Tijolo a tijolo Filiais de Resende (RJ) e Ji-Paraná (RO) são inauguradas e ampliam atendimento a clientes. Gestão eficiente
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- Adelino da Mota Antas
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1 N o 44 ano 12 JUNHO 2011 Tijolo a tijolo Filiais de Resende (RJ) e Ji-Paraná (RO) são inauguradas e ampliam atendimento a clientes Gestão eficiente Portal de Treinamento é ferramenta importante na reciclagem e assimilação de conteúdos Caminhos tortuosos À beira de sediar dois importantes eventos esportivos e atravessando um período de desenvolvimento econômico, como o Brasil tem implementado o transporte rodoviário de cargas ao longo dos últimos 100 anos Entrevista: Lauro Megale Neto assume a presidência da Atlas e espera crescimento de 18% em 2011
2 Sumário Editorial Trabalho em equipe para a longevidade 4 Farol Lauro Megale Neto assume a presidência da Atlas e espera crescimento de 18% em Por dentro da Atlas Atlas investe R$ 14 milhões na ampliação e renovação da frota 8 Por dentro da Atlas Ji-Paraná (RO) e Resende (RJ) são as mais novas filiais da Atlas 10 Carga segura Investir em segurança é prioridade das empresas de transporte e logística 12 Logística é isso Brasil carece de profissionais especializados. Grandes centros sofrem com o apagão de mão de obra 14 Inovação Portal de Trienamento ajuda na reciclagem e assimilação de conteúdos 16 Capa Como o transporte rodoviário de cargas evoluiu ao longo dos últimos cem anos 20 Express 22 Capital humano Pesquisa de clima organizacional 23 Capital humano Avaliação de desempenho influencia resultados da empresa 24 Capital humano SIPAT 2011 mobiliza colaboradores 26 Vida saudável Previna-se contra o HPV 28 GPS Goiânia: belas paisagens no cerrado 31 Atitude cidadã Associação Atlética Atlas 32 Atitude cidadã LIMA e Hospital Geriátrico Afonsina Reis Megale 34 Atitude cidadã Soliedariedade às vítimas de enchentes 36 Atitude cidadã Doutores da Alegria 37 Homenagem 38 História viva 39 Retrovisor Atualmente, torna-se cada vez mais fundamental o planejamento do processo de transição envolvendo membros dos conselhos administrativos das empresas. Um dos principais motivos reside no fato de que, nem sempre, os sucessores possuem as mesmas habilidades e competências de quem ocupava o cargo, o que é muito natural, pois estamos falando de indivíduos com personalidades diferentes, formações e expectativas profissionais variadas. Muitos consultores defendem a tese de que o segredo para a longevidade dos negócios está em trabalhar, desde cedo, o espírito de equipe, o senso de coletividade, a gestão do conhecimento, tornando todos os membros do board verdadeiros mestres na arte de avaliar riscos, pensar sobre novas estratégias e viabilizar o cumprimento da missão e dos objetivos da empresa. Nesse quesito, não é de hoje que a Atlas tem desempenhado sua lição de casa com excelência, preocupada sempre com a profissionalização de seus gestores e diretores, universalizando o co- Em meu novo desafio como conselheiro consultivo, quero contribuir ainda mais para a evolução do grupo e cuidar dos interesses dos acionistas controladores. Manter a estratégia de crescimento e investir no capital humano, nosso maior patrimônio, continuará a ser o diferencial da Atlas para oferecermos soluções integradas de logística a nossos clientes. Por fim, quero agradecer a todos os funcionários e amigos que, durante todos esses anos, somaram esforços conosco, assegurando a continuidade da filosofia que pauta as ações da diretoria do grupo. Tenho certeza de que todos continuarão a colaborar com novas ideias e a somar esforços em um objetivo comum. Esse é o espírito de equipe que nos move. Muito obrigado a todos. Grande abraço e boa leitura, afinal, a edição 44 da Mundo Atlas está recheada de excelentes matérias! Expediente nhecimento, enfim, compartilhando informações indispensáveis para que todos caminhem juntos. A Revista Mundo Atlas é uma publicação da Atlas Transportes & Logística. Todas as matérias desta edição poderão ser reproduzidas, desde que o processo seja autorizado pela redação e concedidos os créditos. Conselho Editorial: Antonio Aurelio Megale Diretor Operacional, Celia Maria Biagiotti Diretora Financeira, Maria Afonsina Megale Rezende dos Santos Diretora de Desenvolvimento Organizacional, TI e Administrativa, Lauro Felipe Megale Diretor de Planejamento & Marketing Coordenação Geral: Lauro Felipe Megale Diretor de Planejamento & Marketing Coordenação Editorial: Trama Comunicação Diretora de Redação: Leila Gasparindo (MTb ) Editora-chefe: Helen Garcia (MTb ) Editor: Adriano Zanni (MTb ) Reportagens: Adriano Zanni, Danilo Sanches e Juliana Lanzuolo Fotos: Marcos Fernandes Revisão: Gisele C. Batista Rego Projeto Gráfico: Dande Propaganda Direção de Criação: Angela Nogueira Diagramação: Marina Furlan Produção Gráfica: Dande Propaganda Para enviar dúvidas, críticas ou sugestões, escreva para adriano@tramaweb.com.br Atlas Transportes & Logística Rua Soldado Hamilton Silva Costa, 58 Parque Novo Mundo São Paulo (SP) - CEP Telefone: (11) Home Page: Ao deixar a presidência da organização, após 20 anos no cargo, para assumir uma cadeira no Conselho de Administração, tenho a certeza de que Lauro Megale Neto saberá com maestria dar continuidade ao legado deixado pelo querido fundador desta empresa, Lauro Megale que, se estivesse vivo, completaria em 2011 cem anos de existência. Ex-presidente da Atlas Transportes & Logística e atual conselheiro consultivo 02 03
3 Farol Atlas tem novo presidente Lauro Megale Neto assume o cargo com o desafio de crescer 18% até o final de 2011 e assegura a continuidade da política de investimentos na frota, na infraestrutura dos terminais e, principalmente, na capacitação do quadro funcional Desde março, a Atlas Transportes & Logística tem novo comandante na presidência. Quem assume é Lauro Megale Neto, que passou por diversos setores da empresa com destaque para a Diretoria Operacional e, mais recentemente, a Diretoria Comercial, função que irá acumular com o cargo de presidente. Formado em Direito pelo Instituto Metodista Bennett, no Rio de Janeiro (RJ), Lauro Megale Neto tem pela frente o desafio de fechar 2011 com crescimento de 18%, projetando um faturamento de R$ 580 milhões. Após 20 anos na presidência, Francisco Martim Megale assume uma cadeira no Conselho de Administração com o cargo de conselheiro consultivo, tendo como objetivo garantir o crescimento do grupo e cuidar dos interesses dos acionistas controladores. 04 Em entrevista, Lauro Megale Neto trata do processo de ascensão ao cargo e dá perspectivas acerca do cenário de transportes e logística no Brasil para os próximos anos. Mundo Atlas O senhor assume a presidência de uma das dez maiores transportadoras de cargas fracionadas do País. O que isso representa em termos de carreira e de crescimento pessoal? Lauro Megale Neto Será um grande desafio; porém, sinto-me motivado e preparado para dar prosseguimento ao trabalho desenvolvido nos últimos 20 anos por meu antecessor Francisco Martim Megale. Durante toda minha carreira profissional à frente de outras diretorias e acumulando o cargo de vice-presidente, sempre trabalhamos muito alinhados nas decisões, colocando os objetivos da empresa sempre em primeiro plano. Mundo Atlas Quais os desafios que o senhor espera encontrar pelo caminho? Lauro Megale Neto Manter a estratégia de crescimento, investir na estrutura de nossos terminais, em veículos, segurança, tecnologia e, especialmente, no capital humano, nosso maior patrimônio: os 3,1 mil profissionais que colaboram conosco. Este será o diferencial para oferecermos soluções integradas de logística aos nossos clientes em todo território nacional. Mundo Atlas Sem dúvida, o cenário do transporte rodoviário de cargas no Brasil é um tanto quanto pulverizado, com diversas empresas prestando serviço. Como o senhor espera contribuir para que a Atlas continue a diferenciarse da concorrência nos próximos anos? Lauro Megale Neto Nosso foco será sempre priorizar a qualidade dos serviços. Isso no meu entendimento faz a diferença e é assim que a Atlas quer ser reconhecida, mantendo seu lugar de destaque e referência em seu segmento de atuação. Mundo Atlas Como o senhor analisa o futuro do setor de transporte de cargas no País? Em que aspectos o Brasil ainda precisa evoluir? Lauro Megale Neto Vejo os próximos anos de grande expansão econômica e o mercado muito favorável para o setor. No entanto, é fundamental a adoção de uma política de investimentos que melhore a infraestrutura necessária para o escoamento dos insumos e produtos acabados, tanto pelas rodovias, quanto pelos portos, aeroportos e ferrovias. O Brasil é um país de dimensões continentais; portanto, corremos sérios riscos de abastecimento, caso não sejam realizadas obras com a devida urgência. Mundo Atlas Como o senhor analisa a condição de nossa malha rodoviária atual? 36 Lauro Megale Neto A malha rodoviária é o principal sistema de transportes de carga e de passageiros do Brasil. Cerca de 30% estão muito danificados e parte das ligações interurbanas no País, mesmo em regiões de grande demanda, ainda acontecem por estradas de terra ou de pavimentação precária. Durante a época das chuvas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, nos deparamos com acessos totalmente esburacados, sendo comuns deslizamentos de terra, quedas de pontes, o que provoca, muitas vezes, prejuízos para o transporte de cargas, acidentes e mortes nas rodovias. Encontramos melhores condições nas concessões de iniciativa privada, onde existem pontos de descanso, geralmente pista dupla, socorro rápido e asfalto em bom estado de conservação. O problema reside nos altos custos dos pedágios. Acredito que o modelo adotado nas concessões federais, no qual não prevalece apenas o valor de outorga, seja mais adequado. O vencedor é o grupo que oferece a melhor composição de preços considerando o custo das obras, serviços e previsão de tráfego. Mundo Atlas Atualmente, a Divisão Logística da Atlas atravessa grande cenário de crescimento. Onde a empresa pode e deve chegar, nos próximos anos, quando o assunto é logística? Lauro Megale Neto No ano passado, a revista Exame publicou uma pesquisa realizada pela Deloitte analisando empresas com faturamento até R$ 200 milhões no segmento de transportes e logística, no período de 2007 a 2009, na qual a Atlas Logística figura em primeiro lugar. Este reconhecimento e premiação são fruto da expertise de nossos colaboradores em oferecer soluções personalizadas aos clientes, de forma estruturada e planejada. A demanda tem sido grande para as operações de Logística Integrada. Neste sentido, temos alguns planos em andamento para alavancar a divisão 05
4 Farol Especial Por dentro da Atlas que, atualmente, demanda um número expressivo de projetos. Nossa meta é dobrar nossa capacidade de atendimento nos próximos três anos. Mundo Atlas Como o senhor analisa os constantes investimentos na capacitação do quadro de colaboradores? Que mensagem o senhor deixaria aos funcionários neste momento em que assume o cargo de presidente da Atlas? Lauro Megale Neto O capital humano é nosso maior patrimônio, razão do sucesso da Atlas nos quase 60 anos de existência. Somos uma empresa de serviços; portanto, dependemos essencialmente da motivação e capacitação dos nossos funcionários. Por este motivo, damos o devido destaque ao tema dentro de nossa política de qualidade. Mundo Atlas Quais os próximos investimentos da empresa na frota, nas filiais e também em questões de segurança? O senhor pode nos adiantar alguns aspectos nesse sentido? Lauro Megale Neto Continuaremos investindo em frota de transferência e distribuição, tecnologia, segurança e treinamento, setores para onde somente este ano destinamos aproximadamente R$ 14 milhões. Já contamos com novas instalações nos terminais de Teresina/PI e Juiz de Fora/MG, e ainda temos previstas mudanças para João Pessoa/PB, Fortaleza/CE, Rio de Janeiro/RJ, Feira de Santana/FS, Porto Velho/ RO e Recife/PE a fim de adequar à necessidade atual em termos de movimentação de carga. Mundo Atlas Qual a previsão de faturamento para este ano? O que a empresa pode crescer ainda nos próximos cinco anos, até mesmo por conta de novas demandas que se abrirão em função de expansões que o País atravessa em diversos setores? Lauro Megale Neto Estamos trabalhando com uma projeção de crescimento de 18% para É uma previsão otimista, mas compatível com nosso histórico de faturamento e com as perspectivas da economia. Por esta razão, temos imprimido uma velocidade maior aos investimentos e um foco muito grande no nível de serviço, pois pretendemos dobrar nosso faturamento nos próximos quatro anos na divisão de transporte. Tenho consciência da imensa responsabilidade, mas recebo uma Atlas fortemente estruturada e uma equipe competente da qual, certamente, terei todo o suporte de que irei precisar. Aproveito para agradecer aos amigos, clientes e colaboradores pelas simpáticas manifestações de receptividade nesta minha nova etapa profissional. Agora é arregaçar as mangas e trabalhar. Mais segurança CCom um aporte de aproximadamente R$ 14 milhões, a Atlas anunciou em março a aquisição de 65 carretas, 19 veículos toco, 40 veículos leves, 1 veículo truck, 2 cavalos mecânicos e 3 veículos urbanos de carga. No total, serão 130 novos veículos, todos equipados com sistema de rastreamento, para viabilizar o crescimento de faturamento de 18% previsto para Os veículos são dotados de todo tipo de dispositivos de segurança como alarme sonoro, luminoso, sensor de abertura de porta do motorista, do carona, trava do baú, corte de combustível, dentre outros. São vários recursos monitorados em tempo real, 24 horas por dia, que garantem o atendimento das regras de gerenciamento de risco, afirma Lauro Megale Neto, presidente da Atlas. A frota total da companhia conta hoje com 1,8 mil veículos entre carretas, cavalos mecânicos, trucks, tocos, leves e urbanos. A capacidade de transporte de carga dos carros varia de mil a 25 mil quilos. O suficiente para cumprir com qualidade e segurança os mais de 2 milhões de entregas anuais, atendendo a cerca de 2 mil clientes em todo o País, ratifica Megale Neto. sobre quatro rodas Com investimentos de R$ 14 milhões destinados a renovar e ampliar a frota de 1,8 mil veículos, Atlas adquire carretas, caminhões de diferentes capacidades e equipamentos completos de rastreamento de carga
5 Por dentro da Atlas Por dentro da Atlas De tijolo e com novas em tijolo perspectivas NNa sequência de investimentos previstos para 2011, a Atlas inaugurou duas novas filiais nos estados de Rondônia e Rio de Janeiro, além de anunciar a ampliação de outras sedes. As ações, que integram um conjunto de inovações trazidas pela empresa e consumiram investimentos da ordem de R$ 17 milhões, objetivam aumentar a capacidade de processamento de cargas nas filiais, ampliar a frota de transferência e renovar a frota de coleta e entrega. Em Rondônia, no município de Ji-Paraná, está localizada a segunda unidade da Atlas no estado. A decisão de investimento por lá vem ao encontro da importância estratégica e do potencial de crescimento que a cidade apresenta. A unidade fluminense, situada em Resende, tem um papel de vital importância na composição Entram em operação duas novas filiais: Ji-Paraná (RO) e Resende (RJ). Outras praças recebem investimentos para ampliação das 54 filiais da Atlas no País. Em função do crescimento do número de indústrias e centros logísticos instalados naquela região, a presença no novo polo era fundamental, como explica Lauro Megale Neto, presidente da Atlas. A cidade de Resende tem se tornado um importante centro industrial e também concentrador de operadores logísticos. Estar presente no município é, sem dúvida, uma vantagem competitiva, afirma o executivo. O crescimento para este ano, segundo Megale Neto, será de 20% sobre o faturamento de 2010, que fechou em R$ 480 milhões. A expectativa segue as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que dão conta de uma alta de 4,5%. O crescimento sustentado do País terá impacto direto no nosso serviço, pois com o aumento da circulação de produtos negociados Brasil afora, teremos maior movimentação de mercadorias em nossas filiais, afirma. Em todo o País, a Atlas movimenta anualmente 820 mil toneladas. São mais de 2 milhões de entregas feitas por ano. Ampliação Os investimentos em infraestrutura não param por aí. A filial de João Pessoa (PB) também recebeu recursos para ampliação e deverá se mudar para um prédio maior até meados deste ano. Megale Neto afirma que o principal avanço trazido pelas implementações é a melhoria na qualidade do serviço prestado pela empresa. Com isso, podemos diminuir o tempo de entrega e prestar informações do status da mercadoria em tempo real. Tudo por meio do controle de notas fiscais eletrônicas, afirma o executivo. Recentemente, outras filiais receberam investimentos. As praças de Juiz de Fora e Uberlândia, em Minas Gerais, operam desde o começo do ano em novos terminais. A filial de São Luiz (MA) também está na agenda de ampliações para Ao longo de 60 anos de história, a Atlas angariou uma estrutura que permite estar presente em todos os estados da federação, atendendo diversos setores da economia. Ao todo, a empresa de capital 100% nacional possui uma área de armazéns próprios de 200 mil m² e área total de 370 mil m²
6 Carga segura Carga segura Roubos e acidentes somam prejuízos de dezenas de bilhões às empresas, além de colocar em risco a vida de funcionários. Atlas apresenta soluções inovadoras para redução do número de sinistros O 10 Segurança: um assunto bilionário Os dados mais recentes relativos à segurança nas estradas apontam para um montante de quase R$ 1 bilhão em prejuízos causados por roubo de cargas no País. As 13,5 mil ocorrências registradas em 2009 representam um aumento de cerca de 10% em relação ao ano anterior (2008), quando foram registradas 12,4 mil ocorrências e mais de R$ 800 milhões em prejuízos. O cenário, delineado no último levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), destaca a predominância das ocorrências na região Sudeste, com quase 82% dos casos. Entre 2008 e 2009, apenas os estados das regiões Sul e Sudeste tiveram aumentos no número de ocorrências. A solução para este problema passa necessariamente por uma ação que desmantele a cadeia de receptação dos produtos roubados, segundo Darcio Centoducato, diretor de Gerenciamento de Riscos da corretora de seguros Pamcary, especializada em transporte de cargas. Para atacar o problema do roubo de cargas em sua raiz, é preciso desestimular o mercado de receptação. Um dos projetos mais importantes neste sentido, que conta com o apoio governamental por intermédio do Ministério da Ciência e Tecnologia e das Secretarias de Fazenda Estaduais e da Receita Federal, é o Brasil ID, que consiste no uso da tecnologia de RFID (identificação por radiofrequência) inserida diretamente no produto no momento de sua fabricação, explica. Centoducato destaca ainda que dentre as inúmeras informações que poderão ser incluídas neste dispositivo está o destinatário legítimo da mercadoria. E o mais importante disso é que o consumidor final poderá verificar a procedência no ato da compra. O resultado esperado é que, na impossibilidade de obter lucro com o roubo de cargas, o ímpeto do crime organizado diminua, diz. Em segundo plano O executivo da Pamcary também chama atenção para outro dado alarmante relativo ao número de acidentes envolvendo caminhões de transporte de cargas. Segundo ele, apenas no ano de 2009, mais de 81 mil veículos envolveram-se em acidentes em rodovias federais. O custo médio por acidente gira em torno de R$ 500 mil, sendo que o volume total de ocorrência dessa natureza leva a óbito, em média, 8 mil pessoas anualmente. A atenção que se tem dado aos sinistros causados por roubos de cargas ainda supera a que se dá aos acidentes; entretanto, do ponto de vista econômico e social, os acidentes têm tido maior impacto na cadeia produtiva, acreditam os especialistas. Em 2005, a Pamcary divulgou um estudo sobre acidentes envolvendo caminhões no Brasil, trazendo à tona o tamanho dos custos dos acidentes envolvendo veículos de carga à sociedade. Até então, apenas o roubo ganhava a exclusiva atenção, mas, sem dúvida, isso reorientou a priorização de tratamento de riscos nas empresas, afirma. Segundo ele, a ação mais importante é feita pela alta direção da empresa, que é o estabelecimento de uma política que incentive e crie condições para a condução dos veículos de forma defensiva e segura. Um milhão em segurança Mantendo sua política com foco na melhoria das condições de segurança, a Atlas continua investindo pesado em medidas para reduzir a sinistralidade, seja por roubos, seja por acidentes. Somente neste ano, já foram destinados R$ 1 milhão para a aquisição de equipamentos e novas tecnologias, segundo Claudio Tamanaga, gerente Operacional de Filiais. Os investimentos foram divididos em três frentes. Uma delas é a capacitação de pessoas, que diz respeito à prevenção de acidentes, roubos e também ao estímulo da responsabilidade socioambiental por parte do motorista, o que inclui ações como o combate à exploração sexual infantil, por exemplo. Outro tópico incluído nos investimentos é a definição de regras e a aplicação de políticas. Neste ponto, o foco é definir os locais de paradas, que limitam distância e tempo percorridos pelos condutores, além de um controle da velocidade dos veículos, afirma Tamanaga. O terceiro ponto, que diz respeito ao investimento em tecnologias, conta com a instalação de grades alarmadas e protetores de estribo. Isto auxilia na proteção contra ações quando o veículo está em movimento, explica o gerente. No entanto, a melhor e mais eficiente forma de coibir a ação de criminosos é uma ação mais forte do poder público com relação ao apoio nas estradas e à desarticulação dos receptadores. O conjunto desses fatores é que produzirá resultados contundentes em todos os setores, conclui. 11
7 Logistica é isso Cresce Empresas dos mais variados ramos percebem cada vez mais o papel estratégico dos consultores e operadores logísticos no alinhamento de processos e condução dos níveis de lucratividade. Mas o gargalo ainda é grande e faltam profissionais A crescente procura por profissionais na área de logística no Brasil tem gerado uma carência de executivos no segmento. A migração de especializadas no serviço. trabalhadores de outras áreas para compensar a deficiência tem movimentado o cenário para os atuais gestores de supply chain. Entre as extremidades da cadeia produtiva existe uma série de ações necessárias para a adequação das empresas à acirrada realidade de mercado. A ascensão das classes menos favorecidas economicamente a patamares de consumo inexistentes até então no Brasil, o crescimento das economias dos países emergentes e a elevação do nível de exigência do próprio mercado apontam para uma demanda de serviços com qualidade cada vez mais diferenciada. Não basta mais pegar o material aqui e apenas entregar ao destino correto, explica Adalberto Panzan, presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog). O executivo destaca ainda que a terceirização das atividades compreendidas pela logística é mais vantajosa para as empresas produtoras, uma vez que elas passam a dedicar-se com mais demanda por profissionais especializados afinco a seu core business, delegando a operação física e os investimentos relacionados a empresas Há 11 anos atuando na área de logística e recém-contratado pela Atlas, Fábio Hashimoto conta que a terceirização e a crescente demanda fizeram que as empresas encarassem o setor de maneira diferente. Antigamente, as operações remetiam aos altos custos. Hoje em dia, os empresários percebem o setor sob o ponto de vista estratégico. Sem contar que, mediante um planejamento antecipado e graças à diversidade da concorrência, é possível cotar um orçamento viável e compensador para ambas as partes, reitera. Cabo de guerra Além da carência de profissionais, verifica-se também uma disputa entre as empresas pelos talentos já reconhecidos. Há oito anos, Arlete Zagonel Galperin é diretora da ZHZ Consultores, empresa da área de recursos humanos responsável pela análise do perfil de funcionários já recrutados, em fase final dos processos de seleção. Para Adalberto Panzan, presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog), o crescimento das classes menos favorecidas economicamente tem criado novas demandas no setor Logística é isso Ela afirma que mais do que a qualificação profissional por meio de graduação ou cursos na área, o que os fazem vetar um candidato para a vaga no Departamento de Logística de uma empresa são características de personalidade como inabilidade de trabalho em equipe, falta de flexibilidade, intolerância à pressão e incapacidade de administrar conflitos. A capacitação técnica é importante. Mas de nada adianta deter o conhecimento e não saber colocá-lo em prática, complementa Arlete. André de Almeida Prado, diretor da Divisão Logística da Atlas compartilha da opinião de Arlete e justifica a relevância da sinergia: A velocidade da informação e o apoio da tecnologia promovem uma maior complexidade nas atividades que só conseguem ser atendidas por equipes multidisciplinares. Praticamente todas as decisões contemporâneas envolvem uma capacidade decisória em duas ou mais dessas áreas: comercial, financeira, fiscal, qualidade, operacional, planejamento, tecnologia da informação, regulatória. Então, os resultados satisfatórios dependem do trabalho em grupo e, para tanto, necessitamos de profissionais com este perfil. Para Hashimoto, a experiência adquirida com a prática permite ao funcionário enxergar possíveis problemas operacionais. O profissional aprende a tomar decisões com rapidez, adquire flexibilidade para analisar custos e cumprir prazos a contento, tanto da empresa contratante como da que executa os serviços, conclui
8 Inovação Inovação Portal de Treinamento promove melhor gestão CCom o objetivo de aperfeiçoar o conhecimento técnico de seus colaboradores, a Atlas implementou, no dia 10 de março, o Portal de Treinamento em todas as filiais. A ação é resultado de um ano de trabalho conjunto entre a Direção de Desenvolvimento Organizacional e Tecnologia da Informação e a Gerência de Recursos Humanos da matriz, localizada em São Paulo (SP). 14 Implementado desde o início de março em nível nacional, trata-se de uma ferramenta eficaz na reciclagem e assimilação de conteúdos dos manuais de instrução elaborados pela Atlas Trata-se de uma importante ferramenta de apoio à gestão de treinamento e desenvolvimento sobre as diversas rotinas da empresa. O portal nos oferece a flexibilidade necessária para o autotreinamento, uma vez que permite a cada colaborador definir sua própria agenda, priorizando áreas e temas de interesse, explica Maria Afonsina Megale, diretora de Desenvolvimento Organizacional e TI. Uma vez conectado ao portal, não há tempo determinado para concluir o estudo dos manuais. O colaborador pode ordenar o assunto conforme sua necessidade, fazer o estudo, tirar dúvidas, enfim trabalhar em seu aperfeiçoamento. Para que o treinamento daquele MI seja considerado concluído, o colaborador deverá responder a um questionário. Não se trata de uma avaliação com menção numérica, mas sim de um autotreinamento que pretende nivelar o conhecimento dos colaboradores Maria Afonsina Megale Com o objetivo de fixar o conteúdo, a ferramenta é interativa e indica o erro, solicitando revisão na resposta. Caso ocorram três erros em uma mesma questão, o processo daquela instrução é zerado para novo treinamento. Não se trata de uma avaliação com menção numérica, mas sim de um autotreinamento que pretende nivelar o conhecimento dos colaboradores. Os gerentes serão informados sobre a assiduidade do funcionário, já que o Departamento de Recursos Humanos terá acesso à lista de presença, por exemplo, completa Afonsina. Principais características do Portal Roberto Pedroso, responsável pelo Departamento de Desenvolvimento de Sistemas, liderou o projeto sob o aspecto tecnológico, e ressalta a funcionalidade do portal na admissão de novos colaboradores. Ao entrar na empresa, o colaborador terá 90 dias para realizar o treinamento estudando os manuais que lhe competem de acordo com a função. Um pouco antes do período de experiência expirar, o superior direto do indivíduo receberá um , notificando se a pessoa visitou ou não o portal, e qual foi seu aproveitamento, detalha. No caso dos funcionários antigos de casa, o sistema será providencial na reciclagem dos manuais de instrução. À medida que sofrerem alterações, o gestor será comunicado e o colaborador terá de rever o material. Para Pedroso, a ferramenta automatizou e organizou a demanda de estudo. O material já constava da intranet, no entanto, o nível de assiduidade dos funcionários não era satisfatório. Desenhamos, portanto, um projeto que aperfeiçoa a gestão do conhecimento entre todos, reitera. Personalizado por cargo ou funcionário, conforme levantamento de dados realizado pelo Departamento de Recursos Humanos Abrange 100% dos manuais de instruções e seus respectivos guias de treinamento Acesso pela intranet. Assim, o funcionário organiza-se e agenda o treinamento conforme sua disponibilidade Contém questionário de fixação do assunto com correção automática, o que permite ao colaborador em treinamento retornar ao manual de instrução para tirar dúvidas e fixar o aprendizado Emite listas automáticas sobre a realização dos treinamentos. Para facilitar a gestão, o modelo da lista de presença agora elenca os funcionários e relaciona todos os treinamentos realizados 15
9 Especial Capa Caminhos tortuosos Um século depois do início da produção em larga escala dos automóveis no Brasil e das primeiras políticas de ampliação de estradas, o País ainda lida com a falta de infraestrutura adequada em relação à malha rodoviária, um desafio a ser vencido com medidas a serem tomadas em diversos setores DDuas guerras mundiais, uma mudança de capital federal e 200 mil quilômetros de estradas pavimentadas depois, o Brasil dos últimos 100 anos ainda é um país essencialmente rodoviário quanto ao transporte de cargas, com demandas por infraestrutura que crescem diariamente, à medida que avança a tecnologia. A história do desenvolvimento do transporte de cargas remonta ao período imperial, com a primeira ferrovia sendo inaugurada no País em As estradas, os carros, os caminhões e a possibilidade de uma maior autonomia e velocidade no deslocamento de materiais chegaram mais de meio século depois. Nas épocas chuvosas, as estradas do começo do século passado ficavam intransitáveis: uma justificativa para a vocação ferroviária do transporte de cargas nos idos de Mas o desenvolvimento das estradas nesta primeira década, sob o governo do marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, ainda esperava o boom que a segunda década daquele século traria, impulsionado pelo fim da Primeira Grande Guerra. Ao todo, em 1926, havia 707 quilômetros de estradas revestidas de pedras macadamizadas e começavam a surgir as primeiras rodovias brasileiras, principalmente na capital federal, à época, a cidade do Rio de Janeiro. E o tempo passou para o transporte de cargas no Brasil. Nas duas décadas que se seguiram, o País organizou-se em torno do que seria considerado um surto rodoviário: um grande avanço em torno da nova modalidade de transporte. Em 1937, é fundado o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), que ajudou a organizar os investimentos no setor. Há quem diga que a história foi pouco generosa com o futuro das rodovias no País e, ao passo que o progresso riscou o mapa continental do Brasil com estradas, rodovias e complexos viários, os investimentos em infraestrutura não acompanharam este crescimento. Antônio Luiz Leite, conselheiro da Associação Brasileira de Logística (Aslog), aponta um dado crítico do perfil atual da malha rodoviária, resultado de um planejamento assimétrico com as deman
10 Capa Capa das crescentes. Atualmente, temos menos de um terço das vias asfaltadas. Como um país rodoviário pode ficar assim? E entre aquelas que estão pavimentadas, quase 60% foram classificadas em uma pesquisa recente como péssimas ou ruins, afirma. retas no Brasil, mas quando chegava uma fábrica ao País, os empresários mandavam trazer do exterior alguns equipamentos como carretas e guinchos para ajudar na construção, relembra Leite. Raio X preocupante Em 1967, um levantamento feito pelo governo chegou a uma radiografia ainda precária do sistema O executivo da Aslog pontua também que o desen- rodoviário nacional. Eram 931,5 mil quilômetros de Leite diz que a responsabilidade do governo sobre o fornecimento de infraestrutura para o desenvolvimento rodoviário brasileiro foi negligenciada durante muitos anos, principalmente na década de Ele ainda aponta para a necessidade eminente de que a infraestrutura acompanhe a evolução da demanda por serviços logísticos. Quando se aumenta o volume, precisa-se de infraestrutura. Como o governo foi muito lento e levou anos para alavancar obras de infraestrutura, hoje corre atrás do prejuízo, dispara. Cinquenta anos em cinco A questão da pavimentação, por outro lado, só foi levada a sério pelo governo brasileiro a partir de meados da década de 1950, quando foram criados o Fundo volvimento da infraestrutura na segunda metade do século trouxe como consequência o aumento da demanda por serviços logísticos. A partir do momento em que começou a haver estradas um pouco melhores, as empresas puderam aumentar a carga dos caminhões, a velocidade do transporte e os produtos chegavam muito mais rápido ao consumidor. Este cenário, estimulou também o aumento da demanda por consumo. Se traçarmos um paralelo entre 1950 e hoje, nós também temos um gargalo logístico. Porque nós crescemos, temos de escoar a produção e não temos meio ainda. E toda vez que você implementa os recursos de logística para escoamento de carga, você acaba criando outros gargalos, completa. rodovias, sendo apenas 38 mil quilômetros pavimentados. A partir daí, o estado passou a reconhecer na prática a importância dos investimentos rodoviários e, no período de 1969 a 1973, durante o chamado milagre econômico, foram construídos cerca de 30 mil quilômetros de rodovias pavimentadas. Em meados da década de 1970, o País chegava a 1,3 milhão de quilômetros de rodovias, sendo 70,4 mil pavimentados. De acordo com Neuto Gonçalves dos Reis, coordenador técnico da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), o período em que mais se investiu em infraestrutura para os transportes foi a década de Modais devem crescer Atualmente, cerca de 65% das cargas transportadas no País passam pelas rodovias, apesar de o setor carecer de dados oficiais mais recentes. A frota nacional de caminhões é estimada em 1,85 milhão de unidades, segundo a Associação Brasileira de Transporte Logística e Cargas (ABTC). Nacional de Pavimentação e o Fundo Especial para Nós tivemos, na época áurea do investimento no E, hoje, as demandas de infraestrutura se somam Melhoria e Pavimentação de Rodovias. Antes disso, a setor, até 2% do Produto Interno Bruto (PIB) sendo às de segurança e mão de obra, segundo Antonio prioridade eram as estradas de pedregulhos. aplicados em transportes, que é um investimen- Leite, da Aslog. Temos um problema muito sério to razoável. Se fosse mantido, não teríamos estes de escassez de profissionais. Não temos moto- Uma explicação possível para a opção de reves- gargalos, afirma Reis. ristas. Somente no setor de logística pesada de timento é que a produção de petróleo no País transporte de cargas, temos uma falta de 120 mil usado no processo de pavimentação só passou Com a abertura política (final da década de 1980), motoristas, afirma. a ser destinada a este fim após Era o go- conta Reis, abriu-se também a guarda do escudo verno de Juscelino Kubitschek. E a proposta era que se formava em torno do desenvolvimento das Segundo ele, o grande problema que desmotiva crescer 50 anos em 5. Então, a criação de Brasília estradas. A partir da nova constituição, o custeio os profissionais é a falta de segurança nas estra- e a ocupação do oeste brasileiro trouxeram novos aumentou demais e não sobrou nada para investir. das, que não é compensada pelos bons salários. desafios para a infraestrutura rodoviária do País. E, então, houve anos com investimento de 0,2% E para o futuro, há um consenso: é preciso inves- ou 0,3%. Hoje, deve estar perto de 0,5%. Nos úl- tir e crescer rapidamente o que deve levar ao Antes de 1950, a maioria das estradas era cons- timos oito anos, melhorou muito, mas ainda está desenvolvimento de outros transportes modais truída com animais e o transporte de cargas era fei- muito longe do que já ocorreu no passado, avalia para acompanhar o novo posicionamento do Bra- to exclusivamente por ferrovias. Havia poucas car- o coordenador técnico. sil no cenário mundial
11 Express Express >>> Destaque na Abradilan A Atlas participou, em março, de um dos mais importantes eventos da indústria farmacêutica do País. Depois de seis anos em que teve como sede São Paulo e outras capitais do País, a Abradilan Farma & HPC, organizada pela Associação Brasileira dos Distribuidores dos Laboratórios Nacionais, desembarcou em Belo Horizonte (MG). O evento contou com mais de 150 expositores e movimentou R$ 200 milhões em negócios. Apostando no crescimento do setor farmacêutico para 2011, cujas vendas devem aumentar cerca de 10%, a Atlas montou estande temático, tipicamente no estilo mineiro, lançando mão da hospitalidade para fazer contato com atuais e futuros clientes da empresa. >>> Stock Car 2011: de olho no calendário A exemplo do que ocorreu no ano passado, a Atlas participará de algumas etapas do Campeonato Brasileiro de Stock Car, a mais importante categoria do automobilismo nacional. A empresa marcará presença em quatro provas do calendário: Autódromo Internacional do Velopark, em Nova Santa Rita (RS); Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá (RJ); Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP); e Circuito C.A.B., em Salvador (BA). Tivemos a oportunidade de receber proprietários e funcionários dos laboratórios, passando por seus representantes de vendas. O estande da Atlas foi um dos mais elogiados pelos visitantes em função da originalidade. Fomos a única transportadora com abrangência nacional a participar da feira, diz Cleantho Camargo e Silva, gerente comercial de Filiais, ressaltando que a Atlas é o principal embarcador de medicamentos e produtos correlacionados da região metropolitana de Belo Horizonte. >>> CeMAT South America Realizada entre 4 e 7 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, a primeira edição da CeMAT South America Feira Internacional de Movimentação de Materiais e Logística reuniu mais de 175 empresas, de 18 países, em uma área de 20 mil metros quadrados. >>> Novo site da ABTC A Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga (ABTC) disponibilizou seu novo site na internet. O portal traz diversas melhorias na navegação. O internauta poderá conferir programas de TV e rádio com os principais acontecimentos do setor de transporte, acompanhar as proposições que tramitam no Congresso Nacional, agenda de eventos e notícias atualizadas relacionadas ao segmento. Acesse: Circularam pelos corredores do evento 12,5 mil visitantes. A feira é considerada a maior em área de exposição, após a versão alemã. A Atlas foi um dos destaques da CeMAT South America, participando com palestrantes no Fórum Internacional de Intralogística e Supply Chain, voltado para COOs, VPs, diretores e gerentes de empresas com grande peso na economia nacional. Ficamos muito honrados com o convite. Sistematicamente, os principais eventos de supply chain e suprimentos têm nos convidado para apresentarmos temas inovadores para o mercado, que são aplicados em nossas operações diárias. O público era bastante qualificado e todos puderam tirar dúvidas acerca do conceito lean na prestação de serviços, avalia André Alarcon de Almeida Prado, diretor da Divisão Logística da Atlas
12 Capital humano Com a palavra, os colaboradores Pesquisa de Clima Organizacional é aplicada para verificar índices de satisfação e ajudar na proposição de melhorias Bate-papo Capital humano Eficiente Avaliação de desempenho, quando praticada de maneira adequada, influencia diretamente nos resultados da empresa, garantem especialistas Mais uma vez é chegado o momento de ouvir a opinião de mais de 3 mil colaboradores a respeito do convívio e da rotina de trabalho. A Pesquisa de Clima Organizacional, aplicada em fevereiro, terá seu resultado totalmente apurado e catalogado até o mês de maio. Paulo Rosa, gerente de Recursos Humanos, considera o questionário como uma das mais importantes ferramentas para gestão de pessoas e planejamento estratégico. A pesquisa nos auxilia a mensurar o nível de satisfação com relação aos aspectos do ambiente organizacional e a maneira como as pessoas interagem, além de nos servir como base para efetuar melhorias nos processos internos, completa. Fátima Motta, professora do Núcleo de Gestão de Pessoas da Pós-Graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo, complementa a visão do gerente de Recursos Humanos, afirmando que o clima de trabalho está diretamente ligado ao desempenho do funcionário e que, por isso, a pesquisa é fundamental para saber o nível de comprometimento e satisfação das pessoas. A pesquisa elaborada pelo departamento de Recursos Humanos da Atlas é composta de 47 perguntas que abordam aspectos relacionados a supervisão, liderança, sistemas de gestão, ambiente de trabalho, política de benefícios, segurança no trabalho etc. Para respondê-la, o funcionário tem sua identidade totalmente preservada. O sigilo é fundamental para que a pessoa se manifeste sem medo e sem o peso da hierarquia, valida Fátima. Depois de aplicado o questionário, a professora sugere que os resultados sejam expostos a toda equipe, e que seja feito um trabalho intenso com as lideranças para identificar os pontos a serem mais bem explorados. A premissa inicial de toda a empresa que aplica a pesquisa de clima é estar realmente disposta a mudar. É fundamental, nesse sentido, a estruturação de um comitê para definir e acompanhar o plano de ações que pode incluir, desde alteração de layouts, comunicação, fluxo de trabalho, até o organograma, encerra Fátima. Braço direito dos gestores para aferir competências, rendimento e motivação dos funcionários, a Avaliação de Desempenho foi realizada na matriz, em São Paulo (SP), e em todas as filiais durante o mês de fevereiro, juntamente com a Pesquisa de Clima Organizacional. Os resultados serão compilados e devem ser divulgados até maio. Reunimos o know-how de diversos profissionais para elaborar as questões que nos dão condições de avaliar dez competências e quatro características pessoais de nossos colaboradores: assiduidade, pontualidade, apresentação pessoal e zelo com o patrimônio, explica Paulo Rosa, gerente de Recursos Humanos. Em reunião privativa, gestor e funcionário abordam as questões uma a uma, contrapondo possíveis divergências de opinião ou concordando sobre os aspectos que já estão a contento da empresa e outros que podem ser melhorados. É um momento de transparência em que aparamos arestas, reconhecemos novas habilidades de nossos colaboradores e verificamos, dentre outras competências, autoconhecimento, capacidade de realização, domínio das funções, foco no resultado e capacidade de trabalho em equipe, complementa Paulo Rosa. Ariani Mol é psicóloga e psicodramatista e afirma que o grande trunfo da avaliação de desempenho é poder verificar se a performance e remuneração do colaborador estão adequadas à função ocupada. Segundo a sócia-proprietária da Gestão Humana Soluções em Recursos Humanos, em São Paulo, é comum as empresas remanejarem colaboradores ou investir em capacitação profissional após realizarem a avaliação. Para o funcionário, a ferramenta tem feedback positivo à medida que ele se sente parte do grupo e não somente um número para a corporação. Por outro lado, a avaliação agrega valor à empresa. Ouço frequentemente de meus clientes que o resultado chega a influenciar positivamente até no faturamento, ressalta Ariani. 22
13 Capital humano Capital humano Viver melhor é melhorar sempre SIPAT e II Semana da Saúde mesclam orientações de segurança no trabalho e ações que visam à qualidade de vida e ao bem-estar dos participantes Em vez do tradicional hino nacional e as bandeiras hasteadas, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat) deste ano foi aberta ao som de Epitáfio e É preciso saber viver, dos Titãs, e O que é, o que é?, de Gonzaguinha. Com o tema Viver melhor é melhorar sempre, o evento realizado na matriz da Atlas foi uma ação conjunta entre as áreas de Recursos Humanos, Segurança e Departamento Médico e aconteceu paralelamente à II Semana da Saúde, entre os dias 14 e 18 de fevereiro. O objetivo foi extrapolar as exigências legais com relação à Sipat e levar mais qualidade de vida aos nossos colaboradores. Viabilizamos, portanto, ações que desenvolvessem simultaneamente as questões relacionadas ao trabalho e à vida pessoal de modo a trazer mais disposição, satisfação aos funcionários e aproximá-los do conceito de bem-estar que desejamos, contextualiza Paulo Rosa, gerente de Recursos Humanos. Com relação aos aspectos que tangem a segurança no trabalho, Marcos Gonçalves da Silva, engenheiro do trabalho na Atlas, coordenou o simulado de emergência com os brigadistas para que os colaboradores soubessem como agir corretamente em caso de incêndio. O primeiro passo foi orientá-los exaustivamente por meio de um vídeo exibido no refeitório com um exercício de alerta. Então, no dia 17, soou o alarme de emergência, os elevadores foram desligados e todos sabiam que teriam de usar as escadas para acessar o ponto de encontro, estipulado anteriormente. Simulamos também o atendimento a uma vítima para treinar primeiros socorros, conta Gonçalves. Manuel Souza de Olegário, de 31 anos e funcionário da matriz há dez meses, sentiu-se honrado com o convite de participar como vítima do simulado. Foi uma interpretação que os brigadistas e eu levamos muito a sério, pois não estamos isentos a acidentes em nosso ambiente de trabalho. Este ato preventivo foi, portanto, de extrema importância para demonstrar como agir em um momento de aflição, ressalta Olegário. Entre a evacuação total do prédio, combate ao suposto incêndio e atendimento à vítima foram apenas 12 minutos. A sinergia e o comprometimento do pessoal foram muito positivas e a ação bemsucedida. Para o próximo simulado, contaremos com a parceria do Corpo de Bombeiros em uma condição ainda mais próxima do real, e o objetivo será avaliar o comportamento das pessoas em uma situação de pânico, adianta Gonçalves. Cuidados com a saúde Durante todos os dias, os colaboradores tinham diversos serviços à disposição, graças à parceria e ao patrocínio de empresas e profissionais da saúde que colaboraram gratuitamente com o evento. Realizamos, no total, 100 coletas de tipagem sanguínea, 227 testes de glicemia capilar para rastreamento de diabetes, 85 testes de HIV e 180 de acuidade visual, contabiliza Cláudia Gomes, médica do trabalho. Após passar pelo ambulatório e colher as amostras para os exames, os participantes ganharam um kit com itens para higiene oral, preservativos e um coração para uso fisioterápico. Cláudia também foi responsável por ministrar as palestras sobre higiene oral, que contou com 190 ouvintes. A Atlas recebeu a visita de profissionais da Anvisa, que trouxeram vários modelos de animais e insetos in vitro para orientar os colaboradores sobre ações preventivas contra dengue, leptospirose, hanseníase, entre outras doenças. Além de participar do simulado e receber orientações de saúde, os funcionários puderam relaxar com uma quick massage, mudar o visual com um novo corte de cabelo, além de conferirem dicas de beleza. Nossos parceiros somaram forças para que conseguíssemos levar mais informação e qualidade de vida a todos da matriz, ressalta Cláudia
14 Vida saudável Prevenção ao HPV Estudo realizado por revista científica norteamericana revela que, além de acometer as mulheres, o vírus também é motivo de preocupação para os homens A principal causa do câncer no colo do útero é a infecção pelo HPV, um vírus de alto risco. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre as mulheres, este é o segundo tumor mais frequente, atrás apenas do tumor de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. pode contrair nos lábios ou garganta por meio do sexo oral. Por isso, infelizmente, o uso do preservativo não é suficiente para evitar a doença. O ideal é que o casal faça todos os exames recomendados pelo médico de confiança periodicamente, explica Wagner Morandini, urologista e mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). mens, são realizadas a peniscopia e a genitoscopia, para averiguar também a área escrotal e pubiana. Esses exames detectam lesões planas, que não podem ser diagnosticadas no exame clínico. Usamos, portanto, o ácido acético, uma coloração que evidenciará pontos brancos na área, As mulheres podem ficar alerta para o problema quando notarem um corrimento, que pode ou não ser indicativo da doença. Mas o urologista ressalta que, principalmente no homem, o vírus não traz nenhum sintoma aparente, por isso a importância do acompanhamento médico periódico. Mas o HPV não deve ser uma preocupação apenas do universo feminino. Um estudo publicado na revista científica, The Lancet, analisou voluntários entre 18 e 70 anos, saudáveis e provenientes de três países: Brasil, México e Estados Unidos. O resultado surpreendeu os especialistas, pois 50% deles estavam infectados com o papilomavírus humano (HPV na sigla, em inglês), revelando uma prevalência muito maior do que a encontrada em estudos semelhantes com mulheres. Outro estudo realizado pelo Ministério da Saúde com homens e mulheres em seis capitais brasileiras, publicado em 2008, indicou a presença do HPV em 41% das pessoas analisadas que procuraram o atendimento em clínicas especializadas no atendimento a Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o HPV atinge mais de 685 mil pessoas no País. caso esteja contaminada, esclarece Morandini. Outro exame que pode ser feito, independentemente do sexo, é a captura híbrida, uma coleta das células das regiões afetadas, por meio da qual é possível detectar o DNA do vírus, mesmo quando ele está inativo no corpo humano. Vilão silencioso Existem cerca de 100 subtipos do vírus, e nem todos eles levam ao câncer no colo do útero ou no pênis. Alguns se manifestam por meio de lesões impossíveis Uma vez realizada a biópsia do local e detectado o problema, o tratamento pode ser feito por meio de drogas químicas que produzem uma espécie de esfoliação ou cauterização com bisturi elétrico ou a laser, que segundo Morandini, é mais indicada no caso de lesões únicas ou poucas, porém, bem visíveis. Mas quando há lesões planas, normalmente, elas são bem espalhadas. Então, o mais viável é tratar com droga química aplicada. Após esses procedimentos, aguardo alguns dias até O contágio se dá não apenas pela relação sexual, mas também pelo contato das partes íntimas durante as preliminares. Embora seja raro, também se Para diagnosticar a doença, no caso da mulher, não somente o Papanicolau e colposcopia são indicados, mas também a vulvoscopia. Nos ho- de serem detectadas a olho nu ou, como no caso do condiloma acuminado, por verrugas popularmente chamadas de crista de galo, afirma Morandini. cicatrizar e depois aplico drogas imunoestimuladoras, para ajudar no aumento da imunidade do paciente, detalha o urologista
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