O infantil na constituição subjetiva: restos, escrita e narrativa.
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- Paulo Gomes Sacramento
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1 O infantil na constituição subjetiva: restos, escrita e narrativa. Germano Quintanilha Costa Psicólogo. Psicanalista. Professor Assistente do Curso de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (Pólo de Campos dos Goytacazes). Doutorando do Programa de Psicanálise da UERJ. Membro do Corpo Freudiano Escola de Psicanálise Seção Campos dos Goytacazes. gqcost@yahoo.com.br Sonia Leite Psicóloga. Psicanalista. Coordenadora Adjunta da Residência Multiprofissional em Saúde Mental CPRJ/UERJ.Professora Visitante do Programa de Pós-Graduação em Psicanálise da UERJ. Membro do Corpo Freudiano Escola de Psicanálise Seção RJ. Membro da AUPPF. soniacleite@uol.com.br. Introdução Nesse trabalho pretendemos indagar sobre a proximidade entre a escrita, o infantil e a repetição. Interessa-nos pensar o ato que faz cair um objeto, o traço que fica no lugar do objeto e o registro dessa perda como aspectos que se condensam no infantil. A seguinte questão nos orienta: se a infância pode ser considerada um tempo em que o sujeito se situa temporalmente através de uma narrativa, podemos pensá-la como o tempo em que se produz uma cena de fantasia que possui valor de verdade, mas que só é possível ao sujeito a partir de uma perda estrutural? Este trabalho parte da constatação de que o advento do sujeito é concomitante com a possibilidade de construir uma narrativa sobre si mesmo, processo esse que envolve a temática do registro de uma perda estrutural que possibilita a organização da realidade psíquica. Nosso objetivo é percorrer esses processos da produção da queda de um objeto e da entrada do sujeito no campo da significação de modo que possamos por fim indagar sobre a dimensão do infantil na estrutura subjetiva. O sujeito em Lacan Comecemos por pensar a constituição do sujeito. Com Lacan podemos dizer que o sujeito não nasce e não se desenvolve, ele se constitui. É somente ao longo de uma série de processos lógicos, envolvendo a relação do infans com o Outro, que este poderá vir a se contar e se narrar como sujeito. 1
2 Fazendo uso de recursos linguísticos (cadeia significante, metáfora, metonímia) e matemáticos (topologia e lógica), Lacan pôde formular uma teoria do sujeito através dos processos de alienação e separação. Através desses dois processos especifica as relações possíveis entre o sujeito e o campo do Outro, deixando claro que apesar do sujeito ser um efeito do significante, por outro lado, ele possui sua causa não no significante, mas no objeto a. Num primeiro tempo, o sujeito é produzido pela sua alienação ao aparelho da linguagem. Interessado em demonstrar que a divisão do sujeito e o advento do inconsciente são processos que acontecem pela ordem do significante, Lacan elabora uma teoria sobre o processo metafórico do Nome-do-Pai. Estabelece os três tempos do Édipo, demonstrando que a metáfora paterna é responsável pela constituição do psiquismo na medida em que "além de permitir à criança advir como sujeito, acedendo ao simbólico, ela institui uma estrutura de divisão psíquica (Spaltung) irreversível no sujeito (Dör, 1989: 100). A continuidade do ensino de Lacan,no entanto, estabelece que o sujeito não é todo determinado pelo Outro e pelo aparelho significante. A partir de O seminário, livro 11 (1964), a distinção do sujeito é produzida pelo viés de uma segunda operação: a "separação" que evidencia a existência de uma falta no coração do significante, apontando que no discurso do Outro existe uma impossibilidade de se dizer algo completamente. Apesar de o corpo pulsional do bebê ser atingido pelos significantes, existe, entre a criança e o Outro, uma cota de não sentido, uma cota de gozo que não pode ser dita pela palavra. Lacan considera que a divisão do sujeito deixa um resto o objeto a e que esse processo não é fruto somente dos efeitos da simbolização, mas,também, da dimensão real da pulsão. A inscrição do bebê no campo do significante A relação do advento do sujeito com o campo da linguagem é tão profundo que Lacan chega a afirmar que a alienação é o destino de todo ser falante (Lacan,1964). É somente pela via da alienação ao discurso do Outro que o infans(aquele que ainda não fala) poderá sair de seu estado de desmontagem pulsional em direção à construção de um corpo habitado pela imagem identificatória e pelo discurso simbólico. Os cuidados maternos diante das necessidades do bebê constituem o palco principal em que se desenrola a cena do desejo, da pulsão e da linguagem. Os cuidados maternos estão para 2
3 além do fornecimento burocrático de necessidades físicas, pois, ao atender ao bebê, o Outro Materno fornece também suas fantasias, seu discurso e os enigmas de seu desejo. Desse modo, podemos dizer que os efeitos da submissão do bebê à linguagem pelo discurso do Outro é aquilo que permite a formação do inconsciente e a constituição de um sujeito desejante.são nos atos da fala dirigida ao organismo neonato que essa antecipação subjetiva confirma a existência de um bebê(neves e Vorcaro, 2011).O Outro Materno, ao reconhecer e articular as manifestações corporais da criança permite a transposição de suas manifestações para a ordem da linguagem. A criança, por seu turno, ao se alienar a esses sentidos, que vêm do campo do Outro,precipita-se numa antecipação idenficatória, de onde vai extrair a matriz imaginária e simbólica para construir o registro do seu eu. Quando alguém recebe o endereçamento dos apelos do bebê, permite que o infans saia do simples estado de necessidade adentrando para o campo da demanda. Ou seja, o choro, ao ser interpretado como demanda, aponta para um além da pura satisfação da fome,convocando a criança como sujeito da linguagem. Uma questão fundamental é que mesmo que a resposta apareça como mutismo, há que se supor que esse sujeito, de alguma maneira, foi marcado pela presença do Outro e articulou alguma concatenação para falar e silenciar (Neves e Vorcaro, 2011:280). Pode-se, portanto, apontar aí a implantação de um primeiro significante no organismo, em que o sujeito recebe a sua primeira assinatura, signum, em sua relação com o Outro (Lacan, 1958:24). A importância dos cuidados maternos é que, pelo fato de ser portador de significação, os gestos com o bebê permitem que as palavras sejam veiculadas, possibilitando à linguagem circular, fazendo, portanto, um enlaçamento do real do organismo ao campo simbólico e imaginário. Interessa-nos agora percorrer com mais detalhe a questão de como essa inscrição na linguagem aponta para uma rasura e uma perda necessária para que o significante possa surgir para o sujeito. A produção do significante: inscrição de um traço e seu apagamento Retomando o tema da inscrição do infans no campo do significante, encontramos no O Seminário IX, A identificação importantes apontamentos que nos ajudam a compreender como a constituição subjetiva é correlata de uma produção necessária de 3
4 uma perda, ou melhor, de um apagamento. Neste seminário, Lacan propõe que a constituição do significante ocorre em três tempos. Vejamos. Consideremos o primeiro tempo como o momento em que surge para o bebê a inscrição mnêmica de uma primeira experiência de satisfação. Trata-se na verdade da inscrição de um traço que é a primeira marca recebida pelo sujeito vindo do Outro. Esses traços constituem os elementos mínimos de um enigma, eles marcam o tempo primeiro da instalação do significante, ofertando-se como suporte material para que sobre ele a operação se desdobre (Fragelli: 2002:59). Num segundo momento ocorre um apagamento, ou uma rasura, fazendo com que essa primeira inscrição se torne e permaneça inconsciente. Trata-se de um apagamento do traço que irá permitir que o significante possa então se constituir. Essa operação pode ser identificada como o recalque originário, processo que impede que o traço tenha acesso à consciência. Para Lacan é a partir daí que o S1 é instituído, o primeiro significante do sujeito. A partir desse apagamento todos os significantes que vierem em seguida por uma linha associativa e que estiverem remetidos a S1 são recalcados, decorrendo daí que esses significantes formam uma cadeia, iniciando a operação significante, imprimindo um texto ao inconsciente (Fragelli,2002:62). Por fim, temos um terceiro momento no qual o sujeito pode enfim se dizer, se narrar, ato este que sóé possível por realizar uma interpretação daquelas marcas que foram inscritas. Nesse momento o sujeito se constituir na medida em que cria uma significação própria às marcas recebidas. É importante frisarmos que o operador que permite essa façanha do sujeito é o significante Nome do Pai. Tal operação se destaca por sua função estruturante, porque é ela quem vai confirmar a divisão do sujeito pela linguagem e que o submeterá à lei simbólica. Isso acontece porque ele interdita o desejo materno e possibilita à criança um lugar diferente daquilo que falta à mãe. Essa interdição representa uma barra do gozo fazendo surgir a cadeia significante. É importante clarificar a diferença entre rastro, traço e significante. Em primeiro lugar, o que está em jogo é a operação de um rastro, isto é, aquilo que o objeto deixa enquanto ele se vai (Lacan, ). Portanto, o rastro indica algo que não está mais lá sendo o signo de uma ausência. Porém, uma condição importante é que o rastro, apesar de ser um primeiro nível de negação da coisa, possa ser apagado ou anulado (Dunker, 2002).Disso decorre que se um rastro é negado, materialmente, ele, então, não é mais um rastro, ele torna-se um traço ou uma letra. Podemos pensar no exemplo da 4
5 rasura que corta uma palavra na superfície do papel, ou a rasura que corta a pele nas tatuagens. O traço é equiparável a uma forma material compatível com a representação coisa e com a ideia de traço mnêmica visual (Dunker, 2002). No terceiro tempoocorre, assim, a negação do traço pelo funcionamento do recalcamento. Aqui é que surge o significante que jamais pode ser apagado, pois diferente do traço que é fixo, ele é volátil. A diferença fundamental entre traço e significante é que eles remontam a estruturas diferentes de linguagem, enquanto o traço aponta para a estrutura da escrita, o significante se articula pela estrutura da língua (Dunker, 2002). Queremos destacar que nessa construção do significante o que aparece como condição essencial é esse ato de apagamento de um rastro e um recalcamento do traço. O rastro, enquanto um primeiro nível de substituição estabelece uma relação de representação daquilo que no real é sua origem. O significante, como operador de linguagem, só pode remeter-se a outro significante em uma relação de representatividade, e, estando completamente esvaziado de sentido, não traz nenhuma relação com o objeto(lacet, 2013). O corpo parcializado e o sacrifício de uma libra de carne. Inicialmente, seguimos Lacan nos apontamentos a respeito da produção de um apagamento de um traço necessário à entrada do sujeito no campo discurso. Veremos, agora, como Lacan situa a dimensão da perda de um objeto na dimensão do corpo. É somente a partir de um sacrifício que o sujeito pode ter um registro de seu corpo, que é sempre um corpo parcializado. Em O Seminário 10: A Angústia, Lacan ao falar do rito da circuncisão considera que o objeto a, como cortado, presentifica uma relação essencial com a separação como tal. Considera que a separação essencial de uma certa parte do corpo, de um certo apêndice, torna-se simbólica de uma relação fundamental com o próprio corpo (Lacan,1962: 235). Essa libra de carne, ligada à função do sacrifício, e que é necessário perder, está em causa para todos os sujeitos e o que entra em jogo é a possibilidade de parcializar o corpo. Segundo Lacan, em seu vocabulário o termo objetalidade se diferença inteiramente da objetividade, visto que essa objetalidade é correlato de um pathos de corte (Lacan,1962: 237). 5
6 Prosseguindo, indica, ainda, que convém lembrar que essa parte perdida é corpo e que somos objetais o que significa que não somos objetos do desejo senão como corpo (Lacan, 1962: 237). Desta forma o desejo continua a ser desejo do corpo, desejo do corpo do Outro. Nessa alegoria da libra de carne, Lacan propõe a possibilidade da queda do objeto, como uma construção da parcialização que situa o corpo como não-todo. O corpo só pode ser situado para o sujeito a partir de um processo de recorte e de parcialidade. O objeto nesse sentido é parcial e a linguagem o indica nas frases: eu dou um braço por voce, eu te dou meu coração. Essas expressões sublinham aquilo que é precondição para o registro do objeto, isto é, a parcialização que permite a sustentação do corpo nas bordas, no recorte. É necessário perder um membro do corpo para que se possa ganhar algo. A privação, presente no luto, é a condição que permite ao sujeito ganhar uma referencia significante e a inscrição do corpo no discurso. Podemos exemplificar essa questão com um trecho da musica de Chico Buarque: Oh, pedaço de mim Oh metade amputada de mim Leva o que há de ti Que a saudade dói latejada É assim como uma fisgada No membro que já perdi (Pedaço de Mim, Chico Buarque) A letra enquanto litoral: o resto que singulariza o sujeito O texto de Lacan Lituraterra (1971) aborda questões fundamentais em torno da diferença entre fala e escrita, isto é, entre significante e letra, justamente por situá-los em registros absolutamente diferentes. Nessa heterogeneidade a letra aparece como algo da ordem de um resto, de um lixo, e essa dimensão relaciona-se profundamente com toda a discussão realizada anteriormente, no sentido da queda de um objeto necessário para compor um registro. Na verdade, Lacan utiliza o termo lettrepela primeira vez no seminário sobre A carta roubada (1957), associando-o à expressão a letter, a litter, uma carta/uma letra, um lixo. Com isso, evidencia uma dimensão outra, para além do caráter mensageiro da 6
7 carta. O destino da carta extrapola sua função de levar uma mensagem, pois ela cumpre seu destino depois que ela passa de mão em mão, sendo deixada, largada, e gerando com isso efeitos. Em Lituraterra (1971), ao tratar da escrita do sujeito, ou daquilo que dele se pode escrever, ele retoma o tema da letra. A etimologia do termo aponta que Litura (em latim: risco, alteração, mancha e terra) está associado alittera (referido à letra e à palavra Literatura).Neste texto a letra é forjada como um litoral entre o saber e o gozo, posto quevaiseparar dois domínios que não têm nada em comum, nem mesmo uma relação recíproca. Não se trata de fazer fronteira entre dois territórios, pois a fronteira, ao separar dois territórios, indica que eles são da mesma natureza sendo somente separados por uma linha demarcatória. A letra, de fato, envolve a radicalidade da diferença de consistências entre o saber, e sua busca da em torno da verdade, e o gozo, o inacessível. A letra seria uma espécie de litoral entre dois registros de naturezas diversas, desenhando ou escrevendo essa borda tão pouco precisa no ser falante. Pensar a relação entre a letra e o inconsciente nos conduz inevitavelmente a discutir a posição da letra em face do significante. Lacan é enfático ao dizer que a letra não se confunde com o significante, pois A escritura, a letra, estão no real, o significante, no simbólico (LACAN, 1971, p.28). Por fim, podemos dizer que a função da escrita é abordar o que é da ordem do impossível, permitindo uma reinvenção da realidade. A escrita, tomada como representação de palavras, é, portanto, segunda, cerzida de letras, bordeando o furo no saber, o impossível de escrever. Desse modo, conclui que se o traço apaga a Coisa (das Ding), é pelo apagamento do traço que o sujeito é designado (LEITE, no prelo). O infantil enquanto resto na invenção do sujeito Depois desses apontamentos importantes da obra de Lacan, queremos agora abordar a dimensão da coisa perdida e apagada que possibilita que a realidade discursiva possa se estabelecer para o sujeito, a partir do qual ele constrói uma narrativa sobre sua história. É nesse contexto que queremos indagar a relação com o infantil. A partir da temporalidade lógica do inconscientepodemos afirmar que o adulto não existe. Nesse sentido é possível pensar que o infantil é para a psicanálise uma categoria que aponta para uma estrutura do sujeito, que envolve, por sua vez, uma relação com a falta. Nesse sentido, podemos interrogar: estaria o conceito de infantil 7
8 envolvido nesta dimensão do sacrifico, da libra de carne, de algo que se perde, que se registra e se inscreve enquanto ausência sempre relançada na cadeia psíquica no a posteriori da experiência? A divisão do sujeito é marca do inconsciente-infantil, ela se dá no plano do significante, mas também no plano do objeto que causa seu desejo, objeto que traria um a mais de gozo perdido. O inconsciente entrelaça-se com o infantil na medida em que ele é um lugar do gozo, da pulsão e dos significantes. Um pressuposto que motiva nosso trabalho é a hipótese de uma radical diferença entre a infância, enquanto registro de um tempo que o sujeito julga ter vivido, e o infantil, enquanto condição estrutural, que remete a uma perda de gozo necessário para o advento do sujeito. Tal perda de gozo se presentifica através da repetição de uma temporalidade que remete sempre a um tempo do inacabado. Uma questão fundamental nessa discussão é a possibilidade de articularmos a temática do objeto que precisa ser perdido para que um traço possa advir no lugar dessa falta, possibilitando assim que o sujeito possa registrar a perda de gozo fruto de sua alienação e separação no campo do significante. Tendo em vista tais considerações pensamos que o infantil seria o que ficou como falta naquilo que o sujeito julga ter vivido em suas origens. A infância aparece, por outro lado, como um saber que o sujeito tece no a posterioriatravés do uso do significante que, por sua vez, substitui os traços recalcados e os rastros apagados das perdas constitutivas. A infância seria, assim, umaescrita, algo que é da ordem de um saber. Como já indicado, o infantil apesar de se relacionar a este tempo da infância, não poderia, entretanto, ser reduzido a ele. O infantil na condição de resto, de literal, apresenta uma face não de adjetivo, mas de substantivo, uma face de coisa que ficou faltosa dentro daquilo que se julga ter vivido, estando, portanto, no campo do gozo. Conclusão Para efeito de conclusão não iremos fazer afirmações, mas lançar alguns questionamentos que já contem em si uma aposta teórica. Se a infância pode ser considerada um tempo em que o sujeito se conta e se situa temporalmenteatravés de uma narrativa, indagamos sobre a possibilidade de pensá-la como esse tempo em que o sujeito produz uma cena de fantasia que possui um valor de saber para o sujeito. Diferente da infância seria o infantila parcela de gozo que escapa dessa narrativa tecida de significante? Outras questões importantes são formuladas: 8
9 poderia o infantil ser compreendido como articulado ao campo da letra, de uma escritura no real? Como consequência, o infantilpossuiria, então, uma face de litoral, sendo isso que separa a fala simbólica (campo do significante) da escrita no real (campo da letra)? Para concluir deixaremos uma aposta de que a infância parece se articular ao relato feito pela cadeia significante, a esta ficção que o sujeito cria para si mesmo, a esta escrita que tenta contornar o impossível. Por outro lado, o infantil aponta para o impossível, para aquilo que é da ordem da letra, doque promove apagamento e rasura deixando os restos que serão retomados no discurso do sujeito. Referencias Bibliográficas Costa, Ana. Corpo e Escrita: relações entre memória e transmissão da experiência. Rio de Janeiro: RelumeDumará, Dor, Joël. Introdução à leitura de Lacan: o inconsciente estruturado como uma linguagem. Porto Alegre: Artmed, Dunker, Christian. Uso Clínico da noção de traço unário.revista Acheronta, Fragelli, I. K. Z. (2002). A relação entre escrita alfabética e escrita inconsciente: Um insatrumento de trabalho na alfabetiza;cão de crian;cas psicóticas. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Lacan, Jacques. O seminário, livro 4: a relação de objeto ( ). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1995 Lacan, Jacques. O Seminário, Livro 5: As formações do inconsciente ( ). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, O Seminário, Livro 6, O desejo e sua interpretação ( ). Inédito. O seminário, Livro 10: A angústia ( ). Rio de Janeiro: Zahar, O seminário, Livro 09: A Identificação. ( ). O Seminário, Livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da Psicanálise (1964). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, O seminário, Livro 18: De um discurso que não seria semblante (1971). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Lacet, Cristine. Considerações sobre a Letra e a escrita na clínica psicanalítica. Estilos da Clínica, 2003, Vol. VIII, no 14,
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