Brasil. Copa do Mundo FIFA 2010

Transcrição

1 Nº 07 Outubro 2012 Brasil BRASIL: Especial sobre oportunidades em meios eletrônicos de pagamento CARTÕES DE PAGAMENTO IMPULSIONAM RECEITAS DURANTE MEGAEVENTOS ESPORTIVOS Estudos realizados pela empresa de cartões Visa, patrocinadora dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo FIFA, mensuraram os gastos de visitantes durante os megaeventos esportivos realizados entre 2008 e Os dados são animadores, pois comprovam aumento significativo nos gastos durante e também após os eventos. Desde a confirmação do Brasil como país sede da Copa do Mundo FIFA 2014 muitos se questionam sobre quais os reais benefícios de se receber um megaevento deste porte. Importantes pesquisas das iniciativas pública e privada já foram divulgadas no sentido de indicar aos investidores e empreendedores que realizar uma Copa do Mundo é um bom negócio para o país como um todo. Recentemente a Visa divulgou dados de dois importantes trabalhos que realizou, no primeiro deles Megaeventos Esportivos: Impulsionando Receitas para o Turismo foram mensurados os gastos de visitantes durante os megaeventos esportivos Copa do Mundo FIFA África do Sul 2010; Olimpíadas de Inverno de Vancouver 2010 e Jogos Olímpicos de Beijing O segundo estudo se debruçou sobre dados que a Visa tem sobre os gastos do consumidor do Reino Unido e em dados de consumo de outras edições dos Jogos e de grandes eventos esportivos. mensurar o impacto da Copa. Enquanto a maioria deles se baseou em pesquisas por amostragem ou projeções, o relatório divulgado pela Visa usou dados agregados dos cartões de pagamento Visa, conhecidos como VisaVueTravel Data. Com isso, mesmo os empreendedores mais céticos com relação a estudos e pesquisas têm à sua disposição dados e informações dos impactos reais dos megaeventos, tais como o aumento de gastos durante os eventos esportivos e a lista de categorias, indicando onde os consumidores utilizaram os cartões para pagar as compras. Link para o estudo completo: Copa do Mundo FIFA 2010 Para averiguar o aumento dos gastos durante a Copa do Mundo FIFA 2010, a Visa realizou um comparativo com os gastos do mesmo período no ano anterior. Sendo assim, os gastos diários O estudo Megaeventos Esportivos: Impulsionando Receitas para o Turismo tem um diferencial em relação aos outros que buscaram Quem tem conhecimento vai pra frente sebrae2014.com.br

2 Brasil 2 de visitantes internacionais com o cartão Visa de 1o de junho a 31 de julho de 2010 foram comparados com os gastos desse mesmo período em O torneio foi disputado em nove cidades africanas, mas o estudo considerou os gastos dos portadores do cartão Visa em toda a África do Sul. Conforme pode ser observado no gráfico 1, o aumento de gastos durante a realização da Copa do Mundo FIFA 2010 foi de 82% no comparativo com o mesmo período do ano anterior. GRÁFICO 1 GASTOS DOS VISITANTES INTERNACIONAIS COM UM CRTÃO DE PAGAMENTO VISA NA ÁFRICA DO SUL DURANTE A COPA DO MUNDO FIFATM E NO MESMO PERÍODO EM Fonte: Relatório MSE Visa, O gráfico 2 apresenta a distribuição dos gastos com o cartão Visa durante a Copa do Mundo FIFA em 2010 por categorias (apenas as principais). Chama a atenção aqui a concentração de gastos no setor de varejo que aparece em posição de bastante destaque no comparativo com os demais. GRÁFICO 2 DESDOBRAMENTO DOS GASTOS DOS VISITANTES INTERNACIONAIS COM UM CARTÃO VISA NA ÁFRICA DO SUL DURANTE A COPA DO MUNDO FIFA 2010TM. Fonte: Relatório MSE Visa, 2011.

3 Brasil 3 Olimpíadas de Londres 2012 Baseando-se no conhecimento que tem sobre os gastos dos consumidores do Reino Unido e em dados de consumo de megaeventos esportivos realizados anteriormente, a Visa concluiu o relatório Realizando uma oportunidade de ouro: Relatório da Visa Europa sobre os gastos e impacto econômico dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Londres Para produzir o relatório, os analistas consideraram os gastos dos consumidores e a produção econômica relacionada às Olimpíadas. Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2012 impactos econômicos imediatos A U M E N T O Nos gastos domésticos Nos gastos internacionais Total nos gastos dos consumidores Na produção econômica 54,3 milhões 749,3 milhões 803,6 bilhões 1,21 bilhão Segundo as projeções contidas no relatório entre 2012 e 2015, a realização dos Jogos Olímpicos em Londres gerará benefícios econômicos de 5,33 bilhões. Em dados percentuais, os visitantes internacionais gastarão localmente 18% a mais do que gastariam se 2012 fosse um ano comum para a cidade de Londres. As tabelas abaixo trazem mais algumas informações: O mais interessante é que a maioria dos benefícios econômicos pós-jogos será gerada fora de Londres, ou seja, outras cidades da Inglaterra também sentirão em suas economias os efeitos positivos do evento segundo o estudo. Link para o estudo completo: PESQUISAS INDICAM QUE AUMENTO DE GASTOS SE MANTÉM APÓS OS MEGAEVENTOS O período pós Copa do Mundo também gera preocupação em muitos empreendedores brasileiros. Alguns se questionam o quanto vale à pena estruturar-se para o megaevento, já que o mesmo tem uma curta duração de tempo e não há segurança quanto ao tamanho da demanda por determinados produtos e serviços, depois de passados os dias do evento Neste contexto, os estudos divulgados pela Visa também trazem boas noticias. É que a análise das transações realizadas no período pós Copa do Mundo FIFA 2010 na África do Sul mostraram que o aumento nos gastos se manteve mesmo nos meses posteriores ao mundial, indicando que realização de megaeventos funciona sim como potencializadora da indústria do turismo e que seus efeitos continuam reverberando positivamente na economia do país. O gráfico 3 compara os gastos dos visitantes internacionais com o cartão Visa desde janeiro de 2009 a dezembro de 2010, englobando os períodos pré, trans e pós Copa do Mundo FIFA Interessante observar que nos meses posteriores ao megaevento os percentuais de gastos se mantiveram acima do ano anterior.

4 Brasil 4 GRÁFICO 3 GASTOS DOS VISITANTES INTERNACIONAIS COM O CARTÃO VISA NA ÁFRICA DO SUL EM 2009 E Fonte: Relatório MSE Visa, Durante a análise dos gastos e impactos econômicos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Londres 2012, a Visa também se preocupou em estimar os benefícios econômicos do evento no longo prazo. O relatório apresenta dados sobre os impactos que os Jogos gerarão entre 2013 e 2015, analisando o aumento esperado nos gastos dos visitantes e na produção econômica ligada aos Jogos. A seguir, o demonstrativo dos impactos econômicos até 2015 dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2012: Aumento nos gastos domésticos Total de estímulos à economia entre 2013 e ,54bilhões 4,12bilhões Meios eletrônicos de pagamento podem aumentar a clientela Os dados apresentados sobre o volume de gastos pelos turistas durante os megaeventos foram baseados apenas em transações realizadas com cartões. Tais informações dão força à necessidade de os pequenos empresários oferecerem outras formas de pagamento aos turistas, além do dinheiro, de modo a garantir que os turistas que passearão pelo Brasil durante os megaeventos encontrem formas

5 Brasil 5 fáceis e seguras de pagarem pelo o que irão consumir. O Sebrae apoia os empresários na adesão aos cartões de crédito e de débito e oferece orientação por meio de cursos, palestras, consultorias e disseminação de informações. Acesse o link: busque a unidade mais próxima em br para maiores esclarecimentos. OS CARTÕES NOS MICRO E PEQUENOS NEGÓCIOS Para micro e pequenas empresas, a permanência em uma política de afastamento dos meios eletrônicos de pagamento pode se revelar um grande erro estratégico. Nas Olimpíadas e Paraolimpíadas de Londres, alguns setores tiveram incremento de 70% no volume de negócios com cartão. No Brasil, 75% da população já possuem algum tipo de cartão, sendo o cartão de débito o meio de pagamento que mais avançou nos últimos cinco anos vendas por cartão, especialmente diante do potencial e representatividade desse mercado. Entre 2004 e 2011, o número de cartões de crédito cresceu 132% no Brasil, fazendo o País ficar à frente de economias como a do Reino Unido. Há estimativas de que até o ano de 2015, mais de 909 milhões de cartões estarão em circulação no Brasil. Os dados do Sebrae apontam para cerca de três milhões de micro e pequenas empresas e 900 mil empreendedores individuais, além de milhões de pequenos negócios informais que ainda não têm acesso aos meios eletrônicos de pagamento nas suas relações comerciais com clientes e fornecedores. Na outra ponta, estão 75% de brasileiros que já possuem algum tipo de cartão, seja de crédito, débito ou cartão de loja. Dada a importância dos sistemas de cartões nos negócios empresariais, essas empresas que ainda não têm acesso aos meios eletrônicos de pagamento deixam de aproveitar as vantagens dos sistemas de Segundo estudo da ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), o dinheiro em espécie, o cheque e o boleto ainda são largamente utilizados pelos brasileiros e apenas 27% dos pagamentos da economia do país são feitos com cartões de crédito, débito ou pré-pago. Um retrato da dimensão do potencial de crescimento dessa modalidade que amplia o acesso ao crédito de famílias e empresas, que reduz a inadimplência do varejo e que incrementa o faturamento pela facilidade de uso. Por tudo isso, para micro e pequenas empresas, a permanência em uma política de afastamento dos meios eletrônicos de pagamento pode se revelar um grande erro estratégico. Erro que tende a ficar mais contundente quando delimitado o cenário

6 Brasil 6 dos grandes eventos no Brasil Copa das Confederações 2013; Copa do Mundo FIFA 2014; Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016, considerando o número expressivo de turistas esperados no país. Para se ter uma ideia da projeção de negócios, em virtude das oportunidades que virão dos megaeventos esportivos, vale conferir o conjunto de dados disponibilizados pela Visa, que trata do aumento percentual do volume de negócios, por atividade, no período das Olimpíadas e das Paraolimpíadas de Londres em 2012, na ilustração a seguir: Cartões de débito De acordo com a Visa, a cidade que mais utiliza o cartão de débito é São Paulo. Além da metrópole, os consumidores do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Curitiba também foram mapeados. O estudo identificou que: Aproximadamente 21% disseram fazer compras com cartão de débito ao menos uma vez na semana, enquanto 15% afirmaram usar de duas a três vezes por semana; A população masculina foi uma das responsáveis pelo aumento do uso geral do cartão de débito em todas as cidades, registrando um crescimento de 66% para 73%. No caso do grupo do sexo feminino, houve queda de um ponto percentual em relação ao ano anterior, ou seja, de 67% para 66%; No caso de compras com o cartão de débito, a porcentagem dos entrevistados que disseram que possuem, mas também utilizam a ferramenta cresceu de 67% para 70%;

7 Brasil 7 73% acham que a principal vantagem do cartão de débito é a segurança proporcionada, enquanto a facilidade de não precisar carregar dinheiro na carteira foi apontada como a segunda vantagem, respondendo por 33%; A penetração de pessoas que possuem cartões com dupla função débito e crédito cresceu 5 pontos percentuais saltando de 76% em 2010 para 81% em Apesar do aumento do uso e da alta penetração, ainda existe uma grande oportunidade de crescimento dos meios eletrônicos de pagamento no País. Segundo um estudo divulgado MasterCard Advisors, o mercado dos cartões de débito no Brasil deve dobrar de tamanho até O estudo aponta que o cartão de débito foi o meio de pagamento que mais avançou nos últimos cinco anos (entre 2006 e 2011), com alta de 25% ao ano, acima da alta do consumo privado no país, que cresceu 12% ao ano no mesmo período. De acordo com o levantamento, as transações sem cartão (pagamentos com papel moeda, cheques e transferências bancárias) cresceram 9%. A pesquisa apontou que o cartão de débito segue como segunda forma de pagamento mais preferida pelo consumidor, atrás do dinheiro, mas que a diferença entre as duas modalidades vem caindo. De 2005 a 2012, a preferência pelo débito avançou de 26% para 34% entre os consumidores. Nesse mesmo período, a preferência pelo dinheiro caiu de 60% para 48%. O cartão de débito pode atender 57% da população brasileira não bancarizada, que além de servir como um importante instrumento de inclusão financeira para que esses consumidores possam enviar, receber e armazenar dinheiro, além de pagar eletronicamente de uma maneira segura e confiável, incluem micro e pequenas empresas e empreendedores individuais em um sistema de vantagens para seus negócios. Acesso a Serviços Financeiros É essencial conhecer e avaliar como as vendas por cartões podem ser vantajosas para as empresas, isso tanto do ponto de vista do atendimento das necessidades dos clientes (facilidades) como vantagens que os sistemas permitem para a simplificação da vida empresarial, mas como também oferecer mobilidade, condição essencial para o mundo moderno. Assim, entende o Sebrae como oportuna a tarefa de informar às MPE e aos Empreendedores Individuais (EI) sobre os sistemas de cartões nas suas relações comerciais, especialmente quanto à importância dessa modalidade de pagamentos na vida das empresas, suas vantagens e custos, como também orientá-las quanto aos riscos e a forma de negociar e contratar esses serviços. O Sebrae acompanha a evolução dos meios eletrônicos de pagamento e a sua influência para o aumento da competitividade das micro e pequenas empresas. Todos os instrumentos desse segmento são importantes ferramentas a serem implantadas no dia a dia dos pequenos negócios. Por isso, a entidade tem direcionado seus esforços na disseminação da cultura dos cartões de pagamento. Sugestões de leitura: Importância das vendas por cartão nos negócios das empresas Fiado eletrônico: com cartões de crédito MPEs podem vender mais Mercado de cartões de crédito e débito: conheça as particularidades dos mercados de crédito e débito

8 Brasil 8 Perfil da população possuidora e não possuidora de cartões no Brasil Pesquisa do Instituto Datafolha, disponível no portal da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), revela entre outros fatores que: O crescimento da posse de Meios Eletrônicos de pagamento, entre a população mantém elevação gradual, desde Nos últimos cinco anos, a posse teve crescimento de 7 pontos percentuais (de 68% para 75%); O crescimento gradativo ocorreu em praticamente todas as faixas etárias, porém com maior destaque está entre os mais jovens (18 a 34 anos); A posse de cartões vem crescendo com mais intensidade entre os que possuem escolaridade média e fundamental. No nível superior quase a totalidade possui cartão e a variação é pequena; Esta pesquisa é uma fonte muito rica de informações e seu conteúdo completo pode ser acessado em: Considerando que a maioria dos empresários brasileiros (74%) acredita que a economia brasileira vai crescer ao sediar a Copa do Mundo FIFA 2014, de acordo com a pesquisa realizada pelo International Business Report 2012 (IBR) da Grant Thornton, e que todos os índices de crescimento dos meios eletrônicos de pagamento apresentados nesta edição do Boletim Brasil Sebrae 2014 premeditam um cenário positivo, os EIs e as MPEs nacionais precisam se preparar para melhor participar do momento econômico que está por vir. Àquelas que já aderiram, cabe a uma análise de serviços complementares que poderiam ser ofertados como forma de agregar valor ao negócio. E àquelas que ainda não aderiram, cumpre proceder a uma revisão da estratégia que está sendo usada, assim como um estudo comparativo de custos e benefícios para uma tomada de decisão mais segura. Em ambos os casos, há uma equipe do Sebrae disponível para orientar o empresário A EXPANSÃO DOS PAGAMENTOS MÓVEIS O pagamento de produtos e serviços por meio dos aparelhos móveis é uma tendência que já capta interesse do público mais jovem. A modalidade está sendo regulamentada pelo governo federal que prevê possível queda nos preços cobrados pela locação das máquinas de cartão de débito e crédito. Especialistas alertam que uma modalidade não deve substituir a outra, pelo menos, nos próximos dez anos

9 Brasil 9 Os dados divulgados são mais um indicativo de que os meios eletrônicos, como forma de pagamento, estão cada vez mais inseridos na vida cotidiana dos consumidores. O cartão magnético, tal como foi concebido inicialmente, era um privilégio de pessoas que tinham contas em banco e geralmente era mais utilizado por homens e mulheres mais jovens e antenados com as novidades. Porém, há alguns anos essa realidade se alterou e hoje o cartão passou a ser um item indispensável na carteira de uma sociedade mais ativa e engajada. Sociedade essa que participa do avanço tecnológico e agora começa a fazer seus pagamentos por meio de aparelhos móveis: os smartphones. O governo federal já está discutindo meios de tornar o m-payment (pagamento móvel) mais seguro e popularizar este serviço no Brasil. O objetivo é regulamentar um sistema capaz de permitir que celulares sejam usados para fazer os mais diversos tipos de transações, como pagar um táxi ou o salão de beleza. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, acredita que regulamentação das regras para pagamentos por meio de aparelhos móveis forçará a redução de tarifas, por exemplo, cobradas no aluguel das máquinas para as vendas feitas no cartão de crédito ou débito. O que se traduz em uma excelente notícia para os empresários brasileiros. De acordo com o br/?, a previsão de que os smartphones substituam os tradicionais cartões de crédito, nos próximos anos, para pagamentos em lojas e estabelecimentos esbarra em um entrave no avanço desta tecnológica. A tecnologia conhecida como NFC (Near Field Communication), que já é utilizada atualmente nos cartões de transportes públicos de algumas cidades, que está sendo incluída na fabricação de alguns modelos de smartphones, permite a realização de pagamentos de contas pelos seus usuários. Entretanto, o alto custo para o desenvolvimento, nas lojas e estabelecimentos, das estruturas de recepção das informações dos smartphones dos consumidores, evidencia uma tendência de que os cartões, da forma que conhecemos hoje, continuarão existindo pelo menos por mais uma década. Com o objetivo de disseminar informações a respeito do mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento, o Instituto Datafolha acaba de divulgar uma pesquisa realizada em todas as regiões brasileiras. A população respondente, com 18 anos ou mais, pertence a todas as classes econômicas, sendo possuidoras e não possuidoras de meios eletrônicos de pagamento. Os questionários foram aplicados entre os dias 05 e 19 de junho de 2012 e a metodologia, aplicada desde 2008, revelou que os possuidores mais jovens de 18 a 34 anos têm as taxas mais elevadas de interesse pelas compras via celular. Revelou também que os possuidores de meios eletrônicos de pagamento estão bastante inseridos em novas tecnologias. Sendo que: 93% têm celular; 71% têm computador; 9% têm tablet. Esses dados servem de alerta para as empresas cujos clientes-alvo estejam dentro da faixa etária de 18 a 34 anos, pois o interesse pelo pagamento através de celular poderá vir a ser um fator de preferência entre a aquisição de bens e serviços em um determinado estabelecimento, em detrimento de outro. Lembrando que esse método de pagamento ainda demorará a estar massificado no país.

10 Brasil 10 Dados mercadológicos De acordo com o com.br, o mercado de mobile payment é um dos que mais crescem no mundo, mas por razões diferentes em cada país. Tanto em nações com alto índice de população bancarizada quanto em países onde prevalece o comércio não- -correntista, os desafios são muitos e geram demanda de plataformas, equipamentos e serviços financeiros do qual o Brasil é expoente, devido ao grande mercado consumidor conectado às tecnologias móveis. O mercado mundial de m-payment (pagamentos móveis) deve crescer a uma taxa anual contínua de mais 50% nos próximos 3 anos, chegando a 223 bilhões em 2013 e superando os pagamentos por cartões até 2021, puxado pelos mercados emergentes. É o que diz o World Payments Report 2011, estudo feito em parceria pela Capgemini, o Royal Bank of Scotland e a Sociedade Financeira do Mercado Europeu. Segundo projeção da Juniper Research, o número de pessoas que utiliza celulares para comprar bens digitais atingirá 2,5 bilhões em 2015 no mundo, o que representa um aumento de 40% na comparação com este ano, cujo volume deve chegar a 1,8 bilhão. As operações de compra e venda de produtos e serviços estão sendo cada vez mais realizadas através de processos eletrônicos. Os pagamentos com dinheiro vivo já estão dando lugar as transações com cartões de crédito e débito, via internet, mobile banking, entre outros. E mais uma opção de pagamento começa a ganhar força: o mobile payment, na qual o usuário não precisa mais andar com dinheiro ou cartões e o celular passa a assumir a função destes. O estudo aponta que, ao mesmo tempo em que o setor de pagamentos móveis oferece oportunidades de crescimento, precisa ser visto pelas empresas como uma plataforma inovadora para desenvolver aplicações e serviços de valor adicionado, e alerta para o risco de que, com o sucesso desse mercado, os níveis de fraude com certos tipos de pagamentos móveis aumentem e a segurança deve se tornar uma questão-chave em um futuro não muito distante. BOLETIM SEBRAE 2014 Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros UAMSF Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões Diretor-Presidente: Luiz Barretto Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos Coordenação Nacional do Programa Sebrae 2014: Dival Schmidt, Ivan Tonet, Rafael Castro Gerente da Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros: Paulo Alvim Planejamento e Execução: Lucio Pires, Patrícia Mayana, Fabiana Castro e Ana Paula Capparelli SGAS Quadra 605, Conjunto A. CEP: Brasília.DF Telefone: (61)