d [xy] = x arcsin x. dx + 4x

Documentos relacionados
d [xy] = x cos x. dx y = sin x + cos x + C, x

1 Definição de uma equação diferencial linear de ordem n

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia IV

xy + y = 0. (1) Portanto a solução geral de (1) é a família de hipérboles y = C x,

EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III

Matemática para a Economia II - 7 a lista de exercícios Prof. Juliana Coelho

Curso: Engenharia Ambiental. Disciplina: Equações Diferenciais Ordinárias. Professora: Dr a. Camila N. Boeri Di Domenico NOTAS DE AULA 2

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA. MATEMÁTICA APLICADA 1 o SEMESTRE 2016/2017

EDO I. por Abílio Lemos. 16 e 18 de outubro de Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Matemática UFV. Aulas de MAT

Dessa forma, podemos reescrever o domínio

depende apenas da variável y então a função ṽ(y) = e R R(y) dy

Equações Diferenciais Ordinárias de Ordem Superior a Um

Introdução às Equações Diferenciais e Ordinárias

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 2016/2017

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES SEGUNDA ORDEM

7 Equações Diferenciais. 7.1 Classificação As equações são classificadas de acordo como tipo, a ordem e a linearidade.

ANÁLISE MATEMÁTICA IV

Equações Diferenciais Noções Básicas

c + 1+t 2 (1 + t 2 ) 5/2 dt e 5 2 ln(1+t2 )dt (1 + t 2 ) 5/2 dt (c 5/2 + (1 + t 2 ) 5/2 (1 + t 2 ) 5/2 dt ϕ(t) = (1 + t 2 ) 5/2 (1 + t).

ANÁLISE MATEMÁTICA IV

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

Instituto Universitário de Lisboa

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Matemática Departamento de Matemática

Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 ō Semestre 2013/2014

Equações Diferenciais Noções Básicas

Matemática 2. Teste Final. Atenção: Esta prova deve ser entregue ao fim de 1 Hora. Deve justificar detalhadamente todas as suas respostas.

CÁLCULO III - MAT Encontre as soluções das seguintes equações com condições iniciais:

Exercícios. de Equações Diferenciais Ordinárias. Tatiana Tchemisova Cordeiro Vera Kharlamova Adelaide Valente Freitas

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos

Exercícios Complementares 6.3

Gabarito da Prova Final Unificada de Cálculo IV Dezembro de 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

21 de Junho de 2010, 9h00

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - Lista I

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 o Semestre 2013/14 Cursos: LEAN, MeMec

Resolução 2 o Trabalho de Análise Matemática I ETI/LEI (02 de Dezembro de 2010)

EDO Linear de 2a. Ordem com Coecientes Constantes Homogênea

Equações Diferenciais Ordinárias

x 2 (2 x) 2 + z 2 = 1 4x + z 2 = 5 x = 5 z2 4 Como y = 2 x, vem que y = 3+z2

8.1-Equação Linear e Homogênea de Coeficientes Constantes

Equações Ordinarias 1ªOrdem - Lineares

Matemática 2 Engenharia Eletrotécnica e de Computadores

(x 1) 2 (x 2) dx 42. x5 + x + 1

DERIVADAS PARCIAIS. y = lim

MAT Poli Roteiro de Estudos sobre as Cônicas

Equações Diferenciais Ordinárias de 1 a ordem - II AM3D

Cálculo Diferencial e Integral I

u t = c 2 u xx, (1) u(x, 0) = 1 (0 < x < L) Solução: Utilizando o método de separação de variáveis, começamos procurando uma solução u(x, t) da forma

Lista de exercícios sobre integrais

LISTA dy dx y x + y3 cos x = y = ky ay 3. dizemos que F (x, y) é homogênea de grau 0. Neste caso a equação diferencial y =

Respostas sem justificativas não serão aceitas. Além disso, não é permitido o uso de aparelhos eletrônicos. x 1 x 1. 1 sen x 1 (x 2 1) 2 (x 2 1) 2 sen

Curso de Verão Exemplos para o curso de

MAP2223 Introdução às Equações Diferenciais Ordinárias e Aplicações

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica

Derivadas 1

Equações Diferenciais de Segunda Ordem. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

3 Equacões de Bernoulli e Riccati Equação de Bernoulli Equação de Riccati Exercícios... 24

Apostila Cálculo Diferencial e Integral I: Integral

Edo s de Primeira Ordem

Complementos de Análise Matemática

Frações Parciais e Crescimento Logístico

EDO III. por Abílio Lemos. 07, 09 e 14 de novembro de Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Matemática UFV. Aulas de MAT

Derivada - Parte 2 - Regras de derivação

Instituto Tecnológico de Aeronáutica / Departamento de Matemática / 2 o Fund / a LISTA DE MAT-32

Resolução das equações

Prova de Conhecimentos Específicos 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos)

Seção 10: Redução de ordem de EDOLH s de 2 a ordem se for conhecida uma solução não trivial

EQUAÇÕES ÀS DIFERENÇAS ORDINÁRIAS LINEARES

Análise Complexa e Equações Diferenciais Guia 8 João Pedro Boavida. 16 a 23 de Novembro

Jorge M. V. Capela, Marisa V. Capela. Araraquara, SP

Índice. AULA 6 Integrais trigonométricas 3. AULA 7 Substituição trigonométrica 6. AULA 8 Frações parciais 8. AULA 9 Área entre curvas 11

ANÁLISE MATEMÁTICA IV

Trabalho de Equações Diferenciais Ordinárias

Métodos Matemáticos 2012/2 Notas de Aula Equações Diferencias IV Equações Diferencias Lineares de Segunda Ordem. 22 de outubro de 2012

Aula: Equações diferenciais lineares de ordem superior

Lista 1 - Cálculo III

Análise Complexa e Equações Diferenciais 2 o Semestre 2014/2015

CÁLCULO II - MAT Em cada um dos seguintes campos vetoriais, aplicar o resultado do exercício 3 para mostrar que f

Aula 25 Técnicas de integração Aula de exercícios

MAT 141 (Turma 1) Cálculo Diferencial e Integral I 2017/II 1 a Lista de Integrais (07/11/2017)

Derivadas das Funções Trigonométricas Inversas

Polinômios de Legendre

2015/1S QM35B Mét. de Matemática Aplicada

, logo, x tg t é solução da equação dada. na equação dx tx. / 2 e daí dy xy, ou seja, y e

F 520/MS550 - Métodos Matemáticos da Física I/Métodos de Matemática Aplicada I UNICAMP

Introdução aos Métodos Numéricos

Frequência / Exame de 1. a Época

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Professor: Luiz Gonzaga Damasceno. Turma: Disciplina: Matemática II Avaliação: Lista Recuperação Data: 01/03.11.

Instituto de Matemática e Estatística da USP MAT Cálculo Diferencial e Integral III para Engenharia 1a. Prova - 1o. Semestre /04/2010

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS, aulas teórico-práticas

MAT146 - Cálculo I - Equações Diferenciais. Alexandre Miranda Alves Anderson Tiago da Silva Edson José Teixeira

LEEC Exame de Análise Matemática 3

MATEMÁTICA II. Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II 2 a lista de exercícios

Conceitos Básicos. Capítulo 1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função incógnita e suas derivadas.

MAT Cálculo a Várias Variáveis I Lista de Exercícios sobre Integração Dupla

3xy +y 2 +(x 2 +xy) dy dx = 0 (1)

Transcrição:

Instituto de Matemática e Estatística da USP MAT456 - Cálculo Diferencial e Integral IV para Engenharia 3a. Prova - o. Semestre 01-6/11/01 Turma A Questão 1. a (1,0 ponto Determine a solução geral da equação y + 1 xy = arcsin x. b (1,5 pontos Determine a solução da equação xy x = y + x cos( y x que satisfaz a condição inicial y(1 = 1. c (1,5 pontos Determine a solução geral da equação y dx + x(ln x + ye y dy = 0. Solução. a Podemos escrever a equação dada na forma xy + y = x arcsin x, ou ainda, como Integrando, xy = d [xy] = x arcsin x. dx x arcsin x dx = x arcsin x 1 x 1 x dx. Fazendo a mudança x = sin θ, π < θ < π, podemos calcular a última integral como x dx = 1 x sin θ dθ = Portanto, a solução geral é dada por onde C é uma constante arbitrária. 1 (1 cos θ dθ = θ sin θ 4 y = C x + 1 x 4 b Escrevendo a equação dada na forma y = 1 + y x + cos ( y x ( x + 1 arcsin x, 4x, = 1 arcsin x 1 x 1 x + C. verificamos imediatamente que se trata de uma equação homogênea. Portanto, a mudança y = xu transforma a equação dada numa equação de variáveis separáveis. Substituindo, obtemos isto é, Integrando, obtemos u + x du = 1 + u + cos u, dx du 1 + cos u = dx x. du = ln x + C 1 + cos x Como 1 + cos u = cos x e sec u du = tg u, verificamos imediatamente que a solução geral é tg y x = ln x + C, onde C é uma constante arbitrária. Para que y(1 = 1 devemos ter C = tg 1. Além disso, como o domínio da solução deve ser um intervalo contendo x 0 = 1, devemos ter x > 0. Logo, a solução é y = xarctg ( ln x + tg 1 1

definida no intervalo (0, +.. c Sejam P (x, y = y e Q(x, y = x(ln x + ye y. Como P y = 1 e Q x = 1 + ln x + xye y, a equação não é exata. Como Qx Py Q = ln x+xyey = 1 x(ln x+ye y x depende apenas de x, a equação admite um fator intgrante que depende apenas de x. Seja µ = µ(x o fator integrante. A condição y µ + xµ (y = 0. Separando variáveis, obtemos dµ µ = 1 x dy (P µ = x (Qµ implica que e então µ = e ln x = 1 x. Multiplicando a equação dada por µ obtemos a equação exata y x dx + (ln x + yey dy = 0, cuja solução geral é dada por F (x, y = C, onde C é uma constante arbitrária e F satisfaz F x = y (1 x F y = ln x + ye y ( Integrando (1 com relação a x, concluimos que F (x, y = y ln x + K(y. Substituindo em (, obtemos ln x + K (y = ln x + ye y, e, portanto, K(y = ye y dy = e y. Assim, a solução geral da equação é dada por onde C é uma constante arbitrária. y ln x + e y = C,

Questão : (3,0 pontos Determine a solução geral da equação y 4y + 4y = e x ln x. Solução. Primeiro vamos determinar a solução geral da equação homogênea associada y 4y + 4y = 0. Como se trata de uma equação linear com coeficientes constantes e λ = é raiz dupla da equação característica λ 4λ + 4 = 0, a solução geral da equação homogênea associada é dada por y h (x = C 1 e x + C xe x, onde C 1 e C são constantes reais arbitrárias. Agora, vamos usar o método de variação dos parametros para determinar uma solução particular da equação não homogênea. Tal solução tem a forma onde u 1 (x e u (x satisfazem ( e x xe x e x y p (x = u 1 (xe x + u (xxe x, e x + xe x ( u 1 (x u (x ( = 0 e x ln x Multiplicando as duas equações por e x e operando com as equações resultantes, obtemos o sistema u 1 (x + xu (x = 0 e, portanto, u 1 (x = x ln x e u (x = ln x. Logo, Assim, u (x = ln x u 1 (x = x 4 x ln x e u (x = ln x x. y p = e x ( x 4 x ln x + e x (x ln x x = e x ( x ln x é uma solução particular e, portanto, a solução geral da equação é dada por ( y = e x C 1 + C x + x ln x 3x, 4 onde C 1 e C são constantes arbitrárias.. 3x 4 3

Questão 3: a (1,5 pontos Determine a solução geral da equação x y xy + ( + x y = 0, sabendo que y 1 = x cos x é uma solução. b (1,5 pontos Determine a solução geral da equação y 3y + 3y y = x + 3e x. Solução. a Vamos procurar outra solução y da forma y (x = x cos xu(x, com u não constante. Seguirá que {y 1, y } é linearmente independente e a solução geral será dada por y(x = C 1 y 1 (x + C y (x, onde C 1 e C são constante arbitrárias. Impondo que y seja solução, obtemos isto é, x ( sin x x cos xu(x + x (cos x x sin xu (x + x 3 cos xu (x Escrevendo u (x = v(x, obtemos x(cos x x sin xu(x x cos xu (x + x cos xu(x + x 3 cos xu(x = 0, cos xu (x sin xu (x = 0. v (x = sin x cos x v(x, e podemos tomar v(x = e ln cos x = sec x e, portanto, u(x = v(x dx = tgx. Logo, y (x = x cos x tgx = x sin x e a solução geral é onde C 1 e C são constantes arbitrarias. y(x = x(c 1 cos x + C sin x, b A equação característica da equação homogênea associada é λ 3 3λ + 3λ 1 = (λ 1 3 = 0 e tem λ = 1 como raiz tripla. Portanto y h = C 1 e x + C xe x + x C 1 e x é a solução geral da equação homogênea associada. Para determinar uma solução particular y p, vamos determinar uma solução particular y 1p e y p de cada uma das equações y 3y + 3y y = x (1 e y 3y + 3y y = 3e x, ( respectivamente, e tomar y p = y 1p + y p (Princípio da Superposição. Para a equação (1, vamos procurar y 1p da forma y 1p (x = Ax + B. Substituindo, obtemos 3A Ax B = x e, portanto, A = e B = 6. Para a equação (, vamos procurar y p da forma y p (x = Dx 3 e x. Temos y p = De x (3x + x 3, y p = De x (6x + 6x + x 3, y p = De x (6 + 18x + 9x + x 3. Substituindo, obtemos 4

De x [6 + 18x + 9x + x 3 3(6x + 6x + x 3 + 3(3x + x 3 x 3 ] = 3e x e, portanto, D = 1. Logo, y p (x = x 6 + 1 x3 e x é uma solução particular e a solução geral é dada por y = C 1 e x + C xe x + x C 1 e x x 6 + 1 x3 e x, onde C 1, C e C 3 são constantes arbitrárias. 5

Instituto de Matemática e Estatística da USP MAT456 - Cálculo Diferencial e Integral IV para Engenharia 3a. Prova - o. Semestre 01-6/11/01 Turma B Questão 1. a (1,0 ponto Determine a solução geral da da equação y + 1 xy = arccos x. b (1,5 pontos Determine a solução da equação xy x = y + x cos( y x que satisfaz a condição inicial y(1 = 1. c (1,5 pontos Determine a solução geral da da equação y(ln y + xe x dx + x dy = 0.. Solução. a Podemos escrever a equação dada na forma xy + y = x arccos x, ou ainda, como Integrando, xy = d [xy] = x arccos x. dx x arccos x dx = x arccos x + 1 x 1 x dx. Fazendo a mudança x = cos θ, 0 θ π, podemos calcular a última integral como x dx = 1 x 1 cos θ dθ = (1 + cos θ dθ = θ sin θ 4 = 1 arccos x 1 x 1 x + C. Portanto, a solução geral é dada por y = C x 1 x 4 ( x + 1 arccos x, 4x onde C é uma constante arbitrária. b Escrevendo a equação dada na forma y = 1 + y x + cos ( y x verificamos imediatamente que se trata de uma equação homogênea. Portanto, a mudança y = xu transforma a equação dada numa equação de variáveis separáveis. Substituindo, obtemos isto é, Integrando, obtemos, u + x du = 1 + u + cos u, dx du 1 + cos u = dx x. du = ln x + C 1 + cos x Como 1 + cos u = cos x e sec u du = tg u, verificamos imediatamente que a solução geral é tg y x = ln x + C, 6

onde C é uma constante arbitrária. Para que y(1 = 1 devemos ter C = tg 1. Além disso, como o domínio da solução deve ser um intervalo contendo x 0 = 1, devemos ter x > 0. Logo, a solução é definida no intervalo (0, +. y = xarctg ( ln x + tg 1. c Sejam P (x, y = y(ln y + xe x e Q(x, y = x. Como P y = 1 + ln y + xye x e Q x = 1, a equação ln y+xyex não é exata. Como Qx Py P = = 1 y(ln y+xe x y que depende apenas de y. Seja µ = µ(y o fator integrante. A condição y (P µ = µ + yµ (y = 0. Separando variáveis, obtemos depende apenas de y, a equação admite um fator intgrante dµ µ = 1 y dy x (Qµ implica que e então µ = e ln y = 1 y. Multiplicando a equação dada por µ obtemos a equação exata (ln y + xe x dx + x dy = 0, y cuja solução geral é dada por F (x, y = C, onde C é uma constante arbitrária e F satisfaz F x = ln y + xex (1 F y = x y Integrando ( com relação a y, concluimos que F (x, y = x ln y + K(x. Substituindo em (1, obtemos ( ln y + K (x = ln y + xe x, e, portanto, K(y = xe x dx = e x. Assim, a solução geral da equação é dada por onde C é uma constante arbitrária. x ln y + e x = C, 7

Questão : (3,0 pontos Determine a solução geral da equação y 6y + 9y = e 3x ln x. Solução. Primeiro vamos determinar a solução geral da equação homogênea associada y 6y + 9y = 0. Como se trata de uma equação linear com coeficientes constantes e λ = é raiz dupla da equação característica λ 4λ + 4 = 0, a solução geral da equação homogênea associada é dada por y h (x = C 1 e x + C xe x, onde C 1 e C são constantes reais arbitrárias. Agora, vamos usar o método de variação dos parametros para determinar uma solução particular da equação não homogênea. Tal solução tem a forma onde u 1 (x e u (x satisfazem ( e x xe x e x y p (x = u 1 (xe x + u (xxe x, e x + xe x ( u 1 (x u (x ( = 0 e x ln x Multiplicando as duas equações por e x e operando com as equações resultantes, obtemos o sistema u 1 (x + xu (x = 0 e, portanto, u 1 (x = x ln x e u (x = ln x. Logo, Assim, u (x = ln x u 1 (x = x 4 x ln x e u (x = ln x x. y p = e x ( x 4 x ln x + e x (x ln x x = e x ( x ln x é uma solução particular e, portanto, a solução geral da equação é dada por ( y = e x C 1 + C x + x ln x 3x, 4 onde C 1 e C são constantes arbitrárias.. 3x 4 8

Questão 3: a (1,5 pontos Determine a solução geral da equação x y xy + ( + x y = 0, sabendo que y 1 = x sin x é uma solução. b (1,5 pontos Determine a solução geral da equação y 3y + 3y y = 3x + 5e x. Solução. a Vamos procurar outra solução y da forma y (x = x sin xu(x, com u não constante. Seguirá que {y 1, y } é linearmente independente e a solução geral será dada por y(x = C 1 y 1 (x + C y (x, onde C 1 e C são constante arbitrárias. Impondo que y seja solução, obtemos isto é, x ( cos x x sin xu(x + x (sin x + x cos xu (x + x 3 sin xu (x Escrevendo u (x = v(x, obtemos x(sin x + x cos xu(x x sin xu (x + x sin xu(x + x 3 sin xu(x = 0, sin xu (x + cos xu (x = 0. v (x = cos x sin x v(x, e podemos tomar v(x = e ln sin x = cossec x e, portanto, u(x = v(x dx = cotgx. Logo, y (x = x sin x cotgx = x cos x e a solução geral é onde C 1 e C são constantes arbitrarias. y(x = x(c 1 sin x + C cos x, b A equação característica da equação homogênea associada é λ 3 3λ + 3λ 1 = (λ 1 3 = 0 e tem λ = 1 como raiz tripla. Portanto y h = C 1 e x + C xe x + x C 1 e x é a solução geral da equação homogênea associada. Para determinar uma solução particular y p, vamos determinar uma solução particular y 1p e y p de cada uma das equações y 3y + 3y y = 3x (1 e y 3y + 3y y = 5e x, ( respectivamente, e tomar y p = y 1p + y p (Princípio da Superposição. Para a equação (1, vamos procurar y 1p da forma y 1p (x = Ax + B. Substituindo, obtemos 3A Ax B = 3x e, portanto, A = 3 e B = 9. Para a equação (, vamos procurar y p da forma y p (x = Dx 3 e x. Temos y p = De x (3x + x 3, y p = De x (6x + 6x + x 3, y p = De x (6 + 18x + 9x + x 3. Substituindo, obtemos De x [6 + 18x + 9x + x 3 3(6x + 6x + x 3 + 3(3x + x 3 x 3 ] = 5e x 9

e, portanto, D = 5 6. Logo, y p (x = 3x 9 + 5 6 x3 e x é uma solução particular e a solução geral é dada por y = C 1 e x + C xe x + x C 1 e x 3x 9 + 5 6 x3 e x, onde C 1, C e C 3 são constantes arbitrárias. 10