IV - TIPOS DE CONHECIMENTO
|
|
- Irene Palmeira Brunelli
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 4ª Semana (07/03 11/03) IV - TIPOS DE CONHECIMENTO (O texto abaixo foi extraído de: BERVIAN, Pedro A., CERVO, Amado L. O Histórico do Método Científico. In: Metodologia Científica. 5. ed., São Paulo: Prentice Hall, 2002.) O homem não age diretamente sobre as coisas. Sempre há um intermediário, um instrumento entre ele e seus atos. Isso também acontece quando ele faz ciência, quando investiga cientificamente. Ora, não é possível fazer um trabalho científico sem conhecer aos instrumentos. E esses se constituem de uma série de termos e de conceitos que devem ser claramente distinguidos, de conhecimentos a respeito das atividades cognoscitivas 1 que nem sempre entram na constituição da ciência, de processos metodológicos que devem ser seguidos, a fim de chegar-se a resultados de cunho científico e, finalmente, é preciso imbuir-se de espírito científico. (p. 6) (...) O que é conhecer? É uma revelação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. No processo de conhecimento, o sujeito cognoscente se apropria, de certo modo, do objeto conhecido. Se a apropriação é física, sensível, por exemplo, a representação de uma onda luminosa, de um som, o que acarreta uma modificação de um órgão corporal do sujeito cognoscente, tem-se um conhecimento sensível. Tal tipo de conhecimento é encontrado tanto em animais como no homem. Se a representação não é sensível, o que ocorre com realidades, tais como conceitos, verdades, princípios e leis, tem-se então um conhecimento intelectual. O conhecimento sempre implica uma dualidade de realidade: de um lado, o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, que está possuído, de certa maneira, pelo cognoscente. O objeto conhecido pode, às vezes, fazer parte do sujeito que conhece. Pode-se conhecer a si mesmo, pode-se conhecer e pensar os seus pensamentos. Mas nem todo o conhecimento é pensamento. O pensamento é atividade intelectual. Pelo conhecimento o homem penetra nas diversas áreas da realidade para dela tomar posse. Ora, a própria realidade apresenta níveis e estruturas diferentes em sua própria constituição. Assim, a partir de um ente, fato ou fenômeno isolado, pode-se subir até situá-lo dentro de um contexto mais complexo, ver seu significado e função, sua natureza aparente e profunda, sua origem, sua finalidade, sua subordinação e outros entes; enfim, sua estrutura fundamental com todas as implicações daí resultantes. Essa complexidade do real, objeto de conhecimento, ditará, necessariamente, formas diferentes de apropriação por parte do sujeito cognoscente. Essas formas darão os diversos níveis de conhecimento segundo o grau de penetração do conhecimento e conseqüente posse mais ou menos eficaz da realidade, levando ainda em conta a área ou estrutura considerada. Com relação ao homem, por exemplo, pode-se considerá-lo em seu aspecto externo e aparente e dizer uma série de coisas que o bom senso dita ou a experiência 1 Cognoscitivo: que tem a faculdade de conhecer.
2 cotidiana ensinou. Pode-se, também, questioná-lo quanto à sua origem, sua realidade e destino e pode-se, ainda, investigar o que dele foi dito por Deus através dos profetas e de seu enviado Jesus Cristo. Finalmente, pode-se estudá-lo com propósito mais científico e objetivo, investigando experimentalmente as relações existentes entre certos órgãos e suas funções. (p. 7) Têm-se, assim, quatro espécies de considerações sobre a mesma realidade; o homem, conseqüentemente o pesquisador, está se movimentando dentro de quatro níveis diferentes de conhecimento. O mesmo pode ser feito com outros objetos de investigação. Têm-se, então, conforme o caso: a) conhecimento empírico; b) conhecimento científico; c) conhecimento filosófico; d) conhecimento teológico. (p. 8) 1 CONHECIMENTO EMPÍRICO (SENSO COMUM) (O texto abaixo foi extraído de: KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: Teoria da Ciência e Iniciação à Pesquisa. Petrópolis: Vozes, 2002.) A forma mais usual que o homem utiliza para interpretar a si mesmo, o seu mundo e o universo como um todo, produzindo interpretações significativas, isto é, conhecimento, é a do senso comum, também chamado de conhecimento ordinário, comum ou empírico. (p. 23) Solução de problemas imediatos e espontaneidade Esse conhecimento surge como conseqüência da necessidade de resolver problemas imediatos, que aparecem na vida prática e decorrem do contato direto com os fatos e fenômenos que vão acontecendo no dia-a-dia, percebidos principalmente através da percepção sensorial. Na idade pré-histórica, por exemplo, o homem soube fazer uso das cavernas para abrigar-se das intempéries e proteger-se da ameaça dos animais selvagens. Progressivamente foi aprendendo a dominar a natureza, inventando a roda, meios mais eficazes de caça e de pesca, tais como lanças, redes e armadilhas, canoas para navegar nos lagos e rios, instrumentos para o cultivo do solo e tantos outros. O uso da moeda, o carro puxado por animais, o uso de remédios caseiros utilizando ervas hoje classificadas como medicinais, os instrumentos artesanais utilizados para a construção de moradias e para a confecção de tecidos e do vestuário, a fabricação de utensílios domésticos, o estabelecimento de normas e leis que regulamentavam a convivência dos indivíduos no grupo social, são exemplos que demonstram como o homem evoluiu historicamente buscando e produzindo um conhecimento útil gerado pela necessidade de produzir soluções para os seus problemas de sobrevivência. O conhecimento do senso comum, sendo resultado da necessidade de resolver os problemas diários não é, portanto, antecipadamente programado ou planejado. À medida que a vida vai acontecendo ele se desenvolve, seguindo a ordem natural dos acontecimentos. Nele, há uma tendência de manter o sujeito que o elabora como um espectador passivo da realidade, atropelado pelos fatos. Por isso, o conhecimento do
3 senso comum caracteriza-se por ser elaborado de forma espontânea e instintiva. (...). Isso demonstra que esse conhecimento é, na maioria das vezes, vivencial e, por isso, ametódico 2. Caráter utilitarista Esse conhecimento permanece num nível superficialmente consciencial, sem um aprofundamento crítico e racionalista. Sendo um viver sem conhecer significa que o senso comum, quando busca informações e elabora soluções para os seus problemas imediatos, não especifica as razões ou fundamentos teóricos que demonstram ou justificam o seu uso, possível correção ou confiabilidade, por não compreender e não saber explicar as relações que há entre os fenômenos. No senso comum se utiliza, geralmente, conhecimentos que funcionam razoavelmente bem na solução dos problemas imediatos, apesar de não se compreender ou de se desconhecer as explicações a respeito de seu sucesso. (p. 24) Esses conhecimentos, pelo fato de darem certo, transformam-se em convicções, em crenças que são repassadas de um indivíduo para o outro e de uma geração para a outra. Há quanto tempo o homem usa ervas medicinais para a cura de suas doenças? Usa-as há séculos. A marcela, por exemplo, é utilizada para aliviar os males do estômago, digestão, tosse e outros fins. Se se perguntar, no entanto, às pessoas que usam quais as propriedades que a marcela tem, que componentes químicos estão presentes e como eles atuam no organismo, que doses devem ser ingeridas, que possíveis efeitos colaterais podem advir com o seu uso indiscriminado, dificilmente alguém saberá responder. Sabem que faz bem, mas não sabem por quê. O açúcar cristal, utilizado para a cicatrização de ferimentos, é também outro exemplo. Ninguém, a não ser quem tenha obtido alguma informação de fonte científica, sabe dizer por que ele tem esse poder bactericida e cicatrizante altamente eficaz. Na maioria dos casos as pessoas conhecem apenas os efeitos benéficos do seu uso. Semelhantes a esses exemplos, milhares de outros poderiam ser citados, mostrando um conhecimento que valoriza a percepção sensorial, fundamentado na tradição e limitado a informações pertinentes ao seu uso. Subjetividade e baixo poder de crítica O conhecimento do senso comum tem uma objetividade muito superficial e limitada por estar demasiadamente preso à vivência, à ação e à percepção orientadas pelo interesse prático imediatista e pelas crenças pessoais. Os aspectos da realidade ou dos fatos que não se enquadram dentro desse enfoque de interesse utilitário, geralmente são excluídos, ocasionando uma visão fragmentada e, algumas vezes, distorcida dessa realidade. É um conhecimento que está subordinado a um envolvimento afetivo e emotivo do sujeito que elabora, permanecendo preso às propriedades individuais de cada coisa ou fenômeno, quase não estabelecendo, em suas interpretações, relações significativas que possam existir entre eles. Essas interpretações do senso comum são predeterminadas pelos interesses, crenças, convicções pessoais e expectativas presentes no sujeito que as elabora, fazendo com 2 Ametódico: sem método.
4 que as explicações e informações produzidas tenham um forte vínculo subjetivo que estabelece relações vagas e superficiais com a realidade. Dessa forma não consegue sistematicamente buscar provas e evidências 3 que as testem criticamente. (...) O motivo mais sério, portanto, que faz com que o conhecimento do senso comum se torne subjetivo e inseguro, é essa incapacidade de se submeter a uma crítica sistemática e isenta de interpretações sustentadas apenas nas crenças pessoais. (p. 25) Linguagem vaga e baixo poder de crítica (...) A linguagem utilizada no conhecimento do senso comum contém termos e conceitos vagos, que não delimitam a classe de coisas, idéias ou eventos designados e não designados por eles, ou o que é incluído ou excluído na sua significação. Os termos são utilizados por diferentes sujeitos sem haver previamente uma definição clara e consensual que especifique as condições desse uso. Como é que se atribui, então, um conceito a um determinado fato, fenômeno, objeto ou idéia? A significação dos conceitos, no senso comum, é produto de um uso individual e subjetivo espontâneo que se enriquece e se modifica gradualmente em função da convivência num determinado grupo. As palavras adquirem sentidos diferenciados de acordo com as pessoas e grupos por quem forem utilizadas. Não há, portanto, condições ou limites convencionais definidos especificadamente. A significação dos termos fica dependente do uso em um dado momento ou contexto, do nível cultural e da intenção significativa de quem os utiliza. Observe-se, por exemplo, o que significa a palavra marginal no seu uso diário: algumas vezes é empregada para indicar o vagabundo que não trabalha; outras o moleque que fica fazendo desaforos ao vizinho; outras ainda o ladrão, o assaltante, o viciado em tóxicos, o bêbado ou o assassino. Dependendo das circunstâncias de seu uso, adquire uma ou outra conotação. Essa vaguidade, essa falta de especificidade da linguagem que dificulta a delimitação da significação dos conceitos, impossibilita a realização de experimentos controlados que permitam estabelecer com clareza quais manifestações dos fatos ou fenômenos se transformam em evidências que contrariam ou que corroboram determinado juízo de uma crença, uma vez que não estão explicitadas quais manifestações empíricas dos fatos ou dos fenômenos lhe são atribuídos. (p. 26) (...) A utilização, por cada indivíduo, dessa linguagem vaga com significações imprecisas e arbitrárias e atreladas ao seu uso cultural, resulta em outra grande dificuldade, que reforça o caráter subjetivo do senso comum: a da impossibilidade de diálogo crítico que avalia o valor das convicções subjetivas e que proporciona o caminho para o consenso. A ausência de um acordo, que dê uma significação comum à linguagem utilizada, não permite que os interlocutores saibam se estão ou não se referindo ao mesmo objeto quando dialogam, mantendo-os num permanente isolamento subjetivo. A objetividade, no entanto, requer, retomando a sua definição kantiana, a possibilidade de um enunciado submeter-se a uma discussão crítica, de 3 Evidência: qualidade do que é evidente; certeza manifesta. Filos. Caráter de objeto de conhecimento que não comporta nenhuma dúvida quanto à sua verdade ou falsidade.
5 proporcionar o controle racional mútuo. A objetividade deve oferecer ao sujeito a oportunidade de desvencilhar-se da convicção subjetiva expondo-a à crítica intersubjetiva em busca de um acordo consensual. Isso não acontece no senso comum. O poder de revisão e de crítica objetiva do senso comum, portanto, é muito fraco, contribuindo para elevar a sua dependência das crenças e convicções pessoais, restringindo-se a uma subjetividade significativa. Por isso, pelo baixo poder de crítica que dificulta a localização de possíveis falhas, as crenças do senso comum são aceitas por longos períodos de tempo e apresentam uma durabilidade e estabilidade muitas vezes superior às da própria ciência. (p. 27) 2 CONHECIMENTO TEOLÓGICO (O texto abaixo foi extraído de: OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.) A religião existiu e existe em todos os povos. Para as grandes massas do passado e do presente dogmas e ritos, que são aceitos pela fé e não podem ser provados e nem se admite a crítica, porque ela é a única fonte de verdade. Baseia-se na trilogia Fé-Medo-Esperança. (...) Pela ação direta e ccontínua de forças fictícias e agentes sobrenaturais magias, misticismos, fetiches, duendes, demônios, espíritos, deuses, Deus etc. cuja intervenção arbitrária explica todas as anomalias aparentes do universo. Baseiase em textos sagrados Veda para os hindus, Alcorão para os muçulmanos, Talmud para os judeus e a Bíblia para os cristãos. São textos sagrados que ultrapassam os séculos e são interpretados por milhares de seitas religiosas, por profundos estudiosos e também por ignorantes. O Estado Teológico abrange 3 fases: Fetichismo: É a fase mais primitiva do ser humano, que não difere do estado mental que atingem os animais inferiores. Consiste em atribuir aos corpos exteriores uma vida basicamente igual a nossa. É a fase em que os homens atribuem às forças mágicas imanentes que existiram dentro dos objetos coisas, animais ou pessoas. Povos da Antiguidade adoravam o Sol, a Lua; os hindus, a vaca; outros, os totens como é o caso dos maias, dos incas e dos astecas; e outros, tipos de amuletos, por acreditarem que possuíam forças e poderes (p. 73) para fazer o bem e o mal, havendo, dessa forma intérpretes ou interlocutores como os bruxos, feiticeiras, sacerdotes, pagés, cujo espaço é ficar entre as divindades e os seres humanos comuns. E como intérpretes, estabelecem as boas ou más relações dos seres humanos com as divindades. Politeísmo: Nessa fase a força mágica é retirada dos objetos materiais para ser misteriosamente transportada a seres fictícios com formas humanas; é a fase da mitologia. Esses seres eram habitualmente invisíveis, representados por estátuas, para os quais, principalmente os gregos, romanos e egípcios, rendiam os seus cultos.
6 As intervenções ativas e contínuas desses seres chamados deuses seriam a origem direta de todos os fenômenos naturais e humanos. É quando os homens atribuem a causa de um grupo de fenômenos à vontade de um deus correspondente que dirigia esse setor. Alguns exemplares tirados da religião politeísta predominantes na Grécia, Roma antiga, ilustram a situação: Diana, deusa da caça, Eolo, deus do vento, Netuno, deus do mar. Pensavam eles que o mar estava bravo porque Netuno estava zangado. Quando Vulcano estava trabalhando, a terra tremia e soltava fogo. E quando a colheita era boa, era porque Ceres assim o queria. Eram as suas verdades. Monoteísmo: Época atual, quando os homens atribuem a causa de todos os fenômenos a um único Deus. Na religião judaico-cristã Deus é o único criador de tudo que existe e se atribui a ele a responsabilidade de tudo que acontece no mundo: a criação do homem e dos animais, sua existência, transformação e fim; a criação do universo e dos fenômenos naturais, tanto as coisas boas como as coisas ruins que acontecem com os seres humanos. O conhecimento religiosos busca, dessa forma, encontrar explicações para tudo o que aconteceu com o ser humano e procura estudar as questões referentes ao conhecimento das divindades, de seus atributos e relações com o mundo e com os homens. Sacerdotes, rabinos, pastores e outros intérpretes são os interlocutores entre os seres comuns e Deus. A verdade religiosa fundamenta-se nos textos sagrados. (p. 74) 3 CONHECIMENTO FILOSÓFICO (O texto abaixo foi extraído de: BERVIAN, Pedro A., CERVO, Amado L. O Histórico do Método Científico. In: Metodologia Científica. 5. ed., São Paulo: Prentice Hall, 2002.) O conhecimento filosófico distingue-se do conhecimento científico pelo objeto de investigação e pelo método. O objeto das ciências são os dados próximos, imediatos, perceptíveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois, sendo de ordem material e física, são por isso suscetíveis de experimentação. O objeto da filosofia é constituído de realidades mediatas 4, imperceptíveis aos sentidos e que, por serem de ordem sensíveis, ultrapassam a experiência. A ordem natural do procedimento é. sem dúvida, partir dos dados materiais e sensíveis (ciência) para se elevar aos dados de ordem metafísica 5, não sensíveis, razão última da existência dos entes 6 em geral (filosofia). Parte-se do concreto material para o concreto supramaterial, do particular ao universal. 4 Mediata: que está em relação com outra(s) pessoa(s) ou coisa(s) por meio de uma terceira; indireto. 5 Metafísica: Filos. Parte da filosofia, apresenta as seguintes características gerais, ou algumas delas: é um corpo de conhecimentos racionais (e não de conhecimentos revelados ou empíricos) em que se procura determinar as regras fundamentais do pensamento (aquelas de que devem decorrer o conjunto de princípios de qualquer outra ciência, e a certeza e evidência que neles reconhecemos), e que nos dá a chave do conhecimento do real, tal como este verdadeiramente é (em oposição à aparência). Hist. Filos. Segundo Aristóteles, estudo do ser enquanto ser e especulação em torno dos primeiros princípios e das causas primeiras do ser. 6 Ente: Aquilo que existe; coisa, objeto, matéria, substância, ser.
7 Na acepção clássica, a filosofia era considerada a ciência das coisas por suas causas supremas. Modernamente, prefere-se falar em filosofar. O filosofar é um interrogar, é um contínuo questionar a si mesmo e à realidade. A filosofia não é algo feito, acabado. A filosofia é uma busca constante do sentido, de justificação, de possibilidades, de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve o ser humano e sobre o próprio ser em sua existência concreta. Filosofar é interrogar. A interrogação parte da curiosidade. Essa é inata. Ela é constantemente renovada, pois surge quando um fenômeno nos revela alguma coisa de um objeto e ao mesmo tempo nos sugere o oculto, o mistério. Vê-se, assim, que a interrogação somente nasce do mistério, que é oculto enquanto sugerido. Jaspers, em sua Introdução à Filosofia, coloca a essência da filosofia na procura do saber, e não em sua posse. A filosofia trai a si mesma e degenera quando é posta em fórmulas. (p. 10) A tarefa fundamental da filosofia resume-se na reflexão. A experiência fornece uma multiplicidade de impressões e opiniões. Adquirem-se conhecimentos científicos e técnicos nas mais variadas áreas. Têm-se aspirações e preocupações as mais diversas. A filosofia procura refletir sobre esse saber, interroga-se sobre ele, problematiza-o. Filosofar é interrogar principalmente sobre fatos e problemas que cercam o ser humano concreto, em seu contexto histórico. Esse contexto muda através dos tempos, o que explica o deslocamento dos temas de reflexão filosófica. É claro que alguns temas perpassam a história como a própria humanidade. Qual o sentido da existência do ser humano e da vida? Existe ou não o absoluto? Há liberdade? Entretanto, o campo de reflexão ampliou-se muito em nossos dias. Hoje, os filósofos, além das interrogações metafísicas tradicionais, formulam novas questões: a humanidade será dominada pela técnica? A máquina substituirá o ser humano? Também poderão o homem ou a mulher serem produzidos em série, em tubos de ensaio? As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado da espécie humana? O progresso técnico é um benefício para a humanidade? Quando chegará a vez do combate contra a fome e a miséria? O que é valor, hoje? A filosofia procura compreender a realidade em seu contexto mais universal. Não há soluções definitivas para grande número de questões. Entretanto, habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para ver melhor o sentido da vida concreta. (p.11)
CIÊNCIA Texto de: CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
CIÊNCIA Texto de: CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 1 O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS O homem não age diretamente
Leia maisAULA Nº 2 METODOLOGIA CIENTÍFICA A NATUREZA DO CONHECIMENTO: TIPOS DE CONHECIMENTO. Prof. MSc. Fernando Soares da Rocha Júnior
AULA Nº 2 METODOLOGIA CIENTÍFICA A NATUREZA DO CONHECIMENTO: TIPOS DE CONHECIMENTO Prof. MSc. Fernando Soares da Rocha Júnior 1 AGENDA DA AULA Tipos de conhecimento; Conhecimento Empírico; Conhecimento
Leia maisTEMA: tipos de conhecimento. Professor: Elson Junior
Ciências Humanas e suas Tecnologias. TEMA: tipos de conhecimento. Professor: Elson Junior Plano de Aula Conhecimento O que é? Como adquirir Características Tipos Recordar é Viver... Processo de pesquisa
Leia maisConhecimento empírico, científico, filosófico e teológico
Conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico A realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento. Desde a Antiguidade, até os dias
Leia mais- A metodologia científica nos ensina um caminho para chegarmos a um fim científico. A palavra "científica" vem de ciência.
Universidade do Contestado UnC Campus Mafra Curso de Sistemas de Informação Metodologia Científica 1ª Fase Prof. Carlos Rafael Guerber 1. INTRODUÇÃO 1.1 CONCEITOS METODOLOGIA E CIÊNCIA - A metodologia
Leia maisAula 01 O conhecimento vivo
Metodologia da Pesquisa Científica Aula 01 O conhecimento vivo Bloco 1 Dra. Rita Mazaro Na nossa vida diária utilizamos e convivemos com conhecimentos construídos ao longo da história por diferentes povos
Leia maisTIPOS DE CONHECIMENTO
TIPOS DE CONHECIMENTO Conhecimento Empírico Científico Filosófico Religioso ou Teológico Mas o que é conhecer? É uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto ou fenômeno alvo da
Leia maisA DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTÍFICA
A DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTÍFICA Importante é fazer uma reflexão sobre a presença da disciplina de metodologia no seu curso, a fim de conduzi-lo, com os conteúdos que serão desenvolvidos, ao entendimento
Leia maisA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Prof Bruno Tamancoldi
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO Prof Bruno Tamancoldi META DA AULA Apresentar conceitos sobre o Conhecimento, partindo da Filosofia, distinguindo Ciência e senso comum. OBJETIVOS conceituar lógica e raciocínio;
Leia maisTópicos de Pesquisa em Administração
Tópicos de Pesquisa em Administração Professor LUCIEL HENRIQUE DE OLIVEIRA luciel@uol.com.br Do conhecimento ao saber científico Do conhecimento ao saber científico CERVO e BERVIAN (década 1970) estabelecem
Leia maisO Homem e o Conhecimento
O Homem e o Conhecimento Objetivos "O método são regras precisas e fáceis, a partir da observação exata das quais se terá certeza de nunca tomar um erro por uma verdade, e, sem aí desperdiçar inutilmente
Leia maisHERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO
HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO Hermenêutica e Interpretação não são sinônimos: HERMENÊUTICA: teoria geral da interpretação (métodos, estratégias, instrumentos) INTERPRETAÇÃO: aplicação da teoria geral para
Leia maisO CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS
O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS 1. O CONHECIMENTO é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. O sujeito que conhece se apropria, de certo modo, do objeto conhecido. Através
Leia maisMetodologia do Trabalho Científico
Especialização em Redes de Computadores Metodologia do Trabalho Científico Ciência e Conhecimento Científico Tipos de Conhecimento Antes de conceituar conhecimento científico, é necessário diferenciá-lo
Leia maisMetodologia Científica CONCEITOS BÁSICOSB
Metodologia Científica CONCEITOS BÁSICOSB CURSO DE TECNOLOGIA Metodologia Científica A Atitude Científica As Concepções de Ciência A Ciência na História Classificações de Ciência Tipos de Conhecimentos
Leia maisIntrodução, Definição e Conceito Metodologia do Trabalho Científico Profa. Magali Colconi Carrijo
Introdução, Definição e Conceito Metodologia do Trabalho Científico Profa. Magali Colconi Carrijo Introdução, Definição e Conceito INTRODUÇÃO Objetivo instrumentos para o trabalho de estudo e pesquisa
Leia maisMTA Aula 02. Evolução dos conhecimentos Tipos de conhecimentos
MTA Aula 02 Evolução dos conhecimentos Tipos de conhecimentos TIPOS DE CONHECIMENTO 1. Filosófico 2.Teológico 3. Empírico 4.Científico 1.1.1 Conhecimento filosófico A filosofia teve seu início na Jônia,
Leia maisHISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I
HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I INTRODUÇÃO O conhecimento filosófico surgiu aos poucos, em substituição aos mitos e às crenças religiosas, na tentativa de conhecer e compreender o mundo e os seres que nele
Leia maisCIENCIA CONCIENCIA Y LUZ Peter Russell
CIENCIA CONCIENCIA Y LUZ Peter Russell por: Marouva Fallgatter Faqueti Disciplina: Complexidade, conhecimento e sociedade em redes 1/2016 Professor: Aires José Roverr Peter Russell (1946 - ) Escritor e
Leia maisAULA 02 O Conhecimento Científico
1 AULA 02 O Conhecimento Científico Ernesto F. L. Amaral 06 de agosto de 2010 Metodologia (DCP 033) Fonte: Aranha, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena Pires. 2003. Filosofando: introdução à filosofia.
Leia maisNATUREZA DO CONHECIMENTO
NATUREZA DO CONHECIMENTO CONHECER E PENSAR Conhecer e pensar são uma necessidade para o ser humano e indispensável para o progresso. Sabemos que existimos porque pensamos. Se nada soubéssemos sobre o universo
Leia maisOs Sociólogos Clássicos Pt.2
Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Max Weber O conceito de ação social em Weber Karl Marx O materialismo histórico de Marx Teoria Exercícios Max Weber Maximilian Carl Emil Weber (1864 1920) foi um intelectual
Leia maisO histórico do método científico
O histórico do método científico CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. A ciência, na condição atual, é o resultado de descobertas ocasionais, nas primeiras
Leia maisPsicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca
Psicologia da Educação I Profa. Elisabete Martins da Fonseca Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de
Leia maisOUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA SOCIOLOGIA E ÉTICA OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS ANTONIO LÁZARO SANT ANA MARÇO 2018 Existem outras tipos de conhecimento que
Leia maisINTRODUÇÃO À NATUREZA DA CIÊNCIA. O conhecimento científico é uma forma específica de conhecer e perceber o mundo!!! 2. A PRINCIPAL QUESTÃO: Modelos
INTRODUÇÃO À NATUREZA DA CIÊNCIA 2. A PRINCIPAL QUESTÃO: 1. INTRODUZINDO A QUESTÃO: O QUE É CIÊNCIA, AFINAL????? Modelos Leis Por que estudar natureza da ciência???? Qual a importância desses conhecimentos
Leia maisA ORIGEM DA FILOSOFIA
A ORIGEM DA FILOSOFIA UMA VIDA SEM BUSCA NÃO É DIGNA DE SER VIVIDA. SÓCRATES. A IMPORTÂNCIA DOS GREGOS Sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental tomou uma direção diferente da oriental. A filosofia
Leia maisDISCIPLINA. Requisitos do pesquisador
DISCIPLINA Requisitos do pesquisador PAPEL DA UNIVERSIDADE Extensão Serviço à comunidade local Ensino Transmissão do conhecimento científico UNIVERSIDADE Pesquisa Revisão e produção do conhecimento dito
Leia maisIntrodução à Espiritualidade Cristã
Fundamentos da Espiritualidade Cristã Introdução à Espiritualidade Cristã PROFESSOR: CARLOS CACAU MARQUES AULA 01 DEFINIÇÕES Transcendência: característica do que está além do mundo sensível. Metafísica:
Leia maisCOLÉGIO MAGNUM BURITIS
COLÉGIO MAGNUM BURITIS PROGRAMAÇÃO DE 1ª ETAPA 1ª SÉRIE PROFESSOR (A): Alair Matilde Naves DISCIPLINA: Filosofia TEMA TRANSVERSAL: A ESCOLA E AS HABILIDADES PARA A VIDA NO SÉCULO XXI DIMENSÕES E DESENVOLVIMENTO
Leia maisMETODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA. Prof. Renato Fernandes Universidade Regional do Cariri URCA Curso de Tecnologia da Construção Civil
METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA Prof. Renato Fernandes Universidade Regional do Cariri URCA Curso de Tecnologia da Construção Civil Planejamento da disciplina Ferramentas: apostilas, livros, vídeos
Leia maisFUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO. A Geografia Levada a Sério
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO 1 O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete Aristóteles 2 O Mito da Caverna - Platão 3 Entendes??? 4 A Filosofia É um estudo relacionado à existência
Leia maisPsicologia da Educação I. Profa. Elisabete Martins da Fonseca
Psicologia da Educação I Profa. Elisabete Martins da Fonseca Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de
Leia maisI g o r H e r o s o M a t h e u s P i c u s s a
Filosofia da Ciência Realidade Axioma Empirismo Realismo cientifico Instrumentalismo I g o r H e r o s o M a t h e u s P i c u s s a Definição Filosofia da ciência é a área que estuda os fundamentos e
Leia maisMetodologia do Trabalho Científico
Metodologia do Trabalho Científico Teoria e Prática Científica Antônio Joaquim Severino Grupo de pesquisa: Educação e saúde /enfermagem: políticas, práticas, formação profissional e formação de professores
Leia maisClassificação das Ciências. Tipos de conhecimento. Conhecimento Popular. Conhecimento Religioso. Conhecimento Filosófico. Metodologia Científica
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Classificação das Ciências FORMAIS Lógica Matemática Metodologia Científica Prof. a Renata Gonçalves Aguiar CIÊNCIAS
Leia maisTEMA DA SESSÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 1º SEMESTRE ANO LETIVO Instituto Diocesano da Formação Cristã
TEMA DA SESSÃO 1. INTRODUÇÃO 2. O QUE É A TEOLOGIA? 3. NA PROCURA DO CONCEITO 4. TEOLOGIA E FILOSOFIA 5. TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS 6. DO QUERIGMA À TEOLOGIA 7. TIRANDO ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS 8. A TEOLOGIA
Leia maisTeoria do Conhecimento:
Teoria do Conhecimento: Investigando o Saber O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer,
Leia maisMetodologia Científica
Tipos de conhecimento Prof ª Ms Vivian Aline Preto. A Ciência Ciência é o conjunto organizado dos conhecimentos disponíveis pela humanidade. A Ciência é o maior patrimônio da humanidade, obtido ao longo
Leia maisTCC - Trabalho de Conclusão de Curso
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso Prof. Ms. Samuel Henrique Bucke Brito prof@shbbrito.net Discussão do Trabalho Científico 1 Objetivo do Trabalho de Conclusão Desenvolver um projeto de pesquisa na área
Leia maisCONHECIMENTO, REALIDADE E VERDADE
CONHECIMENTO, REALIDADE E VERDADE SERÁ QUE TUDO QUE VEJO É REAL e VERDADEIRO? Realidade Realismo A primeira opção, chamada provisoriamente de realismo : supõe que a realidade é uma dimensão objetiva,
Leia maisA Filosofia e a Sociologia: contribuições para a Educação
A Filosofia e a Sociologia: contribuições para a Educação Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação Semana I Prof. Ms. Joel Sossai Coleti O que é? O que é? Filosofia: disciplina que tem como objeto
Leia maisMETODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO. Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon O QUE É METODOLOGIA CIENTÍFICA? Método, deriva da palavra grega methodos, que etimologicamente, pode ser assim dividida: a) meta
Leia maisIdéia norteadora. Temas. Preferência. Busca principal
Psicologia da Inteligência Epistemologia geral Epistemologia genética Qual é a gênese das estruturas lógicas do pensamento da criança? Como elas funcionam? Epistemologia fundada no desenvolvimento mental
Leia mais1. A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
1. A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Um relato supõe uma seleção de fatos a partir da sua relevância, por critérios estabelecidos por alguém. Como ele o estuda? Porque? Quais os pressupostos teóricos
Leia maisCARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA Conhecimento pelas causas. Profundidade e generalidade de suas condições. Objeto formal. Controle dos fatos.
Sentido amplo ciência significa simplesmente conhecimento, como na expressão tomar ciência disto ou daquilo. Sentido restrito ciência não significa um conhecimento qualquer, e sim um conhecimento que não
Leia maisDiferentes formas de conhecimento
Diferentes formas de conhecimento Introdução O ser humano, em busca de conhecer o que o cerca, desenvolve novos conhecimentos, assim, o progresso da ciência é produto da atividade humana que transforma
Leia maisFaculdade de ciências jurídicas. e sociais aplicadas do Araguaia Carolina e Maria Rosa
Faculdade de ciências jurídicas e sociais aplicadas do Araguaia Carolina e Maria Rosa TEORIA GERAL DO CONHECIMENTO 06/47 20/03 Formas do Conhecimento SENSAÇÃO PERCEPÇÃO IMAGINAÇÃO MEMÓRIA LINGUAGEM RACIOCÍNIO
Leia maisCientífico Regina Célia Veiga da Fonseca. Metodologia do Trabalho
Metodologia do Trabalho Científico Regina Célia Veiga da Fonseca 2008 2008 IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do
Leia maisCurso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média:
EXERCÍCIOS ON LINE 3º BIMESTRE DISCIPLINA: Filosofia PROFESSOR(A): Julio Guedes Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média: NOME: Nº.: Exercício On Line (1) A filosofia atingiu
Leia maisPROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO
PROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO Questão Problema: O conhecimento alcança-se através da razão ou da experiência? (ver página 50) Tipos de conhecimento acordo a sua origem Tipos de juízo de acordo com
Leia maisQUESTIONÁRIO DE FILOSOFIA ENSINO MÉDIO - 2º ANO A FILOSOFIA DA GRÉCIA CLÁSSICA AO HELENISMO
QUESTIONÁRIO DE FILOSOFIA ENSINO MÉDIO - 2º ANO A FILOSOFIA DA GRÉCIA CLÁSSICA AO HELENISMO ESTUDAR PARA A PROVA TRIMESTRAL DO SEGUNDO TRIMESTRE PROFESSORA: TATIANA SILVEIRA 1 - Seguiu-se ao período pré-socrático
Leia maisCiência e Sociedade. Aula Especialização em Gestão Escolar
Ciência e Sociedade Aula Especialização em Gestão Escolar O desconhecido é um estado (situação) no qual prepondera o não dominado, o não possuído, a Relação homem e conhecimento O ser humano se situa em
Leia maisHISTÓRIA DA CIÊNCIA. Questões - quando nos deparamos com novas teorias ou conhecimentos
HISTÓRIA DA CIÊNCIA SCIRE = SABER (ligado tradicionalmente a saber verdadeiro/correto/certo/ inquestionável Contra o pseudo-saber/ saber/ à ignorância SCIENTIA CONHECIMENTO Como diferenciar ciência da
Leia maisA palavra MITO procede do grego mythos, que é uma palavra ligada ao verbo mythevo, que significa crio uma história imaginária, que se refere a uma
Prof. Cícero Robson A palavra MITO procede do grego mythos, que é uma palavra ligada ao verbo mythevo, que significa crio uma história imaginária, que se refere a uma crença, a uma tradição ou a um acontecimento.
Leia maisC & Q. O homem que apenas crê e não procura refletir esquece-se de que é
O homem que apenas crê e não procura refletir esquece-se de que é C & Q alguém constantemente exposto à dúvida, seu mais íntimo inimigo, pois onde a fé domina, ali também a dúvida está sempre à espreita.
Leia maisFUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO. A Geografia Levada a Sério
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 1 O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete Aristóteles 2 O Mito da Caverna - Platão 3 Entendes??? 4 A Filosofia É um estudo relacionado
Leia maisCURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA Prof. Dra. Renata Cristina da Penha França E-mail: renataagropec@yahoo.com.br -Recife- 2015 VAMOS COLOCAR NOSSOS CELULARES NO
Leia maisFILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA
COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA Pode-se afirmar que a prova não apresentou melhorias nem ficou aquém de suas versões anteriores. Os candidatos, sem dúvida, esperavam algo melhor, mais contextualizado,
Leia mais24/07/2014. As origens da Sociologia. A questão do conhecimento
Tema 1: O enfoque do Positivismo para a Educação Professora Ma. Mariciane Mores Nunes As origens da Sociologia Sociologia: ciência que explica a dinâmica das sociedades contemporâneas. Envolve: herança
Leia maisIntrodução à Estética
Profa. Consuelo Holanda @consueloholanda consueloholanda2010@hotmail.com Introdução à Estética Professora: Consuelo Holanda Estética cotidiana O uso comum da palavra estética se dá no sentido de beleza
Leia maisMEDIUNIDADE & ESPIRITUALIDADE
Curso Online MEDIUNIDADE & ESPIRITUALIDADE com Maísa Intelisano Aula 02 - O que é Mediunidade Bloco 03 Maísa Intelisano AULA 2 O QUE É MEDIUNIDADE BLOCO 3 A mediunidade e os fenômenos espirituais ao longo
Leia mais... Cultura. Em busca de conceitos
Cultura Em busca de conceitos Cultura Clifford Geertz Ernst Cassirer. EUA, 1926 2006 Texto: 1973 Polônia, 1874 EUA, 1945 Texto: 1944 A ciência na busca da definição do Homem Ciência na busca de leis gerais
Leia maisDescobrindo a Verdade
Descobrindo a Verdade Capítulo 1 Descobrindo a Verdade que é a verdade e o que sabemos sobre ela? Será O que ela é absoluta ou toda verdade é relativa? Como descobrimos a verdade sobre aquilo que não podemos
Leia maisMÉTODOS DE PESQUISA. O conhecimento científico, Senso Comum e os tipos de conhecimentos. Prof. Dr. Evandro Prestes Guerreiro.
MÉTODOS DE PESQUISA O conhecimento científico, Senso Comum e os tipos de conhecimentos Prof. Dr. Evandro Prestes Guerreiro Santos-SP, 2012 Evandro Prestes Guerreiro O Conhecimento Científico, Senso Comum
Leia maisIDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari
IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 20 Se tomarmos o pensar na sua representação mais próxima, aparece, α) antes
Leia maisMATÉRIA DA DISCIPLINA ÉTICA E CIDADANIA APLICADA AO DIREITO I
4 MATÉRIA DA DISCIPLINA ÉTICA E CIDADANIA APLICADA AO DIREITO I MINISTRADA PELO PROFESSOR MARCOS PEIXOTO MELLO GONÇALVES PARA A TURMA 1º T NO II SEMESTRE DE 2003, de 18/08/2003 a 24/11/2003 O Semestre
Leia maisAULA FILOSOFIA. O realismo aristotélico
AULA FILOSOFIA O realismo aristotélico DEFINIÇÃO O realismo aristotélico representa, na Grécia antiga, ao lado das filosofias de Sócrates e Platão, uma reação ao discurso dos sofistas e uma tentativa de
Leia maisINTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO NA DIVERSIDADE E METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO NA DIVERSIDADE E METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO RANNYELLY RODRIGUES DE OLIVEIRA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Programa de Pós-Graduação em
Leia maisAula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015
Aula Véspera UFU 2015 Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 NORTE DA AVALIAÇÃO O papel da Filosofia é estimular o espírito crítico, portanto, ela não pode
Leia maisUniversidade Estadual de Goiás
Universidade Estadual de Goiás Michael Douglas Rodrigues da Silva Metodologia Científica ANÁPOLIS/GOIÁS 2015 Universidade Estadual de Goiás Michael Douglas Rodrigues da Silva Metodologia Científica Resumo
Leia maisAula inicial de metodologia. Um entendimento
Aula inicial de metodologia Um entendimento O que é conhecimento? Apreensão intelectual de um fato ou de uma verdade, como domínio (teórico ou prático) de um assunto, uma arte, uma ciência, uma técnica,
Leia maisDisciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I
Disciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I 1.1 1.2 1.3 Conhecimento filosófico, religioso, científico e senso comum. Filosofia e lógica. Milagre Grego.
Leia maisSociologia Prof. Ms. Fuad Jaudy. Cap. 1 Produção de Conhecimento: uma característica fundamental das sociedades humanas. (Parte I)
Sociologia Prof. Ms. Fuad Jaudy Cap. 1 Produção de Conhecimento: uma característica fundamental das sociedades humanas. (Parte I) Questão central O que é conhecimento? Existe mais de uma forma de conhecer?
Leia maisFORMAS OU TIPOS DE CONHECIMENTO VULGAR MITOLÓGICO RELIGIOSO FILOSÓFICO CIENTÍFICO
FORMAS OU TIPOS DE CONHECIMENTO VULGAR MITOLÓGICO RELIGIOSO FILOSÓFICO CIENTÍFICO Existência e Buscamos conhecer o que existe. Buscamos conhecer a realidade. A realidade é o que existe e o que existe é
Leia maisProfessor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio O CONHECIMENTO
Professor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio O CONHECIMENTO 1 O que é conhecer? É uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece (Cognoscente) e o objeto ou fenômeno alvo da pesquisa
Leia maisA) Pelo senso comum, o homem simples conhece o fato e sua ordem aparente A) I e III são corretas B) Somente a II é correta. conhecimento acadêmico
Assinale com a resposta correta Pelo senso comum, o homem simples conhece o fato e sua ordem aparente Pelo senso comum, o homem conhece as causas e as leis que regem os fenômenos Pelo senso comum é possível
Leia maisClóvis de Barros Filho
Clóvis de Barros Filho Sugestão Formação: Doutor em Ciências da Comunicação pela USP (2002) Site: http://www.espacoetica.com.br/ Vídeos Produção acadêmica ÉTICA - Princípio Conjunto de conhecimentos (filosofia)
Leia maisRoteiro para a leitura do texto
WEBER, Max - A "objetividade" do conhecimento nas Ciências Sociais In: Max Weber: A objetividade do conhecimento nas ciências sociais São Paulo: Ática, 2006 (: 13-107) Roteiro para a leitura do texto Data
Leia maisTEORIA DO CONHECIMENTO. Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura
TEORIA DO CONHECIMENTO Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura - O que é conhecer? - Como o indivíduo da imagem se relaciona com o mundo ou com o conhecimento? Janusz Kapusta, Homem do conhecimento
Leia maisComo surgiram os MITOS?
PENSAMENTO MÍTICO MITO MITO Nasce do desejo de entender o mundo para afugentar o medo e a insegurança. é um relato de algo fabuloso que se supõe ter acontecido num passado remoto e quase sempre impreciso.
Leia maisA AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA
A AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA Mariluze Ferreira de Andrade e Silva Laboratório de Lógica e Epistemologia DFIME - UFSJ Resumo: Propomos investigar
Leia maisTEMA-PROBLEMA Da multiplicidade dos saberes à Ciência como construção racional do real
TEMA-PROBLEMA 8.2. Da multiplicidade dos saberes à Ciência como construção racional do real CONHECER Conhecer é um ato em que se cruzam o indivíduo e o objeto de conhecimento. ATO que exprime uma relação
Leia maisPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
EMENTAS DO CURSO DE FILOSOFIA Currículo Novo (a partir de 2010/1) NÍVEL I HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA Reflexão acerca da transição do pensamento mítico ao filosófico. Estudo de problemas, conceitos e
Leia maisPrincípios e práticas da Psicologia Experimental. Ana Raquel Karkow Profa. Luciane Piccolo Disciplina Psicologia Experimental I 2011/1
Princípios e práticas da Psicologia Experimental Ana Raquel Karkow Profa. Luciane Piccolo Disciplina Psicologia Experimental I 2011/1 O que é Psicologia Experimental? Psicologia Experimental Parte da Psicologia
Leia maisFILOSOFIA. Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo
FILOSOFIA Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo Finalidade da vida política para Platão: Os seres humanos e a pólis têm a mesma estrutura: alma concupiscente ou desejante; alma irascível ou colérica;
Leia maisFunção social: apresenta como objetivo básico instruir, ensinar, ou seja, levar o leitor a assimilar conhecimentos e valores instituídos.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS GÊNERO ACADÊMICO-CIENTÍFICO Prof. Mestre Carina Lima Função social: apresenta como objetivo básico instruir, ensinar, ou seja, levar o leitor
Leia maisIntrodução a Filosofia
Introdução a Filosofia Baseado no texto de Ludwig Feuerbach, A essência do homem em geral, elaborem e respondam questões relacionadas a este tema. 1- Quem foi Feuerbach? PERGUNTAS 2- Qual é a diferença
Leia maisTEMA-PROBLEMA. A experiência religiosa como afirmação do espaço espiritual do mundo FENÓMENO UNIVERSAL
TEMA-PROBLEMA A experiência religiosa como afirmação do espaço espiritual do mundo RELIGIÃO FENÓMENO UNIVERSAL Religião e as práticas religiosas têm sido uma constante ao longo dos tempos e têm influenciado
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular
CICLO PROFISSIONAL OU TRONCO COMUM FL237 - ETICA OBRIGATÓRIO 3 60 0 60 4.0 PRESSUPOSTOS ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA. A ESTRUTURA DO AGIR MORAL: ESTRUTURA OBJETIVA E SUBJETIVA; A CONSISTÊNCIA MORAL; A LIBERDADE;
Leia maisCIÊNCIA E FÉ. Mário Antônio Sanches 1
CIÊNCIA E FÉ Mário Antônio Sanches 1 1. Podemos dizer que as estrelas nos céus sempre despertaram a curiosidade humana. Hoje, com os estudos das Ciências, sabemos que são imensas fornalhas nucleares geradoras
Leia maisUnidade 1 Ciência e Conhecimento01
Unidade 1 Ciência e Conhecimento01 1.1 A Disciplina de Metodologia Cientifica. O que é Metodologia Cientifica? É a disciplina que "estuda os caminhos do saber" O que é Metodologia? Método: (do Grego methodos,
Leia maisPsicologia. Introdução
Psicologia Introdução O que é Psicologia? Senso Comum: De psicólogo e de louco todo mundo tem um pouco. ele usa de psicologia para vender seu produto e quando procuramos aquele amigo, que está sempre disposto
Leia maisPROFECIAS NEWS Boletim Informativo de Religiões Proféticas
PROFECIAS NEWS Boletim Informativo de Religiões Proféticas Judaísmo, Cristianismo, Islamismo Qual a definição da palavra religião? Vem do latim religare, tem o siginificado de religação. Essa religação
Leia maisCONHECIMENTO POPULAR E/OU EMPÍRICO
CONHECIMENTO POPULAR E/OU EMPÍRICO Ensino Médio 2º Ano - LPT Professor: Rafael Farias O conhecimento popular/empírico também pode ser designado vulgar ou de senso comum. Porém, nesse tipo de conhecimento,
Leia maisALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO
1 ALBERTO MAGNO E TOMÁS DE AQUINO A ESCOLÁSTICA E OS PRINCIPAIS REPRESENTANTES ALBERTO MAGNO TOMÁS DE AQUINO Buscaram provar a existência de Deus utilizando argumentos racionais. 2 A UNIDADE ENTRE A FÉ
Leia maisEscola Secundária 2-3 de Clara de Resende COD COD
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO (Aprovados em Conselho Pedagógico de 27 de outubro de 2015) No caso específico da disciplina de FILOSOFIA, do 10º ano de escolaridade, a avaliação incidirá ao nível do
Leia maisRevisão de Metodologia Científica
Revisão de Metodologia Científica Luiz Eduardo S. Oliveira Universidade Federal do Paraná Departamento de Informática http://lesoliveira.net Luiz S. Oliveira (UFPR) Revisão de Metodologia Científica 1
Leia maisO Uso do Método Científico para a Avaliação de Evidências
V Seminário - A Filosofia das Origens Rio de Janeiro, Agosto de 2008 O Uso do Método Científico para a Avaliação de Evidências Prof. Eduardo F. Lütz O Uso do Método Científico para a Avaliação de Evidências
Leia mais26/08/2013. Gnosiologia e Epistemologia. Prof. Msc Ayala Liberato Braga GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO
Gnosiologia e Epistemologia Prof. Msc Ayala Liberato Braga Conhecimento filosófico investigar a coerência lógica das ideias com o que o homem interpreta o mundo e constrói sua própria realidade. Para a
Leia mais