ADOLESCÊNCIA E COMPORTAMENTOS DE RISCO
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- Sabina Bardini Osório
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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ Ana Paula Sampaio Valera RA Damaris Lima de Oliveira RA Maria Anália de Souza Kuball RA Meire de Lima Araújo RA Priscila Almeida da Silva RA Talita Tatiane Fontoura RA Vanessa Castori RA ADOLESCÊNCIA E COMPORTAMENTOS DE RISCO Santo André Abril/2012
2 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ Ana Paula Sampaio Valera RA Damaris Lima de Oliveira RA Maria Anália de Souza Kuball RA Meire de Lima Araújo RA Priscila Almeida da Silva RA Talita Tatiane Fontoura RA Vanessa Castori RA ADOLESCÊNCIA E COMPORTAMENTOS DE RISCO Atividade apresentada à Profª Carolina da disciplina de Psicologia do desenvolvimento adolescência, adulto e envelhecimento, do curso de psicologia. 2
3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 ADOLESCÊNCIA 5 COMPORTAMENTOS DE RISCO 6 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS 6 O PAPEL DA MÍDIA 6 NUTRIÇÃO 7 VIOLÊNCIA 7 SAÚDE MENTAL 8 SEXUALIDADE 8 ÁLCOOL E DROGAS 9 CONCLUSÃO 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11 3
4 INTRODUÇÃO Este trabalho possui o desígnio de aperfeiçoar, ampliar e aprofundar conhecimentos relacionados aos comportamentos de risco na adolescência. Alguns fatores como o aumento da densidade populacional, as transformações do comportamento, as influências da mídia com seus ostensivos, intensos e repetidos apelos com teores altamente agressivos, a sexualidade e busca de prazer sem limites, as mudanças dos comportamentos, hoje mais permissivos que anteriormente, aliados às transformações hormonais, as características próprias do adolescente, a busca por identidade e independência, o gosto pela aventura, a predisposição a indisciplina e recusa de organização e a luta por um lugar no mundo constituem o cenário onde se desenvolvem os jovens e preparam-se para a vida adulta. Erik Erikson estabeleceu o conceito de identidade como uma concepção coerente do self formada por metas, valores e crenças. O jovem coloca muita energia para compreender o self, e isso faz parte da adolescência, sendo um processo fundamental que deve ser vital e saudável e é organizado de acordo como foram desenvolvidas as etapas de autonomia, confiança, iniciativa e produtividade. Algumas dessas condutas de risco iniciam-se apenas com um objetivo exploratório do adolescente, como também pela influência do meio e do grupo social, porém devido à vulnerabilidade dessa fase do desenvolvimento e mediante os fatores anteriormente citados, faz-se necessário compreender e identificar condutas de risco em adolescentes para evitar e reduzir custos afetivos, econômicos e físicos. O termo Comportamento de risco pode ser definido como a participação de atividades que possam comprometer a saúde física e psíquica do adolescente. Dentre os quais incluem aspectos clínicos, nutricionais, sexualidade, saúde mental, violência e uso de álcool e drogas. O conceito de comportamento de risco deve ser compreendido de forma abrangente, atingindo variáveis sociais e de comportamento além dos critérios biomédicos. 4
5 ADOLESCÊNCIA A adolescência é caracterizada pela busca de identidade, ou seja, pela formação do indivíduo, incluindo as expectativas futuras em relação à personalidade, profissão, sexualidade, relacionamentos (grupo social e família), mudanças físicas e hormonais, inicia o desenvolvimento do pensamento abstrato e científico. Portanto são alterações que se interrelacionam que ocorrem no âmbito físico, cognitivo, psicossocial, por exemplo, na adolescência ocorrem mudanças na estrutura do cérebro que são relacionadas com as emoções, os julgamentos, organizações de comportamento e autocontrole, podendo desencadear comportamentos violentos ou de risco. É um processo de transição para a vida adulta, no qual o individuo encontra-se em uma fase da vida em que ele não é mais criança, porém também, ainda não é um adulto. Atualmente é complicado analisar o início da vida adulta, pois muitos aspectos foram sendo modificados no decorrer dos anos e que podem refletir no comportamento do indivíduo como na maturidade, por exemplo, entre eles: a cultura, as responsabilidades, a educação, a intimidade sexual (que hoje em dia se inicia mais cedo), a liberdade da mídia, entre outros. Por ser uma fase caracterizada por diversas e muitas mudanças e, é importante ressaltar as modificações do cotidiano como já foram citadas (cultura, responsabilidades, intimidade sexual e etc), o adolescente de hoje em dia pode sofrer com tantas alterações e, assim, possuem dificuldade de lidar com esse período, podendo precisar de auxilio para enfrentar e lidar com os perigos da vida (que envolvem o bem estar físico e mental) que podem ser consequências dos comportamentos de risco. A saúde física e mental do jovem depende de alguns fatores como a atividade física, o sono, a alimentação e a relação que eles possuem com seus familiares e amigos. Se esses fatores forem desconsiderados, não dando a devida importância pode acarretar sérios problemas. A falta de atividade física moderada ocasiona excesso de peso, doenças cardíacas, câncer e diabetes do tipo 2 (problema que vêm crescendo entre os jovens). No caso do sono, muitos não dormem o necessário, gerando problemas com insônia, baixo desenvolvimento escolar, falta de concentração e, também, podendo motivar alguns sintomas de depressão e 5
6 baixa auto-estima, portanto o sono é muito importante para o desenvolvimento psíquico e físico. A alimentação irregular e não saudável influencia no excesso de peso/obesidade, por não querer ficar com excesso de peso a preocupação com a imagem corporal pode tornar-se tão demasiada que pode ocasionar anorexia e bulimia. E a relação que o adolescente possui com seus amigos e familiares é importante para todos ficarem atentos com o álcool, as drogas, a depressão, mortes (veículos e armas de fogo) e o suicídio. COMPORTAMENTOS DE RISCO Vamos relatar mais especificamente sobre os aspectos principais que levam um adolescente a cometer comportamentos de riscos. ASPECTOS PSICOSSOCIAIS Atualmente vivemos um período de intensa pressão socioeconômica, na qual muitos jovens são profissionalmente ativos e sofrem os efeitos dessa pressão. Desta forma, para avaliar um comportamento de risco na adolescência, faz-se necessário um entendimento da dimensão psicossocial no qual o jovem encontra-se inserido para um melhor entendimento de outros fatores que em conjunto contribuem para o desenvolvimento de determinada conduta de risco. O PAPEL DA MÍDIA Contudo, na escala social, a mídia se sobrepõe ao produzir informações que, na maioria das vezes, não se adéquam as necessidades, ou são desproporcionais a esta fase de desenvolvimento, banalizando conceitos éticos, morais e sexuais. Os modelos apresentados a essa população estão quase sempre vinculados à violência, e a outros aspectos vinculados à 6
7 estética, saúde e nutrição são incompatíveis com a fase de crescimento e condições socioeconômicas dessa parcela da população, predispondo a ocasionar transtornos alimentares, sentimentos de frustração, e alteração na imagem corporal. NUTRIÇÃO O adolescente, principalmente na fase inicial da adolescência, pode apresentar dificuldades em priorizar atitudes de cuidado com sua saúde física devido ao fato de ainda não ter estabelecido uma imagem corporal de si. Ao avaliar o perfil nutricional do adolescente, deve-se identificar aspectos que indiquem fatores de risco nutricional como: ingestão deficiente que tem como consequência transtornos psiquiátricos, abuso de drogas, doenças orgânicas crônicas, deficiências vitamínicas, perdas excessivas e ingestão excessiva. VIOLÊNCIA Envolvendo ambientes escolares, sob forte influência da mídia estimulando a violência, os homicídios representam a segunda maior causa de morte entre adolescentes, sendo que também os acidentes nessa fase de desenvolvimento tem principalmente o sexo masculino como o grupo de maior risco. Observam-se muitos casos de abuso físico e sexual ocorrendo no início da adolescência. Assim, é necessário também fazer parte da avaliação dos comportamentos de risco na adolescência os aspectos relacionados à vitimização e ao abuso, pois a curiosidade espontânea que se vai acentuando em relação ao sexo, a necessidade de afeto, a necessidade de desafiar os pais, todos esses aspectos necessitam ser compreendidos adequadamente para intervir de formar preventiva do abuso. 7
8 SAÚDE MENTAL Considerando as peculiaridades culturais e sociais, o jovem deve ser avaliado inserido em seu contexto familiar e socioeconômico, incluindo histórico familiar quanto a doenças psiquiátricas, identificando aí sintomatologia depressiva, ansiedade, ideação e comportamento suicida, transtorno de personalidade e crise de identidade sexual. Deve-se questionar sobre a autoestima do adolescente, seus sentimentos em relação a própria vida, seus planos sobre o futuro, são elementos fundamentais que oferecem subsídios para avaliar o comportamento do jovem, que dentre outros aspectos em comum, estão os distúrbios de sono, de apetite, pessimismo e sentimento de culpa, envolvimento com atos de violência, diminuição as sociabilidade e abuso de álcool de drogas ilícitas. Na avaliação de risco poderá ser identificado a suspeita ou desajuste de comportamento para que assim, o adolescente possa ser orientado e haja um adequado encaminhamento. SEXUALIDADE A maioria dos jovens até a idade de 15 ou 16 anos de idade já teve relações sexuais, e milhões de adolescentes, já com 12 ou 13 anos. As principais doenças que colocam os jovens em perigo são as DST s (doenças sexualmente transmissíveis), entre elas a AIDS. Este risco se multiplica nas adolescentes, já que seu útero ainda não é totalmente desenvolvido, produzindo pouca secreção vaginal que não assume a sua função protetora de forma suficiente. Doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce poderiam ser evitadas se existisse um serviço de planejamento familiar mais consciente. 8
9 ÁLCOOL E DROGAS Caracterizando a multifatoriedade do problema relacionado ao uso de álcool e drogas na adolescência, muitos fatores contribuem para os desencadeantes estruturais, ambientais e da personalidade. Dentre os facilitadores como mais propensos ao uso de drogas consideramse, as pessoas desinformadas, que possuem acesso fácil à droga, que está insatisfeito com sua qualidade de vida e com saúde deficiente. Observar sempre os fatores de risco inter-relacionados (sexualidade, gestação, violência, transtornos nutricionais, etc.). Dentre os fatores de risco para o uso de drogas o histórico familiar de alcoolismo e uso de drogas; fatores pessoais como agressividade, baixa autoestima, comportamento antissocial, entre outros; fatores escolares; história de abuso sexual e fácil acesso à droga como vizinhança deteriorada. Os adolescentes frequentemente desejam evitar comportamento de risco, por possuírem um pensamento de que nada acontecerá com eles. A educação, a divulgação de conhecimento, a valorização dos elementos éticos e morais, o papel da família e das demais instituições, são atitudes de instrução podem fazer com que traumas e mortes possam ser evitados. 9
10 CONCLUSÃO É possível visualizar o quão a adolescência pode ser uma fase complicada para os jovens de hoje em dia, pois não só envolvem as alterações em seus próprios corpos e mentes como ocorrem alterações no ambiente (no mundo em que vivemos). Muitos precisam arcar com responsabilidades que não deveriam devido a situações econômicas por exemplo, como o fato de irmãos mais velhos cuidando dos mais novos, por seus pais estarem trabalhando excessivamente para poder sustentá-los (fatores econômicos). Portanto os fatores de risco ocorrem, também, por pais que utilizam todo o seu tempo dedicado a vida profissional, buscando uma estabilidade financeira a família, e não utilizam parte de seu tempo investindo em um relacionamento afetivo com o adolescente, que pode ser descrito ora como uma criança inocente e dependente, ora como uma adulto equilibrado e maduro. No entanto a maior necessidade do adolescente é sua busca constantemente por um modelo a ser seguido. É um período marcado pela busca da identidade sendo inevitável que o jovem passe pela confusão ou crise de identidade que consiste numa tomada consciente de decisões que afetarão o desenvolvimento de sua própria identidade. É muito interessante observar que existe uma subjetividade na busca por essa identidade, pois, ao mesmo tempo que ele busca ser aceito e quer fazer parte da sociedade, também quer mostrar originalidade, independência e ser diferente dos outros, quer se destacar por sua personalidade, reafirmando-se. O comportamento de risco na adolescência apresenta dimensões em que todos os indivíduos e instituições presentes na vida do jovem devem comprometer-se no desenvolvimento de estratégias de ação, dialogando com o adolescente sobre seu modo de agir, seu temperamento, com atitudes instrutivas com o objetivo da prevenção, seguindo um caminho mais fácil, certo, econômico e eficaz. 10
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: Artmed, décima edição, ROSA, Miriam Debieux. Adolescência: da cena familiar à cena social. São Paulo, Psicol. USP v.13 n.12, FEIJÓ, Ricardo Becker; OLIVEIRA, Ércio Amaro. Comportamento de risco na adolescência. Jornal de Pediatria Vol. 77, Supl. 2, CÂMARA, Sheila Gonçalves. Comportamentos de risco entre jovens. Porto Alegre. Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), v. 36, n.1, p , CHIAPETTI, Nilse. Comportamento de risco em pré-adolescentes e contexto de convivência: influência do contexto escolar. Curitiba. Revista eletrônica de psicologia (psicoutponline), n.02, AMORIM, Gustavo Galli. Comportamentos de risco na alta adolescência: um estudo de caso em proposta transdisciplinar. Brasília, Universidade Católica de Brasília pró-reitoria pósgraduação e pesquisa de mestrado em psicologia,
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