Cynthia Melissa Valerio. Coordenadora do ambulatório de lipodistrofias do Ins8tuto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE) Mestre pela UFRJ
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1 Cynthia Melissa Valerio Coordenadora do ambulatório de lipodistrofias do Ins8tuto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE) Mestre pela UFRJ
2 Figure 2 OBESIDADE: UMA EPIDEMIA GLOBAL The Lancet , DOI: ( /S (16)30054-X) The Lancet , DOI: ( /S (16)30054-X)
3 Figure 2 OBESIDADE: UMA EPIDEMIA GLOBAL The Lancet , DOI: ( /S (16)30054-X) The Lancet , DOI: ( /S (16)30054-X)
4 OBESIDADE: UMA EPIDEMIA GLOBAL World Health Organiza4on. Global Database on Body Mass Index. WHO Web site. h?p://apps.who. int/bmi/index.jsp. 2011
5 CONSENSOS E DIRETRIZES Endocrine Society Prac4ce Guideline 2015 (ES) European Guideline 2015 (EG) American Guideline- Interna4onal Obesity Task Force (IOTF) e Na4onal Ins4tute of Health (NIH) 2014 Diretriz Brasileira de Diagnós4co e Tratamento da Obesidade (ABESO/SBEM) 2010
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7 CRITÉRIOS PARA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTI- OBESIDADE Medicamentos an4- obesidade devem ser u4lizados apenas como parte de um programa que inclua dieta, a4vidade Zsica e mudança comportamental
8 TRATAMENTO CLÍNICO DO EXCESSO DE PESO IMC 25 kg/m 2 OU cintura 94cm (homens) e 80 cm (mulheres) Comportamental: dieta e exercícios Obje4vos realistas: 0,5 a 1,0 kg/semana Dieta: déficit de 500 a 1000 kcal /dia Exercício combinado (aeróbico e de resistência) 150 minutos/ semana, intensidade moderada (68 a 79% da Fc máx)
9 CRITÉRIOS PARA UTILIZAÇÃO DO TRATAMENTO FARMACOLOGICO IMC 30 ou 27 kg/m 2 na presença de co- morbidades Falha em perder peso com o tratamento não farmacológico Se após 1 a 3 m não houver perda de 5% do peso inicial
10 CLASSES DE DROGAS Noradrenérgicos : Fenproporex, fenfermina Die4lpropiona (amfepramona), Mazindol Noradrenérgicos + Serotoninérgicos : Sibutramina Inibidores absorção Gordura intes4nal. : Orlistate Análogos de GLP1: liraglu4de Combinações de drogas
11 NORADRENÉRGICOS NIH - uso a curto prazo ( menos de 3 meses) ABESO- Como não existem estudos de longa duração (>1ano), não há evidência da segurança e eficácia a longo prazo Fenproporex - 25 a 50 mg/dia Anfepramona - 40 a 120 mg/dia Mazindol - 1 a 3 mg/dia
12 TOPIRAMATO (off label) Indicação clássica: an4- epilép4co Indicações paralelas: transtorno do comer noturno, compulsão alimentar, efeito an4- maníaco em transtorno bipolar Dose: 25 a 200 mg Cuidados: miopia aguda e glaucoma de ângulo fechado; oligohidrose e hipertermia, nefrolirase Efeitos adversos: len4dão psico- motora, sonolência ou fadiga, parestesia, tontura, cálculos renais, disgeusia Perda de peso (9 a 13% dos pacientes) Mecanismo de ação: inibição da anidrase carbônica, alteração da transmissão GABAérgica
13 FENFERMINA + TOPIRAMATO Efeito sinérgico com menor toxicidade FORMA ER: 4tulação da dose inicial: 3.75/23 mg- aumentar a cada 14 dias melhor tolerada: 7.5/46 mg 4tular se não houver perda de 3% do peso em 12 semanas máxima: 15/92 mg Re4rada obrigatoriamente gradual (risco de convulsões)
14 SIBUTRAMINA 10 a 15 mg/d Contra- indicações: HAS grave, coronariopatas, antecedente de abuso de substâncias, uso de IMAO ou outros agentes centrais. Efeitos adversos: agitação, insônia, cefaléia, tontura, boca seca, náuseas/vômitos, taquicardia/palpitações, cons4pação. Cuidados: monitorização de PA. Ú4l em subpopulações de diabé4cos e dislipidêmicos.
15 BUPROPIONA (off label) inibidor da recaptação de noreprinefrina e dopamina Indicação clássica: an4depressivo, supressão do tabagismo Indicações paralelas: compulsão alimentar, reduzir ganho de peso ao suspender o tabagismo. Dose: 75 a 300mg/dia Contra- indicações: desordens convulsivas, na descon4nuação abrupta de álcool ou seda4vos. Efeitos adversos: agitação, insônia, cefaléia, tontura, boca seca, náuseas/vômitos, cons4pação e tremor. Perda de peso: 14 a 19% dos pacientes
16 BUPROPIONA + NALTREXONA Naltrexona: antagonista de recetor opioide potencializa a a4vação de neurônios POMC no núcleo arqueado Dose: 8/90 mg 2cp 2 x dia- (4tulação com aumentos semanais)
17 LORCASERINA Lorcaserina: agente serotoninérgico específico (receptor 2 c) Evitar associação com inibidores sele4vos da recaptação da serotonina (s. serotoninérgica) Dose 10 mg 2 x /dia
18 ORLISTATE Inibidor da lipase pancreá4ca que bloqueia absorção de 25 a 30% de gordura Dose: 120 mg 3 x dia Contra- indicações: doenças intes4nais crônicas. Efeitos adversos: spoxng oleoso, escape fecal, urgência fecal, incon4nência fecal. Cuidados: repor vitaminas lipossolúveis. Por não ter ação central, pode ser associado a qualquer uma das outras drogas
19 FARMACOTERAPIA PARA OBESIDADE Yumuk et al.: European Guidelines for Obesity Management in AdultsEur J Obes 2015 (8):
20 TEMPO DE USO PARA FARMACOTERAPIA PARA OBESIDADE Verificar eficácia e segurança mensalmente nos primeiros 3 meses, depois a cada 3 meses; Perdas menores de 5% em 3 meses = falha de tratamento e descon4nuação Sibutramina e Orlistate - podem ser man4dos pelo tempo em que sejam efe4vos e desde que não hajam efeitos colaterais. Noradrenérgicos- NIH - uso a curto prazo ( menos de 3 meses) ABESO- como não existem estudos de longa duração (> 1ano), não há evidência da segurança e eficácia a longo prazo
21 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA OBESIDADE: CONSIDERAÇOES IMPORTANTES Cardiopatas e hipertensão mal controlada: evitar simpatomimé4cos. Sugestões: lorcaserina e/ou orlistate Não associar catecolaminérgicos entre si ou com sibutramina (ABESO) Em pacientes com diabetes 4po 2 considerar uso de ADO que promovam perda de peso (isglt2 e análogos GLP1)
22 ANÁLOGOS DE GLP- 1 GLP1 agonistas: liraglu4de Dose: 3.0 mg SC- início de 0,6 mg com aumentos semanais Aprovado para obesidade: USA (novembro/2014) Europa (março/2015) Brasil (fevereiro 2016)
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24 CONCLUSÕES ü A obesidade é uma doença crônica associada a várias comorbidades importantes ü O risco de morbidade e mortalidade aumenta com sua gravidade: é essencial o controle de longo prazo. ü A alimentação saudável e a a4vidade Zsica precisam fazer parte de qualquer intervenção de perda de peso ü Manter a perda de peso é um desafio, em parte devido às alterações metabólicas no organismo ü A terapia farmacológica quando bem indicada cons4tui uma ferramenta importante no tratamento
25 Obrigada!
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