STEVENSON, Robert L. A ilha do tesouro. São Paulo: Scipione, p (Adaptação de Ary Qintella).

Transcrição

1 QiD 4 6º ANO PARTE 2 LÍNGUA PORTUGUESA HOTEL ALMIRANTE BENBOW Esta narrativa, sobre a Ilha do Tesouro, foi escrita por mim a pedido de vários amigos. Por isso, neste ano de 1735, principio minha tarefa, recordando o período em que um velho marinheiro ficou hospedado no hotelzinho Almirante Benbow, que pertencia a meu pai. O velho marinheiro bateu à nossa porta, arrastando o baú de bordo com carrinho de mão. Era um homem forte, grande, com o rosto marcado por uma cicatriz enorme. Sua peruca negra chegava aos ombros do casaco azul-marinho. Todos os dias, me perguntava se algum marinheiro viera ao hotel. Pensei que desejasse encontrar algum companheiro. Mas, com o tempo, descobri querer evitar determinado marujo, pois quando um deles entrava no salão, permanecia escondido, observando-o por trás da porta. Uma vez, até me prometeu dinheiro se eu o avisasse da presença de certo marinheiro com perna de pau. Suas histórias davam a entender que viera com gente braba, do mar. Eram histórias apavorantes. Meu pai dizia que os fregueses acabariam por deixar o hotel. Porém, notei que eles gostavam daquelas narrativas chocantes com enforcamentos, assassinatos e roubos. O velho marinheiro não nos pagava. Então, meu pai foi cobrar o que nos era devido. O velho fungou e fez caretas. E não pagou. Tenho certeza de que tal situação contribuiu bastante para a morte de meu pai, que vivia temeroso, preocupado, tenso. Principalmente com tal dívida, que não parava de crescer. Só vi uma pessoa enfrentá-lo, o nosso doutor Livesey. Meu pai piorava, e o doutor veio examinálo. Depois, foi comer no salão. O velho cantava aquela tradicional cantiga. Percebi que o doutor olhava zangado para o bêbado. Quando o velho socou o tampo da mesa, todos se calaram, como sempre. Mas o doutor continuou a falar com o jardineiro. O velho berrou: Silêncio no convés! e disse meia dúzia de palavrões. O doutor perguntou: Está falando comigo? O velho resmungou e disse mais palavrões, sacando a navalha de marinheiro, que sempre carregava. O doutor foi curto e grosso: Olha, se não guardar isso, mandarei enforcá-lo na próxima reunião do tribunal! STEVENSON, Robert L. A ilha do tesouro. São Paulo: Scipione, p (Adaptação de Ary Qintella). 1. O texto que você leu é o início de A ilha do tesouro, um dos romances mais famosos de Robert L. Stevenson. Assim como outras narrativas de aventuras, essa história começa em um determinado tempo e em certo lugar. b) (0,5) MENCIONE o tempo histórico da narrativa, ou seja, a época em que a história se passa. c) (0,5) INDIQUE o espaço da narrativa. 2. (1,0) O narrador do texto nos fala sobre um velho marinheiro que ficou hospedado no hotel de seu pai. COPIE do texto uma frase que apresenta uma descrição do velho marinheiro. 3. (1,0) O pai do narrador-personagem veio a falecer em função de uma determinada doença. Segundo o texto, DETERMINE o fato que teria agravado o problema de saúde do pai do narrador. 4. (1,0) No texto lido, o narrador-personagem sugere que o velho marinheiro, hóspede do hotel, ficava constantemente embriagado. ESCREVA, com suas palavras, em que momento da história isso fica evidente. 5. (1,0) Quem conta a história que você leu é um narrador-personagem. COPIE do primeiro parágrafo do texto todos os pronomes que o narrador utiliza para referir-se a si mesmo.

2 QiD 4 6º ANO PARTE 2 LÍNGUA PORTUGUESA 6. (1,0) OBSERVE que a palavra certo ocupa posições diferentes nas frases abaixo: I. Uma vez, até me prometeu dinheiro se eu o avisasse da presença de certo marinheiro com perna de pau. (3º parágrafo do texto) II. O marinheiro entrou no navio certo. INDIQUE a que classe gramatical pertence a palavra certo em cada uma das frases. 7. Porém, notei que eles gostavam daquelas narrativas chocantes com enforcamentos, assassinatos e roubos. (4º parágrafo do texto) (1,0) REESCREVA a frase destacada, SUBSTITUINDO o pronome pessoal do caso reto pelo substantivo a que ele se refere, de acordo com o contexto. 8. CONSIDERE o trecho seguinte e FAÇA o que se pede: - Silêncio no convés! e disse meia dúzia de palavrões. a) (0,5) TRANSCREVA apenas a parte que corresponde à voz do narrador do texto. b) (0,5) REESCREVA todo o trecho, SUBSTITUINDO a expressão sublinhada por um pronome indefinido adequado ao contexto da frase. FAÇA apenas as alterações necessárias. 9. (1,0) LEIA a frase seguinte e RESPONDA às questões a / b. O velho marinheiro não nos pagava. a) CLASSIFIQUE o pronome destacado na frase. b) INDIQUE se o pronome destacado é adjetivo ou substantivo. 10. No final do texto, o médico diz assim para o velho marinheiro: Olha, se não guardar isso, mandarei enforcá-lo na próxima reunião do tribunal! a) (0,5) INDIQUE a que termo se refere o pronome demonstrativo isso, de acordo com o contexto. b) (0,5) Levando em consideração as regras para o emprego dos pronomes demonstrativos, JUSTIFIQUE o emprego do pronome isso por parte do personagem.

3 DATA DE ENTREGA: 22 / 06 / 2016 QiD 4 6º ANO PARTE 2 LÍNGUA PORTUGUESA GABARITO 1. a) (0,5) Possibilidades: 1735 ; século XVIII ; época das grandes navegações (ou da Expansão Marítima). b) (0,5) O hotel (Almirante Benbow). 2. (1,0) Duas possibilidades: Era um homem forte, grande, com o rosto marcado por uma cicatriz enorme. e Sua peruca negra chegava aos ombros do casaco azul-marinho. 3. (1,0) O velho marinheiro se recusou a pagar o que devia ao pai do narrador, que já estava endividado. 4. (1,0) Quando o velho marinheiro pede que todos façam silêncio no convés, quando, na verdade, estava no salão do hotel. Em outras palavras, o velho marinheiro achava, por seu estado de embriaguez, que estava num navio, mas estava em um hotel. 5. (1,0) Mim minha meu. 6. (0,5) Frase I: pronome indefinido. (0,5) Frase II: adjetivo. 7. (1,0) Porém, notei que os fregueses gostavam daquelas narrativas chocantes com enforcamentos, assassinatos e roubos. 8. a) (0,5) e disse meia dúzia de palavrões. b) (0,5) Silêncio no convés! e disse MUITOS / VÁRIOS / BASTANTES / ALGUNS palavrões. Observação: se o aluno mantiver a preposição ( Silêncio no convés! e disse MUITOS de palavrões.), terá apenas metade da questão. 9. a) (0,5) pronome pessoal do caso oblíquo. b) (0,5) pronome substantivo. 10. a) (0,5) Navalha. b) (0,5) Ele emprega o pronome isso porque se refere a algo que está próximo da pessoa com quem ele estava falando, ou seja, seu interlocutor.

4 QiD 4 6º ANO PARTE 2 INGLÊS WRITE THE PLURAL FORM OF THE SENTENCES BELOW. COPY THE COMPLETE SENTENCES ON YOUR ANSWER SHEET. 1. (1,0) THAT WOMAN HAS AN ORANGE BAG. 2. (1,0) THIS IS A NICE CHILD. 3. (1,0) THE MAN IN THE LIVING-ROOM IS MY COUSIN. 4. (1,0) THE SHEEP IS HUNGRY. 5. (1,0) WHERE IS HIS KNIFE? WHAT TIME IS IT? COPY THE COMPLETESENTENCES ON YOUR ANSWER SHEET. 6. (1,0) 8: (1,0) 8: (1,0) 8: (1,0) 9: (1,0) 9:55.

5 QiD 4 6º ANO PARTE 2 INGLÊS 1. THOSE WOMEN HAVE ORANGE BAGS. GABARITO 2. THESE ARE NICE CHILDREN. 3. THE MEN IN THE LIVING-ROOM ARE OUR COUSINS. 4. THE SHEEP ARE HUNGRY. 5. WHERE ARE THEIR KNIVES? 6. IT S EIGHT O CLOCK. OU IT S EIGHT 7. IT S A QUARTER PAST / AFTER EIGHT. OU IT S EIGHT FIFTEEN 8. IT S A HALF PAST / AFTER EIGHT OU IT S EIGHT THIRTY. 9. IT S A QUARTER TO TEN. IT S EIGHT FORTY FIVE. OU IT S FIFTEEN TO EIGHT 10. IT S FIVE TO TEN. OU IT S NINE FIFTY.