Programação fetal em bovinos de corte

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Programação fetal em bovinos de corte"

Transcrição

1 Programação fetal em bovinos de corte Gestação, nutrição, vaca. Vol. 12, Nº 05, set/out de 2015 ISSN: Revista Eletrônica Fabiano Andrade Ferreira* 1 Luciano Oliveira Ribas 2 Eliseu Ferreira Brito 1 Mauricio Oliveira Ribas 2 1 Graduado em Zootecnia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB, Itapetinga/BA. *: fazootec06@hotmail.com 2 Graduando em Zootecnia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia -UESB, Itapetinga/BA A Revista Eletrônica Nutritime é uma publicação bimensal da Nutritime Ltda. Com o objetivo de divulgar revisões de literatura, artigos técnicos e científicos e também resultados de pesquisa nas áreas de Ciência Animal, através do endereço eletrônico: RESUMO Objetivou-se com esta revisão de literatura abordar o conceito de programação fetal em bovinos de corte e seus impactos na formação do feto, como também no seu futuro desempenho e qualidade da carne na vida pós-natal. A programação fetal pode ser entendida como o resultado de mudanças específicas nos mamíferos durante o desenvolvimento intra-uterino que altera de forma quantitativa e/ou qualitativamente a trajetória de desenvolvimento com resultados que persistem por toda vida do indivíduo. A restrição alimentar durante a gestação pode causar redução da vascularização da placenta, prejudicar a organogênese fetal, reduzir a deposição de tecido muscular, adiposo e consequentemente afetar a eficiência do crescimento e qualidade da carne da progênie. Palavras-chave: gestação, nutrição, vaca. EXPERIMENT PLANNING A PASTURE ABSTRACT The objective of this literature review addressing the concept of fetal programming in beef cattle and their impact on the formation of the fetus, but also in its future performance and meat quality in postnatal life. Fetal programming can be understood as the result of specific changes in mammals during intrauterine development amending quantitatively and / or qualitatively the development path with results that persist throughout life of the individual. Feed restriction during pregnancy may cause reduction in the vascularization of the placenta, fetal organogenesis harm, reduce the deposition of muscle, fat and consequently affect the growth efficiency and meat quality of the progeny. Keywords: gestation, nutrition, cow. 4193

2 INTRODUÇÃO O Brasil possui o maior rebanho de cria do mundo, com aproximadamente 76 milhões de matrizes em reprodução, que considerando a taxa média de natalidade de 68% (ANUALPEC, 2013) são responsáveis pela produção de aproximadamente 52 milhões de crias. Embora o rebanho de cria represente a base do sistema de produção e seja responsável pelo consumo 2/3 de toda energia requerida para produzir um bovino do nascimento ao abate (LANNA & ALBERTI- NI, 2011), o rebanho de matrizes geralmente recebe pouca atenção por parte dos produtores em relação ao quesito nutrição, sendo destinados aos piores pastos da propriedade, principalmente devido à baixa rentabilidade e eficiência biológica do setor de cria quando comparado às demais fases da pecuária de corte. Considerando que principal fonte de alimento para o rebanho de cria no Brasil é a pastagem e que a estação de monta na maior parte das regiões do país ocorrer de novembro a janeiro (DUARTE et al., 2012) em função das condições climáticas favoráveis a disponibilidade de forragem, o terço médio da gestação ocorrerá em plena estação da seca, sendo um período crítico em virtude da restrição quali-quantitativa de pastagem devido a sazonalidade da produção forrageira (SAMPAIO et al., 2010). Normalmente as estratégias de suplementação a pasto para vacas gestantes são recomendadas aos últimos três meses de gestação devido a maior parte do crescimento fetal ocorrer nesta fase (FERRELL et al., 1976). Estudos recentes, na área de programação fetal, sugerem que a deficiência de nutrientes a partir do início a meados de gestação em ruminantes pode causar redução do número de fibras musculares e da massa muscular e, conseqüentemente, afetar o desempenho pós-natal e a qualidade da carne da progênie (DU et al., 2009), mesmo quando não a diferença observada em relação ao peso ao nascimento da prole (WU et al., 2006). Além disso, a fase precoce do desenvolvimento fetal é crítica para o desenvolvimento normal da placenta, vascularização e organogénese fetal (FUNSTON et al., 2010). Objetivou-se, com esta revisão, abordar o conceito de programação fetal e suas implicações na formação do feto, desempenho e qualidade da carne no período pós-natal. PROGRAMAÇÃO FETAL EM BOVINOS DE CORTE Programação fetal é o conceito de que estímulo ou insulto maternal no período do desenvolvimento fetal tem longo impacto nas crias, foi originalmente desenvolvido pelo Dr. David Baker da Universidade de Southampton, na Inglaterra (BAKER et al., 1993; GOD- FREY & BAKER, 2000). Baker e seus colaboradores estudaram os registros de nascimentos de crianças do Reino Unido e Europa, relacionando diferentes estresses maternais com o peso da cria, e as características físicas no nascimento com a subsequente saúde ao longo da vida. Eles concluíram que a subnutrição maternal, na primeira metade da gestação, seguida de nutrição adequada do meio da gestação até final, resultou em recém-nascidos de peso ao nascimento normal, mas foram proporcionalmente mais compridos e mais magros que o normal. Essa subnutrição, no início do desenvolvimento fetal, resultou em aumento da incidência de problemas de saúde após o nascimento e até na vida adulta, incluindo obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares (FUNSTON et al., 2010). O conceito de programação fetal tem grandes implicações para a produção de bovinos de corte. A subnutrição da vaca gestante, durante os estágios iniciais do desenvolvimento fetal parece não ser importante em virtude da limitada exigência de nutrientes pelo feto para o crescimento e desenvolvimento durante a primeira metade da gestação. Isto é evidenciado pelo fato de que 75% do crescimento fetal do ruminante ocorrem durante os últimos dois meses da gestação (FUNSTON e al., 2010). Entretanto, durante o estágio inicial e meados do crescimento fetal que ocorre a diferenciação, vascularização da placenta, organogênese, miogênese e adiponogênese que são eventos críticos para o desempenho e qualidade da carne da progênie (DU et al., 2010). DESENVOLVIMENTO PLACENTÁRIO O sistema útero-placental possui papel fundamental no processo de desenvolvimento fetal, uma vez que a placenta é o principal órgão responsável pela regulação metabólica e suprimento de nutrientes ao crescimento fetal (SILVA et al., 2012) Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.12, n.5, p , set-out, ISSN:

3 Na vaca, a placenta liga-se a locais discretos da parede uterina chamadas carúnculas. Essas carúnculas são proliferações não glandulares de tecido conectivo que aparece como projeções arredondadas ou ovaladas ao longo da superfície uterina. Essas carúnculas estão arranjadas em duas fileiras (dorsal e ventral) ao longo do comprimento dos cornos uterinos. As membranas placentárias ligam-se a esses locais por meio de vilosidades coriônicas chamadas de cotilédonos. A unidade carúncula- cotilédono é chamada de placentoma e é a área funcional de trocas entre mãe e feto. Essa associação com formação do placentoma, a área carúncula é progressivamente vascularizada para atender ao aumento de demanda do feto (FUNSTON et al., 2010). Em vacas, a vascularidade preferencial das carúnculas começa em torno dos 90 dias da gestação, com aumento acentuado do fluxo sanguíneo e densidade vascular em torno dos 120 dias da gestação (FORD, 1995). O estabelecimento da arquitetura vascular é essencial para o lado maternal suportar a taxa exponencial do crescimento fetal durante o último trimestre da gestação (REYNOLDS & REDMER, 2001). A restrição nutricional durante o estabelecimento do sistema vascular materno-fetal pode afetar a habilidade do feto em adquirir quantidades apropriadas de nutrientes e oxigênio. Sendo assim existe uma forte correlação entre a redução do crescimento do sistema vascular útero-placenta durante a primeira metade da gestação e o crescimento do feto no terço final da gestação (REYNOLDS & REDMER, 1995). ORGANOGÊNESE FETAL A organogênese fetal ocorre simultaneamente com desenvolvimento da placenta. No feto bovino, as batidas do coração já são aparentes entre 21 a 22 dias após a concepção. O desenvolvimento dos membros ocorre em torno dos 25 dias da gestação, seguido pelo desenvolvimento sequencial dos outros órgãos, incluindo o pâncreas, fígado, cérebro, timo e rins (HUBBERT et al., 1972). Em torno dos 45 dias, os testículos dos bezerros desenvolvem-se, enquanto os ovários nas bezerras desenvolvem-se um pouco mais tarde, em torno dos 50 a 60 dias de gestação (FUNSTON et al.,2010). Como a trajetória do desenvolvimento entre esses tecidos varia, cada tecido é susceptível a condições de subnutrição maternal. Long et al. (2012) observaram que novilhas provenientes de vacas que sofreram restrição nutricional (70% das exigências nutricionais do NRC, 2000) entre 45 a 180 dias da gestação, apresentaram um menor peso dos ovários e do corpo lúteo quando comparadas a novilhas filhas de vacas que não sofreram restrição alimentar durante a gestação. Segundo Mossa et al. (2009) a restrição de nutrientes materno durante o primeiro trimestre da gravidez acarreta na formação da prole feminina com uma redução da reserva folicular ovariana. Uma bezerra nasce com cerca de 133 mil folículos primordiais e este conjunto é gradualmente esgotado através da ovulação, apoptose e degeneração até chegar perto de níveis basais igual a zero em algum momento entre 15 e 20 anos de idade (ERICKSON, 1966), portanto a restrição nutricional materna pode comprometer o desempenho reprodutivo futuro da progênie. DESENVOLVIMENTO DO TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO E DESEMPENHO ANIMAL A formação do tecido muscular esquelético ocorre durante a fase embrionária (COSSU & BORELLO, 1999). A regulação deste processo envolve a ativação, proliferação e diferenciação de várias linhagens de células miogênicas e depende da expressão e atividade de fatores transcricionais, conhecidos como fatores de regulação miogênica (MRF). Durante o desenvolvimento embrionário, o comprometimento das células miogênicas do mesoderma com linhagem miogênica depende da sinalização oriunda de tecidos circundantes, tais como notocorda e o tubo neural (CHARGE & RUDINIKI, 2004). Estes sinais são responsáveis pela ativação de genes e/ou fatores de transcrição capazes de transformar células não musculares em células com fenótipo muscular (PAULINO & DUARTE, 2013). Segundo Paulino & Duarte (2013) a formação das fibras musculares ocorre a partir dois eventos distintos temporalmente. Inicialmente, ocorre à formação das miofibras primárias durante o desenvolvimento embrionário (Figura 1), durante os dois primeiros meses da gestação, entretanto, devido ao reduzido número de fibras musculares durante esse estágio de desenvolvimento, a nutrição materna nos primeiros meses de gestação tem efeitos negligentes sobre o desenvolvimento fetal. As fibras primárias são utilizadas como suporte para posterior formação das Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.12, n.5, p , set-out, ISSN:

4 miofibras secundárias (Figura 1), que são formadas entre segundo e o oitavo mês de gestação (RUSSEL & OTERUELO, 1981) e contribuem de forma majoritária para o aumento da massa muscular na pré-natal (BEERMAN et al., 1978). Formação do tecido muscular é uma função de baixa prioridade na partição dos nutrientes quando comparado a órgãos como cérebro, coração e fígado (DU et al., 2010). Portanto, o desenvolvimento do músculo esquelético é particularmente vulnerável a disponibilidade de nutrientes (ZHU et al., 2006 ). A restrição nutricional do 2º ao 7º mês da gestação da vaca tem consequências irreversíveis na formação das fibras secundárias e consequentemente no crescimento muscular pós-natal, haja vista que o processo de hiperplasia muscular é restrito a gestação (GRE- ENWOOD et al., 2000; DU et al., 2010). Segundo Du et al. (2010) durante a fase pós-natal o crescimento muscular ocorre por meio da hipertrofia das células musculares pré-existentes e este processo é dependente das células satélites. As células satélites são mioblastos indiferenciados que permanecem quiescentes entre a membrana plasmática da fibra muscular e a lâmina basal (CHARGER & RUDI- NIKI, 2004) que quando estimulada, a célula satélite é ativada, prolifera-se e funda-se com fibra muscular pré-existente. Os núcleos derivados das células satélites começam a sintetizar proteínas, aumentando o volume muscular através da formação de novos sarcômeros. No entanto se houver a formação insuficiente de fibras musculares durante a fase fetal, o crescimento do músculo pós-natal é severamente limitado, porque o tamanho das fibras musculares não pode exceder determinados limites, que permitem uma eficiente troca de nutrientes e metabolitos (DU et al., 2012). Na fase final da gestação, a restrição de nutrientes não tem grandes impactos sobre o número de fibras musculares em bovinos, porque o músculo esquelé- FIGURA 1. Efeitos da nutrição no desenvolvimento do músculo esquelético fetal bovino. As datas são estimadas com base principalmente em dados de estudos em ovinos, roedores e seres humanos, e representam a progressão através de vários estágios de desenvolvimento. A restrição de nutrientes durante o início e no meio do período de desenvolvimento reduz o número de fibras musculares, enquanto a restrição durante o final da gestação reduz o tamanho das fibras musculares e a formação de adipócitos intramusculares. Fonte: Adaptado de Du et al. (2009) 4196 Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.12, n.5, p , set-out, ISSN:

5 tico amadurece em torno 210 dias da gestação em bovino (DU et al., 2010). No entanto, a limitação de nutrientes nesta fase, diminuir o tamanho da fibra muscular, bem como o crescimento pós-natal do músculo, devido à redução na densidade da população de células satélites (WOO et al., 2011). A principal forma de intervenção no crescimento e desenvolvimento fetal em animais de produção se dá via manipulação da dieta materna (PAULINO & DUAR- TE, 2013). Em trabalho realizado por Zhu et al. (2006) a restrição de nutrientes em 50% das exigências de ovinos em gestação (de acordo com NRC, 1985) entre 28º e 78º dias da gestação resultou em redução do número total de fibras musculares, bem como a redução da relação fibra secundária : fibra primária presente no músculo Longissimus dorsi de cordeiros abatidos aos 8 meses. De forma semelhante, Quigley et al. (2005) ao avaliarem o desenvolvimento muscular fetal aos 75º dias de gestação de matrizes ovinas submetidas ou não a restrição alimentar durante o período pré-concepcão, observaram redução no número total de fibras e menor taxa de aparecimento de fibras musculares secundárias em fetos oriundos de matrizes submetidas à restrição alimentar. Segundo Greenwood et al. (2009) a restrição nutricional grave em vacas gestantes, resultou em retardo do crescimento fetal,baixo peso ao nascer, o crescimento retardado da progênie continuou até o abate, resultando em reduzido peso vivo e peso de carcaça aos 30 meses de idade, com pouca ou nenhuma evidência de crescimento compensatório no confinamento. Underwood et al. (2010) relataram que novilhos filhos de vacas manejadas em pastagem melhorada dos dias da gestação tiveram maior peso ao abate do que novilhos filhos de vacas manejadas em pastagem nativa durante o mesmo período da gravidez, ressaltando que todas as vacas e novilhos foram manejados sob mesmo regime nutricional no período pós-natal. A regulação da miogênese durante a fase pré-natal mostra-se, portanto, fator determinante para o desempenho animal uma vez que o menor número de fibras musculares implicara em menores taxas de crescimento, como também de eficiência de crescimento, visto que segundo Lanna (1995) a eficiência bruta de deposição de tecido em termos de kg de tecido depositado por quantidade de energia do alimento consumido é quatro vezes superior para o tecido muscular em relação ao tecido adiposo. Assim do ponto de vista quantitativo é de fundamental importância o conhecimento de como se manipular o desenvolvimento intrauterino do animal com objetivo de maximizar a formação de fibras musculares, o que proporcionará maior potencial de crescimento animal na vida pós-natal (PAULINO & DUARTE, 2013). DESENVOLVIMENTO DO TECIDO ADIPOSO E QUALIDADE DE CARNE Semelhantemente às fibras musculares, os adipócitos intramusculares são originados do mesmo pool de células mesenquimais indiferenciadas que algum momento são sinalizadas a adentrarem a limhagem adipogênica se diferenciado assim em pré-adipócitos. Estes por sua vez se diferenciarão em adipócitos maduros e constituirão o tecido adiposo intramuscular conhecido como marmoreio o qual é extremamente desejável pelo mercado consumidor por conferir sabor e suculência (PAULINO & DUARTE, 2013). A gordura de marmoreio é de extrema importância para o desenvolvimento do sabor, suculência e maciez da carne bovina (DODSON et al., 2010). Segundo Paulino et al. (2012) o manejo nutricional atualmente utilizado com o objetivo de aumentar o teor de gordura intramuscular tem sido focado na fase de terminação em confinamento, através de dietas ricas em grãos de alta densidade energética, devido maior sensibilidade dos adipócitos intramusculares a insulina (RHOADES et al., 2007). Na fase de terminação o aumento da gordura intramuscular ocorre prioritariamente em função da hipertrofia dos adipócitos já existentes, o que torna tal pratica muitas vezes ineficiente, uma vez que dependendo da nutrição materna durante a gestação o número de adipócitos pré-presentes no animal pode ser baixo (PAULINO et al., 2012). Em bovinos de corte, a formação de adipócitos geralmente inicia-se durante o terço médio da gestação (Figura 1), sendo primeiramente detectada a deposição de gordura visceral, seguido pela deposição de tecido adiposo subcutâneo, intermuscular e intramuscular (DU et al., 2012). Os adipócitos são formados em sua grande maioria durante a fase fetal e estágios Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.12, n.5, p , set-out, ISSN:

6 iniciais da vida pós-natal atingindo um platô durante a puberdade (GOESSLING et al., 2009). Assim, fatores nutricionais durante a fase fetal e durante os primeiros estágios da vida do animal exercem impactos consideráveis na deposição dos diferentes tipos de tecido adiposo no animal (DU et al., 2012). Segundo Du et al. (2012) a hiperplasia dos adipócitos intramusculares (marmoreio) ocorre principalmente entre o fim da fase fetal (Figura 1) e inicio da fase pós-natal em aproximadamente 250 dias de vida do animal. Portanto manejo nutricional para melhorar o marmoreio em bovinos de corte será mais eficaz nos estágios iniciais de desenvolvimento, devido à presença de uma quantidade abundante de células multipotentes no músculo esquelético, o que diminui em animais maduros (DU et al., 2009). Portanto, a eficácia da gestão nutricional em alterar marmoreio é fase fetal > fase neonatal > fase desmame precoce, ou seja, 150 a 250 dias de idade (Figura 2). Após 250 dias de idade, a suplementação nutricional torna-se menos eficaz em aumentar o número de adipócitos intramusculares devido à depleção de células multipotentes, embora o tamanho dos adipócitos intramusculares existentes possa ser aumentados e é a principal razão para o aumento em marmoreio durante a engorda (DU et al., 2012). Em estudo realizado por Tong et al. (2009) os autores observaram que superalimentação de ovelhas durante a gestação (150% das exigências recomendadas pelo NRC, 1985) promoveu um aumento na adipogênese nos cordeiros. Underwood et al. (2010) avaliando a qualidade da carne de novilhos oriundos de matrizes mantidas em pastagens cultivadas durante sessenta dias do terço médio da gestação. Os autores verificaram maior presença de gordura subcutânea, intramuscular e menores valores de força de cisalhamento na carne de novilhos filhos vacas manejadas sob pastagem cultivada quando comparado a novilhos provenientes de matrizes manejadas sob pastagem nativa. A nutrição materna durante a gestação torna-se, portanto uma estratégia de grande valor no futuro, a fim de se produzir animais programados para atender nichos de mercado existentes que valorizam e remuneram por qualidade de carne. CONCLUSÕES Em virtude das evidências científicas, as estratégias de suplementação para vacas gestantes devem ser efetuadas não somente no terço final da gestação devido ao intenso crescimento fetal, mais também durante toda a gestação, pois conforme relatado eventos críticos ocorrem no início e meados da gestação e podem comprometer drasticamente o desempenho reprodutivo e ponderal da progênie. Embora os estudos ainda sejam recentes, o conhecimento da programação fetal pode permitir futuramente a produção de carcaças de valor agregado que atendam consumidores exigentes. FIGURA 2. Conceito de Marbling window baseado no padrão de deposição do tecido adiposo. Fonte: Adaptado de Du et al. (2009) 4198 Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.12, n.5, p , set-out, ISSN:

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANUALPEC: Anuário da Pecuária Brasileira. São Paulo: Instituto FNP Consultoria & Comércio, BARKER, D.J.; MARTYN, C.N. OSMOND, C.; et al. Growth in útero and sérum cholesterol concentration in adult life. Br. Med., v.307, p ,1993. BEERMAN, D.H. CASSENS, R.G. HAUSMAN, G.J. A Second look at fiber type differentiation in porcine skeletal muscle. Journal of Animal Science, v.46, n.1, p ,1978. CHARGE, S.B.P.; RUDINIKI, M.A. Cellular and Molecular Regulation of Muscle Regenaration. Physiol. Rev., v.84, n.1, p ,2004. COSSU, G.; BORELLO, U. Wnt signaling and the activation of myogenesis in mammals. EMBO J, V.18, n.24, p ,1999. DODSON, M.V. et al. Allied industry approachers to alter intramuscular fat content and composition in beef animals. Journal of Food Science, v. 75, p.r1- R8,2010. DUARTE, M.S.; PAULINO, P. V. R.; DU, M. Fetal programming in beef cattle: how to optimize performance and carcass value in early stages of life. IN: Simpósio de produção de gado de corte, 8, 2012, Viçosa. Anais... Viçosa: SIMCORTE, p , DU, M.; HUANG, Y. ; DAS, A.; et al. Manipulating mesenchymal progenitor cell differentiation to optimize performance and carcass value of beef cattle. Journal of Animal Science, v. 90, (suppl. 3),2012. DU, M.; TONG, J. ; ZHAO, J. ; et al. Fetal programming of skeletal muscle development in ruminant animals. Journal of Animal Science, v.88, n.13, suppl, p.e51-60, DU, M. TONG, J.; ZHAO,J. et al. Fetal Programming of Skeletal muscle Development in Ruminant Animals. Journal of Animal Science, Published Online. P.34,2009. ERICKSON, B.H. Development and radio-response of the prenatal bovine ovary. J. Reprod. Fertil., v.11,p ,1966. FERRELL, C. L.; GARRETT, W. N.; HINMAN, N. Growth, development and composition of the udder and gravid uterus of beef heifers during pregnancy. Journal of Animal Science, v.42, n.6, p , FORD, S.P. Control of blood flow to the gravid uterus of domestic livestock species. Journal of Animal Science, v.73, p ,1995. FUNSTON, R.; D. M. LARSON.; K. A. VONNAHME. Effects of maternal nutrition on conceptus growth and offspring performance: Implications for beef cattle production. Journal of Animal Science. 88 (E. Suppl.): E205- E215, GODFREY, K.M.; BARKER, D.J.P. Fetal nutrition and adult disease. Am. J. Clin. Nutr. Suppl., v.71,p. 1344S-1352S,2000. GOESSLING, W.; NORTH, T.E.; LOEWER, S.; et al. Genetic interaction of pge2 and wnt signaling regulates developmental specification of stem cells and regeneration. Cell, v.136, p , GREENWOOD, P. L., L. M. CAFE, H. HEARNSHAW, D. W. et al. Consequences of prenatal and preweaning growth for yield of beef primal cuts from 30- month-old Piedmontese and Wagyu-sired steers. Anim. Prod. Sci. 49: ,2009. GREENWOOD, P.L.; HUNT, A.S.; HERMANSON, J.W.et al. Effects of birth weight and postnatal nutrition on neonatal sheep: II. Skeletal muscle growth and development. Journal of Animal Science, v.78, p , HUBBERT, W.T.; STALHEIM, O.H.V. BOOTH, G.D. Changes in organ weights and fluid volumes during growth of the bovine fetus. Growth. v.36,p ,1972. LANNA, D.P.D.; ALBERTINI, T.Z. Nutrição e genética do par vaca-bezerro: reavaliando os resultados de dez anos de pesquisa de campo. In: Bittar, C.M.M.; SANTOS, F.A.P. MOURA, J.C.; FARIA V.P (Org.). Manejo alimentar de bovinos. Piracicaba: Fealq, 2011.p LANNA, D. P. P. Fatores condicionantes e predisponentes da puberdade e da idade de abate. In: Anais do 4º Simpósio sobre a pecuária de corte- Produção do novilho de corte. Piracicaba. FEALQ. Eds. Peixoto, C.G. S.; Moura, S.C.; Faria, V.P.p ,1995. LONG, N. M. TOUSLEY, S. P.; FORD, W. J. et al. Effects of early to mid gestational undernutrition on offspring growth, carcass characteristics and histology of adipose tissue in the bovine. Journal of Animal Science, v.90, p ,2012. MOSSA, F.; D, KENNY.; F, JIMENEZ-KRASSEL. et al. Malnutrition heifers during the first trimester of Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.12, n.5, p , set-out, ISSN:

8 pregnancy decrease the size of ovarian reserve in female offspring. Biol. Reprod. Supplement. Abstract 135, PAULINO, P. V.R.; DUARTE, M.S. Programação fetal e seus impactos na produção e qualidade de carne bovina. IN: A tecnologia a serviço da bovinocultura de corte. VIII SIMPEC. Anais... Lavras-MG: Suprema, P PAULINO, P. V. R.; DUARTE, M. S.; GIONBELLI, M. P. Desempenho e eficiência de ganho no confinamento: Tudo começa antes do que você imagina. IN: Encontro de confinamento da Scot Consultoria. Anais... Ribeirão Preto, P QUIGLEY, S. P.; KLEEMANN, D. O.; KAKAR, M. A., et al. Myogenesis in sheep is altered by maternal feed intake during the peri-conception period. Animal Reproduction Science, v.87, n.3, p , REYNOLDS, L.P.; REDMER, D.A. Angiogenesis in the placenta. Biol. Reprod.,v.64,p ,2001. REYNOLDS, L.P.; REDMER, D.A. Utero-placental vascular develoment and placental function. Journal of Animal Science, v.73, p ,1995. RHOADES, R.D. et al. Effect of dietary energy source on in vitro substrate utilization and insulin sentitivity of muscle and adipose tissues of Angus and Wagyu steers. Journal of Animal Science, v. 85, p ,2007. RUSSEL, R.G.; OTERUELO, F.T. Na ultrastrutural study of the differentiation of skeletal muscle in the bovine fetus. Anatomy and Embryology, v.162, n.4, p ,1981. SAMPAIO, C.; DETMANN, E.; PAULINO, M. et al. Intake and digestibility in cattle fed low-quality tropical forage and supplemented with nitrogenous compounds. Tropical Animal Health and Production, v.42, n.7, p SILVA, B.C.; GIONBELLI, M.P.; DUARTE, M.S. et al. Influência da nutrição materna no crescimento da placenta e do feto em vacas Nelore gestantes. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEI- RA DE ZOOTECNIA, 49., 2012, Brasília. Anais... Brasília: Sociedade Brasileira de Zootecnia, (CD-ROM). UNDERWOOD, K. R., J. F. TONG, P. L. PRICE, A. J. et al Nutrition during mid to late gestation affects growth, adipose tissue deposition and tenderness in cross-bred beef steers. Meat Sci. 86: WOO, M., ISGANAITIS, E., CERLETTI, M., et al. (2011). Stem Cells Devel. 20: WU, G.; BAZER, F. W.; WALLACE, J. M. et al. BOAR- D-INVITED REVIEW: Intrauterine growth retardation: Implications for the animal sciences. Journal of Animal Science, v.84, n.9, p , ZHU, M.J.; FORD, S.P.; MEANS, W.J. et al. Maternal nutrient restriction affects properties of skeletal muscle in offspring. The Journal of Physiology, v.575, p , Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.12, n.5, p , set-out, ISSN:

NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES

NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES Acadêmicas: Caroline Wrague e Luiza P. Nunes INTRODUÇÃO: A produção ovina ocorre predominantemente em sistemas de criação extensiva no Sul do Brasil. A quantidade e qualidade

Leia mais

SUPLEMENTAÇÃO DE BEZERROS DE CORTE

SUPLEMENTAÇÃO DE BEZERROS DE CORTE SUPLEMENTAÇÃO DE BEZERROS DE CORTE Nos primeiros meses de vida os bezerros obtêm grande parte dos nutrientes de que precisa do leite materno, que é de fácil digestão para o animal que ainda é jovem. Em

Leia mais

ARTIGO 309 INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO MATERNA SOBRE O DESEMPENHO DE CORDEIROS

ARTIGO 309 INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO MATERNA SOBRE O DESEMPENHO DE CORDEIROS ARTIGO 309 INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO MATERNA SOBRE O DESEMPENHO DE CORDEIROS Luciana Freitas Guedes 1, Dalvana dos Santos 2, Leonardo de Rago Nery Alves 1, Pedro Augusto Dias Andrade 1, Iran Borges 3 RESUMO:

Leia mais

Parâmetros Genéticos

Parâmetros Genéticos MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA MELHORAMENTO ANIMAL Parâmetros Genéticos 1. INTRODUÇÃO Os parâmetros genéticos são

Leia mais

O USO DO CREEP FEEDING NA PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

O USO DO CREEP FEEDING NA PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE 1 O USO DO CREEP FEEDING NA PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE Prof. Dr. Antonio Ferriani Branco PhD em Nutrição e Produção de Ruminantes afbranco@uem.br O SISTEMA VACA-BEZERRO Os fatores que afetam mais significativamente

Leia mais

Sistemas de produção e Índices zootécnicos. Profª.: Valdirene Zabot

Sistemas de produção e Índices zootécnicos. Profª.: Valdirene Zabot Sistemas de produção e Índices zootécnicos Profª.: Valdirene Zabot O que é uma CADEIA? É um conjunto de elos onde cada um depende dos demais. Na cadeia de produção da carne e do couro, o bovino é ó elo

Leia mais

Diferimento de pastagens para animais desmamados

Diferimento de pastagens para animais desmamados Diferimento de pastagens para animais desmamados Marco Antonio Alvares Balsalobre Eng. Agrônomo doutor em Ciência Animal e Pastagens Diretor de Produto da Bellman Nutrição Animal LTDA Mirella Colombo Moscardini

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA BOVINOS LEITEIROS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA BOVINOS LEITEIROS UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA BOVINOS LEITEIROS Prof. Ricardo Alexandre Silva Pessoa MANEJO DE VACAS SECAS E PERÍODO DE TRANSIÇÃO ponto de vista tecnológico = alimentar

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO MANEJO NO PERÍODO SECO

A IMPORTÂNCIA DO MANEJO NO PERÍODO SECO A IMPORTÂNCIA DO MANEJO NO PERÍODO SECO Ricardo Dias Signoretti 1 Na prática, o período seco e transição (pré-parto) constituem-se num desafio aos técnicos e produtores de leite, que devem ficar atentos

Leia mais

fmvz-unesp FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - BOTUCATU Curso de Pós-Graduação em Zootecnia Nutrição e Produção Animal

fmvz-unesp FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - BOTUCATU Curso de Pós-Graduação em Zootecnia Nutrição e Produção Animal fmvz-unesp FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - BOTUCATU Curso de Pós-Graduação em Zootecnia Nutrição e Produção Animal SISTEMA DE PRODUÇÃO X QUALIDADE DA CARNE OVINA Raquel Abdallah da Rocha

Leia mais

Considerações sobre Sistemas de Avaliação e

Considerações sobre Sistemas de Avaliação e Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia FMVZ Campus de Botucatu Departamento de Produção Animal Considerações sobre Sistemas de Avaliação e Tipificação de Carcaças André démendes Jorge Zootecnista

Leia mais

Recria de bovinos de corte

Recria de bovinos de corte Recria de bovinos de corte Professor: Fabiano Alvim Barbosa Disciplina: Bovinocultura de Corte Sistema de Recria Novilhos são recriados para engorda ou Touros (seleção genética) Novilhas são recriadas

Leia mais

Nutrição e alimentação de ovinos. Profª Drª Alda Lúcia Gomes Monteiro 2013

Nutrição e alimentação de ovinos. Profª Drª Alda Lúcia Gomes Monteiro 2013 Nutrição e alimentação de ovinos Profª Drª Alda Lúcia Gomes Monteiro 2013 EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS PARA OVINOS Tabelas de Exigências Nutricionais: NRC 1985 Primeira tabela de exigências nutricionais para

Leia mais

Programa Nelore Brasil e seu Impacto Econômico

Programa Nelore Brasil e seu Impacto Econômico Programa Nelore Brasil e seu Impacto Econômico II Congreso Ganadero Nacional CORFOGA 2008 Prof. Dr. Raysildo B. Lôbo ANCP, USP Crescimento da Pecuária de Corte Brasileira: produção de carne e abate 71,0%

Leia mais

INTRODUÇÃO A etapa de cria na cadeia produtiva da carne bovina é muito importante, e caracteriza-se como um período fundamental no processo de

INTRODUÇÃO A etapa de cria na cadeia produtiva da carne bovina é muito importante, e caracteriza-se como um período fundamental no processo de d e b e z e r r o d e c o r t e INTRODUÇÃO A etapa de cria na cadeia produtiva da carne bovina é muito importante, e caracteriza-se como um período fundamental no processo de produção. As técnicas utilizadas

Leia mais

ARTIGO TÉCNICO Minerthal Pró-águas Suplementação protéica energética no período das águas

ARTIGO TÉCNICO Minerthal Pró-águas Suplementação protéica energética no período das águas ARTIGO TÉCNICO Minerthal Pró-águas Suplementação protéica energética no período das águas A bovinocultura de corte brasileira tem sua produção concentrada em sistemas de pastejo e, portanto, dependente

Leia mais

PROGRAMA DA DISCIPLINA

PROGRAMA DA DISCIPLINA Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Agrárias Departamento de Zootecnia Código da Disciplina: ZOO 05453 Disciplina: Bovinocultura de Leite PROGRAMA DA DISCIPLINA CAMPUS: Alegre CURSO:

Leia mais

ESTRATÉGIAS DE MANEJO E SUPLEMENTAÇÃO DO PASTO SOBRE CARACTERÍSTICAS DO DOSSEL E DESEMPENHO BIOECONOMICO DE BOVINOS EM RECRIA NA SECA

ESTRATÉGIAS DE MANEJO E SUPLEMENTAÇÃO DO PASTO SOBRE CARACTERÍSTICAS DO DOSSEL E DESEMPENHO BIOECONOMICO DE BOVINOS EM RECRIA NA SECA ESTRATÉGIAS DE MANEJO E SUPLEMENTAÇÃO DO PASTO SOBRE CARACTERÍSTICAS DO DOSSEL E DESEMPENHO BIOECONOMICO DE BOVINOS EM RECRIA NA SECA Carlos Alberto Vicente Soares 1 ; Regis Luis Missio 2 1 Aluno do Curso

Leia mais

O que é gametogênese?

O que é gametogênese? O que é gametogênese? É o processo pelo qual os gametas são produzidos nos organismos dotados de reprodução sexuada. Nos animais, a gametogênese acontece nas gônadas, órgãos que também produzem os hormônios

Leia mais

Tipificação e Classificação de Carcaças Bovinas (3/3)

Tipificação e Classificação de Carcaças Bovinas (3/3) Tipificação e Classificação de Carcaças Bovinas (3/3) Classificação por Rendimento A classificação por rendimento do USDA estima o rendimento de carcaça em cortes desossados já limpos (sem gordura externa)

Leia mais

Linha completa de suplementos minerais e proteinados da Guabi.

Linha completa de suplementos minerais e proteinados da Guabi. 0090_mar10 Linha completa de suplementos minerais e proteinados da Guabi. Campinas/SP - 19. 3729 4477 Sales Oliveira/SP - 16. 3852 0011 Pará de Minas/MG - 37. 3231 7300 Além Paraíba/MG - 32. 3466 5555

Leia mais

USO DE CONCENTRADOS PARA VACAS LEITEIRAS

USO DE CONCENTRADOS PARA VACAS LEITEIRAS USO DE CONCENTRADOS PARA VACAS LEITEIRAS Ivan Pedro de O. Gomes, Med.Vet., D.Sc. Professor do Departamento de Zootecnia CAV/UDESC. e-mail: a2ipog@cav.udesc.br A alimentação constitui-se no principal componente

Leia mais

ATUAL SITUAÇÃO DA PECUÁRIA DE CORTE NO BRASIL

ATUAL SITUAÇÃO DA PECUÁRIA DE CORTE NO BRASIL ATUAL SITUAÇÃO DA PECUÁRIA DE CORTE NO BRASIL Empresa Júnior de Nutrição de Ruminantes NUTRIR FCA-UNESP-FMVZ INTRODUÇÃO CONCEITOS BÁSICOS CENÁRIO DADOS MERCADO DO BOI CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCEITOS BÁSICOS

Leia mais

Comparação do ganho de peso e desempenho de bezerras alimentadas com leite de descarte e leite normal durante a fase de aleitamento

Comparação do ganho de peso e desempenho de bezerras alimentadas com leite de descarte e leite normal durante a fase de aleitamento Comparação do ganho de peso e desempenho de bezerras alimentadas com leite de descarte e leite normal durante a fase de aleitamento Vinicius Emanoel Carvalho 1, Thiago Paim Silva 1, Marco Antônio Faria

Leia mais

Calf Notes.com. Calf Note #99 Mortalidade de Bezerros e Distocia. Introdução

Calf Notes.com. Calf Note #99 Mortalidade de Bezerros e Distocia. Introdução Calf Notes.com Calf Note #99 Mortalidade de Bezerros e Distocia Introdução Durante anos observamos que partos difíceis têm um efeito dramático na saúde e sobrevivência de bezerros. Quando as vacas precisam

Leia mais

Genética Aditiva melhorando o peso dos bezerros à desmama e ao sobreano - Benefício do Choque sanguíneo em Programas de Cruzamento Industrial

Genética Aditiva melhorando o peso dos bezerros à desmama e ao sobreano - Benefício do Choque sanguíneo em Programas de Cruzamento Industrial Genética Aditiva melhorando o peso dos bezerros à desmama e ao sobreano - Benefício do Choque sanguíneo em Programas de Cruzamento Industrial Agregar valor ao plantel de fêmeas bovinas este é o objetivo

Leia mais

Selecionando para Melhorar as Carcaças do Gado de Corte:

Selecionando para Melhorar as Carcaças do Gado de Corte: Selecionando para Melhorar as Carcaças do Gado de Corte: Leonardo Campos 1 e Gabriel Campos 2 O professor e pesquisador norte-americano R.A. Bob Long, colunista da revista Angus Journal e autor do Sistema

Leia mais

III CURSO DE GESTÃO AGROECONÔMICA. EM PECUÁRIA DE CORTE: confinamento e terceirização

III CURSO DE GESTÃO AGROECONÔMICA. EM PECUÁRIA DE CORTE: confinamento e terceirização III CURSO DE GESTÃO AGROECONÔMICA EM PECUÁRIA DE CORTE: confinamento e terceirização RESULTADOS DO CONFINAMENTO DA COPLACANA EM 2.008 E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO Ari José Fernandes Lacôrte Engenheiro

Leia mais

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA MANEJO ALIMENTAR DE CORDEIROS MARIANNA MIETTO MENDES 3 ZOOTECNIA INTRODUÇÃO Mercado; Período de aleitam

Leia mais

(NUTROESTE URÉIA PLUS)

(NUTROESTE URÉIA PLUS) O SEU BOI DÁ LUCRO? No Brasil, a atividade pecuária existe há centenas de anos, alternando períodos de lucratividade alta com outros de baixa rentabilidade. Há neste momento uma crise gerada por vários

Leia mais

Vitamina D: é preciso dosar e repor no pré-natal? Angélica Amorim Amato 2013

Vitamina D: é preciso dosar e repor no pré-natal? Angélica Amorim Amato 2013 Vitamina D: é preciso dosar e repor no pré-natal? Angélica Amorim Amato 2013 É preciso dosar e repor vitamina D no pré-natal? A dosagem de vitamina D pelos métodos mais amplamente disponíveis é confiável?

Leia mais

Aspectos básicos b produtividade da indústria de ovinos da Nova Zelândia

Aspectos básicos b produtividade da indústria de ovinos da Nova Zelândia Aspectos básicos b e produtividade da indústria de ovinos da Nova Zelândia NUTRIR Novembro 2009 Jack Cocks AbacusBio Ltd, New Zealand Renata Green e Bruno Santos Áries Repr. Melh.. Gen. Ovino Ltda, Brasil

Leia mais

ALIMENTAÇÃO DE CORDEIROS LACTENTES

ALIMENTAÇÃO DE CORDEIROS LACTENTES ALIMENTAÇÃO DE CORDEIROS LACTENTES Mauro Sartori Bueno, Eduardo Antonio da Cunha, Luis Eduardo dos Santos Pesquisadores Científicos do Instituto de Zootecnia, IZ/Apta-SAA-SP CP 60, Nova Odessa-SP, CEP

Leia mais

FONTES E DOSES DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA RECUPERAÇÃO DE SOLO DEGRADADO SOB PASTAGENS DE Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ

FONTES E DOSES DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA RECUPERAÇÃO DE SOLO DEGRADADO SOB PASTAGENS DE Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ FONTES E DOSES DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA RECUPERAÇÃO DE SOLO DEGRADADO SOB PASTAGENS DE Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ Carlos Augusto Oliveira de ANDRADE 1 ; Rubens Ribeiro da SILVA. 1 Aluno do Curso

Leia mais

Crescimento CINEANTROPOMETRIA. Elementos do Crescimento. Desenvolvimento

Crescimento CINEANTROPOMETRIA. Elementos do Crescimento. Desenvolvimento Crescimento CINEANTROPOMETRIA CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Prof. Paulo Sergio Chagas Gomes, Ph.D. O ser humano gasta em torno de 30% da sua vida crescendo Dificuldades em analisar o crescimento dificuldade

Leia mais

A INFLUÊNCIA DO MARMOREIO NA DECISÃO DE COMPRA DO CONSUMIDOR DE CARNE BOVINA

A INFLUÊNCIA DO MARMOREIO NA DECISÃO DE COMPRA DO CONSUMIDOR DE CARNE BOVINA 1 A INFLUÊNCIA DO MARMOREIO NA DECISÃO DE COMPRA DO CONSUMIDOR DE CARNE BOVINA SILVANA CALDAS 1, GABRIELA BORGES DE MORAES 1, TAMARA ZINN FERREIRA 2, CARLA MECCA GIACOMAZZI 2, GUIOMAR PEDRO BERGMANN 3,

Leia mais

Ciclo Sexual ou Estral dos Animais Domésticos Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano Departamento de Morfologia Instituto de Biociências de Botucatu

Ciclo Sexual ou Estral dos Animais Domésticos Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano Departamento de Morfologia Instituto de Biociências de Botucatu Controle Hormonal da Gametogênese Feminina Ciclo Sexual ou Estral dos Animais Domésticos Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano Departamento de Morfologia Instituto de Biociências de Botucatu Ovários Formato

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais

Nutrição e Manejo de Vacas de leite no pré-parto

Nutrição e Manejo de Vacas de leite no pré-parto FCA-UNESP-FMVZ Empresa Júnior de Nutrição de Ruminantes NUTRIR Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal-DMNA Site: www.gruponutrir.com.br diretorianutrir@gmail.com Nutrição e Manejo de Vacas de leite

Leia mais

O cruzamento do charolês com o zebu (indubrasil, guzerá ou nelore) dá origem ao CANCHIM. Rústico e precoce, produz carne de boa qualidade.

O cruzamento do charolês com o zebu (indubrasil, guzerá ou nelore) dá origem ao CANCHIM. Rústico e precoce, produz carne de boa qualidade. OUTUBRO 2006 Para chegar ao novo animal, os criadores contaram com a ajuda do superintendente do laboratório de inseminação artificial Sersia Brasil, Adriano Rúbio, idealizador da composição genética

Leia mais

Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos

Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos FMVZ Unesp Botucatu João Ricardo Ronchesel Henrique Della Rosa Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos Evolução do manejo nutricional

Leia mais

O uso de concentrado para vacas leiteiras Contribuindo para eficiência da produção

O uso de concentrado para vacas leiteiras Contribuindo para eficiência da produção Leite relatório de inteligência JANEIRO 2014 O uso de concentrado para vacas leiteiras Contribuindo para eficiência da produção Na busca da eficiência nos processos produtivos na atividade leiteira este

Leia mais

A PRODUCAO LEITEIRA NOS

A PRODUCAO LEITEIRA NOS A PRODUCAO LEITEIRA NOS ESTADOS UNIDOS Estatisticas A produção leiteira durante Janeiro de 2012 superou os 7 bilhões de kg, 3.7% acima de Janeiro de 2011. A produção por vaca foi em media 842 kg em Janeiro,

Leia mais

Fazenda São Francisco São Francisco de Paula-RS Proprietário: José Lauri Moreira de Lucena

Fazenda São Francisco São Francisco de Paula-RS Proprietário: José Lauri Moreira de Lucena Fazenda São Francisco São Francisco de Paula-RS Proprietário: José Lauri Moreira de Lucena Área total: 354 ha Área pastoril: 330 ha Sistema de produção: Cria de Bovinos Histórico 1982 Início da propriedade

Leia mais

7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10

7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10 7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10 Tipos de reprodução Reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar descendentes da mesma espécie. A união dos gametas é chamada fecundação, ou fertilização,

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO E DO MANEJO DE VACAS LEITEIRAS EM PRODUÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO E DO MANEJO DE VACAS LEITEIRAS EM PRODUÇÃO A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO E DO MANEJO DE VACAS LEITEIRAS EM PRODUÇÃO 1 Ricardo Dias Signoretti A atual situação econômica da cadeia produtiva do leite exige que os produtores realizem todas as atividades

Leia mais

Curva de Crescimento e Produtividade de Vacas Nelore

Curva de Crescimento e Produtividade de Vacas Nelore Curva de Crescimento e Produtividade de Vacas Nelore THIAGO VINÍCIUS DE SOUZA GRADUANDO EM MEDICINA VETERINÁRIA UFMT/SINOP CONTATO: THIAGOV_SOUZA@HOTMAIL.COM Produtividade Cenário atual Nelore sistema

Leia mais

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ CUSTO ENERGÉTICO DA GRAVIDEZ CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FETAL SÍNTESE DE TECIDO MATERNO 80.000 kcal ou 300 Kcal por dia 2/4 médios 390 Kcal depósito de gordura- fase

Leia mais

Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional Diabetes Gestacional Introdução O diabetes é uma doença que faz com que o organismo tenha dificuldade para controlar o açúcar no sangue. O diabetes que se desenvolve durante a gestação é chamado de diabetes

Leia mais

PROGRAMAS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM REBANHOS BOVINOS: ANÁLISE DOS GANHOS PARA OS PEQUENOS PRODUTORES

PROGRAMAS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM REBANHOS BOVINOS: ANÁLISE DOS GANHOS PARA OS PEQUENOS PRODUTORES PROGRAMAS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM REBANHOS BOVINOS: ANÁLISE DOS GANHOS PARA OS PEQUENOS PRODUTORES Rafael Herrera Alvarez Médico Veterinário, Doutor, Pesquisador Científico do Pólo Centro Sul/APTA

Leia mais

estação de monta Escolha do Leitor

estação de monta Escolha do Leitor estação de monta Realmente existe importância na gestão da fazenda e benefício para o produtor que se utiliza do período reprodutivo? Luís Adriano Teixeira* 32 - ABRIL 2015 A Estação de monta (EM) período

Leia mais

APLICAÇÃO DA PESQUISA OPERACIONAL AVALIAÇÃO DE FORMULAÇÕES DE RAÇÃO PARA BOVINOS EM CONFINAMENTO UTILIZANDO O SOFTWARE LINGO

APLICAÇÃO DA PESQUISA OPERACIONAL AVALIAÇÃO DE FORMULAÇÕES DE RAÇÃO PARA BOVINOS EM CONFINAMENTO UTILIZANDO O SOFTWARE LINGO Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 8 APLICAÇÃO DA PESQUISA OPERACIONAL AVALIAÇÃO DE FORMULAÇÕES DE RAÇÃO PARA BOVINOS EM CONFINAMENTO UTILIZANDO O SOFTWARE

Leia mais

PERFIL NUTRICIONAL DA CARNE DE BOVINOS, SUÍNOS E DE AVES

PERFIL NUTRICIONAL DA CARNE DE BOVINOS, SUÍNOS E DE AVES PERFIL NUTRICIONAL DA CARNE DE BOVINOS, SUÍNOS E DE AVES Shamara Maldaner 1, Andréia Thainara Thalheimer 1 e Patrícia Diniz Ebling 2 Palavras chaves: consumidor, gordura, paradigma, saúde. INTRODUÇÃO A

Leia mais

PROGRAMA DE SUPLEMENTAÇÃO DE LUZ ARTIFICIAL PARA BEZERROS EM ALEITAMENTO

PROGRAMA DE SUPLEMENTAÇÃO DE LUZ ARTIFICIAL PARA BEZERROS EM ALEITAMENTO PROGRAMA DE SUPLEMENTAÇÃO DE LUZ ARTIFICIAL PARA BEZERROS EM ALEITAMENTO Luiz Carlos Roma Júnior Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional Centro Leste/APTA lcroma@apta.sp.gov.br Priscilla Ayleen Bustos Mac-Lean

Leia mais

Sistemas de produção em bovinos de corte. Zootecnista José Acélio Fontoura Júnior acelio@unipampa.edu.br

Sistemas de produção em bovinos de corte. Zootecnista José Acélio Fontoura Júnior acelio@unipampa.edu.br Sistemas de produção em bovinos de corte. Zootecnista José Acélio Fontoura Júnior acelio@unipampa.edu.br CLASSIFICAÇÃO NÍVEL DE TECNOLOGIA ADOTADO: extensivo, semi-extensivo, semi-intensivo e intensivo

Leia mais

Quadro 1 Ganho de peso de novilhos (g / cab / d) em pastejo de forrageiras de acordo com a época do ano. ... ... ...

Quadro 1 Ganho de peso de novilhos (g / cab / d) em pastejo de forrageiras de acordo com a época do ano. ... ... ... Falar em suplementar bovinos de corte, com grãos, nas águas, normalmente é tido como antieconómico. No entanto, sabendo utilizar tal suplementação, é uma alternativa de manejo interessante que pode contribuir

Leia mais

Professor Fernando Stuchi

Professor Fernando Stuchi REPRODUÇÃO Aulas 2 a 5 1º Bimestre Professor Fernando Stuchi Seres Vivos Segundo a Teoria Celular, todos os seres vivos (animais e vegetais) são constituídos por células (exceção dos vírus que não possuem

Leia mais

primeiro índice de cruzamento industrial projetado para o brasil

primeiro índice de cruzamento industrial projetado para o brasil primeiro índice de cruzamento industrial projetado para o brasil o índice para guiar suas melhores decisões! O QUE É O BCBI? Desenvolvido com o suporte técnico do Geneticista Senior da L`Alliance Boviteq,

Leia mais

ESCORE CORPORAL DE MATRIZES SUINAS NA FASE DE GESTAÇÃO

ESCORE CORPORAL DE MATRIZES SUINAS NA FASE DE GESTAÇÃO ESCORE CORPORAL DE MATRIZES SUINAS NA FASE DE GESTAÇÃO Alves, Bruna 1 ; Fischer, Janaina 1 ; Fritz, Osman 1 ; Bako, Erica, Perez Marson 2 ; Bianchi, Ivan 2 ; Ferreira, Vagner 3 ; Oliveira Jr, Juahil 4.

Leia mais

O impacto do touro no rebanho de cria

O impacto do touro no rebanho de cria Algumas contas simples podem constatar que o touro de cria é um fator de produção de extrema relevância A realidade de mercado atual exige do pecuarista competência para se manter no negócio, e visão estratégica

Leia mais

Med. Vet. Avelino Murta avelino@biocampomg.com.br

Med. Vet. Avelino Murta avelino@biocampomg.com.br Med. Vet. Avelino Murta avelino@biocampomg.com.br QUEM SOMOS Localizada em Montes Claros, norte de Minas Gerais, a BIOCAMPO Assistência Veterinária foi fundada em 2010 e atua na área de Reprodução Bovina.

Leia mais

Figura 1: peridrociclopentanofenantreno

Figura 1: peridrociclopentanofenantreno COLESTEROL A n a L a u r a B u e n o Esteróides são álcoois de alto peso molecular. São compostos lipossolúveis muito importantes na fisiologia humana. Os esteróis possuem uma estrutura básica chamada

Leia mais

2011 Evialis. Todos os direitos reservados uma marca

2011 Evialis. Todos os direitos reservados uma marca Comprometida com a busca constante por soluções e inovações tecnológicas em nutrição animal que melhorem produção e rentabilidade nas produções rurais, a Socil anuncia uma grande novidade. uma marca A

Leia mais

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO Aditivos alimentares são utilizados em dietas para bovinos de corte em confinamento com o objetivo

Leia mais

MANIPULAÇÃO DO NÚMERO E TIPO DE FIBRA MUSCULAR E A PRODUÇÃO DE CARNE SUÍNA

MANIPULAÇÃO DO NÚMERO E TIPO DE FIBRA MUSCULAR E A PRODUÇÃO DE CARNE SUÍNA MANIPULAÇÃO DO NÚMERO E TIPO DE FIBRA MUSCULAR E A PRODUÇÃO DE CARNE SUÍNA BRIDI, Ana Maria; SILVA Caio Abércio; HIOSHI, Edgard Hideaki Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina 1.

Leia mais

Precocidade Sexual e a Inseminação Artificial em Tempo Fixo

Precocidade Sexual e a Inseminação Artificial em Tempo Fixo 4º Workshop Precocidade Sexual. Precocidade Sexual e a Inseminação Artificial em Tempo Fixo José Luiz Moraes Vasconcelos DPA FMVZ UNESP Botucatu, SP vasconcelos@fca.unesp.br Precocidade em novilhas Nelore

Leia mais

Ari José Fernandes Lacôrte Engenheiro Agrônomo MS Consultor Sênior

Ari José Fernandes Lacôrte Engenheiro Agrônomo MS Consultor Sênior BEZERROS: VENDER, RECRIAR OU ENGORDAR? Apesar de muitos pecuaristas não adotarem formalmente a estação de monta no Brasil há uma expressiva concentração do numero de animais desmamados no final do 1º semestre.

Leia mais

Aimportância do trigo pode ser aquilatada pela

Aimportância do trigo pode ser aquilatada pela 199 Trigo não é somente para alimentar o homem Renato Serena Fontaneli Leo de J.A. Del Duca Aimportância do trigo pode ser aquilatada pela posição ocupada como uma das culturas mais importantes para alimentar

Leia mais

Gravidez Semana a Semana com Bruna Galdeano

Gravidez Semana a Semana com Bruna Galdeano Desde o momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozoide, seu futuro bebê começa uma aventura extraordinária dentro de sua barriga, assim passando de um aglomerado de células a um perfeito ser humano.

Leia mais

TAXA DE LOTAÇÃO EM PASTAGEM DE TIFTON 85 SOB MANEJO DE IRRIGAÇÃO E SEQUEIRO NO PERÍODO DA SECA*

TAXA DE LOTAÇÃO EM PASTAGEM DE TIFTON 85 SOB MANEJO DE IRRIGAÇÃO E SEQUEIRO NO PERÍODO DA SECA* TAXA DE LOTAÇÃO EM PASTAGEM DE TIFTON 85 SOB MANEJO DE IRRIGAÇÃO E SEQUEIRO NO PERÍODO DA SECA* SENE. G. A. 1 ; JAYME. D. G.²; BARRETO. A. C. 2 ; FERNANDEZ. L. O. 3, OLIVEIRA. A. I. 4 ; BARBOSA. K. A.

Leia mais

Características da Carne de Frango

Características da Carne de Frango Características da Carne de Frango Katiani Silva Venturini 1 (e-mail: katiani_sv@hotmail.com) Miryelle Freire Sarcinelli 1 (e-mail: miryelle@hotmail.com) Luís César da Silva 2 (website: www.agais.com)

Leia mais

GAMETOGÊNESE. especializadas chamadas de GAMETAS. As células responsáveis pela formação desses gametas são chamadas de GÔNIAS

GAMETOGÊNESE. especializadas chamadas de GAMETAS. As células responsáveis pela formação desses gametas são chamadas de GÔNIAS Embriologia GAMETOGÊNESE É o processo de formação e desenvolvimento de células especializadas chamadas de GAMETAS As células responsáveis pela formação desses gametas são chamadas de GÔNIAS Espermatogônias

Leia mais

Redução da mortalidade na infância no Brasil. Setembro de 2013

Redução da mortalidade na infância no Brasil. Setembro de 2013 Redução da mortalidade na infância no Brasil Setembro de 2013 Taxa de mortalidade na infância 62 Redução de 77% em 22 anos (em menores de 5 anos) 1990 33 14 2000 *Parâmetro comparado internacionalmente

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR. Sistema reprodutor feminino

SISTEMA REPRODUTOR. Sistema reprodutor feminino SISTEMA REPRODUTOR A reprodução é de importância tremenda para os seres vivos, pois é por meio dela que os organismos transmitem suas características hereditariamente e garantem a sobrevivência de suas

Leia mais

PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE ZEBUÍNOS - PMGZ

PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE ZEBUÍNOS - PMGZ PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE ZEBUÍNOS - PMGZ Avaliação Genética - Gado de Corte As avaliações genéticas das Raças Zebuínas de Corte são desenvolvidas pela ABCZ em convênio com a Embrapa. Com base

Leia mais

AUMENTO DA ASSINALAÇÃO DE CORDEIROS:

AUMENTO DA ASSINALAÇÃO DE CORDEIROS: CENTRO DE ESTUDOS DE PEQUENOS RUMINANTES AUMENTO DA ASSINALAÇÃO DE CORDEIROS: Luiz Alberto O. Ribeiro Departamento de Medicina Animal Faculdade de Veterinária Porto Alegre / BRASIL Causas do baixo desempenho

Leia mais

Mas por que só pode entrar um espermatozóide no óvulo???

Mas por que só pode entrar um espermatozóide no óvulo??? Mas por que só pode entrar um espermatozóide no óvulo??? Lembre-se que os seres humanos só podem ter 46 cromossomos, sendo um par sexual, por exemplo: se dois espermatozóides com cromossomo sexual X e

Leia mais

Carne suína: um parceiro do cardápio saudável. Semíramis Martins Álvares Domene Prof a. Titular Fac. Nutrição PUC-Campinas

Carne suína: um parceiro do cardápio saudável. Semíramis Martins Álvares Domene Prof a. Titular Fac. Nutrição PUC-Campinas Carne suína: um parceiro do cardápio saudável Semíramis Martins Álvares Domene Prof a. Titular Fac. Nutrição PUC-Campinas Por que comer carne? Para a manutenção da saúde, é necessária a perfeita reposição

Leia mais

Moacyr Bernardino Dias-Filho Embrapa Amazônia Oriental www.diasfilho.com.br Importância das pastagens na pecuária brasileira A maioria (> 90%) do rebanho é criado a pasto Pastagem é a forma mais econômica

Leia mais

Cuidados simples são fundamentais para o sucesso desta fase de criação e muitas vezes são negligenciados pelo produtor. Saiba quais são eles.

Cuidados simples são fundamentais para o sucesso desta fase de criação e muitas vezes são negligenciados pelo produtor. Saiba quais são eles. Cuidados simples são fundamentais para o sucesso desta fase de criação e muitas vezes são negligenciados pelo produtor. Saiba quais são eles. Publicado em 03/09/2010 por Breno Bracarense, graduando em

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

AUMENTO DRAMÁTICO DO INTERESSE E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NO ESPORTE DE ALTO NÍVEL

AUMENTO DRAMÁTICO DO INTERESSE E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NO ESPORTE DE ALTO NÍVEL AUMENTO DRAMÁTICO DO INTERESSE E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NO ESPORTE DE ALTO NÍVEL NECESSIDADE DO MELHOR CONHECIMENTO EM ÁREAS COMO: CRESCIMENTO NORMAL, DESENVOLVIMENTO, EFEITOS DO EXERCÍCIO EM CRIANÇAS

Leia mais

CONHECENDO UMA CENTRAL DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

CONHECENDO UMA CENTRAL DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL CONHECENDO UMA CENTRAL DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Entrevistado: Marcelo Brandi Vieira Mestre em Reprodução Animal Diretor Técnico da Progen Inseminação Artificial BI: Qual a importância da Inseminação Artificial

Leia mais

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade.

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil Ruth Rangel * Fernanda Azevedo * Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Resumo A redução das desigualdades sociais tem sido

Leia mais

FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE

FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE Data: Janeiro/2001 FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE...A soja é uma das mais importantes culturas agrícolas mundiais, sendo sua produção destinada para a obtenção de óleo e farelo, pela indústria

Leia mais

sistemas automatizados para alimentação: futuro na nutrição de precisão

sistemas automatizados para alimentação: futuro na nutrição de precisão matéria da capa sistemas automatizados para alimentação: futuro na nutrição de precisão Texto: Sandra G. Coelho Marcelo Ribas Fernanda S. Machado Baltazar R. O. Júnior Fotos: Marcelo Ribas O avanço tecnológico

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA. Gene Boorola. Edgard G. Malaguez Rafael Assunção

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA. Gene Boorola. Edgard G. Malaguez Rafael Assunção MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA Gene Boorola Edgard G. Malaguez Rafael Assunção Ovelha Booroola? É uma mutação genética que tem na característica

Leia mais

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular DISCIPLINA DE PATOLOGIA Prof. Renato Rossi Jr Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular Objetivo da Unidade: Identificar e compreender os mecanismos envolvidos nas lesões celulares reversíveis e irreversíveis.

Leia mais

Questões. Biologia Professor: Rubens Oda 24/11/2014. #VaiTerEspecífica. 1 (UEMG 2014) Considere, a seguir, a recorrência de uma heredopatia.

Questões. Biologia Professor: Rubens Oda 24/11/2014. #VaiTerEspecífica. 1 (UEMG 2014) Considere, a seguir, a recorrência de uma heredopatia. Questões 1 (UEMG 2014) Considere, a seguir, a recorrência de uma heredopatia. De acordo com o heredograma e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que a) normalidade ocorre na ausência

Leia mais

PROGRAMA HD DE NUTRIÇÃO DE MATRIZ PESADA VACCINAR ASPECTOS PRÁTICOS. Marcelo Torretta Coordenador Técnico Nacional Aves Curitiba 10/08/2011

PROGRAMA HD DE NUTRIÇÃO DE MATRIZ PESADA VACCINAR ASPECTOS PRÁTICOS. Marcelo Torretta Coordenador Técnico Nacional Aves Curitiba 10/08/2011 PROGRAMA HD DE NUTRIÇÃO DE MATRIZ PESADA VACCINAR ASPECTOS PRÁTICOS Marcelo Torretta Coordenador Técnico Nacional Aves Curitiba 10/08/2011 CONCEITO HD DE NUTRIÇÃO DE MATRIZES Quando se pensa em quilos

Leia mais

PRIMEIRO CIO PÓS-PARTO DAS CABRAS E OVELHAS NO NORDESTE

PRIMEIRO CIO PÓS-PARTO DAS CABRAS E OVELHAS NO NORDESTE PRIMEIRO CIO PÓS-PARTO DAS CABRAS E OVELHAS NO NORDESTE Prof. Adelmo Ferreira de Santana Caprinocultura e Ovinocultura E-mail afs@ufba.br Departamento de Produção Animal Escola de Medicina Veterinária

Leia mais

MELHORAMENTO GENÉTICO DA PRECOCIDADE SEXUAL NA RAÇA NELORE

MELHORAMENTO GENÉTICO DA PRECOCIDADE SEXUAL NA RAÇA NELORE MELHORAMENTO GENÉTICO DA PRECOCIDADE SEXUAL NA RAÇA NELORE Fábio Dias 1 ; Joanir P. Eler 2 ; José Bento S. Ferraz 2 ; Josineudson A. II de V. Silva 3 1 Zootecnista, MSc. Agro Pecuária CFM Ltda, Av. Feliciano

Leia mais

Água: Qual a sua importância para ganho de peso em gado de corte?

Água: Qual a sua importância para ganho de peso em gado de corte? Água: Qual a sua importância para ganho de peso em gado de corte? Animais necessitam de oferta abundante de água limpa para: 1. fermentação ruminal e metabolismo; 2. fluxo de alimentos através do trato

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais