Cálculo I: Noções Básicas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cálculo I: Noções Básicas"

Transcrição

1 Cálculo I: Noções Básicas Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação Autores: Sílvia Maria Medeiros Caporale João Paulo Rezende Karine Angélica de Deus Colaboradores: José Antônio Araújo Andrade Marielle Aparecida Silva Lavras/MG 1 P á g i n a

2 2011 Ficha catalográfica preparada pela Divisão de Processos Técnicos da Biblioteca Central da UFLA Espaço a ser preenchido pela biblioteca

3 [A ser preenchido posteriormente] Espaço a ser preenchido pelo CEAD

4 Digite o Título do Documento Sumário Apresentação... 6 Relação de ícones... 7 Unidade Limite - Conceitos Básicos Limite - Conceitos básicos A idéia intuitiva de limite Definição informal de limite: Atividades propostas Limites laterais Definição de limites laterais: Atividades propostas Limite bilateral Definição de limite bilateral Existência de um limite bilateral Atividades propostas Continuidade de funções Definição de continuidade de uma função: Definição de continuidade de uma função Atividades propostas Cálculo de limites e técnicas de determinação Teorema (Alguns limites básicos) Cálculo de limites de polinômios quando tende a Cálculo de limites de funções racionais Primeiro Caso Segundo Caso Terceiro Caso: P á g i n a

5 Cálculo I Noções Básicas 1.8. Limites no infinito Unidade Derivada - Conceitos básicos Derivada - Conceitos básicos Taxa de Variação: Derivada ou diferencial Definição de derivada ou diferencial: Diferenciabilidade: Unidade Integral definida Integral definida Cálculo de áreas de figuras planas Atividades propostas Referências Bibliográficas P á g i n a

6 Cálculo I Noções Básicas Apresentação Caro estudante Elaboramos este material didático com o objetivo de auxiliá-lo na compreensão de conteúdos relativos ao Cálculo Diferencial e Integral. Material disponível: 1. Guia de estudos 2. Apresentações (PowerPoint) com áudio e animações O guia de estudos é composto por três unidades. Em cada unidade você encontrará além dos conteúdos, atividades e sugestões de leituras e sites. As unidades estão assim distribuídas: Unidade 1: Limite: conceitos básicos Unidade 2: Derivada Unidade 3: Integral Bom trabalho! 6 P á g i n a

7 Cálculo I Noções Básicas Relação de ícones Indicadores de ações requisitadas durante o estudo FAÇA. Determina a existência de tarefa a ser executada. Este ícone indica que há uma atividade de estudo para ser realizada. BUSQUE. Indica a exigência de busca por mais informação, seja ela em anexos do módulo impresso, em bibliografia específica ou em endereços de Internet. REFLITA. Indica a necessidade de se pensar mais detidamente sobre o(s) assunto(s) abordado(s) e suas relações com o objeto de estudo. SAIBA MAIS. Apresenta informações adicionais sobre o tema abordado de forma a possibilitar a obtenção de novas informações ao que já foi referenciado. ACESSE. Indica a necessidade de acessar endereço(s) específico(s), apontado(s) logo após o ícone. Indicadores de orientações do autor IMPORTANTE. Aponta uma observação significativa. Pode ser encarado como um sinal de alerta que o orienta para prestar atenção à informação indicada. EXEMPLO OU CASO. Indica a existência de um exemplo ou estudo de caso, para uma situação ou conceito que está em estudo. 7 P á g i n a

8 Cálculo I Noções Básicas Unidade 1 Limite - Conceitos Básicos 8 P á g i n a

9 1. Limite - Conceitos básicos 1.1. A idéia intuitiva de limite cuidados. O estudo de funções exige, em diversas situações, certos A função :, definida por, por exemplo, não tem restrições em seu domínio, mas imaginemos um quadrado de área por exemplo. Sabemos que a área desse quadrado está em função do comprimento de seu lado, ou seja,. Perceba que a função é do mesmo tipo da, mas não podemos lidar com seu domínio da mesma forma como fizemos com, uma vez que esta está definida para qualquer valor que pertença ao 9 P á g i n a

10 conjunto dos reais e a função não, pois, não faz sentido pensarmos em um comprimento negativo, ou nulo. Analisando com calma essa situação, notamos que dado um real positivo, encontramos. Alem disso, sabemos que à medida que diminui, também diminui, ou seja, a medida que se aproxima de, também se aproxima de. Em outras palavras, tende a quando tende a ou simplesmente, quando A ideia é extremamente simples e, como já dissemos, o lado do quadrado nunca terá comprimento zero, mas estará tão próximo de zero quanto a gente queira. Essa mesma análise pode ser feita com a função que definimos anteriormente, basta fazer os valores de se aproximarem de zero e observar o que acontece com a função. Mas antes de fazer isso, observe que nesse caso, a função está definida tanto para valores negativos quanto para valores positivos, por isso podemos fazer se aproximar de zero, por qualquer dos lados, ou seja pela esquerda ou direita de zero. Para diferenciá-los, dizemos que se aproxima de zero pela esquerda quando assume valores cada vez mais próximos de zero, mas sempre menores que zero e se aproxima de zero pela direita quando assume valores cada vez mais próximos de zero, mas sempre maiores que zero. 10 P á g i n a

11 Façamos então, nossas aproximações para a função. Observe que quando,, tanto pela direita como pela esquerda, o limite dessa aproximação é zero, assim como acontecia no caso do quadrado. Repare que a função não precisa estar definida em zero, pois no caso do quadrado, por exemplo, não existe quadrado de comprimento de lado nulo, mas mesmo assim podemos dizer que o limite da área do quadrado quando o comprimentoo do seu lado tende a zero pela direita é zero. E o mesmo se aplica a função, porém pela direita e pala esquerda. Podemos reescrever essa informação usando a notação de limite da seguinte forma: 11 P á g i n a

12 ou, Lê-se: Limite de, quando é, ou Limite de, quando é. Acabamos de exemplificar a noção intuitiva de limite, agora é natural que generalizemos essa definição, embora de maneira informal Definição informal de limite: Dada uma função, se tomarmos valores de tão próximos de quanto quisermos e se aproximar cada vez mais de um valor, dizemos que: lim ou quando Observação: O fato de, não implica na função estar definida no pontoo. Conforme vocês percebem, o conceito de limite é bastante simples e intuitivo, mas sua importância para o cálculo não é da mesma forma, pelo contrário, é o alicerce pelo qual se fundamenta o cálculo, quer seja o cálculo diferencial ou integral, os quais trataremos nas unidades seguintes. Antes disso, julgamos conveniente que exploremos um pouco melhor o conceito de limite. Exemplo 1: Seja a função. Calculemos o limite de quando P á g i n a

13 Complete a tabela a seguir (se preferir use uma calculadora) e plote os pontos no plano cartesianos abaixo para confirmar que, a medida que pegamos números mais próximos da zero, tanto pela direita quanto pela esquerda, os valores de, tomam valores cada vez maiores.,,,,,, Nesse exemplo, não existee um número que é limite da função, pois essa cresce sem cota quando se aproxima de zero. Portanto, trata-se de um limite infinito. lim 1 Zero não faz parte do domínio da, mas isso não impede que possamos calcular o limite de quando 0, pois não estamos lidando com o valor de 0, mas sim com valores de quando está na vizinhança de zero, ou seja, para valores de tão próximos de zero quanto se queira. Busque mais informações sobre domínio de uma função no material didático da disciplina Matemática Fundamental. 13 P á g i n a

14 Acesse o link abaixo para obter mais informações: C1/intoducao_limite_novo.swf Atividades propostas Esboce os gráficos e calcule os limites (se preferir utilize o GeoGebra para plotar os gráficos): a) b) c) d) e) f) g) h) i) 1.3. Limites laterais Anteriormente para a função ², mostramos que quando se aproximava de zero pela direita, também se aproximava de zero, e quando se aproximavaa de zero pela esquerda, também se aproximava de zero. Podemos denotar essas situações da seguinte forma: lim 0 e lim 0 Dessa forma, calculamos os limites laterais de quando P á g i n a

15 Definição de limites laterais: Se tomarmos valores para do domínio, tão próximos de quanto quisermos, mas sempre maiores que e assumir valores na vizinhança de, dizemos que quando pela direita. Se tomarmos valores para do domínio, tão próximos de quanto quisermos, mas sempre menores que e assumir valores na vizinhança de, dizemos que quando pela esquerda Atividades propostas Calcule os limites laterais das funções, das atividades propostas no tópico (Atenção, nem sempre os limites laterais são iguais. Veja o exemplo 1 da sessão ) 1.4. Limite bilateral Para a função ² temos 15 P á g i n a

16 lim 0 e lim 0 Veja que quando calculamos os limites laterais de, temos que esta função se aproxima de zero tanto pela esquerda quanto pela direita. Quando os limites laterais de são iguais dizemos que o limite de é bilateral Definição de limite bilateral Quando os limites laterais de uma função existem e são iguais na vizinhança de um ponto do domínio de, dizemos que o limite de nesse ponto é bilateral, ou seja, lim lim ou seja, lim Acesse o seguinte site paraa obter mais informações: C1/ideia_limite_novo.swf. Acesse o site e realize a atividade proposta: 16 P á g i n a

17 Existência de um limite bilateral Dizemos que o limite bilateral de uma função em um ponto existe, se e somente se, os limites laterais existem e são iguais. Exemplo1: Por que não existe lim? Veja o gráfico da função. Logo temos que: lim 1 e lim 1 Como os limites laterais são distintos temos que o limite bilateral não existe Atividades propostas Acesse o site e realize a atividade proposta: 17 P á g i n a

18 1.5. Continuidade de funções Para introduzir esse conceito reflita sobre o seguinte trecho: Uma bola de beisebol não pode desaparecer em algum ponto para reaparecer em outro e continuar seu movimento. Assim, percebemos a trajetória da bola como uma curva sem interrupções (ANTON; BIVENS; DAVIS; 2007). Embasados por esse trecho, podemos definir, intuitivamente, a continuidade de uma função como: Definição de continuidade de uma função: Dizemos que uma função é contínua se não apresentar quebras ou buracos em seu gráfico. Analisando as possíveis situações onde ocorrem quebras em um gráfico temos que essas podem ocorrem em pontos do domínio onde: a função não está definida nesse ponto; os limites laterais são diferentes, ou seja, o limite não existe nesse ponto; a função está definida no ponto, o limite existe, mas seus valores são distintos. Vejamos alguns gráficos que representa a situação em que a função apresenta uma descontinuidade no ponto. A função não está definida no ponto. 18 P á g i n a

19 Cálculo I: Noções Básicas O limite não existe quando tende a, uma vez que os limites laterais são diferentes. O limite quando tende a é infinito, ou seja, não existe. O valor da função e o valor do limite no ponto, são diferentes. Essas considerações nos levam a pensar nas propriedades que uma função precisa ter para afirmarmos que é contínua. Dessa forma podemos escrever uma definição mais formal de continuidade. 19 P á g i n a

20 Definição de continuidade de uma função. Dizemos que é contínua em, se: i. está definida; ii. existe; iii Atividades propostas a) Clique nos links abaixo e realize as atividades propostas. Observações: As atividades abaixo foram extraídas de (ANTON; BIVENS; DAVIS; 2007). b) Em cada parte, esboce o gráfico de uma função que satisfaz as condições propostas. I. é contínua em toda parte, exceto em 3, onde é contínua à direita. II. III. IV. tem limite bilateral em 3, mas não é contínua naquele ponto. não é contínua em 3, mas se seu valor em 3 for mudado de 3 1 para 3 0, torna-se contínua em 3. é contínua no intervalo 0, 3 e está definida no intervalo fechado 0, 3; mas não é continua no intervalo 0, 3. c) Encontre os pontos se houver, nos quais não é contínua. 20 P á g i n a

21 i ii. 8 iii. iv. ² ² v. ² vi. ² vii. viii. ix. ² ² x. 4 xi. 2 3, 7, Cálculo de limites e técnicas de determinação Para determinar algebricamente alguns limites vamos inicialmente considerar o seguinte teorema Teorema (Alguns limites básicos) I. ; ; 21 P á g i n a

22 Cálculo I: Noções Básicas Para a função constante, temos que os valores de não variam conforme os de variam, logo o limite de é. II. ; ; III. ; 22 P á g i n a

23 Cálculo I: Noções Básicas Esse resultado pode ser analisado intuitivamente. Ao estudarmos frações víamos que, quanto mais próximo de zero o denominador se encontrar, maior o valor que a fração representará, e quanto maior o denominador menor a fração será. Assim, quando tende a zero pela direita, temos que assume valores cada vez menores, mas sempre maiores que zero, logo, crescerá sem cota. E quando tende a zero pela esquerda, temos que assume valores cada vez maiores, mas sempre menores que zero, logo, decrescerá sem cota. IV. ; 23 P á g i n a

24 Cálculo de limites de polinômios quando tende a. Exemplo 1: lim ² 4 3 Vejamos no gráfico o comportamento do polinômio para valores de na vizinhança de 5. Veja pelo gráfico que lim ² 4 3 é 8. Para os polinômios temos uma relação interessante, pois, calcular o limite de um polinômio em um ponto qualquer é o mesmo que calcular. Então para ² 4 3 calculemos 5. ² ² lim ² P á g i n a

25 Teorema (Limites de polinômios): Para qualquer polinômio, e qualquer número real, lim 1.7. Cálculo de limites de funções racionais Seja uma função racional numero real. Estudaremos a seguir os casos em temos que determinar lim. Dividiremos nosso estudo em três casos possíveis: quando os limites do numerador e do, / 0, e seja um denominador são diferentes de zero, quando o limite do numerador é diferente de zero e o do denominador é zero e quando os limites do numerador e do denominador são nulos Primeiro Caso Exemplo 1: lim ³ Se calcularmos este limite do mesmo modo que calculamos no exemplo anterior, ou seja, substituindo por 2, verificaremos que este método também funciona para denominador não é nulo. Observe: 5 4 lim lim funções racionais em que o limite do 5³ P á g i n a

26 GeoGebra. Verifique o resultado plotando o gráfico desse função no Segundo Caso Exemplo 1: 3? Mas e se, para a função do exemplo 1 da sessão 1.7.1, tender a Se calcularmos este limite do mesmo modo que fizemos anteriormente verificaremos que este método não funciona para funções racionais em que o limite do denominador é nulo, pois não há divisão por zero. Observe: lim Resolveremos esse caso através da própria definição de limite. Quando calculamos o limite de uma função quando tende a não estamos interessados no valor de, mas sim nos valores de, para na vizinhança de. No 5³ 4 lim 3 5 3³ nosso exemplo, para a função, não faz sentido pensarmoss no valor de 3, pois 3 não pertence ao domínio de, mas podemos pensar em valores de próximos de 3. Usando o Excel ou uma calculadora, construa uma tabela com valores de para na vizinhança de 3. Não se esqueça de atribuir valores pela esquerda, ou seja, para valores de cada vez mais próximos de 3 mas sempre menores que 3 e pala direita, ou seja, para valores de cada vez mais próximos de 3 mas sempre maiores que P á g i n a

27 Confirme seus cálculos plotandoo o gráfico da função no GeoGebra e analisando seu comportamento na vizinhança de 3. lim Se o limite do denominador de uma função racional, quando, for nulo, e o limite do numerador, quando, for um número real diferente de zero, há três possibilidades para o limite dessa função quando : O limite pode ser ; O limite pode ser ; O limite pode ser pela direita e pela esquerda ou vice- versa. Exemplo 2: Inicialmente percebemos que quando tende a 5, ou seja, o denominador se aproxima de zero enquanto o numerador é constante. Antes de prosseguirmos, é conveniente que pensemos em uma fração do tipo, 0. Uma fração pode ser interpretada como uma divisão, no caso 8 dividido por. Vejamos uma tabela com diferentes valores para : tende a,,,, Uma forma de pensarmos em uma divisão é pensarmos quantas vezes o denominador cabe no numerador. Confira na tabela, por exemplo, que 8 cabe 1 vez em 8, 4 cabe 2 vezes em 8,..., 0,5 cabe 16 vezes em 8 e assim por diante. Concluímos que quanto mais próximo de zero for o valor de, maior será o resultado dessa divisão. 27 P á g i n a

28 Cálculo I: Noções Básicas Voltando ao nosso cálculo, vemos que o denominador de tende a 0, quando tende a 5. Ou seja, assumirá valores cada vez, mais distantes de zero. Assim podemos afirmar que o limite procurado é um limite infinito, porém nosso trabalho ainda não está pronto, pois precisamos determinar se trata-se de ou. Uma boa saída é pensarmos no que acontece com a expressão quando assumimos valores cada vez mais próximos da zero. ATENÇÃO, é nesse momento que muitas vezes erramos por esquecer que um valor na vizinhança de zero, pode ser menor que zero ou maior que zero, por isso há a necessidade de estudarmos os limites laterais dessa função: a) lim Pela definição de limite lateral pela esquerda, assume valores cada vez mais próximos de 5, mas sempre menores que. Sabemos que o numerador de é uma constante positiva e que o denominador, nesse caso, é negativo, pois subtraímos 5 de, que por definição é necessariamente um numero menor que 5. Assim concluímos que essa fração assume valores negativos na vizinhança de 5, pela esquerda. Portanto: b) lim 8 lim = 5 Pela definição de limite lateral pela direita, assume valores cada vez mais próximos de 5, mas sempre maiores que. Sabemos que o numerador de é uma constante positiva e que o denominador, nesse caso, é positivo, pois subtraímos 5 de, que por definição é necessariamente um número maior que 5. Assim concluímos que essa fração assume valores positivos na vizinhança de 5, pela direita. Portanto: 28 P á g i n a

29 lim 8 = 5 Logo, o limite procurado não existe, pois os limites laterais são diferentes: lim 8 5 = Observação: no caso anterior, os limites laterais também não existem, pois não há um número em que a função se aproxima quando se aproxima de 5, seja pela direita ou pala esquerda. Mas apesar disso, sabemos o comportamento da função na vizinhança de 5. Por isso dizemos que se trata de limites infinitos e escrevemos: Exemplo 3: 8 lim =, lim 5 8 = 5 lim = Usando o mesmo raciocínioo do exemplo anterior temos: Como o limite do numerador é uma constante diferente de zero e o denominador é zero, precisamos determinar os limites laterais: lim = e lim =. Repare que nesse caso o denominador é sempre positivo pelo fato de estar elevado ao quadrado e o numerador é uma constante positiva, portanto: lim 8 5 = 29 P á g i n a

30 Exemplo 4: lim Determinando os limites laterais temos: lim = e lim =. Repare que nesse caso o denominador é sempre positivo pelo fato de estar elevado ao quadrado e o numerador é uma constante negativa, portanto: Terceiro Caso: Seja uma função racional lim 8 5 = numero real. O terceiro caso consiste em determinarmos lim, tal que, quando, 0 e 0. Nesse caso temos uma indeterminação do tipo. É fácil perceber porque dizemos que se trata de uma indeterminação, pois poderíamos supor que o limite seria zero já que zero dividido por um número real não nulo é zero, por outro lado o denominador também tende a zero, assim poderíamos afirmar que esse limite é um limite infinito como os do segundo caso, mas a segunda informação entra em conflito com a primeira e dessa forma nosso limite continua indeterminado. Você pode pensar que, sempre que haver uma indeterminação desse tipo basta dizer que o limite não existe, mas não se engane, pois rapidamente podemos mostrar que não é bem assim. Como = 0 e = 0, o numerador e o denominador necessariamente possuem um assim o limite de =, / 0, e seja um como o numerador tende a zero, ou mais fatores comuns de, quando tende a pode ser encontrado cancelando todos os fatores comuns de e usando um dos 30 P á g i n a

31 métodos considerados anteriormente para encontrar o limite da função simplificada. Exemplo 1: lim Observe que = 3 não faz parte do domínio da, o que não trás problemas ao cálculo desse limite, pois não estamos calculando 3, mas sim valores de quando está na vizinhança de 3. Veja que quando 3, ² 9, assim a fração ², o que é uma indeterminação. Como o numerador é uma diferença de quadrados, podemos fatorá-lo antes de efetuar o cálculo do limite: 9 lim 3 = lim = lim 3 = 3 3 lim 9 3 = 6 Veja outro exemplo no link: raiz_controller.swf Exemplo 2: lim Nesse caso, os processos de fatoração tradicionais se tornam um pouco complexos, pois temos no denominador uma potência de expoente não inteiro =. Mas isso não é problema, pois temos um artifício prático para simplificar essa função. Basta multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado de 1 que é 1: 31 P á g i n a

32 1 lim 1 = lim = lim 1 lim 1 = lim 1 = lim 1 = 1 1 = lim 1 Veja outro exemplo no link: te/limite%20algebricamente_controller.swf Observação: Para o cálculo de limites do terceiro caso, é fundamental que você conheça todos os tipos de fatoração de polinômios. Caso haja a necessidade de revisar esses conceitos acesse o link abaixo e pesquise sobre fatoração de expressões algébricas: Limites no infinito Vocês devem ter percebido que nas discussões anteriores falamos de limites infinitos, ou seja, limites que crescem ou decrescem sem cota quando tende a um número real. Porém, outro tipo de limite muito importante é o limite no infinito. Esse estudo é extremamente importante quando desejamos saber o comportamento final de uma função, ou seja, o comportamento da para os valores de na vizinhança de e.. Vejamos alguns exemplos: Exemplo 1: 32 P á g i n a

33 lim Nesse caso, cresce sem cota. Como 1 está dividido por, o resultado desse divisão tende a um valor cada vez mais próximo de zero. Logo: Exemplo 2: lim 1 = 0 lim 2 3 ² Observação: O comportamento final de um polinômio coincide com o comportamento final do seu termo de maior grau. lim 2 3 ² = lim 2 = Nesse caso, assume valores cada vez menores, ou seja, assume valores negativos. Um número negativo elevado a sétima potência e multiplicado por 2 continua negativo. Logo esse limite é. Veja mais informações DAVIS, 2007, p. 127). no livro: Cálculo (ANTON; BIVENS; Exemplo 3: lim Observação: O limite de uma função racional pode ser dado pelo quociente do limite do numerador pelo limite do denominador, desde que isso não gere nenhuma indeterminação. Como tanto o numerador 33 P á g i n a

34 quanto o denominador são polinômios e, a regra que vimos anteriormente vale nesse caso. Logo: 2 4 lim 2 = 2 lim = lim 2 = 2 Veja mais informações DAVIS, 2007, p. 127). no livro: Cálculo (ANTON; BIVENS; Exemplo 4: lim ² Nesse caso, quando, ², assim: lim ² = Observação: Nesse caso, temos um limite infinito no infinito. Veja mais informações DAVIS, 2007, p. 124). no livro: Cálculo (ANTON; BIVENS; 34 P á g i n a

35 Cálculo I: Noções Básicas Unidade 2 Derivada - Conceitos básicos 35 P á g i n a

36 2. Derivada - Conceitos básicos 2.1. Taxa de Variação: Taxa de variação é a comparação entre duas grandezas variáveis e dependentes. A velocidade média, por exemplo, é a taxa de variação do espaço em relação ao tempo. Ou seja, é o espaço percorrido em cada unidade de tempo. = Velocidade média. Variação do espaço. Variação do tempo. Exemplo 1: A tabela a seguir representa o espaço percorrido, em metros, por um móvel a cada unidade de tempo em segundos. Veja: A cada 1 segundo de movimento o espaço varia de 4 metros. 36 P á g i n a

37 Observe que ao considerarmos infinitos pontos que descrevem o movimento desse móvel em ralação ao tempo, formamos um gráfico retilíneo. Trata-se de uma função linear 1 do tipo =, onde é o coeficiente angular da reta. Como estamos tratando do espaço percorrido em relação ao tempo, podemos reescrever essa função como = e como o espaço varia metros a cada segundo, temos que o coeficiente angular da reta é, ou seja =, logo a função que descreva essa situação tem a seguinte lei de formação: Agora que conhecemos a = móvel em questão em relação ao tempo, podemos retomar a discussão acerca de taxa de variação, mais precisamente mediremos a taxa de variação média do espaço encontraremos a velocidade média do móvel em um dado intervalo de tempo. Tomemos o intervalo de a segundos: Para =, temos: = = = E para =, temos: Logo: = = = função que descreve o movimento do em relação ao tempo, ou seja, = = = / Observe que a variação do espaço em relação ao tempo é exatamente o coeficiente linear da reta. Para a mesma equação acima, escolha novos valores para, determine pares de pontos ; e encontre, a partir desses valores, a taxa de variação média entre esses pontos. Diga qual será a taxa de variação média de em relação a para quaisquer dois pontos pertencentes a reta =. Compare o resultado com o coeficiente angular da reta e escreva sua conclusão. 1 Busque mais informações sobre função linear no material didático da disciplina Matemática Fundamental. 37 P á g i n a

38 Cálculo I: Noções Básicas Podemos definir a taxa de variação média entre dois pontos quaisquer sobre o gráfico de uma função. Para isso consideremos o seguinte caso geral: Seja um ponto qualquer das abscissas e sua imagem : Variando um intervalo a partir do ponto, marcamos um novo ponto de abscissa que tem imagem : Note que houve também, uma variação ( ) no eixo das ordenadas 2. Assim, podemos determinar a taxa de variação de em relação a : = ou seja, = Assim, para um caso geral, a taxa de variação média é dada por = 2 Lembre-se que os valores para cada ponto correspondente do domínio de uma função são representados no plano cartesiano no eixo das ordenadas, por isso podemos afirmar que =. 38 P á g i n a

39 Conforme percebemos no exemplo 1 da sessão 2.1, a taxa de variação média em uma função linear é constante para qualquer intervalo de pontos sobre o gráfico e corresponde exatamente ao coeficiente angular da reta. O mesmo pode ser dito de uma função afim 3 qualquer. Mas e quando não lidamos com uma reta? Em uma curva qualquer podemos encontrar dois pontos distintos e usar a mesma definição para encontrarmos a taxa de variação média no intervalo que tem os dois pontos como extremos. Como vimos, essa taxa de variação é a inclinação da reta que passa pelos pontos em questão. A essa reta denomina-se reta secante. Busque mais informações sobre reta secante e reta tangente a curva nos links: > Derivada > Problema da reta tangente a uma curva; O exemplo a seguir pode ilustrar nossas considerações: Exemplo 2: Imagine o movimento de um objeto solto a uma altura de 50 metros em queda livre. Com o auxílio da física, podemos descrever seu movimento através da função: : Altura do objeto em metros em ralação ao solo a cada segundo de = 50 4,9², em que movimento. : Tempo de movimento do objeto em segundos a partir do início da queda. 3 Busque mais informações sobre função linear no material didático da disciplina Matemática Fundamental. 39 P á g i n a

40 Complete as lacunas na tabela a seguir substituindo os valores na função dada e plote os pontos num plano cartesiano: Como podemos observar abaixo, o gráfico da função não é mais uma reta, mas podemos determinar a taxa de variação média através da expressão = quaisquer dois pontos da curva. que definimos anteriormente em Vejamos dois casos: a) Para = e =, temos: = = =, = =,, =,, = 40 P á g i n a

41 Observe que a taxa de variação media que encontramos corresponde a inclinação da reta que passa pelos pontos: ; e ;, ou seja ; ;,. Confirme que a lei de formação da função representada pela reta secante a curva é =,. Veja que o coeficiente angular da reta secante a curva pelos pontos ; e ;, é igual a taxa de variação média entre esses dois pontos. b) Para = e =, temos: = = =,, = =,, = =,, Observe que a taxa de variação media que encontramos corresponde a inclinação da reta que passa pelos pontos: ; e ;, ou seja ;, e ;,. 41 P á g i n a

42 Confirme que a lei de formação da função representada pela reta secante a curva é =,,. Veja que o coeficiente angular da reta secante a curva pelos pontos ;, e ;, é igual a taxa de variação média entre esses dois pontos. Veja que quando observamos intervalos distintos, temos taxas de variação distintas. Observe ainda que do primeiro para o segundo exemplo que utilizamos, mantivemos o ponto ;,, variando somente o segundo ponto. Esse procedimento pode ser repetido infinitamente e para cada novo ponto temos uma nova reta secante e consequentemente encontramos taxas de variação médias distintas 42 P á g i n a

43 Em vista a estas considerações, façamos uma nova análise: encontrávamos dois pontos de tangência a curva, determinando os valores de e. Agora, manteremos um ponto fixo, escolhendo um valor para e consideraremos um ponto que se move sobre a curva variando o valor de, Ou seja: O ponto ; é fixo e o ponto ; varia a medida que varia o valor de. Seja =. Assim os pontos serão ;, e,. Agora basta escolher diferentes valores para e encontraremos diferentes retas secantes. Complete a tabela a seguir e para cada valor de trace o esboço da reta secante a curva =, ², e que passa pelo ponto ;, Experimente substituir por zero no exemplo anterior. O que acontece? Se aceitarmos =, o que podemos concluir com relação aos pontos ;, e,? É possível encontrar a inclinação da reta secante a curva nesse caso? Por quê? Você deve ter percebido, no exercício anterior, que à medida que tomávamos valores para mais próximos de zero o ponto variável 43 P á g i n a

44 , se aproxima Alem disso não é possível determinar o valor da taxa de variação média da altura em relação ao tempo pois nesse caso, = ;,, ou seja, teremos apenas um ponto sob a curva. Assim não faz sentido pensarmos em taxa de variação média, mas em taxa de variação instantânea já que teríamos um único instante =. Mas como determinar essa taxa? Não podemos determinar cada vez mais do ponto fixo ;,. = podemos determinar seu valor para na vizinhança de zero, ou seja, para valores de tão próximos de zero quanto se queira. Esse processo nos sugere utilizarmos o conceito de limite., quando =, o valor de, quando =, mas Veja no vídeo de derivada desse material, o processo de aproximação das ratas secantess a reta tangente e um dado ponto. Veja no vídeo de derivadaa que a medida que aproximamos um ponto móvel sobre a curva de um ponto fixo, se aproxima de zero e a reta secante a curva pelos dois pontos se aproxima da reta tangente 4 a curva no ponto fixo. A inclinação da reta tangente corresponde exatamente a taxaa de variação instantânea do espaço em relação ao tempo em =. Calculemos então nossa taxa de variação instantânea: =, =, ², ², =,,, ², =,,,, = = 4 Acesse o seguinte link e encontre mais informações sobre a aproximação da reta secante a uma tangente: / C1/problema_reta_tangente_novo.swf 44 P á g i n a

45 =,, =, =, Assim podemos dizer que a taxa de variação instantânea do espaço em ralação ao tempo para o nosso exemplo é,. Nesse exemplo consideramos um ponto específico, ;, mas podemos generalizar nossas considerações para um ponto qualquer,. Basta repetirmos o cálculo usando um qualquer. Veja: =, =, ² ², ² =, ²,, ², ² =,,,, = = =,, =,, ² =, Repare que para =, o limite que calculado anteriormente é exatamente, como já havíamos mostrado. Por tanto basta substituir diferentes valores para que encontraremos a taxa de variação instantânea no ponto,. Logo podemos calcular a taxa de variação instantânea ou inclinação da reta tangente a curva =, ² em um ponto do seu domínio através expressão:. Ao resultado dessa expressão denomina-se DERIVADA ou DIFERENCIAL de = em um ponto qualquer. Nem todas as funções permitem 45 P á g i n a

46 esse cálculo para todo o seu domínio. Mais adiante trataremos sobre esse assunto. Acesse o seguinte link e resolva a atividade proposta: Notação: podemos representarr a derivada de função do nosso exemplo, da seguinte forma:,, ou. A taxa de variação média entre dois pontos, distintos ; (ponto inicial) e ; (ponto final) de uma função :, é dada pela expressão o: =. Vimos que o limite dessa expressão com tendendo a nos fornece outra taxa de variação, a instantânea. É natural que se utilize outra notação para diferenciarmos os dois tipos de taxa de variação, justificando dessa forma, os diferentes tipos de notação de derivada vistos anteriormente Derivada ou diferencial Definição de derivada ou diferencial: A derivada de uma função é a função (éfe linha), desde que o limite abaixo exista: = Observação: É muito comum se utilizar outro símbolo algébrico como a letra, por exemplo, para representar a variação em, ou seja, o. Nesse caso, a definição acima pode ser reescrita como: = lim 46 P á g i n a

47 Cálculo I: Noções Básicas Diferenciabilidade: Uma função é derivável em um intervalo aberto, se existe para qualquer valor de nesse intervalo. Uma função é derivável em um intervalo fechado,, se a função é diferenciável em um intervalo aberto, e existem os limites: e Uma função é dita derivável em um ponto =, se existe derivada no ponto =. Uma função que é derivável para todos os valores de seu domínio é denominada função derivável ou diferenciável. 47 P á g i n a

48 Cálculo I: Noções Básicas Unidade 3 Integral definida 48 P á g i n a

49 3. Integral definida O objetivo desta unidade é contextualizar o conceito de integral definida trazendo elementos que fizeram parte da história da construção desse conceito que, dentre outras aplicações, resolveu o problema da área definida por contornos irregulares. Como nosso foco é a integral definida, consideramos como pré-requisito que o estudante tenha conhecimento do conceitoo de integral indefinida. Indicamos para estudo desse último conceito no capítulo 6 do livro Cálculo (ANTON; BIVENS; DAVIS, 2007) Cálculo de áreas de figuras planas Uma idéia intuitiva do conceito de integral pode surgir de um procedimento simples, porém engenhoso, desenvolvido por Arquimedes na Grécia Antiga. O cálculo de áreas de figuras planas pode ser trivial, quando se trataa de uma figura conhecida como um quadrado, um círculo e um triângulo, por exemplo. O problema é que em diversas situações temos que calcular áreas de superfícies totalmente irregulares como no exemplo a seguir: 49 P á g i n a

50 Exemplo 1: Calcular a área da superfície abaixo: É possível fazer isso? Arquimedes resolveu essee problema, aproximando a área da figura irregular à soma de áreas de figuras conhecidas, obtendo assim uma boa aproximação. Observe: No nosso exemplo, utilizamos o quadrado. Sobrepondo diversos quadrados sobre a figura dada, podemos dizer que sua área se aproxima da soma das áreas de todos os quadrados inscritos na figura. Mas parece que nossa aproximação não é das melhores. Porém, se reduzirmos o tamanho dos quadrados, podemos perceber que o erro de aproximação vai se reduzindo. 50 P á g i n a

51 Procedendo assim, sucessivamente, pode-se obter uma aproximação tão precisa quanto se queira. Veremos adiante, o quanto esse procedimento pode nos ser útil para compreendermos a idéia intuitiva de Integral definida. Mas antes, vejamos um exemplo que norteará nossas discussões. Exemplo 2: Imagine um carro, ao longo de uma estrada, se movendo com uma velocidade constante. Sabendo que a velocidade é a taxa de variação da distância com relação ao tempo, podemos encontrar a distância percorrida, analisando o comportamento da velocidade. = = :, : é, : çã ç, : çã. 51 P á g i n a

52 Cálculo I: Noções Básicas Podemos encontrar um modelo, que descreve a distância percorrida, a partir da relação acima que determina a velocidade média do automóvel, logo: = Suponha que esse carro esteja a uma velocidade constante de / e viaja, com a mesma velocidade, por. Nesse caso, qual seria a distância percorrida? Sabemos que: =. Então, a distância percorrida pelo carro, será: = = Vejamos o gráfico dessa situação: 52 P á g i n a

53 Observe que a distância percorrida é exatamente a área da figura sob o gráfico, logo: = é á â: = = = Exemplo 3: Mas e quando a velocidadee não for constante? É interessante analisarmoss essa situação, pois, normalmente os carros possuem velocidades que variam de acordo com o tempo. Voltemos ao nosso exemplo: Imagine que depois dos quatro segundos, nosso carro aumente a cada instante de tempo sua velocidade em /, como mostra a tabela. Assim, a velocidade do móvel entre e segundos será dado pela expressão: = Vejamos agora o gráfico dessa situação: 53 P á g i n a

54 Cálculo I: Noções Básicas Da equação da velocidade temos que: = = Da física sabemos que em um movimento retilíneo uniformemente variado podemos utilizar a equação de Torricelle: = :, :, : çã, : ç. Sabemos que: = e = ², já que a aceleração é a taxa de variação da velocidade em relação ao tempo e essa é constante, pois a velocidade varia a cada segundo de movimento. = = = = Assim a distância total percorrida é de =. Observe também que a distância percorrida é numericamente igual à área da figura sob o gráfico, logo: = é á é = = = = 54 P á g i n a

55 Em livros de mecânica, você verá que para qualquer gráfico da velocidade em relação ao tempo, a área sob a curva, definida por um intervalo, das abscissas é numericamente igual a distância percorrida pelo móvel entre os instantes que variam de a. Exemplo 4: Mas e se carro frear? O quê irá acontecer? Veja o gráfico que representa essa situação: Como calcular a distância percorrida, ou seja, como determinar a área sob o gráfico? Nos outros exemplos, sabíamos facilmente qual era a função que descrevia a velocidade em relação ao tempo. Nesse caso a aceleração é variável, ou seja, como a aceleração é a variação da velocidade em relação ao tempo, temos que essa taxa de variação não é constante, o que dificulta encontrarmos a função que descreve 55 P á g i n a

56 essa situação. Em um experimento real, uma possibilidade seria medir a velocidade em vários espaços de compreendidos no intervalo a ser observado e fazer um ajuste de curva através do método de regressão. Observação: o método de regressão para determinarmos uma curva que melhor representa uma distribuição de pontos no plano pode ser estudado em qualquer livro de estatística básica. Como nosso foco aqui é outro e nossoo problema é fictício encolhemos uma curva que atendia bem nossas necessidades conceituais. Determinamos, para esse em relação ao tempo é: caso, que a equação da velocidade = ² Veja que se trata de uma função polinomial do segundo grau, sendo assim seu gráfico é uma parábola. Quando analisamos a área formada entre a parábola e o intervalo [;, vemos que não se trata de uma figura geométrica da qual conhecemos uma fórmula para calcular sua área diferentemente do retângulo e do trapézio que encontramos nas duas primeiras situações. Agora, o método de Arquimedes que citamos no início dessa unidade parece ser útil. Para calcular a área sob o gráfico do ponto = à =, basta subdividirmos essa área em várias figuras da qual sabemos calcular a área. No nosso caso subdividimos a área sob o gráfico, em retângulos de mesma largura e tais que cada um esteja completamente abaixo do gráfico e que o intercepte em pelo menos um ponto, como pode ser observado na figura: 56 P á g i n a

57 Cálculo I: Noções Básicas Assim temos que a área sob o gráfico será aproximadamente a soma das áreas de todos os retângulos inscritos. No entanto, quanto menor a largura dos retângulos, melhor será a sua aproximação. Veja: 57 P á g i n a

58 Manipule a animação Somas de Riemann na mesma página desse material. Isto nos sugere fazer tender a largura dos retângulos a zero e assumir a área sobre o gráfico como um valor limite da soma das áreas. Vejamos: Seja o número de subintervalos que dividimos,. Dessa forma, a largura dos retângulos é dada por: = Suponha = = = = = 58 P á g i n a

59 Veja que, a imagem de pela função é f( ), de é f( ), e assim por diante. Essas imagens são respectivamente as alturas dos retângulos sob a curva. Logo, temos que a área sob a curva é aproximadamente a soma das áreas de todos os retângulos, logo, = = Podemos aumentar cada vez mais a quantidade de subintervalos e assim, teremos que a área será o limite das aproximações da área quando os subintervalos crescem sem parar. Assim, a área sob a curva é dada por: = Essa expressão corresponde à Integral Definida. Resolver a Integral definida acima é encontrar uma função cuja derivada resulta na, e encontra a diferença entre e. = ou seja, = Exemplo 5: Considere a integral: ² A função, cuja derivada resulta em = ², seria ³, sendo que C representa uma constante qualquer. 59 P á g i n a

60 Cálculo I: Noções Básicas ² = ³ = ² = = Voltemos a situação-problema do carro. Observe as correspondentes funções de cada parte do gráfico. = = = ² Sabe-se que o espaço percorrido em um intervalo de tempo, é dado pela área sob a curva é essa por sua vez é calculada por: = = = 60 P á g i n a

61 Logo, se aplicarmos esse conceito no exemplo do carro, teremos para = : = = = = = Para = : = = ² ² = = ² = = = = Veja que esses dois primeiros resultados são exatamente os mesmos que encontramos fazendo os cálculos através das fórmulas da área do retângulo e do trapézio. Para = ² : = ² = ² = ² ² = = = = 61 P á g i n a

62 No terceiro caso, assim como na maioria dos fenômenos naturais, a área sob a curva não prevê uma fórmula ou procedimento para o cálculo de sua área a não ser pelo cálculo da integral definida Atividades propostas As seguintes atividades foram extraídas do livro Cálculo com geometria analítica (SWOKOWSKI, 1994). a) Calcule a integral definida encarando-a como a área sob o gráfico de uma função. Sugestão: Plote os gráficos das funções no GeoGebra e visualize a área delimitada por cada intervalo. i. ii. iii. iv. v. ² vi. ² ², 0 vii. ² viii. ² 62 P á g i n a

63 Cálculo I: Noções Básicas 4. Referências Bibliográficas ANTON, Haward; BIVENS, Irl; DAVIS, Stephen. Cálculo. 8ª Ed. Bookman: Porto Alegre: V. 1, BIZELLI, Maria Helena S. S. : Calculo Online [Internet]. UNESP; acesso em 09/02/ E-Cálculo [internet]. USP; acesso em 09/02/ SWOKOWSKI, E. W. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: v. 1, P á g i n a

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL APOSTILA DE CÁLCULO. Realização:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL APOSTILA DE CÁLCULO. Realização: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL APOSTILA DE CÁLCULO Realização: Fortaleza, Fevereiro/2010 1. LIMITES 1.1. Definição Geral Se os valores de f(x) puderem

Leia mais

3. Limites e Continuidade

3. Limites e Continuidade 3. Limites e Continuidade 1 Conceitos No cálculo de limites, estamos interessados em saber como uma função se comporta quando a variável independente se aproxima de um determinado valor. Em outras palavras,

Leia mais

Limites Uma teoria abordando os principais tópicos sobre a teoria dos limites. José Natanael Reis

Limites Uma teoria abordando os principais tópicos sobre a teoria dos limites. José Natanael Reis Limites Uma teoria abordando os principais tópicos sobre a teoria dos limites Este trabalho tem como foco, uma abordagem sobre a teoria dos limites. Cujo objetivo é o método para avaliação da disciplina

Leia mais

AULA 1 Introdução aos limites 3. AULA 2 Propriedades dos limites 5. AULA 3 Continuidade de funções 8. AULA 4 Limites infinitos 10

AULA 1 Introdução aos limites 3. AULA 2 Propriedades dos limites 5. AULA 3 Continuidade de funções 8. AULA 4 Limites infinitos 10 Índice AULA 1 Introdução aos limites 3 AULA 2 Propriedades dos limites 5 AULA 3 Continuidade de funções 8 AULA 4 Limites infinitos 10 AULA 5 Limites quando numerador e denominador tendem a zero 12 AULA

Leia mais

Tópico 3. Limites e continuidade de uma função (Parte 1)

Tópico 3. Limites e continuidade de uma função (Parte 1) Tópico 3. Limites e continuidade de uma função (Parte 1) O Cálculo Diferencial e Integral, também chamado de Cálculo Infinitesimal, ou simplesmente Cálculo, é um ramo importante da matemática, desenvolvido

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas. Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino. Módulo de Limites. Aula 01. Projeto GAMA

Universidade Federal de Pelotas. Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino. Módulo de Limites. Aula 01. Projeto GAMA Universidade Federal de Pelotas Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino Atividades de Reforço em Cálculo Módulo de Limites Aula 0 208/ Projeto GAMA Grupo de Apoio em Matemática Ideia Intuitiva

Leia mais

Área e Teorema Fundamental do Cálculo

Área e Teorema Fundamental do Cálculo UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Área e Teorema Fundamental

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Cálculo com Geometria Analítica I Prof a : Msc. Merhy Heli Rodrigues Aplicações da Derivada

Universidade Federal de Pelotas Cálculo com Geometria Analítica I Prof a : Msc. Merhy Heli Rodrigues Aplicações da Derivada 1) Velocidade e Aceleração 1.1 Velocidade Universidade Federal de Pelotas Cálculo com Geometria Analítica I Prof a : Msc. Merhy Heli Rodrigues Aplicações da Derivada Suponhamos que um corpo se move em

Leia mais

Capítulo 4 - Derivadas

Capítulo 4 - Derivadas Capítulo 4 - Derivadas 1. Problemas Relacionados com Derivadas Problema I: Coeficiente Angular de Reta tangente. Problema II: Taxas de variação. Problema I) Coeficiente Angular de Reta tangente I.1) Inclinação

Leia mais

O limite de uma função

O limite de uma função Universidade de Brasília Departamento de Matemática Cálculo 1 O ite de uma função Se s(t) denota a posição de um carro no instante t > 0, então a velocidade instantânea v(t) pode ser obtida calculando-se

Leia mais

MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I

MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I 1 MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I GEOMETRIA ANALÍTICA Coordenadas de pontos no plano cartesiano Distâncias entre pontos Sejam e dois pontos no plano cartesiano A distância entre e é dada pela expressão

Leia mais

Capítulo 5 Derivadas Parciais e Direcionais

Capítulo 5 Derivadas Parciais e Direcionais Capítulo 5 Derivadas Parciais e Direcionais 1. Conceitos Sabe-se que dois problemas estão relacionados com derivadas: Problema I: Taxas de variação da função. Problema II: Coeficiente angular de reta tangente.

Leia mais

1.1 DERIVADA COMO RETA TANGENTE E TAXA DE VARIAÇÃO

1.1 DERIVADA COMO RETA TANGENTE E TAXA DE VARIAÇÃO 1 PLANO DE AULA II - DERIVADAS Essa aula tem como principal objetivo, introduzir o conceito de derivadas, de uma maneira rápida, para que, quando o professor fazer uso dos softwares na resolução de problemas

Leia mais

AULA 7- LIMITES VERSÃO: OUTUBRO DE 2016

AULA 7- LIMITES VERSÃO: OUTUBRO DE 2016 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS MATEMÁTICA 01 AULA 7- LIMITES VERSÃO: 0.2 - OUTUBRO DE 2016 Professor: Luís Rodrigo E-mail: luis.goncalves@ucp.br

Leia mais

A Derivada e a Inclinação de um Gráfico

A Derivada e a Inclinação de um Gráfico UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I A Derivada e a Inclinação

Leia mais

CÁLCULO I Prof. Marcos Diniz Prof. André Almeida Prof. Edilson Neri Júnior

CÁLCULO I Prof. Marcos Diniz Prof. André Almeida Prof. Edilson Neri Júnior Objetivos da Aula CÁLCULO I Prof. Marcos Diniz Prof. André Almeida Prof. Edilson Neri Júnior Aula n o 4: Aproximações Lineares e Diferenciais. Regra de L Hôspital. Definir e calcular a aproximação linear

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I Faculdade de Engenharia, Arquiteturas e Urbanismo FEAU

Cálculo Diferencial e Integral I Faculdade de Engenharia, Arquiteturas e Urbanismo FEAU Cálculo Diferencial e Integral I Faculdade de Engenaria, Arquiteturas e Urbanismo FEAU Prof. Dr. Sergio Pilling Parte 1 - Limites Definição e propriedades; Obtendo limites; Limites laterais. 1) Introdução

Leia mais

Suponhamos que tenha sido realizado um. estudo que avalia dois novos veículos do mercado: o Copa e o Duna. As pesquisas levantaram os seguintes dados:

Suponhamos que tenha sido realizado um. estudo que avalia dois novos veículos do mercado: o Copa e o Duna. As pesquisas levantaram os seguintes dados: A U A UL LA Acelera Brasil! Suponhamos que tenha sido realizado um estudo que avalia dois novos veículos do mercado: o Copa e o Duna. As pesquisas levantaram os seguintes dados: VEÍCULO Velocidade máxima

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CÁLCULO L1 NOTAS DA TERCEIRA AULA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Resumo. Nesta aula introduziremos o conceito de derivada e a definição de uma reta tangente ao gráfico de uma função. Também apresentaremos

Leia mais

Derivadas Parciais. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

Derivadas Parciais. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 14 Derivadas Parciais Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 14.2 Limites e Continuidade Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Limites e Continuidade Vamos comparar

Leia mais

Material Básico: Calculo A, Diva Fleming

Material Básico: Calculo A, Diva Fleming 1 Limites Material Básico: Calculo A, Diva Fleming O conceito de Limite é importante na construção de muitos outros conceitos no cálculo diferencial e integral, por exemplo, as noções de derivada e de

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, veremos que o sinal da derivada segunda de uma função dá informações

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, veremos que o sinal da derivada segunda de uma função dá informações CÁLCULO L NOTAS DA DÉCIMA SEGUNDA AULA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Resumo. Nesta aula, veremos que o sinal da derivada segunda de uma função dá informações sobre a concavidade do gráfico desta função.

Leia mais

A Derivada e a Inclinação de um Gráfico. A Derivada e a Inclinação de um Gráfico

A Derivada e a Inclinação de um Gráfico. A Derivada e a Inclinação de um Gráfico UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I A Derivada e a Inclinação

Leia mais

A Derivada. Derivadas Aula 16. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil

A Derivada. Derivadas Aula 16. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil Derivadas Aula 16 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 04 de Abril de 2014 Primeiro Semestre de 2014 Turma 2014104 - Engenharia Mecânica A Derivada Seja x = f(t)

Leia mais

A origem de i ao quadrado igual a -1

A origem de i ao quadrado igual a -1 A origem de i ao quadrado igual a -1 No estudo dos números complexos deparamo-nos com a seguinte igualdade: i 2 = 1. A justificativa para essa igualdade está geralmente associada à resolução de equações

Leia mais

TEORIA CONSTRUINDO E ANALISANDO GRÁFICOS 812EE 1 INTRODUÇÃO

TEORIA CONSTRUINDO E ANALISANDO GRÁFICOS 812EE 1 INTRODUÇÃO CONSTRUINDO E ANALISANDO GRÁFICOS 81EE 1 TEORIA 1 INTRODUÇÃO Os assuntos tratados a seguir são de importância fundamental não somente na Matemática, mas também na Física, Química, Geografia, Estatística

Leia mais

Teoremas e Propriedades Operatórias

Teoremas e Propriedades Operatórias Capítulo 10 Teoremas e Propriedades Operatórias Como vimos no capítulo anterior, mesmo que nossa habilidade no cálculo de ites seja bastante boa, utilizar diretamente a definição para calcular derivadas

Leia mais

Universidade de Brasília Departamento de Matemática

Universidade de Brasília Departamento de Matemática Universidade de Brasília Departamento de Matemática Cálculo 1 Taxa de Variação A duração do efeito de alguns fármacos está relacionada à sua meia-vida, tempo necessário para que a quantidade original do

Leia mais

Introdução: A necessidade de ampliação dos conjuntos Numéricos. Considere incialmente o conjunto dos números naturais :

Introdução: A necessidade de ampliação dos conjuntos Numéricos. Considere incialmente o conjunto dos números naturais : Introdução: A necessidade de ampliação dos conjuntos Numéricos Considere incialmente o conjunto dos números naturais : Neste conjunto podemos resolver uma infinidade de equações do tipo A solução pertence

Leia mais

DERIVADA. A Reta Tangente

DERIVADA. A Reta Tangente DERIVADA A Reta Tangente Seja f uma função definida numa vizinança de a. Para definir a reta tangente de uma curva = f() num ponto P(a, f(a)), consideramos um ponto vizino Q(,), em que a e traçamos a S,

Leia mais

Derivadas Parciais Capítulo 14

Derivadas Parciais Capítulo 14 Derivadas Parciais Capítulo 14 DERIVADAS PARCIAIS 14.2 Limites e Continuidade Nesta seção, aprenderemos sobre: Limites e continuidade de vários tipos de funções. LIMITES E CONTINUIDADE Vamos comparar o

Leia mais

A derivada de uma função

A derivada de uma função Universidade de Brasília Departamento de Matemática Cálculo 1 A derivada de uma função Supona que a função f está definida em todo um intervalo aberto contendo o ponto a R. Dizemos que f é derivável no

Leia mais

Estudar mudança no valor de funções na vizinhança de pontos.

Estudar mudança no valor de funções na vizinhança de pontos. Universidade Federal de Alagoas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Fundamentos para a Análise Estrutural Código: AURB006 Turma: A Período Letivo: 007- Professor:

Leia mais

3 Limites. Exemplo 3.1

3 Limites. Exemplo 3.1 3 Ao expor o método dos incrementos fizemos uso da expressão limite. Muito mais que uma notação a noção de limite alcança um horizonte bem mais amplo dentro do contexto matemático, na realidade muito pouco

Leia mais

12. Diferenciação Logarítmica

12. Diferenciação Logarítmica 2. Diferenciação Logarítmica A diferenciação logarítmica é uma técnica útil para diferenciar funções compostas de potências, produtos e quocientes de funções. Esta técnica consiste em executar os seguintes

Leia mais

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação CAPÍTULO1 EQUAÇÕES NÃO-LINEARES 1.1 Introdução Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação f(x) = 0, onde f é uma função arbitrária. Quando escrevemos resolver numericamente,

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Função Exponencial. Primeiro Ano - Médio. Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M.

Material Teórico - Módulo de Função Exponencial. Primeiro Ano - Médio. Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Material Teórico - Módulo de Função Exponencial Gráfico da Função Exponencial Primeiro Ano - Médio Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 0 de dezembro de 018 1 Funções convexas

Leia mais

Cálculo diferencial de Funções de mais de uma variável

Cálculo diferencial de Funções de mais de uma variável MATERIAL DIDÁTICO Professora Sílvia Victer CÁLCULO 2 Cálculo diferencial de Funções de mais de uma variável 1. Funções de mais de uma variável 2. Limites de funções de mais de uma variável 3. Continuidade

Leia mais

Da figura, sendo a reta contendo e B tangente à curva no ponto tem-se: é a distância orientada PQ do ponto P ao ponto Q; enquanto que pois o triângulo

Da figura, sendo a reta contendo e B tangente à curva no ponto tem-se: é a distância orientada PQ do ponto P ao ponto Q; enquanto que pois o triângulo CÁLCULO DIFERENCIAL INTEGRAL AULA 09: INTEGRAL INDEFINIDA E APLICAÇÕES TÓPICO 01: INTEGRAL INDEFINIDA E FÓRMULAS DE INTEGRAÇÃO Como foi visto no tópico 2 da aula 4 a derivada de uma função f representa

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS COIMBRA 12º ANO DE ESCOLARIDADE MATEMÁTICA A. Aula nº 1 do plano nº 12

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS COIMBRA 12º ANO DE ESCOLARIDADE MATEMÁTICA A. Aula nº 1 do plano nº 12 ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS COIMBRA º ANO DE ESCOLARIDADE MATEMÁTICA A Aula nº do plano nº Resolver os eercícios 35, 355, 358, 360, 36, 364 das páginas 67 a 7 Conceito de derivada de uma função

Leia mais

1 Geometria Analítica Plana

1 Geometria Analítica Plana UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ CAMPUS DE CAMPO MOURÃO Curso: Matemática, 1º ano Disciplina: Geometria Analítica e Álgebra Linear Professora: Gislaine Aparecida Periçaro 1 Geometria Analítica Plana A Geometria

Leia mais

CÁLCULO I. Conhecer a interpretação geométrica da derivada em um ponto. y = f(x 2 ) f(x 1 ). y x = f(x 2) f(x 1 )

CÁLCULO I. Conhecer a interpretação geométrica da derivada em um ponto. y = f(x 2 ) f(x 1 ). y x = f(x 2) f(x 1 ) CÁLCULO I Prof. Marcos Diniz Prof. André Almeida Prof. Edilson Neri Júnior Aula n o 0: Taxa de Variação. Derivadas. Reta Tangente. Objetivos da Aula Denir taxa de variação média e a derivada como a taxa

Leia mais

GILVANDRO CORREIA DE MELO JÚNIOR UMA ABORDAGEM SOBRE TAXA DE VARIAÇÃO E DERIVADA

GILVANDRO CORREIA DE MELO JÚNIOR UMA ABORDAGEM SOBRE TAXA DE VARIAÇÃO E DERIVADA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS CCT DEPARTAMENTO DE MATEÁTICA - DM CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA GILVANDRO CORREIA DE MELO JÚNIOR UMA

Leia mais

A equação da circunferência

A equação da circunferência A UA UL LA A equação da circunferência Introdução Nas duas últimas aulas você estudou a equação da reta. Nesta aula, veremos que uma circunferência desenhada no plano cartesiano também pode ser representada

Leia mais

Material Teórico - Inequações Produto e Quociente de Primeiro Grau. Inequações Quociente. Primeiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Inequações Produto e Quociente de Primeiro Grau. Inequações Quociente. Primeiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Inequações Produto e Quociente de Primeiro Grau Inequações Quociente Primeiro Ano do Ensino Médio Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 27 de

Leia mais

Noções Elementares Sobre Derivadas

Noções Elementares Sobre Derivadas Noções Elementares Sobre Derivadas da Silva, M.Ilsangela Departamento de Matemática Universidade Estadual Vale do Acaraú 7 de dezembro de 2007 milsangela@gmail.com pré-prints do Curso de Matemática de

Leia mais

Material Teórico - Módulo Equações do Segundo Grau. Equações de Segundo Grau: outros resultados importantes. Nono Ano do Ensino Funcamental

Material Teórico - Módulo Equações do Segundo Grau. Equações de Segundo Grau: outros resultados importantes. Nono Ano do Ensino Funcamental Material Teórico - Módulo Equações do Segundo Grau Equações de Segundo Grau: outros resultados importantes Nono Ano do Ensino Funcamental Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio

Leia mais

Para ilustrar o conceito de limite, vamos supor que estejamos interessados em saber o que acontece à

Para ilustrar o conceito de limite, vamos supor que estejamos interessados em saber o que acontece à Limite I) Noção intuitiva de Limite Os limites aparecem em um grande número de situações da vida real: - O zero absoluto, por eemplo, a temperatura T C na qual toda a agitação molecular cessa, é a temperatura

Leia mais

Aula 3 A Reta e a Dependência Linear

Aula 3 A Reta e a Dependência Linear MÓDULO 1 - AULA 3 Aula 3 A Reta e a Dependência Linear Objetivos Determinar a equação paramétrica de uma reta no plano. Compreender o paralelismo entre retas e vetores. Entender a noção de dependência

Leia mais

lim f ( x) Limites Limites

lim f ( x) Limites Limites UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1. O ite de uma função

Leia mais

Cálculo Numérico. Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015

Cálculo Numérico. Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015 Cálculo Numérico Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015 1 Capítulo 1 Solução numérica de equações não-lineares 1.1 Introdução Lembremos que todo problema matemático pode ser expresso na forma de

Leia mais

Módulo 1 Limites. 1. Introdução

Módulo 1 Limites. 1. Introdução Módulo 1 Limites 1. Introdução Nesta disciplina você vai estudar o cálculo diferencial e integral e suas aplicações em diversos problemas relacionados à Economia. O conceito de limite é conceito mais básico

Leia mais

Campos dos Goytacazes/RJ Maio 2015

Campos dos Goytacazes/RJ Maio 2015 Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro Programa Tecnologia Comunicação Educação (PTCE) Apostila organizada por: Vanderlane Andrade Florindo Silvia Cristina Freitas Batista Carmem Lúcia Vieira

Leia mais

O problema da velocidade instantânea

O problema da velocidade instantânea Universidade de Brasília Departamento de Matemática Cálculo O problema da velocidade instantânea Supona que um carro move-se com velocidade constante e igual a 60 km/. Se no instante t = 0 ele estava no

Leia mais

Bons estudos e um ótimo semestre a todos!

Bons estudos e um ótimo semestre a todos! Cálculo 206.2 Caro aluno, O Dáskalos tem como objetivo proporcionar aos universitários um complemento de ensino de qualidade, por meio de aulas particulares, apostilas e aulões. Tendo isso em vista, a

Leia mais

Apostila organizada por: Vanderlane Andrade Florindo Silvia Cristina Freitas Batista Carmem Lúcia Vieira Rodrigues Azevedo

Apostila organizada por: Vanderlane Andrade Florindo Silvia Cristina Freitas Batista Carmem Lúcia Vieira Rodrigues Azevedo Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro Programa Tecnologia Comunicação Educação (PTCE) Com esta apostila espera-se levar o aluno a: Apostila organizada por: Vanderlane Andrade Florindo Silvia

Leia mais

Derivadas 1 DEFINIÇÃO. A derivada é a inclinação da reta tangente a um ponto de uma determinada curva, essa reta é obtida a partir de um limite.

Derivadas 1 DEFINIÇÃO. A derivada é a inclinação da reta tangente a um ponto de uma determinada curva, essa reta é obtida a partir de um limite. Derivadas 1 DEFINIÇÃO A partir das noções de limite, é possível chegarmos a uma definição importantíssima para o Cálculo, esta é a derivada. Por definição: A derivada é a inclinação da reta tangente a

Leia mais

Funções Reais a uma Variável Real

Funções Reais a uma Variável Real Funções Reais a uma Variável Real 1 Introdução As funções são utilizadas para descrever o mundo real em termos matemáticos, é o que se chama de modelagem matemática para as diversas situações. Podem, por

Leia mais

Disciplina: Cálculo Numérico IPRJ/UERJ. Sílvia Mara da Costa Campos Victer. Integração numérica: Fórmulas de Newton-Cotes.

Disciplina: Cálculo Numérico IPRJ/UERJ. Sílvia Mara da Costa Campos Victer. Integração numérica: Fórmulas de Newton-Cotes. Disciplina: Cálculo Numérico IPRJ/UERJ Sílvia Mara da Costa Campos Victer Aula 5- Integração numérica: Fórmulas de Newton-Cotes. Objetivo: Apresentar o método de integração numérica baseado nas fórmulas

Leia mais

Aula 22 O teste da derivada segunda para extremos relativos.

Aula 22 O teste da derivada segunda para extremos relativos. O teste da derivada segunda para extremos relativos. MÓDULO 2 - AULA 22 Aula 22 O teste da derivada segunda para extremos relativos. Objetivo: Utilizar a derivada segunda para determinar pontos de máximo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CÁLCULO L1 NOTAS DA PRIMEIRA AULA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Resumo. Nesta aula discutiremos como obter as equações das retas tangentes a uma curva planar que é o gráfico de uma função. 1. Introdução

Leia mais

CÁLCULO I. Apresentar e aplicar a Regra de L'Hospital.

CÁLCULO I. Apresentar e aplicar a Regra de L'Hospital. CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida Aula n o : Limites Innitos e no Innito. Assíntotas. Regra de L'Hospital Objetivos da Aula Denir ite no innito e ites innitos; Apresentar alguns tipos

Leia mais

Para temos : que é a ideia de um polinômio. A série pode convergir para alguns valores de mas pode divergir para outros valores de.

Para temos : que é a ideia de um polinômio. A série pode convergir para alguns valores de mas pode divergir para outros valores de. MATERIAL DIDÁTICO Professora Sílvia Victer CÁLCULO 2 SÉRIES DE POTÊNCIAS Definição: Séries de Potências é uma série infinita de termos variáveis. Elas podem ser usadas em várias aplicações, como por exemplo,

Leia mais

Continuidade e Limite

Continuidade e Limite Continuidade e Limite Antônio Calixto de Souza Filho Escola de Artes, Ciências e Humanidades Universidade de São Paulo 20 de maio de 2013 1 Remoção da indeterminação 0 0 2 3 Propriedades da derivada Derivada

Leia mais

2.1 Visualizando - Visualize um gráfico com uma função linear, y = ax + b - Neste caso, a taxa de crescimento é o valor de a, já que sabemos que:

2.1 Visualizando - Visualize um gráfico com uma função linear, y = ax + b - Neste caso, a taxa de crescimento é o valor de a, já que sabemos que: 1. O que é uma taxa? Universidade Federal de Alagoas Instituto de Ciências e Biológicas e da Saúde BIOB-003 Biomatemática Prof. Marcos Vinícius Carneiro Vital - Em poucas palavras, podemos descrever uma

Leia mais

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II DERIVADAS PARCIAIS. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II DERIVADAS PARCIAIS. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques 7 DERIVADAS PARCIAIS TÓPICO Gil da Costa Marques Fundamentos da Matemática II 7.1 Introdução 7. Taas de Variação: Funções de uma Variável 7.3 Taas de variação: Funções de duas Variáveis 7.4 Taas de Variação:

Leia mais

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 3. MATEMÁTICA III 1 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 3. MATEMÁTICA III 1 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA DEFINIÇÃO... EQUAÇÃO REDUZIDA... EQUAÇÃO GERAL DA CIRCUNFERÊNCIA... 3 RECONHECIMENTO... 3 POSIÇÃO RELATIVA ENTRE PONTO E CIRCUNFERÊNCIA... 1 POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETA E CIRCUNFERÊNCIA... 17 PROBLEMAS

Leia mais

LIMITE. Para uma melhor compreensão de limite, vamos considerar a função f dada por =

LIMITE. Para uma melhor compreensão de limite, vamos considerar a função f dada por = LIMITE Aparentemente, a idéia de se aproimar o máimo possível de um ponto ou valor, sem nunca alcançá-lo, é algo estranho. Mas, conceitos do tipo ite são usados com bastante freqüência. A produtividade

Leia mais

Fundamentos de Matemática II DERIVADAS PARCIAIS7. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

Fundamentos de Matemática II DERIVADAS PARCIAIS7. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques DERIVADAS PARCIAIS7 Gil da Costa Marques 7.1 Introdução 7. Taas de Variação: Funções de uma Variável 7.3 Taas de variação: Funções de duas Variáveis 7.4 Taas de Variação: Funções de mais do que duas Variáveis

Leia mais

Limites. Entretanto, os gregos não usaram explicitamente os limites.

Limites. Entretanto, os gregos não usaram explicitamente os limites. 30 Limites O problema da área As origens do cálculo remontam à Grécia antiga, pelo menos 2.500 anos atrás, quando áreas eram calculadas utilizando o chamado método da exaustão. Naquela época, os gregos

Leia mais

Matemática Licenciatura - Semestre Curso: Cálculo Diferencial e Integral I Professor: Robson Sousa. Diferenciabilidade

Matemática Licenciatura - Semestre Curso: Cálculo Diferencial e Integral I Professor: Robson Sousa. Diferenciabilidade Matemática Licenciatura - Semestre 200. Curso: Cálculo Diferencial e Integral I Professor: Robson Sousa Diferenciabilidade Usando o estudo de ites apresentaremos o conceito de derivada de uma função real

Leia mais

A velocidade instantânea (Texto para acompanhamento da vídeo-aula)

A velocidade instantânea (Texto para acompanhamento da vídeo-aula) A velocidade instantânea (Texto para acompanamento da vídeo-aula) Prof. Méricles Tadeu Moretti Dpto. de Matemática - UFSC O procedimento que será utilizado neste vídeo remete a um tempo em que pesquisadores

Leia mais

Física 1 Mecânica. Instituto de Física - UFRJ

Física 1 Mecânica. Instituto de Física - UFRJ Física 1 Mecânica Sandra Amato Instituto de Física - UFRJ Cinemática Unidimensional 1/ 45 (Cinemática) Física 1 1/45 Outline 1 Referencial 2 Movimento Uniforme 3 Movimento Acelerado 4 Derivada 5 MRUV 6

Leia mais

Calculo - Aula 1. Artur Soares

Calculo - Aula 1. Artur Soares Calculo - Aula 1 Artur Soares Irei resumir este curso em uma palavra: Praticidade. Iremos abordar tal assunto de forma que o aluno saia deste curso sabendo aplicar cálculo a uma questão e entender o que

Leia mais

Limites. Slides de apoio sobre Limites. Prof. Ronaldo Carlotto Batista. 7 de outubro de 2013

Limites. Slides de apoio sobre Limites. Prof. Ronaldo Carlotto Batista. 7 de outubro de 2013 Cálculo 1 ECT1113 Slides de apoio sobre Limites Prof. Ronaldo Carlotto Batista 7 de outubro de 2013 AVISO IMPORTANTE Estes slides foram criados como material de apoio às aulas e não devem ser utilizados

Leia mais

Parte II. Determinemos a variação do lucro, quando o custo do trabalho passa de 0 para 5 mil euros.

Parte II. Determinemos a variação do lucro, quando o custo do trabalho passa de 0 para 5 mil euros. Funções reais a duas variáveis reais Parte II III. Derivadas [ELL] Voltemos ao exemplo da função lucro a uma variável. Numa determinada empresa concluiu se que o lucro anual, em milhares de euros, é dependente

Leia mais

Introdução à derivada e ao cálculo diferencial.

Introdução à derivada e ao cálculo diferencial. Introdução à derivada e ao cálculo diferencial. Notas: Rodrigo Ramos 1 o. sem. 2015 Versão 1.2. Obs: Esse é um texto de matemática, você deve acompanhá-lo com atenção, com lápis e papel, e ir fazendo as

Leia mais

Derivadas e Taxas de Variação. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

Derivadas e Taxas de Variação. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Derivadas e Taxas de Variação Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 1 Derivadas e Taxas de Variação O problema de encontrar a reta tangente a uma curva e o problema para encontrar a

Leia mais

Portal da OBMEP. Material Teórico - Módulo de Geometria Anaĺıtica 1. Terceiro Ano - Médio

Portal da OBMEP. Material Teórico - Módulo de Geometria Anaĺıtica 1. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo de Geometria Anaĺıtica 1 Equação da Reta Terceiro Ano - Médio Autor: Prof Angelo Papa Neto Revisor: Prof Antonio Caminha M Neto 1 Condição de alinhamento de três pontos Consideremos

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Geometria Anaĺıtica 1. Terceiro Ano - Médio. Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M.

Material Teórico - Módulo de Geometria Anaĺıtica 1. Terceiro Ano - Médio. Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Material Teórico - Módulo de Geometria Anaĺıtica 1 Equação da Reta Terceiro Ano - Médio Autor: Prof Angelo Papa Neto Revisor: Prof Antonio Caminha M Neto 1 Condição de alinhamento de três pontos Consideremos

Leia mais

Resolvendo inequações: expressões com desigualdades (encontrar os valores que satisfazem a expressão)

Resolvendo inequações: expressões com desigualdades (encontrar os valores que satisfazem a expressão) R é ordenado: Se a, b, c R i) a < b se e somente se b a > 0 (a diferença do maior com o menor será positiva) ii) se a > 0 e b > 0 então a + b > 0 (a soma de dois números positivos é positiva) iii) se a

Leia mais

13. Taxa de variação Muitos conceitos e fenômenos físicos, econômicos, biológicos, etc. estão relacionados com taxa de variação.

13. Taxa de variação Muitos conceitos e fenômenos físicos, econômicos, biológicos, etc. estão relacionados com taxa de variação. 3. Taxa de variação Muitos conceitos e fenômenos físicos, econômicos, biológicos, etc. estão relacionados com taxa de variação. Definição : Taxa de variação média. Considere x variável independente e y

Leia mais

REVISÃO DE ÁLGEBRA. Apareceu historicamente em processos de contagem. Obs.: dependendo da conveniência, o zero pode pertencer aos naturais.

REVISÃO DE ÁLGEBRA. Apareceu historicamente em processos de contagem. Obs.: dependendo da conveniência, o zero pode pertencer aos naturais. REVISÃO DE ÁLGEBRA 1ª. AULA CONJUNTOS BÁSICOS: Conjuntos dos números naturais: * + Apareceu historicamente em processos de contagem. Obs.: dependendo da conveniência, o zero pode pertencer aos naturais.

Leia mais

Objetivos. em termos de produtos internos de vetores.

Objetivos. em termos de produtos internos de vetores. Aula 5 Produto interno - Aplicações MÓDULO 1 - AULA 5 Objetivos Calcular áreas de paralelogramos e triângulos. Calcular a distância de um ponto a uma reta e entre duas retas. Determinar as bissetrizes

Leia mais

Apresentação do Cálculo

Apresentação do Cálculo UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Apresentação do Cálculo

Leia mais

Capítulo 5 Integral. Definição Uma função será chamada de antiderivada ou de primitiva de uma função num intervalo I se: ( )= ( ), para todo I.

Capítulo 5 Integral. Definição Uma função será chamada de antiderivada ou de primitiva de uma função num intervalo I se: ( )= ( ), para todo I. Capítulo 5 Integral 1. Integral Indefinida Em estudos anteriores resolvemos o problema: Dada uma função, determinar a função derivada. Desejamos agora estudar o problema inverso: Dada uma função, determinar

Leia mais

Conjuntos Numéricos. I) Números Naturais N = { 0, 1, 2, 3,... }

Conjuntos Numéricos. I) Números Naturais N = { 0, 1, 2, 3,... } Conjuntos Numéricos I) Números Naturais N = { 0, 1, 2, 3,... } II) Números Inteiros Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2,... } Todo número natural é inteiro, isto é, N é um subconjunto de Z III) Números Racionais

Leia mais

Aula 13. Plano Tangente e Aproximação Linear

Aula 13. Plano Tangente e Aproximação Linear Aula 13 Plano Tangente e Aproximação Linear Se fx) é uma função de uma variável, diferenciável no ponto x 0, então a equação da reta tangente à curva y = fx) no ponto x 0, fx 0 )) é dada por: y fx 0 )

Leia mais

A sequência é ordenada pois existe um primeiro termo,, um segundo termo,, e, se denota um número inteiro positivo arbitrário, um n-ésimo termo.

A sequência é ordenada pois existe um primeiro termo,, um segundo termo,, e, se denota um número inteiro positivo arbitrário, um n-ésimo termo. MATERIAL DIDÁTICO Professora Sílvia Victer CÁLCULO 2 SEQUÊNCIAS INFINITAS A importância de sequências infinitas e séries em cálculo surge da ideia de Newton de representar funções como somas de séries

Leia mais

Matemática Básica Função polinomial do primeiro grau

Matemática Básica Função polinomial do primeiro grau Matemática Básica Função polinomial do primeiro grau 05 1. Função polinomial do primeiro grau (a) Função constante Toda função f :R R definida como f ()=c, com c R é denominada função constante. Por eemplo:

Leia mais

BANCO DE EXERCÍCIOS - 24 HORAS

BANCO DE EXERCÍCIOS - 24 HORAS BANCO DE EXERCÍCIOS - HORAS 9º ANO ESPECIALIZADO/CURSO ESCOLAS TÉCNICAS E MILITARES FOLHA Nº GABARITO COMENTADO ) A função será y,5x +, onde y (preço a ser pago) está em função de x (número de quilômetros

Leia mais

dt dt dt F dp d mv m dv ma

dt dt dt F dp d mv m dv ma Texto complementar n o 5 I. A Segunda Lei de Newton Imagine a seguinte situação: você em um carro que está percorrendo a marginal do rio Pinheiros. Em determinados momentos a velocidade do carro aumenta,

Leia mais

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida Aula n o 2: Aproximações Lineares e Diferenciais Objetivos da Aula Definir e calcular a aproximação linear de uma função derivável; Conhecer e determinar

Leia mais

MAT 1351 : Cálculo para Funções de Uma Variável Real I. Sylvain Bonnot (IME-USP)

MAT 1351 : Cálculo para Funções de Uma Variável Real I. Sylvain Bonnot (IME-USP) MAT 1351 : Cálculo para Funções de Uma Variável Real I Sylvain Bonnot (IME-USP) 2016 1 Informações gerais Prof.: Sylvain Bonnot Email: sylvain@ime.usp.br Minha sala: IME-USP, 151-A (Bloco A) Site: ver

Leia mais

1. Limite. lim. Ou seja, o limite é igual ao valor da função em x 0. Exemplos: 1.1) Calcule lim x 1 x 2 + 2

1. Limite. lim. Ou seja, o limite é igual ao valor da função em x 0. Exemplos: 1.1) Calcule lim x 1 x 2 + 2 1. Limite Definição: o limite de uma função f(x) quando seu argumento x tende a x0 é o valor L para o qual a função se aproxima quando x se aproxima de x0 (note que a função não precisa estar definida

Leia mais

Unidade 5 Diferenciação Incremento e taxa média de variação

Unidade 5 Diferenciação Incremento e taxa média de variação Unidade 5 Diferenciação Incremento e taa média de variação Consideremos uma função f dada por y f ( ) Quando varia de um valor inicial de para um valor final de, temos o incremento em O símbolo matemático

Leia mais

Material Teórico - Módulo Cônicas. Hipérboles. Terceiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Módulo Cônicas. Hipérboles. Terceiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Módulo Cônicas Hipérboles Terceiro Ano do Ensino Médio Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 Introdução Já vimos que as hipérboles são as

Leia mais

FÍSICA A Aula 12 Os movimentos variáveis.

FÍSICA A Aula 12 Os movimentos variáveis. FÍSICA A Aula 12 Os movimentos variáveis. TIPOS DE MOVIMENTO O único tipo de movimento estudado até agora foi o movimento uniforme, em que temos velocidade constante durante todo percurso ou todo intervalo

Leia mais