ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL E SUA RELAÇÃO COM A PRODUTIVIDADE, SAÚDE E BEM ESTAR DE VACAS EM LACTAÇÃO

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1 ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL E SUA RELAÇÃO COM A PRODUTIVIDADE, SAÚDE E BEM ESTAR DE VACAS EM LACTAÇÃO Francisco Palma Rennó; Rafael Villela Barletta; José Esler de Freitas Júnior; Jefferson Rodrigues Gandra; Lenita Camargo Verdurico; Vítor Pereira Bettero; Rodolfo Daniel Mingoti; Gustavo Delfino Calomeni; Rodrigo Gardinal* * Departamento de Nutrição e Produção Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, Pirassununga, São Paulo INTRODUÇÃO Vacas leiteiras apresentam constantes alterações na composição corporal durante a lactação e no período seco, refletindo, primariamente, a mobilização ou reposição de tecidos corporais quando as dietas contêm energia insuficiente ou em excesso para o atendimento das exigências nutricionais (Komaragiri et al., 1998). Os tecidos corporais envolvidos (principalmente tecido adiposo interno e externo) são comumente denominados de reservas corporais (NRC, 2001). Durante a lactação, as exigências nutricionais de energia são atendidas por uma combinação dos nutrientes fornecidos na dieta e pela mobilização de reservas corporais (Butler & Smith, 1989). No início da lactação vacas leiteiras apresentam lento aumento no consumo de matéria seca e rápido aumento na produção de leite, resultando na mobilização de reservas corporais para o fornecimento de energia (Moe et al., 1971; Butler & Smith, 1989; NRC, 2001). Segundo Bell (1995), vacas durante o início de lactação, especialmente nas quatro primeiras semanas de lactação, estão sob o maior déficit de nutrientes advindos da dieta para a síntese de lactose, proteínas e triglicerídeos na glândula mamária. Como resultado esses animais são submetidos a um período de balanço de nutrientes negativo para energia (-12 Mcal/dia) e proteína metabolizável (-560 g/dia) (Bell, 1995). Balanço negativo de nutrientes é quando a ingestão desses elementos são menores do que a excreção ou perda deste pelo corpo do animal (Coelho da Silva & Leão, 1979). Estudos que avaliaram a mobilização de reservas corporais verificaram que vacas leiteiras no início da lactação mobilizam cerca de 25 a 54 kg de gordura e cerca de 0 a 21 kg de proteína nesta fase da

2 336-1 st International Symposium of Dairy Cattle lactação (Chilliard et al., 1991; Komaragiri & Erdman, 1997; Komaragiri et al., 1998). A taxa e a extensão da mobilização de reservas corporais são dependentes de diversos fatores, como a produção de leite, a composição corporal no parto, o estágio de lactação, a idade da vaca, a ordem de partos, o tipo de dieta e a utilização de hormônios, como a somatotropina (Bauman & Currie, 1980; Chilliard et al., 1991; Ruegg & Milton, 1995; Komaragiri et al, 1998). Segundo Bauman & Currie (1980), no primeiro mês de lactação, as reservas corporais podem contribuir com cerca de 33% da produção de leite. A mobilização, principalmente do tecido adiposo, pode suportar a produção de 120 a 550 kg de leite durante as primeiras semanas da lactação (Tamminga et al., 1997). Desta maneira, Bauman e Currie (1980) citam que vacas leiteiras exibem a tendência natural de fêmeas mamíferas de mobilizarem reservas corporais para que seja realizada a contento, a nutrição dos neonatos. Vacas leiteiras mobilizam reservas corporais ou perdem condição corporal por aproximadamente 40 a 100 dias pós-parto, quando iniciam a recuperação de condição corporal ou reposição de reservas corporais (Koenen et al., 2001; Pryce & Harris, 2006; Rennó et al., 2006; Roche et al., 2007). No entanto, o que diferencia vacas leiteiras de outras fêmeas mamíferas, tornando-as únicas em relação a outras espécies de mamíferos, é a intensa seleção genética para maior produção de leite no início da lactação e a produção total de leite por lactação nos últimos 50 anos (Dillon, 2006). A grande pressão de seleção por animais de maior desempenho resultou em diferenças fisiológicas marcantes no metabolismo de vacas leiteiras que resultaram em maior facilidade de haver grande mobilização de reservas corporais, notadamente reservas de energia (tecido adiposo), em relação a outras espécies de mamíferos (McNamara & Hillers, 1986 a b; Chagas et al., 2009; Lucy et al., 2009). A descrição do ocorrido com o melhoramento genético realizado com raças taurinas em países do hemisfério norte e a mobilização de reservas corporais, conforme informações do parágrafo anterior, devese ao menos forçar que sejam realizadas reflexões relacionadas a direção da seleção realizada no Brasil com raças zebuínas. Assim, raças como o Gir Leiteiro e o Guzerá, e a raça Girolando, que tem trabalhado acentuadamente na promoção do melhoramento genético de suas populações de animais, devem colocar em discussão junto a seus programas de melhoramento genético a questão da fisiologia e metabolismo animal e as naturais conseqüências sobre a saúde animal,

3 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite objeto de discussão desta revisão, para o aprimoramento de seus programas de seleção. A maior mobilização de reservas corporais é reflexo da maior atividade lipolítica e menor atividade lipogênica no tecido adiposo no início de lactação, o que se deve a mudanças endócrinas e hormonais características dessa fase de produção (Bell, 1995). A atividade lipolítica no tecido adiposo é regulada por diversos fatores. Entre eles destacamse o escore de condição corporal (ECC) ao parto, que representa a quantidade de reservas corporais retida no corpo do animal, e a produção de leite, que se relaciona à magnitude dos estímulos hormonais que regulam as taxas de lipólise e lipogênese, bem como a partição de nutrientes entre a glândula mamária e o restante dos tecidos corporais (McNamara & Hillers, 1986ab, Herdt, 2000). Segundo Ferguson & Otto (1989) e Waltner et al. (1993), o monitoramento adequado das reservas corporais é crítico para a manutenção de vacas leiteiras, principalmente de alta produção, em condições de expressarem seu potencial produtivo. Quando as vacas estão muito gordas ou muito magras ao parto, apresentam maior risco de desenvolverem desordens metabólicas e demais doenças, de apresentarem baixa produção de leite, pobre desempenho reprodutivo, dificuldade de parto e grande mobilização de reservas corporais pósparto. A habilidade para estimar as reservas corporais de forma rápida e acurada e relacionar este fator com a produção de leite, reprodução, ocorrência de doenças e bem estar animal pode auxiliar produtores de leite a aumentarem a eficiência de seus sistemas de alimentação e criação (Waltner et al., 1993; Roche et al., 2009). Dessa forma, o objetivo dessa revisão é demonstrar como se relacionam a condição corporal de vacas leiteiras ao parto com a produção de leite, reprodução, saúde e bem estar de vacas leiteiras, discutindo também os efeitos da condição corporal ao parto sobre a mobilização de reservas corporais e saúde desses animais. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL Os métodos de avaliação das reservas corporais por meio do escore de condição corporal (ECC) apesar de natureza subjetiva, são considerados como a única forma prática de avaliação de reservas

4 338-1 st International Symposium of Dairy Cattle corporais em vacas leiteiras (NRC, 2001). O ECC é um método aceitável, não invasivo, rápido e de baixo custo para estimar a quantidade de reservas corporais em vacas leiteiras (Waltner et al., 1993). Inicialmente os métodos de avaliação do ECC foram desenvolvidos para ovelhas (Jefferies, 1961, citado por Edmonson et al., 1989), sendo posteriormente adaptado para bovinos de corte por Lowman et al. (1976), citado por Edmonson et al. (1989), método que utilizava uma escala de 0 a 5, com valores intermediários num total de 11 possíveis escores. Na mesma época, pesquisadores Australianos e da Nova Zelândia iniciaram o desenvolvimento de métodos semelhantes de avaliação da condição corporal para bovinos (Edmonson et al., 1989). Informações adicionais sobre diferentes métodos para avaliar a quantidade de reservas corporais ou métodos de avaliação do escore de condição corporal podem ser obtidas na revisão dos autores Bewley & Schutz (2008). Apesar de existirem diversos métodos de avaliação do ECC em bovinos, para gado de leite e de corte, para vacas leiteiras os métodos mais conhecidos são os desenvolvidos por Wildman et al. (1982) e Edmonson et al. (1989). O sistema de avaliação do ECC proposto por Wildman et al. (1982) foi desenvolvido por Edmonson et al. (1989), sendo posteriormente validado por Otto et al. (1991), Waltner et al (1994), Fergunson et al. (1994) e Andrew et al. (1994). Este sistema é baseado em avaliações visuais e táteis das reservas corporais em pontos específicos do corpo da vaca, sendo desenvolvido a partir de uma escala biológica de 1 a 5, com subunidades de 0,25 pontos, onde 1 representa uma vaca muito magra e 5 muito gorda, sendo utilizado independentemente do peso corporal ou do tamanho (altura, perímetro toráxico, comprimento) de vacas leiteiras (Wildman et al., 1982; Edmonson et al., 1989). Na Figura 1 estão descritos os pontos normalmente observados na avaliação do escore de condição corporal, segundo Edmonson et al. (1989), e na Tabela 1 as recomendações de ECC ao longo da lactação. Quanto maior a condição corporal, maior o conteúdo de tecido adiposo no corpo da vaca, como mostra a Tabela 2. O entendimento das relações biológicas entre as reservas corporais, estimadas via ECC, e a produção de leite, reprodução e ocorrência de doenças pode resultar em estratégias de alimentação otimizadas que resultariam em maior eficiência no processo de

5 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite produção de leite e na manutenção de vacas leiteiras saudáveis (Waltner et al., 1993). Também, o ECC pode ser utilizado para avaliar a extensão e severidade do período de balanço negativo de nutrientes no início de lactação (Edmonson et al., 1989; Nebel & McGilliard, 1993). Figura 1 - Principais pontos de avaliação do escore de condição corporal em vacas leiteiras. Fonte: Rennó (2003). Tabela 1 - Recomendações de escore de condição corporal e mudança de condição corporal ao longo da lactação Estágio de lactação Escore de Condição Corporal Mudança de Condição Corporal 1 Valor Ideal Variação Valor Ideal Variação Vaca seca na secagem 3,50 3,25 a 3, Vaca seca ao parto 3,50 3,25 a 3,75 0,00-0,25 a 0,25 Início da lactação (0-100) 2 2,75 2,50 a 3,00 0,75-0,50 a -1,00 Meio da lactação ( ) 3,00 2,75 a 3,25 0,25 0,00 a 0,50 Final da lactação ( ) 3,25 3,00 a 3,50 0,25 0,00 a 0,50 Novilhas em crescimento 3,00 2,75 a 3, Novilhas ao primeiro parto 3,50 3,25 a 3,75 0,50 0,25 a 0,75 1 Um estágio fisiológico menos o anterior. 2 Dias pós-parto. Fonte: Ferguson & Otto (1989).

6 340-1 st International Symposium of Dairy Cattle Tabela 2 - Efeito do escore de condição corporal (ECC) sobre a constituição do corpo de vacas leiteiras ECC Peso corpo vazio 1 Gordura Proteína Cinzas Água 1,0 3,77 19,42 7,46 69,35 1,5 7,54 18,75 7,02 66,69 2,0 11,30 18,09 6,58 64,03 2,5 15,07 17,42 6,15 61,36 3,0 18,84 16,75 5,71 58,70 3,5 22,61 16,08 5,27 56,04 4,0 26,38 15,42 4,83 53,37 4,5 30,15 14,75 4,43 50,71 5,0 33,91 14,08 3,96 48,05 1 Peso corpo vazio = peso vivo * 0,817. Fonte: NRC (2001). FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO E A MOBILIZAÇÃO DE RESERVAS CORPORAIS Após o parto, a produção de leite e o consumo de alimentos aumentam consideravelmente em vacas leiteiras. No entanto, a velocidade de aumento na produção de leite é maior do que a velocidade de aumento de consumo de alimentos e, conseqüentemente, de nutrientes (Tamminga et al., 1997; NRC, 2001) (Figura 2). Em função dessa assincronia entre a demanda e a disponibilidade de nutrientes, vacas leiteiras são submetidas a períodos de balanço negativo de nutrientes, principalmente energia, proteína e cálcio. Segundo Bell (1995), aproximadamente toda fêmea mamífera experimenta esse estado transitório durante o final da gestação e o início da lactação, variando sua ocorrência em função de características intra-espécies. Para atender a esse estado de balanço negativo de nutrientes, principalmente o balanço energético negativo (BEN), ocorrem adaptações fisiológicas no organismo da vaca. Essas alterações são baseadas na geração de energia a partir de novos compostos, e, ao mesmo tempo, economia na utilização de glicose (energia) pelos demais tecidos periféricos (Bauman & Currie, 1980; Herdt, 2000). Os nutrientes que são comumente utilizados como combustíveis corporais são os carboidratos, os aminoácidos e as gorduras (Lehninger et al., 1995). A adaptação ao BEN consiste em orquestradas adaptações no uso e conservação desses combustíveis corporais (Bauman & Currie, 1980). Na maioria das espécies de herbívoros e onívoros, os carboidratos são a primeira fonte de combustíveis orgânicos utilizadas em períodos de balanço positivo de energia (BEP) (Herdt, 2000).

7 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite Produção de leite Consumo de MS Balanço energético 4 Produção de leite e CMS (kg) Semanas em lactação Balanço energético (Mcal/dia) Figura 2 - Produção de leite (kg/dia), consumo de matéria seca (kg/dia) e balanço energético (Mcal Energia Metabolizável/dia) de vacas leiteiras em função das semanas de lactação. Fonte: Tamminga et al. (1997) e NRC (2001). No entanto, o armazenamento de carboidratos no organismo é limitado, e, quando a ingestão de carboidratos na dieta é inferior a demanda das exigências de energia do organismo, existe a necessidade dos carboidratos serem sintetizados a partir dos demais combustíveis corporais. Os carboidratos podem ser sintetizados a partir das proteínas e aminoácidos, porém, não a partir dos ácidos graxos (Lehninger et al., 1995). A utilização de carboidratos como fonte de energia durante períodos de BEN pode resultar no uso de proteína corporal, via gliconeogênese, o que pode reduzir potencialmente a quantidade de proteínas armazenadas que tem importantes funções estruturais (musculatura esquelética) e enzimáticas. O organismo do animal, para se proteger da mobilização da proteína corporal durante a necessidade de síntese de carboidratos, especialmente nos períodos de BEN, realiza

8 342-1 st International Symposium of Dairy Cattle uma série de alterações adaptativas no metabolismo para que seja mobilizada a energia armazenada na forma de ácidos graxos (gorduras) e, ao mesmo tempo, a utilização de carboidratos pelo organismo é reduzida (Herdt, 2000). Especialmente para ruminantes, a conservação de carboidratos torna-se ainda mais importante em função da digestão ruminal resultar na destruição fermentativa das fontes de carboidratos, resultando na limitada absorção de carboidratos no trato gastro-intestinal (TGI) (Coelho da Silva & Leão, 1979). Essa limitada absorção de carboidratos no TGI é de especial significância para animais que estão em lactação e em BEN, especialmente para vacas em início de lactação. A síntese de leite exige grandes quantidades de carboidratos para a síntese de lactose, sendo esta demanda atendida nos ruminantes pela síntese de glicose a partir da gliconeogênese. A maior fonte de substrato para a gliconeogênese em ruminantes é o acido propiônico, um dos ácidos graxos voláteis (AGV) que tem origem na fermentação ruminal. Nenhum outro ácido graxo, incluindo os ácidos graxos de cadeia longa, resultantes da mobilização do tecido adiposo, são capazes de serem utilizados na gliconeogênese. Os demais AGV, os ácidos acético e butírico, também não podem ser utilizados como substrato para a gliconeogênese (Lehninger et al., 1995). Esse aspecto único do metabolismo de ruminantes torna a síntese e a conservação de carboidratos especialmente crítica nas adaptações metabólicas de vacas leiteiras aos períodos de BEN, sendo estas alterações principalmente em nível dos órgãos, principalmente tecido adiposo, tecido muscular esquelético, glândula mamária e unidade feto-placentária, e o fígado. Essas adaptações envolvem mobilização da energia armazenada nos tecidos corporais, alterações na utilização de substratos, e na interconversão dos combustíveis corporais (Herdt, 2000). O tecido adiposo representa o local de armazenamento das reservas corporais de energia, sendo constituído por células repletas de triglicerídeos (gorduras) em seu interior, os adipócitos. Dentro dos adipócitos os triglicerídeos são continuamente quebrados e novamente sintetizados. Quando os triglicerídeos são quebrados ocorre a clivagem da ligação éster, resultando na liberação dos ácidos graxos não-esterificados (AGNE). O processo de quebra dos triglicerídeos dos adipócitos é denominado de lipólise. O estabelecimento ou reestabelecimento da ligação éster, resultando na

9 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite síntese ou resíntese dos triglicerídeos é denominada de lipogênese. No tecido adiposo a lipólise e a lipogênese estão continuamente ocorrendo, criando um ciclo constante de transformação dos triglicerídeos em AGNE, que posteriormente retornam a condição inicial (triglicerídeos) (Grummer, 1995; Drackley, 1999). Uma vez na forma de AGNE, os ácidos graxos estão disponíveis para serem transportados para fora da célula e serem então incorporados ao sangue, para que sejam utilizados posteriormente em outros tecidos corporais. A taxa de incorporação dos AGNE ao sangue são reguladas pelas taxas relativas de lipogênese e de lipólise. Aumento na incorporação de AGNE ao sangue é resultado de maior taxa de lipólise e menor lipogênese. Esse processo está sujeito ao controle hormonal e ocorre em função da disponibilidade de substratos (Herdt, 2000). O músculo esquelético também exerce importante influencia sobre as adaptações ao BEN para que ocorra a homeostase dos combustíveis corporais. Essas alterações no metabolismo do músculo esquelético são importantes em função da musculatura ser o maior local de utilização de combustíveis corporais no organismo. Assim, o metabolismo do tecido muscular influencia a concentração desses combustíveis no sangue, dependendo do combustível selecionado para ser utilizado no músculo (Bell, 1995; Herdt, 2000). Durante os períodos de BEN a musculatura utiliza combustíveis corporais resultantes do metabolismo de lipídeos, especialmente os AGNE e os corpos cetônicos (Grummer, 1995; Drackley, 1999). Pela mudança na seleção dos combustíveis corporais que serão utilizados, naturalmente ocorre uma redução na utilização de glicose pela musculatura, o que auxilia a manutenção das concentrações normais de glicose no sangue. Uma adaptação adicional do músculo esquelético para os períodos de BEN é o fornecimento de aminoácidos (Bell, 1995). Como a musculatura é o local de armazenamento de proteínas, durante o BEN essas proteínas são mobilizadas para serem utilizadas na gliconeogênese (Herdt, 2000). Um dos grandes objetivos das adaptações metabólicas aos períodos de BEN é limitar o uso das proteínas da musculatura para este fim (Drackley, 1999). A glândula mamária e a unidade feto-placentária também exerce grande influencia nas adaptações ao BEN. Esses tecidos não utilizam outros substratos para o funcionamento de seus tecidos. Assim, o feto obrigatoriamente utiliza glicose e aminoácidos como fonte de energia

10 344-1 st International Symposium of Dairy Cattle corporal e, de forma semelhante, a glândula mamária também utiliza glicose para a síntese de lactose e aminoácidos para a síntese das proteínas do leite (Bell, 1995; Herdt, 2000). A utilização de glicose pela glândula mamária e unidade feto-placentária não estão sob controle da insulina, o que resulta em grande estresse para os mecanismos de adaptação ao BEN em vacas leiteiras (Drackley, 1999). Por final, outro órgão de grande importância para as adaptações fisiológicas de vacas leiteiras em períodos de BEN é o fígado. A função principal desse órgão é a manutenção em equilíbrio dos combustíveis corporais a disposição dos tecidos corporais. Dessa forma, o fígado realiza constantemente o processamento e a interconversão dos diferentes combustíveis corporais (Grummer, 1995; Herdt, 2000). O metabolismo hepático modifica a distribuição e alocação de todas as importantes substâncias nutritivas do organismo, como glicose, aminoácidos, ácido propiônico e butírico, AGNE, ácido lático e corpos cetônicos. Dessa forma, o processo de mobilização das reservas corporais de vacas leiteiras é, na realidade, um processo de adaptação metabólica ao novo estado fisiológico que o organismo do animal está passando. Assim, como definiu Bell (1995), esses ajustes são essenciais quando o animal passa de um estado gestante e nãolactante para um estado não-gestante e lactante. Qualquer falha nesses mecanismos de adaptação podem resultar em alterações no padrão de mobilização de reservas corporais (mobilização em excesso), nos desempenhos produtivo e reprodutivo, e na sanidade de vacas leiteiras. Maiores informações relacionadas aos mecanismos metabólicos e hormonais relacionados a mobilização de reservas corporais podem ser obtidas na excelente revisão escrita por Roche et al. (2009). PADRÃO DE MOBILIZAÇÃO DE RESERVAS CORPORAIS Em função da fisiologia da lactação de vacas leiteiras, são esperadas alterações na composição corporal desses animais ao longo do ciclo de produção. Estas alterações refletem em mudanças na condição corporal, avaliada por meio do ECC, e mudanças no peso corporal. Variações no ECC durante a lactação, refletindo o padrão de mobilização de reservas corporais, estão relacionadas com os dias em lactação, sendo esperada uma diminuição gradativa no ECC no início

11 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite da lactação, seguida de posterior recuperação e retorno ao ECC inicial no meio e final da lactação (Pedron et al., 1993; Waltner et al., 1993; Gallo et al., 1996). Na Figura 3 está descrito o padrão de mudança da condição corporal em função dos dias em lactação, segundo Rennó et al. (2006). O padrão de mobilização de reservas corporais está sob influência do ECC ao parto (ECCP) e do nível de produção de leite, que influenciam a magnitude dos efeitos lipolíticos e lipogênicos nos diversos tecidos corporais (principalmente tecido adiposo), pré e pósparto. Como resultado, são observadas variações no padrão de mobilização de reservas corporais, com vacas de maior ECCP, de alta produção de leite e multíparas, apresentando maiores variações no ECC no início da lactação (Ruegg & Milton, 1995; Gallo et al., 1996; Rennó et al., 2006). Segundo McNamara & Hillers (1986 a b) e Smith & McNamara (1990), vacas de alto mérito genético para produção de leite apresentam uma diminuição da resposta do tecido adiposo aos agentes anti-lipolíticos (insulina, principalmente), resultando em aumento das taxas de lipólise. De forma semelhante, Rukkwamsuk et al. (1998) e Rukkwamsuk et al. (1999) demonstraram que vacas de maior ECC apresentam maior massa corporal na forma de gordura, e, assim como vacas de alto mérito genético para produção de leite, também apresentam reduzida resposta do tecido adiposo ao estímulo antilipolítico, o que também vai resultar em aumento das taxas de lipólise e maior mobilização de reservas corporais. Ainda, segundo McNamara et al. (1995), vacas com maior ECC apresentam maior tamanho do adipócito, que está relacionado com maior resposta do tecido adiposo frente aos estímulos lipolíticos (hormônio de crescimento, catecolaminas) (Vernon & Finley, 1985). Katamoto et al. (1996) avaliou a resistência a insulina, conhecido agente anti-lipolítico (Bell, 1995), em adipócitos de vacas de baixo (magras) e alto (gordas) ECC, e verificaram que vacas gordas apresentam uma maior resistência a insulina, o que contribui para uma maior taxa de lipólise. Desta forma, vacas de alta produção e de maior ECCP apresentam modificações no metabolismo que vão alterar as taxas de lipólise e de lipogênese (efeito anti-lipolítico). Estas alterações vão resultar em aumento das taxas de lipólise, o que vai resultar em uma intensa mobilização de reservas corporais, que pode ser monitorada em vacas leiteiras pela grande MECC nestes animais.

12 346-1 st International Symposium of Dairy Cattle AA AM BA BM Escore de condição corporal MECC (Unidades de ECC) Dias em lactação AA AM BA BM Dias em lactação Figura 3 - Escore de condição corporal e mudança do escore de condição corporal (MECC), para vacas multíparas, em função do grupo avaliado (combinação do escore de condição corporal ao parto (ECCP) e do nível de produção). AA=ECCP >=3,25 e alta produção; AM=ECCP >=3,25 e média produção; BA=ECCP <3,25 e alta produção; BM=ECCP <3,25 e média produção. Média de produção de leite corrigida para 3,5% de gordura (kg/dia), aos 150 dias pós-parto: AA= 34,97; AM =25,91; BA=32,04; BM=23,77. Fonte: Rennó et al. (2006).

13 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite Rennó et al. (2006), avaliando vacas Holandesas, primíparas e multíparas, verificaram que o grupo de animais de alta produção de leite e de maior ECCP apresentaram as menores médias de ECC ao longo da lactação e maior mobilização de reservas corporais, avaliada por meio da mudança do escore de condição corporal (MECC), até os 150 dias de lactação. Gallo et al. (1996) e Aeberhard et al. (2001) também verificaram maiores médias de ECC durante a lactação em vacas de menor nível de produção. Em função da maior mobilização de reservas corporais no início da lactação, Ruegg & Milton (1995) e Gallo et al. (1996) verificaram maior MECC para vacas de maior nível de produção, quando comparadas com vacas de menor produção. Em relação ao efeito do ECCP sobre o ECC no início da lactação, Berry et al. (2002) e Dechow et al. (2002) verificaram maior ECC ao longo da lactação em vacas que apresentaram maior ECCP. Para a mobilização de reservas corporais no início da lactação, avaliada pela MECC, Pedron et al. (1993) verificaram maior MECC em vacas de maior ECCP, com os resultados destes autores sendo semelhantes aos descritos por Berry et al. (2002) e Dechow et al. (2002). Quando foram avaliados conjuntamente o nível de produção de leite e a ECCP, de forma semelhante ao verificado por Ruegg & Milton (1995) e Rennó et al. (2006), foram verificadas maiores médias de MECC em vacas de maiores produção e ECCP. Na Figura 3, segundo o trabalho de Rennó et al. (2006), os grupos avaliados (grupos AA, AM, BA e BM, respectivamente, classe 1 e alta produção, classe 1 e média produção, classe 2 e alta produção, e classe 2 e média produção), nas vacas multíparas, influenciaram o ECC durante a lactação. As vacas da classe 1 (AA e AM) apresentaram maior ECC do que as vacas da classe 2 (BA e BM); e em relação ao nível de produção, as vacas de menor produção de leite, independentemente do ECCP (AM e BM), apresentaram um maior ECC durante o início da lactação do que as vacas de maior produção (AA e BA) (Figura 3). Também foi verificado efeito dos grupos avaliados sobre a MECC, refletindo o padrão de mobilização dereservas corporais no início da lactação. As vacas da classe 1 (AA e AM) apresentaram maior mobilização das reservas corporais, independentemente do nível de produção, apresentando uma redução de -0,68 e -0,62 unidades de ECC, do parto até 150 dias de lactação. No entanto, as vacas da classe

14 348-1 st International Symposium of Dairy Cattle 2 (BA e BM) apresentaram mobilização de somente -0,25 e -0,30 unidades de ECC no mesmo período (Figura 3). O peso corporal também apresenta variações durante a lactação. O peso corporal (PC) é influenciado pelo tamanho dos animais (desenvolvimento de esqueleto), quantidade de reservas corporais e enchimento do trato gastrointestinal (Enevoldsen & Kristensen, 1997), fatores estes dependentes dos estágios de lactação e gestação, e da idade dos animais (Koenen et al., 1999). Segundo Koenen et al. (1999) e Buckley et al. (2000), o PC segue um padrão com rápida diminuição no parto, coincidindo com a expulsão do feto, placenta e demais conteúdos uterinos, seguido de declínio gradual do peso em função da mobilização de reservas corporais para o fornecimento de energia para a produção de leite e, após o início da lactação e nova concepção, retorno ao peso inicial em função da reposição dos tecidos corporais mobilizados e pelo desenvolvimento fetal. No estudo de Rennó et al. (2006) (Figura 4) o PC no período pós-parto seguiu o padrão descrito por Koenen et al. (1999) e Buckley et al. (2000). Os animais apresentaram média de perda de peso ao parto de 77,3 kg, refletindo a expulsão do feto, placenta e demais conteúdos uterinos, e o início do catabolismo de reservas corporais, representando 11,4% do peso vivo. No período pós-parto foi observada rápida diminuição no peso corporal, com valor mínimo estimado, segundo Rennó et al. (2006), entre 60 e 90 dias de lactação, com uma diminuição de peso da ordem de 40 a 60 kg (Figura 4). Essa mudança do PC, segundo Komaragiri et al. (1998), reflete primariamente o intenso catabolismo de reservas corporais para o fornecimento de energia para a produção de leite no início da lactação. Em relação ao PC pré-parto e ao parto, Holter et al. (1990) e Rennó et al. (2006) verificaram maior peso corporal ao parto para vacas de maior ECCP. Apesar das vacas no estudo de Rennó et al. (2006) serem selecionadas em função do peso 30 dias pré-parto, com a proximidade do parto e com o ganho de peso durante o período seco, as vacas com maior ECCP apresentaram maior PC pré-parto e ao parto, na média cerca de 40 kg. A variação do peso corporal (MPC) no início da lactação também pode estar relacionada à produção de leite e com o ECCP (Tamminga et al., 1997). Treacher et al. (1986), Holter et al. (1990) e Berry et al. (2002) avaliaram o peso corporal no início da lactação de vacas com diferentes ECCP, e verificaram que vacas com maior ECCP

15 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite apresentaram maior redução de peso pós-parto, com o peso corporal atingindo seu menor valor próximo a 40 dias pós-parto. 750 AA AM BA BM Peso corporal (kg) Dias em lactação AA AM BA BM Mudança de peso corporal (kg) Dias em lactação Figura 4 - Peso corporal e mudança do peso corporal em função do grupo avaliado (combinação do escore de condição corporal ao parto (ECCP) e do nível de produção). AA=ECCP >=3,25 e alta produção; AM=ECCP >=3,25 e média produção; BA=ECCP <3,25 e alta produção; BM=ECCP <3,25 e média produção. Média de produção de leite corrigida para 3,5% de gordura (kg/dia), aos 150 dias pósparto: grupos AA= 33,32; AM =22,70; BA=31,13; BM=22,72. ) O dia -20, -3 e 0 se referem, respectivamente, aos dias 20 e 3 antes do parto e ao dia do parto (primeiras 24 horas). Fonte: Rennó et al. (2006).

16 350-1 st International Symposium of Dairy Cattle No entanto, Santos (1996) e Rennó et al. (2006) não verificaram diferenças em relação à mudança de peso em vacas de diferentes ECCP, e Aeberhard et al. (2001), que avaliaram vacas de alta e média produção, não verificaram diferenças na mudança de peso ao longo da lactação nos diferentes níveis de produção. Segundo Rennó et al. (2006), não foram verificadas diferenças significativas em relação a MPC para vacas de maior ECCP, apesar de numericamente esses animais apresentarem maior perda de peso, diferindo dos resultados verificados por Boisclair et al. (1986) e Holter et al. (1990), que verificaram maior perda de peso pós-parto para vacas de maior ECCP. Outros estudos, como os de Treacher et al. (1986) e Berry et al. (2002), também verificaram, aos 60 dias de lactação, maior MPC para vacas de maior ECCP. Desta forma, estes autores associaram maior MPC a maior mobilização de reservas corporais no início da lactação. No entanto, a MPC pode não refletir adequadamente a mobilização de reservas corporais no início da lactação (Chilliard et al., 1991; NRC, 2001). Andrew et al. (1994) verificaram que vacas leiteiras podem alterar a composição corporal no início da lactação, mobilizando de cerca de 40% de suas reservas corporais, apresentando, porém, pequena ou nenhuma variação no peso corporal. Devido aos rápidos aumentos no consumo de matéria seca e produção de leite, e da simultânea mobilização de reservas corporais pós-parto, alterações do peso corporal podem ser influenciadas pelo enchimento do trato gastrointestinal, fazendo com que as variações no peso corporal não reflitam adequadamente a mobilização de reservas corporais (Andrew et al., 1994; NRC, 2001). Avaliações do padrão de mobilização de reservas corporais realizadas unicamente pela avaliação do peso corporal podem resultar em análises que não reflitam a realidade. Assim, a avaliação do escore de condição corporal se apresenta como método indicado para essas avaliações, além dos destacados aspectos relacionados com a facilidade de execução do método. EFEITO DA CONDIÇÃO CORPORAL SOBRE A PRODUÇÃO DE LEITE Resultados de estudos avaliando o efeito do ECC na produção de leite em vacas leiteiras têm apresentado resultados variáveis. A produção de leite tem sido relacionada com o ECC próximo ao parto

17 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite (ECCP) e com mudanças de ECC (MECC) ao longo da lactação. Em relação aos efeitos sobre a produção, Waltner et al. (1993) verificaram que o ECCP e a MECC durante a lactação estão relacionados com a produção de leite corrigida (3,5% de gordura) aos 90 dias de lactação. Vacas que à parição apresentaram ECC intermediário, entre 3,0 e 4,0, e mobilização de reservas corporais no início de lactação entre 0,5 e 1,5 unidade de ECC (MECC), apresentaram as maiores produções de leite, para primíparas e multíparas, como mostra a Figura 5. Segundo estes autores, apesar de serem significativas, existe uma relação mais específica entre a utilização de reservas corporais no início de lactação (MECC) e a produção de leite, do que entre o ECCP e a produção de leite. 1ª lactação >2ª lactação Peodução de leite (kg/305 dias) Variação do escore de condição corporal Figura 5 - Produção de leite (kg/305 dias) em função da mobilização de reserva corporais, estimada via mudança do escore de condição corporal no início da lactação. Fonte: Waltner et al. (1993). Domecq et al. (1997a) verificaram que um ponto de aumento no ECC ao parto resultaria em cerca de 545 kg de leite a mais nos primeiros 120 dias de lactação, e que a redução em 1 unidade de ECC no início de lactação resultaria em 242 kg de leite a mais neste período

18 352-1 st International Symposium of Dairy Cattle de lactação. Boisclair et al. (1986), Sieber et al. (1988) e Urban & McGilliard (1990) verificaram resultados semelhantes, onde o ECCP é importante fonte de variação na produção de leite no início de lactação. Conforme citaram Tamminga et al. (1997), a mobilização de reservas corporais, principalmente do tecido adiposo, pode suportar a produção de 120 a 550 kg de leite durante as primeiras semanas da lactação, o que contribui para incrementos na produção em vacas de maior ECCP. Não somente a produção de leite, mas a curva de lactação de vacas com maior ECCP é modificada. Pedron et al. (1993) avaliaram vacas de diferentes ECCP e verificaram que a mobilização de reservas corporais influenciou a curva de lactação. Vacas com maior ECCP (>3,0) apresentaram curvas de lactação com maior pico de produção e persistência de lactação comparando-se com vacas de menor ECCP. Rennó et al. (2006) verificaram que vacas de maior ECCP ao parto, com ECCP 3,25, apresentaram curva de lactação com maior pico de lactação e maior persistência de lactação em relação a vacas de ECCP 3,00 (Figura 6). ECCP 3,00 (Figura 6). Segundo Bell (1995) e Goff (2004), vacas com maior ECCP tendem a apresentar maior produção de leite em função da grande contribuição das reservas corporais no fornecimento de nutrientes para a síntese de leite e de seus componentes. Conforme citaram Bauman & Currie (1980), está contribuição pode chegar a 33% da produção observada nas primeiras quatro semanas de lactação. Na literatura, no entanto, outros autores verificaram que o ECCP não influenciou a produção de leite obtida naquela lactação (Ruegg et al., 1992; Pedron et al., 1993; Ruegg & Milton, 1995; Santos, 1996; Lago et al., 2001; Busato et al., 2002). Nestes estudos não foram observadas diferenças na produção de leite entre as vacas de condição corporal média, ECC próximo a 3,0, e ECC alto, próximo a quatro.

19 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite Multípara - classe1 Multípara - classe2 Primípara - classe1 Primípara - classe2 Produção de leite (kg/dia) y 1 = 31, ,12017x - 0,00114x 2 R 2 = 0,9375 y 2 = 29, ,01645x - 0,00055x 2 R 2 = 0,9718 y 3 = 23,846-0,04090x R 2 = 0,9067 y 4 = 19, ,02850x - 0,00030x 2 R 2 = 0, Dias em lactação Figura 6 - Curvas de lactação e equações de regressão da produção de leite (kg/dia) até os 150 dias de lactação, segundo a condição corporal ao parto, para primíparas e multíparas. Fonte: Rennó et al. (2006). Os diferentes resultados observados na literatura quando são avaliados trabalhos envolvendo avaliações do ECC e a produção de leite, segundo Lago et al. (2001), são resultantes de diferentes métodos adotados para a avaliação da condição corporal e às diferenças de manejo, alimentação e nível de produção entre os rebanhos estudados. No entanto, apesar de pouco discutido, as diferenças encontradas entre os trabalhos descritos na literatura podem estar relacionadas ao objetivo das comparações entre os grupos de ECCP. De uma forma geral, quando são comparados animais que ao parto apresentam ECC alto (>4,0) em relação a ECCP recomendada na literatura (3,25 a 3,75) (Edmonson et al., 1989; Ferguson et al., 1994), não são observadas diferenças nas produções de leite e de seus componentes (Ruegg & Milton, 1995; Santos, 1996; Lago et al, 2001). No entanto, quando são avaliados animais que ao parto apresentam

20 354-1 st International Symposium of Dairy Cattle ECC recomendado (3,25 a 3,75) em relação a animais com ECCP baixo (<3,0), são verificadas maiores produções de leite e seus componentes nos animais do primeiro grupo (Pedron et al., 1993; Waltner et al., 1993; Domecq et al., 1997a; Rennó et al., 2006). Conforme citam Berry et al. (2007) e Roche et al. (2007), uma resposta curvilínea em relação ao ECCP e a produção de letie é observada até determinada quantidade de reservas corporais no corpo da vaca, onde a partir deste ECCP o resposta produtiva começa a diminuir. Segundo estes autores, a variação de resultados encontrada na literatura pode ser explicada por este padrão de resposta das vacas a ECCP. Ainda, segundo Berry et al. (2007), devido ao efeito não linear da ECCP sobre a produção de leite, a máxima resposta produtiva tem sido obtida quando vacas leiteiras apresentam ECCP entre 3,25 e 3,50. O resumo desses resultados concorda com a que tem sido verificado a respeito do metabolismo pós-parto em vacas leiteiras, onde animais de maior produção, sob estímulo hormonal, principalmente em função da ação do hormônio de crescimento, e em situações de BEN como no início da lactação, utilizam as reservas corporais para atenderem as exigencias de energia, o que justifica a maior produção de leite nos animais de maior ECC ao parto. EFEITO DA CONDIÇÃO CORPORAL SOBRE A REPRODUÇÃO Apesar do aumento da produção de leite ser citado como o grande responsável pela redução da fertilidade em vacas leiteiras nos últimos anos, e a seleção para aumento da produção de leite ser importante para este declínio, alterações na atividade ovariana pósparto são geralmente mais associadas a períodos de balanço energético negativo, com evidente mobilização de reservas corporais, do que aumento de produção de leite (Beam & Butler, 1999). De forma semelhante à produção de leite, a reprodução pode ser afetada pelo ECCP e pela MECC ao longo da lactação. Também, os resultados são heterogêneos. Segundo Berry et al. (2007), as razões para a variação de resultados de estudos que avaliaram o efeito do ECC sobre a reprodução referem-se a diferenças no tamanho da amostra, a variação de ECC, tipo de análise utilizada, e as características utilizadas para aferir o desempenho reprodutivo. A performance reprodutiva, particularmente a probabilidade de concepção, pode estar associada com a magnitude e severidade do

21 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite balanço energético negativo no início de lactação (Villa-Godoy et al., 1988; Gearhart et al., 1990). Como o ECCP e a MECC ao longo da lactação podem representar a extensão e severidade do balanço energético no início de lactação, estes fatores podem estar associados com a performance reprodutiva e serem utilizados para determinar recomendações nutricionais a serem atingidas, e também, identificar problemas em potencial (Butler & Smith, 1989; Nebel & McGilliard, 1993; Domecq et al., 1997b). O ECCP parece não apresentar relações com a taxa de concepção e com o número de serviços por gestação em vacas leiteiras (Nebel & McGilliard, 1993; Pedron et al., 1993; Ruegg & Milton, 1995). Waltner et al. (1993) verificaram as relações entre o ECCP e as características reprodutivas número de serviços por concepção e o número de dias para a primeira inseminação. Também, avaliou as relações entre estas características reprodutivas e o ECC aos 30 e 60 dias de lactação. Neste estudo, em nenhum momento da lactação, foi verificada relação entre o ECC e o desempenho reprodutivo. Porém, os autores citam que estes resultados podem ser explicados devido ao pequeno número de animais nas categorias de vacas com ECC muito alto ou baixo no momento do parto. Gillund et al. (2001) avaliaram 730 vacas de 61 rebanhos na Noruega e verificaram que, de forma semelhante a Waltner et al. (1993), o ECC próximo ao parto não influenciou a performance reprodutiva no início de lactação. Santos et al. (2010) verificaram que o ECCP também não influenciou o desempenho reprodutivo no início da lactação. No entanto, Domecq et al. (1997b) verificaram que vacas que aumentaram o ECC durante o período seco, aproximando o ECCP de 3,5, apresentaram melhores índices reprodutivos do que vacas de ECCP inferiores. Pryce et al. (2001) verificaram que o ECCP afeta somente o número de dias para o primeiro estro, não afetando o intervalo de partos, o número de dias e a taxa concepção ao primeiro serviço. Pryce et al. (2001), após ajustar as médias para o efeito do nível de produção de leite, verificaram que vacas que apresentaram maior ECC ao parto tiveram taxa de concepção ao primeiro serviço 10% maior do que a média das vacas deste estudo. Devido a grande variabilidade de resultados, as relações entre o ECCP e as características de reprodução não estão completamente definidas, existindo a necessidade de maior número de estudos que relacionem a performance reprodutiva com o ECCP.

22 356-1 st International Symposium of Dairy Cattle Em relação a MECC ao longo da lactação e as características reprodutivas, Butler & Smith (1989) e Ferguson & Otto (1989) apresentaram resultados semelhantes em relação às taxas de concepção ao primeiro serviço (TCPS) e a MECC no início de lactação. Os animais foram agrupados em função da MECC no início de lactação, onde vacas que mobilizaram entre 0,5 e 1,0 unidade de ECC tiveram uma TCPS de 53%, enquanto que vacas que mobilizaram > 1,0 unidade de ECC tiveram uma TCPS de 17%. Ruegg & Milton (1995) também observaram uma relação marginal entre a MECC e o número de serviços por concepção em um estudo em 13 rebanhos. Domecq et al. (1997b) verificaram que durante o início de lactação vacas que mobilizaram uma unidade de ECC apresentaram uma TCPS cerca de 1,5 vezes menor do que vacas que mobilizaram menos de uma unidade de ECC. Em outras palavras, enquanto a TCPS de vacas que não mobilizaram 1 unidade de ECC foi de 60%, animais que apresentaram esta condição tiveram uma TCPS de 45%. Apesar das diferenças entre os grupos de animais serem menores do que as obtidas por Butler & Smith (1989) e Ferguson & Otto (1989), os resultados apresentados demonstram tendências semelhantes, onde vacas que mobilizaram excesso de reservas corporais no início de lactação, representadas por uma maior magnitude e extensão do período de balanço energético negativo e, conseqüentes reduções do ECC, apresentaram pobre performance reprodutiva, de forma semelhante aos resultados de Santos et al. (2005). Pryce et al. (2001) e Gillund et al. (2001) estudaram as correlações entre as modificações no ECC e a performance reprodutiva. Pryce et al. (2001) observaram que vacas que apresentavam uma unidade de ECC a mais do que a média do estudo (2,39), na 10 semana pós-parto, tiveram, em relação às vacas médias do estudo, 5,4 dias a menos para o primeiro estro, 14,6 dias a menos no intervalo de partos, 6,2 dias a menos para a ocorrência do primeiro serviço, e uma taxa de concepção 9% maior. De forma semelhante, a MECC no início de lactação demonstrou que vacas que mobilizaram menor quantidade de reservas corporais no início de lactação apresentaram melhor performance reprodutiva. Estes autores concluíram que ECC baixos ou médios (próximo de 3), como os apresentados neste estudo, bem como excessos de mobilização de reservas corporais, podem propiciar performance reprodutiva indesejada.

23 III Simpósio Nacional de Bovinocultura de Leite Gillund et al. (2001) também verificaram que a magnitude da mobilização de reservas corporais no pós-parto afetam de forma significativa a performance reprodutiva no início de lactação. Segundo estes autores, de uma forma geral, vacas que apresentam extensa mobilização de reservas corporais apresentam baixa taxa de concepção, prolongado intervalo parto à concepção e um aumento no número de serviços por concepção. Butler (2004) cita que ao se refletir sobre os fatores que podem afetar o retorno da atividade reprodutiva é importante citar que os órgãos ligados a reprodução necessitam se recuperar da gestação e parto anteriores, restabelecendo totalmente o desenvolvimento folicular com a produção de oócitos sadios e corpos lúteos totalmente funcionais. Do ponto de vista hormonal, é necessário que ocorra o retorno a pulsatilidade normal das gonadotrofinas (LH e FSH), e, em relação ao útero, que ocorra completa involução e que este esteja livre de problemas inflamatórios (endometrites e metrites). O reestabelecimento das funções dos tecidos relacionados com a reprodução é afetado negativamente pelo BEN pós-parto (Butler, 2000; Butler, 2001). O BEN, que talvez atue por meio de sinalização metabólica em relação as baixas concentrações de glicose e insulina associado com elevados níveis de AGNE e cetonas circulantes, atrasa os aumentos dos pulsos de LH necessários para estimular o desenvolvimento de folículos ovarianos (Butler, 2004). Ao mesmo tempo, baixas concentrações de insulina na corrente sanguínea, característica do período imediatamente pós-parto (Grummer, 1995), também são responsáveis pela baixa produção do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-I) no fígado, que em conjunto reduzem a capacidade de resposta dos ovários às gonadotrofinas (Butler et al., 2003). O atraso ou a baixa produção de esteróides nos ovários, de estradiol nos folículos e de progesterona após a ovulação, diminui a velocidade de involução do útero e o restabelecimento da função uterina normal (Beam & Butler, 1999; Butler, 2004). Através dessas alterações em todos os tecidos envolvidos com a reprodução, o BEN altera o curso da atividade ovariana pós-parto, afetando a retomada dos ciclos ovulatórios e o desempenho reprodutivo de vacas individualmente e, em muitos casos de todo um rebanho. Para maiores informações sobre o efeito do ECC sobre a reprodução, recomenda-se a leitura da revisão de Bewley & Schutz

24 358-1 st International Symposium of Dairy Cattle (2008) e Roche et al. (2009). Assim, em relação a influencia da condição corporal sobre o desempenho reprodutivo, é importante monitorar as mudanças no ECC no início da lactação pois refletem a extensão (duração) e severidade (magnitude) do período de BEN pósparto. Ao mesmo tempo, para maximizar a resposta produtiva e reprodutiva, também deve ser considerado o ECCP. EFEITO DA CONDIÇÃO CORPORAL SOBRE A SAÚDE ANIMAL E BEM ESTAR O seleção para aumento da produção de leite tem resultado em alterações na fisiologia de vacas leiteiras, que em diversos momentos se relacionam intimamente com a saúde e bem estar dos animais. Segundo Oetzel (2004), a incidencia de doenças metabólicas tem sido aumentada com o aumento de produção de leite por vaca e tamanho dos rebanhos. Desta maneira, o grande benefício de ser mantido ECC adequado em cada fase do ciclo produtivo refere-se a melhoria da saúde dos animais (Waltner et al., 1993). Por outro lado, é importante considerar o bem estar dos animais envolvidos em sistemas de produção. Bem-estar é uma qualidade inerente aos animais e se refere ao estado do indivíduo em relação às suas tentativas de se adaptar ao ambiente. Bem-estar animal pode ser medido cientificamente através de características biológicas do animal, como produtividade, sucesso reprodutivo, taxa de mortalidade, comportamentos anômalos, atividade adrenal, grau de imunossupressão e incidência ou severidade de ferimentos e doenças (Broom, 1986). Ainda, o bem-estar animal é definido como o estado do animal frente às suas tentativas de se adaptar ao ambiente em que se encontra (Broom, 1986). Portanto, quanto maior o desafio imposto pelo ambiente, mais dificuldade o animal terá em se adaptar e, consequentemente, menor será seu grau de bem estar. Para que se possa conhecer de maneira científica o grau de bem-estar animal é necessário o desenvolvimento de técnicas específicas para seu diagnóstico. Nos procedimentos de diagnóstico centrados no animal, os indicadores mais utilizados são as respostas fisiológicas e comportamentais e a condição sanitária do animal (Leeb et al., 2004). Outra abordagem centrada no animal é representada pelo trabalho de Duncan (2005), que considera a avaliação das emoções dos animais como a parte principal do

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