Bom dia. Sejam bem-vindos à teleconferência da Santos Brasil Participações referente aos resultados do 4T09 e ano de 2009.

Transcrição

1 Operadora: Bom dia. Sejam bem-vindos à teleconferência da Santos Brasil Participações referente aos resultados do 4T09 e ano de Informamos que a apresentação é gravada e todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Empresa. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas exclusivamente para investidores e analistas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de alguma assistência durante a conferência, por favor, solicite a ajuda de um operador, digitando *0. O áudio está sendo transmitido simultaneamente na Internet, no endereço onde também se encontram os slides de suporte em PowerPoint. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Santos Brasil Participações, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da Santos Brasil Participações e conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Washington Cristiano Kato, Diretor Econômico Financeiro, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Washington, pode prosseguir. Washington Cristiano Kato: Bom dia a todos. Meu nome é Washington Kato, Diretor Econômico Financeiro da Santos Brasil Participações. Estão comigo hoje os senhores Wady Jasmin, Antônio Carlos Sepúlveda, Mauro Salgado, Roberto Tórtima e Marcos Tourinho, para apresentar e discutir os resultados da Santos Brasil do 4T09. Vamos iniciar no slide três, indicadores operacionais consolidados. Observamos neste trimestre uma redução de 11,1% nos contêineres movimentados em relação ao 4T08. Apesar da redução ainda significativa, continuamos a observar recuperação do volume de contêineres a cada trimestre, sendo que no 4T09 houve uma elevação de 7,1% em relação ao 3T09. Apesar da redução na movimentação ano contra ano, o mix de cheios e vazios observado no Tecon de Santos foi de 82% no 4T09, superior ao mix de 80% das operações no 4T08. Também houve um forte aumento em relação aos 77% desse mix no 3T09, isso indicando que as importações têm ajudado a melhorar a qualidade da receita da Companhia. O volume na operação de armazenagem apresentou redução de 11,3% no 4T09 se comparado ao registrado no 4T08, devido ao desempenho do Tecon de Santos, que registrou redução de 12,6%, e da Mesquita, que registrou redução de 20,1% nos contêineres armazenados. Apesar desta queda anual, o número de contêineres armazenados cresceu 12,3% do 3T09 para o 4T09, mais uma vez sinalizando uma tendência de recuperação sustentável. 1

2 Próximo slide, por favor. O quarto. Na figura um, observamos trimestre a trimestre a evolução na movimentação de contêineres no Tecon de Santos, que começou o ano de 2009 com queda de 25%m, e no final apresentou redução de 12,6%. Se considerarmos apenas os contêineres cheios de longo curso, conforme demonstrado na figura dois, o 4T09 encerrou com apenas 1,8% de redução. A recuperação de volume está ocorrendo de fato em Santos e nas demais operações da Companhia. Slide cinco, por favor. Nestas duas figuras, podemos observar a evolução dos contêineres de importação no Tecon de Santos. A cotação do USD ao longo do ano estimulou a importação de mercadoria para o Brasil. Os contêineres cheios de importação cresceram trimestre a trimestre em 2009, registrando no último trimestre um crescimento de 16% sobre o 3T. Como resultado disso, o mix da Companhia de cheios e vazios atingiu 82%. Na figura dois, que compara a participação dos contêineres cheios de importação e exportação, observamos que as cargas importadas passaram de 44% no 1T09 para 52% no 4T09. Acreditamos que a manutenção da taxa de câmbio nos níveis atuais possa aumentar a participação das importações em Próximo slide, por favor. A receita bruta total decresceu 14,1% no 4T09 em relação ao mesmo período do ano anterior, acumulando no ano R$743,7 milhões. A Companhia apresentou redução nos custos dos serviços prestados e nas despesas operacionais, que somadas totalizaram R$161 milhões no 4T09, uma queda de 21% em relação ao registrado no 4T08. Com relação aos custos dos serviços prestados, se analisarmos somente o custo caixa, a redução foi de 8,2% no consolidado e de 17,3% no Tecon de Santos, em linha com o esforço da Companhia em controlar custos e adequá-los à capacidade utilizada, que atualmente está em torno de 50%. O EBITDA do 4T09 totalizou R$65,5 milhões, com margem EBITDA de 36,7% no consolidado. Considerando o EBITDA ajustado do 4T08 de R$72,6 milhões, com margem EBITDA de 35,4%, a redução seria de 9,8% na comparação trimestral, porém com uma margem 1,3 p.p. superior. Como principais fatores responsáveis por este declínio, podemos citar a redução no volume movimentado gerando menores economias de escala e o resultado ainda negativo do Tecon Imbituba. Vale destacar que no trimestre o Convicon atingiu seu ponto de equilíbrio. Em resumo, apesar da queda de 16% no volume de contêineres movimentados em 2009, consequência direta da crise mundial que afetou toda a cadeia de comércio exterior, o lucro líquido e a receita líquida caíram menos, 12,1% e 9% respectivamente, resultado principalmente da redução de custos e melhorias implementadas ao longo do ano pela Companhia. Passemos agora ao último slide, de número sete. O guidance de volume para 2010 é de 1,23 milhão de TEUs, 13,5% de crescimento em relação ao realizado em O EBITDA estimado para o ano é de R$255 milhões, com margem de 34%. O CAPEX, sem aquisições, é de R$ 137 milhões, sendo grande parte em investimento em obras de expansão e equipamentos no terminal de Imbituba, preparando-o para receber maiores navios já no final do 2S10. 2

3 Estas, senhoras e senhores, foram as considerações iniciais que tínhamos a apresentar em relação ao 4T09, e nos colocamos agora à disposição de todos para perguntas. A todos, desde já, nosso muito obrigado. Sara, Merrill Lynch: Bom dia. A minha pergunta é mais na direção do guidance que vocês deram para Minha principal pergunta em relação ao guidance é: ao longo de 2009, vocês tomaram várias medidas no sentido de redução de custos, até vimos no 4T uma redução significativa do custo caixa de vocês. Essa combinação de um custo menor, uma recuperação de volumes que vocês estão esperando, eu não entendi por que a margem deve ficar muito próxima da margem operacional que vimos agora, em 2009, na casa de 34%. Se é alguma coisa em relação a preços um pouco mais fracos, ou se vocês estão simplesmente mais conservadores. Eu não entendi por que essa combinação de custo menor e volume maior não afetaria de forma positiva sua margem esperada. Seria essa a minha principal pergunta. Bom dia, Sara. No nosso orçamento, não consideramos aumento nos preços. Nós consideramos aumento no volume, aumento de volume em Santos, aumento de volume em Belém e aumento de volume em Imbituba; não consideramos aumento de preço e consideramos aumento nos custos. A pressão de custos está muito forte no Brasil, o custo de pessoal, de fee, os custos de energia, e isso teve um impacto negativo na nossa margem. Essa foi o motivo. Vocês não usando um possível aumento de preço no budget, é uma coisa muito razoável, ou vocês já têm algum update em relação às negociações para este ano ou elas ainda estão acontecendo? Se você pudesse dar algum update sobre isso. Nós já renegociamos alguns contratos. Esses contratos foram renegociados no mesmo nível do ano passado. Eu acho que o setor está se recuperando, mas ainda não há espaço para uma alteração na política de negociação de preços. Os nossos principais clientes, amadores, ainda sofrem muito. Eu posso lhe dizer que um dos únicos tráfegos do mundo que cresce é o tráfego do far east, aqui do Brasil. É um tráfego que vem melhorando mês após mês. Mas no resto do mundo a situação ainda é muito crítica, e o nosso cliente amador sofre muito com isso. Por isso se torna praticamente inviável a renegociação de contratos em uma condição melhor para a Santos Brasil. E em relação àquele cap e o floor para o câmbio, vocês conseguiram manter algum tipo de spread, ou não? 3

4 Ele continua do mesmo jeito. Continuamos com cap, continuamos com piso. Continua do mesmo jeito. Os contratos continuam do mesmo jeito de quando foram negociados, no final de OK. Obrigada. Vanessa Ferraz, HSBC: Bom dia. Minha pergunta é em termos de concorrência no Porto de Santos. O Pedro Brito, no começo deste mês, na inauguração do terminal do Tecon 4 de vocês, falou que ele iria sair do terminal e aprovar um terminal novo da Brasil Terminal no Porto de Santos. Eu queria entender como funcionaria isso, se seria uma autorização que ele daria, e como está a concorrência no Porto de Santos. Queria entender o andamento, também, da Coimex, como está hoje e como vocês estão vendo a concorrência daqui para frente. Bom dia, Vanessa. A primeira pergunta é sobre Brasil Terminal Portuário. A BTP comprou uma concessão existente, uma concessão para graneis líquidos. Essa concessão foi transformada para graneis líquidos e contêineres, isso foi licitado. É o que chamamos de brownfield, uma área que era altamente contaminada. Então, eles têm um caminho longo pela frente, é um projeto que leva algum tempo para maturar. Mas ele já vem sendo estudado, a parte de remediação ambiental já vem sem sendo estudada há algum tempo e, pelo que eu soube, foi assinado um contrato de construção com a construtora que irá executar a obra. Acho que é um projeto que leva, ainda, pelo menos dois ou três anos para estar pronto. Segundo o projeto da Coimex, o que sabemos, sabemos pelos jornais. É um terminal de uso privativo, com perfil diferente da BTP. É um terminal que precisa de carga própria, precisa de carga de terceiros. Pelo que soubemos pela imprensa, a construtora Norberto Odebrecht adquiriu parte do empreendimento, a Dubai Ports, que é um operador de contêiner adquiriu parte do empreendimento, mas esse é um empreendimento com perfil diferente da Santos Brasil e com perfil diferente da BTP. Esse terminal, pelo marco regulatório vigente, obrigatoriamente terá que ter cargas dos proprietários, que são, no caso, a construtora Norberto Odebrecht e Dubai Ports. Ainda é meio difícil dizer como ele irá impactar o mercado do Porto de Santos. O que nós contamos daqui para frente é com um crescimento maior no porto. O Porto de Santos hoje, com essa queda do ano passado, é um porto que terminará o ano de 2010, nós esperamos, com pouco mais de 2 milhões de TEUs. O crescimento do porto daqui para frente, que é um crescimento de dois dígitos, vamos falar em 10% ao ano, teremos mais ou menos TEUs por ano de crescimento, a partir de agora. E isso em três anos, quatro anos, chegará a TEUs por ano de crescimento, e fatalmente precisaremos de novos berços no Porto de Santos. 4

5 A Santos Brasil está preparada para competir com esses empreendimentos novos que estão vindo, e acreditamos que eles são realmente necessários para o desenvolvimento do porto. Realmente, temos um terminal de grande escala, o negócio de contêiner é um negócio de fins de custo fixo, então nós nos consideramos preparados para competir com esses novos empreendimentos. Vanessa Ferraz: OK. Na mesma reportagem, o que ele falava também é que iria licitar Prainha. Eu queria entender se vocês poderiam entrar nesse projeto da Prainha, na licitação desse projeto. Se vocês poderiam participar ou tentar participar dessa licitação, ou se entraria no vigor da lei de portos. Pelo Decreto 6.620, nós podemos entrar na Prainha. Esse nome Prainha advém de uma favela que lá está instalada. Não tem estudo, não tem edital de licitação. Nós estamos ansioso para ver os estudos, para ver o edital, e temos todo o interesse em participar. Mas ainda é muito cedo, porque o Porto de Santos ainda está em um processo de desenvolvimento do plano de zoneamento e ocupação, que é o que nós chamamos de PDZ. Tem vários projetos e estudos em andamento. Esse plano será apresentado ao conselho de autoridade portuária do Porto de Santos agora, no 1T10, e aí teremos uma noção do que realmente é o projeto da Prainha, o que a Codesp está pensando. Mas, a princípio, temos todo o interesse em participar. Vanessa Ferraz: OK. Obrigada. Fernando Gonçalves, Morgan Stanley: Bom dia. Com relação ao mix de receita entre os terminais, como vocês esperam evoluir? Vocês esperam maior crescimento em Santos ou nos outros terminais? Fernando, a ordem de grandeza de Santos ainda é muito maior que a ordem de grandeza dos outros projetos. Então, em termos absolutos, o crescimento maior de contêineres virá de Santos. Mas nós esperamos para o Convicon este ano um crescimento relativo muito grande. A nossa expectativa é de que o Convicon quase dobre de volume. Nós encerramos o 4T09 em uma situação de breakeven, e esperamos pelo menos dobrar e levar o Convicon, agora, a uma situação de contribuição de caixa. Para Imbituba, nossa expectativa também é de um crescimento grande. A obra não termina pelo menos até setembro e outubro deste ano, a obra de expansão, e a partir daí que esperamos um crescimento mais significativo. O que nós esperamos para Imbituba é um crescimento em torno de 50% para este ano. Mas no que diz respeito à movimentação total de todos os terminais, 5

6 esses números ainda não têm muita expressividade. O grosso do nosso crescimento vem de Santos. Fernando Gonçalves: OK. Muito obrigado. Sara, Merrill Lynch: A minha pergunta é mais em relação à estratégia de médio e longo prazo. Nós temos escutado no mercado, na parte de logística, alguns projetos que estariam em andamento. Um primeiro é esse projeto da Rumo com a ALL, se de alguma forma vocês também teriam algum tipo de benefício, de algum açúcar que venha em contêiner, se teria algum tipo de acordo comercial com vocês, se vocês pretendem também se envolver em projetos como este. E outro projeto que também é muito discutido, é como se fosse um hub, um lap para contêiner, como se fosse dry port, que a ALL fala muito de desenvolver esse mercado de contêiner, a ferrovia ganhando market share no mercado de contêiner. É um tipo de projeto, também, que vocês pretendem olhar, ou do lado comercial ou até como sócio investidor, ou vocês ainda estariam distantes de projetos como este? Se vocês pudessem dar um update de como vocês estão olhando o mercado de contêineres como um todo, junto com esses projetos que vemos no pipeline. O açúcar, hoje, é uma carga muito importante para o Porto de Santos. É a maior carga do porto. Infelizmente, o grosso do açúcar ainda é exportado na condição de granel. O açúcar vem crescendo muito em contêiner, diversas vezes chega a ser, nos trimestres, a carga em segundo lugar na nossa pauta de exportação em contêiner, e nós temos todo o interesse. Nós temos conversado com exportadores de açúcar, nós já temos um trabalho muito efetivo com os exportadores de açúcar na conteinerização, e pretendemos evoluir isso. Mas não temos nada de concreto, ainda. Tem muita coisa em estudo, muitos projetos em estudo. Tem os projetos ferroviários, acho que a ALL entrou muito forte na carga geral no Porto de Santos, é um parceiro importante, ela está investindo muito na conteinerização fora do porto, e eu acho que somos parceiros naturais, tanto da ALL como dos exportadores de açúcar, pela expressividade que temos no Porto de Santos. Mas não tem nada de mais concreto que vocês estejam olhando, como parceiros comerciais ou investidores, em um desses projetos que hoje estariam em discussão? Por enquanto, não temos ainda nada fechado, nada concretizado. Tem dois ou três grandes estudos em andamento e estamos participando deles. Mas ainda não tem nada de concreto, eles ainda estão na prancheta. 6

7 Está ótimo. Obrigada. Vanessa Ferraz, HSBC: Quando vocês estavam falando, hoje, do guidance para o ano de 2010, vocês falaram de um CAPEX para o ano de R$137 milhões sem aquisições. Eu queria entender se vocês estão olhando alguma aquisição no atual momento, ou se não devemos esperar nenhuma aquisição no ano de Washington Cristiano Kato: Bom dia, Vanessa. Quando nós alertamos em relação ao CAPEX indicado como não incluindo aquisições, foi mais um esclarecimento. Nós não temos nada neste momento que esteja dentro das alternativas de investimento por aquisição, mas não está descartada esta hipótese. Mas não temos nada nos nossos estudos nesse sentido, é mais uma possibilidade. Nós temos que ser sempre abertos ou interessados em projetos que agreguem valor para os acionistas. Vanessa Ferraz: OK. Obrigada. Operadora: Obrigada. Não havendo mais perguntas, gostaria de devolver a palavra ao Sr. Washington para suas últimas considerações. Washington Cristiano Kato: Agradecemos a todos, e esperamos revê-los na apresentação de resultados do 1T10. Obrigado a todos, novamente. Operadora: O conference call da Santos Brasil Participações está encerrado. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia. Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 7