ENTENDENDO O MERCADO DO MILHO

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1 ENTENDENDO O MERCADO DO MILHO 01/07/2015

2 SUMÁRIO 1. Introdução O agronegócio do milho e suas utilidades Definição e características O mercado mundial do milho Produção Importação Exportação Calendário agrícola O mercado do milho em Mato Grosso Oferta e demanda Exportação Os mercados externo e brasileiro Tipos de mercado Bolsa de Chicago (CBOT) Especificações da Bolsa de Chicago Cotação internacional no mercado interno Especificações da BM&F Como se formam os preços no mercado interno Prêmio de exportação Custo portuário Frete ao porto Cotação interna Principais rotas de escoamento do milho no Estado Paridade de exportação e sua importância O que é e para que serve a paridade de exportação Como se calcula a paridade de exportação Gastos produtivos com a cultura do milho Custo de produção do milho Custos fixos e custos variáveis O ponto de equilíbrio Determinantes do Ponto de Equilíbrio (PE) Preço de base e relação frete/milho Formação do preço de base Preço do frete x cotação do milho Preço mínimo Formação do preço mínimo Leilões agropecuários da Conab Glossário Conclusão

3 1 Introdução Atualmente o milho se consolida como a segunda cultura mais importante para a agricultura brasileira. Os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab, maio/15) demonstram que o cereal representou 41,43% de toda a produção de grãos do país na safra 13/14, com 80,05 milhões de toneladas produzidas. No entanto, para a safra 14/15 é aguardada uma redução na produção brasileira de milho, o número apontado para esta safra é de 78,59 milhões de toneladas, diminuindo a representatividade do cereal para 38,86%. A produção mundial de milho aguardada para a safra 14/15 é de 996,12 milhões de toneladas, consolidando a cultura do cereal como a mais produzida no mundo. O Estado do Mato Grosso é o maior produtor de milho do Brasil, produzindo um total de 18,04 milhões de toneladas e representando 22,55% da produção nacional na safra 13/14, segundo a Conab. Uma das particularidades mais interessantes do milho produzido em Mato Grosso é que grande parte dele é caracterizada como milho de segunda safra, também conhecido como milho safrinha. Segundo dados da Conab, 97,94% do cereal do Estado é de segunda safra. A agricultura representou, em 2015, 73,6% do VBP (Valor Bruto da Produção) agropecuário do Estado. O milho é considerado a segunda cultura com maior representatividade dentro da agricultura, ficando atrás apenas da soja, o share do milho no VBP da agropecuária é de 10,78%, demonstrando assim a importância do cereal para a economia agropecuária mato-grossense. No que tange à comercialização do milho brasileiro com o mercado externo, podemos observar que o Brasil é um dos principais players no mercado de exportação, posicionando-se apenas atrás dos Estados Unidos, quando o assunto é a exportação do cereal. Os principais fatores que influenciam a paridade de exportação brasileira são: cotação do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), prêmio de exportação, despesas portuárias, frete, câmbio, impostos e outras taxas e comissões. Perante tais dados, que demonstram a importância do milho no cenário mundial, este trabalho procura avaliar e debater sobre o mercado do milho, abordando assuntos que vão desde a oferta e demanda do cereal, até particularidades na formação do preço no Estado. Desejamos que você, leitor, tenha prazer em descobrir, nas páginas a seguir, de maneira geral como funciona o mercado do milho e suas peculiaridades. 3

4 1.1 O agronegócio do milho e suas utilidades Nesta seção, serão analisadas de maneira geral a definição e características do milho Definição e características Caracterizadas por serem produtos de origens primárias que são transacionados nas Bolsas de Mercadorias, as commodities são conhecidas por suas características únicas, tais quais: produtos em estado bruto ou com baixo grau de industrialização, com qualidade quase uniforme e produzidos e comercializados em grandes quantidades. Esses produtos podem ser armazenados sem perdas significativas durante grande período. Comumente essas mercadorias são transacionadas com entrega futura (BRANCO, 2008). As commodities são uma opção de investimento dentre outras tantas disponíveis no mercado financeiro. O milho é uma das principais commodities agrícolas produzidas no mundo, apresentando desempenhos classificados como cíclicos ou sazonais, alternando períodos de crescimento e redução dos preços. Tais oscilações se devem às questões que influem diretamente sobre o preço físico, como clima, previsões, colheitas de safras, estoques e até mesmo movimentações especulativas nas Bolsas de Mercadorias onde são negociadas. Diferentemente da soja, que tem commodities processadas, como o farelo de soja e o óleo de soja, que são negociadas nas Bolsas de Mercadorias, o milho só é negociado pura e exclusivamente em seu valor em grão, ou seja, basicamente in natura. Atualmente o milho é a cultura mais produzida no planeta, e com tamanha quantidade e disposição no mercado, o cereal se torna um ativo de alta liquidez para negócios. Apesar da propagação quanto a seus valores nutricionais, cerca de 70% do milho produzido no mundo é destinado para consumo animal (DIAS PAES, 2006). O cereal é um dos principais ingredientes nas rações utilizadas na alimentação de aves, bovinos, peixes e suínos pelo mundo. Um grão de milho pesa em média de 250 a 300 mg e sua composição média e em base seca é de 72% de amido, 9,5% proteínas, 9% fibra e 4% de óleo. O grão é formado basicamente por quatro estruturas físicas, que são: endosperma (82%), gérmen (11%), pericarpo (casca-5%) e ponta (2%). A proteína, principal fonte nutricional para alimentação animal, se encontra principalmente no endosperma e no gérmen (DIAS PAES, 2006). A composição do cereal pode ser observada na figura 1, abaixo: 4

5 Figura 1 - Estrutura do grão de milho Fonte: Adaptado de Britannica (2006). Existem variações quanto ao tipo de grão de milho, que se divide em cinco classes: dentado, duro, farináceo, pipoca e doce. A maior parte do milho comercial produzido no Brasil é do tipo duro, enquanto nos países de clima temperado prevalece o dentado. As diferenças entre os tipos de milho estão fundamentalmente na forma e no tamanho dos grãos, que são definidos pela estrutura do endosperma e pelo tamanho do gérmen. O milho é amplamente difundido em alimentos e produtos em gerais. Apesar de ser utilizado principalmente em rações e na produção de etanol, há vários produtos de uso humano que contêm derivados do cereal, que vão desde cremes de barbear até tintas látex. A cadeia que envolve a cultura do milho pode ser considerada agroindustrial, pois, além de abranger uma gama de produtos advindos dela, a produção é cercada de tecnologia, devido à existência de um setor de insumos, maquinários e implementos agrícolas, que promoveu a cultura a um patamar de produção de larga escala e conferiu viabilidade a ela. A cadeia do milho é bem parecida com a da soja, grande parte dos produtores de milho no Estado de Mato Grosso são na essência produtores de soja, a facilidade com o emprego do mesmo maquinário influenciou para uma proliferação da cultura de milho segunda safra no Estado. 5

6 Organograma 1 Cadeia agroindustrial do milho Fonte: Imea 1.2 O mercado mundial do milho Nesta seção, será analisado o mercado mundial do milho. Os aspectos discutidos estão relacionados com quatro variáveis principais: produção, importação, exportação e calendário agrícola mundial Produção O milho é hoje o cereal mais produzido no mundo, é esperada uma produção de 989,30 milhões de toneladas para a safra 15/16, a produção mundial concentra-se basicamente em três grandes produtores: EUA, China e Brasil; sozinhos esses países representam 65,62% da produção mundial de milho. O Brasil se encontra na terceira posição no ranking de produtores, são aguardados 75,00 milhões de toneladas para a safra 15/16. Apesar dessa ampla concentração entre os grandes produtores, o restante do milho produzido no mundo é bem dividido entre os outros países, para se ter uma ideia, o restante do top 10 representa apenas 13,83% da produção mundial, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, jun./15). 6

7 Mapa 1 - Principais países produtores de milho na safra 2015/16 346,2 346,2 26,0 68,1 228,0 0,0 75,0 25,0 Prod Mundial: 989,3 milhões t Fonte: USDA, junho/15 Ainda que seja importante a análise da produção, para se ter um olhar macro sobre o mercado do milho é necessário vislumbrar conjuntamente oferta e demanda. E, ainda assim, observar outra variável preponderante para o mercado, os estoques finais. Estes servem como forma de balizamento para preços e também definições de safras futuras. Exemplificando, caso haja uma produção maior que a demanda, a tendência é que esse excesso de produto não demandado se transforme em estoques finais da safra atual, refletindo em mais produto no início da safra subsequente. 7

8 Gráfico 1 - Oferta e demanda no mundo e estoques finais no mundo e na China últimas dez safras Produção - 700,71 mi t 88,26 72,82 Consumo - 707,6 mi t 91,52 35,26 36,60 38,39 94,17 92,82 78,28 51,18 51,30 49,42 73,06 69,44 59,34 67,57 Produção - 989,30 mi t 97,18 117,05 77,32 79,96 Consumo - 987,65 mi t 104, / / / / / / / / / / /2016 Est. Finais (China) Est. Finais (R.D.M.*) Produção Consumo 90, Fonte: USDA, junho/15. *Resto do mundo Apesar do crescimento vertiginoso do consumo mundial de milho nas últimas safras, a produção mundial avançou em maior escala. Com isso, o que se observa são cinco anos seguidos de aumento nos estoques finais mundiais, a partir da safra 2010/11 até a safra 14/15. E grande parte desses estoques se encontra na China, que foram o principal propulsor dos aumentos nos estoques nas safras 11/12 e 12/13; para a safra 15/16 é esperado que os estoques chineses representem 46,58% dos estoques mundiais. Com a demanda mundial contínua e crescente, e uma redução no volume mundial produzido em relação à safra 14/15, a safra 15/16 deve apresentar um cenário de convergência entre produção e consumo mundial, o que não acontecia desde a safra 2012/13, quando houve quebra de safra nos EUA e a produção mundial reduziu. Enfim, assim como é importante ater-se a questões como oferta (produção) e demanda (consumo), para se analisar fundamentalmente o mercado, também se deve vislumbrar os estoques finais das safras para se ter o panorama completo da definição de tendências e preços Importação O milho é atualmente o cereal mais produzido no mundo, e amplamente conhecido por seus valores nutricionais e benefícios à saúde. Apesar disso, o que se observa no mercado de importação do milho é que não há realmente um importador massivo, os grandes consumidores mundiais são também grandes produtores do cereal, assim, vêse um número de importação bem dividido entre vários países, sem um grande importador característico, como é o caso da China para a soja. Atualmente o maior 8

9 importador de milho é o Japão, com expectativa de 15 milhões de toneladas importadas na safra 15/16, devido ao relevo e ao clima, esse país não produz o cereal e tem que importar todo milho consumido. Logo atrás do Japão, vêm a União Europeia e o México. Mapa 2 - Principais países importadores de milho na safra 2015/16 15,0 12,0 15,0 10,3 4,5 10,0 0,0 8,0 4,5 Imp Mundial: 118,7 milhões t Fonte: USDA, junho/15 As importações mundiais de milho avançaram 48,08% num intervalo de tempo de dez safras (05/06-15/16). É esperado um total de 118,73 milhões de toneladas destinadas às importações na safra 15/16, apesar do grande avanço, atenta-se para o fato de os grandes compradores mundiais estarem apresentando diminuições nos seus volumes adquiridos, e novos compradores estarem adentrando o mercado com mais força. Países como México, Irã, Indonésia, Arábia Saudita e o bloco econômico da União Europeia foram os principais responsáveis pelos avanços observados nas importações das últimas safras, demonstrando assim um mercado consumidor cada vez mais diversificado para o milho. 9

10 Gráfico 2 Principais importadores mundiais últimas dez safras ,2 7,2 5,1 4,8 9,3 5,8 5,8 7,6 8,2 8,7 9,6 8,5 8,1 11,2 5,7 4,4 5,0 75 8,5 8,9 7,2 11,4 14,1 8,3 8,3 6,1 6,8 7,1 7,8 7,4 2,5 14,9 14,4 16,6 16,7 16,6 16,0 16,5 15,6 50 8,7 10,4 7,5 8,0 9,6 10,0 11,0 10,0 10,3 15,9 8,0 12,0 15,1 15,0 15, ,4 43,9 44,6 43,5 48,5 47,4 53,2 55,1 62,6 65,5 63,4 Fonte: USDA, junho/15 Outros Japão União Européia México Coréia do Sul Egito Exportação Como observado nas importações, as exportações também cresceram em ritmo acelerado nas últimas safras. Atualmente o mercado de exportação de milho é praticamente dominado por quatro países: EUA, Brasil, Ucrânia e Argentina. Juntos, esses países representaram 83,28% das exportações mundiais na safra 15/16. Os dois primeiros se caracterizam por serem grandes produtores e também consumirem boa parte da sua produção. Já a Ucrânia e a Argentina destinam mais de 60% da sua produção para o mercado externo, demonstrando assim grande dependência das exportações para escoarem seu milho. 10

11 Mapa 3 - Principais países exportadores de milho na safra 2015/16 48,3 16,0 2,5 3,0 3,5 48,3 0,0 22,0 15,5 Exp Mundial: 121,8 milhões t Fonte: USDA, junho/15 Os movimentos das exportações mudaram consideravelmente se comparados aos das safras de dez anos atrás. O mercado do milho mudou muito nos últimos anos, a China, que se posicionava como uma exportadora de milho na safra 2005/06, atualmente se caracteriza como importadora. Outro fato impressionante é a ascensão de Brasil e Ucrânia, que respondiam a um percentual ínfimo nas exportações mundiais, e na safra 15/16 serão responsáveis por 31,10% do total exportado. Dado isso, o que se observa é que o share das exportações mundiais balanceou, os EUA ainda detêm a hegemonia, mas já sofrem com a competição mais acirrada de Brasil, Argentina e Ucrânia. 11

12 2005/ / / / / / / / / / /2016 Gráfico 3 Share das exportações mundiais últimas dez safras 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 8% 8% 5% 6% 12% 12% 16% 15% 6% 12% 8% 67% 57% 63% 17% 14% 16% 18% 21% 19% 15% 17% 12% 17% 13% 18% 15% 13% 13% 7% 5% 20% 8% 5% 15% 13% 12% 13% 15% 9% 13% 21% 16% 19% 18% 26% 56% 52% 51% 33% 37% 38% 39% 19% Fonte: USDA, junho/15 EUA Brasil Ucrânia Argentina China Outros Assim como na soja, guardadas as devidas proporções, o milho brasileiro também sofre com os problemas nos gargalos logísticos, no entanto, a diferença para a soja é a época de escoamento. Enquanto o grão é escoado de fevereiro a julho, o cereal é escoado nos meses de agosto a janeiro. O grande problema da logística brasileira está nas distâncias dos centros produtores de milho dos portos, e das condições ruins das rodovias. O principal modal utilizado no Brasil (rodoviário) é considerado também o mais oneroso, o que diminui a competividade brasileira se comparada aos principais países exportadores de milho. Segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT), apenas 13,47% da malha rodoviária brasileira encontra-se pavimentada, dos 1,56 milhão de quilômetros de rodovias no Brasil, somente 210,61 mil quilômetros são pavimentados. Apesar de a quantidade parecer grande, comparando proporcionalmente a extensão territorial brasileira, a densidade rodoviária brasileira é uma das mais baixas se comparada à dos grandes produtores de soja e milho do mundo. 12

13 Gráfico 4 Densidade da infraestrutura rodoviária dos principais exportadores mundiais de soja e milho Fonte: CNT Devido a isso e a outros fatores logísticos que serão explicitados ao longo deste relatório, percebe-se que o milho brasileiro ainda sofre com problemas além da porteira, no entanto, tais problemas podem ser solucionados, refletindo em possíveis avanços e melhora na competitividade brasileira no mercado internacional Calendário agrícola O milho atualmente é produzido em larga escala basicamente em três países no mundo: EUA, China e Brasil, como já dito. No entanto, o seu período de semeadura e colheita varia entre esses países, devido basicamente à localização e ao clima dessas nações. Os EUA e a China se encontram no hemisfério Norte, e isso significa que o verão e a primavera ocorrem em período inverso ao do hemisfério Sul. E são essas estações que reúnem as condições ideais para o cultivo do milho. Dado isso, a semeadura do cereal nesses países costuma ocorrer entre os meses de abril a junho, e a colheita, durante os meses de setembro e novembro. Devido ao fato de ser mais resistente contra geadas que a soja, o milho nesses países costuma ser semeado um pouco antes do que a oleaginosa. 13

14 Enquanto isso, no hemisfério Sul, e particularmente no Brasil, existe a semeadura do milho de duas formas, o milho de primeira safra e o milho de segunda safra. O primeiro se caracteriza por disputar área com a soja no Sul e Sudeste do Brasil, principais regiões produtoras desse milho no país, e representará 38,44% da produção do cereal brasileiro na safra 14/15 (Conab, junho/15). A semeadura ocorre entre setembro e dezembro e a colheita, durante janeiro e maio. O milho semeado nesse período costuma receber melhores condições climatológicas e, assim como o cereal norte-americano, tende a demonstrar uma produtividade maior. Já o milho de segunda safra, também conhecido como milho safrinha, que representará 62,66% da produção nacional na safra 14/15, é produzido principalmente na região Centro-Oeste e no Estado do Paraná. A semeadura desse milho costuma ocorrer durante os meses de janeiro a março, e a colheita, nos meses de maio a agosto. Figura 2 - Calendário agrícola do milho nos principais países produtores, e no Brasil, nas principais regiões Fonte: USDA, ODS Em Mato Grosso, maior produtor de milho nacional, a produção é predominantemente de segunda safra, em decorrência disso, a produtividade média do cereal observada no Estado costuma ser menor se comparada à dos EUA ou à dos estados da região Sul, que realizam semeadura do cereal de primeira safra. Porém, com o elevado incremento tecnológico dos últimos anos e o alongamento das chuvas, as produtividades do milho segunda safra melhorou bastante. 14

15 O milho apresenta algumas especificidades para que tenha um bom desenvolvimento. Existem dois fatores principais que podem afetar o cereal: a precipitação e a temperatura. As temperaturas ideais do solo para o cultivo do milho estariam entre 25 e 30 ºC, temperaturas do solo inferiores a 10 ºC e superiores a 40 ºC podem ocasionar problemas na germinação. No caso da floração da planta, temperaturas menores que 15,5 ºC retardam o desenvolvimento. Em suma, verões com temperaturas médias diárias inferiores a 19 ºC e durante a noite menores que 12,8 ºC não são recomendados para a produção do milho (CRUZ et al., 2012). No que se refere ao regime pluviométrico, o milho pode ser cultivado em regiões onde as chuvas apresentam valores desde 250 até 5000 mm anuais, e a média de consumo da planta durante seu ciclo fica entre 600mm. O consumo diário do cereal nos estágios iniciais tende a não ultrapassar valores acima de 2,5 mm, enquanto que durante a maturação esses valores podem chegar até 10 mm/dia, em locais com a umidade muito baixa e que apresentam temperaturas elevadas (CRUZ, et al.). Em busca de conferir maior segurança e viabilidade sem aumento de custos, a Embrapa define épocas-limites, ou também comumente usada pelo mercado janela ideal, para a semeadura do milho de segunda safra. Pelo fato de ser semeado após uma cultura de verão, o período de plantio desse cereal depende do desenvolvimento da primeira safra, assim o planejamento do milho de segunda safra começa em setembro, com o início da semeadura da cultura de verão. Essas datas-limites são definidas de acordo com as regiões do país, e o fato de a estação chuvosa se encontrar perto do fim acaba por tornar o cultivo desse milho de alto risco. Tabela 1 - Limite das épocas de semeadura para a cultura do milho safrinha, por estado e região produtora Estado Época Limite Altitude (1) Região (cidades referências) Mato Grosso 15 de março Alta Centro-Norte (Sapezal, Lucas do Rio Verde) Goiás 15 de fevereiro 28 de fevereiro Baixa Alta Sudeste (Bom Jesus, Santa Helena) Sudoeste (Rio Verde, Jataí e Montividiu) Minas Gerais 28 de fevereiro Baixa Vale do Rio Grande (Conceição das Alagoas) Mato Grosso do Sul 15 de março Baixa e Alta Baixa Centro-Norte (Campo Grande, São G. do Oeste, Chapadão do Sul) Centro-Sul (Dourados, Sidrolândia, Itaporã, Ponta Porã) São Paulo 28 de fevereiro Alta Alto Paranapanema (Taquarituba, Itapeva, Capão Bonito) 15

16 15 de março Baixa Baixa Norte (Guaíra, Orlândia, Ituverava) Noroeste (Votuporanga, Araçatuba) 30 de março Baixa Médio Vale do Paranapanema (Assis, Ourinhos) 30 de janeiro Alta Transição (Wenceslau Braz, Mauá da Serra, sul de Ivaiporã, Cascavel, sul de Toledo até Francisco Beltrão) Paraná 15 de março Baixa Oeste e Vale do Iguaçu (Campo Mourão, sul de Palotina, Medianeira e Cruzeiro do Iguaçu) 30 de março Baixa Baixa Norte (Cornélio Procópio, Londrina, Maringá, Apucarana) Noroeste (Paranavaí, Umuarama) (1) Alta = altitude igual ou superior a 600 m e Baixa = altitude inferior a 600 m. Fonte: Vários autores, citados por Duarte (2001). 1.3 O mercado do milho em Mato Grosso Neste tópico, serão analisados o quadro de oferta e demanda do milho mato-grossense e para qual destinação é definida sua produção. Além disso, dois fatores importantes serão contemplados, a exportação responsável por grande parte da demanda do Estado e a formação do preço mínimo, que é base para a utilização de políticas de comercialização que vêm auxiliando a venda estadual do cereal há dois anos consecutivos Oferta e demanda Consolidado como maior produtor nacional de milho desde a safra 12/13, ultrapassando o Estado do Paraná, Mato Grosso deve representar 22,87% da produção brasileira do cereal na safra 14/15. A quantidade produzida pelo Estado avançou 125,98% nas últimas cinco safras, e esse avanço é apoiado no crescimento da área de milho segunda safra (CONAB, junho/15). A produção mato-grossense deve chegar a 20,33 milhões de toneladas na safra 14/15, segunda maior da série histórica. Desse total, 46,47% encontram-se na região médionorte do Estado, assim como na soja (IMEA). O município de Sorriso é considerado o maior produtor de cereal em âmbito nacional, com 2,66 milhões de toneladas na safra 12/13, e entre as dez maiores cidades produtoras de milho no Brasil, seis se encontram em Mato Grosso, segundo dados do IBGE. A facilidade no cultivo do milho e a caracterização como uma cultura de segunda safra foram os principais propulsores da expansão do cereal no Estado. 16

17 Tabela 2 Oferta e demanda do milho mato-grossense na safra 14/ / /14* 2014/15 Variação 13/14 e 14/15 Oferta 22,60 17,75 18,58 5% Estoque Inicial 0,06 0,03 0, % Importação 0,00 0,00 0,00 0% Produção 22,54 17,72 17,80 0% Demanda 22,57 16,96 17,96 6% Consumo MT 3,15 3,46 3,74 8% Consumo Interestadual 3,05 2,40 2,00-17% Exportação 14,02 11,10 12,21 10% Aquisições públicas 2,34 0,00 0,00 0% Estoque Final 0,03 0,79 0,63-20% *Estimativa Unidade: Milhões de Toneladas Fonte: Imea/Secex. Atualmente, a composição do quadro de demanda do milho mato-grossense está centrada principalmente na exportação, para a safra 14/15 espera-se que as exportações sejam responsáveis por 68,37% do consumo de cereal de Mato Grosso. Grande parte desse milho é destinada à produção de rações que servirão como alimento de aves e suínos nesses países. Apesar da importância da exportação para a demanda matogrossense, o Estado sofre com entraves logísticos que acabam por mitigar sua competitividade frente a outros players do mercado. O principal ponto a se melhorar são os gargalos logísticos, com a reforma de estradas e utilização maior de transportes alternativos (ferroviário e hidroviário). Outra variável que tem se elevado no quadro da demanda mato-grossense é o consumo interno. O crescimento das indústrias de etanol de milho, conjuntamente com a expansão da indústria de ração para aves, suínos e outros animais, impulsionou o consumo do cereal no Estado, que na safra 14/15 deve crescer 8% em relação à safra 13/14, e representar 20,85% da demanda do milho de Mato Grosso. Soma-se a esses dois drivers da demanda o consumo interestadual, que significa as vendas a outros estados brasileiros, cujo valor deve representar 11,14% do consumo do cereal mato-grossense. 17

18 1.3.2 Exportação de milho em grão Assim como na soja, o milho mato-grossense tem como principal destino a exportação. O fato de o Estado ser o maior produtor do cereal no Brasil torna necessário o conhecimento dos principais importadores, para avaliar a demanda nacional atual e conhecer as perspectivas futuras do mercado do milho brasileiro. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Estado de Mato Grosso representou, em 2014, 53,15% das exportações brasileiras. No âmbito internacional de representatividade, as exportações mato-grossenses representaram, na safra 2013/14, 8,37% das exportações mundiais. Os principais importadores do milho mato-grossense se encontram no lado oriental do planeta: Irã, Vietnã e Coreia do Sul, que juntos representaram 47,97% das exportações do milho de Mato Grosso em Mapa 4 - Principais países importadores do milho mato-grossense em ,9 0,8 1,6 0,5 2,9 0,0 0,7 0,6 Exp Mato-grossense 11 milhões t Fonte: Secex Com isso, percebe-se a importância da produção mato-grossense para o fornecimento de milho aos principais países importadores do mundo. E com a melhora nos gargalos logísticos, o cereal de Mato Grosso irá se beneficiar, podendo aumentar e diversificar seu volume exportado para diversas regiões no mundo. As principais rotas de escoamento do milho mato-grossense são o porto de Santos-SP e o porto de Vitória-ES, que juntos representaram 69,07% do escoamento de cereal no ano de No entanto, a participação dos portos da região Norte vem crescendo 18

19 * consideravelmente ao longo dos últimos anos. Em 2010, os três principais portos dessa região, situados nos municípios de Manaus, Barcarena e Santarém, foram responsáveis por 7,4% do escoamento do milho, já em 2014 a representatividade cresceu para 15,1%, demonstrando assim a evolução e a importância de investimentos em infraestrutura nessa região. Gráfico 5 - Participação por região no escoamento das exportações do milho mato-grossense (%) 85% 75% 81% 73% 77% 69% 69% 67% 65% 55% 45% 35% 25% 15% 5% 14% 17% 11% 13% 7 12% 9% 13% 15% 12% 19% 12% *Até maio/2015 Fonte: Secex Norte Sul Sudeste 1.4 Os mercados externo e brasileiro Esta seção irá tratar sobre os tipos de mercados e bolsas que influenciam nas cotações internacionais do cereal, além de retratar as especificações dos contratos e também a importância dos preços externos no mercado interno Tipos de mercado Aqui se encontra um dos principais pontos de convergência entre o milho e a soja, as duas commodities são negociadas basicamente com os mesmos mecanismos de comercialização. A escolha do mecanismo de comercialização depende das características gerais dos produtos e, principalmente, das características das transações. Por exemplo, commodities apresentam boa eficiência na comercialização por meio de mecanismos de 19

20 mercado spot ou de futuros, já produtos sensíveis a variações qualitativas e sujeitos a compras regulares são eficientemente comercializados por meio de contratos de fornecimento de médio e longo prazos. As negociações do milho podem ocorrer em quatro grandes mercados. O mercado físico (spot, cash ou à vista), a termo, mercado futuro e mercado de opções. Essencialmente são esses quatro grupos de operações praticadas em todo o mundo e que são utilizadas, também, no mercado interno. Em suma, o mercado físico é basicamente a troca de produto físico por dinheiro, uma vez que se trata de uma troca imediata. É também chamado de mercado disponível, cash ou spot (este último termo normalmente utilizado em bolsas de mercadorias). No mercado à vista os negócios realizados têm como objetivo efetuar uma compra e/ou venda imediata. Assim, a entrega do produto e seu pagamento acontecem no mesmo instante. É característico desse mercado ser tipicamente esporádico e apresentar alto grau de incertezas no que se refere ao comportamento dos preços, regularidade de suprimentos e qualidade de produtos. Assim, uma empresa que adota esse mecanismo assume um grande risco, o que pode levá-la ao insucesso nas suas operações, em consequência das incertezas dos aspectos relacionados à demanda e à oferta. O mercado físico, isoladamente, não se mostra um mecanismo adequado para diversos tipos de transações, particularmente quando a estabilidade do suprimento e de preços é necessária, ou a qualidade dos insumos é de difícil observação. Para isso, existem outros mecanismos mais apropriados, permitindo transações que reduzem esses riscos, como o mercado a termo. O diferencial do mercado a termo em relação ao mercado físico é que as transações ocorrem em dois ou mais instantes no tempo. São contratos em que as partes acordam alguns elementos da transação que irão ocorrer no futuro, especificando no contrato: a mercadoria, a data de entrega, o local, o meio de transporte, o meio de pagamento e/ou qualquer outro elemento que comprador e vendedor desejem incorporar a ele. Os contratos no mercado a termo apresentam grande flexibilidade de modelos de transação. Um exemplo muito comum é a compra de milho antecipada por indústrias desse segmento, em que, um pouco antes da semeadura ou mesmo durante o ciclo da cultura, o agricultor pode vender sua safra para a indústria processadora por preços fixos e com pagamento em data futura. O agricultor garante a venda de seu produto e trava o preço, já a agroindústria consegue planejar compras e recebimentos, a fim de fazer a ocupação racional da capacidade de processamento da sua planta industrial. O grande problema desse mecanismo é o risco de não cumprimento do contrato por uma ou ambas as partes. Mesmo o contrato tratando de obrigações entre as partes, isso não as impede de agirem com atitudes oportunistas, por outro lado, nesse mercado o produtor não precisa retirar dinheiro do seu caixa para fechar contrato. 20

21 Da evolução dos contratos a termo resultou a formação dos mercados de futuros, que é um pouco mais complexo que o mercado a termo. O que os diferencia são os contratos padronizados e negociados em bolsas organizadas, não permitindo a inclusão de cláusulas por parte de compradores e vendedores. Os contratos futuros especificam apenas o período para entrega, o lugar, lotes padrão, e o objeto transacionado, sendo este mercado restrito somente a commodities com contratos padronizados registrados nas respectivas bolsas de mercadoria e futuro, como é o caso do milho. Ao se comprar ou vender um contrato, não é necessária a inspeção do produto ou avaliação da possibilidade de cumprimento do contrato, uma vez que este é assegurado pela instituição responsável pela transação, que no caso brasileiro é a BM&F. Outra característica importante do mercado futuro é o fato de uma minoria dos contratos (menos de 2%) resultarem em entrega efetiva da mercadoria. Na maior parte dos contratos ocorre liquidação financeira (a posição é revertida) antes da data de entrega, não necessitando assim realizar a entrega física no local acordado. O objetivo de um contrato futuro é apenas a redução de riscos, característicos das transações no mercado físico. O mercado futuro permite essa redução de risco que é conhecida como hedge, que é uma operação de travamento de preço para uma data futura. Intimamente relacionado ao mercado futuro existe o mercado de opções, que são contratos que asseguram o direito de exercício de uma compra ou de uma venda de algum ativo. Pode ser um ativo físico (como mil toneladas de milho) ou um contrato futuro. No caso das principais bolsas, as opções negociadas são direitos de compra ou de venda de contratos futuros. Na medida em que há uma separação de direito e obrigação de compra e venda, há dois tipos de opções: opções de compra (Call) e opções de venda (Put). No primeiro caso, o comprador da opção tem o direito de compra de um determinado contrato futuro a um preço preestabelecido, enquanto o vendedor tem a obrigação de venda, se este for o desejo do comprador. O inverso ocorre no caso de uma opção de venda, em que o comprador tem o direito de venda e o emitente da opção, a obrigação de compra. A ligação entre mercado de opções e uma estratégia de hedge é bastante evidente. Por exemplo, um agricultor, que está sujeito ao risco de queda do preço de seu produto, pode comprar uma Put (direito de venda) daquela mercadoria a um preço de exercício que remunere seus custos. Assim, se houver uma queda dos preços, o agricultor pode exercer o direito de vender seu produto pelo preço predeterminado, garantindo a cobertura de seus custos de produção. Do mesmo modo, uma agroindústria, sujeita ao risco de uma elevação do preço de seus insumos, pode comprar uma Call (direito de compra) a um preço de exercício preestabelecido. O valor desse direito, tanto da Call quanto da Put, possui variações de preço relacionadas ao tempo de vencimento do ativo e riscos do mercado. 21

22 1.4.2 Bolsa de Chicago (CBOT) A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CME, sigla em inglês) aparece como a principal referência para os preços internacionais do milho. Isso porque, na Bolsa de Chicago, há uma alta concentração de ofertantes e demandantes dos principais países produtores e importadores do cereal. Assim, os preços internos do milho possuem uma relação íntima com a cotação do mercado futuro (Bolsa de Chicago). Pode-se entender mercado futuro como um mercado no qual são realizados negócios de compra e venda por meio de contratos uniformes, podendo ser tanto agrícolas quanto financeiros, e sua entrega ou liquidação se dá em data futura já estabelecida no contrato firmado pelas partes. Os contratos futuros têm como características: O vendedor tem a obrigação de entregar a mercadoria dentro dos padrões do contrato, ou fazer liquidação financeira (grande maioria dos casos). O comprador tem a obrigação de pagar o valor negociado. Padronização acentuada. Liquidez. Risco de crédito baixo e homogêneo, isto é, risco da clearing ou compensação. Negociação transparente em bolsa mediante pregão. Bolsa e instituições envolvidas garantem a execução e liquidação dos contratos. Possibilidade de encerramento da posição com qualquer participante em qualquer momento, graças ao ajuste diário do valor dos contratos. A escolha da Bolsa de Chicago como referência mundial se dá pela alta concentração da oferta e da demanda dos principais países produtores e importadores neste mercado. Além disso, é a bolsa mais antiga do mundo, fundada em 1848, sendo uma referência consolidada no mercado. Quando se está negociando no mercado futuro, compra-se ou vende-se por um preço à vista, mas para uma data futura expressa no contrato. Com isso surge o preço futuro, que é o preço à vista mais as expectativas dos agentes em relação aos fatores que afetam o preço futuro, como: custo, demanda e oferta, exportações, preço dos bens substitutos, câmbio, clima, sazonalidade (safra e entressafra), poder aquisitivo, atitudes dos compradores internacionais e também os juros. O objetivo de operar no mercado futuro é fixar um preço futuro, essa forma de operar é chamada de hedge, livrando-se das oscilações do preço e com isso protegendo o resultado do seu negócio. Além disso, torna-se possível realizar outros tipos de operações neste mercado, como é o caso dos especuladores que visam ganhar com a oscilação do mercado e os arbitradores que ganham com as diferenças de preços que 22

23 ocorrem entre mercados. Estes três tipos de operações vão ser detalhados no decorrer do capítulo. Para realizar uma operação no mercado futuro deve-se abrir uma conta numa corretora afiliada à Bolsa de Mercadorias pretendida (BM&F ou CBOT). Nos sites das bolsas existem listas de corretoras afiliadas, as quais podem ser procuradas para a abertura da conta. Este processo inicial, geralmente, não possui nenhum custo. Após a abertura da conta o cliente poderá acessar o Home Broker ou uma plataforma de negociação. Através destas ferramentas, o cliente poderá acompanhar momentaneamente as negociações nas Bolsas de Mercadorias. Porém, para realizar alguma operação através destas ferramentas, o cliente deverá depositar uma margem de garantia na sua conta na corretora escolhida. Mais detalhes sobre a margem de garantia serão abordados adiante. No caso da Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros do milho são padronizados, possuindo uma estrutura previamente definida por regulamentação da bolsa. Nesta padronização, há características predefinidas do produto negociado, no caso, a soja, como a cotação, data de vencimento, tipo de liquidação, dentre outras especificações. As especificações dos contratos do milho na CBOT estão listadas no quadro abaixo: Quadro 1 - Especificações dos contratos do milho na CBOT Fonte: CME Group 23

24 O site da CME Group ( traz informações mais detalhadas sobre a padronização dos contratos futuros Especificações da Bolsa de Chicago Para realizar uma negociação na Bolsa de Chicago é imprescindível pleno conhecimento das especificações do contrato que se deseja negociar. No caso do milho, existem detalhes específicos do contrato que deverão ser inseridos na plataforma de negociação. Figura 3 Composição dos códigos do milho na CBOT Fonte: CME Group Elaboração: Imea. Os códigos para realizar uma negociação de milho na CBOT variam de acordo com o mês e ano de vencimento do contrato. O código utilizado deve conter tais especificações: ZC, identificação do contrato de milho; N, mês de vencimento, que é julho; 6, ano do vencimento do contrato, Com isso, o código do contrato do milho a ser negociado ficaria ZCN6. 24

25 1.4.4 Cotação internacional no mercado interno Assim como no mercado da soja, o milho no mercado interno é negociado em sacas. O seu preço de referência é R$/sc. No entanto, na CBOT a unidade de medida utilizada é cents de dólares/bushel. Dado isso, torna-se necessária a conversão dos valores para o conhecimento da cotação internacional no mercado interno. A primeira divisão a ser realizada é a divisão por 100 para transformar de cents de dólares/bushel ( US$/bu) para dólares/bushel (US$/bu). Depois disso, realiza-se a conversão do câmbio, de dólares (US$) para reais (R$), e então converte para saca. Sabendo-se que 1 bushel de milho corresponde a 25,401 quilogramas, para descobrir quanto uma saca de milho de 60 kg corresponde em bushel, é necessário realizar a divisão de bushel para kg. Dividindo 60 por 25,401, encontra-se o valor base de que um bushel de milho corresponde a 2,3621 sacas. Assim, basta multiplicar o valor da cotação na data desejada na Bolsa de Chicago (bushel) por 2,3621 para descobrir o valor correspondente em saca (60 kg). Parafacilitar o entendimento desta conversão, realizamos a conversão do preço do milho cotado na CBOT para o mercado brasileiro. Por exemplo: US$ 382,50/bushel 100 (para tirar de cents) US$ 3,8250/bushel US$ 3,8250/bushel 2,3621 (para transformar de bushel para saca de 60 kg) US$ 9,03/sc US$ 9,03/sc 3,15 (para transformar de dólar para saca) R$ 28,44/sc Cabe salientar que os preços do milho e do dólar considerados no exemplo acima são hipotéticos, sendo utilizados apenas para o entendimento do cálculo de conversão Especificações na BM&F Igualmente ao encontrado na Bolsa de Chicago, o contrato do cereal negociado na BM&F também apresenta especificações e peculiaridades exclusivas dele. Os detalhes podem ser encontrados no próprio site da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Tabela 3 Especificações do contrato de milho na BM&F Início das negociações Objeto de negociação 19 de setembro de 2008 Milho em grão a granel, com odor e aspectos normais, duro ou semiduro, amarelo, da última safra, com máximo de 14%. 25

26 Código Tamanho do contrato Variação mínima de apregoação Cotação Oscilação máxima diária CCM 450 (quatrocentas e cinquenta) sacas de 60kg (sessenta kilos) líquidos cada, correspondentes a 27t (vinte e sete toneladas métricas) de milho em grão a granel. R$ 0,01 (um centavo de real) por 60 quilos líquidos. Reais por saca de 60 quilos líquidos, com duas casas decimais, livres de ICMS. 5% sobre o preço de ajuste do dia anterior do vencimento negociado. Para o 1º vencimento em aberto, o limite de oscilação será suspenso nos três últimos dias de negociação. Lote padrão 1 Último dia de negociação Meses de vencimento Limites de posição Margem de garantia Horário de negociação Dia 15 do mês de vencimento. Se nesse dia for feriado ou não for dia de pregão na BM&FBOVESPA, a data de vencimento será o dia útil subsequente. Janeiro, março, maio, julho, agosto, setembro e novembro contratos ou 25% das posições em aberto por vencimento, dos dois o maior. Será exigida margem de garantia de todos os comitentes com posição em aberto, cujo valor será atualizado diariamente pela Bolsa, de acordo com critérios de apuração de margem para contratos futuros. Negociação Normal: 09: :30 Call Eletrônico: 15:40 Negociação After-hours (D+1): - 16: :00 Fonte: BM&F Além disso, existem também os códigos dos contratos para serem inseridos na plataforma de negociação, que servirão como forma de direcionamento para a realização dos negócios, apresentando nomenclatura do produto na BM&F, do mês e do ano de vencimento, explicitados na seguinte figura: 26

27 Figura 4 Composição dos códigos da BM&F Fonte: BM&F No entanto, como na BM&F o contrato é negociado em R$/sc, não existe a necessidade de conversão dos valores para a realização de comparações. 1.5 Como se formam os preços no mercado interno Existem basicamente duas influências maiores na formação de preços no mercado interno, a primeira é a cotação do cereal na Bolsa de Chicago (CBOT), o fato de os Estados Unidos serem o maior produtor e consumidor mundial e também possuírem um mercado financeiro de alta liquidez acaba reiterando a importância das cotações na CBOT. E, em segundo plano, pesa também na concepção das cotações internas o preço do milho na BM&F, pelo fato de o Brasil ser um grande consumidor de milho, as variações diárias na Bolsa de Mercadorias & Futuros são de grande importância. Somam-se a isso o prêmio de exportação, o dólar comercial, o frete, o custo portuário, fatores que acabam por acrescer ou diminuir o preço do cereal no mercado interno. Esta seção retratará essas variáveis e a sua relevância para a cotação do milho Prêmio de exportação Depois de ser definido o preço do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), esse valor deve ser comparado com o preço dentro do navio onde será realizada a exportação, ou seja, preços FOB (Free On Board) do milho. A diferença entre estes é nomeada como prêmio de exportação, e usualmente tal valor é precificado pelo mercado. 27

28 Além disso, o prêmio leva em consideração uma série de fatores que vão desde a eficiência do porto exportador até a qualidade do produto a ser exportado. O mercado monitora esses fatores e aplica o prêmio sobre a cotação da Bolsa de Chicago, se as condições forem favoráveis ao porto exportador o valor do prêmio sofrerá acréscimo, caso a compilação dos fatores seja adversa ao porto exportador o prêmio será induzido ao deságio. Com isso, os prêmios variam de porto para porto, enquanto o porto de Paranaguá-PR pode apresentar um prêmio positivo, o porto de Santos-SP pode apresentar prêmio negativo, dependendo das condições encontradas nesses portos. Pelo fato de ser considerado uma commodity, o milho se caracteriza como um produto de oferta sazonal, fazendo assim com que o prêmio varie conforme a oferta de produto para exportação. O valor do prêmio tende a cair durante o período de colheita, e no período de entressafra os prêmios se movem para valores positivos, por haver pouco produto para negócios. Dessa maneira, observa-se que o prêmio de exportação é uma variável de extrema importância para o balizamento dos preços no mercado interno em referência às cotações internacionais do cereal, de modo a ajustar os preços do cereal conforme a tendência mundial Custos portuários Os custos portuários são aqueles incorridos, de forma direta ou indireta, nos portos, com o intuito de iniciar as exportações ou concluir as operações de importação de produtos e mercadorias (AMARAL et al., 2013). Os custos diretos são aqueles relacionados à utilização dos equipamentos e instalações portuárias terrestres ou marítimas, embarques e desembarques de cargas, despachos aduaneiros, taxas e impostos. Já os custos indiretos incorridos nos portos compreendem as despesas relacionadas à contratação dos serviços de praticagem, rebocadores, agências marítimas, atracação e desatracação, faróis, vigias, transporte de tripulação, dentre outros. Ainda segundo Amaral et al., 2013, nem todos os portos possuem as mesmas despesas portuárias, pois variam dependendo das dificuldades operacionais, bem como capacidade logística e infraestrutura do porto. Para a utilização dos portos há três principais tipos de gastos: As taxas portuárias, referentes à utilização da infraestrutura portuária e utilização de infraestrutura terrestre do porto. O custo de oportunidade de estoques no caminhão em virtude das filas e demora no momento do descarregamento da mercadoria. 28

29 A remuneração por estadia, que leva em consideração a utilização do armazém no porto Frete ao porto No Brasil, algumas regiões produtoras se desenvolveram distantes dos principais portos utilizados no processo de exportação, como é o caso de Mato Grosso. Com isso, o custo do transporte da carga da região produtora até o porto é significativo no processo de formação de preço do milho no mercado interno, pesando sobre o bolso do produtor. Este custo varia conforme a distância e tipo de modal utilizado, se tornando maior à medida que aumenta a distância percorrida. A formação do preço do frete é bastante complexa e incorpora também fatores locais e conjunturais, além dos custos da atividade, podendo ser influenciada por fatores diretos e indiretos (CYPRIANO, 2005). Fatores Diretos: são influenciados através de eventos que fazem variar a demanda pelo serviço. Por exemplo: A performance da economia. Algumas estratégias empresariais, como localização, gestão da produção, política de estoques e centralização de armazéns. Acordos internacionais de comércio, como o Mercosul, por exemplo. Materiais para embalagens. Fluxos reversos (por exemplo, com a finalidade de reciclagem). As estruturas de mercado da oferta e da demanda do bem transportado. Fatores Indiretos: fatores que afetam os custos da prestação dos serviços (CYPRIANO, 2005). Por exemplo: A regulação/desregulação. Variação nos preços dos combustíveis. Inovações nos veículos e compartimentos de carga. Congestionamentos. Limites de peso para a circulação. Além disso, há sazonalidade no valor deste frete, pois se torna maior no período da safra brasileira de soja e milho. Nas regiões produtoras de Mato Grosso há um déficit na armazenagem, assim há a necessidade do escoamento rápido da produção para os portos de exportação e para as indústrias de refinamento de milho. Este escoamento eleva a demanda por serviços de transporte e gera um aumento nos preços relativos a 29

30 estes serviços. Além disso, a necessidade de caminhões fica maior, devido ao frete da fazenda até os armazéns. No Brasil, assim como em Mato Grosso, o modal de transporte mais utilizado é o rodoviário, o que torna o custo do frete do milho bastante elevado, sobretudo nas regiões mais afastadas dos principais portos. No entanto, o cenário para o escoamento de grãos tem se alterado nos últimos anos, com o surgimento de novos portos e a maior utilização de portos da região Norte, tem reduzido a superlotação dos portos do Sudeste do Brasil, principalmente em Santos-SP, maior responsável pelo escoamento do cereal em Embora uma mudança nos padrões de escoamento esteja ocorrendo, ainda é muito cedo para discorrer sobre a plena solução dos gargalos logísticos. Os investimentos em outros modais se tornam cada vez mais necessários para a otimização do agronegócio brasileiro Cotação interna O preço do milho, como explicitado anteriormente, envolve uma série de variáveis, no entanto, assim como no mercado da soja, a cotação do cereal na Bolsa de Chicago, a taxa de câmbio e o preço do milho na BM&F são amplamente utilizados para a realização das negociações com o vendedor. O preço do milho a ser pago ao produtor envolve as seguintes variáveis: Cotação do milho na CBOT com vencimento no dia da negociação, cotado em cents de dólar por bushel. Cotação do milho na BM&F com vencimento no dia da negociação, cotado em R$/sc. Prêmio praticado no porto no dia da negociação, valor influenciado pela força da oferta e demanda no mercado interno, pelo frete marítimo e diferencial de porto. Custos portuários. Custo com o frete rodoviário. Comumente utilizada para balizamento com os preços externos, a cotação do milho na CBOT influi diretamente no preço do cereal no mercado interno. Para exemplificar consideremos os seguintes dados para o cálculo do preço do milho disponível em Sorriso: Cotação da soja em Chicago: US$ 367,50 cents/bushel Prêmio no porto de Santos: + US$ 25,00 cents/bushel Custo portuário (base, porto de Santos) para Sorriso: US$ 15,00/tonelada Dólar comercial no disponível: R$ 3,15/US$ 30

31 Frete rodoviário de Sorriso a Santos: R$ 265/tonelada CONVERSÕES Lembrando que: 1 bushel = 25,401 kg 1 saca (sc) = 60 kg 1 saca (sc de 60 kg) = 2,3621 bushel 1 tonelada = 16,666 sacas (60 kg) Antes de concretizar o cálculo para a obtenção da cotação interna, necessita-se fazer as conversões das variáveis para auxiliar a conta, assim, as variáveis citadas devem proporcionar os seguintes valores já transformados para a unidade adequada: (1) Cotação do milho na CBOT: US$ 8,68/sc ( 100 para tirar de cents de bushel e passar para bushel, e, 2,3621 para converter de bushel para saca) (2) Prêmio do porto: + US$ 0,59/sc ( 100 para tirar de cents de bushel e passar para bushel, e, 2,3621 para converter de bushel para saca) (3) Custo portuário em Santos: US$ 0,90/sc ( 16,666 para transformar de toneladas para saca) (4) Dólar comercial: R$ 3,15/US$ (5) Frete rodoviário de Sorriso a Santos: R$ 15,90/sc ( 16,666 para transformar de toneladas para saca) Depois de fazer as conversões necessárias, pode-se realizar o cálculo, conforme a equação abaixo, em que cada variável está sendo simplificada pela numeração dada acima: ((((1 + 2) 3) 4) 5) Desta forma, conforme a equação acima, deve-se somar o preço do milho na CBOT com o prêmio no porto, o resultado deve ser reduzido pelo custo portuário. Logo após, devese multiplicar o valor obtido pelo dólar para converter as variáveis de dólar para reais e, em seguida, o resultado deve ser reduzido do frete rodoviário. Assim, no exemplo dado, a cotação interna em Sorriso teria um valor de R$ 10,47/sc. 31

32 Outra conta amplamente utilizada para a realização das negociações é o cálculo do preço de base. A partir desse cálculo, obtém-se a base, que é a diferença entre o preço histórico de uma commodity na região onde o hedger se encontra e o valor histórico negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros, ou o preço do local de formação de preços, no caso da BM&F o Cepea (RODRIGUES & CUNHA, 2013). As variáveis utilizadas para o cálculo do preço de base são: o preço médio histórico do milho na BM&F e o preço histórico da cidade que se deseja descobrir o valor da base. Esta conta é explicitada abaixo: 1) Cotação média do cereal na cidade de Sorriso: R$ 12,90/sc 2) Preço médio do milho na BM&F: R$ 25,70/sc O fato de estarem na mesma unidade faz com que não haja necessidade de conversão de valores, como é feito na conversão dos preços na CBOT. Devido a isso, a conta para obtenção do preço de base é a seguinte: (2 1) Com isso, o valor da base encontrado é de R$ -12,80/sc, demonstrando assim que a base encontrada para os preços em Sorriso-MT tende a ser negativa se comparada aos preços da Bolsa de Mercadorias & Futuros. Assim, para fazer o cálculo do valor do preço em Sorriso, pode-se apenas retirar o preço base calculado do preço negociado na BM&F. Assim teremos um preço estimado, já que o valor da base costuma ter oscilações durante o ano. 1.6 Principais rotas de escoamento do milho no Estado Caracterizado como o terceiro maior produtor e segundo maior exportador mundial de milho, o Brasil, como já citado, sofre com grandes problemas nos gargalos logísticos. A competitividade ganha dentro da porteira se evade após a produção tomar como rumo a exportação. Atualmente, o principal modal utilizado no país é o rodoviário, com 61,1% de participação no total de cargas transportadas, e com a distância média entre as regiões produtoras e os portos sendo de aproximadamente 1000 km, é de se esperar boas condições nas estradas do país, o que não é realidade. No Brasil, cerca de 49,9% das rodovias apresentam deficiências no pavimento, e essas inadequações elevam o custo operacional dos transportadores em 26,0% em média (CNT, 2015). Entraves como baixa densidade da malha, idade avançada da frota de caminhões, falta de investimento, ausência de manutenção adequada das rodovias, baixa extensão duplicada e até mesmo a falta de pavimentação são os principais fatores de desestímulo às rodovias. 32

33 Gráfico 6 Avaliação do pavimento das rodovias brasileiras Fonte: CNT O modal ferroviário, conjuntamente com o modal hidroviário, é o mais recomendado para um país de dimensões gigantescas como é o caso do Brasil. No entanto, a representatividade desses modais é baixa e, segundo a CNT, a infraestrutura das ferrovias brasileiras está em condições precárias, apenas 16,7% delas foram avaliadas como boas. É o mesmo percentual encontrado quando se vislumbram as que estão em condições péssimas. O gráfico abaixo explicita esse fato. Gráfico 7 Avaliação da qualidade da infraestrutura ferroviária utilizada pelos embarcadores entrevistados Fonte: CNT 33

34 Essa realidade observada no território nacional não se difere em praticamente nenhum ponto da encontrada em Mato Grosso. Com 55% do milho destinado à exportação indo para o porto de Santos-SP, e 14% para o porto de Vitória-ES em 2014, o escoamento do cereal se concentra basicamente na região Sudeste. No entanto essa dinâmica vem mudando nos últimos anos, a participação dos portos do Norte vem crescendo, dando novos ares de esperança para a redução nos custos de transportes, podendo remunerar melhor o produtor de milho no Estado. Gráfico 8 Fluxo de exportação de milho mato-grossense por região em ,1% 12,4% 69,1% 3,4% Norte Sul Nordeste Sudeste Fonte: Secex O fato de serem mais próximos e de apresentarem modais alternativos mais baratos, como as hidrovias, colabora para um escoamento maior de milho pelos portos do Norte. No entanto, investimentos necessitam ser feitos. Um exemplo seria o porto de Santarém- PA, utilizando o terminal de transbordo em Miritituba-PA, no entanto, para chegar a esse terminal há necessidade de utilização de rodovias, com parte ainda sem pavimentação. 34

35 Figura 5 Comparação de custos de transporte Fonte: CNT 1.7 Paridade de exportação e sua importância A estreita relação entre a formação de preços internos e o preço na Bolsa de Chicago permite que seja possível realizar a conversão de preços futuros negociados na CBOT para valores nacionais. Há diferença entre a conversão da paridade de exportação e a conversão do preço no mercado interno, enquanto a primeira é realizada apenas para negócios futuros, a segunda é utilizada para negociação com o contrato corrente. Devido a isso, esta seção irá discutir o que é paridade de exportação do milho e também a sua importância e forma como é calculada O que é e para que serve a paridade de exportação O preço da paridade de exportação do milho pode ser considerado uma espécie de internalização dos preços, pois equipara as cotações internacionais às regiões produtoras do Estado. Assim, é calculado o custo de exportação do milho matogrossense com base nos preços a partir do mercado externo e os custos de escoamento interno, visando identificar se, eventualmente, as condições estão mais ou menos benéficas para a exportação do cereal estadual. 35

36 A paridade de exportação do milho depende de vários fatores dentro do processo de saída do cereal da região produtora até a colocação dele no navio. Todo este processo de obtenção do preço na região produtora é chamado de internalização do preço, ou como é mais conhecido, como a paridade de exportação. Os preços em Mato Grosso guardam relação direta com os internacionais e são praticados em sintonia com a Bolsa de Chicago, o que reflete a grande importância das exportações como destino da produção. Esta paridade influi diretamente no preço recebido pelo produtor mato-grossense, pois as trades se utilizam desta ferramenta para o cálculo e balizamento do preço a ser pago ao produtor. Assim, compreende-se que, ao efetuar o procedimento de internalização do preço, o produtor ou a empresa compara o preço da sua commodity ao estabelecido no mercado externo. A razão pela qual um país exporta ou importa um dado produto pode ser explicada parcialmente por meio da paridade de preço, ou seja, a relação entre a cotação externa internalizada e o preço doméstico do produto. Nesse sentido, a paridade de preço passa a influir diretamente no preço que o produtor da commodity agrícola recebe, pois, os agentes internalizam a cotação internacional para estabelecer o limite de preço que podem pagar pelo produto no mercado interno. O cálculo do preço de paridade de exportação é bastante semelhante ao cálculo realizado no item 1.5.4, que visava encontrar o preço da cotação interna com base na cotação do milho na Bolsa de Chicago. A principal diferença entre o preço da cotação interna e o preço de paridade de exportação são os contratos utilizados. Enquanto na cotação interna, se a negociação é realizada no disponível, o contrato a ser considerado para todas as variáveis (milho na CBOT, dólar, prêmio, despesas portuárias, frete) deve ser o disponível. Já para a paridade de exportação, geralmente se faz para uma data futura, assim, o contrato considerado para as variáveis deve ser o futuro. No caso da paridade de exportação realizada pelo Imea, considera-se o contrato futuro de julho, pois, sabendo-se que em julho grande parte do milho mato-grossense já está colhida, esse contrato que expressa a safra de milho do Estado. De tal modo, observam-se as variáveis de julho do ano seguinte. Por exemplo: em janeiro de 2015, a paridade de exportação realizada pelo Imea era para julho de 2015, assim, as variáveis analisadas (milho na CBOT, dólar, prêmio, despesas portuárias, frete) eram todas para julho de Já em agosto de 2015 a paridade a ser analisada será a de julho de 2016, uma vez que julho de 2015 já ocorreu. Assim, todas as variáveis devem apresentar cotações para o contrato futuro, de julho de

37 1.7.2 Como se calcula a paridade de exportação A formação do preço de paridade do milho depende da cotação internacional do cereal, tendo como base os preços na CBOT. Além disso, entram no cálculo os descontos ou acréscimos, do prêmio de exportação e dos custos de movimentação do produto da área produtora para o porto, assim como dos custos de intermediação dos agentes envolvidos neste processo. Não se pode esquecer também da questão cambial, já que o milho é um produto negociado internacionalmente, onde seu preço é cotado em dólar e por isso necessita ser convertido para a moeda local, que é o real. Para o cálculo do preço de paridade de exportação são consideradas as mesmas variáveis do item 1.5.4, com exceção do preço da BM&F, que são: Cotação do milho em Chicago. Prêmio no porto. Custos portuários. Custo com o frete rodoviário. Dólar. No entanto, diferentemente do que foi exposto no item 1.5.4, em que o contrato destas variáveis era o disponível, para a paridade de exportação o contrato utilizado para o cálculo destas mesmas variáveis é o futuro. No caso, para servir atualmente de base para a safra mato-grossense de milho 2015/16 é considerado o contrato de julho de 2016 de todas as variáveis, com exceção do custo portuário, que não é negociado em bolsas. Para exemplificar como é realizado o cálculo de paridade de exportação, tendo como referência o município de Sorriso, consideremos os seguintes valores das variáveis: Cotação da soja em Chicago: US$ 405,25 cents/bushel Prêmio no porto de Santos: + US$ 27,00 cents/bushel Custo portuário (base, porto de Santos) para Sorriso: US$ 15,00/tonelada Dólar comercial no disponível: R$ 3,15/US$ Frete rodoviário de Sorriso a Santos: R$ 276/tonelada Cabe salientar que, mesmo sendo valores hipotéticos para cada variável, em uma situação real, todas (com exceção do custo portuário) teriam como referência o contrato de julho de CONVERSÕES Lembrando que: 1 bushel = 25,401 kg 37

38 1 tonelada (t) = 1000 kg 1 saca (sc) = 60 kg 1 saca (sc de 60 kg) = 2,3621 bushel 1 tonelada = 16,666 sacas (60 kg) Antes de realizar o cálculo para a obtenção do preço de paridade de exportação de julho 2016 em Sorriso, devem-se fazer as conversões das variáveis para facilitar o cálculo, assim como foi feito no cálculo das cotações internas do item Com isso, as variáveis mencionadas devem apresentar os seguintes valores já convertidos para a unidade adequada de cálculo: (1) Cotação do milho na CBOT: US$ 9,57/sc ( 100 para tirar de cents de dólar/bushel e passar para dólar/bushel, e, 2,3621 para converter de bushel para saca) (2) Prêmio do porto: + US$ 0,64/sc ( 100 para tirar de cents de dólar/bushel e passar para dólar/bushel, e, 2,3621 para converter de bushel para saca) (3) Custo portuário em Santos: US$ 0,90/sc ( 16,666 para transformar de toneladas para saca) (4) Dólar comercial: R$ 3,15/US$ (Aplicam-se juros de 6,5% sobre o valor do dólar na data calculada até 1º de julho/16)* de 23 de junho de 2015 até 1º de julho de 2016 Resposta: R$ 3,4032*/US$ (5) Frete rodoviário de Sorriso a Santos: R$ 15,90/sc ( 16,666 para transformar de toneladas para saca) Depois de realizar as conversões necessárias, pode-se realizar o cálculo, conforme a equação abaixo, em que cada variável está sendo simplificada pela numeração dada acima: ((((1 + 2) 3) 4) 5) Desta forma, conforme a equação acima, deve-se somar o preço do milho na CBOT com o prêmio no porto, o resultado deve ser reduzido pelo custo portuário. Logo após, devese multiplicar o valor obtido pelo dólar para converter as variáveis de dólar para reais e, em seguida, o resultado deve ser reduzido do frete rodoviário. Assim, no exemplo dado, a cotação interna em Sorriso teria um valor de R$ 15,12/sc. Na comparação entre as safras 13/14 e 14/15, observa-se que o preço paridade na safra 14/15 apresentou valores menores, apesar da taxa de câmbio favorecendo, a 38

39 desvalorização no preço do contrato, conjuntamente com a queda no preço do prêmio, contribuiu para uma redução no preço paridade. Gráfico 9 Evolução do preço paridade de exportação das safras 13/14 e 14/15 Fonte: Imea 1.8 Gastos produtivos com a cultura do milho Esta seção irá apresentar os custos referentes à produção de milho no Estado, demonstrando a evolução deste nos últimos anos, além de destacar os impactos dos aumentos de gastos na rentabilidade da lavoura do produtor. Será analisada também a diferença entre custos fixos e custos variáveis da produção Custo de produção do milho O gasto para a produção do milho de alta tecnologia em Mato Grosso vem crescendo fortemente nos últimos anos, se comparado o custo total da safra 12/13 ao da safra 15/16, o aumento observado é de 33,39%, são R$ 532,10/ha a mais. Na safra 12/13 os gastos totais com a produção foram de R$ 1.593,73 por hectare, já na 15/16 as despesas do produtor devem chegar a R$ 2.125,83/ha. O principal fator para tal aumento são os gastos com insumos, somente as despesas destes são responsáveis por cerca de 56% do custo total de produção do milho. E ao realizar a comparação entre a safra 12/13 e a 15/16, observa-se um aumento de 34,52% nos gastos com insumos, impulsionados pela valorização do dólar frente ao real, aumentando os preços dos produtos importados. 39

40 O milho semeado em Mato Grosso se caracteriza como uma cultura de segunda safra, sendo semeada posteriormente à colheita da soja. E com o uso do mesmo maquinário utilizado pela oleaginosa, a mitigação de custos é possível. No entanto, tal mitigação é limitada, pois grande parte dos gastos está nos custos variáveis, ou seja, a despesa maior é para os pagamentos dos produtos e serviços necessários para a produção. Tabela 4 Custo com insumos do milho de alta tecnologia na média de Mato Grosso das safras 2012/13 a 15/16 Adjuvante R$ 4,33 R$ 8,99 R$ 14,85 R$ 17,55 * Relatório de maio de 2015 do Imea Fonte: Imea Componentes do Custo I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA Alta Tecnologia 2012/ / / /16* DESPESAS COM INSUMOS R$ 898,92 R$ 1.006,28 R$ 1.121,78 R$ 1.209,24 Sementes R$ 307,08 R$ 339,35 R$ 359,78 R$ 352,04 Semente de Milho R$ 307,08 R$ 339,35 R$ 359,78 R$ 352,04 Semente de Cobertura R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Fertilizantes R$ 377,30 R$ 481,44 R$ 519,12 R$ 566,61 Corretivo de Solo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Macronutriente R$ 377,30 R$ 480,08 R$ 517,07 R$ 564,04 Micronutriente R$ 0,00 R$ 1,36 R$ 2,04 R$ 2,57 Defensivos R$ 214,54 R$ 185,49 R$ 242,88 R$ 290,59 Fungicida R$ 42,92 R$ 51,29 R$ 56,77 R$ 65,31 Herbicida R$ 90,76 R$ 58,67 R$ 105,38 R$ 127,72 Inseticida R$ 76,53 R$ 66,54 R$ 65,88 R$ 80,01 Como pode ser observado na tabela acima, os maiores gastos com insumos decorrem das despesas com fertilizantes, e principalmente dos macronutrientes. Os gastos com macronutrientes avançaram 49% nas últimas três safras, e para a safra 15/16 é esperado que eles correspondam a 47% dos gastos com insumos. Apesar da influência do dólar no aumento dos custos, o produtor mato-grossense, visando a uma produtividade maior, tem gastado mais com macronutrientes. Dentre os nutrientes, a importância do nitrogênio e do potássio sobressai quando o sistema de produção passa de extrativo, com baixa produtividade, para uma agricultura intensiva e tecnificada até mesmo com o uso de irrigação. E visando a um aumento na produção sem grandes acréscimos na área, o produtor mato-grossense tem investido mais em macronutrientes, fazendo a demanda aumentar e consequentemente os preços subirem. Além do aumento nos gastos com o custeio da lavoura, os custos em geral também se alavancaram, no entanto, em menores proporções. Os gastos com beneficiamento e 40

41 R$942 R$1.081 R$ por hectare R$1.627 R$1.856 R$1.746 R$1.971 R$1.880 R$2.126 custo de oportunidade da terra foram os que mais cresceram nos últimos anos, além das despesas com insumos. A cultura do milho vem sofrendo nos últimos anos com preços baixos e aumento de custos, e com isso a incerteza continua a pairar sobre os produtores, no que diz respeito a possíveis aumentos na área semeada. Menores rentabilidades vêm sendo cada vez mais rotineiras para os produtores de milho no Estado, chegando a lidar até mesmo com situações de retornos negativos. Com isso, problemas fora da porteira precisam ser reduzidos para a cultura ser prospectada a novos patamares e possa crescer gradativamente, mesmo que ocorra aumento nos custos. Gráfico 10 Custo de produção do milho mato-grossense de alta tecnologia das safras 2012/13 a 2015/16 R$2.500 R$2.000 DESPESAS COM INSUMOS CUSTO OPERACIONAL CUSTO VARIÁVEL CUSTO TOTAL R$1.500 R$1.000 R$500 R$- 2012/ / / /16* *Relatório até maio de 2015 Fonte: Imea Custos fixos e variáveis Os custos produtivos de uma safra podem ser subdivididos em dois grandes grupos: os custos fixos e os custos variáveis. Os custos variáveis são os que variam de acordo com a produção. Se a fazenda está trabalhando mais, produz mais, consome mais matériaprima. Se está com a produção ociosa, consequentemente a matéria-prima gasta vai ser menor. São custos que têm seu total definido dependendo da área produzida. Pode-se dizer que os custos variáveis são compostos pelos custos com insumos, com as operações agrícolas, mão de obra, custos administrativos e outros. Já nos custos fixos estão alocados os custos com depreciação e manutenção dos maquinários e implementos agrícolas. Os custos fixos e os custos variáveis podem ser diretos e indiretos. Custos diretos são aqueles utilizados no todo, não havendo necessidade de rateio, como insumos, mão de 41

42 obra direta, dentre outros. São custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando para que isso aconteça que exista medida de consumo de materiais, embalagens utilizadas, horas de mão de obra utilizadas, por exemplo. De maneira geral, são diretamente alocados aos produtos. Em suma, os custos diretos são aqueles que podem ser realizados diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos agrícolas, bastando exigir uma medida de consumo (quilos, horas de mão de obra ou de máquina, quantidade de força consumida, dentre outros). Já os custos indiretos ocorrem em função da estrutura da produção e da empresa e não podem ser diretamente atribuídos à execução de dado serviço ou produto, devendo ser utilizado o método de rateio sobre eles. São geralmente custos administrativos da produção. Podem ser considerados como os custos que não oferecem condição de medida objetiva e para a alocação da produção devem ser utilizadas estimativas. De maneira geral, podem ser considerados como os custos que não podem ser diretamente alocados aos produtos 1.9 Ponto de Equilíbrio É fundamental para o produtor rural entender o relacionamento entre suas vendas e seus custos, ou seja, qual seria o preço adequado de venda para que se recuperem os valores investidos na produção. E é sobre essas questões que o Ponto de Equilíbrio (PE) está inserido. Em suma, o PE, também conhecido como break even point, indica o preço mínimo que o produtor deve vender sua safra para não obter prejuízo e é encontrado a partir da análise dos custos totais (fixos e variáveis) e da receita bruta. No PE não há lucro ou prejuízo, somente quando ultrapassar o PE é que o produtor obterá lucro ou prejuízo. Quando a receita bruta, ou seja, quantidade produzida x preço de venda, se iguala aos custos variáveis e despesas fixas, consideramos que a empresa atingiu seu PE. O PE pode ser alcançado basicamente de duas formas: aumentando a produção ou diminuindo os custos de produção. Percebe-se que tais análises tendem a ser vitais para a apreciação de viabilidade da produção da cultura. Sabendo-se da importância desta ferramenta, esta seção irá analisar os componentes utilizados para a identificação do PE, bem como o cálculo realizado para a sua obtenção. 42

43 1.9.1 Determinantes do Ponto de Equilíbrio (PE) Para calcular o PE, devem-se considerar apenas o custo variável e a produtividade do milho na safra a ser analisada. Este cálculo é realizado quando não se sabe o preço de venda que o agricultor comercializou o seu produto. Com este cálculo é possível visualizar o preço mínimo necessário para se vender o cereal objetivando cobrir os gastos com as despesas variáveis da safra. Para o cálculo do preço de venda necessário, faz-se: PE = CV/p Em que: PE = Ponto de Equilíbrio CV= Custo Variável p = Produtividade da lavoura de milho Para exemplificar, consideremos os seguintes valores do milho: Tabela 5 - Cálculo do Ponto de Equilíbrio do milho em MT (-) Custo Variável da safra 2014/15 R$ 1.746,62/ha Fonte: Imea Produtividade da safra 2014/15 Ponto de Equilíbrio 103,36 sc/ha R$ 16,89/sc Portanto, no caso do exemplo acima, seria necessário que o produtor vendesse a saca do milho pelo valor mínimo de R$ 16,89 para poder cobrir os custos variáveis de sua produção. Neste caso, este valor (R$ 16,89) corresponderá ao lucro zero dado a um perfeito equilíbrio entre o custo variável da produção e o preço de venda do produto. Cabe salientar que neste cálculo não entra na conta a cobertura do custo fixo da produção do milho. 43

44 1.10 Preço de base e relação frete/milho É de ampla ajuda para o agricultor analisar a coesão existente no andamento dos preços nas praças locais (mercado físico) e o preço do mercado futuro. Caso haja um descolamento entre esses preços, o agente não garantirá a fixação de seu preço, passando a correr o denominado risco de base. A utilização dessa estimativa de previsão de base representa uma ferramenta eficiente que oferece suporte ao processo de tomada de decisões dos participantes do mercado do milho. Além do preço de base, outro dado bastante analisado pelos produtores matogrossenses é a chamada relação frete/milho, pela qual se calcula quanto o preço do frete representa do preço do cereal. Diante da importância dessas duas ferramentas para analisar o cenário do mercado interno do milho, esta seção irá apresentar a importância e como se calcula cada uma dessas variáveis Formação do preço de base Assim como apontado na seção 1.5.4, o preço de base influi diretamente nas cotações de milho internamente. A diferença entre o preço no mercado local e o preço no local de referência de comercialização da commodity futura é denominada de preço ou valor de base. Diferentemente da soja, onde o local de referência para a realização do preço de base é a Bolsa de Chicago (CBOT), o cálculo do valor de base do milho utiliza como referência a cotação do cereal na BM&F, levando em consideração o contrato mais próximo do vencimento. Com isso, para a definição do preço base utiliza a seguinte fórmula: bolsa Preço físico do local (ex.: Sorriso-MT) Preço do local de referência da Essa base se dá por causa, principalmente, do frete, já que o local de referência da bolsa é a região de Campinas-SP, além de englobar fatores que podem influir na variação da base, como oferta e demanda da região, impostos. Todos os anos ocorrem diferenças entre o valor de base atual e o valor de base anterior. Essa incerteza quanto ao valor da base é chamada de risco de base. Para tentar controlar esse risco de base, deve-se realizar uma média dos últimos quatro a cinco preços de base (por exemplo: de 2011, 2012, 2013 e 2014) para projetar um possível preço de base para o ano corrente (2015). Para exemplificar, consideremos o exemplo do organograma abaixo: 44

45 1-jul-14 1-ago-14 1-set-14 1-out-14 1-nov-14 1-dez-14 1-jan-15 1-fev-15 1-mar-15 1-abr-15 1-mai-15 1-jun-15 Organograma 2 Diferença do preço de base do milho Fonte: Imea Realizando o cálculo do preço de base, considerando um valor de R$ 12,90/sc do milho em Sorriso-MT, e de R$ 25,70 do milho na BM&F, encontra-se a base de R$ -12,80/sc. Apesar de apresentar variações durante o ano, a base de Mato Grosso tende sempre a ser negativa por causa do frete, que influi em descontos nos preços pagos ao produtor. Gráfico 11 Diferença de base (preço Sorriso-MT e preço BM&F) para o preço do milho -8,0-9,0-10,0-11,0-12,0-13,0-14,0 Fonte: Imea 45

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