ABORDAGEM COGNITIVA NOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Transcrição

1 ABORDAGEM COGNITIVA NOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE XI Jornada CELPCYRO Junho 2014

2 MODELO COGNITIVO A B C Situação Belifs - Crenças Consequências Ativadora Pensamentos Emocionais Comportamentais Físicas

3 MODELO COGNITIVO O NA ANSIEDADE a EVENTO AVALIAÇÃO COGNITIVA (Distorcida) COMPORTAMENTO (mal-adaptativo) adaptativo) EMOÇÃO (ansiedade) TENDÊNCIA COMPORTAMENTAL (mal-adaptativa) adaptativa) pk

4 ANSIEDADE ESTRUTURAS COGNITIVAS Crenças mal-adaptativas focadas em ameaça física e/ou psicológica, com uma percepção aumentada de vulnerabilidade pessoal

5 DISTORÇÃO COGNITIVA VÍCIO SISTEMÁTICO NA FORMA COMO PACIENTES INTERPRETAM EXPERIÊNCIAS ESPECÍFICAS

6 DISTORÇÕES COGNITIVAS CATASTROFIZAÇÃO. Avaliar a situação atual e predizer o futuro negativamente, sem levar em consideração outros resultados possíveis e/ou mais prováveis. Ex.: Estou tão ansioso que não vou conseguir falar direito. Vai dar tudo errado. EMOCIONALIZAÇÃO Pensar que algo deve ser verdadeiro porque você sente (na verdade pensa) tão real, que ignora ou desconta possíveis evidências contrárias. Sinto, logo existe. Ex.: Eu sei que trabalho bem, mas eu sinto que sou um fracasso. Sinto que o professor não vai com a minha cara, não gosta de mim.

7 DISTORÇÃO COGNITIVA Depende fundamentalmente do Estilo atributivo (ou explicativo) do paciente TCC: Mudança no estilo atributivo

8 Estilo Explicativo Otimista Eventos negativos são atribuídos a fatores externos, temporários e específicos Ex.: Aquela prova estava mais difícil do que as outras. Vou estudar mais na próxima prova. Pessimista Eventos negativos são atribuídos a fatores internos, permanentes e globais Ex.: Eu sou burro mesmo, nunca irei passar nesta cadeira Não adianta eu estudar.

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10 PERFIL COGNITIVO NOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Fobia específica Medo de perigo em situações e objetos específicos, evitáveis Fobia social Medo de situações sociais Pânico Medo de um perigo físico ou mental iminente Agorafobia Medo de situações ou locais de onde pode ser difícil sair, escapar Ansiedade generalizada Medo de perigos físicos ou psicológicos diversos TOC Pensamentos continuados sobre ter segurança; atos repetitivos para precaver-se de ameaças Transtorno de Estresse Pós-traumático Revivência de situação traumática

11 ANSIEDADE PROCESSAMENTO COGNITIVO Processamento seletivo de sinais de ameaça e superestimação de vulnerabilidade Atenção auto-focada aumentada reflete a tentativa de controle das situações

12 ANSIEDADE COGNIÇÕES NEGATIVAS Pensamentos de ameaça e perigo. Pensamentos em forma condicional de questionamento (se, então) envolvendo possível dano ou perigo

13 VULNERABILIDADE COGNITIVA Fobia Social A opinião dos outros é essencial para o bem-estar de uma pessoa. " É horrível as pessoas não gostarem de mim" É vergonhoso demonstrar ansiedade. O valor de uma pessoa depende de seu desempenho competente Centro de atenção da ansiedade: Situações sociais

14 CONCEITUALIZAÇÃO Situação ativadora Parado, sozinho numa festa Fobia Social - Sistema Cognitivo: Há uma situação negativa, de rejeição Crenças nucleares Ninguém gosta de mim Sou defeituoso Pensamentos automáticos Não tenho nenhum atrativo Não tenho nada a dizer As pessoas irão notar que sou burro Sistema afetivo Triste Ansioso Sistemas motivacional e comportamental Desmoralizado Premência de ir embora Comportamentos mantenedores Vai embora da festa, fica só em casa, zapeando TV

15 VULNERABILIDADE COGNITIVA Transtorno do Pânico Se algo parece funcionar mal no meu corpo, é melhor prestar atenção, porque pode ser muito perigoso. É muito perigoso adoecer ou ter um problema físico. Centro de atenção da ansiedade: Sensações físicas

16 CONCEITUALIZAÇÃO Pânico Situação ativadora Coração acelerado - Sistema Cognitivo: Há um perigo físico, algo muito grave Sistema Físico: Hiperventilação e todo repertório do pânico Crenças nucleares Sou indefeso, vulneravel coração Pensamentos automáticos Estou tendo um ataque do Ninguém vai me acudir Vou morrer Sistema afetivo Ansiedade Sistemas motivacional e comportamental Escapar de situações ansiogênicas Premência de ir embora Comportamentos mantenedores Vai para P.S., ou para casa para ficar "protegido"

17 VULNERABILIDADE COGNITIVA TOC fazer Pensar em algo ruim significa que este algo irá ocorrer, portanto é essencial suprimir o pensamento ou alguma coisa para evitar a ocorrência. Maus pensamentos são inaceitáveis. Centro de atenção da ansiedade: Pensamentos e comportamentos ruins

18 CONCEITUALIZAÇÃO TOC Situação ativadora Vê pente quebrado da filha, pensa em jogá-lo fora - Sistema Cognitivo: Há um perigo Se eu jogá-lo fora, significa que eu não gosto da minha filha morra Crenças nucleares Sou mau, perigoso Pensamentos automáticos Significa que eu quero que ela morra Preciso fazer algo para que ela não Sistema afetivo Ansiedade Sistemas motivacional e comportamental Guarda o pente Rituais, reza para não acontecer nada Comportamentos mantenedores

19 ESQUEMAS Estruturas cognitivas de relativa durabilidade que armazenam aspectos genéricos ou prototípicos de experiências, idéias, estímulos. e Organizam informações novas para que tenham significado, determinando como os fenômenos são percebidos e conceitualizados

20 CRENÇAS NUCLEARES DESAMPARO (Helplessness) Impotente, frágil, vulnerável, carente, desamparado, necessitado. DESAMOR (Unlovability) Indesejável, incapaz de ser gostado, amado, sem atrativos, imperfeito, rejeitado, abandonado, sozinho. DESVALOR (Unworthiness) Incapaz, incompetente, inadequado, ineficiente, falho, defeituoso, enganador, farsa, fracassado, sem valor.

21 ESQUEMAS PRIMITIVOS MAL- ADAPTATIVOS - Verdades a priori acerca de si mesmo e/ou do ambiente. - Resistentes à mudança, pois há uma crença associada de que é impeditivo mudar. - Ligados a altos níveis de afeto, quando ativados. - Frequentemente desencadeados por alguma mudança ambiental (como perda de um emprego, ou o fim de um relacionamento). - Geralmente resultantes de uma interação do temperamento inato da criança com experiências de desenvolvimento disfuncionais com pessoas significativas.

22 PERPETUAÇÃO DOS ESQUEMAS PRIMITIVOS MAL-ADAPTATIVOS - Manutenção do Esquema Pensar e se comportar de formas que reforçam o esquema. Ex.: Profecia auto-confirmatória. - Evitação do Esquema Procurar maneiras de evitar a ativação dos esquemas e o sofrimento associado Ex.: Com o esquema de ser vulnerável, tentar manter controle obsessivo sobre as coisas e pessoas. - Compensação do Esquema Agir aparentemente de forma a contradizer o esquema. Ex.: Com o esquema de ser inadequado ( e, portanto, incapaz de ser amado), indivíduo se relaciona com muitas mulheres (mas com nenhuma).

23 Paciente aprende a: TERAPIA COGNITIVA Identificar e reconhecer sua forma distorcida de pensar Identificar e reconhecer as emoções que estes pensamentos provocam Identificar e reconhecer os comportamentos que são tomados em consequência destes pensamentos e emoções Identificar e aprender a utilizar formas alternativas de pensar e se comportar frente a situações Identificar e aprender habilidades e estratégias de enfrentamento necessárias

24 RESILIÊNCIA Não é estática Nem é tudo ou nada É um continuum Habilidade aprendida Reivich & Shatté, 2002

25 Aumentar a resiliência Construir possibilidades para aumentar o estilo explicativo positivo E (mas não apenas) corrigir distorções cognitivas para diminuir o estilo explicativo negativo

26 Vulnerabilidades X Vigores

27 Arvore X Floresta

28 Empoderamento do paciente