1. Vícios redibitórios art , CC: São defeitos ocultos por duas razões: por que tornam impróprio ao uso ou diminuem consideravelmente o valor.
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- Jónatas Abreu Terra
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1 1 PONTO 1: Vícios Redibitórios PONTO 2: Evicção PONTO 3: Quadro comparativos entre ilícito contratual e extracontratual. 1. Vícios redibitórios art , CC: São defeitos ocultos por duas razões: por que tornam impróprio ao uso ou diminuem consideravelmente o valor. São ocultos porque a pessoa media não poderia detectar ao exame inicial a existência do defeito. Tem que ser preexistente a alienação. Pois se for superveniente não é mais vicio redibitório. Só se pode falar em vícios redibitórios encontrados onerosos. Só podem ocorrer em contratos comutativos (há equilíbrio nas prestações). Os vícios redibitórios são considerados uma garantia porque impõe ao alienante uma obrigação de fazer. Uma vez verificado o vicio, abre ao adquirente a possibilidade de duas ações: quanti minoris (fica com o objeto, mas quer o abatimento do preço) ou redibitório (não interessa mais o objeto), são consideradas ações alternativas e excludentes (escolhe uma ação abre mão da outra). As duas ações podem ser cumuladas com perdas e danos, desde que se consiga caracterizar a má-fé do alienante. Portanto, a boa-fé não isenta o alienante, somente das perdas e danos. Art. 445, CC: prazo decadencial. Art O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 1 Art A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
2 2 CC/16 CDC CC/02 Art. 445, 1º 2, CC Móveis 15 dias Não duráveis 30 dias / 15 dias dias (extensão) Imóveis 6 meses Duráveis 1 ano /6 meses + 1 ano (extensão) Critério Entrega Ciência Data entrega / posse prévia Ciência Art. 445, 2º - Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. Art. 446, CC não confundir garantia da coisa com a garantia do contrato, não corre o prazo da lei enquanto está na fluência do prazo do contrato. Art Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. Equivale ao artigo 50 3 do CDC. Art 26, 1º 4, CDC. 2. Evicção: Evicção é direito material e não processual. Trata-se de uma garantia que decorre da perda, total ou parcial, terá o adquirente direito a ação indenizatória. Não existe ação de evicção, existe ação indenizatória em face da evicção. Durante muito tempo referiu-se que a evicção só era admitia se decorresse de sentença. Esse requisito foi afastado, pois a lei não exigia a sentença, nem o processo, desde que gerasse a perda da propriedade. Alterando-se a redação do CC. Outro requisito que era considerado indispensável era a denunciação a lide. Porém, mudou-se entendimento, exigindo atualmente a denunciação a lide somente se decorra de processo judicial. Portanto, de sentença é obrigatória. 2 Art. 445, 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 3 Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito. 4 Art. 26, 1 Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
3 3 Art Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos. Outra discussão é o valor da ação indenizatória. A jurisprudência oscilava. O Art. 450, parágrafo único, CC, estabeleceu o valor da perda. Art Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. A evicção é garantia da lei, na o necessita estar em cláusula. Porém, é uma garantia disponível, ou seja, as partes podem majorar, minorar ou excluir essa garantia, devendo ser expressa. Art Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Exceção - art. 449, CC - mesmo com clausula expressa de exclusão da garantia, ainda sim poderá ter direito a garantia de evicção. Art Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. Cláusula expressa de exclusão + desconhecimento do risco = direito à indenização. Cláusula expressa de exclusão + conhecimento do risco sem assunção = direito à indenização. Cláusula expressa de exclusão + conhecimento do risco sem ressalva = sem indenização. Na evicção a hipótese será de rescisão contratual.
4 4 3. Quadro comparativo: Ilícito contratual Ilícito extracontratual Contrato preliminar contrato Origem Fato Presumido (inadimplemento) Dano Provado Exceção: dano in re ipsa. RJ pré dano (superveniente) Relação Jurídica RJ é concomitante dano Dano da RJ credor Ônus da prova Dano RJ credor ônus do dano. Sem dano (inadimplemento): - obrigação de dar ou fazer devedor - obrigação de não fazer credor. 1) Há solidariedade Lei - arts , Solidariedade Sempre há solidariedade Lei - art , 756 7, 829 8, art. 2º 9 Lei art , CC , CC. Inquilinato. 2) Há solidariedade contrato. 3) Não há solidariedade não está na lei e nem contrato. 3 anos. Exceção art. 206, 1º 12, I, 5º 13, II, CC. Prescrição art. 206, 3º, V 14, CC. 3 anos. Sem exceção. 5 Art Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante. 6 Art Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para negócio comum, cada uma ficará solidariamente responsável ao mandatário por todos os compromissos e efeitos do mandato, salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra os outros mandantes. 7 Art No caso de transporte cumulativo, todos os transportadores respondem solidariamente pelo dano causado perante o remetente, ressalvada a apuração final da responsabilidade entre eles, de modo que o ressarcimento recaia, por inteiro, ou proporcionalmente, naquele ou naqueles em cujo percurso houver ocorrido o dano. 8 Art A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão. 9 Art. 2º Havendo mais de um locador ou mais de um locatário, entende - se que são solidários se o contrário não se estipulou. 10 Art A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 11 Art Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. 12 Art Prescreve: 1 o Em um ano:
5 5 Obs: artigos 186 e do CC. No art. 186 exigiu o ato ilícito com dano. Já no artigo 187 admitiu ato ilícito sem dano. Art , CC: Lapso entre o dano e vigência CC/02 (11/01/03) - = ou > 10 anos e um dia CC/16. - = ou < 10 anos CC/02. Nota-se que o Código antigo vale ainda até a data de 10/01/13 para efeitos de reparação de ilícito contratual. I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador; b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários; IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo; V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. 13 Art Prescreve: 5º Em cinco anos: I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato; III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. 14 Art Prescreve: 3 o Em três anos: V - a pretensão de reparação civil; 15 Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 16 Art Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada.
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