Direito Administrativo I. 1aN1

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1 Direito Administrativo I. 1aN1 Organização: Professora Paula Santis Unidade 1. Sociedade. Estado. Direito Unidade 2. Direito Administrativo 2.1. Origem. Evolução histórica. Autonomia 2.2. Objeto e conceito Fontes 2.4. Princípios. Gerais e específicos 2.5. Interpretação 2.6. Importância e relação com outros Ramos do Direito VIDE BIBLIOGRAFIA Unidade 3. Administração Pública 3.1. Conceito de Administração Pública 3.2.Administração pública e atividade administrativa. Delegação Hierarquia administrativa (Organização vertical) 3.4. Regime jurídico administrativo: poderes e sujeições 3.5. Organização da Administração Pública: desconcentração e descentralização. Administração Direta e Administração Indireta (Decreto-lei 200/67). Órgãos. (Lei 9784/99) 3.6. Administração Pública na Constituição Federal de Art. 37, caput e inciso XIX Administração Indireta. Entidades (Decreto-lei 200/67; lei /05; lei /16). Agências: Reguladora e Executiva (art. 37, parágrafo 8 CF/88) 3.8. Paraestatais (terceiro setor) Questionário Avaliação 1aN1. (4,0) pontos (manuscrito e individual, devidamente organizado) 01. De que maneira o Estado de Direito e sua organização favoreceu à implantação do Direito Administrativo enquanto ramo autônomo do Direito? Fundamente sua resposta. 02. Considerando a organização da Administração e a previsão do art. 37, parágrafo 8 da Constituição Federal de 1988, explique sobre as Organizações Sociais e as OSCIPs, destacando a sua natureza jurídica, área de atuação e processo de qualificação e desqualificação. 03. Explique o que são as agências reguladoras e faça uma comparação entre estas e as agências executivas. 04. Explique sobre o Instituto da delegação, considerando as normas de organização da Administração Pública e o processo de descentralização.

2 Unidade 1. Sociedade. Estado. Direito (resumo) 1.1. Sociedade e o Estado A compreensão do modelo estatal em que vivemos pressupões a análise prévia sobre a sociedade. A sociedade é resultante de uma necessidade natural do homem, sem excluir a participação da consciência e da vontade humanas. São elementos necessários para que um agrupamento humano possa ser reconhecido como uma sociedade: a) uma finalidade ou valor social; b) manifestações de conjunto ordenadas; c) o poder social. A finalidade ou valor social corresponde ao bem comum, compreendido, no dizer do Papa João XXIII como o conjunto de todas as condições de vida que configurem e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana. As manifestações do grupo humano se dão de forma conjunta, permanente e reiterada, no sentido da sua finalidade, de forma ordenada. Como poder social, tem-se a faculdade que tem alguém, de impor a sua vontade sobre a vontade de outrem, sendo esta imposição aceita e reconhecida pelo grupo. Os agrupamentos humanos caracterizam-se como sociedades quando têm um fim próprio e, para sua consecução, promovem manifestações de conjunto ordenadas e se submetem a um poder, e no tocante à sociedade humana, globalmente considerada, verificamos que o fim a atingir é o bem comum. Considerando as respectivas finalidades, podemos distinguir duas espécies de sociedades, que são: a) sociedades de fins particulares, quando têm finalidade definida, voluntariamente escolhida por seus membros. Suas atividades visam, direta e imediatamente, àquele objetivo que inspirou sua criação por um ato consciente e voluntário; b) sociedades de fins gerais, cujo objetivo, indefinido e genérico, é criar as condições necessárias para que os indivíduos e as demais sociedades que nela se integram consigam atingir seus fins particulares. A participação nestas sociedades quase sempre independe de um ato de vontade. As sociedades de fins gerais são comumente denominadas sociedades políticas, exatamente porque não se prendem a um objetivo determinado e não se restringem a setores limitados da atividade humana, buscando, em lugar disso, integrar todas as atividades sociais que ocorrem no seu âmbito. 2

3 Conforme Dallari são sociedades políticas todas aquelas que, visando a criar condições para a consecução dos fins particulares de seus membros, ocupam-se da totalidade das ações humanas, coordenando-as em função de um fim comum. (p.21) A palavra Estado, como uma sociedade política aparece no século XVI. Constata-se, portanto, que a sociedade vai existir e se manter, sem que tenha necessariamente se tornado um Estado. Para tratar da origem do Estado, destacam-se três teorias. A primeira, considera que o Estado, assim como a sociedade, sempre existiu. O principal expoente desta teoria é Eduard Meyer Desde que o homem vive sobre a Terra acha-se integrado numa organização social, dotada de poder e com autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo 1. A segunda, considera que a sociedade existiu sem Estado durante um certo período. Diversos foram os motivos que levaram à formação dos diversos Estados 2, e de acordo com Hermann Heller, os Estados surgiram em momentos diferentes, em circunstâncias diferentes, visando atender a necessidades ou conveniências dos grupos sociais. A terceira, cujo expoente de destaque é Karl Schimidt, só se considera Estado a sociedade política dotada de certas características, muito bem definidas, estando diretamente ligada à concepção de soberania. Vejamos alguns conceitos de Estado: Darcy Azambuja organização política-jurídica de uma sociedade para realizar o bem comum, com governo próprio e território determinado (p.06) Dalmo de Abreu Dallari a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território (p ) Pablo Lucas Verdú a sociedade territorial juridicamente organizada, com poder soberano que busque o bem-estar geral (p.49) 11 Daqui se pode aferir a clássica passagem acerca da evolução histórica do Estado: Estados antigos (Estado Grego, Estado Romano), Estado Medieval, Estado Moderno. 2 Vide no Texto I- Dalmo de Abreu Dallari. Elementos da teoria geral do estado: formação originária e formação derivada do Estado. Texto II- Sobre a evolução o estado. Do estado absolutista ao estado democrático de direito. Márcio Eduardo da Silva Pedrosa Morais. 3

4 1.2. Organização do Estado Ponto fundamental para se falar de organização do Estado, é tratar da sua forma. A Constituição é tratada como lei fundamental exatamente por cuidar da organização político administrativa do Estado. A forma de Estado está relacionada ao modo sob o qual o poder político é exercido em função de determinado território, ou seja, diz respeito à estrutura básica do Estado, sua organização interna e o modo através do qual se reparte o poder político Consoante se atenda à ocorrência de um único poder político ou a uma pluralidade de poderes políticos, unidade ou pluralidade de ordenamentos jurídicos, os Estados se classificam em Estados simples ou unitários e Estados compostos ou complexos, cuja principal forma é a federação. No Estado federal há uma pulverização do poder onde os vários entes, visando uma integração harmônica, abrem mão de suas soberanias em favor do todo; deixam de ter soberania externa; conservando sua independência na qualidade de ente autônomo, movimentando-se dentro de uma esfera pré-estabelecida pela Constituição Federal. Dessa forma ela se compõe da união de coletividades regionais autônomas. Podemos então dizer que o binômio, soberania/autonomia, funciona como nota distintiva, dentro do Estado federal, do que chamamos de entes federativos e ente federal, sendo este detentor da soberania correspondente ao poder de determinação política do Estado como um todo, projetada ao plano internacional, onde se compreende a ausência de interferência externa como imperativo de convivência pacifica entre os povos. Pode-se então explicar soberania e autonomia da seguinte forma: Soberania é o Poder Estatal de se dirigir, reger, governar inteiramente por si mesmo, sem qualquer interferência de ordem externa. Autonomia é o elemento essencial dos entes federativos e significa a capacidade de editar normas próprias dentro de um círculo preestabelecido pela Constituição Federal. A autonomia dos entes federativos pressupõe a repartição de competências constitucionais, através da qual se revela a capacidade dos Estados-Membros para expedir as normas O Estado federal, como Estado composto, envolve técnica de descentralização do poder que se organiza com base territorial em competências que se repartem entre órgão centrais e locais, criando-se vários centros de decisão política e uma pluralidade de ordenamentos jurídicos originários. que organizam, preenchem e desenvolvem o seu ordenamento jurídico. 4

5 Outro elemento fundamental ao Estado federal é a participação, através da qual os Estados federados integram a formação da vontade nacional, manifestando-se através de representantes próprios, na elaboração e revisão da Constituição Federal e das leis nacionais. Portanto, são características da federação: Descentralização política Repartição de competências (políticas, administrativas, legislativas, tributárias) Existência de Constituição rígida (estabilidade) Inexistência do direito de secessão Soberania do Estado Federal, e autonomia dos Estados-Membros Intervenção como meio de assegurar a integridade nacional Auto-organização dos Estados Membros Órgão representativo dos Estados Membros na formação da vontade nacional Previsão de receitas tributárias próprias A existência da federação pressupõe uma organização constitucionalmente prevista. A federação brasileira está organizada nos artigos 18 a 33 da CF/88. Sua indissolubilidade está prevista nos artigos 1 e 60 parágrafo 4, inciso I da CF/88. A repartição das competências entre os entes federativos, associada à organização dos órgãos de Poder (art. 2 ; 44 a 126 CF/88) atribui competências legislativas e administrativas, matéria afeta ao Direito Administrativo. 1.3 Estado e o Direito Nesse contexto, o que é o Direito? E o que é o Direito Administrativo? Unidade 3 - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (resumo) 1.1. Conceito de Administração Pública 1.2. Administração Pública e Atividade administrativa Para uns o vocábulo Administração significa SERVIR, EXECUTAR e para outros envolve a ideia de DIREÇÃO OU GESTÃO NAS DUAS HIPÓTESES HÁ O SENTIDO DE RELAÇÃO DE SUBORDINAÇÃO, DE HIERARQUIA. - BASICAMENTE SÃO DOIS OS SENTIDOS EM QUE SE UTILIZA COMUMENTE A EXPRESSÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 5

6 1) O PRIMEIRO É ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO, FORMAL OU ORGÂNICO SINONIMO DE ESTADO E QUE COMPREENDE OS ENTES QUE EXERCEM A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA ÓRGÃOS, PESSOAS JURÍDICAS E AGENTES PÚBLICOS QUE O NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO IDENTIFICA COMO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, E QUE DESEMPENHAM FUNÇÃO ADMINISTRATIVA. 1.1 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL EM SENTIDO SUBJETIVO PODE SER APRESENTADA, PORTANTO, COMO O RESULTADO DA SOMA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA. 1.2 PODE SER CONCEITUADA, PORTANTO, COMO O CONJUNTO DE ÓRGÃOS, ENTIDADES (pessoas jurídicas) e pessoas (agentes) INSTITUÍDOS PARA A CONSECUÇÃO DOS OBJETIVOS DO ESTADO Aparelhamento do Estado Estrutura Administrativa do Estado 2) O SEGUNDO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO, MATERIAL OU FUNCIONAL EQUIVALE À ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E DESIGNA A NATUREZA DA ATIVIDADE EXERCIDA PELOS REFERIDOS ENTES NESSE CONTEXTO A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA É A PRÓPRIA FUNÇÃO QUE INCUMBE, PREDOMINANTEMENTE, AO PODER EXECUTIVO OU SEJA, ESTE CONCEITO ADOTA COMO REFERÊNCIA A ATIVIDADE REALIZADA E NÃO OBRIGATORIAMENTE QUEM A EXERCE. Sentido subjetivo as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa (secretarias, autarquias, fundações, estatais, servidores públicos etc) Sentido objetivo a atividades administrativas exercidas por esses entes. Atividades de fomento, polícia administrativa ou poder de polícia, serviços públicos e intervenção. 1.3 CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO Centralização é a técnica de cumprimento de competências administrativas por uma única pessoa jurídica governamental. É o que ocorre, por exemplo, com as 6

7 atribuições exercidas diretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Já na descentralização, as competências administrativas são distribuídas a pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade. Descentralização Consiste na transferência da atividade administrativa para outra pessoa, física ou jurídica, integrante ou não do aparelho estatal (ex: descentralização para autarquias, ou concessão de serviço público etc) Desconcentração Tem como base a hierarquia administrativa consiste em uma distribuição interna de competências, ou seja, uma especialização de funções dentro da própria estrutura estatal, sem que isso implique a criação de uma nova pessoa jurídica. ATENÇÃO: A noção fundamental que distingue centralização e descentralização é a de entidade. Nos termos do art. 1º, 2º, II, da Lei nº 9.784/99, entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica própria. Tendo personalidade autônoma, tais entidades respondem judicialmente pelos prejuízos causados por seus agentes públicos. A descentralização, nos termos do art. 6º, do Decreto-Lei nº 200/67, tem natureza jurídica de princípio fundamental da organização administrativa. O conjunto de pessoas jurídicas autônomas criadas pelo Estado recebe o nome de Administração Pública Indireta ou Descentralizada. Conforme art. 1º 2º da Lei 9.784/99 órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta COMPOSIÇÃO 7

8 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. (Entes federativos) Art. 1º e 18 da CONSTITUIÇÃO FEDERAL ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA: consiste em um conjunto de pessoas administrativas, com personalidade jurídica própria, vinculadas à Administração Direta que desempenham atividades administrativas de forma descentralizada. Dessa forma, constitui-se das seguintes espécies de entidade: a) autarquias*, b) fundações, c) empresas públicas, d) sociedades de economia mista, e) consórcio públicos. *As Agências reguladoras são autarquias especiais **As Agências executivas são autarquias ou fundações públicas que se qualificam como tal, em função de um contrato de gestão 3. ( Lei 9.649/98) ***legislação: Decreto-lei 200/67; lei /05; lei / ADMINISTRAÇÃO E GOVERNO De acordo com o contexto trabalhado, é de suma importância fazer uma diferença entre função administrativa e função de governo. Governo, em sentido objetivo, é a atividade de condução dos altos interesses do Estado e da coletividade. É a atividade diretiva do Estado. O ato de governo, ou ato político, diferencia-se do ato administrativo por duas razões principais: 1ª) o ato de governo tem sua competência extraída diretamente da Constituição (no caso do ato administrativo, é da lei); 2ª) o ato de governo é caracterizado por uma acentuada margem de liberdade, ou uma ampla discricionariedade, ultrapassando a liberdade usualmente presente na prática do ato administrativo. Exemplos de ato de governo: declaração de guerra, intervenção federal em Estadomembro, sanção a projeto de lei. Governo é um conceito que sofreu importante alteração de conteúdo. A concepção clássica considerava que governo era sinônimo de Estado, isto é, a somatória dos três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Atualmente, porém, governo, em sentido 3 Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. 1 o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República. 2 o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão 8

9 subjetivo, é a cúpula diretiva do Estado, responsável pela condução dos altos interesses estatais e pelo poder político, e cuja composição pode ser modificada mediante eleições. Nesse sentido, pode-se falar em governo FHC, governo Lula. Na acepção objetiva ou material, governo é a atividade diretiva do Estado. Administração Pública (com iniciais maiúsculas) é um conceito que não coincide com Poder Executivo. Atualmente, o termo Administração Pública designa o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes estatais no exercício da função administrativa, independentemente se integram ao Poder Executivo, ao Legislativo, ao Judiciário, ou a qualquer outro organismo estatal (como Ministério Público e Defensorias Públicas). Assim, por exemplo, quando o Supremo Tribunal Federal constitui comissão de licitação para contratar determinado prestador de serviços, a comissão e seus agentes são Administração Pública porque e enquanto exercem essa função administrativa REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO- PODERES E SUJEIÇÕES A expressão regime jurídico administrativo é reservada tão somente para abranger o conjunto de traços, de conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídicoadministrativa; e resume em duas palavras apenas: prerrogativas e sujeições. O Direito Administrativo nasceu e desenvolveu-se baseado em duas ideias opostas: de um lado, a proteção aos direitos individuais frente ao Estado, que serve de fundamento ao princípio da legalidade, um dos esteios do Estado de Direito; de outro lado, a de necessidade de satisfação dos interesses coletivos, que conduz à outorga de prerrogativas e privilégios para a Administração Pública, quer para limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do bem-estar coletivo (poder de polícia), quer para a prestação de serviços públicos. Daí a bipolaridade do Direito Administrativo: liberdade do indivíduo e autoridade da Administração; restrições e prerrogativas. Para assegurar-se a liberdade, sujeita-se a Administração Pública à observância da lei e do direito (incluindo princípios e valores previstos explícita ou implicitamente na Constituição); é a aplicação, ao direito público, do princípio da legalidade. Para assegurar-se a autoridade da Administração Pública, necessária à consecução de seus fins, são-lhe outorgados prerrogativas e privilégios que lhe permitem assegurar a supremacia do interesse público sobre o particular; desconhecidos na esfera do direito privado, tais como a auto executoriedade, a autotutela, o poder de expropriar, o de requisitar bens; e serviços, o de ocupar temporariamente o imóvel alheio, o de instituir servidão, o de aplicar sanções administrativas, o de alterar e rescindir unilateralmente os contratos, o de impor medidas de polícia. Segundo Cretella Júnior (Revista de Informação Legislativa, v. 97: 13), as prerrogativas públicas são "as regalias usufruídas pela Administração, na relação jurídico-administrativa, derrogando o direito comum diante do administrador, ou, em outras palavras, são as 9

10 faculdades especiais conferidas à Administração, quando se decide a agir contra o particular". Ao lado das prerrogativas, existem determinadas restrições a que estão sujeita a Administração, sob pena de nulidade do ato administrativo e, em alguns casos, até mesmo de responsabilização da autoridade que o editou. Dentre tais restrições, citem-se a observância da finalidade pública, bem como os princípios da moralidade administrativa e da legalidade, a obrigatoriedade de dar publicidade aos atos administrativos e, como decorrência dos mesmos, a sujeição à realização de concursos para seleção de pessoal e de concorrência pública para a elaboração de acordos com particulares. Ao mesmo tempo em que as prerrogativas colocam a Administração em posição de supremacia perante o particular, sempre com o objetivo de atingir o benefício da coletividade, as restrições a que está sujeita limitam a sua atividade a determinados fins e princípios que, se não observados, implicam desvio de poder e consequente nulidade dos atos da Administração. O conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração e que não se encontram nas relações entre particulares constitui o regime jurídico administrativo Paraestatais (Terceiro Setor) A descentralização pode ser objeto de transferência negocial e ser direcionado para o particular que atua em sistema de cooperação e colaboração com a Administração Pública, mediante a realização de instrumentos jurídicos específicos. Nesse contexto, surgem novas frentes de atuação do Estado, para alcançar a satisfação do interesse público, não se restringido mais a organização administrativa à forma tradicionalmente aplicada até o advento da CFRB em Assim, a organização administrativa, além dos órgãos e pessoas jurídicas que integram a Administração Pública direta e indireta, compreende também os particulares, dividindo-se em três setores, quais sejam: 1º setor: Estado (Adm. Pública Direta e Adm. Pública Indireta) 2º setor: mercado (concessionárias e permissionárias de serviços públicos) 3º setor: sociedade civil (Serviços Sociais Autônomos Sistema S, Organizações Sociais OS, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público OSCIPs etc) Os dois últimos setores atuam em PARECERIA com o Estado, visando a execução de serviços públicos e o desempenho de atividades de interesse social mediante vínculo formal definido em lei (contrato de concessão, contrato de gestão, termo de parceria etc.) O terceiro setor é composto por entidades privadas sem fins lucrativos e que assumem formas organizacionais há muito conhecidas, como por exemplo, fundações privadas ou associações civis. 10

11 Nesse sentido, a definição de Gustavo Henrique Justino de Oliveira 4, para quem o terceiro setor é o conjunto de atividades voluntárias desenvolvidas por organizações privadas não-governamentais e sem ânimo de lucro (associações e fundações) realizadas em prol da sociedade, independentemente dos demais setores (Estado e Mercado), embora deles possa firmar parcerias e receber investimentos (públicos e privados). Ou seja, não são novas modalidades de pessoas jurídicas, mas se diferem das demais instituições da mesma categoria devido ao fato de lhes ser atribuida uma QUALIFICAÇÃO JURÍDICA. Assim, visando valorizar a sociedade civil, sem fins lucrativos, o Estado tem criado qualificações jurídicas que viabilizam o reconhecimento de benefícios públicos e a formalização de parcerias para consecução de seus objetivos sociais. Portanto, como bem coloca Rafael Carvalho 5, cada ente federado, no âmbito de sua autonomia político-administrativa, possui liberdade para criar qualificações jurídicas diversas, não havendo um rol exaustivo e definitivo para tais qualificações. Essas qualificações jurídicas nada mais são do que um ato de RECONHECIMENTO do Estado concedido de acordo com o objeto de atuação, por exemplo: Organização Social - OS, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIPs, Fundações de Apoio, entre outros. São características comuns das entidades 3º Setor: São criadas pela iniciativa privada Não possuem finalidade lucrativa Não integram a API Prestam atividades privadas de relevância social Possuem vínculo legal ou negocial com o Estado Recebem benefícios públicos. Nesse contexto, diante das parcerias firmadas entre os entes federados e os terceiros destacam-se as entidades privadas, sem fins lucrativos, e que recebem a qualificação de ORGANIZAÇÕES SOCIAIS OSs e as Oscips ORGANIZAÇÕES SOCIAIS Maria Sylvia Zanella Di Pietro define Organização Social, como sendo a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e que recebe delegação do Poder Público, mediante contrato de gestão, para desempenhar serviço público de natureza social. Nenhuma entidade nasce com o nome de organização social; a entidade é criada pela iniciativa privada como 4 Apud VIOLIN, Tarso Cabral. Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública. Uma análise crítica. Ed. Fórum, 2ª edição, 2010, pág Curso de Direito Administrativo Gen Editora, 3ª edição, 2015, pág

12 associação ou fundação e, habilitando-se perante o Poder Público, recebe a qualificação; trata-se de título jurídico outorgado e cancelado pelo Poder Público. Essas entidades foram disciplinadas no âmbito federal pela Lei nº 9.637/98 e 9.790/99; e no Estado de Goiás pela Lei nº /05 e /06. (Lei /15) No que tange aos Municípios e ao Distrito Federal, nada impede que instituam suas próprias leis sobre as qualificações como Organizações Sociais - OSs, assim como, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público OSCIPs, vez que a lei acima citada não é de âmbito nacional, e serve, portanto, de modelo, devendo ser adaptada às peculiaridades regionais. Sobre o tema, a lição da Professora Maria Sylvia no quadro abaixo: Quanto aos Estados e Municípios, eles dispõem de competência própria para legislar a respeito das organizações sociais, não sendo obrigados a adotar o modelo federal. O artigo 15 da Lei nº 9.637/98 estende os efeitos dos artigos 11 (declaração como entidades de interesse social e utilidade pública para todos os efeitos legais) e 12, 3º (permissão de uso de bens públicos, com dispensa de licitação), quando houver reciprocidade e desde que a legislação local não contrarie os preceitos desta Lei e a legislação específica de âmbito federal. Também é importante realçar que as organizações sociais que recebam recursos da União, como ocorre na área da saúde, com os recursos do SUS, submetem-se ao controle pelo Tribunal de Contas da União, já que se trata de utilização de recursos do orçamento da União. Nesse sentido foi a referida decisão do TCU (acórdão nº 3239/13). O QUE É O CONTRATO DE GESTÃO E QUAL SEU OBJETO? É o instrumento pelo qual se estabelece o vínculo jurídico entre a organização social e a Administração Pública. É definido pelo artigo 5º da Lei nº 9.637/98 como o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas no artigo 1º. Por meio dele, fixam-se as metas a serem cumpridas pela entidade e a forma pela qual o Poder Público fomenta a entidade, quer cedendo bens públicos, quer transferindo recursos orçamentários, quer cedendo servidores públicos. O contrato deve definir ainda o programa de trabalho, os prazos de execução, os critérios de avaliação de desempenho, com indicadores de qualidade e produtividade, os limites e critérios para despesa com remuneração e vantagens de qualquer natureza, dos dirigentes e empregados das organizações sociais. Tem como objeto a gestão de um determinado serviço público e a gestão de um patrimônio público que lhes são delegados/transferidos pelo Poder Público por intermédio do Contrato de Gestão. 12

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