3.2 Companhias de seguros
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- Ian de Miranda Fragoso
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1 como, por exemplo, do investimento em infra-estruturas de grande envergadura, do papel da RAEM como plataforma de serviços entre o Interior da China e os países de língua portuguesa, assim como da estratégia de desenvolvimento mais equilibrada e sustentável por parte do Governo Central e do Governo da RAEM. No entanto, incertezas como o impacto das medidas de saída tomadas pelos bancos centrais ainda podem provocar alguma volatilidade no mercado financeiro. Os bancos devem desenvolver esforços no sentido de melhorar os respectivos processos de gestão do risco e os controlos internos, de modo a poderem lidar com o ambiente operacional em mudança, bem como para estarem melhor preparados para enfrentar as oportunidades e desafios no futuro. 3.2 Companhias de seguros A actividade seguradora na RAEM, até ao final de 2009, era exercida por 23 seguradoras, dedicando-se 11 ao ramo vida que, cumulativamente, proporcionam serviços de gestão aos fundos privados de pensões e as restantes 12 à exploração dos ramos gerais. Em relação a 2008 verificou-se a redução de uma seguradora dos ramos gerais, devido à conclusão do processo de running-off, tendo a respectiva autorização sido revogada em Novembro do ano em análise. No que respeita à localização da respectiva sede social, as seguradoras autorizadas a exercer a actividade são maioritariamente sucursais de seguradoras com sede no exterior, representando interesses de 6 países e, ainda, a RAEHK, sendo 8 seguradoras constituídas localmente. O sector segurador, em finais de Dezembro de 2009, empregava 407 trabalhadores, o que equivalia a um decréscimo anual de 2,6%. Quanto à colaboração indirecta, estavam registados mediadores de seguros, dos quais 72,7% eram agentes individuais, 24,4% como angariadores de seguros e os restantes eram agentes em nome colectivo (2,1%) e corretores (0,8%). Em termos do número de licenças concedidas aos mediadores de seguros acima referenciados, representavam na globalidade autorizações, sendo licenças para mediação de seguros do ramo vida e para os ramos gerais. Em 2009, o sector segurador comercializou produtos que geraram uma receita de MOP3.260,4 milhões, ou seja, 5,4% inferior QUADRO II.17 EVOLUÇÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS, (10 3 Patacas) Valor % Valor % Valor % Vida , , ,5 Ramos gerais , , ,4 Total , , ,4 Nota: Valores provisórios para
2 2 ao volume da produção bruta do ano anterior, revelando a repercussão da crise financeira mundial. Como aspectos mais salientes da evolução global do sector no ano de 2009 deve-se destacar o sector do ramo vida local que, contrariamente aos anos anteriores, registou taxa de crescimento negativa, com 8,5%. No que se refere ao sector dos ramos gerais, apesar do abrandamento da economia da RAEM, devido à suspensão das obras de construção do sector imobiliário, registou, no ano em apreço, um acréscimo de 3,4% contra o -7,6% do ano precedente. A produção bruta do ramo vida, atingiu MOP2.332,0 milhões, correspondendo a 71,5% do total da facturação do mercado segurador, tendo os ramos gerais arrecadado uma quota de 28,5%, traduzido em termos absolutos MOP928,4 milhões. o maior incremento com uma taxa de 7,1%, a que correspondia 27,1% do total de prémios deste sector. O ramo acidentes de trabalho registou uma taxa de crescimento de 3,5%, com MOP194,9 milhões de produção, representando uma quota de 21,0%, idêntica à do ano anterior, situando- -se na terceira posição, logo seguido pelo ramo automóvel, com MOP132,5 milhões alcançados, mantendo-se na quarta posição, com uma quota ligeiramente superior à do ano transacto, ou seja, 14,3% contra 14,1%. Finalmente, o ramo marítimo-carga, a componente menos relevante no contexto da carteira de prémios do mercado segurador de Macau, em termos de evolução registou um decréscimo de -21,1%, sendo a sua quota de apenas 1,2%, equivalente a MOP11,0 milhões, contra os 1,5% em Analisando a produção bruta dos ramos gerais, à excepção do ramo marítimo- -carga, verificou-se que quase todas as modalidades de seguro tiveram taxas de crescimento positivas, embora na classe das unidades, traduzindo, desta forma, a recuperação da evolução deste sector. Em termos de evolução, o ramo diversos com uma produção de MOP337,8 milhões contra MOP333,9 milhões do ano anterior, registou um acréscimo de 1,2% em relação a 2008, continuando ainda, em termos de posicionamento, na liderança, com a quota de 36,4%, quando, em 2008, era de 37,2%. Seguia-se o ramo incêndio, com MOP252,2 milhões, o qual foi o ramo com Em 2009, as indemnizações brutas do sector segurador atingiram o total de MOP1.645,0 milhões, quando, em 2008, foram de MOP1.563,2 milhões. Desse montante global cerca de 79,6% foram suportados pelo ramo vida, ou seja, MOP1.309,0 milhões e os remanescentes, contabilizados em MOP336,0 milhões, a pertenceram aos ramos gerais. Comparando com o ano precedente, as indemnizações, na sua globalidade, revelaram melhorias ao registar, em 2009, 5,2% contra 44,2% em 2008, sendo de destacar os ramos gerais que, para além de terem melhorado na evolução dos prémios brutos, por outro lado, teve comportamento favorável ao conseguir registar, no ano em apreço, um
3 decréscimo de 17,0% contra 14,1% de 2008, no que respeita às indemnizações brutas. Como resultado dessa evolução global, a taxa de sinistralidade do sector segurador situou-se em 50,5% contra 45,4% do ano anterior, ou seja, um acréscimo de 5,1 pontos percentuais. A evolução do sector dos ramos gerais registou uma evolução mais propícia, em relação ao ano transacto, tendo o ramo acidentes de trabalho arrecadado a fatia de MOP120,9 milhões, uma quota de 36,0% do total das indemnizações processadas pelos ramos gerais, logo seguido pelo ramo diversos, com 35,6%, traduzindo um valor de MOP119,8 milhões. Contudo, o ramo automóvel, tradicionalmente o mais gravoso, registou, no ano em apreço, uma quota de 27,3%, correspondendo a MOP91,6 milhões, tendo-se posicionado no terceiro lugar, enquanto que o ramo incêndio situou-se no quarto lugar com apenas MOP4,2 milhões e um peso de 1,2%. Por último, o ramo marítimo-carga registou um balanço negativo de MOP0,5 milhão. Em termos de resultados finais do sector, em 2009 totalizaram MOP422,6 milhões, representando um acréscimo de 339,9% em relação ao ano anterior. Apesar de se ter constatado uma fraca performance na evolução dos prémios brutos, a actividade seguradora alcançou, mais uma vez, um resultado de exploração negativo de 140,1%, no entanto, graças aos proveitos diversos (líquido) que contabilizava MOP827,5 milhões, se tiveram um comportamento muito favorável, quando comparado com o ano anterior, conseguiu superar o resultado negativo de exploração. 101
4 2 GRÁFICO II.23 COMPOSIÇÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS (RAMOS GERAIS) (%) Number of autonomous units Acidentes de trabalho Incêndio Automóvel Marítimo-carga Diversos GRÁFICO II.24 COMPOSIÇÃO DOS INDEMNIZAÇÕES BRUTAS (RAMOS GERAIS) (%) Number of autonomous units Acidentes de trabalho Incêndio Automóvel Marítimo-carga Diversos 102
5 QUADRO II.18 EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS DO SECTOR SEGURADOR, Valor Variação % Valor Variação % Valor Variação % (10 3 Patacas) Prémios brutos , , ,4 Proveitos de serviços prestados , , ,0 Custos técnicos , , ,3 Resultado de reeseguro cedido , , ,6 Resultado técnico , Encargos de gestão , , ,7 Resultado de exploração , , ,1 Proveitos diversos (líquido) , , ,6 Resultado do exercício , , ,9 Nota: Valores provisórios para
3.2 Companhias de seguros
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