Plantas medicinais com ação no sistema nervoso central
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- Benedito Imperial Canário
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1 Plantas medicinais com ação no sistema nervoso central Classificação Psicoanalépticas: estimulantes, Psicolépticas: sedativas, depressoras utras: pertubadoras 1 2 Definição de ansiedade É uma experiência (vivência) universal. Ela não é um medo da doença, um medo da dor ou um medo da morte, mas um medo do medo! Epictetus sec. I DC Emoção normal em situações de ameaça Parte da reação de luta ou fuga, relacionada à sobrevivência ao longo da evolução ANSIEDADE Patológica : intensa, desproporcional à situação ou causa aparente, persistente ou frequente, chegando a interferir com a vida normal 3 4 1
2 Ansiolíticos: Farmacologia Noradrenalina, GABA e serotonina Mecanismo de ação receptores gabaérgicos acoplamento do GABA aos receptores GABA A (ionotrópico). abre canais de cloreto aumento do influxo desses ânions neurônio hiperpolarizado diminuição da transmissão nervosa. 5 6 ANSIEDADE: Modelos Experimentais Teste de neofobia em ratos 1) um alimento novo + ambiente habitual 2) alimento habitual + ambiente novo 3) alimento novo + ambiente novo ANSIEDADE: Modelos Experimentais Labirinto em Cruz Elevada - Labirinto com dois braços abertos e dois braços fechados. Consequência: reação neofóbica (redução da ingestão de alimento) Motivo: proteção da espécie reação de medo/ansiedade a estímulos externos 7 8 2
3 ANSIEDADE: Modelos Experimentais Labirinto em Cruz Elevada - Labirinto com dois braços abertos e dois braços fechados. - Ratos: braços fechados (preferência) evitam braços abertos (queda) - Ansiolíticos: tempo nos braços abertos mobilidade/cruzamentos ANSIEDADE: Modelos Experimentais drogas ansiogênicas: o número de entradas nestes braços. vantagens: simplicidade, baixo custo de montagem e manutenção, a ausência de estímulos nociceptivos e por permitir a avaliação tanto de substâncias ansiolíticas como ansiogênicas. ( Lister, 1987) PLANTAS CM EFEIT ANSILÍTIC Estudo com extratos de plantas que podem ser utilizadas no tratamento da ansiedade avançou muito nas últimas décadas. Surgimento de novas alternativas Plantas ou associações de plantas ANSILÍTICS 27 foram estudadas flavonóides 22 81% óleos essenciais % ácidos fenólicos 8 flavonóides com comportamentos similares aos dos BDZ 67% 67% sesquiterpenóides 7 10 plantas citadas triterpenóides 6 6 estudadas alcalóides 6 33% 33% 33% 17% flavonóides óleos essenciais taninos alcalóides triterpenóides saponinas 11 Rodrigues et al.,
4 Plantas utilizadas como ansiolíticas Valeriana officinalis L. Passiflora spp Piper methysticum G.Forst Matricaria recutita L. Melissa officinalis L. Humulus lupulus L. Valeriana officinalis L. riginária da Europa e oeste da Ásia Parte Utilizada: raízes Amplamente utilizada na composição de um grande número de produtos Valeriana officinalis L. Compostos: óleos voláteis (sedativo); valepotriatos e ácido valerênico (ansiolítico) Valeriana officinalis L. Mecanismo de ação: AV -inibição da GABA-transaminase, interação com receptor, alteração na liberação/recaptação de GABA Ácido valerênico
5 17 18 Passiflora spp Passiflora spp 400 espécies P. edulis e P. quadrangularis - comestíveis América tropical Peru e Brasil Flor da Paixão
6 Passiflora spp Composição Alcaloides: harmana, harmina, harmalina Flavonoides: vitexina, crisina, apigenina, orientina Saponina, taninos, glicosídeos cianogênicos ATIVIDADE ANSILÍTICA Flavonóides possuem afinidade pelos receptores benzodiazepínicos e perfil farmacológico compatível com a ação agonista. harmana R C N C R' Glu glicosídeos cianogênicos H H Crisina Piper methysticum Forst (kava kava) Arbusto, perene. Rizoma fibroso ceania (Papua e Nova Guiné) Parte utilizada: rizoma, caule e folhas
7 Piper methysticum Forst (kava kava) Utilizada como bebida por séculos Efeito ansiolítico (grande número de trabalhos clínicos) Piper methysticum Forst (kava kava) constituição Kavalactonas Alcaloides nos caules e partes aéreas (evitados na preparação da bebida) metisticina Piper methysticum Forst (kava kava) mecanismo de ação Possível interação das lactonas com receptor GABA; Ativação dopaminérgica e serotoninérgica redução da excitabilidade emocional e alterações comportamentais Piper methysticum Forst (kava kava) Farmacologia Clínica mg extrato enriquecido quatro semanas resultados positivos em ansiedade
8 Piper methysticum Forst (kava kava) Piper methysticum Forst (kava kava) Hepatotoxicidade: retirado do mercado em alguns países (Suiça e Alemanha) Aniba riparia (louro) Distribuição: Amazônia/ Guiana Composto isolado: riparina III (-methyl) N-2,6-dihydroxybenzoyl-tiramine) Efeito ansiolítico (oral e ip) Erythrina mulungu (mulungu) rigem: Brasil Parte utilizada: semente e casca Efeitos tóxicos: -bloqueio neuromuscular (flecha) - ação paralisante - depressão do SNC
9 Erythrina mulungu (mulungu) Lippia alba (Mill.) N.E.Br (erva cidreira) rigem: Brasil Parte utilizada: folhas Componentes: citral, mirceno, limoneno Efeito sedativo, ansiolítico e miorelaxante Melissa officinalis L. (melissa) rigem: Europa meridional Brasil: regiões de clima temperado Parte utilizada: caules e folhas Efeito atribuído aos óleos essenciais (Ballard et al, 2001) Citrus aurantium L. (laranja amarga) rigem: Ásia tropical Largamente cultivada no Brasil Parte utilizada: aéreas (flores) Aromática C. sinensis óleos essenciais pacientes odontológicos (Lehner, 2000)
10 Cymbopogon citratus (DC) Stapf (capim limão) Resultados conflitantes Estudos anteriores (Carlinietal 1986, Leite etal, 1986) resultados negativos Efeito ansiolítico provocado pelos óleos essenciais (Palmieri, 2000) Humulus lupulus (lúpulo) rigem:europa Parte utilizada:flores Aromática Componentes: óleos essenciais e flavonóides Efeito ansiolítico PLANTAS CM EFEIT ANSILÍTIC (modelos animais) EFEIT ANSILÍTIC (estudos clínicos - Ernst, 2006) Hypericum.perforatum L Partes aéreas HP LI ,5-500mg/kg Matricaria recutita L flores Apigenina 1-25mg/kg Melissa officinalis L Passiflora incarnata L partes aéreas partes axiais Aquoso 5-100mg/kg Metanólico 0,1-0,3mg/kg LCE, FT, neofobia Benjamini & andreatini, 2003; Coleta et al, 2001 LCE Viola et al, 1995; Zanoli et al, 2000 LCE, FT Coleta et al, 2001 LCE Dhawan, 2004 Nome científico Resultado Referência Centella asiatica requer confirmação Bradwejn et al, 2000 Paulinia cupana sem efeito Galduroz et al, 1994 Piper methysticum efeitos significativos Pittler et al,
11 PLANTAS CM EFEIT ANSILÍTIC (estudos clínicos) Nome científico Resultado Referência Cymbopogon citratus sem efeito Leite et al, 1986 Passiflora incarnata a confirmar Akhondzadeh et al, 2001 Valeriana officinalis a confirmar Andreatini et al, 2002 Síndrome depressiva Doença cuja prevalência é estimada em 3-5% Perdas: laboral, familiar, de autoestima, etc Sintomas: anorexia, insônia, perda da libido, irritação, fadiga geral, somatizações (lombalgias, parestesias, etc), tendência a suicídio Plantas antidepressivas Hypericum perforatum L. hipérico 30-60cm de altura Europa/América do Norte
12 Hypericum perforatum L. hipérico Ageratum conyzoides, também conhecida por "mentrasto" e por "picão-roxo Hypericum perforatum L. hipérico Uso nos casos de depressão moderada e outras desordens nervosas. Hipócrates ( D.C.) Paracelso( ) Estudos pré-clínicos e clínicos atestam a atividade Hypericum perforatum L. hipérico Constituição química Flavonóides: hiperosídeos, quecertina, kampferol Óleovolátil, resinas, pectina, catequinas, vitaminas, carotenos e saponinas Hypericum perforatum L. hipérico Antronas: hipericina e hiperforina Antronas:hipericinae hiperforina hiperforina Inibição da recaptação de NT nas sinapses
13 Hypericum perforatum L. hipérico CYP450 Indutor do 3A4 inibição de várias enzimas Interação digoxina, teofilina, ciclosporina, contraceptivo oral, warfarina e sertralina. Hypericum perforatum L. hipérico Efeitos adversos Fotossensibilizaçãoapós exposição solar animais Gestação, lactantes e menores de 12 anos Medicamentos para tratamento do câncer e HIV
14 Dor e inflamação Plantas anti-inflamatórias Aesculus hipposcastanum L. saponinas Matricaria recutita (L.) Rauschert - azuleno Cordia verbenaceae DC óleos essenciais Aesculus hippocastanum L. Hippocastanaceae (Castanha da Índia) Saponinas triterpenicas: escina Flavonoides: rutina, isoquercetina, kampferol, esculina Alantoina Taninos leos graxos Matricaria recutita (L.) Rauschert Asteraceae - camomila Herbácea, 1m altura, flores em capítulos Europa
15 Matricaria recutita (L.) Rauschert Asteraceae - camomila Uso popular Antiespasmódico Emenagoga Tônico amargo Tintura cabelo Matricaria recutita (L.) Rauschert Asteraceae - camomila composição Óleos voláteis: camazuleno e camaviolino (cor azul) Matricaria recutita (L.) Rauschert Asteraceae - camomila composição Óleos voláteis: camazuleno e camaviolino (cor azul) Polissacarídeos Flavonoides Matricaria recutita (L.) Rauschert Asteraceae - camomila Farmacologia Clínica gengivite comparado com clorexidina Algumas patentes
16 Cordia verbenacea DC Boraginaceae (erva baleeira) ANALGÉSICS ATIVIDADE ANALGÉSICA 46% 132 citações Flavonóides H 29% 29% 15% 15% 10% diidrodaidzeína H Gl c H flavonóides alcalóides óleos essenciais ácidos fenólicos triterpenóides taninos daidzina H daidzeina H Pueraria lobata hwi (Fabaceae) Rodrigues et al (Yasuda et al., 2005) 64 16
17 H H 12/08/2013 ATIVIDADE ANALGÉSICA Plantas analgésicas Flavonóides glicosilados H H R R H Papaver somniferum ópio Cannabis sativa maconha Salix spp salgueiro Capsicum spp - pimenta H R H R canferol quercetina R= ramnose Toker et al., 2004 Tilia argentea D.C., (Tiliaceae) Papaver somniferuml. (papoula) - Uso 3000 AC como euforizante na Suméria Salix sp. (chorão) reumatismo β-endorfina sequência de AA : YGGFMTSEKSQTPLV - TLFKNAIIKNAYKKGE (Cox et al., 1976) Isolamento da morfina (Serturner) 1850 s -Uso em cirurgia, na dor pós-operat ória N CH 3 e na anestesia [Met]Encefalina sequência de AA : YGGFM Dinorfina A [Leu]Encefalina sequência de AA : YGGFLR- sequência de AA : YGGFL RIRPKLKWDNQ (Hughes et al., 1975) (Goldstein et al., 1981) Nociceptina/FQ sequência de AA: FGGFT- GARKSARKLANQ (Meunier et al; Reinsheid et al., 1995) CH CCH 3 CH 2 H - glucose CH H Isolamento da salicina (Leroux) Isolamento do ácido salicílico (Piria) Síntese do AAS (Gilm) século XX century - outros NSAIDs αi/o γ β MR -1 receptor opióide µ (Chen et al.) Calixto et al. Phyt. Res., 2000 αi/o γ β αi/o γ β DR KR-1 receptor opióide δ receptor opióide (Ev ans et al.; κ (Yasuda et al.) Kieffer et al.) α i/o γ β RL1 receptor tipo opióide (Mollereauet al.) 67 Calixto et al. Phyt. Res., 2000 Ciclooxigenase purificação (Miayamoto et al.) clonagem (DeWitt and Smith) Ciclooxigenase caracterização (Fu et al.) clonagem (Xie et al.)
18 Cannabis sativa L. (cânhamo) 2737 AC - Utilização na China Uso no ocidente como hipnótico, anti-convulsivante, analgésico, ansiolítico e antitussígeno ( Sheughnessy) Capsicum sp. (pimenta) 7000 AC - Utilização como alimento no México Século XIV - Uso medicinal pelos Astecas Século XIX - Uso como analgésico CH 3 H Isolamento do THC (Gaoni and Mechoulam) N H Isolamento da capsaicina (Thresh) Determinação da estrutura química (Nelson) Me H H H Isolamento do análogo ultrapotente, resiniferatoxina da Euphorbium Me (Hergenhahn) H SNC/PERIFERIA PERIFERIA Calixto et al. Phyt. Res., 2000 α i/o Receptor CB1 (Matsuda et al.) β γ C NHCH 2 CH 2 H Receptor CB2 (Munro et al.) Agonista endógeno Agonista endógeno - anandamida (Devane et al.) palmitoiletanolamina (Facci et al.) 69 α i/o β γ N H H Calixto et al. Phyt. Res., 2000 Calor baixo ph Capsaicina, RTX Vanilóides endógenos Ca ++ Na + Na + Ca Clonagem do receptor vanilóide (VR1) (Caterina et al.) 70 Próximas semanas Aula prática Essa semana aula prática doseamento 20 de agosto preparação do relatório sobre doseamento de substânciasfenólicas / preparação do trabalho 27 de agosto apresentação do trabalho 3 de setembro avaliação(dérmico, respiratório, vascular e SNC) 10 de setembro prova substitutiva Laboratório Farmacognosia Doseamentodos teores de fenólicos totais usando o reagente Folin Ciocalteu
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