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1 Professor: Carlos Antônio Bandeira 1

2 AULA 01 MAPA DA AULA 1. INTRODUÇÃO CLASSIFICAÇÕES DOS CONTRATOS Quanto aos efeitos Quanto à formação Quanto ao momento de execução Quanto ao agente Quanto ao modo Quanto à forma Quanto ao objeto Quanto à designação Quanto à designação Contrato com pessoa a declarar Estipulação em favor de terceiros Promessa de fato de terceiro VÍCIOS REDIBITÓRIOS EVICÇÃO EXTINÇÃO DOS CONTRATOS Execução (cumprimento integral) Nulidades Cláusula resolutiva Direito de arrependimento

3 5.5. Resolução Resilição Morte de um dos contratantes Rescisão AOS EXERCÍCIOS! EXERCÍCIOS COMENTADOS Classificações de Contratos Vícios redibitórios Evicção Extinção de contratos Temas variados EXERCÍCIOS REPETIDOS Classificações de Contratos Vícios redibitórios Evicção Extinção de contratos Temas variados GABARITO RESUMO INTRODUÇÃO Olá! Tudo bem contigo?! Espero que sim! O objetivo da AULA 01 é apresentar TEORIA e EXERCÍCIOS COMENTADOS sobre as seguintes as matérias: Classificações dos Contratos; 3

4 Vícios Redibitórios; Evicção; e Extinção dos Contratos! Preparar-se é o segredo do sucesso. HENRY FORD 2. CLASSIFICAÇÕES DOS CONTRATOS A seguir, são relacionados dez tipos de classificação de contratos! 2.1. QUANTO AOS EFEITOS a. Unilaterais: são os que criam obrigações unicamente para uma das partes (doação pura, p.ex.); b. Bilaterais: são os que geram obrigações para ambos os contratantes (compra e venda, locação, etc.); EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO ( EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS ): nos contratos bilaterais, qualquer parte pode recusar sua prestação, sob o argumento que a outra parte não cumpriu a que lhe competia (art. 476, do CC). O descumprimento do contrato pode ser: Simultâneo: se ambas as partes descumpriram o contrato, cabe 4

5 a resolução do contrato, com o restabelecimento da situação anterior ao contrato. Parcial ou defeituoso: é cabível a exceção do contrato parcialmente cumprido ( exceptio non rite contractus ). ü Se diz que todo contrato bilateral possui uma cláusula resolutiva tácita! GARANTIA DE EXECUÇÃO: se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la (art. 477, do CC). c. Plurilaterais: são os que contêm mais de duas partes (contratos de sociedade e de consórcio, etc.); d. Gratuitos ou benéficos: apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem (doação pura); e. Onerosos: ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício (compra e venda, etc.); f. Comutativos: os de prestações certas e determinadas, porque não envolvem nenhum risco; g. Aleatórios: se caracterizam pela incerteza. Contratos de jogo, aposta e seguro são aleatórios por natureza, pois a álea, risco, lhes é peculiar. Os tipicamente comutativos, que se tornam aleatórios em razão de certas circunstâncias, denominam-se acidentalmente aleatórios (venda de coisas futuras e de coisas existentes, mas expostas a risco). 5

6 2.2. QUANTO À FORMAÇÃO a. Paritários: as partes podem discutir livremente as cláusulas e condições contratuais (encontram-se em pé de igualdade); b. De adesão: uma das partes adere a modelo já convencionado, não podendo modificá-lo; a. Contrato-tipo: também conhecido como contratos de massa, em série ou formulários, são semelhantes ao de adesão, mas são dotados de alguns claros que podem ser preenchidos antes da celebração, por isso há uma parte do contrato escrito que admite o estabelecimento de vontade entre as partes QUANTO AO MOMENTO DE EXECUÇÃO a. De execução instantânea: se consumam em só ato. São cumpridos imediatamente após a celebração, como ocorre na compra e venda à vista; b. De execução diferida: devem ser cumpridos também em apenas um ato, mas em momento futuro, como acontece na entrega em dada certa de bem alienado; c. De execução continuada: também chamado de trato sucessivo, que deve ser cumprido por meio de atos reiterados, a exemplo do contrato de prestação de serviços de limpeza QUANTO AO AGENTE a. Personalíssimo ( intuito personae ): celebrado em atenção às qualidades pessoais de um dos contratantes (exs.: contratos culturais, profissionais e artísticos); 6

7 b. Impessoais: a prestação pode ser cumprida, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro, pois seu objeto não exige qualidades especiais do devedor da obrigação; c. Individuais: as vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva várias pessoas; d. Coletivos: são feitos pelo acordo de vontades com pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais QUANTO AO MODO a. Principais: possuem existência própria, pois não dependem de nenhum outro contrato; b. Acessórios: possuem existência subordinada a de um contrato principal, como é o caso da fiança e o contrato de locação; c. Derivados (ou subcontratos): têm por objeto direitos estabelecidos em outro contrato, denominado básico ou principal, a exemplo da sublocação e subempreitada QUANTO À FORMA a. Solenes: devem obedecer a forma descrita em lei, como condição de validade para se aperfeiçoar (ex.: escritura pública para alienação de imóvel); b. Não solenes: possuem forma livre para a expressão do consentimento, inclusive a verbal (ex.: locação) QUANTO AO OBJETO a. Consensuais: se aperfeiçoam com o consentimento (acordo de vontades), independentemente da entrega da coisa e observância de 7

8 determinada forma. Por isso, são considerados contratos não solenes (ex.: compra de bens móveis, de acordo com o art. 482, do CC); b. Reais: além do consentimento, exigem a entrega da coisa que lhe serve de objeto (exs.: depósito, mútuo e comodato) QUANTO À DESIGNAÇÃO a. Preliminares: são também chamados de pactos de contrahendo, ou pré-contratos (ex.: promessa de compra e venda), os quais têm por objeto a celebração de um outro contrato, que será definitivo (ex.: conclusão da compra e venda, com a transferência do imóvel pelo promitente vendedor ao promitente comprador); b. Definitivo: caracteriza a obrigação definida de cada contrato (ex.: compra e venda) QUANTO À DESIGNAÇÃO a. Nominados (ou típicos): possuem designação própria, e são expressamente regulados por lei (ex.: compra e venda, do art. 418, do CC); b. Inominados (ou atípicos): não possuem designação própria, resultam de acordo entre as partes, cujo objeto não tem características e requisitos definidos em lei (art. 425, do CC); c. Misto: combinação de contrato típico com cláusulas atípicas criadas pela vontade das partes contratantes; d. Coligados: é a reunião de vários contratos interligados, constituindo um negócio jurídico completo (ex.: distribuição de petróleo aos postos de combustíveis). CUIDADO: veja bem que o CONTRATO MISTO é ÚNICO, e o COLIGADO compreende VÁRIOS CONTRATOS que conservam sua 8

9 individualidade, mas estão interligados por dependência! CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR a. Reserva de indicar outra pessoa para receber a obrigação: no momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes (art. 467, do CC); b. Eficácia: o contrato será eficaz somente entre os contratantes originários I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação (art. 470, do CC); c. Incapaz ou insolvente: se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários (art. 471, do CC) ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIROS a. Terceiro: é a previsão de extensão de uma vantagem do contrato em favor de terceiro (arts. 436/438, do CC). O contratante que estipular em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. O terceiro também pode exigir, e, para tanto, deverá sujeitar-se às normas do contrato. Ex.: seguro de vida; b. Substituição do terceiro: o estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. Essa substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. 9

10 2.12. PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO a. Execução por terceiro: é a promessa de que terceiro cumprirá determinada prestação (arts. 430/440, do CC). b. Perdas e danos: caso o terceiro não cumpra sua parte, quem o indicou, responderá por perdas e danos; c. Não responsabilização: i. tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens; ii. nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. 3. VÍCIOS REDIBITÓRIOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS são defeitos ocultos em coisa recebida em razão de contrato comutativo (de prestações certas e determinadas), que a tornam imprópria ao uso a que se destina, ou lhe diminuam o valor. Regras: a. Opções do credor: i. pode enjeitar a coisa, rescindindo o contrato, por meio da ação redibitória (art. 441, do CC); ou ii. pode ficar com a coisa, e reclamar, ao mesmo tempo, o abatimento no preço (art. 442, do CC). b. Princípio da garantia: todo alienante deve assegurar, ao adquirente, a título oneroso, o uso da coisa por ele adquirida e para os fins a que é destinada; 10

11 c. Prazo decadencial para obter a redibição ou o abatimento do preço: i. Coisa móvel: 30 dias, contados da entrega efetiva, ou 15 dias, contados da alienação, se já estava na posse da coisa; ii. iii. iv. Coisa imóvel: 1 ano, contados da entrega efetiva, ou 6 meses contados da alienação, se já estava na posse da coisa; Quando o vício só puder ser conhecido mais tarde: o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o máximo de 180 dias, em se tratando de bens móveis; e de 1 ano, para os imóveis; Venda de animais: prazos devem ser estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, ou o item anterior se não houver regras disciplinando a matéria; v. Prazo de garantia: durante o prazo de garantia não correm os prazos acima mencionados, mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos 30 dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. 4. EVICÇÃO EVICÇÃO é a perda da coisa adquirida (ainda que em hasta pública) para outra pessoa em razão de decisão judicial, tendo em vista uma causa preexistente ao contrato (arts. 448/457,do CC). Regras: a. Princípio da garantia: nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública (art. 447, do CC); b. Passível de renúncia: podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção; 11

12 c. Vícios ignorados: não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. Mas, mesmo com a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção; d. Vício conhecido e não assumido: o direito à evicção persiste ao adquirente, mesmo que devidamente informado da litigiosidade da coisa, mas não o tenha assumido; e. Ressarcimento ao adquirente (evicto): salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: i. à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; ii. à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; iii. às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído; iv. o preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. f. Deterioração da coisa: i. subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente; ii. se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. g. Benfeitorias: i. as benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante; ii. se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. 12

13 h. Evicção parcial: i. se for considerável: poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido; ii. se não for considerável, caberá somente direito a indenização i. Prazo: para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo; j. Denunciação da lide: não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos; 5. EXTINÇÃO DOS CONTRATOS A EXTINÇÃO DOS CONTRATOS pode se dar em razão de: execução completa: cumprimento integral; causas anteriores ou contemporâneas: nulidades, cláusula resolutiva ou por direito de arrependimento; causas supervenientes: resolução, resilição, rescisão ou morte de um dos contratantes EXECUÇÃO (CUMPRIMENTO INTEGRAL) A execução integral das obrigações contratuais geram a extinção (ex.: pagamento). 13

14 5.2. NULIDADES a. Nulidade absoluta: violação a algum preceito de ordem pública que impede que o contrato tenha validade desde a sua formação (efeitos ex tunc ); b. Nulidade relativa (ou anulabilidade): está relacionada com a imperfeição da vontade, e depende de alegação da parte em juízo, cuja decisão deve gerar efeitos ex nunc ( dali para a frente ) CLÁUSULA RESOLUTIVA a. Expressa: quando convencionada expressamente no contrato, para a hipótese de inadimplemento. Essa opera de pleno direito; b. Tácita: depende de interpelação judicial e é subentendida em todo contrato bilateral (art. 475, do CC). CC: Art A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos DIREITO DE ARREPENDIMENTO Deve ser expresso (arras penitenciais): se no contrato for estipulado o DIREITO DE ARREPENDIMENTO para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdêlas-á (perda do sinal) em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente (em dobro). Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar (art. 420, do CC). 14

15 5.5. RESOLUÇÃO a. Inexecução voluntária: decorre do comportamento culposo de um dos contratos, gerando prejuízos ao outro contratante; b. Inexecução involuntária: decorre de caso fortuito ou força maior; c. Onerosidade excessiva: decorre de acontecimento superveniente e imprevisível (essa figura ocorre apenas para contratos de execução continuada ou diferida!). Nesse caso, O JUIZ PODERÁ REAJUSTAR AS PRESTAÇÕES DO CONTRATO OU EXONERAR O DEVEDOR! CC: Art Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação RESILIÇÃO a. Bilateral: não decorre de inadimplemento contatual, mas por expressa manifestação de vontade das partes, por meio do chamado DISTRATO (art. 472, do CC); b. Unilateral: somente em alguns casos o contrato pode ser desfeito por manifestação de vontade unilateral, independentemente de manifestação judicial, por meio da chamada DENÚNCIA. Exs.: contratos por prazo determinado para prestação de serviços, e os casos de revogação de mandato. CC: 15

16 Art A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos MORTE DE UM DOS CONTRATANTES A morte somente gera a extinção dos contratos personalíssimos ( intuito personae ), pois não poderá ser cumprido por seus sucessores, mas subsistem os efeitos gerados até a data do óbito. Os efeitos produzidos são ex nunc (dali para a frente) RESCISÃO Na doutrina, emprega-se esse termo como sinônimo de RESOLUÇÃO ou RESILIÇÃO. A doutrina também aplica o termo RESCISÃO para as hipóteses de verificação de defeitos de negócio jurídico, nas constatações de lesão e de estado de perigo. CC: Seção IV Do Estado de Perigo Art Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. 16

17 Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. Seção V Da Lesão Art Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 1 o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. 2 o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. 17

18 6. AOS EXERCÍCIOS! Muito bem! Agora chegou a hora de apresentar como são cobrados, em provas objetivas de concurso, os temas da aula de hoje! As pessoas que crescem e realizam o máximo são as que aproveitam o poder da paciência e da persistência. (John C. Maxwell) Tenha paciência. Todas as coisas são difíceis, antes de se tornarem fáceis. (Saadi, poeta persa) 18

19 EXERCÍCIOS COMENTADOS CLASSIFICAÇÕES DE CONTRATOS 1. FUNCAB - ANS - Complexidade Intelectual - Direito (2013) É INCORRETA a seguinte assertiva sobre a classificação dos contratos: a) Solene aquele para cuja formação não basta o acordo das partes, exigindo-se a observância de certas formalidades, em razão das quais o contrato se diz, também, formal. b) Consensual aquele que se forma exclusivamente pelo acordo de vontade. c) Real o contrato para cuja perfeição a lei exige a tradição efetiva do objeto. d) Comutativo o contrato em que a prestação de uma das partes não é precisamente conhecida e suscetível de estimativa prévia, inexistindo equivalência com a da outra parte. e) Coletivo o contrato quando, na sua perfeição, a declaração volitiva provém de um agrupamento de indivíduos, organicamente considerado. Comentários: Letra A, correta. Quanto à forma, os contratos podem ser: Solenes: devem obedecer a forma descrita em lei, como condição de validade para se aperfeiçoar (ex.: escritura pública para alienação de imóvel); Não solenes: possuem forma livre para a expressão do consentimento, inclusive a verbal (ex.: locação). Letras B e C, corretas. Quanto ao objeto, os contratos podem ser: Consensuais: se aperfeiçoam com o consentimento (acordo de vontades), independentemente da entrega da coisa e observância 19

20 de determinada forma. Por isso, são considerados contratos não solenes (ex.: compra de bens móveis, de acordo com o art. 482, do CC); Reais: além do consentimento, exigem a entrega da coisa que lhe serve de objeto para se aperfeiçoarem (exs.: depósito, mútuo e comodato). Letra D, incorreta. Quanto aos efeitos, os contratos podem ser: Unilaterais: são os que criam obrigações unicamente para uma das partes (doação pura, p.ex.); Bilaterais: são os que geram obrigações para ambos os contratantes (compra e venda, locação, etc.); Plurilaterais: são os que contêm mais de duas partes (contratos de sociedade e de consórcio, etc.); Gratuitos ou benéficos: apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem (doação pura); Onerosos: ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício (compra e venda, etc.); Comutativos: os de prestações certas, determinadas e equivalentes, e não envolvem nenhum risco; Aleatórios: se caracterizam pela incerteza. Contratos de jogo, aposta e seguro são aleatórios por natureza, pois a álea, risco, lhes é peculiar. Os tipicamente comutativos, que se tornam aleatórios em razão de certas circunstâncias, denominam-se acidentalmente aleatórios (venda de coisas futuras e de coisas existentes, mas expostas a risco). Letra E, correta. Quanto ao agente, os contratos podem ser: Personalíssimo ( intuito personae ): celebrado em atenção às qualidades pessoais de um dos contratantes (exs.: contratos culturais, profissionais e artísticos); 20

21 Gabarito: D. Impessoais: a prestação pode ser cumprida, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro, pois seu objeto não exige qualidades especiais do devedor da obrigação; Individuais: as vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva várias pessoas; Coletivos: são feitos pelo acordo de vontades com pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais. 2. FUNDEP - COHAB MINAS - Advogado (2015) Considere, acerca dos contratos, as afirmativas a seguir: I. Enquanto a pessoa for viva, sua herança só poderá ser negociada por seus herdeiros necessários, sob pena de anulação do contrato. II. Os contratos inominados são lícitos, desde que observadas as normas gerais fixadas pelo Código Civil. III. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Conforme ordenamento pátrio, estão CORRETAS as afirmativas: a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e III, apenas. d) I, II e III. Comentários: Item I, errado. De acordo com o art. 426 do CC: Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Esse tipo de negócio, vedado pelo ordenamento jurídico, também é denominado de pacta corvina. Item II, correto. Quanto à designação, os contratos classificam-se em: 21

22 Contratos Inominados Nominados (ou típicos): possuem designação própria, e são expressamente regulados por lei (ex.: compra e venda, do art. 418, do CC); Inominados (ou atípicos): não possuem designação própria, resultam de acordo entre as partes, cujo objeto não tem características e requisitos definidos em lei (art. 425, do CC); Mistos: combinação de contrato típico com cláusulas atípicas criadas pela vontade das partes contratantes; Coligados: é a reunião de vários contratos interligados, constituindo um negócio jurídico completo (ex.: distribuição de petróleo aos postos de combustíveis). Item III, correto. Estabelece o art. 421 do CC: A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Gabarito: C. 3. VUNESP - Prefeitura de São Paulo-SP - Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental (2015) Em um contrato, sabe-se que as partes têm objetos almejados diferentes; fazem, portanto, um acordo de obrigações recíprocas. Mas, quando, em um acordo de vontade, os participantes têm interesses comuns e coincidentes, e há cooperação entre eles, chama-se isso de a) convênio. b) conciliação. c) pacto. d) resolução conjunta. e) convenção. Comentários: Na lição de Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro): Convênios Administrativos são acordos firmados por entidades públicas de 22

23 qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes. Na messma obra, continua: Convênio é acordo, mas não é contrato. No contrato as partes têm interesses diversos e opostos; no convênio os partícipes têm interesses comuns e coincidentes. Por outras palavras: no contrato há sempre duas partes (podendo ter dois ou mais signatários), uma que pretende a contraprestação correspondente (o preço, ou qualquer outra vantagem), diversamente do que ocorre no convênio, em que não há partes, mas unicamente partícipes com as mesmas pretensões. Por essa razão, no convênio a posição jurídica dos signatários é uma só, idêntica para todos, podendo haver apenas diversificação na cooperação de cada um, segundo suas possibilidades, para a consecução do objetivo comum, desejado por todos. Gabarito: A. VÍCIOS REDIBITÓRIOS 4. CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Of. de Just. Av. Federal (2015) A respeito dos direitos das obrigações e dos contratos, julgue o item subsequente. Caso ocorra vício ou defeito oculto em coisa que a torne imprópria ao uso a que se destina ou que lhe diminua o valor, a coisa poderá ser enjeitada se for recebida em virtude de contrato comutativo ou doação onerosa. Comentários: Com base no art. 441 caput, do CC: "A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Estabelece o parágrafo único desse dispositivo: É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. Gabarito: Correto. 23

24 5. CESPE - DPF - Perito Criminal Federal (2013) Com base na NBR :1996, que trata de perícias de engenharia na construção civil, julgue o item subsequente. Vícios redibitórios, por diminuírem o valor do bem, podem gerar abatimento do preço pago. Comentários: Estabelece o art. 442 do CC: Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. Gabarito: Correto. EVICÇÃO 6. CESPE - TJ-AC - Técnico Judiciário - Área Judiciária (2012) Em relação aos contratos, julgue os itens a seguir. A evicção consiste na perda da coisa adquirida somente em contrato gratuito translativo de posse e propriedade de bens. Comentários: Estabelece o art. 447 do CC: "Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. Gabarito: Errado. EXTINÇÃO DE CONTRATOS 7. CESGRANRIO - Innova - Advogado Júnior (2012) 24

25 A Sociedade Petróleo Exploradores S.A. contrata a Sociedade Fernandes Prospecção Limitada para a prestação de serviços na área de geologia. Consta no contrato cláusula indicando que os serviços serão prestados ao longo de dois anos, sendo que deverão ser realizadas quatro avaliações técnicas no local prospectado, onde deverá ser desenvolvida a atividade da sociedade anônima. Passados seis meses da formação do contrato, e já tendo sido realizada uma avaliação técnica, alega a Sociedade Fernandes Prospecção Limitada que não há mais condições técnicas de prestar o serviço contratado, em virtude de acontecimentos supervenientes extraordinários e imprevisíveis que tornaram a efetivação das demais avaliações técnicas por demais gravosas. Nesse caso, tem-se que o devedor a) poderá anular o negócio jurídico realizado, baseando- se na existência de lesão contratual. b) poderá propor a declaração de nulidade do contrato, baseando-se na impossibilidade superveniente do objeto. c) poderá requerer judicialmente a resolução do contrato, baseando-se na teoria da resolução por onerosidade excessiva. d) deverá cumprir fielmente o contrato, com base nos princípios da obrigatoriedade contratual e da boa-fé objetiva, que impõem às partes a observação de lealdade. e) deverá arcar com as prestações ainda não executadas, ainda que sua realização seja excessivamente onerosa, baseando-se no princípio do pacta sunt servanda. Comentários: Prevê o art. 478 do CC: Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Gabarito: C. 8. CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo (2014) 25

26 Tendo em vista que determinadas situações fáticas, anteriores, contemporâneas ou supervenientes à celebração da avença, podem motivar a cessação da produção dos seus efeitos de modo anormal, como, por exemplo, entre outros, a resilição, a resolução, a rescisão, a morte do contratante, caso fortuito ou força maior, julgue o item seguinte, a respeito da extinção dos contratos. A resilição bilateral é a extinção do contrato fundamentada no descumprimento do pactuado por inadimplemento culposo ou doloso, assim como em caso de inexecução absoluta ou relativa. Comentários: A proposição confunde o conceito de resilição bilateral (distrato) com o de resolução. Estabelece o art. 472 do CC: O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. Vejamos as distinções entre as causas de dissolução contratual: Resolução: ocorre por consequência do seu inadimplemento voluntário, involuntário ou por onerosidade excessiva; Resilição: é causada pela vontade de ambos os contratantes ou de apenas um, ou seja, pode ser bilateral (distrato) ou unilateral, em casos específicos (por denúncia à outra parte); Falecimento de um dos contratantes: acontece quando o contrato for de natureza personalíssima ( intuitu personae ), logo, não pode ser objeto de sucessão; e Rescisão: modo específico de extinção de certos contratos. Gabarito: Errado. 9. CESPE - TJ-SE - Analista Judiciário - Direito (2012) Com relação aos contratos e da responsabilidade civil, julgue os itens que se seguem. A resilição bilateral de determinado contrato equivale ao distrato desse pacto. 26

27 Comentários: Estabelece o art. 472 do CC: O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. Distrato é equivalente a resilição bilateral. Vejamos as distinções entre as causas de dissolução contratual: Resolução: ocorre por consequência do seu inadimplemento voluntário, involuntário ou por onerosidade excessiva; Resilição: é causada pela vontade de ambos os contratantes ou de apenas um, ou seja, pode ser bilateral (distrato) ou unilateral, em casos específicos (por denúncia à outra parte); Falecimento de um dos contratantes: acontece quando o contrato for de natureza personalíssima ( intuitu personae ), logo, não pode ser objeto de sucessão; e Rescisão: modo específico de extinção de certos contratos. Gabarito: Correto. 10. CESPE - TJ-RR - Analista Processual (2012) A respeito da extinção e das espécies de contratos, julgue os itens subsecutivos. Considere que André tenha celebrado um contrato com João, por meio do qual se tenha comprometido a efetuar o pagamento de trinta e seis parcelas mensais e sucessivas de determinado valor. Considere, ainda, que a ocorrência de um evento imprevisível tenha implicado o aumento excessivo no valor mensal a ser pago, com extrema vantagem para o credor, e que, por essa razão, André tenha postulado judicialmente a resolução do contrato. Nessa situação hipotética, os efeitos da sentença que decretar a resolução retroagirão à data da citação, e não à data da ocorrência do evento imprevisível. Comentários: A resolução ocorre por consequência do seu inadimplemento voluntário, involuntário ou por onerosidade excessiva. O CC adotou a teoria da resolução por onerosidade excessiva, conforme art. 478: Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a 27

28 prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Gabarito: Correto. 11. CESPE - OAB (2010) Assinale a opção correta a respeito dos vícios redibitórios e da evicção. a) Não há responsabilidade por evicção caso a aquisição do bem tenha sido efetivada por meio de hasta pública. b) Se o alienante não conhecia, à época da alienação, o vício ou defeito da coisa, haverá exclusão da sua responsabilidade por vício redibitório. c) As partes podem inserir no contrato cláusula que exclua a responsabilidade do alienante pela evicção. d) O adquirente, ante o vício redibitório da coisa, somente poderá reclamar o abatimento do preço. Comentários: Letra A, incorreta. Estabelece o art. 447 do CC: Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. Letra B, incorreta. Segundo o art. 443 do CC: Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. Letra C, correta. Conforme o art. 448 do CC: Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Letra D, incorreta. Em caso de vício redibitório, há duas opções para o adquirente: rejeitar a coisa ou aceitá-la mediante abatimento de preço. Art. 441 do CC: A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem 28

29 Gabarito: C. imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Conforme o parágrafo único É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas ; Art. 442 do CC: Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço. TEMAS VARIADOS 12. FCC - TCM-BA - Procurador Especial de Contas (2011) Os contratos empresariais a) não estão vinculados à função social do contrato. b) válidos são os contratos típicos, vedada a celebração de contratos atípicos. c) são mero protocolo de intenções, como regra, não obrigando efetivamente o proponente. d) N.D.A. Comentários: ALTERNATIVA A : errada. O princípio da FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO é expressamente previsto no CC! CC: Art A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. ALTERNATIVA B : errada, pois OS CONTRATOS ATÍPICOS (não expressamente previstos no código) TAMBÉM PODEM SER CELEBRADOS ENTRE AS PARTES, desde que respeitadas as normas gerais do CC! CC: Art É lícito às partes estipular contratos atípicos, 29

30 observadas as normas gerais fixadas neste Código. ALTERNATIVA C : errada, visto que A PROPOSTA GERA OBRIGAÇÕES PARA O PROPONENTE! CC: Art A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. Gabarito: D. 13. FGV - SEFAZ-RJ - Auditor-Fiscal da Receita Estadual (2011) Nos contratos, os indivíduos devem observar os princípios da probidade e boafé. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. Nesse contexto, assinale a alternativa correta, de acordo com o Código Civil. a) As partes não podem, em qualquer hipótese, reforçar, diminuir ou excluir responsabilidade pela evicção. b) As cláusulas resolutivas, expressas ou tácitas, operam-se de pleno direito. c) Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes poderá exigir, antes de cumprida sua obrigação, o implemento da do outro. d) Admite-se que a herança de pessoa viva possa ser objeto de contrato. e) Nos contratos de adesão são nulas de pleno direito as cláusulas ambíguas ou contraditórias. Comentários: Letra A, incorreta. A evicção é um direito disponível para as partes, de acordo com o art. 448 do CC: Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Letra B, incorreta. Pelo art. 474 do CC: A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial." 30

31 Letra C, correta. Conforme o art. 476 do CC: Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Letra D, incorreta. A legislação veda o estabelecimento de pacta corvina, segundo o art. 426 do CC: Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva". Letra E, incorreta. No contrato de adesão não se nulificam as cláusulas ambíguas ou contraditórias, mas se interpretam de maneira mais favorável ao aderente, conforme o art. 423 do CC: Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. Gabarito: C. 14. IESES - TJ-MA - Tit. de Serv. de Notas e de Registros (2011) Assinale a alternativa correta: a) Deixa de ser obrigatória a proposta se, feita sem prazo a pessoa presente, não for imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante. b) O contrato preliminar deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato, inclusive quanto à forma. c) Segundo o Código Civil, é anulável o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação dos preços. d) A resilição unilateral independe de denúncia notificada a outra parte. Comentários: Letra A, correta. Consoante o art. 428, I, do CC: Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante. Letra B, incorreta. Segundo o art. 462 do CC: O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado". 31

32 Letra C, incorreta. Com base no art. 489 do CC: Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço. Letra D, incorreta. Estabelece o art. 473 do CC: A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Gabarito: A. 15. MPE-PR - Promotor de Justiça (2008) ( ) Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o dobro do indevidamente auferido. Comentários: Errada. Não existe essa sanção de pena em dobro, para os casos de ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, pela regra do art. 884, do CC. CC: Art Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido. Resposta: Falsa. 32

33 EXERCÍCIOS REPETIDOS CLASSIFICAÇÕES DE CONTRATOS 1. FUNCAB - ANS - Complexidade Intelectual - Direito (2013) É INCORRETA a seguinte assertiva sobre a classificação dos contratos: a) Solene aquele para cuja formação não basta o acordo das partes, exigindo-se a observância de certas formalidades, em razão das quais o contrato se diz, também, formal. b) Consensual aquele que se forma exclusivamente pelo acordo de vontade. c) Real o contrato para cuja perfeição a lei exige a tradição efetiva do objeto. d) Comutativo o contrato em que a prestação de uma das partes não é precisamente conhecida e suscetível de estimativa prévia, inexistindo equivalência com a da outra parte. e) Coletivo o contrato quando, na sua perfeição, a declaração volitiva provém de um agrupamento de indivíduos, organicamente considerado. 2. FUNDEP - COHAB MINAS - Advogado (2015) Considere, acerca dos contratos, as afirmativas a seguir: I. Enquanto a pessoa for viva, sua herança só poderá ser negociada por seus herdeiros necessários, sob pena de anulação do contrato. II. Os contratos inominados são lícitos, desde que observadas as normas gerais fixadas pelo Código Civil. III. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Conforme ordenamento pátrio, estão CORRETAS as afirmativas: 33

34 a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e III, apenas. d) I, II e III. 3. VUNESP - Prefeitura de São Paulo-SP - Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental (2015) Em um contrato, sabe-se que as partes têm objetos almejados diferentes; fazem, portanto, um acordo de obrigações recíprocas. Mas, quando, em um acordo de vontade, os participantes têm interesses comuns e coincidentes, e há cooperação entre eles, chama-se isso de a) convênio. b) conciliação. c) pacto. d) resolução conjunta. e) convenção. VÍCIOS REDIBITÓRIOS 4. CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Of. de Just. Av. Federal (2015) A respeito dos direitos das obrigações e dos contratos, julgue o item subsequente. Caso ocorra vício ou defeito oculto em coisa que a torne imprópria ao uso a que se destina ou que lhe diminua o valor, a coisa poderá ser enjeitada se for recebida em virtude de contrato comutativo ou doação onerosa. 5. CESPE - DPF - Perito Criminal Federal (2013) 34

35 Com base na NBR :1996, que trata de perícias de engenharia na construção civil, julgue o item subsequente. Vícios redibitórios, por diminuírem o valor do bem, podem gerar abatimento do preço pago. EVICÇÃO 6. CESPE - TJ-AC - Técnico Judiciário - Área Judiciária (2012) Em relação aos contratos, julgue os itens a seguir. A evicção consiste na perda da coisa adquirida somente em contrato gratuito translativo de posse e propriedade de bens. EXTINÇÃO DE CONTRATOS 7. CESGRANRIO - Innova - Advogado Júnior (2012) A Sociedade Petróleo Exploradores S.A. contrata a Sociedade Fernandes Prospecção Limitada para a prestação de serviços na área de geologia. Consta no contrato cláusula indicando que os serviços serão prestados ao longo de dois anos, sendo que deverão ser realizadas quatro avaliações técnicas no local prospectado, onde deverá ser desenvolvida a atividade da sociedade anônima. Passados seis meses da formação do contrato, e já tendo sido realizada uma avaliação técnica, alega a Sociedade Fernandes Prospecção Limitada que não há mais condições técnicas de prestar o serviço contratado, em virtude de acontecimentos supervenientes extraordinários e imprevisíveis que tornaram a efetivação das demais avaliações técnicas por demais gravosas. Nesse caso, tem-se que o devedor a) poderá anular o negócio jurídico realizado, baseando- se na existência de lesão contratual. 35

36 b) poderá propor a declaração de nulidade do contrato, baseando-se na impossibilidade superveniente do objeto. c) poderá requerer judicialmente a resolução do contrato, baseando-se na teoria da resolução por onerosidade excessiva. d) deverá cumprir fielmente o contrato, com base nos princípios da obrigatoriedade contratual e da boa-fé objetiva, que impõem às partes a observação de lealdade. e) deverá arcar com as prestações ainda não executadas, ainda que sua realização seja excessivamente onerosa, baseando-se no princípio do pacta sunt servanda. 8. CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo (2014) Tendo em vista que determinadas situações fáticas, anteriores, contemporâneas ou supervenientes à celebração da avença, podem motivar a cessação da produção dos seus efeitos de modo anormal, como, por exemplo, entre outros, a resilição, a resolução, a rescisão, a morte do contratante, caso fortuito ou força maior, julgue o item seguinte, a respeito da extinção dos contratos. A resilição bilateral é a extinção do contrato fundamentada no descumprimento do pactuado por inadimplemento culposo ou doloso, assim como em caso de inexecução absoluta ou relativa. 9. CESPE - TJ-SE - Analista Judiciário - Direito (2012) Com relação aos contratos e da responsabilidade civil, julgue os itens que se seguem. A resilição bilateral de determinado contrato equivale ao distrato desse pacto. 10. CESPE - TJ-RR - Analista Processual (2012) A respeito da extinção e das espécies de contratos, julgue os itens subsecutivos. 36

37 Considere que André tenha celebrado um contrato com João, por meio do qual se tenha comprometido a efetuar o pagamento de trinta e seis parcelas mensais e sucessivas de determinado valor. Considere, ainda, que a ocorrência de um evento imprevisível tenha implicado o aumento excessivo no valor mensal a ser pago, com extrema vantagem para o credor, e que, por essa razão, André tenha postulado judicialmente a resolução do contrato. Nessa situação hipotética, os efeitos da sentença que decretar a resolução retroagirão à data da citação, e não à data da ocorrência do evento imprevisível. 11. CESPE - OAB (2010) Assinale a opção correta a respeito dos vícios redibitórios e da evicção. a) Não há responsabilidade por evicção caso a aquisição do bem tenha sido efetivada por meio de hasta pública. b) Se o alienante não conhecia, à época da alienação, o vício ou defeito da coisa, haverá exclusão da sua responsabilidade por vício redibitório. c) As partes podem inserir no contrato cláusula que exclua a responsabilidade do alienante pela evicção. d) O adquirente, ante o vício redibitório da coisa, somente poderá reclamar o abatimento do preço. TEMAS VARIADOS 12. FCC - TCM-BA - Procurador Especial de Contas (2011) Os contratos empresariais a) não estão vinculados à função social do contrato. b) válidos são os contratos típicos, vedada a celebração de contratos atípicos. c) são mero protocolo de intenções, como regra, não obrigando efetivamente o proponente. d) N.D.A. 37

38 13. FGV - SEFAZ-RJ - Auditor-Fiscal da Receita Estadual (2011) Nos contratos, os indivíduos devem observar os princípios da probidade e boafé. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. Nesse contexto, assinale a alternativa correta, de acordo com o Código Civil. a) As partes não podem, em qualquer hipótese, reforçar, diminuir ou excluir responsabilidade pela evicção. b) As cláusulas resolutivas, expressas ou tácitas, operam-se de pleno direito. c) Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes poderá exigir, antes de cumprida sua obrigação, o implemento da do outro. d) Admite-se que a herança de pessoa viva possa ser objeto de contrato. e) Nos contratos de adesão são nulas de pleno direito as cláusulas ambíguas ou contraditórias. 14. IESES - TJ-MA - Tit. de Serv. de Notas e de Registros (2011) Assinale a alternativa correta: a) Deixa de ser obrigatória a proposta se, feita sem prazo a pessoa presente, não for imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante. b) O contrato preliminar deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato, inclusive quanto à forma. c) Segundo o Código Civil, é anulável o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação dos preços. d) A resilição unilateral independe de denúncia notificada a outra parte. 15. MPE-PR - Promotor de Justiça (2008) ( ) Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o dobro do indevidamente auferido. 38

39 GABARITO 1. D 4. C 7. C 10. C 13. C 2. C 5. C 8. E 11. C 14. A 3. A 6. E 9. C 12. D 15. E RESUMO Classificação contratos: dos Quanto aos efeitos: a. Unilaterais: são os que criam obrigações unicamente para uma das partes (doação pura, p.ex.); b. Bilaterais: são os que geram obrigações para ambos os contratantes (compra e venda, locação, etc.); c. Plurilaterais: são os que contêm mais de duas partes (contratos de sociedade e de consórcio, etc.); d. Gratuitos ou benéficos: apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem (doação pura); e. Onerosos: ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício (compra e venda, etc.); f. Comutativos: os de prestações certas e determinadas, porque não envolvem nenhum 39

40 risco; g. Aleatórios: se caracterizam pela incerteza. Contratos de jogo, aposta e seguro são aleatórios por natureza, pois a álea, risco, lhes é peculiar. Os tipicamente comutativos, que se tornam aleatórios em razão de certas circunstâncias, denominam-se acidentalmente aleatórios (venda de coisas futuras e de coisas existentes, mas expostas a risco). Quanto à formação: a. Paritários: as partes podem discutir livremente as cláusulas e condições contratuais (encontramse em pé de igualdade); b. De adesão: uma das partes adere a modelo já convencionado, não podendo modificá-lo; e. Contrato-tipo: também conhecido como contratos de massa, em série ou formulários, são semelhantes ao de adesão, mas são dotados de alguns claros que podem ser preenchidos antes da celebração, por isso há uma parte do contrato escrito que admite o estabelecimento de vontade entre as partes. Quanto ao momento de execução: a. De execução instantânea: se consumam em só ato. São cumpridos imediatamente após a celebração, como ocorre na compra e venda à vista; b. De execução diferida: devem ser cumpridos também em apenas um ato, mas em momento futuro, como acontece na entrega em dada certa 1

41 de bem alienado; c. De execução continuada: também chamado de trato sucessivo, que deve ser cumprido por meio de atos reiterados, a exemplo do contrato de prestação de serviços de limpeza. Quanto ao agente: a. Personalíssimo ( intuito personae ): celebrado em atenção às qualidades pessoais de um dos contratantes (exs.: contratos culturais, profissionais e artísticos); b. Impessoais: a prestação pode ser cumprida, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro, pois seu objeto não exige qualidades especiais do devedor da obrigação; c. Individuais: as vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva várias pessoas; d. Coletivos: são feitos pelo acordo de vontades com pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais. Quanto ao modo: a. Principais: possuem existência própria, pois não dependem de nenhum outro contrato; b. Acessórios: possuem existência subordinada a de um contrato principal, como é o caso da fiança e o contrato de locação; c. Derivados (ou subcontratos): têm por objeto direitos estabelecidos em outro contrato, denominado básico ou principal, a exemplo da sublocação e subempreitada. 2

42 Quanto à forma: a. Solenes: devem obedecer a forma descrita em lei, como condição de validade para se aperfeiçoar (ex.: escritura pública para alienação de imóvel); b. Não solenes: possuem forma livre para a expressão do consentimento, inclusive a verbal (ex.: locação). Quanto ao objeto: a. Consensuais: se aperfeiçoam com o consentimento (acordo de vontades), independentemente da entrega da coisa e observância de determinada forma. Por isso, são considerados contratos não solenes (ex.: compra de bens móveis, de acordo com o art. 482, do CC); b. Reais: além do consentimento, exigem a entrega da coisa que lhe serve de objeto (exs.: depósito, mútuo e comodato). Quanto à designação: a. Preliminares: são também chamados de pactos de contrahendo, ou pré-contratos (ex.: promessa de compra e venda), os quais têm por objeto a celebração de um outro contrato, que será definitivo (ex.: conclusão da compra e venda, com a transferência do imóvel pelo promitente vendedor ao promitente comprador); b. Definitivo: caracteriza a obrigação definida de cada contrato (ex.: compra e venda). 3

43 Quanto à designação: a. Nominados (ou típicos): possuem designação própria, e são expressamente regulados por lei (ex.: compra e venda, do art. 418, do CC); b. Inominados (ou atípicos): não possuem designação própria, resultam de acordo entre as partes, cujo objeto não tem características e requisitos definidos em lei (art. 425, do CC); c. Misto: combinação de contrato típico com cláusulas atípicas criadas pela vontade das partes contratantes; d. Coligados: é a reunião de vários contratos interligados, constituindo um negócio jurídico completo (ex.: distribuição de petróleo aos postos de combustíveis). Contrato com pessoa a declarar: a. Reserva de indicar outra pessoa para receber a obrigação: no momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes (art. 467, do CC); b. Eficácia: o contrato será eficaz somente entre os contratantes originários I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la; II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação (art. 470, do CC); c. Incapaz ou insolvente: se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da 4

44 nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários (art. 471, do CC). Estipulação em favor de terceiros: a. Terceiro: é a previsão de extensão de uma vantagem do contrato em favor de terceiro (arts. 436/438, do CC). O contratante que estipular em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. O terceiro também pode exigir, e, para tanto, deverá sujeitar-se às normas do contrato. Ex.: seguro de vida; b. Substituição do terceiro: o estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. Essa substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. Promessa de fato de terceiro: a. Execução por terceiro: é a promessa de que terceiro cumprirá determinada prestação (arts. 430/440, do CC). b. Perdas e danos: caso o terceiro não cumpra sua parte, quem o indicou, responderá por perdas e danos; c. Não responsabilização: i. tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens; 5

45 ii. nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. Vícios redibitórios: Evicção: Vícios redibitórios são defeitos ocultos em coisa recebida em razão de contrato comutativo (de prestações certas e determinadas), que a tornam imprópria ao uso a que se destina, ou lhe diminuam o valor. Evicção é a perda da coisa adquirida (ainda que em hasta pública) para outra pessoa em razão de decisão judicial, tendo em vista uma causa preexistente ao contrato (arts. 448/457,do CC). Extinção contratos: dos A EXTINÇÃO DOS CONTRATOS pode se dar em razão de: execução completa: cumprimento integral; causas anteriores ou contemporâneas: nulidades, cláusula resolutiva ou por direito de arrependimento; causas supervenientes: resolução, resilição, rescisão ou morte de um dos contratantes. Hipóteses: EXECUÇÃO INTEGRAL: das obrigações contratuais geram a extinção (ex.: pagamento). NULIDADES: a. Nulidade absoluta: violação a algum preceito de ordem pública que impede que o contrato tenha validade desde a sua formação (efeitos ex tunc ); 6

46 b. Nulidade relativa (ou anulabilidade): está relacionada com a imperfeição da vontade, e depende de alegação da parte em juízo, cuja decisão deve gerar efeitos ex nunc ( dali para a frente ). CLÁUSULA RESOLUTIVA: a. Expressa: quando convencionada expressamente no contrato, para a hipótese de inadimplemento. Essa opera de pleno direito; b. Tácita: depende de interpelação judicial e é subentendida em todo contrato bilateral (art. 475, do CC). DIREITO DE ARREPENDIMENTO (deve ser expresso arras penitenciais): se no contrato for estipulado o DIREITO DE ARREPENDIMENTO para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-lasá (perda do sinal) em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente (em dobro). Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar (art. 420, do CC). RESOLUÇÃO: a. Inexecução voluntária: decorre do comportamento culposo de um dos contratos, gerando prejuízos ao outro contratante; b. Inexecução involuntária: decorre de 7

47 caso fortuito ou força maior; c. Onerosidade excessiva: decorre de acontecimento superveniente e imprevisível (essa figura ocorre apenas para contratos de execução continuada ou diferida!). Nesse caso, O JUIZ PODERÁ REAJUSTAR AS PRESTAÇÕES DO CONTRATO OU EXONERAR O DEVEDOR! RESILIÇÃO: a. Bilateral: não decorre de inadimplemento contatual, mas por expressa manifestação de vontade das partes, por meio do chamado DISTRATO (art. 472, do CC); b. Unilateral: somente em alguns casos o contrato pode ser desfeito por manifestação de vontade unilateral, independentemente de manifestação judicial, por meio da chamada DENÚNCIA. Exs.: contratos por prazo determinado para prestação de serviços, e os casos de revogação de mandato. MORTE DE UM DOS CONTRATANTES: a morte somente gera a extinção dos contratos personalíssimos ( intuito personae ), pois não poderá ser cumprido por seus sucessores, mas subsistem os efeitos gerados até a data do óbito. Os efeitos produzidos são ex nunc (dali para a frente). 8

48 RESCISÃO: na doutrina, emprega-se esse termo como sinônimo de RESOLUÇÃO ou RESILIÇÃO. A doutrina também aplica o termo RESCISÃO para as hipóteses de verificação de defeitos de negócio jurídico, nas constatações de lesão e de estado de perigo. É isso aí! Até a AULA 02, com mais TEORIA e EXERCÍCIOS COMENTADOS! Abraços, e excelentes estudos! Carlos Antônio Bandeira 9

49

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