ficha: 5702

DECISÃO FINAL. Nº Ficha: 5694 Nº Ficha: 5695 Nº Ficha: 5696 Nº Ficha: 5697 Nº Ficha: 5698 Nº Ficha: 5699 Nº Ficha: 5700 Nº Ficha: 5701 Nº Ficha: 5702 Processos Justificação 1 AP. 525 de 2014/01/16 11:42:55 UTC - Pendente de Justificação Descrição: Concelho / Freguesia: Identificação do Prédio: Nº Ficha: 5694 Nº Ficha: 5695 Nº Ficha: 5696 Nº Ficha: 5697

Leia mais

Tribunal de Contas. Sumário

Tribunal de Contas. Sumário Acórdão 6/2008-3ª Secção (vd. Acórdão nº 2/2006 3ª S de 30 de Janeiro, Acórdão nº 5/2007 3ª S de 21 de Novembro, Acórdão nº 4/2008 3ª S e Acórdão nº 6/2008 de 15 de Julho) Sumário 1. Só ocorre omissão

Leia mais

N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação:

N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação: DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 52/ CC /2015 N/Referência: Pº R.P.5/2015 STJ-CC Data de homologação: 26-03-2015. Banco, S.A.. Conservatória do Registo Predial de. Assunto: Descrição aberta

Leia mais

Acordam no Tribunal da Relação do Porto

Acordam no Tribunal da Relação do Porto PN 714.021; Ap.: TC. Amarante; Ap.es2 Ap.a3:. Acordam no Tribunal da Relação do Porto 1. As recorrentes não se conformam com a improcedência do pedido de despejo, alegado abandono ou desvio do fim do prédio

Leia mais

PARECER. Fundamentação

PARECER. Fundamentação P.º n.º R.P. 73/2012 SJC-CT Renovação de registo provisório de aquisição lavrado com base em contrato-promessa de alienação. Registo caducado. Pendência de retificação. PARECER 1. A coberto da ap., de

Leia mais

Tópicos de correção[1]

Tópicos de correção[1] Tópicos de correção[1] I. - Como não foi atribuída eficácia real ao contrato-promessa, Bernardo apenas adquiriu um mero direito de crédito à celebração do contrato definitivo. De todo o modo, beneficiou

Leia mais

Parecer. Questão jurídica

Parecer. Questão jurídica DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 53/ CC /2018 N/Referência: P. C.Co. 19/2018 STJSR-CC Data de homologação: 17-12-2018 Consulente: Serviços Jurídicos. Assunto: (ir)registabilidade da nomeação

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 30/10/2017)

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 30/10/2017) CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 30/10/2017) Contrato de Mandato e Direito das Coisas. Contrato de Mandato. Conceito: é o contrato pelo qual

Leia mais

Ficha de unidade curricular. Curso de Licenciatura

Ficha de unidade curricular. Curso de Licenciatura Unidade curricular Direito dos Contratos II 2.º semestre (3º Ano/Noite) Ficha de unidade curricular Curso de Licenciatura Docente responsável e respetiva carga letiva na unidade curricular (preencher o

Leia mais

Direitos Reais. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Professor Doutor Antonio Carlos Morato

Direitos Reais. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Professor Doutor Antonio Carlos Morato Direitos Reais Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Professor Doutor Antonio Carlos Morato Introdução ao direito das coisas. Composto por normas de ordem pública Poder jurídico direto e imediato

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular DIREITO CIVIL (AVANÇADO) Ano Lectivo 2016/2017

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular DIREITO CIVIL (AVANÇADO) Ano Lectivo 2016/2017 Programa da Unidade Curricular DIREITO CIVIL (AVANÇADO) Ano Lectivo 2016/2017 1. Unidade Orgânica Direito (2º Ciclo) 2. Curso Mestrado em Direito 3. Ciclo de Estudos 2º 4. Unidade Curricular DIREITO CIVIL

Leia mais