AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE

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1 REVISTA DO CCEI Centro de Ciências da Economia e Informática Rev. CCEI BAGÉ - RS Vol. 14 Nº ISSN AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE Roberto de Medeiros Junior¹ Maria Terezinha Angeloni² Fernando Filardi³ RESUMO Nas últimas décadas a divulgação de listas de Maiores e Melhores Empresas vêm se intensificando, contudo a abordagem administrativa adotada tem sido pouco explorada gerando questionamentos quanto à influência desta no desempenho destas empresas. Este estudo teve por objetivo identificar e analisar a influência da abordagem administrativa predominante nas empresas da região sul do Brasil integrantes das 100 melhores empresas segundo Great Place to Work Institute Brasil (2007). Partiu-se da classificação de Alperstedt (2000) que estrutura as abordagens como clássica, humana, organizacional e novos modelos, realizando-se adaptações, incluindo-se a abordagem burocrática e passando a abordagem de novos modelos de gestão a denominar-se contemporânea. As variáveis analisadas foram: (i) período dos estudos, (ii) autores das abordagens, (iii) formação destes, (iv) principais conceitos e (v) modelos de sociedade, organização e homem. Por meio de uma pesquisa qualitativa os resultados revelaram que, apesar de apresentarem fortes características de uma abordagem, nenhuma das empresas analisadas está totalmente inserida em uma delas e sofrem influências das demais. Demonstraram também que, a despeito de ainda apresentarem características das abordagens tradicionais, as empresas vêm se adaptando às novas abordagens considerando às necessidades do ambiente ao qual pertencem, melhorando sua relação com o homem e a sociedade. Palavras-chave: Abordagem Administrativa, Avaliação de Desempenho, Maiores e Melhores Empresas. ¹. Mestrando em Administração na Unisul - Univ. do Sul de Santa Catarina, Rua Trajano, 219, Centro, Florianópolis - SC roberto.medeiros.junior@hotmail.com ². Doutora em Administração, Professora e Pesquisadora da Unisul terezinha.angeloni@unisul.br ³. Doutor em Administração, Professor e Pesquisador da Unigranrio Univ. do Grande Rio, Rua da Lapa, 86/9º andar, Lapa, Rio de Janeiro, fernandofilardi@gmail.com. 72

2 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE ABSTRACT In recent decades the disclosure of Biggest and Best Companies lists have been increasing, yet the administrative approach adopted has been little explored raising questions about the influence in the performance of these companies. This study aimed to identify and analyze the influence of predominantly administrative approach in companies in southern Brazil members of the top 100 companies according to Great Place to Work Institute Brazil (2007). The start point was the classification of Alperstedt (2000) that structure as classical approaches, human, organizational and new models, carrying out adjustments, including the bureaucratic approach and changing new business models to be called contemporary. The variables were: (i) period of studies, (ii) authors of the approaches, (iii) formation of these, (iv) key concepts and (v) models of society, organization and man. Through a qualitative research findings revealed that, despite showing strong features of an approach, none of the companies surveyed are fully inserted into one and are influenced by other approaches. Also demonstrate that, despite still having traditional approaches characteristics, companies are adapting new approaches by considering the needs of the environment to which they belong, improving its relationship with man and society. Keywords: Administrative Approach, Performance Evaluation, Biggest and Best Companies. 1. INTRODUÇÃO Nos últimos dez anos a divulgação de listas de Maiores e Melhores Empresas vêm se intensificando bastante na literatura empresarial brasileira, contudo a abordagem administrativa adotada tem sido pouco explorada gerando questionamentos quanto à influência desta no desempenho destas empresas. Na evolução dos estudos de Teorias Organizacionais diversas abordagens administrativas foram propostas considerando o desenvolvimento do homem, da sociedade e consequentemente das organizações, porém poucos são os 73

3 Roberto de Medeiros Junior, Maria Terezinha Angeloni, Fernando Filardi estudos que identificam quais destas abordagens são predominantes nas melhores empresas brasileiras e como funciona a relação deste tripé homem-sociedadeorganização. Para Nayak (2008) as teorias administrativas não são representações, melhores ou piores, de um fenômeno particular construído isoladamente. Ao invés disso, a mobilidade, o movimento e a criatividade são as qualidades primordiais de uma teoria que deve ser desenvolvida de forma não-seqüencial, criativa e adaptativa. Uma abordagem administrativa deve ser avaliada pela sua capacidade de adaptação ao contexto externo e pela sua melhor ou pior relação com a sociedade e o ambiente com os quais ela interage. A lacuna que dá origem a este estudo buscou responder qual a influência das abordagens administrativas predominantes nas melhores empresas da região sul do Brasil classificadas entre as 100 melhores empresas classificadas pelo Great Place to Work Institute Brasil (2007) e qual a sua relação com o homem e a sociedade?, e para isto foi realizada uma revisão da literatura com a finalidade de identificar e classificar as principais abordagens administrativas, que para fins de organização foram agrupadas em cinco que são a clássica, a burocrática, a humana, a organizacional e a abordagem contemporânea. Partindo da classificação acima se buscou coletar as informações por meio de uma pesquisa de campo sobre as abordagens predominantes utilizadas pelas empresas estudadas procurando identificar como as mesmas interagem com a sociedade e procurando entender até que ponto a escolha de determinada abordagem levou-a a figurar entre as melhores empresas. O presente artigo está estruturado em cinco seções, sendo a primeira a presente introdução, a segunda apresenta um levantamento da literatura sobre cada abordagem frente às variáveis analisadas. A terceira seção apresenta a metodologia e o universo analisado. Os resultados e análises são apresentados na quarta seção. As conclusões e apontamentos finais são realizados na última seção. 2. REVISÃO DA LITERATURA A fundamentação teórica foi estruturada em duas dimensões, uma que analisou a evolução e as características das abordagens administrativas e outra 74

4 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE que descreveu as variáveis que delimitam o campo de estudo. Na revisão da literatura pesquisada foram encontradas classificações que variam de quatro a onze abordagens e dentre elas verifica-se a classificação adotada por Kwasnicka (1995) que inicia-se pelas escolas clássicas (abordagens científica, do processo administrativo e weberiana), seguidas das escolas neoclássicas (abordagens das relações humanas, comportamental, estruturalista), e por fim das escolas contemporâneas, sociotécnica, sistêmica de administração, contingencial, organizacional, modernidade e aprendizado. Clegg, Hardy e Nord (1998) em seus três volumes relativos aos estudos organizacionais apresentam uma análise crítica da teoria das organizações, classificando-as por meio das narrativas analíticas em seis abordagens apoiadas em quatro variáveis: o modelo de metanarrativa interpretativa, a problemática principal, perspectivas ilustrativas/exemplos e as transições contextuais. Alperstedt (2000) classifica a teoria administrativa em quatro abordagens quais sejam, a clássica, a humana, a organizacional e a de novos modelos e Tachizawa et al. (2001) denomina-as de correntes e modelos de gestão e organização, e as classifica em clássica, neoclássica, o homem como centro de análise, contingencial, política e cultural, japonesa, paradigmas emergentes, mudança e inovação e novos paradigmas. Muniz e Farias (2007) estruturam as diferentes escolas em onze abordagens, denominadas de teoria clássica, das relações humanas, burocrática, estruturalista, neoclássica, comportamental, do desenvolvimento organizacional, cibernética e administração da informação, matemática da administração, dos sistemas, contingêncial, administração pública, e da sociedade do conhecimento Abordagens Administrativas Para o presente estudo partiu-se da classificação de Alperstedt (2000), a clássica, a humana, a organizacional e novos modelos, por sua maior concisão e síntese na representação das grandes escolas da administração, entretanto foram realizadas as seguintes adaptações, incluindo-se a burocrática e a de novos modelos de gestão passndo a denominar-se abordagem contemporânea, compondo a classificação em 5 abordagens que são apresentadas a seguir. 75

5 Roberto de Medeiros Junior, Maria Terezinha Angeloni, Fernando Filardi Abordagem Clássica A Abordagem Clássica teve como principais autores Taylor (1990) e Fayol (1994) e seus estudos foram realizados no período de 1856 a 1918, sendo a área do conhecimento destes autores a das ciências exatas, mais especificamente a engenharia. Os conceitos mais relevantes introduzidos nesta abordagem foram a racionalidade, a busca da eficiência, o comando e o controle, a divisão das atividades de planejamento e execução, o estudo dos tempos e movimentos e a definição dos princípios da administração e das funções administrativas. A racionalidade foi predominante, o foco era o processo produtivo e as tarefas eram regidas pelo comando e controle buscando o máximo de eficiência não considerando o aspecto emocional do ser humano, este era apenas um componente mecânico no processo. Com a racionalidade a base cientifica foi considerada uma panacéia, dando origem ao estudo dos tempos e movimentos, onde Taylor afirmava (1990, p. 76) que: (...) existe uma maneira melhor para realizar cada tarefa, uma ferramenta melhor para executar a tarefa e um tempo ideal para cumprir a tarefa. Nesta abordagem Fayol (1994) se ocupou da construção de uma teoria voltada aos dirigentes, introduzindo a definição dos princípios da administração, definindo claramente as funções de administração e execução. Definiu 16 competências para os gerentes: planejar e executar, coerência entre objetivos e recursos, autoridade construtiva, harmonizar atividades e coordenar esforços, decisões simples e claras, seleção de pessoal, definir obrigações, encorajar iniciativa com responsabilidade, recompensar, punir, manter a disciplina, direcionar interesse do grupo, manter unidade de comando, supervisionar, ter tudo sobre controle e evitar o excesso de regulamento. Para estes autores, a estrutura organizacional era regida por um sistema de controle rigoroso, poder hierárquico, cultura autoritária, divisão do trabalho (especialistas), decisão centralizada, o conflito era considerado uma perturbação a estrutura e assim deveria ser extinto, a liderança considerada era apenas a estabelecida pelo título ou posição hierárquica e a comunicação era mínima e voltada apenas para o controle e a realimentação do processo. A administração científica de Taylor (1990), no nível organizacional, foi uma tentativa de formalizar as experiências e habilidades dos trabalhadores 76

6 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE visando a definição de métodos (regras e procedimentos) aplicadas ao trabalho cotidiano. A empresa era vista como um sistema fechado, considerado mecânico, previsível e determinístico, isto é, os indivíduos não recebiam influências externas. A sociedade, na qual esta abordagem estava inserida possuía uma demanda muito maior que a oferta, a natureza era vista como infindável e a ciência como uma panacéia. Uma análise do ambiente organizacional do final do século XIX e início do século XX explica a abordagem que considera o homem totalmente racional e com capacidade de compreender todas as condições do ambiente. Nem as organizações nem os teóricos da época, necessitavam se preocupar com o ambiente externo estável no qual poucas mudanças aconteciam. O homem era considerado uma extensão da máquina dentro da empresa e sua motivação era exclusivamente baseada nos aspectos financeiros o homo-economicus. Nas palavras de Taylor (1990, p. 23): (...) no passado, o homem estava em primeiro lugar; no futuro, o sistema terá a primazia. A abordagem ignorava variáveis psicológicas e sociais Abordagem Burocrática A Abordagem Burocrática desenvolveu-se na década de quarenta e teve como principais autores Weber (1958; 1974; 2004), Merton (1949), Selznick (1947) e Gouldner (1954). A formação de seus autores é direito e sociologia organizacional. O principal conceito introduzido por esta abordagem foi a burocracia, que segundo Muniz (2007, p. 56) é: (...) um sistema social, organizado mediante normas escritas, visando à racionalidade e à igualdade no tratamento de seu público. A burocracia de Weber (2004) deve possuir: caráter legal (normas e regulamentos), caráter formal das comunicações, racionalidade e divisão do trabalho, impessoalidade no relacionamento, hierarquização da autoridade, rotinas e procedimentos, competências técnicas e méritos, especialização da administração, profissionalização dos participantes e previsibilidade de comportamento. Nesta ótica existe uma separação clara da propriedade e gestão, onde a divisão entre empresa e individuo é latente: a impessoalidade é total até mesmo das funções. 77

7 Roberto de Medeiros Junior, Maria Terezinha Angeloni, Fernando Filardi O excesso de conceitos da burocracia pode vir a gerar maior internalização das regras e exagerado apego aos regulamentos, excesso de formalismo e de papelório, resistência a mudança, despersonalização do relacionamento, categorização como base do processo decisorial, superconformidade às rotinas e aos procedimentos e dificuldade de flexibilidade com o cliente (MUNIZ e FARIAS, 2007). O modelo organizacional da Abordagem Burocrática considera a organização como sistema fechado (sem interferência do ambiente externo), racional, mecanicista, normativista e formal. A comunicação deve ser formalizada e rígida. A divisão do trabalho e a estrutura hierárquica são bem definidas, considerando um ideal de funcionalidade, e a hegemonia da autoridade e a meritocracia e a disciplina são altamente valorizadas. A idéia central de organização nas obras de Weber (1958, 1974) está calcada em um modo de vida racionalista, tratando-se de um meio de transformar uma ação comunitária em ação societária, racionalmente ordenada. O raciocínio burocrático determina uma lógica mecânica na qual a razão é determinada pela técnica. Os primórdios da burocracia tiveram espaço em uma sociedade em crise entre razão e emoção, à procura de padrões. No segundo momento da burocracia havia um desejo da procura de regras e objetivos pela sociedade. O homem era previsível, padronizado e funcional, não tendo espaço para a criatividade e inovação e suas ações eram definidas pelo seu cargo e função, tornando-o um executorpadrão. O incentivo era pessoal, direcionado ao desempenho do homem perante indicadores e metas do cargo, não havendo vínculo social. Outros modelos de burocracia foram propostos por Merton (1949), Selznick (1947) e Gouldner (1954). Merton (1949) critica as deficiências do modelo de Weber denominado-as de disfunções da burocracia e apresenta um modelo composto por um número complexo de variáveis inter-relacionadas no qual discute os efeitos dos fatores organizacionais na personalidade humana. O autor apresenta um modelo de burocracia baseado na exigência de controle, na ênfase na confiança no comportamento, rigidez de comportamento e de defesa mútua, justificativa da ação individual, sentimento de necessidade de defesa da ação individual e dificuldade de relacionamento com os clientes. Em síntese, pode-se concluir que todos os modelos de burocracia propostos sofrem críticas por limitarem a participação dos seus empregados e a flexibilidade organizacional. 78

8 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE ABORDAGEM HUMANA Na Abordagem Humana, de 1920 à 1950, os principais autores foram Mayo (1933), McGregor (1964) e Likert (1979) e as principais origens foram a psicologia social e a medicina psiquiátrica. Durante a revisão da literatura verificou-se que os principais conceitos introduzidos por esta abordagem foram: dinâmica de grupo, interação social e a produtividade, gestão participativa, grupos informais, necessidades socialmente adquiridas, recompensa ligada ao ambiente e inerente à tarefa, valorização do ser humano e influencia do comportamento nas organizações. A crise produzida pela abordagem clássica ao não considerar os fatores humanos na organização fez com que o foco da abordagem humana fosse as relações humanas e seu comportamento perante a organização, limitando a racionalidade das tarefas. O ser humano não era mais visto como uma peça individual no processo, o grupo começou a ser valorizado por exercer influencia na organização, tornando o estudo da dinâmica de grupo muito importante. Foi possível constatar que os aspectos psicológicos, sociais e fisiológicos influenciam diretamente nas ações organizacionais e os chefes devem se interrelacionar com os subordinados considerando seus valores e suas aspirações. (LIKERT, 1979, p.51). A interação social passa a ser vista como vinculada à produtividade, onde a gestão deve ser participativa em todos os níveis, e nesta abordagem McGregor (1964) apresenta uma comparação entre a abordagem anterior (teoria X) onde o ser humano era considerado indolente e movido por dinheiro - e os novos conceitos considerando homem como automotivado, capaz de assumir desafios (teoria Y), fundamentando seus estudos na motivação. Neste período a sociedade se encontrava em crise com os valores da teoria clássica (razão e emoção) e os movimentos sindicais se fortalecendo, considerando as necessidades socialmente adquiridas. Apesar disto, as condições econômicas e políticas da sociedade não eram consideradas, e a organização continuava sendo gerenciada como um sistema fechado. A organização passa a ser vista como flexível, incorporando temas como subjetividade, descentralização e participação nas decisões e cooperativismo. Esta abordagem considera a organização informal, buscando compreender também os aspectos subjetivos como valores, percepções e normas de grupo. 79

9 Roberto de Medeiros Junior, Maria Terezinha Angeloni, Fernando Filardi Likert (1979) baseou sua teoria no inter-relacionamento entre chefes e subordinados destacando que a estrutura organizacional deveria favorecer a participação de todos na tomada de decisão O homem não é visto como uma máquina, mas como um ser complexo que não pode ser resumido em esquemas simples e mecânicos. Surge o homem psicológico dotado de emoção e, portanto ilógico e irracional, condicionado pelos sistemas sociais e necessidades, possuindo uma visão mais ampla do seu trabalho e da organização, tendo maior valor. Mayo (1933) foi o primeiro a demonstrar que os indivíduos não trabalham unicamente pelo dinheiro destacando a importância dos aspectos humanos na performance dos trabalhadores. Mayo (1933), McGregor (1964) Likert (1979), são unânimes em considerar a importância da dimensão humana na gestão das empresas e dão início a era das relações humanas privilegiando a expressão dos sentimentos, no entanto suas propostas foram vistas como paternalistas na medida em que as tarefas continuam mecânicas e o poder e a responsabilidade continuam centralizados Abordagem Organizacional Em pesquisa ao referencial teórico, nota-se que a Abordagem Organizacional (década de 60) teve como principais autores Etzioni (1974), Bertalanffy (1975), Drucker (2001), Simon (1977) e Katz e Kahn (1970), e teve diversas áreas como origem: sociologia, biologia, economia, psicologia organizacional, direito e filosofia. A Abordagem Organizacional introduz os conceitos relacionados a rede, a sistemas complexos (em contraposição ao modelo cartesiano), racionalidade limitada, isomorfismo, sinergia, cultura e clima organizacional, mudança organizacional, liderança situacional e planejamento estratégico, administração por objetivos. O conceito de rede introduzido considera que a empresa é formada por diversas redes que interagem com outras redes (clientes, concorrentes e outras instituições), porém o limite da empresa é bem definido não se confundindo com estas outras redes, há um limite claro entre o ambiente interno e o externo. Para Drucker (2001) e (1977) a racionalidade humana em matéria 80

10 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE econômica deve ser questionada, considerando que o tomador de decisão não dispõe de todas as informações necessárias para a tomada de decisão e o processamento das informações sofre a interferência de quem codifica e decodifica a mensagem. Simon (1979; 1977; 1986) considera que a organização determina largamente o processo de decisão influenciando os indivíduos de diferentes maneiras, mostrando seu caráter de sistema aberto. Contudo, a organização não pode exercer essa influência além de certo limite, de uma zona de consentimento que varia de uma organização para outra. Simon prefere a palavra influenciar à palavra dirigir e explica que existem diferentes maneiras de influenciar o comportamento dos atores, desenvolvendo o conceito de racionalidade limitada sustentando uma forma inovadora de apreender com as incertezas do ambiente no sentido de gerar regularidades no comportamento individual. A sociedade é vista como turbulenta e o homem como parte da organização, onde seus valores se mesclam e há uma explosão da informação e de acesso a mesma. O valor da informação não é medido quantitativamente, mas sim de forma qualitativa na sua utilização. A organização é focalizada como um sistema complexo e aberto com fronteiras definidas e é construída a analogia com um sistema vivo, assim a organização envelhece e deve se adaptar. Afirma Bertalanffy (1975, p. 74) são características da organização quer de um organismo vivo quer de uma sociedade, noções como as de crescimento, diferenciação, ordem hierárquica, dominância, controle, competição (...). O modelo de homem considera colaboração, desejo permanente de realização, de desenvolvimento pessoal (carreira profissional) e trabalho em grupo. O homem organizacional está fortemente vinculado a empresa, seus valores se mesclam. Segundo Katz e Kahn (1970) cada indivíduo reage à organização em termos da percepção que dela tem. Percepção que pode diferir, de várias maneiras, da organização real Abordagem Contemporânea A abordagem contemporânea é apresentada por Pereira (1995), Tachizawa (2001) e Alperstedt (2000) como novos modelos ou paradigmas de gestão e aparece 81

11 Roberto de Medeiros Junior, Maria Terezinha Angeloni, Fernando Filardi estruturada da seguinte maneira: Administração Japonesa; Participativa; Empreendedora; Holística e modelos emergentes. Dentre os modelos emergentes o autor cita Empresas Virtuais, Gestão do Conhecimento, Modelos Biológicos, Modelo Quântico, Teoria do Caos e Teoria da Complexidade. A classificação de Ferreira (1997) denominada de estratégias emergentes contempla a visão holística: Smuts e Capra; a administração empreendedora: Drucker, Farrel, Pinchot; a administração virtual: Davidow e Malone, Duffy; a reengenharia: Hammer e Champy, Hammel e Prahalad; Downsizing: Tomasko. Com base em todas as classificações encontradas cabe inferir que a Abordagem Contemporânea (1980 até hoje) é recente e com apenas algumas décadas gerou inúmeras teorias desenvolvidas por diversos autores, o que bem caracteriza a nova era na qual o volume de informações e conhecimento dobra a cada ano. Determinar a relevância de seus integrantes torna-se temeroso, pois tem-se colaboradores provenientes de diversas áreas desde a biologia até a física quântica. Castells (2003) assevera que vários acontecimentos influenciaram na transformação do cenário social da vida humana, dentre eles: a revolução tecnológica, a interdependência global da economia, descentralização das empresas e sua organização em redes tanto no ambiente interno como externo, o declínio da influência dos movimentos de trabalhadores e a integração global dos mercados financeiros. Para o autor, os gestores estão perplexos frente a abrangência das transformações social, cultural e do pensamento de nossos tempos. A visão sistêmica e holística é extrapolada para uma visão ecológica, onde além de considerar todas as partes, considera o fator temporal e sustentável da empresa, social e do planeta. Tem-se atualmente um modelo auto-organizado que se funde ao meio se adaptando conforme necessário (CAPRA, 1996, p.80). A sociedade é considerada muito instável e complexa, onde as barreiras entre culturas, comerciais, empresas, níveis sociais e paises estão se extinguindo, tornando o mundo plano para Friedman (2007). Como o mundo é plano, as fronteiras caem e os modelos japoneses de gestão e seus resultados afetam diretamente as empresas ocidentais que passam a se inspirar no jeito japonês de gerenciamento nem sempre considerando os aspectos culturais. Sveiby (1998) destaca que a sociedade e as organizações estão se dirigindo a um novo contexto, ainda não totalmente definido que inclui ao mesmo tempo o intangível e caótico, individual e global, pequeno e grande, mecânico e humano. O autor enfatiza que independentemente de aceitar ou não que a sociedade caminha rumo 82

12 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE a um novo paradigma, algumas evidências se configuram como relevantes, dentre elas a importância da informação e do conhecimento, como fatores de competitividade organizacional. A importância do conhecimento já era reconhecida pelos filósofos da antiguidade, porém a prática consciente da gestão do conhecimento na dinâmica organizacional constitui em novidade. A diferença neste momento é a tentativa de criação do conhecimento organizacional gerando a inovação. Nonaka e Takeuchi (1997); Krogh, Ichijo e Nonaka (2001); Probst; Raue; Romhardt, (2002); Davenport e Prusak, (1998). Nesta perspectiva, Geus (1997) constata que se na empresa do século XX os ativos mais valiosos eram os tangíveis, no século XXI enfatiza-se a valorização do capital intelectual que passa a representar papel efetivo no valor das organizações. Brooking e Motta (1996), Stewart (1998), Sveiby (1998) Edvinsson e Malone (1998). Será apresentada na tabela 1 uma comparação que demonstra as características das diversas abordagens administrativas e as variáveis que formam o objeto de estudo desta pesquisa Variáveis Foco da Análise Tornar-se-ia inviável analisar a teoria das organizações em toda a sua amplitude e para delimitar o estudo foram selecionadas as sete variáveis abaixo relacionadas com base nos estudos de Muniz e Farias (2007): a) Período - define o período de inicio e fim em que os estudos foram realizados; b) Principais Autores - apresenta os principais autores e defensores da abordagem; c) Origem - identifica a área de formação dos principais autores; d) Conceitos - aponta os principais conceitos da abordagem; e) Modelo de Sociedade - analisa a sociedade vigente e sua relação com a abordagem; f) Modelo Organizacional analisa a organização em relação ao controle, processo decisório, características das funções administrativas e comunicação. g) Modelo de Homem - analisa a visão do homem em cada uma das abordagens. 83

13 Abordadgens Características Clássica Humana Organizacional Burocrática Contemporânea Período Autores Conceitos 1856 a 1918 Taylor e Fayol Racionalidade Eficiência Comando e controle Divisão das atividades de planejamento e execução Estudo dos tempos e movimentos Definição dos princípios da administração Definição das funções Definição dos elementos Deveres dos gerentes 1920 a 1950 Mayo, Lewin, Macgregor e Likert Racionalidade limitada Dinâmica de grupo Interação Social e a produtividade Gestão participativa Teoria X e Y Grupos Informais Necessidades socialmente adquirida Recompensa ligados ao ambiente (extrínseco) e inerentes a tarefa (intrínseco) Valorização do ser humano nas organizações Considera a influencia do comportamento nas organizações Consideram a influencia dos aspectos psicológicos, sociais e fisiológicos nas ações organizacionais. Origem Engenheiros Psicólogos sociais, médicos psiquiatra. Década de 60 Etzioni, Bertalanffy, Katz e Kahn, Drucker, Simon Teoria Geral dos Sistemas em contraposição ao modelo cartesiano (fragmentado) - interdependência entre as partes Isoformismo Equifinalidade Sinergia Rede Sistemas complexos Planejamento estratégico Conflito e dilema Pragmatismo na aplicação dos conceitos administrativos Processo administrativo: planejamento, organização, direção e controle Cultura e clima organizacional Mudança organizacional Sociólogo, Biólogo, economista, psicólogo organizacional, direito e filosofia e década de 40 Weber, Merton, Selznick e Gouldner Burocracia Separa propriedade da gestão Impessoalidade total (até mesmo das funções) Administração orientada por objetivos Previsibilidade de comportamento Rotinas e procedimentos Controle absoluto Especialização do processo das tarefas Padronização de desempenho da função Unidade de comando e centralização da tomada de decisão Uniformidade das ações institucionais Não-duplicação de função Direito e sociologia organizacional 80 até hoje Smuts e Capra, Drucker, Pinchot; Edvinsson e Malone; Hammel e Prabalad; Nonaka e Takeuchi; Krough, Ichijo e Nonaka; Probst; Raue; Romhardt: Davenport e Prusak Visão Sistêmico - Holística/Holística Visão Ecológica considerando o tempo Rede não permitindo a divisão entre ambiente interno e externo. Auto-Organização Matemática e Complexidade Propriedades Emergentes Organização como ser vivo Terceirização Cadeia de fornecimento Logística Software de Fluxo de Trabalho Valorização dos bens intangíveis Gestão da informação e do conhecimento Biologia, física, administração 84

14 Modelo de Sociedade Modelo Organizacional Modelo de Homem Ciência como Panacéia Natureza infindável Primeiro movimento sindical Demanda maior que oferta Sistema de controle rigoroso Poder hierárquico Autoritário (Cultura) Departamentalização de Funções Divisão do Trabalho Especialista Decisão centralizada Homem Máquina/Operacional Prêmio por Produção Não há variáveis Psicosociais Individualista Crise da racionalizade Estabilidade relativa. Fortalemimento dos movimentos sindicais Turbulento Explosão da informação e acesso a mesma Instável, crise da racionalidade perante a emoção: uma busca à padrões. Visão mais ampla da organização por parte do trabalhador Adaptação do homem ao trabalho Humanista e pré orgânica Sistema fechado: não reconhecimento das condições econômicas, políticas da sociedade Flexibilidade, Aceitação da subjetividade, Descentralização e participação nas decisões Comportamento cooperativo Líder situacional Organização informal Ser complexo que não pode ser resumido a esquemas simples e mecânicos. Surge o homem psicológico dotado de emoção e, portanto ilógico e irracional. Organização sistema complexo Sistemas abertos com fronteiras definidas Sistema Orgânico (organização envelhece e deve se adaptar) Rede de relacionamento e de comunicação Harmonia entre o formal e informal Informação como insumo organizacional Abordagem múltipla Evolutiva Composto de atividades operacionais e grupais Liderança situacional Homem organizacional Homem parte da organização Valores do homem mesclados com os valores organizacionais. A história de cada indivíduo é valorizada. Administrador-Gestor: desempenho, eficácia e conhecimento administrativo. Sistema fechado, sem interferência do ambiente externo Racional, mecanicista e normativista Comunicação formalizada Rígida Org deve ser formal e formalizada Normatizada e regulamentada Divisão do trabalho Tipo ideal de estrutura e funcionamento Estrutura hierárquica Hegemonia da autoridade Meritocracia Disciplina Hierarquização da autoridade Resistência a mudança Homem burocrata Comportamento deve ser previsível, padronizado e funcional O homem é o seu cargo e função Incentivo individual O homem é o seu cargo e função Incentivo individual O homem desconexo da sociedade Não dá espaço a criatividade e inovação Figura 01 - Comparação entre as Abordagens Muito Instável e complexa regida pela informação e acesso a mesma. Os limites entre sociedade, empresa e indivíduos se fundem. Organização como sistema vivo Organização aberta; Controle complexo, não podendo ser realizado de forma centralizada; Cada célula se auto-controla; Autoridade baseada na meritocracia do individuo e do grupo Conflito é parte fundamental da empresa-orgânica Motivação é estabelecida pela própria célula A comunicação total (vertical e horizontal) é prérequisito Estrutura complexa. Homem como partícula atuante de todo o processo Uma célula do ser ou uma empresa unicelular Globalização do indivíduo e de seu papel perante a empresa e sociedade O colaborador é a empresa e empresa é o colaborador. 85

15 Roberto de Medeiros Junior, Maria Terezinha Angeloni, Fernando Filardi 3. MATERIAL E MÉTODO DE PESQUISA A pesquisa qualitativa realizada teve como característica central o fato de os pesquisadores procurarem entender os fenômenos pela perspectiva dos atores envolvidos, para depois, interpretar a realidade social. Assim, ao invés de tratá-los como objetos passíveis de serem apenas quantificados estatisticamente, dá-se voz a eles (BAUER et al., 2002). Quanto aos fins, a pesquisa foi descritiva, pois expressa o desejo de conhecer determinado grupo, suas características e seus problemas e exige que o pesquisador tenha o máximo de informações necessárias sobre aquilo que deseja pesquisar (GOULART, 2006). A investigação foi realizada com base no universo que compreende as empresas da região sul do Brasil, que engloba os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, apontadas entre as 100 melhores empresas para se trabalhar segundo o Great Place to Work Institute Brasil (2007). Este universo totalizou 20 empresas, sendo 12 do Rio Grande do Sul, 3 de Santa Catarina e 5 do Paraná, sendo que 10 empresas responderam ao questionário. A definição da amostra obedeceu aos critérios de acessibilidade. Quanto aos meios o processo de comunicação foi todo realizado por e- mails e telefone, sendo que o instrumento de coleta de dados consistiu em questionário estruturado por questões objetivas de resposta única que foi aplicado aos diretores ou gerentes de pessoas das empresas estudadas obedecendo a requisitos tais como: envolvimento com a gestão e conhecimento amplo e detalhado das circunstâncias envolvidas na questão de pesquisa. A primeira parte do questionário buscou identificar a origem da abordagem adotada pela organização. A segunda e a terceira partes procuraram verificar qual a relação da organização como a sociedade. As sessões quatro, cinco, seis e oito exploraram o modelo organizacional e a sessão sete o modelo de homem. Os dados foram agrupados em planilhas, comparados e analisados por meio da estatística descritiva e de acordo com técnicas qualitativas de análise de conteúdo do tipo categorial-temática, que para Minayo (2000) consiste em descobrir os núcleos de sentido que compõem uma comunicação cuja presença possua algum significado para o objeto analítico identificado. Portanto, fazer uma análise temática consiste em descobrir os temas, que são as unidades de 86

16 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE registro nesse tipo de análise e que corresponde a uma regra para o recorte. Após o recorte, as unidades de significação foram classificadas e agregadas em categorias. 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Retomando-se a questão de pesquisa colocada no trabalho - Quais as abordagens administrativas predominantes nas melhores empresas da região sul do Brasil classificadas entre as 100 melhores empresas segundo o Great Place to Work Institute Brasil (2007) e qual a sua relação com o homem e a sociedade? são apresentados a seguir os principais resultados provenientes da pesquisa dividindo as variáveis foco de análise em categorias. No tocante à abrangência do estudo, das 20 organizações da população definida, 10 responderam formando a seguinte amostragem: 4 organizações do Rio Grande do Sul (33% de aproveitamento), 2 de Santa Catarina (66%) e 4 do Paraná (80%) Origem da Abordagem Administrativa O primeiro foco de análise da pesquisa dizia respeito à origem da abordagem administrativa adotada pelas empresas estudadas, e através das questões sobre esta temática, foi possível verificar que 40% dos entrevistados acreditam que a empresa possui uma abordagem administrativa com forte influência da área de exatas, tendo a engenharia como principal ênfase. Outros 40% indicaram a área de psicologia como o principal enfoque, 10% a sociologia e 10% a biologia, neste último vale ressaltar que a resposta foi dada por uma empresa que possui seu principal produto final vinculado à área de biologia, o que provavelmente influenciou a resposta. Ainda sobre o tema abordagem administrativa, cabe citar que nenhuma empresa acredita ter o campo jurídico como principal enfoque da sua abordagem administrativa, apesar desta ser uma das opções de resposta, o que parece reforçar a área jurídica como atividade de suporte ao negócio e não um dos vetores estratégicos de sua arquitetura organizacional. 87

17 Roberto de Medeiros Junior, Maria Terezinha Angeloni, Fernando Filardi 4.2. Aspectos Internos do Modelo As questões seguintes da pesquisa se ocuparam em explorar os aspectos ligados ao modelo organizacional, onde foram analisadas as variáveis de controle, processo decisório, características das funções administrativas e comunicação. A seguir as informações mais relevantes retiradas da coleta de dados. Com relação à variável Controle, 80% das empresas entrevistasdas consideram que possuem um modelo estruturado próximo ao burocrático com regras bem definidas e que devem ser seguidas, 10% acreditam que a empresa se aproxima muito de um ser vivo que pode ser auto controlado e outros 10% não souberam responder a esta questão. No aspecto Decisão, 70% afirmam que a tomada de decisão segue a abordagem humana levando em conta que os colaboradores têm uma visão do todo bem desenvolvida e podem contribuir mais com as decisões do que no passado. A abordagem clássica na qual o poder hierárquico e vertical e a decisão centralizada, a abordagem organizacional vista como altamente complexa e a abordagem contemporânea na qual as decisões são regidas pelo mercado, estiveram representadas cada uma por 10% das empresas. Quanto às Funções Administrativas, 50% informam que as funções estão distribuídas de maneira a favorecer o tráfego das informações, observando a abordagem organizacional, 30% que as funções favorecem a colaboração entre os colaboradores e áreas, seguindo a abordagem humana e apenas 20% citam que as funções estão bem descritas em manuais corporativos, apontando para um modelo mais burocrático. No tocante a questão da Comunicação, foi possível verificar que em 30% das empresas estudadas ela é incentivada, ou seja, as mesmas estimulam a troca de informação, seja por via formal ou informal seguindo uma abordagem mais humana, 30% possuem sistemas formais que incentivam mais a transmissão do que a troca da informação estando mais alinhadas com a abordagem organizacional, 20% controlam formalmente as informações divulgadas aos colaboradores, inclusive seu acesso a determinadas páginas da internet tendo uma postura mais burocrática e 20% acreditam que a informação é o maior bem da empresa, tendo fluxo livre dentro e fora da empresa. 88

18 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE 4.3. Relação com o Homem e com a Sociedade A última sessão da pesquisa procurou investigar a relação das empresas com a sociedade, ou seja, sua preocupação com o enfoque social do tripé da sustentabilidade, composto pelo enfoque econômico-social-ambiental. Sobre o mercado de atuação da empresa constatou-se que 60% dos entrevistados acreditam que o mercado é estável ou que sofre poucas variações, enquanto 40% afirmaram que seu mercado é turbulento ou instável. Um fato positivo bastante relevante é o de que todas as empresas entrevistadas possuem ações sociais, sendo que 60% delas possuem programas sociais desenvolvidos e estruturados, 10% estão iniciando seus projetos de ações sociais e 30% possuem apenas ações pontuais, mas com planos de expansão futura. Por fim, a pesquisa se ocupou em indagar sobre o modelo de homem adotado, e 30% dos entrevistados foram categóricos ao afirmar que acreditam que seu modelo de homem é mais alinhado com a abordagem clássica, onde o colaborador é recompensado por cumprir suas tarefas de forma eficiente. Outros 30% seguem a abordagem contemporânea, onde os valores dos colaboradores e da empresa estão fortemente vinculados, outros 30% se apoiam na abordagem organizacional, em que o colaborador é uma célula do grande ser vivo que é a empresa, indicando uma visão mais holística e 10% possuem uma abordagem humana, onde o colaborador é considerado um ser complexo, dotado de necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais, sendo a principal variável a que a empresa deve dar atenção. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A interação das organizações com a sociedade e com o ser humano vem recebendo atenção especial nos últimos anos, não apenas dos seus clientes, mas especialmente de todos os stakeholders envolvidos na sua cadeia produtiva, inclusive das publicações científicas e não-científicas que vem procurando analisar o desempenho destas em diversos aspectos. Este estudo se preocupou em apurar a abordagem administrativa predominante nas melhores empresas para se trabalhar no sul do Brasil, assim como sua relação com a sociedade, seu modelo organizacional e seu modelo de homem. 89

19 Roberto de Medeiros Junior, Maria Terezinha Angeloni, Fernando Filardi A pesquisa revelou que as melhores empresas estudadas vêm modificando seu modelo de negócio, que nos primórdios da administração era predominantemente influenciado pela área de exatas, notadamente as engenharias, e hoje já tem uma tendência maior para a humanização da gestão, visto que 60% da amostra pesquisada se apóiam em um modelo que tem raízes na psicologia, na sociologia ou na biologia. Reforçando esta tendência foi possível concluir por meio dos resultados da pesquisa que todas as empresas participantes possuem uma estreita ligação com a sociedade, visto que desenvolvem projetos sociais em larga escala, e na maioria dos casos já o fazem a muitos anos tendo sua influência já bastante consolidada nas regiões beneficiadas. Descendo o nível de análise ao modelo de gestão verifica-se que o controle das tarefas ainda é pautado pelo modelo burocrático de normas e procedimentos, porém o processo decisório, a distribuição do trabalho e o fluxo de informações seguem uma linha mais humana e de maior autogerenciamento, onde os colaboradores têm maior autonomia e participação. A respeito do modelo de homem, há uma predominância de empresas que consideram de forma crescente o ser humano como base de toda a gestão, e revelase uma divisão em quatro grandes grupos de empresas, sendo as primeiras aquelas onde o colaborador é recompensado pela realização das tarefas, em uma visão bastante taylorista, um segundo grupo no qual os valores dos colaboradores e da empresa estão fortemente vinculados, outro grupo onde o holismo dá a tônica e o colaborador é uma célula do todo e um último grupo com menor expressão, onde o colaborador é considerado um ser complexo, dotado de necessidades que devem ser levadas em consideração na atuação da empresa. A conclusão final e a contribuição teórica que o estudo proporciona é a de que as melhores empresas da região sul não figuram nesta posição por acaso, ao contrário, vêm buscando adaptar sua gestão às necessidades do ambiente empresarial ao qual pertencem, considerando o lado social, ajustando as tarefas à velocidade de demanda do mercado, mas especialmente humanizando e envolvendo de maneira crescente seus colaboradores. Cabe ainda como sugestão de pesquisas futuras expandir o mesmo estudo para outras regiões do país e para outras listas de Melhores e Maiores empresas do Brasil, buscando entender e consolidar o tema da relação entre as abordagens administrativas, os modelos de gestão e os modelos de sociedade, organização e homem. 90

20 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALPERSTEDT, G. D. Adaptação estratégica em organização universitária: um estudo qualitativo na Universidade do Sul de Santa Catarina. Santa Catarina: UFSC, BAUER, M.W.; GASKELL, S.; ALLUM, N.C. (Org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, BERTALANFFY, L.V. Teoria Geral dos Sistemas. 2º ed. Pio de Janeiro: Vozes, BROOKING, A. & MOTTA, E. A taxonomy of Intellectual Capital and a Methodology for Auditing it. 17 th Annual National Business Conference. McMaster University Hamilton, Ontário, Canada, Jan 24-26, 1996 CAPRA, F. O ponto de mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix, A teia da vida. São Paulo: Cultrix CASTELLS, M.L. A Galáxia Internet: reflexões sobre Internet, negócios e sociedade. J Zahar Ed.Ltda, CLEGG, S. R; HARDY, C. & NORD, W. R. Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, DAVENPORT, T.H. & PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, DRUCKER, P.F. O homem, a administração, a sociedade. São Paulo: Nobel, EDVINSSON, L. & MALONE, M.S. Intellectual Capital: Realizing your Company s True Value by Finding Its Hidden Brainpower, Harper Business, New York, New York, ETZIONI, A. Análise comparativa de organizações complexas: sobre o poder, o engajamento e seus correlatos. Rio de Janeiro: Zahar, FAYOL, H. Administração Industrial e Geral. 10 ed. São Paulo: Atlas, FERREIRA, A.A. et al.- Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias. São Paulo: Pioneira, FRIEDMAN, T.L. O mundo é plano: uma breve história do século XXI. 2ºed. Rio de Janeiro: Objetiva, GEUS A.P. Planejamento como aprendizado, pp In Starkey K. Como 91

21 Roberto de Medeiros Junior, Maria Terezinha Angeloni, Fernando Filardi as organizações aprendem. Relatos do sucesso das grandes empresas. Zumble/ Futura, São Paulo, GPTW INSTITUTE BRASIL Melhores empresas para trabalhar no Brasil Disponível em: < Acesso em: 28 mar GOULART, I. B. (Org.). Temas de psicologia e administração. São Paulo: Casa do Psicólogo, GOULDNER, A.W. Patterns of industrial bureaucracy. Glencoe, Illinois: Free Press KATZ, D. & KAHN, R.L. Psicologia Social das Organizações. São Paulo: Editora Atlas, KROGH, G.; ICHIJO, K. & NONAKA, I. Facilitando a criação do conhecimento: reinventando a empresa com poder de inovação contínuo. Rio de Janeiro: Campus, KWASNICKA, E.L. Introdução à administração. 5º ed. São Paulo: Atlas, LIKERT, R. & Likert, J. G. Administração de Conflitos Novas Abordagens. São Paulo: McGraw-Hill, MERTON, R.K. Social theory and social structure. Glencoe, Illinois: Free Press MAYO, G.E. The human problems of industrial civilization. New York: Macmillan MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7.ed. S. Paulo: Hucitec, MUNIZ, A. J. de O. & FARIA, H.A. Teoria Geral da Administração. 5 ed. São Paulo: Atlas, NAYAK, Ajit. On the Way to Theory: A Processual Approach. Organization Studies, 2008, Vol.29 Issue 2, p , 18p. NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, PEREIRA, H. Os novos modelos de gestão: análise e algumas práticas em empresas brasileiras. Tese de doutorado. Fundação Getulio Vargas - SP, FGV- SP. Brasil PROBST, G.; RAUB, S. & ROMHARDT, K. Gestão do conhecimento: os elementos construtivos do sucesso. Porto Alegre: Bookamn,

22 AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PREDOMINANTES NAS MELHORES EMPRESAS DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O HOMEM E A SOCIEDADE SELZNICK, P. T.V. A and the grass roots. Berkeley: University of California Press SIMON, H. A. The new science of management decision. New Jersey: Prentice- Hall, Comportamento administrativo - Estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. Rio de Janeiro: FGV, A Racionalidade do Processo Decisório em Empresas. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, 38 (1), p , Jan/Mar, Administration et processus de decision. Paris: Economica, STEWART, T.A. Intellectual Capital: New Wealth of Organizations. Dbleday/ Currency, New York SVEIBY, K.E. The New Organizational Wealth: Managing and Measuring Knowledge Based Assets, Berrett Koehler, San Francisco, CA., TACHIZAWA, T.et al. Gestão negócios visões dimensões empresariais da organização. S.Paulo: Atlas, TAYLOR, F.W. Princípios de Administração Científica. 8 ed. São Paulo: Atlas, WEBER, Max. The protestant ethic and the spirit of capitalism. New York: Scribner, Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, Economia e Sociedade. Vol 2. São Paulo: Imprensa Oficial SP,

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