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1 passoapasso Outubro Novembro 2013 Ano XIX Nº 148 De Norte a Revendas autorizadas vão Sul comercializar a cachaça artesanal de Salinas em todo o Brasil Vargem Grande se destaca como polo de lingerie no Vale do Rio Doce Empreendedores individuais mineiros se tornam microempresários ISSN

2 CARTA AO LEITOR Foco no mercado Uma ação pioneira vai levar a bebida para todas as capitais brasileiras. Uma oportunidade para que os apreciadores da boa cachaça conheçam a famosa aguardente da região de Salinas Uma das prioridades estratégicas do Sebrae Minas é fortalecer as micro e pequenas empresas mineiras nos encadeamentos produtivos, com capacitações de gestão e inovação e foco no mercado. Projetos como o de Capacitação de Fornecedores favorecem o acesso das MPE às oportunidades geradas por grandes investimentos propulsores em diversas regiões do Estado. A capacitação realizada em parceria com a Gerdau, uma das principais fornecedoras de aços longos especiais do mundo, vai além das fronteiras de Minas. O projeto já atende mais de 280 empresas no país, 76 delas em nosso Estado, nas plantas industriais de Divinópolis, Ouro Branco, Barão de Cocais, Três Marias e Florestal. Os resultados dessa ação e seus impactos na vida das micro e pequenas empresas são destaque nesta edição da Passo a Passo. Outra ação de acesso a mercados tem levado um produto típico mineiro para todo o Brasil e outros países o projeto Comercialização da Cachaça de Alambique de Salinas e região. Em 2001, o Sebrae Minas realizou um grande diagnóstico do setor. E, em 2005, com o crescimento da atividade no Norte de Minas, iniciou amplo projeto na região de Salinas, polo produtor de uma cachaça de qualidade, valorizada em todo o país e no exterior. O objetivo do Sebrae Minas é desenvolver um plano estratégico e ações mercadológicas que favoreçam a comercialização do produto, valorizando a Indicação Geográfica de Procedência da Cachaça da Região de Salinas, concedida, em 2012, pelo INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial. A partir de dezembro deste ano, uma ação pioneira vai levar a bebida para todas as capitais brasileiras e cidades com mais de 300 mil habitantes. Uma oportunidade para que os apreciadores da boa cachaça conheçam a famosa aguardente de cana-de-açúcar da região de Salinas. A proposta da iniciativa é instalar, em dois anos, de 80 a 100 revendas em capitais, metrópoles e cidades de menor porte com bom fluxo de turistas. Mais uma atividade produtora de Minas que se fortalece com o apoio do Sebrae. Boa leitura! LÁZARO LUIZ GONZAGA Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas 3

3 PASSO A PASSO Passo a Passo é uma publicação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas). Registro no Cartório Jero Oliva nº 931. Conselho Deliberativo do Sebrae Minas: BB, BDMG, CDL-BH, CEF, Cetec Ciemg, Faemg, Fapemig, Fecomércio-MG, Federaminas, Fiemg, Indi, Ocemg, Sebrae e Sede. Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas: Lázaro Luiz Gonzaga Superintendente: Afonso Maria Rocha Diretor Técnico: Luiz Márcio Haddad Pereira Santos Diretor de Operações: Fábio Veras Conselho editorial: Albertino Corrêa, Aline de Freitas, Andrea Avelar, Luciana Patrícia Rezende, Rodrigo Patrocínio Mazzei, Daniela Toccafondo, Danielle Fantini, Edelweiss Petrucelli, Gustavo Moratori, Jefferson Ney Amaral, José Márcio Martins, Karinne Mendes, Carlos Vieira Pinto, Denise Sapper, Március Marques Mendes, Paulo César Barroso Veríssimo, Regina Vieira, Alex Pena e Daniele Brito. Gerente de Comunicação: Teresa Goulart Jornalista responsável: Andrea Avelar MTb 06017/MG Produção editorial: Rede Comunicação de Resultado Edição: Jeane Mesquita e Licia Linhares Reportagem: Aline Luz, Beatriz Debien, Brígida Alvim, Éricka Dias, Hellem Malta, João Luís Chagas, Juliana Soares, Lucas Ávila, Tarsis Murad e Viviane Miranda Revisão: Liza Ayub Designer e diagramação: Clayton Pedrosa Fotografia: Agência i7, Fernanda Nassen, Haroldo Kennedy, Mauro Marques e Robert Owen Foto capa: Pedro Vilela/Agência i7 Ilustrações: Cláudio Duarte e Hélvio Avelar Projeto gráfico: Brava Design Impressão: EGL Editores Gráficos Periodicidade: bimestral Tiragem: 15 mil exemplares Redação: passoapasso@sebraemg.com.br Av. Barão Homem de Melo, 329 Nova Granada Belo Horizonte Minas Gerais CEP: Prêmio Aberje Vencedor nacional Categoria mídia impressa Pág. 6 MODA ÍNTIMA Vargem Grande se destaca como polo de produção de lingerie no Vale do Rio Doce Pág. 12 EMPREENDEDORISMO Empreendedores individuais expandem negócios e se tornam microempresas Pág. 18 CROWDFUNDING Mineiros utilizam plataformas on-line de financiamento coletivo para viabilizar projetos Pág. 22 COMUNICAÇÃO Profissionais de publicidade e propaganda profissionalizam o setor em Uberlândia Pág. 27 EDUCAÇÃO Herdeiros preparados na ETFG se empenham para assumir o comando das empresas familiares Pág. 32 MERCADO Donos de sorveterias,em Montes Claros, aprimoram a gestão dos negócios Pág. 38 ARTIGO Como inovar e tornar-se empreendedor no século XXI, por Anderson Rossi Pág. 40 CAPACITAÇÃO MPE melhoram os indicadores de gestão após Programa de Desenvolvimento de Fornecedores da Gerdau Pág. 46 CAPA Produtores artesanais da Cachaça de Salinas apostam nas revendas autorizadas para comercializar a bebida em todo o Brasil sumário Pág. 54 ENTREVISTA Afonso Cozzi, mestre em Administração e professor da FDC, fala sobre a importância do conhecimento na hora de empreender Pág. 59 LITERATURA 8º Festival Internacional de Quadrinhos sediará a primeira Rodada de Negócios entre quadrinistas e editoras Pág. 62 NOTAS Pág. 66 REVITALIZAÇÃO Projeto Caminhos pretende transformar a avenida Silva Lobo, na capital, em um grande centro comercial a céu aberto Pág. 69 DESIGN Designer Edson Xavier se destaca no mercado de joalheria e desenha peças para a Swarovski Pág. 72 AFROEMPREENDEDORISMO Pesquisa revela que o número de empreendedores afrodescendentes cresce no país Pág. 76 CONSULTORIA Aprenda como escolher uma boa franquia e conheça o segredo para vender bem Pág. 80 É BOM SABER Garantia dos Vales impulsiona negócios no Estado. Projetos tecnológicos podem receber investimentos de até R$ 400 mil Errata: Na edição 147, as fotos publicadas nas páginas 50 e 52 foram identificadas incorretamente. Os nomes corretos são: Enilson de Souza, presidente da Coopergac, na pág. 50, e Ênio Trindade, diretor da Coopergac (à esq.), e Antônio Carlos Cruz, vice-presidente da Coopergac (à dir.), na pág

4 Fotos: Bernardo Salce/Agência i7 MODA ÍNTIMA Novo polo da lingerie Entre montanhas e pedras imponentes, o pequeno distrito de Vargem Grande se destaca pela produção de peças íntimas Moradora de Vargem Grande, pequeno distrito de São João do Manteninha, no Vale do Rio Doce, Ilza Maria de Mendonça aprendeu a costurar em casa, aos 13 anos de idade, com uma senhora que ajudava sua mãe nas tarefas domésticas. Começou bordando conjuntos de mesa e de cama, depois passou a fazer também vestidos para crianças. Sempre caprichosa, ela foi aprimorando o dom e, quando se casou com Gentil Pereira de Mendonça, em 1972, já era costureira de mão cheia. Com as vendas das peças no distrito e na capital mineira, onde vivia uma de suas irmãs, Ilza Mendonça complementava a renda do armazém do marido e ajudava nas despesas de casa, mas sentiu que precisava ampliar a variedade de produtos. Em uma das ocasiões em que foi a Belo Horizonte comprar materiais, ela conseguiu moldes de roupas e de calcinhas e achou, nesse último item de vestuário, as melhores possibilidades de ganho. Fiz os cálculos e descobri que as peças íntimas demandavam pouco tempo e investimento. Em apenas um dia, eu podia produzir 60 calcinhas, enquanto uma colcha de cama ou um jogo de cozinha me exigiam o triplo, relembra. Outra surpresa foi que o produto teve muita aceitação em Vargem Grande. A primeira remessa consegui vender em um instante e tive que providenciar logo mais tecido. As peças íntimas deman davam pouco tempo e investimento. Em ape nas um dia, eu podia produzir 60 calcinhas, enquanto uma colcha de cama ou um jogo de cozinha me exigiam o triplo Ilza Mendonça, proprietária da Meury Kiss Com o sucesso das vendas, a costureira percebeu na produção de calcinhas um nicho de mercado e investiu na compra de máquina de costura elétrica e overlock, grandes novidades na época, que atraíram a população local. Logo a freguesia foi aumentando e, em 1985, ela fundou a Meury Kiss, primeira confecção do distrito, que hoje conta com 60 funcionários e produz cerca de 60 mil peças íntimas por mês, entre calcinhas, cintas, modeladores, sutiãs e cuecas. O marido passou o armazém para o filho e preferiu dedicar-se à administração da fábrica junto com a esposa. Irmãos, cunhados, filhos, genros e colaboradores da empresa também seguiram o mesmo caminho, aprendendo o ofício e abrindo suas próprias confecções. Foi assim que começou a história da produção de lingeries em São João de Manteninha, município que hoje possui 38 confecções do segmento, estando a maior parte delas, 30, no distrito de Vargem Grande. Juntas, elas formam o Polo de Lingerie de Vargem Grande e são capazes de produzir 500 mil peças e gerar uma renda de R$ 2 milhões a cada mês. O setor representa 90% das empresas e emprega metade da população local habitantes. FORMAÇÃO DO POLO I O crescimento econômico da moda íntima em Vargem Grande 6 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

5 começou, em 2005, com as primeiras ações do Sebrae Minas junto aos empresários das confecções. Na época, 14 fábricas operavam de portas fechadas, sem processos produtivos eficientes e com foco nas vendas via representantes. A Regional Vale do Rio Doce do Sebrae Minas passou a prestar suporte em áreas como cooperação, eficiência produtiva, capacitação financeira e gerencial, melhoria de layout de produção e organização de visitas a feiras especializadas. O diagnóstico feito na etapa inicial mostrou que o temor de que o lucro não superasse os custos de uma loja impedia os empresários de darem esse passo. As confecções já eram empresas organizadas e cumpriam as leis, mas continuavam escondidas em fundos de quintal. Mostramos que era preciso abrir as portas para exibir produtos e receber clientes. Para prepará-los, oferecemos capacitações, desde gestão de negócios até atendimento ao cliente, e o processo de abertura de lojas foi iniciado, lembra Marcelo Gonçalves, analista do Sebrae Minas. A resposta ao investimento foi rápida e serviu para alavancar mais as vendas. Hoje em dia, os produtores possuem pronta-entrega, e o número de estabelecimentos em Vargem Grande chega a exceder o de fábricas, já que cinco delas estão instaladas na cidade de São João de Manteninha, estabelecidas na área em que circula um maior número de clientes. Em 2010, já com 23 fábricas de lingerie registradas no distrito e quase todas com lojas próprias, foi iniciado o projeto Confecção de Lingerie de São João do Manteninha e região, guiado pela metodologia Gestão Estratégica Orientada para Resultados. Para reduzir os efeitos da falta de mão de obra, uma das principais queixas dos empresários, optamos em trabalhar essa deficiência realizando capacitação e consultorias de produção e processos nas fábricas. Implementamos o Programa de Alavancagem Tecnológica (PAT) em duas etapas, com 200 horas de capacitação e consultorias, em que os empreendedores aprenderam a montar suas As confecções já eram empresas organizadas e cumpriam as leis, mas continuavam escondidas em fun dos de quintal. Mostramos que era preciso abrir as portas para exibir produtos e receber clientes Marcelo Gonçalves, analista do Sebrae Minas células de produção. Muitos deles chegaram a aumentar sua produtividade em 45% com a mesma quantidade de funcionários, detalha Marcelo Gonçalves. Para orientar o crescimento, a próxima etapa foi a realização de 100 horas de consultoria de gestão e layout por empresa, para implantação de um rigoroso controle de fabricação. O modelo influenciou algumas empresas a adotarem o pagamento por produção, o que gerou aumento da produtividade e melhorou os salários dos funcionários, que passaram a ganhar gratificações ao atingirem as metas estipuladas. DE PORTAS ABERTAS I Na fábrica de Ilza Mendonça, as vendas em loja já representam 50% do montante total e apresentam vantagens em custo-benefício e aumento na lucratividade. Com o aumento progressivo no número de clientes e de vendas, pela segunda vez, a empresária decidiu ampliar sua loja, que passou de seis metros quadrados iniciais para 24 m² e, no fim deste ano, com o término da obra em execução, passará a ter aproximadamente 200 m². Aproveitando o legado iniciado pela mãe, Elisângela, filha de Ilza, criou com o marido, Emerson da Silva Xavier, a Love Life O empresário Emerson Xavier e a esposa Elisângela, donos da Love Life, contabilizam uma produção diária de 12 mil peças Indústria e Comércio Ltda, que atualmente é a maior do município. A empresa foi a primeira a abrir loja no distrito e, hoje, já possui uma filial, instalada em um shopping (voltado para o atacado) de Colatina, no Espírito Santo. Recentemente, o casal transferiu a loja-matriz da fachada da fábrica para um edifício construído ao lado, com 200 m². Juntos, os dois estabelecimentos são responsáveis por 35% das vendas. O cenário é de evolução contínua, e o clima, de otimismo. Por dia, produzimos entre 11 e 12 mil peças. Em agosto deste ano, contabilizamos 277 mil produtos e um faturamento de R$ 715 mil, revela Emerson Xavier, que deixou a carreira militar para assumir a direção do negócio, quando percebeu que a fabricação de lingeries indicava um futuro promissor para sua família. Outro empresário também seduzido pelo setor foi Amarildo Francisco Siqueira, que apoiou sua esposa Valéria (irmã de Ilza) na abertura da segunda confecção de Vargem Grande, a World Star, em Atualmente, o casal comanda 25 funcionários, que produzem 25 mil peças ao mês, e recebe seus clientes em uma loja de 100 m² com decoração luxuosa. O apoio do Sebrae Minas tem sido muito importante, por nos estimular a abrir a mente. Com as capacitações e consultorias constantes, além de incentivo à participações em feiras e eventos de moda em outras cidades e estados, conseguimos visualizar a necessidade de mudança e acompanhar as novas tendências do mercado, avalia o empreendedor. CAMPO FÉRTIL I O cenário econômico favorável rendeu a São João do Manteninha o 8 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

6 status de polo de confecção de lingeries e colocou o município na rota dos representantes, sacoleiros, lojistas e consumidores finais de vestuário. A região recebe diariamente centenas de clientes, vindos de diversas regiões de Minas Gerais, além da Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Os fornecedores de matéria-prima também vão diretamente às fábricas, diferentemente do início, em que os produtores tinham que se deslocar para conseguir os insumos. O negócio mudou a realidade do local e passou a oferecer boas alternativas aos jovens, como recorda Ilza Mendonça. O distrito era muito menor, havia poucas casas e moradores. A agricultura e a olaria, atividades predominantes na região, não ofereciam ocupação para todos, então a maioria dos jovens saía em busca de trabalho na capital, outros estados e países. Hoje, o movimento é contrário. Quem está aqui não sai mais, por conseguir estudo e trabalho. E muitos dos que tinham migrado voltaram para trabalhar ou abrir negócios relacionados às lingeries, compara. Foi nesse contexto que Andréia Alves de Oliveira e sua cunhada Márcia Aparecida da Silva decidiram fundar a confecção de peças íntimas New Star, há sete anos. Tanto o ofício da confecção quanto as principais estratégias para gerenciar um negócio as sócias aprenderam com seus antigos patrões. Por nove anos, Andréia Oliveira trabalhou na Love Life e Márcia Silva atuou na Meury Kiss. Em março de 2006, elas resolveram fabricar as peças por conta própria, mas, como ainda não tinham capital de giro para manter o negócio, permaneceram em seus empregos até o fim do ano, fazendo os produtos no período da noite. Os pais de Andréia Oliveira cederam a parte dianteira do lote de sua residência, que foi adaptada para abrigar a fábrica e, mais tarde, a loja da New Star. Além da família, nossos patrões foram grandes incentivadores para a abertura da empresa. Eles nos deram alguns moldes, orientações e sugestões. Até hoje, eles demonstram muito carinho e sempre nos apoiam, conta Andréia Oliveira. Com decoração luxuosa, Amarildo Siqueira abriu a WorldStar, segunda confecção de Vargem Grande, em 1992 Por indicação dos pioneiros, as empresárias entraram para o projeto do Sebrae Minas, em 2011, e receberam a ajuda necessária para abrir a loja. Fomos capacitadas para atender bem os clientes e saber lidar com os funcionários. Agora, teremos o curso de modelagem, e nossa expectativa de aprendizado é grande, estima Márcia Santos. CONCORRÊNCIA AMIGÁVEL I As opções de lojas de pronta-entrega em Vargem Grande são muitas e próximas umas das outras, mas cada qual com sua identidade e seus produtos com características específicas. Os empresários se conhecem, trocam conhecimento e indicações de matérias-primas. Dessa forma, a concorrência ocorre de forma harmônica e colaborativa. Para nutrir a relação de parceria e união entre os empresários, no segundo ano do projeto, o Sebrae Minas contratou 100 horas de consultoria, divididas em cinco meses de trabalho, para fortalecer o associativismo e o cooperativismo no grupo, o que resultou na criação da Associação dos Empreendedores de Confecções, Indústrias e Comércios de São João do Manteninha e Região (Assecon). A entidade é presidida por Emerson Xavier, que se reúne mensalmente com os colegas empresários para discutir os assuntos de interesse da coletividade. De acordo com ele, a maior dificuldade tem sido a falta de mão de obra, problema que se agrava no final do ano, com o aumento da demanda de produção. Para suprir o gargalo e não deixarmos de atender os clientes, temos buscado recursos para capacitar novos profissionais, relata. Outro ponto trabalhado pela Assecon junto à prefeitura e aos órgãos locais é a melhoria da infraestrutura do polo. Como resultado do crescimento das confecções, hoje o distrito conta com dois restaurantes, um posto de gasolina, uma cooperativa de crédito, uma linha de ônibus e táxi. As reivindicações atuais incluem a aplicação de asfalto na via de 6 km que leva à entrada do distrito, a instalação de telefonia celular com qualidade, a ampliação das instalações elétricas para melhorar a qualidade da energia e a construção de um hotel. O Sebrae Minas também se esforça para contribuir com a autonomia e a sustentabilidade da Associação. Estamos finalizando um diagnóstico para elaborarmos um plano de ação para aproveitamento de resíduos das fábricas, como recortes de tecidos, linha, papel, plástico e carretel. Para 2014, já estamos planejando a realização da primeira feira de lingerie de São João do Manteninha e região, antecipa Marcelo Gonçalves. Além da famí lia, nossos patrões foram grandes incentiva dores para a abertura da empresa. Eles nos de ram alguns moldes, orientações e sugestões Andréia Oliveira, proprietária da New Star (à esq.), ao lado da sócia, Márcia Silva (à dir.) 10 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

7 EMPREENDEDORISMO Fotos: Pedro Vilela/Agência i7 Liliane Marques criou a revista Mercado e já se prepara para mudar de Micro Empreendedor Individual para Micro Empresa Negócio em evolução Empreendedores individuais mineiros mostram perspectivas e desafios de se tornar um microempresário A relações públicas Liliane Marques tem apostado todas as fichas em seu novo negócio. Afastada de Santa Luzia por muitos anos, ela voltou a morar em sua cidade natal no ano passado e logo percebeu a mudança e o desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foi aí que pôs em prática uma ideia antiga: criar uma revista voltada para o comércio do Vetor Norte da capital mineira, que corresponde às cidades de Confins, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Santa Luzia, São José da Lapa, Ribeirão das Neves e Vespasiano. A Mercado, de circulação bimestral, por enquanto, só é encontrada em Santa Luzia, mas caminha para sua terceira edição e tem tiragem de exemplares. Pretendo ampliar o negócio aos poucos. Já fiz uma pesquisa de mercado, apliquei questionários, e o número de anunciantes tem aumentado, anima-se. Por ora, Liliane Marques só tem um funcionário contratado e um faturamento que ultrapassa os R$ 50 mil anuais, mas pretende criar uma redação profissional já no ano que vem para dar conta da demanda crescente. Há quase um ano fiz cursos de capacitação no Sebrae Minas para tirar a empresa do rascunho e entender como é o funcionamento real de um negócio, diz. Crescimento parecido é o da cabeleireira Lúcia Santos, que montou seu salão, há 10 anos, na cidade de Barbacena, no Campo das Vertentes. Para o empreendimento, economizou, frequentou cursos e participou de feiras de pequenos comerciantes na região. Esses investimentos resultaram no faturamento anual médio de R$ 50 mil. Com o aumento do número de clientes uma média de 10 por dia, ela percebeu que o espaço era pequeno e planeja abrir uma filial em outro bairro da cidade. Paralelamente às atividades corriqueiras do salão de beleza, Lúcia Santos viu nos cabelos cortados uma outra fonte promissora. Faço perucas, e o mercado local tem muita demanda para pouca oferta. Quero importar cabelos da China e Índia para aumentar minha produção e meu orçamento. Todo investimento tem um risco, mas pretendo seguir com meus sonhos, revela. Faço perucas, e o mercado local tem muita demanda para pouca oferta. Quero importar cabelos da China e Índia para aumentar mi nha produção e meu orçamento Lúcia Santos, proprietária do salão Lúcia Cabeleireira Mas o que Liliane Marques e Lúcia Santos têm em comum? Elas são Micro Empreendedores Individuais (MEI), modalidade criada em 2008 para que pessoas que trabalham por conta própria possam legalizar suas atividades. Para se manter nessa categoria, a empresa deve faturar, no máximo, até R$ 60 mil por ano. Entre as vantagens, está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), possibilidade de abertura de conta bancária, pedido de empréstimos bancários e emissão de notas fiscais. O MEI está enquadrado na cobrança do Simples Nacional e é isento de pagamento dos tributos federais. O empresário paga apenas um valor fixo mensal de R$ 33,90 (INSS), acrescido de R$ 5 (para os que são prestadores de serviço) ou R$ 1 (para quem atua no ramo de comércio e indústria). 12 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

8 Procuro manter a qualidade do produto, ter persistência e buscar novas re ceitas para fazer com que meu negócio tenha um diferencial Grace Kelly Lisboa, dona do Atelier du Chocolat Pelo faturamento anual tanto da revista quanto do salão de beleza, as duas empresárias estão no limite de deixar o MEI. Liliane Marques vai começar a transição ainda neste ano. Já Lúcia Santos deixará para Se é para crescer, temos que ser corajosos e arriscar. Mas sempre com o pé no chão, afirma, convicta, a proprietária do salão de beleza. DE REPENTE, MICROEMPRESÁRIO I Segundo o consultor do Sebrae Minas, Sebastião Moreira, os Micro Empreendedores Individuais que ultrapassam o faturamento máximo de R$ 60 mil previstos não têm escolha: serão realocados para a categoria de Micro Empresa (ME). Eles são transferidos automaticamente para microempresas, no entanto é preciso formalizar essa transição junto à Receita Federal do Brasil, via internet, explica. Nela, o empreendimento pode ter receita bruta anual de até R$ 360 mil e contratação de quantos funcionários for necessário, e manter-se no Simples Nacional. Os impostos variam segundo as atividades comerciais, cujo valor percentual é de 4% para receita de até R$ 15 mil por mês; industriais, de 4,5%; e de serviços, de 6% para o mesmo limite. Há outras diferenciações em caso de construção civil, que começa com alíquota de 4,5%, mas parte da previdência não está incluída na tabela. Todos esses valores são proporcionais à receita. Depois dos R$ 15 mil, a alíquota progride, ensina. Quem ampliou seus negócios diz que, apesar do aumento dos tributos e dos riscos, vale a pena investir quando há uma boa gestão de recursos. A empresária Grace Kelly Viol Lisboa, do Atelier du Chocolat, uma chocolateria especializada em doces finos para festas e eventos, também em Barbacena, trabalha no ramo há 17 anos. Quando começou, com bolos fornecidos para o comércio local, tinha uma média de 10 clientes. Hoje, contabiliza mais de 70, com 15 mil doces vendidos por mês. O aumento da demanda fez com que eu deixasse de ser uma MEI e me tornasse uma ME, atualmente com cinco funcionários, relata. Esse crescimento só foi possível por meio dos cursos e orientações do Sebrae Minas. Como a instituição tem muita experiência em negócios, fui orientada a observar pontos de equilíbrio na empresa que eu nem percebia, lembra. A chocolateria tem dado tão certo que Grace Kelly vai transferir o estabelecimento, em breve, para uma loja em um shopping da cidade, com uma cafeteria, de modo a atender melhor quem busca seus quitutes. Procuro manter a qualidade do produto, ter persistência e buscar novas receitas para fazer com que meu negócio tenha um diferencial. Neste ano, os doces feitos pela empreendedora ultrapassaram o limite do município e fizeram sucesso em um dos restaurantes mais badalados do tradicional Festival de Cultura e Gastronomia, em Tiradentes. Apesar de concorrer diretamente com microempreendedores e pessoas que trabalham de maneira informal, ela diz que preferiu seguir um caminho mais abrangente, apesar do aumento das despesas. O MEI é interessante para quem trabalha sozinho. No meu caso, dependo muito de mão de obra extra, pontua. A empresária Daniele Fernandes, de Belo Horizonte, também comemora o crescimento de seus negócios. Estudante de Direito, ela começou a atuar no setor de construção civil, na prestação de serviços de reformas e acabamentos. Trabalhava em outra empresa, mas, com o tempo, considerei montar o meu próprio negócio para melhorar a situação financeira, relembra. De olho no que estava em alta no mercado, a empresária participou de diferentes cursos, consultou o Sebrae Minas e decidiu iniciar como MEI no ramo de construção civil, abrindo a Construtora Metrópole em Abordei um empreiteiro e consegui o serviço de reforma de uma igreja. Comecei com apenas um cliente, um pintor e, quando passei a prestar serviços para condomínios, fui abrindo meus caminhos profissionais, conta. Após um ano, a Construtora Metrópole atingiu o limite da MEI e se tornou uma ME. Hoje, o faturamento anual já atinge a casa dos R$ 300 mil, e a empresa tem cinco funcionários. A possibilidade de prestar serviços para grandes construtoras faz com que eu planeje transferir o empreendimento de ME para Empresa de Pequeno Porte, com faturamento anual maior, afirma Daniele Fernandes, que tem a consciência de que mais renda implica mais impostos. Se quero ser uma grande empresária e tornar o meu negócio referência em acabamento e reforma, o caminho é esse. A possibilidade de prestar serviços para grandes construtoras faz com que eu plane je transferir o empreendimento de ME para Empresa de Pequeno Porte Daniele Fernandes, da Construtora Metrópole 14 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

9 Pontos de atenção A boa situação de uma empresa deve ser comemorada, mas é preciso cautela e cuidado para não ultrapassar os limites de faturamento estabelecidos por lei. Caso isso ocorra, é necessário fazer uma transição imediata do negócio para outra categoria. Se um MEI ultrapassou o limite de R$ 60 mil anuais, precisa ter atenção. Isso porque existe uma margem de 20% que pode torná-lo uma ME de imediato ou no próximo ano. Se o faturamento ultrapassou o valor limite, mas não foi maior que os R$ 72 mil previstos na margem, ele passa a ser considerado uma ME e, a partir daí, começa a pagar os impostos que variam de 4% a 17,42%, dependendo da atividade e do montante. O valor do excesso é acrescentado ao faturamento do mês de janeiro do ano seguinte. No entanto, se um MEI ultrapassou os R$ 72 mil de limite no próprio exercício de sua constituição, o recolhimento de impostos sobre o faturamento ocorre no mesmo ano, com acréscimos de juros e atualização monetária. Se o empresário percebe que seu faturamento vai ultrapassar esse montante, a transição deve ser imediata, alerta Sebastião Moreira. A multa incide sobre 20% do valor dos impostos devidos se o MEI não alterar espontaneamente o regime jurídico da empresa, ou seja, passando de MEI para ME. É importante alertar para a proporcionalidade da receita no ano da constituição como MEI. A receita de R$ 60 mil anual é proporcional no primeiro exercício. O MEI constituído até 31 de janeiro do ano civil tem o limite completo da receita, ou seja, R$ 60 mil. Se formalizar em fevereiro, tem apenas 11/12 do limite da receita, ou seja, R$ 55 mil. O limite de receita de R$ 5 mil é proporcional ao número de meses do exercício, não importando que, em determinado mês, a receita ultrapasse esse limite e, em meses futuros, haja a compensação e seja inferior, não ultrapassando o total permitido. Aqui, todas as histórias são divididas assim: começo, meio e sucesso. Pedro Vilela/Agência i7 A MAIORIA NO BRASIL Segundo pesquisa do Sebrae Nacional com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Brasil tem mais de 6 milhões de Micro e Pequenas Empresas (veja ao lado), que totalizam 99% dos negócios do país. Em 2011, elas foram responsáveis por empregar 15,6 milhões de pessoas. Em Minas Gerais, recente estudo divulgado pelo Sebrae Minas mostra que, no segundo trimestre de 2013, 89% das ME do Estado obtiveram lucro de R$ 31 mil, com faturamento médio de R$ 78 mil e despesas em torno de R$ 47 mil. Em relação à composição, a média de contratação desse segmento é de cinco funcionários por empresa, com despesa com pessoal de R$ 18 mil, em média. Cerca de 10% das MPE mineiras investiram em cursos de qualificação. 16 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO 2013 Evolução das MPE no Brasil (*em milhões) Fonte: MTE. Rais e Dieese Taxa de sobrevivência de empresas (em 2 anos) Empresas constituídas em ,6% Empresas constituídas em ,1% Empresas constituídas em ,6% Fonte: Sebrae Nacional ,2* ,6* ,8* ,0* ,2* ,4* ,5* ,6* * ,0* ,1* ,3* Minha participação no Empretec foi fundamental para a abertura de mais quatro empresas. Fabiano de Lima Rangel F L Rangel Assessoria Contábil Ltda., Juiz de Fora ESCREVA SUA HISTÓRIA DE SUCESSO COM O EMPRETEC. Para entender o Empretec, nada melhor do que a opinião de quem fez e, assim, melhorou ou iniciou seu próprio negócio. E as vantagens não param por aí. A metodologia, desenvolvida pela ONU e exclusiva do Sebrae, há 20 anos traz em seus 6 dias tudo o que você precisa saber para se capacitar e preparar melhor sua empresa para o mercado. fb.com/sebraemg twitter.com/sebrae_mg sebraemgcomvoce.com.br BLOG fb.com/sebraemg twitter.com/sebrae_mg fb.com/sebraemg twitter.com/sebrae_mg sebraemgcomvoce.com.br BLOG fb.com/sebraemg twitter.com/sebrae_mg sebraemgcomvoce.com.br fb.com/sebraemg twitter.com/sebrae_mg sebraemgcomvoce.com.br BLOG fb.com/sebraemg twitter.com/sebrae_mg BLOG

10 CROWDFUNDING Juntos por uma ideia Plataformas de financiamento coletivo de projetos viram sucesso na internet e fortalecem a economia criativa O empresário Cristiano Cuty, de Juiz de Fora, contou com a doação de 236 pessoas para produzir o jogo de tabuleiro Midgard Para que um projeto saia da cabeça para o papel, é preciso, além de muita disposição e planejamento, uma previsão de custos que o torne viável. Agora, imagine contar com a doação financeira de pessoas desconhecidas, mas que tiveram acesso à iniciativa por meio da internet e decidiram ajudar a colocá-la em prática. Essa ideia é real e se chama crowdfunding. Tendo como foco a obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo por meio da agregação de múltiplas fontes de financiamento, em geral, pessoas físicas interessadas em seus ideais, o crowdfunding está revolucionando a forma como os projetos são planejados e executados. Para a analista do Sebrae Minas, Regina Vieira, a solução que o modelo proporciona é inovadora e consegue escapar dos trâmites legais e burocráticos. A economia criativa é a mais beneficiada, já que as atividades apoiadas, geralmente, não conseguem passar pelo funil tradicional, como as leis de incentivo, mas recebem o apoio da sociedade, enfatiza. Nascida em 2009, nos Estados Unidos, por meio do site Kickstarter ( a metodologia movimentou, somente em 2012, US$ 2,7 bilhões no mundo através de doações. O dado representa um aumento de 81% em relação ao ano anterior, segundo pesquisa da Massolution, consultoria especializada no setor. O crowdfunding chegou ao Brasil em 2011 e, atualmente, mais de 20 portais integram a lista de plataformas disponíveis. Alguns deles optaram por focar nichos específicos, como cultura, moda, empreendedorismo, projetos sociais, e outros estão abertos a diferentes categorias. O portal Catarse foi o precursor do formato no mercado brasileiro. Criado, inicialmente, por três jovens, conta, na atualidade, com uma equipe de 15 profissionais presentes em diversas regiões do país. Luis Otávio Ribeiro, um dos fundadores da plataforma, explica que o começo foi desafiador. Sabíamos da dificuldade que teríamos, mas acreditávamos que haveria retorno em função do sucesso que já havia lá fora. E realmente deu certo. Desde a sua criação, foram arrecadados R$ 10,187 milhões para financiar 635 projetos com o apoio de 85 mil pessoas. O portal é um local de encontro e produção de conhecimento. A ideia é genial e faz com que iniciativas inovadoras sejam implantadas, o que não ocorreria da forma tradicional. O valor total patrocinado por empresas e pelo governo ainda é muito baixo em comparação à quantidade de projetos existentes, tornando muito difícil, burocrático, caro e moroso o processo de captação de recursos por esses meios, comemora o fundador. TODOS GANHAM I Após o envio do projeto, é feita uma seleção inicial em relação ao planejamento proposto, ao valor requerido e à estrutura para implantação e entrega do produto. Se aprovado, ele entra no ar e inicia-se a fase de arrecadação. Em todos os portais de crowdfunding, o proponente só recebe a verba quando a meta é atingida em determinado período de tempo. Ou seja, se não for 100% bem-sucedido, os apoiadores recebem o dinheiro de volta ou podem optar por financiar outra iniciativa. Além disso, existem as cotas de patrocínio e, como qualquer investimento, o apoiador recebe uma recompensa, que varia de acordo com a natureza do projeto. Por exemplo, se a iniciativa é lançar um livro, o investidor pode ganhar um exemplar; se é um show, recebe o cd ou o ingresso; se é um projeto social, pode ser agraciado com uma camisa ou um agradecimento especial. O projeto ideal, e que geralmente agrada ao público, é baseado na criatividade, na experiência oferecida, na utilidade e na abrangência, explica Luis Otávio. No caso do Catarse, se a iniciativa conseguir a verba, o portal fica com 13% do valor arrecadado, o que pode variar entre as opções existentes de plataforma. BEM-SUCEDIDO I Encontrar pessoas com interesses similares para conseguir tornar real um projeto que vai beneficiar uma determinada localidade é o principal objetivo dos idealizadores do crowdfunding. Esse também foi o foco da 2ª edição do Festival Internacional de Artes Vertentes, que reuniu cerca de seis mil participantes em Tiradentes, entre os dias 12 a 22 de setembro, e contou com a expertise de 50 artistas de 15 países diferentes. O intuito era arrecadar R$ 66 mil em 40 dias por meio da plataforma de crowdfunding. A meta foi superada, e a iniciativa obteve R$ 76 mil. A diretora executiva do Festival, Maria Vragova, conta que não conseguiu verba por meio das leis culturais de incentivo para colocar o evento em prática, mas recebeu apoio de moradores e empresários locais, que doaram recursos financeiros pelo Catarse. O principal benefício é ter a liberdade de atuação e criação das recompensas. Às vezes, lidamos com patrocinadores que não entendem nada de cultura e precisamos adequar o projeto à estratégia de marketing e divulgação da marca da empresa, o que pode impactar a dimensão cultural da iniciativa. Cristiano Cuty e seu sócio, Fernando Scheffer, de Juiz de Fora, também optaram por utilizar uma plataforma colaborativa para produzir o jogo de tabuleiro Midgard. Para que o projeto acontecesse, a dupla precisou de R$ Após a conclusão das ações, arrecadaram quase R$ 36 mil com o apoio de 236 pessoas, ou seja, 115% acima do requerido. A verba excedente foi convertida em prêmios para os apoiadores, como o jogo finalizado, peças extras e camisas personalizadas. Baseado em aventuras nórdicas, RPG e fantasias místicas, o jogo, que utiliza cartas, está na fase final de produção e será comercializado até o fim do ano. Além de o crowdfunding funcionar como uma pré-venda, o conceito é muito mais amplo. As pessoas que participam Pedro Vilela/Agência i7 18 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

11 do financiamento se envolvem com o projeto, ajudam a divulgá-lo e o tomam para si. Então, além de ser um elemento para arrecadação do montante necessário para a produção do jogo, é uma ferramenta de divulgação como poucas, que promove uma maior proximidade do público, observa Cristiano Cuty. Para Regina Vieira, a ideia só tende a expandir. A previsão é que ela se torne ainda mais popular e alcance mais apoio. Temos essa confiança, pois se trata de um canal direto do empreendedor com o seu público, através de uma construção de rede de relacionamento e engajamento comunitário, diz. Divulgação MODELOS DE FINANCIAMENTO Conheça as principais plataformas brasileiras de crowdfunding: Site Catarse Impulso Mobilize Juntos Garupa Variável 5 Perfil Categorias variadas Voltado para o microempreendedor Categorias variadas (vinculado ao Facebook) Focado em projetos sociais Voltado para o turismo sustentável Focado em projetos culturais Endereço PLANEJAMENTO I Ainda que os benefícios sejam muitos, Cristiano Cuty alerta para as recompensas oferecidas. Apesar de termos arrecadado mais de 200% do valor inicial, a quantia não foi suficiente para a produção de brindes em compensação pelo apoio. À medida que o projeto avançava e as metas eram batidas, nós ampliávamos os prêmios e os materiais a serem produzidos. Com isso, tivemos que injetar verba nossa para a produção. Mas, no final, isso foi bom, pois nos permitiu lançar um produto mais completo e com qualidade superior. Essa experiência mostra que idealizadores e apoiadores devem ficar atentos ao planejamento, principalmente devido à grande diversidade dos projetos apresentados. Não atuamos de maneira propositiva, e sim, reativa, e vetamos os projetos que não comprovam a capacidade de execução. Os apoiadores precisam fiscalizar a implantação de sua iniciativa. Na maioria das vezes, são pessoas próximas dos realizadores, o que impede o risco de fraude e a perda de credibilidade, orienta Luis Carlos. Apesar de esse cuidado ser necessário, Regina Vieira afirma que o crowdfunding não deve ser controlado ou monitorado por meio de normas, leis ou ações que possam influenciar o processo de colaboração coletiva. A mudança cultural passa por situações de risco e, com o tempo, vamos adaptando e conhecendo cada vez mais o novo modelo. O crowdfunding simboliza um avanço em termos de produção de conhecimento, inovação para a sociedade e Em 30 dias, a cantora Marina Machado arrecadou R$ 9 mil para viabilizar o show de lançamento do seu novo CD para a economia criativa e supera os percalços e riscos previstos. A cantora mineira Marina Machado também compartilha da opinião. Essa ferramenta é uma ótima opção para o músico independente e uma alternativa às leis de incentivo. Assim que o brasileiro se acostumar a esse tipo de relação, teremos mais democracia na divulgação de trabalhos, acredita a artista, que utilizou a plataforma, no início de 2013, para viabilizar o show de lançamento do seu novo cd, Quieto um Pouco. Ela lembra que não conseguiu captar recursos para o projeto e buscou investir no crowdfunding por intermédio de um amigo que também é músico. O resultado foi satisfatório: em 30 dias, Marina Machado arrecadou R$ 9 mil, mais que a meta inicialmente prevista. Resolvi pedir apoio ao público cúmplice, que me pede pra voltar aos palcos, com a venda antecipada de ingressos, cds e outros mimos em contrapartida ao apoio financeiro. O Brasil é um dos países mais ricos em diversidade artística. É uma pena que a maioria das pessoas não tenha acesso e, portanto, poder de escolha, ressalta a cantora. VOLUME GLOBAL DE CROWDFUNDING EM 2012: US$ 2,7 BILHÕES Total de recursos captados por meio da plataforma em 2012 (em milhões de dólares) América do Norte US$ 1,606 bilhão ARRECADAÇÃO MUNDIAL Fonte: Massolution América do Sul US$ 0,8 mil Europa US$ 945 milhões África US$ 0,1 mil Ásia US$ 33 milhões Oceania US$ 76 milhões 2013 US$ 5,1 bilhões 2012 US$ 2,7 bilhões 2011 US$ 1,5 bilhão ClaytonPedrosa 20 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

12 COMUNICAÇÃO Atuação em cadeia Profissionais de propaganda e publicidade de Uberlândia recebem orientação e capacitação para profissionalizar o setor A importância da união é velha conhecida das empresas de comunicação de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Há mais de dez anos, os empresários do setor criaram a Associação dos Profissionais de Propaganda (APP), que envolve os mais diversos empreendimentos da cadeia do negócio da comunicação, soma 90 empresas participantes e atualmente emprega mais de 400 profissionais. Esse grupo gera, de acordo com dados da APP, faturamento mensal estimado em R$ 7 milhões, sendo que o valor originado pela veiculação de propagandas é de cerca de R$ 5,4 milhões por mês, dos quais 40% são por meio de agências locais. Percebendo a visão integrada e a potencialidade do setor, o Sebrae Minas demonstrou interesse em contribuir com o negócio e, em 2012, surgiu o projeto Empreendedorismo em Comunicação (EmCom), direcionado ao fortalecimento da cadeia da comunicação, beneficiando, até o momento, 54 associados de micro e pequeno porte. A iniciativa partiu de um diagnóstico feito com empresários envolvidos nos núcleos de negócios da APP, que se dividem em veículos de comunicação, agências de publicidade, propaganda e digitais e prestadores de serviços, como produtoras de áudio e vídeo e gráficas. Segundo o analista do Sebrae Minas, Fabiano Alves Pereira, o principal objetivo do projeto consiste na capacitação das empresas de forma mais estruturada, visando a melhorias na gestão e oportunizando novos negócios para maior competitividade. Queremos tornar Uberlândia uma cidade conhecida no setor de comunicação. Temos empresas reconhecidas e premiadas nacionalmente e outras com grande potencial de crescimento, ressalta. Para Rogério Fonseca, presidente da APP e proprietário da agência de publicidade Yellow Monkey, os empresários locais já estavam em diálogo antes da criação do EmCom. Com a chegada do Sebrae Minas, os vínculos se fortaleceram, e grandes avanços são esperados. Ainda existem divergências de posicionamento, que são naturais no mercado. Mas as pessoas conversam em busca de metas comuns, relata. A Yellow Monkey é uma agência no modelo full service, isto é, oferece diversos serviços da publicidade, como comunicação institucional, de varejo, digital e branding. Desde que passou a integrar o EmCom, a empresa que completará três anos de criação em 2013 tem passado por reestruturações. Nos últimos meses, foram implementados sistemas para gerenciar os processos e as finanças, e três novos profissionais se juntaram à equipe, anteriormente formada por cinco pessoas. O momento agora é de planejamento estratégico. Estamos organizando a casa, fala o proprietário. Ele também relata que um dos problemas enfrentados pelo setor era a dificuldade em precificar os serviços. Muitas empresas se dedicavam com mais energia ao processo criativo, e a gestão empresarial ficava em segundo plano. Após a realização das oficinas, temos condições de saber o que devemos levar em conta para não ter prejuízo. A expectativa é que os valores subam um pouco, não porque os serviços estão mais caros, mas porque aprendemos a cobrar adequadamente, pontua Rogério Fonseca. Alguns resultados, inclusive, já podem ser quantificados. O negócio, cujo faturamento ele prefere não revelar, poderá ter acréscimo de 10% a 20% nos próximos dois anos. A expectativa é que os valores subam um pouco, não por que os serviços estão mais caros, mas porque aprendemos a cobrar adequadamente Rogério Fonseca, presidente da Associação dos Profissio nais de Propaganda e dono da Yellow Monkey Fotos: Mauro Marques 22 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

13 Divulgação Estamos cada vez mais profissio nais. Por meio da Associação e do EmCom, compartilhamos as necessidades comuns das empresas e nos vemos como parceiros. Isso contribui para a qualificação dos serviços prestados Daniel Labanca, proprie tário da Cine Filmes EM CAMPO I Partindo dos resultados do diagnóstico, foram definidas três linhas de atuação para o EmCom, abrangendo a capacitação dos profissionais, a geração de negócios e o reconhecimento de Uberlândia como polo gerador de mídias inteligentes. As principais atividades desenvolvidas na primeira fase se apoiaram em palestras, oficinas, consultorias, cursos de criação e design thinking (conjunto de métodos e processos inovadores para solução de problemas, baseado em técnicas de design) e participação em eventos do setor. Atualmente, está em curso uma pesquisa com os clientes com o objetivo de conhecer o que eles buscam no mercado e quais são os principais pontos de melhorias no relacionamento com os prestadores de serviços. As agências de publicidade, propaganda e digitais representam o pontapé inicial desse trabalho e, por isso, foram priorizadas com as primeiras ações. Os meios de comunicação são os veiculadores das mídias produzidas pelas outras empresas da APP. Tentamos construir um relacionamento profissional de maior qualidade no elo dessa cadeia. Capacitando as agências, as empresas contratam profissionais mais qualificados, que produzem peças melhores, gerando visibilidade para todo o segmento, explica Fabiano Pereira. Além disso, são ofertadas outras atividades, como a missão do Sebrae Minas ao Festival Mundial de Publicidade, ocorrido no primeiro semestre deste ano, em Gramado (RS). Os membros da APP e do EmCom ainda visitaram, no mês de setembro, as principais empresas de publicidade de São Paulo e estiveram presentes no encontro nacional das APPs, que aconteceu no dia 3 do mesmo mês, na sede da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo, reunindo representantes de 12 associações. Atividades como essas têm gerado bons resultados, entre eles, a prospecção de novos clientes e a maior visibilidade das empresas de publicidade e propaganda de Uberlândia no mercado nacional, afirmando seu potencial, afirma o analista do Sebrae Minas. Queremos tornar Uberlândia uma cidade conhecida no setor de comunicação. Temos empresas premiadas nacio nalmente e outras com grande potencial de crescimento Fabiano Alves Pereira, analista do Sebrae Minas DESTAQUE NO MERCADO I Uma das vantagens competitivas dos empreendedores de Uberlândia diz respeito à visão integrada do negócio. Dentro da própria APP, as agências, os prestadores de serviço e os veículos de comunicação se veem como clientes e fornecedores entre si. Dessa forma, qualquer ação que beneficie uma empresa potencialmente gera resultados positivos para outras. Quanto aos clientes externos, em função da variedade de serviços oferecidos pelos associados, são atendidos os mais diversos segmentos, com destaque para os mercados concorridos de telefonia e bebidas. Pequenos e médios empreendimentos locais também são clientes recorrentes. Hoje, estamos cada vez mais profissionais. Por meio da Associação e do EmCom, compartilhamos as necessidades comuns das empresas e nos vemos como parceiros. Isso contribui para a qualificação dos serviços prestados, acredita Daniel Labanca, proprietário da Cine Filmes. A empresa, fundada em 2005, produz vídeos corporativos, comerciais e conteúdo para televisão, direcionados a uma carteira de clientes variada, desde empreendimentos de telecomunicações até indústrias do agronegócio. Doze funcionários e dois sócios trabalham diariamente na Cine Filmes, e diversos outros profissionais são contratados esporadicamente para atender a demandas específicas. Para Daniel Labanca, ainda é cedo para contabilizar os resultados gerados por meio do EmCom, mas já são perceptíveis algumas melhorias. No primeiro semestre, por exemplo, foi criado o cargo de gerente de processos para que as mudanças ocorram de maneira estratégica. Com isso, se espera um crescimento de até 30% Estamos caminhando para tornar o mercado de comunicação de Uberlândia mais maduro e consistente Rogério Martins, proprietário da Target Mídia em dois anos, a partir da conquista e fidelização de novos mercados, como afirma o empresário. Numericamente, ainda não podemos quantificar o faturamento. Mas as vantagens trazidas, como o compartilhamento de informação e o aumento do nível de profissionalização, tornam nossas metas mais fáceis. INOVAÇÃO EM COMUNICAR I A Target Mídia, criada pelo empresário Rogério Martins em janeiro deste ano, é a primeira empresa da região especializada em publicidade em táxis, ônibus e 24 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

14 EDUCAÇÃO Herança valorizada Com a sucessão familiar, empresas podem crescer, mas sucesso depende de qualificação e empenho dos herdeiros mobiliário urbano. O seu diferencial proporcionou-lhe contratos com importantes empreendimentos de turismo de negócios, como hotéis, restaurantes, meios de transporte, construção civil e mercado varejista de maneira geral. Com o crescimento da empresa, que hoje mantém três funcionários diretos e tem um bom faturamento mensal, Rogério Martins sentiu necessidade de investir no conhecimento das áreas jurídica e legislativa. Como trabalho com transporte público e mobiliário urbano, as decisões políticas interferem no serviço e no cotidiano. Outro desafio está relacionado à sensibilidade do mercado para perceber o valor agregado do nosso produto, que não é tradicional. Buscamos mostrar para os clientes essa alternativa de comunicação como um diferencial. Caminho em comum Mesmo com pouco tempo de atuação, o empreendedor já percebe mudanças. O EmCom está ajudando o mercado a ser mais eficiente. Tínhamos uma séria de carências em relação à qualificação. Por meio do projeto do Sebrae Minas, conseguimos nos capacitar e participar de eventos, como palestras e debates fora da cidade, adquirindo know-how e mais desenvolvimento para o negócio. Estamos caminhando para tornar o mercado de comunicação de Uberlândia mais consistente, vislumbra. A expectativa é que o EmCom se encerre no fim deste ano, com a apresentação de um seminário de comunicação, de modo a promover um encontro com os líderes das principais agências e dos veículos de comunicação do país para troca de informação e experiência. Em Juiz de Fora, o projeto de Desenvolvimento das Agências de Publicidade e Propaganda reúne 12 agências da cidade. Iniciado em 2011, está prestes a completar a primeira fase, que previa duração de três anos. De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Guimarães Rosa, em 2012, após 12 meses de atividades, 69,2% dos empresários participantes aumentaram a lucratividade, 53,8% verificaram crescimento da verba publicitária e 69,2% aumentaram a remuneração dos serviços internos. Sob a orientação do Sebrae Minas, foram implantados programas de gestão empresarial, que envolveram investimentos e gestão de recursos humanos, incentivo à inovação, estratégias empresariais, gestão financeira e criação de indicadores de desempenho, entre outros. Em seguida, priorizou-se o desenvolvimento de processos criativos e marketing, para que os serviços se estabelecessem em níveis digitais, plataforma que vem crescendo exponencialmente no mercado, além do reforço e melhor direcionamento nas plataformas tradicionais. Atualmente, o grupo de empresários tem empreendido forças para projetar a governança local por meio do incentivo à inteligência comercial para a geração de novos negócios. O próximo passo é a criação de uma entidade de representação do setor de modo que os interesses comuns possam ter uma unidade, além de concluir o Estudo de Posicionamento de Mercado, no intuito de compreender melhor o cenário de publicidade e propaganda no Brasil, com recorte para o mercado de Juiz de Fora. Outro passo importante diz respeito ao domínio de informações. De acordo com o analista do Sebrae Minas, João Paulo Palmieri, o desenvolvimento do setor na cidade e região depende, especialmente, da profissionalização contínua de toda a cadeia produtiva do segmento, principalmente no que tange ao tripé AVA (Anunciantes, Veículos e Agências). O diagnóstico inicial de desunião e concorrência interna deu espaço à cooperação, que permite ao grupo alavancar trabalhos coletivos, fortalecendo-se para a concorrência externa em níveis de maior abrangência, com posicionamentos mais efetivos, aglutinando e capitaneando maiores possibilidades, finaliza. Assumir a gestão da empresa da família e colocá-la em harmonia com os novos tempos têm sido grandes desafios para sucessores de alguns negócios. O sucesso atingido após a transição depende da capacidade de inovação, aplicada, de forma simultânea, à conservação dos valores e da cultura da organização, da constante preparação gerencial e da adequação ao mercado, que está em permanente transformação. Para Rubens Caetano de Albuquerque, gerente da Escola Técnica de Formação Gerencial do Sebrae Minas (ETFG), a preparação de sucessores deve ser feita a partir do momento em que os herdeiros tiverem noções adequadas de responsabilidade e profissionalismo. O envolvimento dos filhos no negócio, por exemplo, tem que ser constante para que eles possam analisar e conhecer cada etapa do processo de produção e, a partir daí, aproveitar as chances no mercado, explica. Vislumbrar mudanças e oportunidades para a empresa familiar é uma habilidade que poucos gestores têm, mas que pode ser desenvolvida desde cedo. E foi essa capacidade que fez a diferença quando o engenheiro e economista Ricardo Macedo assumiu a gestão da Construtora O engenheiro Ricardo Macedo, no comando da construtora Alcance, defende a inovação e a ousadia nos negócios Bernardo Salce/Agência i7 26 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

15 O envolvimento dos filhos no negócio tem que ser constante para que eles possam conhecer cada etapa do processo de produção e, a partir daí, aproveitar as chances no mercado Rubens Caetano de Albuquerque, gerente da ETFG Alcance, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, em 2008, logo após a conclusão da faculdade. Ele conta que não pensava em conduzir o negócio da família, mas que, após um estágio em outra construtora, em Belo Horizonte, visualizou que a área de atuação do empreendimento familiar poderia ser a de incorporação imobiliária. Fez, então, a proposta ao pai, Celso de Souza Macedo, e a Luiz Gonzaga Sant Anna Lorentz, também fundador da construtora. Na época, fui ousado, mas acreditava que tinha chances de dar certo, até pela formação que havia recebido. Eles compraram a ideia e, assim, iniciamos o processo de mudança do negócio e a sucessão familiar, primeiro de forma lenta, edepois, com a segurança sendo adquirida, em um ritmo melhor, afirma. A empresa tinha um estilo conservador. Então, precisávamos avançar um passo de cada vez, sempre mostrando resultados e implantando ações de melhoria quando necessário, completa. Segundo Ricardo Macedo, a visão empreendedora e o gosto pela engenharia foram incentivados desde cedo, em casa. Ele diz que, quando criança, o pai o levava para ver as obras da construtora e, já no Ensino Médio, estava certo de que seria engenheiro. Apesar de muito ligado ao negócio, meu pai sabia separar as coisas. Sempre tivemos um relacionamento muito tranquilo e baseado no diálogo. As discussões e diferenças de opiniões são normais entre gerações, mas é preciso dosá-las com responsabilidade, revela o engenheiro. CURSO I Para Ricardo Macedo, para que o bom resultado seja alcançado, a qualificação profissional é algo que os sucessores precisam buscar Jeovani Zani (ao centro), do grupo Duzzani, de São Sebastião do Paraíso, cuida para que o entrosamento entre os sucessores, Vinícius e Lidiane (à dir.), seja tão bom quanto o que tem com a irmã e sócia, Patrícia (à esq.) e focar a todo momento. Fiz um curso de formação gerencial do Sebrae Minas, entre 1999 e 2002, por sugestão do meu pai. Ele sempre dizia que a faculdade não o preparou para as questões burocráticas de uma empresa. Como eu sempre gostei de empreender, fiquei apaixonado pelas disciplinas. Segundo ele, a oportunidade de adquirir conhecimentos que não teria em outro lugar foi o maior diferencial da programação. O que mais me marcou foi a parte de economia. Estudar demanda e oferta, elaborar um plano de negócios, saber como se obtém alvará de funcionamento e o registro de empresas foram pequenas amostras de tudo o que meu pai sempre disse que eu precisava aprender, lembra o engenheiro. Fundada em 1985, a Construtora Alcance, com atuação expressiva no Nordeste de Minas Gerais, tem hoje faturamento médio anual de R$ 60 milhões e executa obras baseando-se na metodologia de Gerenciamento de Projetos. Os fundadores exercem a função de conselheiros da empresa e estão sempre acompanhando decisões mais estratégicas. Percebo que, após seis anos de transição, estamos muito mais maduros, sempre ligando a vontade com a experiência. Agora, a construtora se prepara para passar por outro processo: a divisão de patrimônio e a consolidação de uma holding familiar. Ricardo Macedo explica que, desde a fundação da empresa, o patrimônio da família esteve atrelado ao negócio. No momento, estamos caminhando para que isso seja separado e controlado pela holding. É algo essencial para garantir transparência e profissionalismo ao negócio, enfatiza. Os que se aventuram na transição familiar precisam estar abertos ao diálogo e à crítica e saber que a sua vontade é importante, mas a experiência, sobretudo dos fundadores, é essencial. A capacitação, o desenvolvimento profissional e o relacionamento familiar são grandes desafios para que os herdeiros se sintam mais preparados, e os fundadores do negócio, seguros com a transição. Em todo processo sucessório, tem de haver um envolvimento direto da família. E a participação dos filhos, desde cedo, na empresa é essencial. Isso inclui conhecimentos que vão do chão de fábrica até a alta gestão. Assim, os herdeiros se familiarizam com os processos e entendem como se chega aos resultados, verificando se estão ou não no caminho certo, diz Rubens Albuquerque. Ainda que a sucessão só venha a ser realizada daqui a alguns anos, os herdeiros do Grupo Duzani, de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, já estão sendo preparados para a transição. O grupo nasceu em 1998 por meio da parceira entre Jeovani Zani e a irmã, Patrícia, e hoje integra uma fábrica de lingerie, uma confecção de bojos, uma distribuidora, uma loja de matériasprimas para a produção de peças íntimas e uma construtora incorporadora, além de estar ampliando a atuação para uma rede de cosméticos. Jeovani Zani conta que a empresa contratou, este ano, a consultoria de uma profissional especializada para ajudar na transição e orientar a atuação dos sucessores na administração do grupo. Já tem um tempo que começamos a trabalhar com os sucessores aspectos como liderança e planejamento. Com isso, eles já são responsáveis por algumas áreas e participam de reuniões de diretoria. O grande objetivo é colocar essa nova geração à frente da Duzzani, preparada para desenvolver o grupo ainda mais. Trabalham hoje na empresa o filho mais velho de Jeovani, Vinícius, de 22 anos, e os filhos de Patrícia: Tiago, de 25, e Lidiane, de 21. Lidiane conta que, quando está trabalhando, fica bem próxima à mãe para aprender como é a gestão no dia a dia. Sempre foi assim. Quando eu era pequena, ela me trazia para a loja depois da aula e eu a ajudava em tarefas menores. Já no Ensino Fundamental, sabia que queria trabalhar no grupo, mas ainda não tinha noção de como faria isso, revela. A jovem começou na Duzzani em 2008 como estagiária do setor financeiro e, hoje, faz parte da diretoria, além de ser responsável pela área de compras e pela distribuidora do grupo, junto com Vinícius. Graduada em administração de empresas, a herdeira elaborou seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre o tema sucessão familiar, com foco no Grupo Duzzani. Estudei muita teoria, mas foi na prática que aprendi o que realmente é ter um negócio e as dificuldades de se buscar Uarlen Valério/Agência i7 28 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

16 um cliente, de lidar com um funcionário e de negociar com fornecedores, diz ela. BASE I Tanto Lidiane quanto Vinícius fizeram o curso de Ensino Médio na ETFG do Sebrae Minas. O curso os capacitou, fazendo-os enxergar melhor o caminho proposto. Mas a qualificação deve ser constante para continuarem amadurecendo nos âmbitos pessoal e profissional, ressalta Jeovani Zani.. O empresário conta que a empresa começou na década de 90, quando a irmã trabalhava em uma fábrica de lingerie, e ele era vendedor de produtos de limpeza. Jeovani Zani. passou a vender as peças produzidas pela irmã e, em função da qualidade dos produtos, as portas foram se abrindo. Hoje, o grupo possui 450 funcionários, além de parcerias com 70 distribuidores de Minas Gerais, e um bom faturamento anual. Para o executivo, o maior desafio com a transição será o de manter a identidade de empresa familiar e o bom relacionamento entre os irmãos e os primos. Existe uma preocupação nossa de nutrir e estreitar o relacionamento entre eles, assim como aconteceu entre mim e minha irmã, afirma. Estudei muita teoria, mas foi na prática que aprendi o que realmente é ter um negócio e as dificuldades de se buscar um cliente, de lidar com um funcionário e de negociar com fornecedores Lidiane Zani, sucessora do grupo Duzzani De fato, a empresa pode unir os parentes, desde que os papéis estejam muito bem-definidos entre eles para evitar que, futuramente, haja sucessores mal preparados. Casa é casa, trabalho é trabalho, e tal imposição tem que ser feita pelos fundadores do negócio, orienta Rubens Albuquerque, lembrando que empresas familiares são hoje 90% dos negócios, no Brasil e no mundo, e que, de cada 100 delas, apenas 30 sobrevivem à segunda geração, 15 à terceira e quatro à quarta. Clermont Cintra Qualificação na prática O curso de Ensino Médio Técnico em Administração, oferecido pela Escola Técnica de Formação Gerencial (ETFG) do Sebrae em 15 municípios de Minas Gerais, já formou mais de jovens desde Durante os três anos de curso, são trabalhadas disciplinas como economia, gestão financeira, administração de recursos humanos, direito, contabilidade e aspectos burocráticos para iniciar um negócio. O empreendedorismo, a busca de oportunidades e a visão de carreira são abordadosfrequentemente, permitindo ao jovem ter ferramentas que vão auxiliá-lo na gestão da empresa da família, explica Rubens Al- buquerque. No primeiro ano, tutoriados por um empresário, os alunos aprendem os desafios e problemas enfrentados na implantação do negócio. Na segunda etapa, é iniciado o processo de simulação de uma empresa para que eles executem processos. Com exceção do dinheiro e do produto final, todo o resto é real. Os estudantes aprendem a formar parcerias e a lidar com questões gerenciais e burocráticas, esclarece. Durante essa fase, começam a elaborar o Plano de Negócio que vai culminar no Plano Vitrine, no último ano, que é a análise de viabilidade real do negócio. 30 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

17 MERCADO Para todas as estações Os ventos têm soprado a favor do mercado de sorvetes. O segmento vivencia um crescimento inédito alavancado por dois fenômenos: as fortes ondas de calor em locais que antes tinham temperaturas mais amenas e o fortalecimento da economia nacional, que impulsionou o consumo das classes mais populares. Diferentemente do Brasil, o consumo de sorvetes em outros países, onde o frio é mais rigoroso, é muito grande. Isso se deve ao fato de que, lá fora, o sorvete é considerado um alimento, diferentemente da cultura daqui, que o aprecia como sobremesa ou guloseima e prefere degustá-lo nos dias de verão. No entanto, esse hábito começa a mostrar sinais de mudanças. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (Abis), o segmento brasileiro acumula crescimento médio anual em torno de 4,5%, acima do Produto Interno Bruto (PIB), mas aquém do que o mercado ainda pode absorver. Somente no ano passado, os brasileiros consumiram 1,209 bilhão de litros do produto. Em 2011, o volume era 1,158 bilhão de litros, o que equivale a 4,2% a menos que em Esses resultados evidenciam a solidificada aceitação dos consumidores pelo alimento, além de mostrar o maior investimento das indústrias em produtos de qualidade. Minas Gerais concentra aproximadamente 350 desses fabricantes, que geram cerca de empregos diretos e indiretos. A produção, que está distribuída em todo o Estado, se concentra na Região Metropolitana de Belo Horizonte (com 121 estabelecimentos), nas divisas com São Paulo (54) e Rio de Janeiro (52) e no Oeste mineiro (43). Destacam-se ainda o Vale do Rio Doce, com 33 empresas, e o Norte de Minas, que abriga 31 empreendimentos. Geraldo Rafael de Souza, proprietário da Sorveteria Doçura, está inserido nesse cenário. No ramo de sorvetes, há mais de 40 anos, na cidade de Montes Claros, no Norte do Estado, a fábrica e a loja somam hoje oito funcionários. Ele começou o negócio sozinho, apesar de ter auxílio da esposa, que era funcionária pública, por influência de um amigo. Na época, não tinha muito conhecimento do ramo e precisava trabalhar. Acabei me arriscando e vesti a camisa. Passei por muitos desafios e enfrentei algumas crises, que me serviram de estímulo e motivação para seguir em frente, apesar das adversidades. Hoje, tenho orgulho do negócio e de saber que o meu sustento e dos meus quatro filhos, que trabalham comigo, vem da sorveteria, conta. Fora o trabalho responsável e do prazer em realizar o ofício, o empreendedor acredita que a boa aceitação do público por tanto tempo se deve à qualidade do produto, que é menos industrializado e mais artesanal. A Sorveteria Doçura fabrica, em média, 35 sabores de sorvete e 30 de picolés. Levando em consideração os aspectos da sazonalidade, a produção diária é de cerca de 200 litros de sorvete e de a picolés. A média de atendimentos na loja é de cerca de 300 pessoas por dia. Além de investir na estrutura e na mão de obra, Geraldo de Souza busca inovar o seu portfólio e se capacitar. Para isso, ele conta com o apoio do Sebrae Minas, por meio do projeto Desenvolvimento do Setor de Sorvetes de Montes Claros e região, que tem como foco a sustentabilidade da cadeia de valores des- Fotos: Pedro Vilela/Agência i7 Fortalecimento gerencial dos empreendedores e mudança no hábito alimentar do consumidor estimulam o mercado de sorvetes no Brasil Para manter o negócio por tanto tempo no mercado, busco sempre a informação e a capacitação Geraldo de Souza, proprietário da Sorveteria Doçura O cardápio da Sorveteria Doçura conta com 30 sabores de picolés 32 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

18 se segmento (mais informações na página ao lado). O projeto de atendimento coletivo foi estruturado para atender 15 estabelecimentos, incluindo produtores e comerciantes, com o objetivo de aumentar a produtividade das empresas fabricantes de sorvete e tendo como eixo de trabalho a capacitação gerencial e tecnológica voltada à redução dos custos e ampliação do mercado, explica o analista do Sebrae Minas, Walmath Wellson Magalhães Ferreira. Geraldo de Souza recebeu a consultoria do Sebrae Minas e já começa a aplicar os conhecimentos adquiridos. Para manter o negócio por tanto tempo no mercado, busco sempre a informação e a capacitação. Esse projeto me deu ânimo e abriu os horizontes. Depois da consultoria, percebi a necessidade de mudar a fábrica de endereço para ampliar a distribuição e colocar o nosso produto em pontos de venda, padarias e lanchonetes da cidade. Além disso, fomos muito bem-orientados quanto à adequação das normas sanitárias e regras do segmento, relata. A expectativa de Edmo Maia, da Sorveteria Puro Sabor, é obter um crescimento entre 20% e 30% em 2014 Com a mudança, a fábrica vai passar de um espaço físico de 140m 2 para uma área de 200m 2, e a loja vai dobrar de tamanho. Já a produção deve ser ampliada em até 50%, a partir do segundo semestre do ano que vem, quando deve ser concluída a mudança. Outra expectativa é contratar mais mão de obra e comprar equipamentos e máquinas potentes e, assim, expandir a atuação do negócio. O mercado de sorvetes no Brasil é promissor já há algum tempo. A possibilidade é sempre crescente, diz o empresário. O otimismo vem dos bons resultados: a média de crescimento do negócio tem sido de 5% ao ano, mesma estimativa para MAIOR COMPETITIVIDADE I O empresário Edmo Martins Maia também tem se beneficiado com o fortalecimento do mercado de sorvetes em Montes Claros e, principalmente, com as ações promovidas pelo projeto do Sebrae Minas. Um negócio exige capacitação constante. Com o treinamento ministrado pelos consultores, adquiri mais conhecimento Na Sorveteria Puro Sabor, a fabricação semanal é de picolés e litros de sorvete administrativo. Tive a oportunidade de participar de feiras, conhecer novas máquinas e sabores diferentes, além de ter acesso a toda cadeia produtiva de uma só vez, conta o proprietário da Sorveteria Puro Sabor. Ele revela que a qualificação permitiu corrigir a falta de planejamento que a empresa tinha. Foquei no planejamento, no crescimento sustentável e na melhoria da qualidade do produto oferecido. Tudo anotado e bem-programado, com metas e prazos estipulados, completa. Para Bruno Magalhães Figueiredo, presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria do Sorvete (SindSorvete), que conta com 116 municípios em sua base, o exemplo de Edmo Maia confirma o fortalecimento do setor na última década que soma um crescimento médio anual de 4,5%, de acordo com dados da entidade e o maior engajamento dos empresários das cidades do interior do Estado na busca pela competitividade e formação profissional. A capacitação empresarial dá ao empreendedor ferramentas muito importantes para a tomada de decisão no dia a dia de seu negócio e também o ajuda a ter uma visão mais clara sobre o seu posicionamento no mercado e a saber de que forma pode evoluir, analisa. Coincidência ou não, foi exatamente após a participação no projeto do Sebrae Minas que Edmo Maia, com quase 20 anos de atuação em Montes Claros, está reestruturando e construindo um espaço para melhor organização de sua produção e otimização das condições de estocagem e logística. Agora, terei uma fábrica e duas lojas, além dos pontos de distribuição no comércio local. Estou investindo na estrutura e na fabricação dos sorvetes para atender melhor o cliente, prevê o empreendedor. Hoje, a Sorveteria Puro Sabor mantém 13 pessoas em sua equipe, que são responsáveis pela fabricação de picolés e litros de sorvete por semana para as cidades de Montes Claros, Brasília de Minas e Coração de Jesus. São produzidos 30 sabores de sorvete e 25 de picolés, incluindo frutas típicas da região, como tamarindo, mangaba, cajá e jabuticaba. Atualmente, a empresa distribui os produtos em 28 pontos de revenda da região. Com a ampliação, Edmo Maia espera um crescimento entre 20% e 30% em 2014, além de ampliar as vendas para outras localidades próximas. FORMAÇÃO GERENCIAL O projeto Desenvolvimento do Setor de Sorvetes em Montes Claros, iniciado em fevereiro de 2012, busca fomentar nos produtores e comerciantes a melhoria no desempenho gerencial, a visão ampliada para novos negócios e tecnologias, a estruturação de rede de parcerias (fornecedores e clientes) e a compreensão do mercado em que atuam, resultando, entre outros benefícios, no aumento do faturamento bruto anual. Para isso, são promovidos treinamentos gerenciais (Desenvolvimento de Habilidades Gerenciais, Gestão Financeira na Medida e Como Vender Mais e Melhor), treinamentos em processos (Programa Alimentos Seguros - PAS e Programa de Eficiência Energética - Proefi) e participação em feiras setoriais, como a Fispal Food Service/Tecnosorvetes - Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Alimentação Fora do Lar, realizada em junho, em São Paulo. 34 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

19 CAPA As empresas que aderiram ao projeto também recebem capacitação por meio das soluções de Educação, Tecnologia e Mercado, apoiadas pelas respectivas áreas do Sebrae Minas. As ações são negociadas junto ao grupo de participantes e devem acontecer até o fim deste ano. De acordo com Walmath Ferreira, já é possível identificar a redução no custo de produção e eliminação de desperdício devido às consultorias tecnológicas (Programa Pró-Sorvete e Programa de Eficiência Energética). Além disso, ele destaca a ampliação de contratos com novos fornecedores, devido à participação em feiras específicas do setor. Percebemos, ainda, a profissionalização na gestão dos empreendimentos por meio dos cursos de cunho comportamental e gerencial, aprimoramento na marca e na identidade visual de alguns empreendimentos, avalia. Segundo o analista, o desafio para o atendimento ao setor em 2014 é intensificar as capacitações em gestão por processos, ampliar o acesso às tecnologias e investir na cadeia de fornecedores e atendimento a novos nichos de mercado, considerando a expansão do segmento. PRODUÇÃO GLOBAL Os Estados Unidos são os maiores fabricantes do produto, com 3,4 bilhões de litros por ano. A China está em segundo lugar (1,3 bilhão), acompanhada por Alemanha (714 milhões) e Itália (467 milhões). O Brasil produz 224 milhões por ano e figura na quinta colocação. No mercado brasileiro de fabricantes, a líder é a Kibon, com participação de 35,8%, seguida da Nestlé (19,7%), La Basque (3,5%), General Mills (1,8%), que faz o Häagen-Dazs, e Jundiá (0,7%). O restante (38,5%) é dividido entre as demais marcas. O Brasil tem 10 mil empreendimentos responsáveis pela produção industrial e artesanal de sorvete e picolé. As micro e pequenas empresas representam mais de 90% do mercado. Em 2012, cada brasileiro ingeriu 6,2 litros de sorvete, superando o ano anterior (seis litros). O Sebrae Minas qualificou seu atendimento e visitou mais de 120 mil pequenas empre- Minas mais empresas continuam abertas após dois anos de existência, gerando mais trabalho, renda e desenvolvimento para o estado. Quer melhorar o seu negócio? Acesse o nosso site e faça seu cadastro. Em 23 de setembro, comemora-se o Dia Nacional do Sorvete. A data foi instituída pela Abis para celebrar o período de temperaturas mais elevadas. sas por todo o estado, acompanhando, conhecendo e sugerindo melhorias em suas gestões. Isso significa que, nos últimos três anos, uma em cada oito pequenas empresas receberam a visita de nossos orientadores e estão crescendo cada dia mais. Esse é um dos motivos para Minas ter o maior índice de sobrevivência de micro e pequenas empresas do país. Com o apoio do Sebrae ClaytonPedrosa O Brasil produz 224 MILHÕES de litros por ano Fonte: Abis Tipos de sorvete O levantamento da Abis também acompanhou o desempenho da produção de três nichos de mercado: sorvetes tipo massa (bufê e pote), picolé e soft (expresso). A variante massa é líder absoluta do segmento, pois detém a maior parcela de fabricação 875 milhões de litros em 2012 e foi a que mais apresentou crescimento frente ao ano anterior. A produção teve elevação de 5,5%. O picolé ocupa o segundo lugar no ranking em volume de fabricação, com 241 milhões de litros produzidos no ano passado. O tipo soft, embora também registre crescimento na produção anualmente, ocupa a menor parcela do trabalho nas indústrias. Em 2012, foram feitos 115 milhões de litros. BLOG 36 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO /

20 Cláudio Duarte ARTIGO ANDERSON ROSSI* Como inovar e tornar-se empreendedor no século XXI? A necessidade de inovar nos negócios já é praticamente consenso entre os empresários no nosso país. Entretanto, a prática ainda diverge do discurso, como mostram alguns estudos e pesquisas realizados pelas escolas de negócios e mídia especializada ao longo desta última década. Vou explicar melhor o que costumo chamar de paradoxo da inovação, e que tem tudo a ver com o que vamos abordar sobre inovação e empreendedorismo, tema deste artigo. A grande maioria dos empresários entrevistados nas pesquisas, ou seja, mais de 90%, afirmam que a inovação é estratégica e de vital importância para o sucesso dos negócios. Por outro lado, quando o questionamento é sobre as condições criadas por eles para estimulá-la e adotar a prática do intraempreendedorismo, esse dado sofre alteração. Menos de 30% dos executivos analisados afirmam conseguir criar processos e sistemas favoráveis à gestão da inovação dentro de suas empresas. Aí vem o questionamento, que diz respeito ao paradoxo percebido: Se a maioria dos executivos considera a inovação um elemento estratégico para a sobrevivência dos negócios, por que é tão difícil implantá-la? A resposta pode estar nas barreiras culturais da empresa, no estilo da liderança ou, simplesmente, nos colaboradores, que não têm coragem de desafiar suas próprias rotinas e limites estruturais. Ainda é possível afirmar, nos dias atuais, que a criação de produtos e/ou serviços inovadores no Brasil é considerada uma tarefa demorada e cara. Inúmeras são as razões que dificultam e/ou oneram a prática dentro das empresas, merecendo destaque a falta de cultura inovadora e ou empreendedora, a aversão ao risco, a intolerância ao erro e o foco excessivo nas ações de curto prazo. Vale aqui uma reflexão: Por que ainda deparamos com tantas dificuldades para inovar, já que se trata de um imperativo estratégico que aumenta a competitividade dos negócios? O que precisa realmente ser feito pelos governos, instituições e empresas a fim de criar um ambiente inovador no país? Creio que essas respostas devem ser perseguidas por todos se quisermos construir uma nação competitiva, tendo em vista que mudar é sinônimo de crescimento e longevidade. Mas, afinal, o que pode ser considerado inovação nos negócios? Tudo aquilo que gera dinheiro novo para a empresa, ou seja, tudo o que for criado e/ou implementado e que tenha impacto positivo na contabilidade de uma organização. Merece destaque o fato de que, na grande maioria dos casos, ela está relacionada a mudanças incrementais ou melhoria contínua no produto, serviço ou processo. Mesmo assim, muitos empresários acreditam que a mesma está ligada somente ao radical, ao inédito, daí a dificuldade em implantá-la. A inovação radical é mais rara e, consequentemente, envolve mais investimentos e riscos. Quando a empresa consegue criá-la e lançá-la, como aconteceu, por exemplo, com a família de produtos I da Apple, ela cria um novo mercado e fatura mais, já que a concorrência levará algum tempo para conseguir fazer algo semelhante. É importante lembrar que esse tipo de inovação demanda investimentos expressivos e contínuos em pesquisa e desenvolvimento. Para se ter uma visão mais ampliada, a literatura especializada aponta que mais de 80% das mudanças desenvolvidas nas empresas mundo afora são incrementais, e somente 20%, radicais. No centro do debate sobre inovação, deparamos com outra questão relevante: a cultura empreendedora. Inovar tem a ver com empreender, ou seja, buscar novas e melhores maneiras de gerar e captar valor para seu produto ou serviço. O empreendedor de oportunidade e o intraempreendedor são reconhecidamente os agentes da transformação, uma vez que inovar pressupõe planejamento, riscos, erros, tentativas e busca incessante por melhores resultados. Ele não desiste na primeira tentativa e é sabido que inovar nem sempre dá certo na primeira vez. Algumas características do comportamento empreendedor e intraempreendedor precisam ser apropriadas na inovação, como, por exemplo, perseverança, visão de longo prazo e confiança. É importante frisar que não há uma fórmula mágica nem mesmo uma receita milagrosa a seguir para inovar. Cada empresa, de pequeno ou grande porte, deve encontrar o seu caminho. Esse deve ser construído pela liderança e pelos colaboradores, já que é uma responsabilidade de todos. Por fim, para que possamos inovar mais e empreender neste e nos próximos séculos, precisamos romper com todas as barreiras e amarras que ainda impedem a mudança no nosso ambiente empresarial. É preciso também criar condições propícias ao surgimento dos intraempreendedores dentro das nossas organizações porque são eles os verdadeiros agentes de transformação. Não há outra saída, é inovar ou inovar. *Consultor e professor da Fundação Dom Cabral nas áreas de Gestão da Inovação e Empreendedorismo 38 PASSO A PASSO OUTUBRO/ NOVEMBRO

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