TEP - Evolução. Após episódio de TEP agudo, em 85 a 90% dos casos ocorre. trombólise espontânea ou farmacológica e recanalização do vaso
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- Pedro Lucas da Silva Gil
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1 Fabio B. Jatene Prof. Titular do Departamento de Cardiopneumologia -HC HC-FMUSP
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4 TEP Agudo 1cm
5 TEP - Evolução Após episódio de TEP agudo, em 85 a 90% dos casos ocorre trombólise espontânea ou farmacológica e recanalização do vaso Em 10% a 15% não ocorre lise, o trombo se organiza e adere à parede do vaso, passando da fase aguda para crônica De 1 a 5% dos casos, os pacientes evoluem com HP importante, dispnéia de difícil controle e sinais de ICC direita, caracterizando cor pulmonale Jamieson SW & Kapelanski DP. Curr Probl Surg ; 2000 Lewczuk J et al. Chest ; 2001
6 Fases Evolutivas
7
8 Remodelamento Ventricular
9 TEP Crônico -Incidência TVP/ano 10% Mortalidade na 1ª hora TEP/ano TEP/ano 3,8 a 5,1% a casos Mais de 100 mil pacientes nos EUA com TEP crônico TEP crônico/ano Ribeiro A et al. Circulation ; 1999 Pengo V et al. N Engl J Med ; 2004
10 Questões Por que após TEP agudo alguns pacientes evoluem sem dissolução de seus trombos, com organização dos mesmos, levando à cronicidade do processo e a quadros de HP? Está relacionado à magnitude do episódio de TEP? É mais freqüente em casos de TEP recidivantes? A redistribuição do fluxo desencadeia alterações vasculares? Há alguma predisposição individual ou relação com doenças da coagulação?
11 Questões Por que após TEP agudo alguns pacientes evoluem sem dissolução de seus trombos, com organização dos mesmos, levando à cronicidade do processo e a quadros de HP? Está relacionado à magnitude do episódio de TEP? É mais freqüente em casos de TEP recidivantes? A redistribuição do fluxo desencadeia alterações vasculares? Há alguma predisposição individual ou relação com doenças da coagulação?
12 Fatores Etiológicos Material Embólico Mecanismos de lise não efetivos: Tamanho, localização e características do trombo impedem o acesso do material lítico ao mesmo Trombos recidivantes são mais difíceis de serem lisados Vasculopatias Secundárias Ocorre remodelamento vascular (forças de estresse, elevação de pressão, inflamação e secreção de hormônios e mediadores pelos pulmões) Lang IM. N Engl J Med ; 2004 Fedullo PF et al. N Engl J Med ; 2001
13 Questões Por que após TEP agudo alguns pacientes evoluem sem dissolução de seus trombos, com organização dos mesmos, levando à cronicidade do processo e a quadros de HP? Está relacionado à magnitude do episódio de TEP? É mais freqüente em casos de TEP recidivantes? A redistribuição do fluxo desencadeia alterações vasculares? Há alguma predisposição individual ou relação com doenças da coagulação?
14 Fatores Etiológicos Distúrbios da Coagulação Propensão à formação de trombos e estado de hipercoagulabilidade: Elevação plasmática do Fator VIII em 39% Anticoagulante lúpico em 11% dos pacientes Presença de anticorpo anticardiolipina em 10% Deficiência antitrombina III, proteína C e S em 5% Lang IM. N Engl J Med ; 2004 Fedullo PF et al. N Engl J Med ; 2001
15 Prognóstico No TEP crônico, a mortalidade pode ser prevista pelo nível de pressão da artéria pulmonar Magnitude da área ocluída Tempo transcorrido desde a embolização Portadores de HP têm prognóstico desfavorável A sobrevida é inversamente proporcional à HP Douketis JD. Curr Opin Pulm Med ; 2001
16 1,0 0,8 Pressão Média Artéria Pulmonar (mmhg) Curva Sobrevida após TEP Crônico < 20 mmhg 21-30mmHg 0,6 0, mmhg 0, mmhg >50 mmhg anos Riedel M et al. Chest ; 1982 Lewczuk J et al. Chest ; 2001
17 Evolução do Paciente Diagnóstico difícil, principalmente, nas fases iniciais da doença, onde há pouco ou nenhum sintoma Assintomáticos até estágios avançados com falência ventricular direita Várias consultas até a hipótese diagnóstica e demora (meses/ano) para firmar diagnóstico Jamieson SW & Kapelanski DP. Curr Probl Surg ; 2000
18 Aspectos Clínicos ETIOLOGIA TVP 82,3% CLÍNICA Dispnéia Mínimos Esforços 98,7% Edema MMII 59,5% HEMODINÂMICA Hipertensão Pulmonar 98,9% Jatene FB et al. In: Saad Jr R et al. Cirurgia Torácica Geral ; 2005
19 Diagnóstico Apesar de fundamentais, a anamnese e o exame físico não são suficientes para o diagnóstico de certeza da TEP O diagnóstico baseia-se no conjunto de dados laboratoriais e de imagem A angiografia pulmonar faz o diagnóstico definitivo do Tromboembolismo Pulmonar
20 TEP - Crônico Avaliação Exames Complementares Radiografia de tórax Ecocardiograma Dupplex scan Cintilografia Angiotomografia Tomografia helicoidal Angiografia Angioscopia Pesquisa paraneoplásica Pesquisa de trombofilia Anticoagulante lúpico Anticardiolipina Antitrombina III Homocisteína Proteína S Proteína C
21 Exames Complementares Radiografia de Tórax
22 Exames Complementares Ecocardiograma
23 Exames Complementares Cintilografia Ventilação/Perfusão
24 Exames Complementares Tomografia Computadorizada Helicoidal
25 Exames Complementares Tomografia Computadorizada Helicoidal
26 Exames Complementares Tomografia Computadorizada Multislice
27 Exames Complementares Angiografia Pulmonar
28 Angiografia
29 Princípios do Tratamento O tratamento medicamentoso, uma vez instalado o processo, não consegue a reversão do mesmo Fica reservado apenas para amenizar os sintomas no período pré-operatório, para os casos com contra-indicação cirúrgica ou manutenção da HP após a operação Ghofrani HA et al. Am J Respir Crit Care Med; 2003
30 Princípios do Tratamento A base para o tratamento é a remoção cirúrgica dos trombos Visando à redução da pressão arterial pulmonar Manutenção dos níveis pressóricos baixos Moser KM et al. Eur Respir J ; 1992 Daily PO et al. Semin Thorac Cardiovasc Surg ; 1999
31 Operação - Desenvolvimento Histórico Millennium Symposium on Pulmonary Thromboembolism Chiba City, Japan, 2000
32 Operação Desenvolvimento Histórico Arq Bras Cardiol. 1983
33 Operação Seleção do Paciente TEP e HP Decisão baseada em: Gravidade dos sintomas Condição clínica Objetivos Restaurar condição hemodinâmica Recuperação alvéolo respiratória Prevenir deterioração progressiva VD Jamieson SW & Kapelanski DP. Curr Probl Surg ; 2000
34 Tromboendarterectomia Indicações Classe funcional III ou IV Resistência vascular pulmonar maior que 300 dina Último episódio tromboembólico há mais de três meses Angiografia com trombos abordáveis cirurgicamente Ausência de co-morbidades não cardíacas importantes Diretrizes: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. J Bras Pneumol ; 2005
35 Embolia Pulmonar Crônica Literatura Artigos (626 Cirúrgicos) Geral Cirúrgicos PubMed: MeSH chronic pulmonary embolism and surgery
36 Operação Princípios técnicos Abordagem bilateral por esternotomia mediana Utilização de CEC com períodos de parada circulatória, sob hipotermia profunda Tromboendarterectomia no plano da camada média Jamieson SW & Kapelanski DP. Curr Probl Surg ; 2000 Jatene FB et al. Eur Heart J ; 1998
37 Operação
38
39 Técnica Operatória
40 Espécimes
41 Classificação dos Trombos
42 Casuística 105 PACIENTES Mulheres ( 48,3%) Homens ( 51,7%) Idade 23 a 80 (46,6 ± 14,8%)
43 Cuidados Pós-Operatórios Devido às peculiaridades Parada Circulatória Total Hipotermia Profunda Reperfusão Pulmonar Disfunção Ventricular Pós-operatória Complicações 46% Pulmonares 33,3% Coagulopatia 21,3% Renais 16,3% Neurológicas 16,0% Jatene FB et al. Rev Bras Cir Cardiovasc ; 2004
44 Complicações Pulmonares Síndrome da Reperfusão PRÉ 1º PO
45 Complicações Pulmonares Síndrome da Reperfusão PRÉ 3º PO
46 Complicações Pulmonares Síndrome da Reperfusão PRÉ 5º PO
47 Tromboendarterectomia Pulmonar Evolução Imediata Alta hospitalar 83,4% Óbito 16,6% Pós-operatório (UTI) 92,9% Principal causa de óbito Síndrome da reperfusão 66,7%
48 Tromboendarterectomia Pulmonar Evolução dos Resultados Mortalidade relatada 4,4% - 24% San Diego 17,0% 8,8% 4,4% Paris ,2% 10,9% Curva de aprendizado Resistência Pulmonar M ortalidade Operatória % Dartevelle et al. Eur Respir J; Resistência pulmonar dina.s.cm -5
49 Tromboendarterectomia Pulmonar Evolução Tardia Bom resultado funcional 91,7% Hipertensão Pulmonar Redução Manutenção 92,3% 7,7%
50 Evolução Tardia 80 % Pressão Média Artéria Pulmonar 40 Pré Pós 0 13/30 31/50 51/70 > 70 Jatene FB, et al. Diretrizes Hipertensão Pulmonar. Arq Bras Cardiol ; 2003
51 Evolução Tardia 80 % Pressão Média Artéria Pulmonar 40 Pré Pós 0 13/30 31/50 51/70 > 70 Jatene FB, et al. Diretrizes Hipertensão Pulmonar. Arq Bras Cardiol ; 2003
52 Tromboendarterectomia Pulmonar Valores do diâmetro diastólico do ventrículo direito ao longo da evolução pós-operatória Diâmetro VD 60 p=0, mm 20 39,94 27,2 25,33 0 Pré Pós 1 Pós 2 Pós 1 3,8 meses Pós 2 37,2 meses Jatene F. Tratamento Cirúrgico do Tromboembolismo Pulmonar. Tese Livre-Docência FMUSP; 1997
53 Evolução Tardia 100 Classe Funcional (NYHA) % 50 0 PRÉ-OP ASSINT+ CF I CF II CF III CF IV Jatene FB, et al. Diretrizes Hipertensão Pulmonar. Arq Bras Cardiol ; 2003
54 Evolução Tardia 100 Classe Funcional (NYHA) % 50 0 PRÉ-OP PÓS-OP (3m) ASSINT+ CF I CF II CF III CF IV Jatene FB, et al. Diretrizes Hipertensão Pulmonar. Arq Bras Cardiol ; 2003
55 Evolução Tardia 100 Classe Funcional (NYHA) % 50 0 PRÉ-OP PÓS-OP (3m) PÓS-OP TARD ASSINT+ CF I CF II CF III CF IV Jatene FB, et al. Diretrizes Hipertensão Pulmonar. Arq Bras Cardiol ; 2003
56 pacientes * Qualidade de Vida * * Sobrevida de * 75% * em mais de 6 anos 93% dos pacientes em CF I ou II * * 62% 50 dos pacientes retornaram ao trabalho * p<0,05 Archibald CJ et al. Am J Respir Crit Care Med ; Funcional Físicos Pré-operatório Dor Estado geral Vitalidade Social Emocional Saúde mental Pós-operatório Genta PR, Jatene FB et al. Am J Respir Crit Care Med ; 2002 Genta PR, Jatene FB et al. J Bras Pneumol ; 2005
57 Considerações Finais Sobrevida
58 Pontos a serem considerados Se há tantos pacientes e a doença é grave Se os métodos diagnósticos são confiáveis Se a solução é cirúrgica e os resultados duradouros Por que se opera tão pouco? Falta disseminação do conhecimento? Há poucos centros de referência?
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60 Tromboendarterectomia em 2001
61 Considerações Finais Nossa esperança está no reconhecimento clínico precoce desta doença, resultando na progressiva diminuição da mortalidade operatória e podendo realizar a operação antes que os pacientes entrem no estágio avançado de falência ventricular direita Moser, 1994
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