Será que o brasileiro está poupando o suficiente para se aposentar? Ricardo Brito e Paulo Minari

Documentos relacionados
Imprevidência, paternalismo estatal e crescimento de longo prazo. Ricardo Brito

Será que o brasileiro está poupando o suficiente para se aposentar? (Is the Brazilian saving enough to retire?)

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

2 Reforma Previdenciária e Impactos sobre a Poupança dos Funcionários Públicos

Será que o brasileiro está poupando o suficiente para se apo

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne. Lista de Exercícios 4

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

4 O modelo econométrico

Nota Técnica Atuarial. Plano de Benefício Definido Saldado

P IBpm = C+ I+ G+X F = = b) Despesa Nacional. PNBpm = P IBpm+ RF X = ( ) = 59549

Lista de Exercícios nº 3 - Parte IV

Mercados e Instrumentos Financeiros II. Estratégias com Futuros. Arbitragem entre Duas Bolsas. Estratégias com Futuros. Arbitragem entre Duas Bolsas

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

Curso Gabarito Macroeconomia Desinflação e Curva de Phillips. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

Será que o brasileiro está poupando o suficiente para se aposentar?

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar:

O modelo básico de Solow

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

Circuitos Elétricos I EEL420

1. KALECKI: DEMANDA EFETIVA, CICLO E TENDÊNCIA

P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 07/05/05

QUESTÕES ANPEC EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E EQUAÇÕES DE DIFERENÇAS

GABARITO CURSO DE FÉRIAS MATEMÁTICA Professor: Alexandrino Diógenes

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO. Matemática A B C D E A B C D E. Avaliação da Aprendizagem em Processo Prova do Aluno 3 a série do Ensino Médio

Questão 1 Questão 2. Resposta. Resposta

Séries de Tempo. José Fajardo. Agosto EBAPE- Fundação Getulio Vargas

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1.

MACROECONOMIA II PROFESSOR JOSE LUIS OREIRO SEGUNDA LISTA DE EXERCÍCIOS

Professor: Danilo Dacar

4 Metodologia R P. = cotação da ação i no final da semana t. 1 Maiores detalhes no ANEXO - 1

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Dinâmicos

Professor: Danilo Dacar

Teoria do Mercado de Capitais

Política fiscal: Um resumo CAPÍTULO 26. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

4 CER Compensador Estático de Potência Reativa

Introdução ao Controle Ótimo: Otimização de funções e funcionais. Otimização paramétrica. Problema de controle ótimo com tempo final fixo.

Texto para Discussão. Série Economia

Interpolação e Extrapolação das ETTJ no Brasil

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

MELO ATUARIAL CÁLCULOS LTDA CNPJ /

Uma Reforma Previdenciária Abrangente

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

Fluxos de Caixa Independentes no Tempo Média e Variância do Valor Presente Uso da Distribuição Beta Fluxos de Caixa Dependentes no Tempo Fluxos de

Características dos Processos ARMA

EAE Modelo EFES

Entenda ponto a ponto o que propõe o governo

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site

APLICAÇÕES DAS EQUAÇÕES EM DIFERENÇAS NA SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

Cap. 6 - Análise de Investimentos em Situação de Risco

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

Processos de Markov. Processos de Markov com tempo discreto Processos de Markov com tempo contínuo. com tempo discreto. com tempo contínuo

Questão 1. Questão 3. Questão 2. alternativa B. alternativa E. alternativa C. Os números inteiros x e y satisfazem a equação

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

5 Método dos Mínimos Quadrados de Monte Carlo (LSM)

The Case of the Iberian Wolf

DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ATUARIAL - DRAA

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t

Matemática e suas Tecnologias

Crescimento com regulação. Módulo 13

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Impactos de Políticas de Desoneração do Setor Produtivo:

Lista de exercícios 3. September 15, 2016

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

Modelos Não-Lineares

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

Introdução às Medidas em Física

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel

5 Simulando a Dinâmica

+ 3.. = + + = =

Amplificadores de potência de RF

3 Modelos de Markov Ocultos

Reforma da Previdência

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL,

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ATUARIAL - DRAA

FINANÇAS EMPRESARIAIS I

3 LTC Load Tap Change

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO ÉDNER BITENCOURT CASTILHO

Capítulo Cálculo com funções vetoriais

CERNE ISSN: Universidade Federal de Lavras Brasil

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

Um modelo matemático para o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti e controle de epidemias

Por que o Brasil Investe Tão Pouco? Fernando de Holanda Barbosa Filho

Notas Técnicas do Banco Central do Brasil

Transcrição:

Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? Ricardo Brio e Paulo Minari Educação Financeira no Brasil e no Mundo São Paulo Dezembro 2015

Roeiro: 1. Moivação 2. Modelo 3. Parâmeros 4. Resulados 5. Conclusões

Moivação: Enre 1970 e 2010, a expecaiva de vida subiu de 58,6 para 73,4 anos. Apesar da geração que hoje beira 40 anos vislumbrar mais de 20 anos inaivos, apenas 24% dos brasileiros se preocupam com a aposenadoria (Giambiagi, 2007).

Moivação: - Qual o acúmulo de parimônio necessário para um brasileiro maner o seu padrão de consumo na aposenadoria? - Como o arranjo insiucional inceniva a poupança individual?

Modelo: 1. Qual o consumo que maximiza o bem-esar ao longo da vida? Qual a poupança que permie o consumo óimo? onde: C é o consumo, S é a poupança, a é a proporção alocada na careira diversificada arriscada e L é a renda do rabalho. Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? T S a C U E ~ 0, ~ max 0., 1, 1, ~ 1 1 ~ 1,, ~ 1 1 ~ 1.:. 0 0 0 0, 1 1 1 1, 1 1 1 1 L Y S C T L r a S r a S S C T L r a S r a S C a s f T T f T T T T T T

Modelo: 1. Teoria do Ciclo da Vida (ou Renda Permanene): Diane de uma renda que varia ao longo da vida (ala na idade aiva e baixa na idade inaiva); melhoramos o nosso bem-esar se fizermos um plano de consumo suave ao longo de oda a vida.

Modelo: 1. Teoria do Ciclo da Vida (ou Renda Permanene): Como aponam Benarzi e Thaler (2007), o modelo incorpora rês aspecos de racionalidade: - Os indivíduos primeiro poupam e enão despoupam para maximizar a sua uilidade. - Os consumidores êm habilidade cogniiva para resolver o seu problema de oimização. - Os consumidores êm suficiene força de vonade para execuar o seu plano óimo.

Modelo: 2. Consumo Consane (caso paricular de Ciclo da Vida): Skinner (2007) calcula RC, a riqueza necessária para complemenar o valor presene dos rendimenos (VPR ), de modo que a soma de ambos iguale o valor presene de um consumo consane ao longo da vida, VPC : RC + VPR = VPC, (1) onde: e VPC = VPR = T j= r j= C 1 + conju j + 0,7 cria j (1 + i) (j ) y 1 imp j imob j (1 + i) (j ) + T j=r+1 evc ; (2) βy 1 imp j imob j (1 + i) (j ) ; (3)

Calcula RC de modo que a soma de ambos iguale o VP de um consumo consane ao longo da vida, VPC : RC + VPR = VPC, (1) onde: e VPC = VPR = T j= r j= C 1 + conju j + 0,7 cria j (1 + i) (j ) y 1 imp j imob j (1 + i) (j ) + T j=r+1 evc ; (2) βy 1 imp j imob j (1 + i) (j ) ; (3) sendo: T a idade erminal, C o consumo anual por adulo, conju j igual a 1 se casado, cria j igual ao número de filhos dependenes, evc a economia pela vida em comum, e i a axa de juros. r é a idade de aposenadoria, y a renda brua do domicílio, imp j a alíquoa de imposo de renda e conribuições à previdência, imob j a presação imobiliária, e β a razão enre a aposenadoria e o salário bruo (i.e., a axa de reposição).

Parâmeros (cenário básico): 0. Trabalhadores filiados ao RGPS 1. Casado, cônjuge rabalha (5 anos mais nova), dois filhos (nascidos aos 30 anos do pai). 2. Renda da mulher corresponde à 70% da renda do homem. 3. Filhos ficam independenes aos 23 anos de idade. 4. Aposenadoria aos 65 anos do homem e 60 da mulher => homem em 43 anos de conribuição e mulher em 38 anos. 5. Pagam 20% da renda brua em hipoeca aé os 65 anos do homem.

R$ Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? 160.000 Figura 1 - Renda "livre" per-capia anual para casado, cônjuge rabalha, com 2 filhos 140.000 120.000 100.000 R$40.000/mês R$25.000/mês R13.560/mês R$2.983/mês 80.000 60.000 40.000 20.000 0 40 50 60 70 80 90 Anos de idade (homem)

Parâmeros: 6. Inflação de 4,5% ao ano e axa de juros real de 4% ao ano. 7. Spread bancário de 30 ponos percenuais (BACEN 2014). 8. Imposos conforme a abela da Receia Federal. 9. Benefício de aposenadoria segundo o INSS. 10. O FGTS recebe depósios anuais de 8% do salário bruo (bancados pelo empregador) 11. O FGTS é remunerado a 3% (nominais) ao ano mais TR.

Parâmeros (ouros cenários): 12. Soleiro, ou sem filhos, ou o cônjuge não rabalha. 13. Aposenadoria aos 57 ou aos 70 anos de idade. 14. Spread bancário de 10 ponos percenuais. 15. Consumo decresce ou cresce a 2% ao ano após a aposenadoria. 16. Core na aposenadoria de 25% ou 50%. 17. Perda oal do FGTS.

Resulados: 1. Casado, cônjuge rabalha (5 anos mais nova), dois filhos (nascidos aos 30 anos do pai). 1.1. Renda domiciliar mensal de R$25.000. 1.2. Renda domiciliar mensal de R$2.983.

R$ Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? 100000.0 Figura 2 - R$25.000 mensais, casado, cônjuge rabalha e dois filhos - valores per capia anuais 80000.0 60000.0 40000.0 20000.0 renda livre per capia cuso do consumo per capia padrão de consumo por adulo.0 40 50 60 70 80 90 Anos de idade (homem)

Tabela 1 - Riqueza-alvo e saldo do FGTS para suavizar o consumo (em razão do salário anual) Idade Linha Cenário 40 50 57 60 65 70 1.1 - Riqueza-alvo para R$ 25.000 mensais (ou R$332.500 anuais) 1 Casado, cônjuge rabalha, 2 filhos (C.C.T.F.) 0.0-0.3-0.5-0.5-0.5 1.5 2 Casado, cônjuge não rabalha, 2 filhos 0.0-0.1 0.5 1.1 2.2 3.9 3 Casado, cônjuge rabalha, sem filhos 1.2 1.6 2.1 2.3 2.7 4.3 4 Soleiro(a) 2.3 3.2 4.0 4.5 5.3 6.7 5 C.C.T.F., aposena aos 57 anos 1.3 1.8 3.3 4.5 3.3 3.0 6 C.C.T.F., aposena aos 70 anos 0.0-0.3-0.6-0.7-1.1-1.0 7 C.C.T.F., spread bancário = 10% -0.3-0.9-1.0-0.9-0.5 1.5 8 C.C.T.F., spread banc.= 10%, poupança óima= -3,5% 0.0-0.7-0.7-0.6-0.1 1.9 9 C.C.T.F., consumo aposenado reduz 2% a.a. 0.0-0.3-0.7-0.8-1.8 0.1 10 C.C.T.F., consumo aposenado cresce 2% a.a. 0.0-0.2 0.2 0.8 1.8 4.1 11 C.C.T.F., core na aposenadoria de 25% 0.0-0.3-0.5-0.4 0.0 1.9 12 C.C.T.F., core no aposenadoria de 50% 0.0-0.2 0.1 0.6 1.7 3.5 1.3 - Saldo do FGTS para odos os cenários Aposenadoria aos 65 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 Aposenadoria aos 57 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 Aposenadoria aos 70 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 2.4

R$ Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? 30000.0 25000.0 20000.0 Figura 2.B - R$2.983 mensais, casado, cônjuge rabalha e dois filhos - valores anuais renda livre per capia cuso do consumo per capia padrão de consumo por adulo 15000.0 10000.0 5000.0.0 40 50 60 70 80 90 Anos de idade (homem)

Tabela 2 (con.) - Riqueza-alvo e saldo do FGTS para suavizar o consumo (em razão do salário anual) Idade Linha Cenário 40 50 57 60 65 70 2.4 - Riqueza-alvo para R$ 2.983 mensais (ou R$39.673 anuais) 1 Casado, cônjuge rabalha, 2 filhos (C.C.T.F.) 0.0-0.4-1.1-1.6-4.4-2.1 2 Casado, cônjuge não rabalha, 2 filhos 0.0-0.4-1.1-1.6-4.7-2.5 3 Casado, cônjuge rabalha, sem filhos 0.0-0.1-0.4-0.9-3.7-1.5 4 Soleiro(a) 0.0-0.1-0.4-1.0-4.1-1.9 5 C.C.T.F., aposena aos 57 anos 0.0-0.6-1.9-0.2-0.6-0.6 6 C.C.T.F., aposena aos 70 anos 0.0-0.4-0.9-1.1-2.4-6.2 7 C.C.T.F., spread bancário = 10% -0.6-2.1-3.7-4.6-7.3-5.0 8 C.C.T.F., spread banc.= 10% e poupança óima = -8,5% 0.0-1.6-3.2-4.2-6.9-4.5 9 C.C.T.F., consumo aposenado reduz 2% a.a. 0.0-0.4-1.1-1.6-4.5-2.4 10 C.C.T.F., consumo aposenado cresce 2% a.a. 0.0-0.4-1.0-1.5-4.2-1.8 11 C.C.T.F., core na aposenadoria de 25% 0.0-0.4-1.0-1.3-3.4-1.2 12 C.C.T.F., core no aposenadoria de 50% 0.0-0.4-0.9-1.1-2.5-0.3 2.6 - Saldo do FGTS para odos os cenários Aposenadoria aos 65 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 Aposenadoria aos 57 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 Aposenadoria aos 70 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 2.4

R$ Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? 160000.0 Figura 2.D - R$40.000 mensais, casado, cônjuge rabalha e dois filhos - valores anuais 140000.0 120000.0 100000.0 80000.0 60000.0 40000.0 20000.0.0 renda livre per capia cuso do consumo per capia padrão de consumo por adulo 40 50 60 70 80 90 Anos de idade (homem)

Tabela 2 (con.) - Riqueza-alvo e saldo do FGTS para suavizar o consumo (em razão do salário anual) Idade Linha Cenário 40 50 57 60 65 70 2.5 - Riqueza-alvo para R$ 40.000 mensais (ou R$532.000 anuais) 1 Casado, cônjuge rabalha, 2 filhos (C.C.T.F.) 0.0-0.2 0.0 0.5 1.5 3.3 2 Casado, cônjuge não rabalha, 2 filhos 0.2 0.3 1.3 1.9 3.2 4.8 3 Casado, cônjuge rabalha, sem filhos 2.0 2.8 3.6 3.9 4.6 6.1 4 Soleiro(a) 2.7 3.8 4.8 5.3 6.3 7.6 5 C.C.T.F., aposena aos 57 anos 2.2 3.1 4.9 6.0 4.7 4.2 6 C.C.T.F., aposena aos 70 anos 0.0-0.3-0.5-0.5-0.6 0.8 7 C.C.T.F., spread bancário = 10% -0.1-0.5 0.0 0.5 1.5 3.3 8 C.C.T.F., spread banc.= 10% e poupança óima = -2% 0.0-0.3 0.2 0.7 1.7 3.5 9 C.C.T.F., consumo aposenado reduz 2% a.a. 0.0-0.3-0.5-0.4-0.1 1.5 10 C.C.T.F., consumo aposenado cresce 2% a.a. 0.5 0.6 1.7 2.4 3.8 5.9 11 C.C.T.F., core na aposenadoria de 25% 0.0-0.2 0.2 0.7 1.8 3.6 12 C.C.T.F., core no aposenadoria de 50% 0.1 0.1 1.0 1.7 2.9 4.6 2.6 - Saldo do FGTS para odos os cenários Aposenadoria aos 65 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 Aposenadoria aos 57 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 Aposenadoria aos 70 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 2.4

R$ Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? 160000.0 140000.0 120000.0 Figura 3 - Renda "livre" e cuso do consumo per capia anual para casado, cônjuge rabalha, com 2 filhos renda livre p/c - R$40.000 cuso consumo p/c - R$40.000 renda livre p/c - R$2.983 cuso consumo p/c - R$2.983 100000.0 80000.0 60000.0 40000.0 20000.0.0 40 50 60 70 80 90 Anos de idade (homem)

Resulados: 2. Diferenes esruuras familiares

R$ Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? Figura 4.A - Renda livre per-capia anual - R$25.000 de renda mensal 180.000 160.000 140.000 120.000 100.000 80.000 C.C.T.F. (linha 1) Cônj.Ñ rab. (linha 2) Sem filhos (linha 3) Soleiro (linha 4) C.C.T.F. apos.57 a.(linha 5) C.C.T.F. apos.70 a.(linha 6) 60.000 40.000 20.000 0 40 50 60 70 80 90 Anos de idade (homem)

Tabela 1 - Riqueza-alvo e saldo do FGTS para suavizar o consumo (em razão do salário anual) Idade Linha Cenário 40 50 57 60 65 70 1.1 - Riqueza-alvo para R$ 25.000 mensais (ou R$332.500 anuais) 1 Casado, cônjuge rabalha, 2 filhos (C.C.T.F.) 0.0-0.3-0.5-0.5-0.5 1.5 2 Casado, cônjuge não rabalha, 2 filhos 0.0-0.1 0.5 1.1 2.2 3.9 3 Casado, cônjuge rabalha, sem filhos 1.2 1.6 2.1 2.3 2.7 4.3 4 Soleiro(a) 2.3 3.2 4.0 4.5 5.3 6.7 5 C.C.T.F., aposena aos 57 anos 1.3 1.8 3.3 4.5 3.3 3.0 6 C.C.T.F., aposena aos 70 anos 0.0-0.3-0.6-0.7-1.1-1.0 7 C.C.T.F., spread bancário = 10% -0.3-0.9-1.0-0.9-0.5 1.5 8 C.C.T.F., spread banc.= 10%, poupança óima= -3,5% 0.0-0.7-0.7-0.6-0.1 1.9 9 C.C.T.F., consumo aposenado reduz 2% a.a. 0.0-0.3-0.7-0.8-1.8 0.1 10 C.C.T.F., consumo aposenado cresce 2% a.a. 0.0-0.2 0.2 0.8 1.8 4.1 11 C.C.T.F., core na aposenadoria de 25% 0.0-0.3-0.5-0.4 0.0 1.9 12 C.C.T.F., core no aposenadoria de 50% 0.0-0.2 0.1 0.6 1.7 3.5 1.3 - Saldo do FGTS para odos os cenários Aposenadoria aos 65 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 Aposenadoria aos 57 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 Aposenadoria aos 70 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 2.4

R$ Será que o brasileiro esá poupando o suficiene para se aposenar? Figura 4.B - Renda livre per-capia anual - R$2.983 de renda mensal C.C.T.F. (linha 1) 50.000 Cônj.Ñ rab. (linha 2) Sem filhos (linha 3) 40.000 30.000 Soleiro (linha 4) C.C.T.F. apos.57 a.(linha 5) C.C.T.F. apos.70 a.(linha 6) 20.000 10.000 0 40 50 60 70 80 90 Anos de idade (homem)

Tabela 2 (con.) - Riqueza-alvo e saldo do FGTS para suavizar o consumo (em razão do salário anual) Idade Linha Cenário 40 50 57 60 65 70 2.4 - Riqueza-alvo para R$ 2.983 mensais (ou R$39.673 anuais) 1 Casado, cônjuge rabalha, 2 filhos (C.C.T.F.) 0.0-0.4-1.1-1.6-4.4-2.1 2 Casado, cônjuge não rabalha, 2 filhos 0.0-0.4-1.1-1.6-4.7-2.5 3 Casado, cônjuge rabalha, sem filhos 0.0-0.1-0.4-0.9-3.7-1.5 4 Soleiro(a) 0.0-0.1-0.4-1.0-4.1-1.9 5 C.C.T.F., aposena aos 57 anos 0.0-0.6-1.9-0.2-0.6-0.6 6 C.C.T.F., aposena aos 70 anos 0.0-0.4-0.9-1.1-2.4-6.2 7 C.C.T.F., spread bancário = 10% -0.6-2.1-3.7-4.6-7.3-5.0 8 C.C.T.F., spread banc.= 10% e poupança óima = -8,5% 0.0-1.6-3.2-4.2-6.9-4.5 9 C.C.T.F., consumo aposenado reduz 2% a.a. 0.0-0.4-1.1-1.6-4.5-2.4 10 C.C.T.F., consumo aposenado cresce 2% a.a. 0.0-0.4-1.0-1.5-4.2-1.8 11 C.C.T.F., core na aposenadoria de 25% 0.0-0.4-1.0-1.3-3.4-1.2 12 C.C.T.F., core no aposenadoria de 50% 0.0-0.4-0.9-1.1-2.5-0.3 2.6 - Saldo do FGTS para odos os cenários Aposenadoria aos 65 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 Aposenadoria aos 57 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 Aposenadoria aos 70 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 2.4

Resulados: 3.1. Aposenadoria precoce. 3.2. Aposenadoria ardia. 4. Spread mais baixo e poupança óima. 5. Consumo decrescene ou crescene. 6. Core nos benefícios.

Tabela 1 - Riqueza-alvo e saldo do FGTS para suavizar o consumo (em razão do salário anual) Idade Linha Cenário 40 50 57 60 65 70 1.1 - Riqueza-alvo para R$ 25.000 mensais (ou R$332.500 anuais) 1 Casado, cônjuge rabalha, 2 filhos (C.C.T.F.) 0.0-0.3-0.5-0.5-0.5 1.5 2 Casado, cônjuge não rabalha, 2 filhos 0.0-0.1 0.5 1.1 2.2 3.9 3 Casado, cônjuge rabalha, sem filhos 1.2 1.6 2.1 2.3 2.7 4.3 4 Soleiro(a) 2.3 3.2 4.0 4.5 5.3 6.7 5 C.C.T.F., aposena aos 57 anos 1.3 1.8 3.3 4.5 3.3 3.0 6 C.C.T.F., aposena aos 70 anos 0.0-0.3-0.6-0.7-1.1-1.0 7 C.C.T.F., spread bancário = 10% -0.3-0.9-1.0-0.9-0.5 1.5 8 C.C.T.F., spread banc.= 10%, poupança óima= -3,5% 0.0-0.7-0.7-0.6-0.1 1.9 9 C.C.T.F., consumo aposenado reduz 2% a.a. 0.0-0.3-0.7-0.8-1.8 0.1 10 C.C.T.F., consumo aposenado cresce 2% a.a. 0.0-0.2 0.2 0.8 1.8 4.1 11 C.C.T.F., core na aposenadoria de 25% 0.0-0.3-0.5-0.4 0.0 1.9 12 C.C.T.F., core no aposenadoria de 50% 0.0-0.2 0.1 0.6 1.7 3.5 1.3 - Saldo do FGTS para odos os cenários Aposenadoria aos 65 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 Aposenadoria aos 57 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 Aposenadoria aos 70 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 2.4

Tabela 2 (con.) - Riqueza-alvo e saldo do FGTS para suavizar o consumo (em razão do salário anual) Idade Linha Cenário 40 50 57 60 65 70 2.4 - Riqueza-alvo para R$ 2.983 mensais (ou R$39.673 anuais) 1 Casado, cônjuge rabalha, 2 filhos (C.C.T.F.) 0.0-0.4-1.1-1.6-4.4-2.1 2 Casado, cônjuge não rabalha, 2 filhos 0.0-0.4-1.1-1.6-4.7-2.5 3 Casado, cônjuge rabalha, sem filhos 0.0-0.1-0.4-0.9-3.7-1.5 4 Soleiro(a) 0.0-0.1-0.4-1.0-4.1-1.9 5 C.C.T.F., aposena aos 57 anos 0.0-0.6-1.9-0.2-0.6-0.6 6 C.C.T.F., aposena aos 70 anos 0.0-0.4-0.9-1.1-2.4-6.2 7 C.C.T.F., spread bancário = 10% -0.6-2.1-3.7-4.6-7.3-5.0 8 C.C.T.F., spread banc.= 10% e poupança óima = -8,5% 0.0-1.6-3.2-4.2-6.9-4.5 9 C.C.T.F., consumo aposenado reduz 2% a.a. 0.0-0.4-1.1-1.6-4.5-2.4 10 C.C.T.F., consumo aposenado cresce 2% a.a. 0.0-0.4-1.0-1.5-4.2-1.8 11 C.C.T.F., core na aposenadoria de 25% 0.0-0.4-1.0-1.3-3.4-1.2 12 C.C.T.F., core no aposenadoria de 50% 0.0-0.4-0.9-1.1-2.5-0.3 2.6 - Saldo do FGTS para odos os cenários Aposenadoria aos 65 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 Aposenadoria aos 57 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 Aposenadoria aos 70 anos 0.8 1.4 1.8 2.0 2.2 2.4

Conclusões: 1. Devido à ala axa de reposição do INSS e ao saldo do FGTS, com poupança volunária zero, 95% dos brasileiros asseguram um consumo consane. 2. O FGTS é um insrumeno nacional ineressane de poupança (compulsória) para a aposenadoria. 3. Se o brasileiro fosse mais educado financeiramene, ou se o spread bancário fosse menor, ele pouparia menos! 4. O arranjo insiucional não favorece o Segundo Dividendo.

Ressalvas: 1. Supõe que seja cera a manuenção do aual arranjo previdenciário. 2. Absrai-se do risco e da sua diversificação.

Agenda de pesquisa: 1. Quais as consequências dese arranjo insiucional para a poupança agregada, axa de juros e invesimeno num modelo de equilíbrio geral? Bonomo, Brio e Sanos (em progresso) 1. E para o gaso público com o amadurecimeno da população? 2. Ou para o segundo dividendo demográfico? Brio e Carvalho (2014)

Obrigado! RicardoDOB@insper.edu.br