PENSANDO E DESCOBRINDO!!!



Documentos relacionados
Em cada ciclo, o sistema retorna ao estado inicial: U = 0. Então, quantidade de energia W, cedida, por trabalho, à vizinhança, pode ser escrita:

Desse modo, podemos dizer que as forças que atuam sobre a partícula que forma o pêndulo simples são P 1, P 2 e T.

CONTINUIDADE A idéia de uma Função Contínua

Definição de Termos Técnicos

4.1 Método das Aproximações Sucessivas ou Método de Iteração Linear (MIL)

PSICROMETRIA 1. É a quantificação do vapor d água no ar de um ambiente, aberto ou fechado.

SISTEMA DE PONTO FLUTUANTE

Módulo II Resistores, Capacitores e Circuitos

Experiência n 2 1. Levantamento da Curva Característica da Bomba Centrífuga Radial HERO

Desta maneira um relacionamento é mostrado em forma de um diagrama vetorial na Figura 1 (b). Ou poderia ser escrito matematicamente como:

NOTA SOBRE INDETERMINAÇÕES

ASSUNTO Nº 4 POLARIDADE INSTANTÂNEA DE TRANSFORMADORES

AUTO CENTRAGEM DA PLACA DE RETENÇÃO DE UMA MÁQUINA DE PISTÕES AXIAIS TIPO SWASHPLATE.

Proposta de Resolução do Exame Nacional de Física e Química A 11.º ano, 2011, 1.ª fase, versão 1

PSI-2432: Projeto e Implementação de Filtros Digitais Projeto Proposto: Conversor de taxas de amostragem

AII. ANEXO II COEFICIENTE DE CONDUTIBILIDADE TÉRMICA IN-SITU

MÓDULO PROCEDIMENTOS DE TESTES DE ESTANQUEIDADE PARA LINHAS DE ÁGUA, ESGOTO E OUTROS LÍQUIDOS

EC1 - LAB - CIRCÚITOS INTEGRADORES E DIFERENCIADORES

2 Mbps (2.048 kbps) Telepac/Sapo, Clixgest/Novis e TV Cabo; 512 kbps Cabovisão e OniTelecom. 128 kbps Telepac/Sapo, TV Cabo, Cabovisão e OniTelecom.

Estudo da Transmissão de Sinal em um Cabo co-axial

Exame de Matemática Página 1 de 6. obtém-se: 2 C.

Física A 1. Na figura acima, a corda ideal suporta um homem pendurado num ponto eqüidistante dos dois apoios ( A 1

A JUNÇÃO P-N E O DIODO RETIFICADOR

GERADOR ELETROSTÁTICO

Dinâmica Longitudinal do Veículo

Encontro na casa de Dona Altina

OFICINA 9-2ºSementre / MATEMÁTICA 3ª SÉRIE / QUESTÕES TIPENEM Professores: Edu Vicente / Gabriela / Ulício

GERADORES E RECEPTORES. Setor 1202 Aulas 58, 59, 60 Prof. Calil. Geradores

Coordenadas polares. a = d2 r dt 2. Em coordenadas cartesianas, o vetor posição é simplesmente escrito como

PROVA DE MATEMÁTICA APLICADA VESTIBULAR FGV CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia C. Gouveia

Emerson Marcos Furtado

CAPÍTULO 06 ESTUDOS DE FILAS EM INTERSEÇÕES NÃO SEMAFORIZADAS

NR-35 TRABALHO EM ALTURA

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 09. Professora: Mazé Bechara

No N r o m r a m s a?

3 Proposição de fórmula

A FERTILIDADE E A CONCEPÇÃO Introdução ao tema

Equilíbrio Térmico. é e o da liga é cuja relação com a escala Celsius está representada no gráfico.

Sumário. Campo e potencial elétrico. Energia potencial elétrica

03/04/2014. Força central. 3 O problema das forças centrais TÓPICOS FUNDAMENTAIS DE FÍSICA. Redução a problema de um corpo. A importância do problema

Módulo II Resistores e Circuitos

Teste Intermédio 2014

Planificação :: TIC - 7.º Ano :: 15/16

= σ, pelo que as linhas de corrente coincidem com as l. de f. do campo (se o meio for homogéneo) e portanto ter-se-à. c E

QUE ESPANHOL É ESSE? Mariano Jeferson Teixeira (Grad /UEPG) Valeska Gracioso Carlos (UEPG)

INSTRUÇÕES. Os formadores deverão reunir pelo menos um dos seguintes requisitos:

Uma característica importante dos núcleos é a razão N/Z. Para o núcleo de

Programa de Pós-Graduação Processo de Seleção 2 0 Semestre 2008 Exame de Conhecimento em Física

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

Isomeria. Isomeria Ocorre quando dois ou mais compostos apresentam a mesma fórmula molecular e diferentes fórmulas estruturais.

Instituto de Física USP. Física V - Aula 10. Professora: Mazé Bechara

Atitudes Sociolinguísticas em cidades de fronteira: o caso de Bernardo de Irigoyen. Célia Niescoriuk Grad/UEPG. Valeska Gracioso Carlos UEPG.

Modelo de Oferta e Demanda Agregada (OA-DA)

RESOLUÇÃO. Revisão 03 ( ) ( ) ( ) ( ) 0,8 J= t ,3 milhões de toneladas é aproximadamente. mmc 12,20,18 = 180

Resolução. Admitindo x = x. I) Ax = b

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações

A energia cinética de um corpo de massa m, que se desloca com velocidade de módulo v num dado referencial, é:

Curso de Engenharia Mecânica Disciplina: Física 2 Nota: Rubrica. Coordenador Professor: Rudson R Alves Aluno:

Catálogo M2404. PowerTrap. Série GP Série GT. Bomba Mecânica e Purgador Bomba

Razão e Proporção. Noção de Razão. 3 3 lê-se: três quartos lê-se: três para quatro ou três está para quatro

Calor Específico. Q t

A VARIAÇÃO ENTRE PERDA & PERCA: UM CASO DE MUDANÇA LINGUÍSTICA EM CURSO?

Curso de Engenharia Química Disciplina: Nota: Rubrica. Coordenador Professor: Rudson Alves Aluno:

Módulo III Capacitores

ANÁLISE CUSTO - VOLUME - RESULTADOS

5.10 EXERCÍCIO pg. 215

TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

Resoluções de Exercícios

O que são dados categóricos?

1 a Prova de F-128 Turmas do Noturno Segundo semestre de /10/2004

Datas das próximas viagens da UFMG. Sondagem do solo em Lagedo e Riacho

3. Geometria Analítica Plana

6. Moeda, Preços e Taxa de Câmbio no Longo Prazo

Curso de Engenharia Química Disciplina: Física I Nota: Rubrica. Coordenador Professor: Rudson Alves Aluno:

CURSO ON LINE RACIOCÍNIO LÓGICO PARA DESESPERADOS PROFESSORES: GUILHERME NEVES E VÍTOR MENEZES. Aula 1 Lógica de argumentação e diagramas lógicos

Conteúdos Exame Final e Avaliação Especial 2017

ATIVIDADES PARA SALA. Capítulo 11 FÍSICA 2. Associação de resistores Associação mista. 2? a série Ensino Médio Livro 3? B Veja a figura.

Projetos de um forno elétrico de resistência

Campo elétrico. Antes de estudar o capítulo PARTE I

Residência para coletivos na Casa do Povo. Cole tivo

Procedimento em duas etapas para o agrupamento de dados de expressão gênica temporal

CAPÍTULO 13 PROPRIEDADES TÉRMICAS DE MATERIAIS

Temática Circuitos Eléctricos Capítulo Sistemas Trifásicos LIGAÇÃO DE CARGAS INTRODUÇÃO

PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO DE ILUMINÂNCIA DE EXTERIORES

Escola Básica e Secundária de Velas. Governo dos Açores. 1º Ciclo ENSINO BÁSICO. Planificação Anual de EMRC. 1º Ano

GERADORES E RECEPTORES eléctricos

UMA INTRODUÇÃO A TOPOLOGIA

Guião do Professor :: TEMA 2 1º Ciclo

ENERGIA CONCEITO. Ciências Físico-Químicas 8º ano de escolaridade. Ano letivo 2013/2014 Docente: Marília Silva Soares 1. Energia

Projeto de Magnéticos

Curso de Engenharia Química Disciplina: Física 2 Nota: Rubrica. Coordenador Professor: Rudson R Alves Aluno:

PRODUTOS GERDAU PARA PAREDES DE CONCRETO

Segunda Prova de Física Aluno: Número USP:

PROF. MATEUS CONRAD BARCELLOS DA COSTA TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO AVANÇADA. [ Serra, ES ] [ 2008 ]

Tópicos do Curso ELETROTÉCNICA Eng.ª Mec. - ELM

Energia: Conceitos, produção, consumo e experimentos demonstrativos.

Transcrição:

PENSANDO E DESCOBRINDO!!! Sobr o Chuviro Elétrico... Falarmos agora sobr outra facilidad qu a ltricidad os avanços tcnológicos trouxram, trata-s d um aparlho muito usado m nosso dia a dia, o CHUVEIRO ELÉTRICO! Acrdita-s qu os primiros chuviros surgiram por volta d 1350 a.c na antiga capital do Egito m Akhnatn ond s ncontraram grands banhiras d mármor prata também tinas qu sriam provavlmnt usadas para banhos d chuviro. Em mados d 1872 os chuviros foram vrdadiramnt construídos. Est fito foi ralizado por Mrry Dlabost um médico da prisão Bonn Nouvll, na França. El quria achar uma forma d mlhorar a higin dos prsos, por isso construiu a primira ducha, qu não ra létrica, apnas uma grand quantidad d água caindo d um tubo com alguns furos. Hoj flizmnt os chuviros não são privilégios apnas dos prsos, mas srá qu os chuviros daqula época aprsntam alguma smlhança com os d hoj m dia? Com crtza, muita coisa dv tr mudado, é xatamnt isto qu irmos dscobrir. Mas ants d falarmos propriamnt dos chuviros, é ncssário qu comntmos sobr alguns fators importants qu podm sclarcr o funcionamnto dst. Como por xmplo o qu é corrnt létrica, o qu são rsistências létricas? Vamos pgar um chuviro olhar na placa d idntificação qu l aprsnta; O qu srá qu rprsnta cada grandza dscrita? Srá qu são 01

Bm, vidntmnt qu sim cada um dsss númros corrspond a uma caractrística spcífica do aparlho. Mas afinal qu caractrísticas são ssas? Ond tmos dscrito 25 A corrspond a intnsidad da corrnt létrica qu passará nos fios durant o funcionamnto do chuviro. Vamos ntndr mlhor isto; m um fio condutor, xist um grand númro d létrons livrs o qu chamamos d cargas létricas, stas stão m movimnto só qu d manira dsordnada, ou sja, num crto intrvalo d tmpo o msmo númro d létrons atravssa uma ára qualqur do fio num noutro sntido, dsordnadamnt. Scção Ligando um condutor a uma pilha ou batria stamos submtndo sts létrons a uma Difrnça d Potncial consquntmnt a um Campo Elétrico. O stablcimnto d um campo létrico m um condutor provoca um fluxo d létrons d manira ordnada a st fluxo dnominamos Corrnt létrica. Corrnt Elétrica: fluxo d létrons d manira ordnada. Mas, como calcular a corrnt létrica? É fácil! A intnsidad da corrnt létrica " i " é mdida através da quantidad d cargas qu passa num dtrminado intrvalo d tmpo, por uma sção do condutor. Ii= Q At 02

Porqu 1C/s quival a 1A (1 ampér), qu m homnagm ao físico francês André Mari Ampér (1775-1836), foi a unidad scolhida para rprsntar corrnt létrica. Uma corrnt létrica pod sr stablcida m mios líquidos, como nas pilhas fitas utilizando-s Coca- Cola, Vinagr, Limão tc, ou ainda nos gass como acontc com as Lâmpadas Fluorscnts. Para comprovarmos qu uma corrnt pod stablcr-s m mio líquido, vamos construir uma pilha d limão; Construção d uma pilha Matrial: Dois limõs frscos, volumosos suculntos;! 2 mtros d fio fino! Duas placas d zinco! Duas placas d cobr! 1 LED d 1,5 volts;!tsoura, lixa um stilt. Dsnvolvimnto O primiro passo é amassar bm as frutas para rompr as divisõs intrnas librar o suco. Em sguida cort aproximadamnt 20 cntímtros d fio para cada fruta. Dscasqu as xtrmidads do fio amarr uma placa d zinco m uma das pontas na outra ponta uma placa d cobr; Pgu os outros dois fios rstants coloqu na ponta d um dls uma placa d zinco na outra ponta a prna mnor do Ld, no outro fio coloqu m uma das pontas a placa d cobr na outra ponta a prna maior do LED. 03

Agora faça dois corts m cada limão d modo qu sja possívl colocar uma das placas d zinco m um cort uma placa d cobr no outro cort. Obsrv o qu acontc com o LED. Não é qu nossa pilha natural funcionou. Vamos vr o qu acontc dntro do limão, para qu o LED acnda. Os mtais ( fio d cobr, placas d zinco) possum a propridad d ganhar ou prdr létrons quando stão imrsos m mios ácidos. Quando colocamos as placas d zinco dntro do limão (ácido), stas libraram íons positivos, ficando com xcsso d létrons. Com o cobr acontc algo parcido, porém quando m contato com o limão o cobr libra mnos íons positivos qu o zinco, com isso l fica com mnos létrons m xcsso. Como o zinco ficou com mais létrons qu o cobr, chamamos l d doador o cobr d rcptor. Elétrons Cobr Zinco Quando mtais como cobr o zinco são ligados por um condutor, ocorr a passagm d létrons do doador para o rcptor o qu provoca uma corrnt. Esta corrnt é rsponsávl plo LED acndr. A ssa difrnça no númro d létrons prsnts m cada um dos mtais m mio ácido, chamamos d difrnça d potncial. Porqu srá qu as pilhas d limão não funcionam para smpr? O qu acontc é qu dpois d algum tmpo tanto o zinco como o cobr s oxidam com isto acabam criando uma camada isolant, o qu impd a troca d létrons. A primira pilha foi fita por volta d 1800 plo físico italiano Alssandro Giuspp Volta (1745 1827 ). El construiu a pilha com uma séri d pars d discos d dois mtais Zinco difrnts ( zinco cobr ) intrcalados com Disco d papl molhado com água salgada discos d papl molhado com água salgada. Cobr Dpois d algum tmpo acontcia algo smlhant com o qu ocorr com nossa pilha d limão, as placas d zinco cobr oxidavam criavam uma camada isolant. Pilha Você sabia qu... 04

Crtamnt você já dv tr rparado qu alguns aparlhos létricos possum uma chav qu nos prmit mudá-los d 110 para 220 volts, ou provavlmnt já viu m algum lugar, uma placa advrtindo CUIDADO! PERIGO! ALTA VOLTAGEM. Todas stas rcomndaçõs rfrm-s a tal difrnça d potncial d qu falamos. O volt qu stá rprsntado na tiquta d nosso aparlho por um V maiúsculo, é a unidad d uma grandza létrica qu corrspond ao qu chamamos d difrnça d potncial, juntamnt com a corrnt létrica, forma a bas para o dsnvolvimnto dos dmais concitos rlaçõs utilizados nos circuitos létricos. A difrnça d potncial (d.d.p) costuma também sr dnominada voltagm ou tnsão. Pod-s imaginar a difrnça d potncial como sndo a difrnça dos nívis d água d pots intrligados, s houvr difrnça d nívl havrá transfrência d água, s não houvr difrnça d nívl não havrá transfrência d água. Para comprovarmos isto podmos fazr um tst bm simpls, para isso vamos prcisar d; Dsnvolvimnto: 2 garrafas plásticas d rfrigrant d 2L; 2 torniras para filtro; Lâmina d srra; Água com corant. 50 cm d manguira d 1cm d diâmtro; Estilt; Tsoura; Comc cortando o bico da tornira com a lâmina d srra, m sguida cort o bico da garrafas, faça um furo nas garrafas d modo qu as torniras possam sr ncaixadas como mostra a foto. Fito isso conct a manguira na garrafa, m sguida ncha as garrafas pla mtad com água com corant. Obsrv o comportamnto da água. * É important rssaltar qu na xpriência ralizada faz s uma analogia ntr, o fluxo d létrons o fluxo d água m um condutor, dvmos lmbrar qu o movimnto dos létrons m um condutor dv-s ao campo létrico qu s stablc nst condutor. 05

Pgu uma das garrafas coloqu m dsnívl com a outra garrafa, crca d 15cm. Obsrv novamnt o fluxo da água. Analisando o qu foi fito podmos concluir qu quando colocamos as duas garrafas na msma altura, não há fluxo d água, mas quando colocamos uma garrafa m dsnívl com a outra prcbmos qu há fluxo d água. Do msmo modo qu a corrnt d água no tubo é consqüência d uma difrnça d prssão ntr suas xtrmidads, a corrnt létrica num condutor também dpndrá da xistência d uma difrnça létrica ntr sus trminais. Como podmos calcular a difrnça d potncial? + Para isso imagin uma carga d prova q m um condutor, s foss possívl vr o qu stá acontcndo dntro dst do condutor vríamos qu sta carga stá sofrndo a ação d uma força F (força létrica) qu dsloca a carga d A para B, quando stá sob a ação d uma corrnt: + - A B q + + Ao dslocar a carga d prova q, sta força qu chamarmos d F stará ralizando trabalho ( W AB ). A razão ntr o trabalho ralizado ao longo do condutor a carga transportada plo msmo nos fornc a difrnça d potncial; Difrnça d potncial = Trabalho ralizado ntr A B Carga transportada d A a B V = W AB F Como dissmos acima o volt é a unidad da difrnça d potncial, mas no S.I ( sistma intrnacional d mdidas ), podmos ncontrar ainda a difrnça d potncial dada m Jouls por Coulomb ( J/C ). Um Joul por Coulomb quival a um Volt. Então 220V também podm indicar qu sobr cada Coulomb d carga qu prcorr nosso chuviro a F raliza um trabalho d 220 Jouls. AB / q 06

Hoj m dia sabmos qu o componnt principal dos chuviros são as rsistências létricas. Sucintamnt podmos dizr qu rsistência é a oposição qu um condutor ofrc a passagm d corrnt, mas na vrdad o qu acontc não é tão simpls assim. As cargas móvis qu constitum a corrnt létrica, quando submtidas a uma difrnça d potncial são aclradas, com isto stas ralizam colisõs contra os átomos ou moléculas do condutor, provocando assim uma rsistência a passagm d corrnt qu podrá sr maior ou mnor dpndndo da naturza da rsistência. Foram as psquisas do almão Gorg Simon Ohm ( 1789-1854) sobr condução mtálica qu originaram o concito d rsistência létrica, daí a unidad d rsistência sr Ohms ( ). Suas xpriências mostraram qu todo condutor d corrnt létrica (fio d cobr, por xmplo), aprsnta uma crta rsistência a passagm dos létrons, qu dpnd d divrsas propridads, tais como comprimnto, spssura matrial d qu é constituído. Vamos comprovar isto, imagin dois condutors d difrnts comprimntos... Em qual dls você acha qu a rsistência srá maior, ou sja m qual dos fios a corrnt trá maior dificuldad para prcorrr? Pnsando um pouco sobr isto concluirmos qu a rsistência srá maior, no fio d maior comprimnto, pois a msma corrnt trá qu prcorrr uma maior distância. R L S ao invés do comprimnto variarmos a ára, como por xmplo usando duas manguiras d igual comprimnto, mas d spssura difrnt, m qual dlas passará a maior quantidad d água?. Ára Ára S você rspondu na mais grossa acrtou é xatamnt sta rlação qu obsrvamos nos condutors, quanto mnor for a ára do condutor, isto é quanto mais fino, maior sua rsistência. R L Com isto podmos ntndr porqu na instalação dos chuviros, usa-s fios grossos, pois quanto mais grosso o fio mnor a rsistência consquntmnt a corrnt qu passa por l é maior. 07

Mas além do comprimnto da ára d um condutor o matrial d qu l é fito também influncia no valor d sua rsistência. Na tabla abaixo tmos alguns valors para a rsistividad d alguns matriais; Rsistividad à tmpratura ambint Matrial Cobr -8 Aluminio Níqul-Cromo Tungstênio Frro 1,7 x 10 2,6 x 10-8 5,5 x 10 Todas stas informaçõs podm sr rsumidas na sguint rlação... corrspond a rsistividad do matrial R = L/A L ao comprimnto A ára d sua sção rta. É important lmbrar qu xistm outros fators qu influnciam no valor d uma rsistência, tais como a tmpratura difrnça d potncial. Mas afinal d contas o qu tudo isto tm a vr com o funcionamnto dos chuviros? Vamos dscobrir... Sabmos qu os chuviros são aparlhos rsistivos, ou sja aparlhos qu possum uma rsistência. Todos ls possum a propridad d transformar nrgia létrica m nrgia térmica, fnômno st conhcido como fito Joul. É ai qu sta a primira rlação ntr os chuviros os concitos qu aprndmos; sm a difrnça d potncial não havria corrnt, sm uma corrnt prcorrndo uma rsistência létrica não havria dissipação d nrgia - Potência. Você sab o qu é potência, o qu sria st tal d fito Joul? Pois é, ants d comprndrmos propriamnt o funcionamnto dos chuviros, prcisamos conhcr sts dois concitos. Para o studo dos chuviros létricos o Efito Joul é o mais important fito qu uma corrnt létrica pod provocar. Est fito rcbu st nom m homnagm a Jams Prscoutt Joul ( 1818-1889 ), um industrial inglês qu ddicava-s à física como passatmpo, obccado plas xpriências bm fitas plas mdidas prcisas, ralizou uma séri d obsrvaçõs sobr o calor sus fitos foi no dcorrr dssas psquisas qu dscobriu-s o Efito Joul. Est fito é causado plo choqu dos létrons livrs, provnints da corrnt qu atravssa um condutor, contra os átomos dst, pois quando sts létrons rcbm nrgia vibram intnsamnt quanto maior a vibração dls, maior a tmpratura do condutor, nssas condiçõs é possívl até obsrvar o aqucimnto xtrno do condutor. 08-8 -8 100 x 10-8 10 x 10

Tmos ntão qu o fito Joul é a transformação d nrgia létrica m nrgia térmica (calor), pois quando uma rsistência R é prcorrida por um corrnt i qu stá submtida a uma difrnça d potncial V AB uma potência P é dsnvolvida nsta rsistência. Portanto potência é a quantidad d nrgia létrica qu um aparlho rsistivo transforma continuamnt m nrgia térmica por unidad d tmpo. Com isto tmos: P 2 = V R Sabndo-s qu corrnt ( i ) é a razão ntr a difrnça d potncial (V ) a AB rsistência ( R ), i = V / R, podmos tr o cálculo da potência também dado por; AB P 2 = V. i ou ainda = R. i pois, V = R. i A unidad d potência é o Watts, ou Kwh como vmos nas contas d nrgia d nossa casa, studarmos isto mais adiant. Um chuviro létrico pod tr sua potência variando ntr 4400W 6600W. D acordo com as spcificaçõs do nosso chuviro a potência máxima a sr dissipada é d 5400W. Usando um multimtro mdimos os valors das rsistências do chuvrio nas difrnts tmpraturas, como mdimos com o chuviro dsligado os valors aprsntados são aproximados; Rsistência Grand Rsistência pquna 11,5 4,9 Agora qu conhcmos todos os concitos nvolvidos no funcionamnto d um chuviro vamos vr como funciona sta maravilhosa invnção. Ao abrirmos a tornira, fazmos com qu a água ntr m um rsrvatório, quando st vai s nchndo uma mmbrana s mov para cima fchando os contatos létricos. É important lmbrar qu sta mmbrana só s mov quando o rsrvatório stá chio d água, por isso é impossívl ligar um chuviro sm qu haja água. Contatos P Tampa Mmbrana T./ T Mmbrana Água 09

Dpndndo da posição da chav qu indica, Invrno, Vrão ou Dsligado, a água qu passa pla rsistência, qu no caso é fita d uma liga d Níqul-Cromo fica a uma dtrminada tmpratura... Vjamos como isto acontc: Dsligado S o chuviro stivr na posição dsligado, quando a mmbrana s movr não irá consguir qu os contatos s fchm, pois a chav qu indica m qu tmpratura o chuviro stá possui um dispositivo plástico, m forma d borbolta qu ag como um isolant ntr os contatos, com isto não s tm passagm d corrnt pla rsistência. Contato intrrompido A B C S calcularmos o valor da potência dissipada nsta posição obtríamos 0W; Pois o chuviro stando nsta posição, o circuito não s fcha não há passagm d corrnt plas rsistências assim não há como havr dissipação d potência. 10

Morna Quando o chuviro stá nsta posição, toda a rsistência stá ligada, d A até C, têms nsta situação um aqucimnto brando da água. Analisando a quação qu fornc o cálculo da potência vrmos qu su valor é invrsamnt proporcional ao valor da rsistência, portanto quanto maior o valor da rsistência mnor srá a potência dissipada. B A C S calcularmos o valor da potência dissipada nsta posição obtríamos 2951W; Lmbrando qu: P = V2 no caso toda a rsistência sta ligada. R Com isto tríamos, R = 16,4 ntão P = 2202/ 16,4 ntão P= 2951W Qunt Nsta posição apnas a rsistência maior stá ligada, d B até C, os pontos d A a B ficam m curto-circuito, pois o msmo dispositivo plástico rsponsávl por não dixar qu o circuito s fch quando o chuviro stá na posição dsligado, agora é rsponsávl por mpurrar a chapa mtálica mostrada na foto fazndo com qu sta ncost m outra chapa ocasionando o curto circuito. B A Chapa mtálica Dispositivo qu mpurra a chapa provocando o curro circuito C 11

Calculando a potência dissipada nsta posição, tríamos a sguint situação: R= 11,5, pois a rsistência mnor sta m curto, apnas a rsistência 2 maior stá ligada. Com isto tmos P = 220 / 11,5 P = 4208W Analisando os valors ncontrados para a potência nas difrnts posiçõs, vrificamos qu sts não são compatívis com os valors forncidos plo fabricant, Morna- P= 3200w Qunt- P=5400w, isto acontc, pois os valors qu informamos para as rsistências, é d quando stas não stão sndo prcorridas por uma corrnt, quando isto ocorr sts valors são maiors do qu quando mdimos.. Concluimos também qu quanto mnor a rsistência, maior a potência dissipada, pois na posição morna ond tínhamos toda a rsistência ligada a potência dissipada foi mnor do qu quando tinhamos apnas a rsistência maior ligada, qunt. Obsrvando a foto ao lado você pod notar qu além, dos dois fios ligados a rd xist um trciro qu no chuviro, aprsntado m vrd. Est é conhcido como Fio Trra, tm a função d ligar a carcaça a água do chuviro à Trra, para vitar os choqus létricos, pois, m vntual contato da rsistência com a água ou a carcaça, a carga irá prfrir fluir plo fio d rsistência dsprzívl ao invés d fluir plo corpo da pssoa, quando la toca a carcaça. Rd Elétrica Fio Trra Fio Trra Fas C A B Chapa mtálica Borbolta Trra Todos sts concitos aprndidos podm nos lvar a xplicar vários outros quipamntos qu fazm part d nosso dia a dia como por xmplo; os frros d passar, lâmpadas d filamnto, torradiras, scadors d cablo tc 12