Doenças das vias biliares. César Portugal Prado Martins UFC

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Doenças das vias biliares. César Portugal Prado Martins UFC"

Transcrição

1 Doenças das vias biliares César Portugal Prado Martins UFC

2 Anatomia do Sistema Biliar

3 Função da vesícula biliar Concentração da bile absorção de sal e água produção de muco Armazenamento da bile Excreção da bile

4 Colelitíase Tipos de cálculo Cálculos de colesterol Mais comuns Amarelados, maiores, mais duros. Predomina colesterol, mas geralmente são mistos. Supersaturação da bile + estase Radiotransparente Cálculos pigmentares Mais raros Mais escuros, Predomina Cálcio e bilirrubina Hemólise crônica, cirrose, Ascharis. Radiopaco

5 Fatores de Risco 4 F s: Fertily(estrogênio e progesterona) Female Fat(hipersecreção de colesterol) Forty

6 Diferenciando Conceitos Colelitíase: Cálculo na vesícula Coledocolitíase: Cálculo no colédoco Colecistite: Inflamação da vesícula Colangite: Inflamação das vias biliares Colestase: estase da bile(por obstrução ou outras causas)

7 Quadro clínico: Colelitíase MAIORIA: ASSINTOMÁTICOS!! -dor aguda contínua em HD e/ou epigastro com ou sem irradiação para escápula. Maior intensidade no início e melhora gradual em 24 hrs. -Náuseas e vômitos - Episódios esporádicos e associados a alimentação pesada

8 Colelitíase Exame físico: - sem grandes achados, apenas dor abdominal à palpação. Diagnóstico -US abdominal

9 Tratamento Colelitíase - analgesia: AINES, se muito forte meperidina. Anticolinérgicos/antiespasmódico - ursodesoxicolato + ácido quenodesoxicólico Cirúrgico: Colecistectomia videolaparoscópica

10 95% são litiásicas Colecistite Patogênese irritação da vesícula induz produção fosfolipase A2 Lecitina lisolecitina

11 Colecistite FISIOPATOLOGIA CÁLCULO OBSTRUÇÃO DO DUCTO CÍSTICO DOR INFLAMAÇÃO OBSTRUÇÃO ALIVIADA (90%) OBSTRUÇÃO CONTINUA (10%) COLECISTITE CRÔNICA INFLAMAÇÃO E EDEMA COMPRESSÃO VASCULAR ISQUEMIA, NECROSE, PERFURAÇÃO

12 Quadro clínico Colecistite - Dor abdominal, início em epigastro e posteriormente em QSD. - Dor persiste por mais de 6 horas(ao contrário da colecistite crônica, o que pode adiar a procura ao AM) - Irradiação para o dorso(escápula) - Anorexia, náuseas, vômitos e febre baixa.

13 Colecistite

14 Colecistite Exame físico: - Sinal de Murphy +. - Massa palpável apenas em 20% dos pacientes. Laboratório - Leve leucocitose, discreto aumento da BD, discreto aumento de FA e TGO, aumento da amilase.

15 Colecistite Exames complementares - US abdominal(espessamento da parede da vesícula, liquido perivesicular, cálculos no colo da vesícula) - Cintilografia das vias biliares(padrão-ouro) - Tomografia computadorizada

16 Colecistite Tratamento 1- internação hospitalar 2- hidratação venosa 3- analgesia 4- dieta zero= 5- antibioticoterapia parenteral ampicilina + aminoglicosídios cefalosporina de 3 geração

17 Colecistite Cirurgia - Colecistectomia videolaparoscópica(padrão ouro) - De urgência ou eletiva?

18 Alitiásicas Colecistite -Homens, comorbidade importante(uti, politraumatizados, queimados ou pós operatório) Quadro clínico - Igual à litiásica, mas pode ser mascarado pelo estado do paciente

19 Síndrome de Mirizzi

20 Coledocolitíase Primária: formação de cálculos no próprio colédoco. Resulta da estase e infecção biliar secundária. Cálculos pigmentados castanhos Secundária: formado na vesícula e impacta no colédoco(90 a 95% dos casos no Ocidente). Cálculos de colesterol(amarelo) ou pigmentados pretos

21 Quadro clínico Coledocolitíase - Dor no QSD ou epigastro, contínua, durando menos de 4 horas, com irradiação para escápula direita ou dorso. - Icterícia, colúria e acolia fecal. Surtos transitórios de síndrome colestática e icterícia flutuante.

22 Coledocolitíase Laboratório - bilirrubina(predomínio de BD) - FA e transaminases Cuidado para não confundir com hepatopatias!

23 Coledocolitíase Complicações - Colangite bacteriana aguda - Abscesso hepático piogênico - Pancreatite aguda biliar - Cirrose biliar secundária

24 Coledocolitíase Diagnóstico - US abdominal(dilatação do colédoco, cálculos nas vias biliares) De acordo com o risco do paciente ter coledocolitíase, ele será submetido a: - Colangiografia transoperatória - Colangiorressonância - CPRE

25 Tratamento Coledocolitíase - Papilotomia endoscópica

26 Coledocolitíase Cirúrgico: em caso de falha do tratamento endoscópico. Na laparoscópica há 2 técnicas: - Retirada de cálculos pelo cístico usando um basket ou um cateter balão tipo Fogarty. - Coledocotomia, extrai os cálculos e põe um dreno de Kehr

27 Referências Kasper, DL. et al. Harrison Medicina Interna, v.2. 16ª. Edição. Rio de Janeiro: McGrawHill, Gastroenterologia e hepatologia José Milton de Castro Lima Patologia estrutural e funcional - Robbins

28 Obrigado

COLECISTITE AGUDA ANDRÉ DE MORICZ. CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA PARA RESIDENTES COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES

COLECISTITE AGUDA ANDRÉ DE MORICZ. CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA PARA RESIDENTES COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES COLECISTITE AGUDA ANDRÉ DE MORICZ CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA PARA RESIDENTES COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES cir.pancreas@santacasasp.org.br 2008 COLECISTITE AGUDA OBJETIVOS 1- Introdução - incidência

Leia mais

COLECISTITE AGUDA ANDRÉ DE MORICZ CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA PARA REWSIDENTES COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES 2006

COLECISTITE AGUDA ANDRÉ DE MORICZ CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA PARA REWSIDENTES COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES 2006 COLECISTITE AGUDA ANDRÉ DE MORICZ CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA PARA REWSIDENTES COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES 2006 COLECISTITE AGUDA OBJETIVOS 1- Introdução - incidência -definição 2- Etiopatogenia

Leia mais

Imagem da Semana: Colangioressonância

Imagem da Semana: Colangioressonância Imagem da Semana: Colangioressonância Imagem 01. Colangiorressonância de abdome, corte axial. Imagem 02: Colangiorressonância de abdome. Imagem 03: Colangiorressonância de abdome. Paciente do sexo feminino,

Leia mais

COLECISTITE AGUDA TCBC-SP

COLECISTITE AGUDA TCBC-SP Colégio Brasileiro de Cirurgiões Capítulo de São Paulo COLECISTITE AGUDA Tercio De Campos TCBC-SP São Paulo, 28 de julho de 2007 Importância 10-20% população c/ litíase vesicular 15% sintomáticos 500.000-700.000

Leia mais

SUS A causa mais comum de estenose benigna do colédoco e:

SUS A causa mais comum de estenose benigna do colédoco e: USP - 2001 89 - Paciente de 48 anos, assintomática, procurou seu ginecologista para realizar exame anual preventivo. Realizou ultra-som de abdome que revelou vesícula biliar de dimensão e morfologia normais

Leia mais

Funções da Vesícula Biliar

Funções da Vesícula Biliar Funções da Vesícula Biliar Concentra e estocar bile (pool para o jejum). Absorção de sódio, cloreto e água (epitélio altamente especializado). Contração e eliminação da bile em resposta à colecistocinina.

Leia mais

Afecções da vesícula e vias biliares. Mauro Monteiro

Afecções da vesícula e vias biliares. Mauro Monteiro Afecções da vesícula e vias biliares Mauro Monteiro Afecções da Vesícula e Vias biliares Trato Biliar curiosidades Originário do divertículo hepático, que forma ainda fígado e pâncreas Produz-se de 500

Leia mais

Cuidados no Tratamento Cirúrgico da Colecistite Aguda

Cuidados no Tratamento Cirúrgico da Colecistite Aguda Cuidados no Tratamento Cirúrgico da Colecistite Aguda Serviço de Cirurgia Hepatobiliopancreática e Transplantes Hospital Nossa Senhora das Graças Dr. Eduardo José B. Ramos ramosejb@hotmail.com Colelitíase

Leia mais

Colangiografia per-operat seletiva ou não?

Colangiografia per-operat seletiva ou não? Colangiografia per-operat operatória: seletiva ou não? Indicações e TécnicasT Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente-UFMA Descrita por Pablo Mirizzi (1937) Recomendada desde 1948 Uso rotineiro

Leia mais

MANEJO DA PANCREATITE BILIAR AGUDA

MANEJO DA PANCREATITE BILIAR AGUDA MANEJO DA PANCREATITE BILIAR AGUDA Natalie Duran Rocha Natalia D Arrigo Juliana Battistello Marcelo Garcia Toneto UNITERMOS PANCREATITE/diagnóstico; PANCREATITE/classificação; PANCREATITE/terapia. KEYWORDS

Leia mais

Gastroenterite. Karin Aula 04

Gastroenterite. Karin Aula 04 Gastroenterite Karin Aula 04 A gastroenterite é uma infecção da mucosa do tubo digestivo do estômago e do intestino. A gastroenterite pode frequentemente provocar uma forte desidratação. É uma infecção

Leia mais

ABDOME AGUDO NA GRAVIDEZ Waldemar Prandi Filho

ABDOME AGUDO NA GRAVIDEZ Waldemar Prandi Filho ABDOME AGUDO NA GRAVIDEZ Waldemar Prandi Filho NÁUSEAS VÔMITOS DOR ABDOMINAL LEUCOCITOSE ABDOME AGUDO NA GRAVIDEZ Raro 1/500 Diagnóstico Difícil: Sinais e Sintomas Fisíológicos Alterações Anatômicas e

Leia mais

Residência Médica Seleção 2014 Prova Cirurgia do Aparelho Digestivo, Videolaparoscopia e Urologia Expectativa de Respostas

Residência Médica Seleção 2014 Prova Cirurgia do Aparelho Digestivo, Videolaparoscopia e Urologia Expectativa de Respostas Caso Clínico 1 (2 pontos) Um paciente é submetido à colecistectomia convencional por colecistite aguda com intenso processo inflamatório. Ao iniciar a dissecção pelo triângulo de Callot, depois de algum

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS Profª. Tatiane da Silva Campos - Consideradas por muitos profissionais da área da saúde como pouco expressivas. - Porém, são altamente prevalentes na população e algumas como

Leia mais

ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO CONCEITO

ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO CONCEITO 1 ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO CONCEITO o É o abdome agudo que suscita maiores duvidas diagnósticas. o É definido como o quadro de dor abdominal decorrente de um processo inflamatório e/ou infeccioso localizado

Leia mais

Pancreatite aguda. Introdução

Pancreatite aguda. Introdução Pancreatite aguda Introdução A pancreatite aguda é certamente um dos maiores insultos inflamatórios que um indivíduo pode sofrer. Para se ter noção da gravidade do evento, basta lembrar um pouco da fisiologia.

Leia mais

DESAFIO DE IMAGEM Aluna: Bianca Cordeiro Nojosa de Freitas Liga de Gastroenterologia e Emergência

DESAFIO DE IMAGEM Aluna: Bianca Cordeiro Nojosa de Freitas Liga de Gastroenterologia e Emergência DESAFIO DE IMAGEM Aluna: Bianca Cordeiro Nojosa de Freitas Liga de Gastroenterologia e Emergência Caso Clínico Paciente sexo feminino, 68 anos, comparece à unidade de emergência queixando-se de dor e distensão

Leia mais

HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DANIEL AUGUSTO DOS SANTOS SOARES

HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DANIEL AUGUSTO DOS SANTOS SOARES HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DANIEL AUGUSTO DOS SANTOS SOARES PREVALÊNCIA DE COLANGIOGRAFIA INTRA OPERATÓRIA NAS COLECISTECTOMIAS REALIZADAS NO PRONTO SOCORRO DE CIRURGIA DO HOSPITAL DO SERVIDOR

Leia mais

GASTRORECIFE 2019 MAR HOTEL 15 A 17 DE AGOSTO DE 2019

GASTRORECIFE 2019 MAR HOTEL 15 A 17 DE AGOSTO DE 2019 GASTRORECIFE 2019 MAR HOTEL 15 A 17 DE AGOSTO DE 2019 15 DE AGOSTO - 5ª FEIRA 08h30-12h30 SESSÃO DE TEMAS LIVRES SESSÃO DE TEMAS LIVRES 12h30-14h00 14h00-16h00 TESTE SEUS CONHECIMENTOS GASTRO 14h00 14h30

Leia mais

Abdome Agudo. Definição

Abdome Agudo. Definição Abdome Agudo Definição O Abdome agudo, juntamente com trauma, é um dos temas mais cobrados em provas de acesso dos concursos acadêmicos quando mencionamos os temas cirúrgicos. Portanto, preferências a

Leia mais

COLANGITE AGUDA: UMA EMERGÊNCIA POTENCIALMENTE FATAL

COLANGITE AGUDA: UMA EMERGÊNCIA POTENCIALMENTE FATAL COLANGITE AGUDA: UMA EMERGÊNCIA POTENCIALMENTE FATAL UNITERMOS COLANGITE AGUDA; OBSTRUÇÃO BILIAR; DUCTOS BILIARES. Flávia Moojen Brollo Daisy C Bitencourt Soares Daniel Weiss Vilhordo KEYWORDS ACUTE CHOLANGITIS;

Leia mais

APE P NDICITE T A GUDA MARCELO LINHARES

APE P NDICITE T A GUDA MARCELO LINHARES APENDICITE AGUDA MARCELO LINHARES APENDICITE AGUDA INTRODUÇÃO Primeira descrição de apendicite Heister, 1683 Reconhecida como entidade patológica em 1755 Patologia mais importante do apêndice cecal Principal

Leia mais

Exames Complementares em Gastroenterologia. Nathália Denise Nogueira Peixe Sales

Exames Complementares em Gastroenterologia. Nathália Denise Nogueira Peixe Sales Exames Complementares em Gastroenterologia Nathália Denise Nogueira Peixe Sales 18.08.2014 Exames laboratoriais para avaliação hepática, pancreática e de vias biliares www.mybestcv.co.il Tipos de exames

Leia mais

Pancreatite Aguda INCA. Antonio Carlos L. Campos. Universidade Federal do Paraná

Pancreatite Aguda INCA. Antonio Carlos L. Campos. Universidade Federal do Paraná Pancreatite Aguda Antonio Carlos L. Campos Professor Titular Departamento de Cirurgía Universidade Federal de Paraná Curitiba-Brasil INCA Universidade Federal do Paraná 2016 Pancreatite Aguda Caso Clínico

Leia mais

FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ

FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ I. Identificação da Disciplina Código Nome N o de Horas-Aula Teóricas Práticas Total de Horas-Aula 40 Clínica Cirúrgica 72 81 153 Horários Quantidade Grupos de Turmas Práticas Turmas Teóricas Turmas Práticas

Leia mais

PROMETEU - O titã que roubou o fogo do Olimpo. Hippocrates descreveu doenças hepáticas (abcesso do fígado), em 400 B.C

PROMETEU - O titã que roubou o fogo do Olimpo. Hippocrates descreveu doenças hepáticas (abcesso do fígado), em 400 B.C PROMETEU - O titã que roubou o fogo do Olimpo. Hippocrates descreveu doenças hepáticas (abcesso do fígado), em 400 B.C Areteus da Capadócia, por volta do ano 100 descreveu a icterícia e seus sintomas e

Leia mais

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA ICTERÍCIA OBSTRUTIVA NA EMERGÊNCIA

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA ICTERÍCIA OBSTRUTIVA NA EMERGÊNCIA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA ICTERÍCIA OBSTRUTIVA NA EMERGÊNCIA UNITERMOS ICTERÍCIA; OBSTRUÇÃO DAS VIAS BILIARES. Gilda Guerra Lucas de Medeiros Corbellini Angélica Maria Lucchese Plínio Carlos Baú KEYWORDS

Leia mais

Paciente de 80 anos, sexo feminino, com dor abdominal, icterícia progressiva e perda de peso não quantificada há 08 meses.

Paciente de 80 anos, sexo feminino, com dor abdominal, icterícia progressiva e perda de peso não quantificada há 08 meses. INTRODUÇÃO: A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é o procedimento de escolha para a drenagem da via biliar comum, no caso de obstruções distais. Contudo, em aproximadamente 5% de todos

Leia mais

Protocolo Clínico e de Regulação para Litíase Biliar e suas Complicações

Protocolo Clínico e de Regulação para Litíase Biliar e suas Complicações Protocolo Clínico e de Regulação para Litíase Biliar e suas Complicações Wilson Salgado Jr José Sebastião dos Santos INTRODUÇÃO A colelitíase é uma doença de elevada prevalência. Estima-se que em torno

Leia mais

Hemangioma hepático: Diagnóstico e conduta. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Núcleo de Estudos do Fígado

Hemangioma hepático: Diagnóstico e conduta. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Núcleo de Estudos do Fígado Hemangioma hepático: Diagnóstico e conduta Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Núcleo de Estudos do Fígado Lesões benignas do fígado Tumores Epiteliais Hepatocelular Hiperplasia nodular

Leia mais

Complicações na Doença Inflamatória Intestinal

Complicações na Doença Inflamatória Intestinal 1 Complicações na Doença Inflamatória Intestinal Esta é uma iniciativa do GEDIIB de favorecer o acesso dos Médicos especialistas em DII a uma forma lúdica de informar seus pacientes sobre aspectos decisivos

Leia mais

APENDICITE AGUDA O QUE É APÊNCIDE CECAL? O QUE É APENDICITE E PORQUE OCORRE

APENDICITE AGUDA O QUE É APÊNCIDE CECAL? O QUE É APENDICITE E PORQUE OCORRE APENDICITE AGUDA O QUE É APÊNCIDE CECAL? O apêndice vermiforme ou apêndice cecal é uma pequena extensão tubular, com alguns centímetros de extensão, terminada em fundo cego, localizado no ceco, primeira

Leia mais

Radiologia Intervencionista no Transplante Hepático. Carlos Abath ANGIORAD REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DO RECIFE

Radiologia Intervencionista no Transplante Hepático. Carlos Abath ANGIORAD REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DO RECIFE Radiologia Intervencionista no Transplante Hepático Carlos Abath ANGIORAD REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DO RECIFE Conflitos de interesse Nenhum para este tópico Intervenção pós transplante hepático TÉCNICA CIRÚRGICA

Leia mais

Ultrassonografia abdominal. Análise de Imagens

Ultrassonografia abdominal. Análise de Imagens Ultrassonografia abdominal Análise de Imagens Imagem 1: Ultrassonografia abdominal evidenciando vesícula biliar (delimitada em vermelho) com dimensões bastante reduzidas, mesmo após jejum, medindo nos

Leia mais

Concurso Público UERJ 2012 Prova discursiva Médico Ccirurgião Geral

Concurso Público UERJ 2012 Prova discursiva Médico Ccirurgião Geral 01 Uma mulher de 50 anos de idade, branca, relata dor nos ossos há um ano. Apresenta um quadro de artrite reumatoide, em investigação na reumatologia. Relata identificação de processo de osteoporose precoce

Leia mais

FAURGS HCPA Edital 06/2010 PS 53 MÉDICO I Gastroenterologia Pediátrica Pág. 1

FAURGS HCPA Edital 06/2010 PS 53 MÉDICO I Gastroenterologia Pediátrica Pág. 1 Pág. 1 HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 06/20 /2010 0 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS PROCESSO SELETIVO 53 MÉDICO I Gastroenterologia Pediátrica 01. A 06. C 02. D 07. C 03.

Leia mais

Complicações da pancreatite crônica cursando com dor abdominal manejo endoscópico - agosto 2016

Complicações da pancreatite crônica cursando com dor abdominal manejo endoscópico - agosto 2016 Relatamos o caso de uma paciente feminina de 56 anos, com história de alcoolismo e tabagismo de longa data, cursando com dor abdominal por 12 meses, até ser internada na enfermaria de Gastroenterologia

Leia mais

SES - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE 2014 PROVA OBJETIVA

SES - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE 2014 PROVA OBJETIVA Esta prova contém 10 (dez) questões¹ discursivas. A forma definitiva das respostas deverá ser dada com caneta esferográfica transparente de tinta azul ou preta. Somente as respostas contidas no interior

Leia mais

INVESTIGAÇÃO DE ICTERÍCIA

INVESTIGAÇÃO DE ICTERÍCIA INVESTIGAÇÃO DE ICTERÍCIA Bruna Zago Munhoz Anasthácia Wiemann Ana Luiza de Azevedo Sílvia Marasco Carlos Kupski UNITERMOS HIPERBILIRRUBINEMIA/fisiopatologia; ICTERÍCIA/diagnóstico diferencial; ICTERÍCIA/investigação.

Leia mais

Desafio de Imagem. Emanuela Bezerra - S6 25/08/2014

Desafio de Imagem. Emanuela Bezerra - S6 25/08/2014 Desafio de Imagem Emanuela Bezerra - S6 25/08/2014 Caso Clínico Homem de 64 anos procurou serviço de emergência com queixa de "dor de barriga e vômitos". HDA: Relata que há 2 anos apresenta episódios de

Leia mais

i r u r g i a II Série N. 44 Março 2018

i r u r g i a II Série N. 44 Março 2018 Revista Portuguesa de i r u r g i a II Série N. 44 Março 2018 ISSN 1646-6918 Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia CASO CLÍNICO Coleperitoneu por rutura de quisto biliar a propósito de um

Leia mais

Coloração amarelada pele e mucosas (esclerótica). Clinicamente aparente quando bilirrubina total > 3mg/dl. Bilirrubina total normal (0,2-0,9 mg/dl);

Coloração amarelada pele e mucosas (esclerótica). Clinicamente aparente quando bilirrubina total > 3mg/dl. Bilirrubina total normal (0,2-0,9 mg/dl); 21. Semiologia da icterícia Coloração amarelada pele e mucosas (esclerótica). Clinicamente aparente quando bilirrubina total > 3mg/dl. Bilirrubina total normal (0,2-0,9 mg/dl); Bilirrubina directa (conjugada)

Leia mais

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA Lesões Benignas do FígadoF Tumores Epiteliais Hepatocelular Hiperplasia nodular focal Hiperplasia

Leia mais

LITÍASE BILIAR CASUÍSTICA DE UMA SÉRIE HOSPITALAR

LITÍASE BILIAR CASUÍSTICA DE UMA SÉRIE HOSPITALAR LITÍASE BILIAR CASUÍSTICA DE UMA SÉRIE HOSPITALAR Rui Alexandre Anastácio Fernandes RESUMO INTRODUÇÃO A litíase biliar e suas complicações são uma causa frequente de internamento hospitalar. Nos últimos

Leia mais

Funcional - Pressão intracólica aumentada - Motilidade basal e propulsiva aumentada - Lume estreito contracções segmentares

Funcional - Pressão intracólica aumentada - Motilidade basal e propulsiva aumentada - Lume estreito contracções segmentares Doença Diverticular Fisiopatologia Estrutural - Parede cólica: mucosa, submucosa muscular - circular - longitudinal - Teniae coli serosa - Falsos divertículos - Hipertrofia da camada muscular: da elastina

Leia mais

Centro Médico. Plínio de Mattos Pessoa

Centro Médico. Plínio de Mattos Pessoa Centro Médico O seu médico recomendou a remoção de sua vesícula biliar. Mas o que isso realmente significa? A vesícula biliar é um pequeno órgão situado abaixo do fígado, cuja função é armazenar a bile,

Leia mais

Tuberculose. Módulo 3. Letícia Naomi Shigemura Lígia Yuki Takai Luiz Eduardo Massao Takara Victória Bombarda Rocha

Tuberculose. Módulo 3. Letícia Naomi Shigemura Lígia Yuki Takai Luiz Eduardo Massao Takara Victória Bombarda Rocha Tuberculose Módulo 3 Letícia Naomi Shigemura Lígia Yuki Takai Luiz Eduardo Massao Takara Victória Bombarda Rocha Perfil do indivíduo Jurema, 30 anos, fumante; Foi diagnosticada com tuberculose; Positivo

Leia mais

Alterações no Trato Urinário

Alterações no Trato Urinário Alterações no Trato Urinário PPCSA Profª Daniele C D Zimon Profª Adriana Cecel Guedes Aparelho Urinário Rim Infecções do Trato Urinário As infecções do trato urinário (ITUs) são causadas por micoorganismos

Leia mais

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FIGADO Silvia Regina Ricci Lucas

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FIGADO Silvia Regina Ricci Lucas AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FIGADO Silvia Regina Ricci Lucas Funções do Fígado FMVZ-USP Regulação metabólica Reserva de carboidratos Regulação do metabolismo lipídico Produção de proteínas plasmáticas Detoxificação

Leia mais

PROCESSO SELETIVO PARA INGRESSO NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 EDITAL N. 001/2014 CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO DE HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

PROCESSO SELETIVO PARA INGRESSO NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 EDITAL N. 001/2014 CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO DE HABILIDADES E COMPETÊNCIAS PROCESSO SELETIVO PARA INGRESSO NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA 25 EDITAL N. 0/24 CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO DE HABILIDADES E COMPETÊNCIAS O Centro de Seleção da Universidade Federal de Goiás coloca à disposição

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de Monografia

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de Monografia I UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de 1808 Monografia Avaliação dos resultados das colecistectomias laparoscópicas realizadas em hospital universitário

Leia mais

Apresentação de caso. Marco Daiha / Raquel Lameira

Apresentação de caso. Marco Daiha / Raquel Lameira Apresentação de caso Marco Daiha / Raquel Lameira História clinica inicial: Criança feminina, 4 anos, admitida no Hospital Alcides Carneiro/Petrópolis- Rj, transferida de outra unidade de saúde para investigação

Leia mais

Seminário Grandes Síndromes ICTERÍCIA

Seminário Grandes Síndromes ICTERÍCIA Residência Clínica Médica Seminário Grandes Síndromes ICTERÍCIA R1 - Paloma Porto Amorim R2 Mirla de Sá Magalhães Pires Preceptor: Dr. Fortunato Cardoso Definição Coloração amarelada da pele, escleras

Leia mais

Litíase biliar. Autor(es) Luiz Chehter 1 Jun-2008

Litíase biliar. Autor(es) Luiz Chehter 1 Jun-2008 Litíase biliar Autor(es) Luiz Chehter 1 Jun-2008 1 - O que são os cálculos biliares? Cálculos biliares são materiais sólidos compostos pela mistura de cristais de colesterol, mucina, bilirrubinato de cálcio

Leia mais

Sessão TOMOGRAFIA. Diego S. Ribeiro Porto Alegre - RS

Sessão TOMOGRAFIA. Diego S. Ribeiro Porto Alegre - RS Sessão TOMOGRAFIA Diego S. Ribeiro Porto Alegre - RS Caso 1 Feminino, 48 anos, história de HAS, DM e pancreatite prévia recente (há 1 mês), reinternou com dor abdominal, náuseas e vômitos. Nega história

Leia mais

9º Imagem da Semana: Radiografia Tórax

9º Imagem da Semana: Radiografia Tórax 9º Imagem da Semana: Radiografia Tórax Enunciado Paciente do sexo masculino, 39 anos, atendido no Pronto Atendimento com quadro de dor abdominal difusa, intensa e de início súbito, com cerca de 3 horas

Leia mais

Plano de Ensino-Aprendizagem Roteiro de Atividades Curso: Medicina

Plano de Ensino-Aprendizagem Roteiro de Atividades Curso: Medicina Plano de Ensino-Aprendizagem Roteiro de Atividades Curso: Medicina CÓDIGO RCG0432 Sistema Digestivo NOME DA DISCIPLINA Período(s) de oferecimento PRESENCIAL ESTUDO DIRIGIDO TOTAL 6º semestre 195 horas

Leia mais

COLECISTECTOMIA ABERTA EM PACIENTE COM DUPLO DUCTO CÍSTICO

COLECISTECTOMIA ABERTA EM PACIENTE COM DUPLO DUCTO CÍSTICO COLECISTECTOMIA ABERTA EM PACIENTE COM DUPLO DUCTO CÍSTICO Vitor Lelis Caldeira Rocha 1, Derley Thiago Silva Ribeiro 2, Letícia Araújo Machado 3, Lucas Nunes Meireles 4, Yan Heringer de Oliveira 5, Sérgio

Leia mais

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso.

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. INSTRUÇÕES 1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 2 3 4 Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno,

Leia mais

Insulinoterapia no pré per e pós operatório. Profa. Fernanda Oliveira Magalhães

Insulinoterapia no pré per e pós operatório. Profa. Fernanda Oliveira Magalhães Insulinoterapia no pré per e pós operatório Profa. Fernanda Oliveira Magalhães Mais de 50% dos pacientes diabéticos têm chance de serem submetidos a alguma cirurgia pelo menos uma vez na vida. O diagnóstico

Leia mais

COLECISTECTOMIA: ASPECTOS TÉCNICOS E INDICAÇÕES PARA O TRATAMENTO DA LITÍASE BILIAR E DAS NEOPLASIAS

COLECISTECTOMIA: ASPECTOS TÉCNICOS E INDICAÇÕES PARA O TRATAMENTO DA LITÍASE BILIAR E DAS NEOPLASIAS Medicina (Ribeirão Preto) Simpósio: FUNDAMENTOS EM CLÍNICA CIRÚRGICA - 2ª Parte 2008; 41 (4): 429-44. Capítulo III COLECISTECTOMIA: ASPECTOS TÉCNICOS E INDICAÇÕES PARA O TRATAMENTO DA LITÍASE BILIAR E

Leia mais

Introdução. Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada

Introdução. Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada Introdução Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada BI + Albumina Hepatócitos Bilirrubina Direta (BD) ou conjugada Canalículos biliares Duodeno

Leia mais

Gastroenterite. Karin Aula 04

Gastroenterite. Karin Aula 04 Gastroenterite Karin Aula 04 A gastroenterite é uma infecção da mucosa do tubo digestivo do estômago e do intestino. A gastroenterite pode frequentemente provocar uma forte desidratação. É uma infecção

Leia mais

ENFERMAGEM PROCESSO DE ENFERMAGEM E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. EXAME FÍSICO Aula 10 Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM PROCESSO DE ENFERMAGEM E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. EXAME FÍSICO Aula 10 Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM PROCESSO DE ENFERMAGEM E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Aula 10 Profª. Tatiane da Silva Campos Exame físico do aparelho Urinário Inspeção ÓRGÃO OBSERVAR POSSÍVEIS ALTERAÇÕES Rins

Leia mais

PANCREATITE AGUDA. Laura Mocellin Teixeira Samanta Gerhardt Aline Hauschild Mondardo Carlos Kupski UNITERMOS KEYWORDS SUMÁRIO

PANCREATITE AGUDA. Laura Mocellin Teixeira Samanta Gerhardt Aline Hauschild Mondardo Carlos Kupski UNITERMOS KEYWORDS SUMÁRIO PANCREATITE AGUDA Laura Mocellin Teixeira Samanta Gerhardt Aline Hauschild Mondardo Carlos Kupski UNITERMOS PANCREATITE, PÂNCREAS, TERAPÊUTICA. KEYWORDS PANCREATITIS, PANCREAS, THERAPEUTICS. SUMÁRIO Os

Leia mais

COLANGIOGRAFIA PELO DRENO DE KEHR

COLANGIOGRAFIA PELO DRENO DE KEHR COLANGIOGRAFIA PELO DRENO DE KEHR Juan Carlos Soares vidal {1} ; Letícia Oliveira {2} ; Débora vieira de Melo Agra Duarte {3} Ana Ividy Andrada Diniz {4} ; Douglas de Santana Souza {5} RESUMO A colangiografia

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia de abdome

Imagem da Semana: Radiografia de abdome Imagem da Semana: Radiografia de abdome Figura 1: Radiografia simples de abdome em incidência anteroposterior. Enunciado Paciente do sexo feminino, 33 anos, casada, nulípara, procurou serviço de pronto-atendimento

Leia mais

i r u r g i a II Série N. 39 Dezembro 2016

i r u r g i a II Série N. 39 Dezembro 2016 Revista Portuguesa de i r u r g i a II Série N. 39 Dezembro 2016 ISSN 1646-6918 Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia CASO CLÍNICO Volvo da Vesícula Biliar: a propósito de um caso clínico Gallbladder

Leia mais

Leia estas instruções:

Leia estas instruções: Leia estas instruções: 1 2 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. Caso se identifique em qualquer outro local deste

Leia mais

APACHE II Escore para predizer mortalidade hospitalar.

APACHE II Escore para predizer mortalidade hospitalar. Manejo da Pancreatite Aguda Pancreatite aguda é um processo inflamatório que atinge o pâncreas de forma aguda e possui mortalidade variável dependendo da forma de afecção. Classificação 1. Classificação

Leia mais

ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO. Dario A. Tiferes

ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO. Dario A. Tiferes ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO Dario A. Tiferes dario.tiferes@fleury.com.br ABDOME AGUDO Apendicite Colecistite Diverticulite Colites pancreatite Ileítes (DII) Apendagite Doença péptica Isquemia intestinal

Leia mais

ANEXO II CONTEÚDO PROGRAMÁTICO EDITAL Nº. 17 DE 24 DE AGOSTO DE 2017

ANEXO II CONTEÚDO PROGRAMÁTICO EDITAL Nº. 17 DE 24 DE AGOSTO DE 2017 ANEXO II CONTEÚDO PROGRAMÁTICO EDITAL Nº. 17 DE 24 DE AGOSTO DE 2017 ÁREA DE CONHECIMENTO: CIRURGIA GERAL 4. Cuidados Pré, trans e pós operatório. 5. Resposta endócrina e metabólica ao trauma. 6. Infecção

Leia mais

TGO, TGP, GAMA GT E BILIRRUBINAS

TGO, TGP, GAMA GT E BILIRRUBINAS TGO, TGP, GAMA GT E BILIRRUBINAS A dosagem da AST e ALT, também conhecidas pelas siglas TGO e TGP, são ferramentas essenciais para o diagnóstico das doenças do fígado. Estas enzimas fazem parte do hepatograma,

Leia mais

PANCREATTITE PANCREATITE AGUDA

PANCREATTITE PANCREATITE AGUDA PANCREATTITE ANATOMIA DO PANCREAS PANCREATITE AGUDA DEFINIÇÃO Processo inflamatório agudo com acometimento variável das estruturas peripancraticas e órgãos à distância. Não tem alteração de estrutura do

Leia mais

CIRURGIA DO PÂNCREAS

CIRURGIA DO PÂNCREAS UNIFESP CIRURGIA DO PÂNCREAS PANCREATITE CRÔNICA Educação Continuada - 2007 Cirurgia Geral CBC-SP EJL PANCREATITE CRÔNICA Alterações pancreáticas parenquimatosas e ductais evolutivas e de caráter irreversível

Leia mais

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27 Sumário parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27 1 Terapêutica: estratégia geral... 29 terminologia de doenças... 29 História do caso... 34 Disposição do fármaco... 39 Seleção do fármaco...

Leia mais

HIDATIDOSE UMA CAUSA DIFERENTE DE COLANGITE

HIDATIDOSE UMA CAUSA DIFERENTE DE COLANGITE Serviço de Gastrenterologia do CHA Faro Gago T., Eusébio M., Antunes A., Vaz A.M., Queirós P., Ramos A., Guerreiro H. HIDATIDOSE UMA CAUSA DIFERENTE DE COLANGITE Novembro 2015 CASO CLÍNICO 55 anos, caucasiano,

Leia mais

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO. Ursacol ácido ursodesoxicólico

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO. Ursacol ácido ursodesoxicólico I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Ursacol ácido ursodesoxicólico APRESENTAÇÕES Comprimidos 50 mg: Embalagem com 20 ou 30 unidades. Comprimidos 150 mg: Embalagem com 20 ou 30 unidades. Comprimidos 300 mg:

Leia mais

Enzimas no Laboratório Clínico

Enzimas no Laboratório Clínico Prof. Helder Braz Maia Enzimas no Laboratório Clínico 21 de Março de 2012 Introdução São catalisadores proteicos; Geralmente, a concentração no soro é baixa; Concentração aumentada em: Lesão celular; Aumento

Leia mais

HEPATITE. Profª Karin aula05

HEPATITE. Profª Karin aula05 HEPATITE Profª Karin aula05 Definição: Doença inflamatória do fígado. Causado por vírus. Tipos: A, B, C, D. Funções do Fígado 1) Receber os nutrientes e as substâncias absorvidas no intestino; 2) transformar

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 14, DE 8 DE ABRIL DE 2019

RESOLUÇÃO Nº 14, DE 8 DE ABRIL DE 2019 RESOLUÇÃO Nº 14, DE 8 DE ABRIL DE 2019 Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Hepatologia. A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições que lhe

Leia mais

Imagiologia Abdominal

Imagiologia Abdominal Imagiologia Abdominal Vesícula e vias biliares Meios de estudo Principais aplicações clínicas O pâncreas Meios de estudo Principais aplicações clínicas Imagiologia das vias biliares Radiologia convencional

Leia mais

Lesão da via biliar principal: como prevenir? Orlando Jorge M Torres Professor Livre-Docente - UFMA

Lesão da via biliar principal: como prevenir? Orlando Jorge M Torres Professor Livre-Docente - UFMA Lesão da via biliar principal: como prevenir? Orlando Jorge M Torres Professor Livre-Docente - UFMA Lesão iatrogênica da via biliar Tragédia para o paciente Desastre para o cirurgião Prejuízo econômico

Leia mais

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso.

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. INSTRUÇÕES 1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 2 3 4 Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno,

Leia mais

Avaliação por Imagem do Pâncreas. Aula Prá8ca Abdome 4

Avaliação por Imagem do Pâncreas. Aula Prá8ca Abdome 4 Avaliação por Imagem do Pâncreas Aula Prá8ca Abdome 4 Obje8vos 1. Entender papel dos métodos de imagem (RX, US, TC e RM) na avaliação de lesões focais e difusas do pâncreas. 2. Revisar principais aspectos

Leia mais

Ursacol. Zambon Laboratórios Farmacêuticos Ltda Comprimido 50mg, 150mg e 300 mg

Ursacol. Zambon Laboratórios Farmacêuticos Ltda Comprimido 50mg, 150mg e 300 mg Ursacol Zambon Laboratórios Farmacêuticos Ltda Comprimido 50mg, 150mg e 300 mg I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Ursacol ácido ursodesoxicólico APRESENTAÇÕES Comprimidos 50 mg: Embalagem com 20 unidades.

Leia mais

HEPATOPATIAS TÓXICAS. DISCIPLINA SAÚDE E TRABALHO 2006/1 Profa. Carmen Fróes Asmus

HEPATOPATIAS TÓXICAS. DISCIPLINA SAÚDE E TRABALHO 2006/1 Profa. Carmen Fróes Asmus HEPATOPATIAS TÓXICAS DISCIPLINA SAÚDE E TRABALHO 2006/1 Profa. Carmen Fróes Asmus TOXICIDADE HEPÁTICA Hepatotoxinas naturais produtos de plantas e minerais Produtos da indústria química ou farmacêutica

Leia mais

FASCIOLOSE/FASCIOLÍASE

FASCIOLOSE/FASCIOLÍASE FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ Seminário Apresentado junto à Disciplina de Parasitologia 16 de Maio de 2019 FASCIOLOSE/FASCIOLÍASE PEDRO HENRIQUE BARBIERI HORIKAWA RA:1801079 AMANDA GONÇALVES TEIXEIRA

Leia mais

Colestase Neonatal. Internos: Elen Souza Fábio Almeida Gelma Pinto Jovita Araújo Maurício Teixeira. Orientadora: Profa. Suzy S.

Colestase Neonatal. Internos: Elen Souza Fábio Almeida Gelma Pinto Jovita Araújo Maurício Teixeira. Orientadora: Profa. Suzy S. Internos: Elen Souza Fábio Almeida Gelma Pinto Jovita Araújo Maurício Teixeira Orientadora: Profa. Suzy S. Cavalcante Interferência na formação da bile ou no seu fluxo, que pode ocorrer a qualquer nível

Leia mais

Ursacol. ácido ursodesoxicólico

Ursacol. ácido ursodesoxicólico I I I I I Ursacol ácido ursodesoxicólico APRESENTAÇÕES Comprimidos 50 mg: Embalagem com 20 ou 30 unidades. Comprimidos 150 mg: Embalagem com 20 ou 30 unidades. Comprimidos 300 mg: Embalagem com 20 ou 30

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS GASTROINTESTINAIS. Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS GASTROINTESTINAIS. Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS GASTROINTESTINAIS Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos Trato Gastrointestinal Esôfago Estômago Intestino Intestino Grosso Delgado Reto Fonte: www.google.com.br/imagens acessado em

Leia mais

Residência Médica 2018

Residência Médica 2018 1ª FASE: PROVA OBJETIVA DE MÚLTIPLA ESCOLHA - GABARITO QUESTÃO ALTERNATIVA QUESTÃO ALTERNATIVA 01 A 51 A 02 D 52 C 03 B 53 B 04 C 54 B 05 A 55 C 06 B 56 C 07 A 57 A 08 D 58 D 09 C 59 B 10 B 60 C 11 C 61

Leia mais

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL Módulo 1 Palestrante: Dr. Luis Miguel Abranches Monteiro Urologia Moderador: Prof. Carlos Martins Medicina Geral e Familiar 01 Abril 2017 URO/2017/0010/PTp,

Leia mais

PATOLOGIA E CLÍNICA CIRÚRGICA

PATOLOGIA E CLÍNICA CIRÚRGICA PATOLOGIA E CLÍNICA CIRÚRGICA HÉRNIAS RENATO LINHARES SAMPAIO INTRODUÇÃO CONCEITO É A PROTRUSÃO, INSINUAÇÃO OU PASSAGEM DE UM ÓRGÃO OU PARTE DELE, DE SUA CAVIDADE ORIGINAL PARA OUTRA VIZINHA, ATRAVÉS DE

Leia mais

CIA. Dr.. Guilherme Beolchi

CIA. Dr.. Guilherme Beolchi ICTERÍCIA CIA Dr.. Guilherme Beolchi Metabolismo da Bilirrubina Produto final da degredação do HEME ( Hemoglobina; Mioglobina) 1 G Hemoglobina 50 Mg Bilirrubina p/dia A produção ocorre nas células c retículo

Leia mais

A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AO PACIENTE PORTADOR DE LITÍASE BILIAR DIAGNOSTICADA DURANTE A GESTAÇÃO

A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AO PACIENTE PORTADOR DE LITÍASE BILIAR DIAGNOSTICADA DURANTE A GESTAÇÃO A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AO PACIENTE PORTADOR DE LITÍASE BILIAR DIAGNOSTICADA DURANTE A GESTAÇÃO Ianna Guimarães Damasceno¹, Viviane Teixeira da Franca¹, Yane Caroline dos Santos Paiva¹, Ana Karoliny

Leia mais

EDUARDO ZANELLA CORDEIRO

EDUARDO ZANELLA CORDEIRO EDUARDO ZANELLA CORDEIRO COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA COM PAPILOTOMIA ENDOSCÓPICA ASSOCIADA À COLECISTECTOMIA VÍDEO-LAPAROSCÓPICA NO TRATAMENTO DA COLECISTOCOLEDOCOLITÍASE Trabalho apresentado à

Leia mais

Guia Prático da Residência em Cirurgia Geral R1, R2 e R3

Guia Prático da Residência em Cirurgia Geral R1, R2 e R3 Guia Prático da Residência em Cirurgia Geral R1, R2 e R3 Conteúdo Prático e Teórico Atividades Práticas R1 nos Rodízios obrigatórios e facultativos Ambulatório Consultas eletivas Avaliação clínica pré-operatória

Leia mais

D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A

D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A A U L A 1 1 I C T E R Í C I A PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica.

Leia mais