Proposta de Resolução do Exame Nacional de Física e Química A 11.º ano, 2012, 2.ª fase, versão 1. constante

Documentos relacionados
Universidade Federal do Maranhão Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Física

O modelo atômico de J. J. Thomson, proposto em 1904, é constituído pelas hipóteses que se seguem.

Demonstrações especiais

A = Amplitude (altura máxima da onda) c = velocidade da luz = 2,998 x 10 8 m.s -1 3,00 x 10 8 m.s Hz. Verde: λ = = Amarela: λ =

O poço de potencial infinito

Eletrodinâmica III. Geradores, Receptores Ideais e Medidores Elétricos. Aula 6

VARIAÇÃO DE VELOCIDADE DE MOTORES ELÉCTRICOS

c = c = c =4,20 kj kg 1 o C 1

P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 21/10/06

Os juros compostos são conhecidos, popularmente, como juros sobre juros.

Séries de Potências AULA LIVRO

somente um valor da variável y para cada valor de variável x.

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE 2.ª FASE (VERSÃO 1) GRUPO I

-0,4-0,6 -0,9 -1,5 -3,4 -13,6 EXERCÍCIOS

Versão 2. Utiliza apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Estáticos

defi departamento de física

TITULAÇÃO REDOX. Disciplina QUIO94 - Introdução à Análise Química 1 semestre Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos

Prova 3 Física ... GABARITO 1 NOME DO CANDIDATO:

JUROS COMPOSTOS. Questão 01 A aplicação de R$ 5.000, 00 à taxa de juros compostos de 20% a.m irá gerar após 4 meses, um montante de: letra b

Carteiras de Mínimo VAR ( Value at Risk ) no Brasil

Neste capítulo, pretendemos ajustar retas ou polinômios a um conjunto de pontos experimentais.

Instituto de Física USP. Física V - Aula 22. Professora: Mazé Bechara

TITULAÇÃO REDOX. Disciplina QUIO94 - Introdução à Análise Química II semestre Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos

PG Progressão Geométrica

Lista 9 - Introdução à Probabilidade e Estatística

1- REFRAÇÃO LUMINOSA é a variação de velocidade da luz devido à mudança do meio de propagação. refração do meio em que o raio se encontra.

Faculdade de Engenharia Investigação Operacional. Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu

Prova 3 Matemática ... GABARITO 1 NOME DO CANDIDATO:

TITULAÇÃO REDOX. Disciplina QUIO94 - Introdução à Análise Química 1 semestre Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos

Prova de Química. L Assinale a hipótese verdadeira M nas seguintes questões:

Equações Diferenciais Lineares de Ordem n

1. Objetivo: determinar as tensões normais nas seções transversais de uma viga sujeita a flexão pura e flexão simples.

1.1 Comecemos por determinar a distribuição de representantes por aplicação do método de Hondt:

Resposta: L π 4 L π 8

PROVA DE FÍSICA 2º ANO - 2ª MENSAL - 3º TRIMESTRE TIPO A

Problema de Fluxo de Custo Mínimo

J. A. M. Felippe de Souza 9 Diagramas de Bode

CAPÍTULO 5 - INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

Instituto de Física USP. Física V - Aula 22. Professora: Mazé Bechara

Prova 3 Física. N ọ DE INSCRIÇÃO:

Química Analítica IV TITULOMETRIA DE OXI-REDUÇÃO

TITULAÇÕES POR OXIREDUÇÃO. Qui-094 Introdução a Análise Química Profa Maria Auxiliadora Costa Matos

Capítulo 39: Mais Ondas de Matéria

IME QUÍMICA. Questão 01

Introdução à Física Quântica

Testes de Hipóteses para a Diferença Entre Duas Médias Populacionais

Analise de Investimentos e Custos Prof. Adilson C. Bassan adilsonbassan@adilsonbassan.com

Anexo VI Técnicas Básicas de Simulação do livro Apoio à Decisão em Manutenção na Gestão de Activos Físicos

Introdução à Análise Química QUI semestre 2011 Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos TITULOMETRIA DE OXI-REDUÇÃO

A soma dos perímetros dos triângulos dessa sequência infinita é a) 9 b) 12 c) 15 d) 18 e) 21

APOSTILA MATEMÁTICA FINANCEIRA PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS

Unidade V - Desempenho de Sistemas de Controle com Retroação

Prova 3 Física. N ọ DE INSCRIÇÃO:

INTRODUÇÃO A TEORIA DE CONJUNTOS

Capitulo 9 Resolução de Exercícios

O erro da pesquisa é de 3% - o que significa isto? A Matemática das pesquisas eleitorais

FÍSICA MODERNA I AULA 14

RESOLUÇÃO EXAME NACIONAL ª Fase Versão 1

ERROS ERRO DE ARREDONDAMENTO

2.1 Dê exemplo de uma seqüência fa n g ; não constante, para ilustrar cada situação abaixo: (a) limitada e estritamente crescente;

Modelo de Nuvens: Modelo de Parcela e unidimensional de tempestades

Capítulo 5. Misturas Simples

VII Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem

SOLUÇÕES e GASES- EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

O oscilador harmônico

P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 16/05/09

mgh = 1 2 mv Iω2 (1)

A seguir, uma demonstração do livro. Para adquirir a versão completa em papel, acesse:

a) Calcule o módulo da velocidade na direção vertical no instante em que a bola foi chutada.

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de?

Capítulo 4 Trabalho e Energia

M = C (1 + i) n. Comparando o cálculo composto (exponencial) com o cálculo simples (linear), vemos no cálculo simples:

MATEMÁTICA FINANCEIRA

B) (até três pontos) Para os pares de espécies apresentados em i, ii e iii, tem-se, respectivamente, Al +, F - e Li.

Eletroquímica. Capítulo Dadas as reações de meia célula: Cu 2+ + e Cu + I 2 E 0 = 0,336 V. + 2e 2I E 0 = 0,536 V

Módulo 4 Matemática Financeira

Do ponto de vista da Termodinâmica, gás ideal é aquele para o qual vale, para quaisquer valores de P e T, a equação de estado de Clapeyron:

(1) E que a força contra-eletromotriz é dada por: (2)

Instituto de Física USP. Física V - Aula 25. Professora: Mazé Bechara

Capitulo 6 Resolução de Exercícios

Exercícios de Matemática Polinômios

Física B Semi-Extensivo V. 4

Prof. A.F.Guimarães Questões de hidrostática 2

a taxa de juros i está expressa na forma unitária; o período de tempo n e a taxa de juros i devem estar na mesma unidade de tempo.

FÍSICA GABARITO LISTA DE EXERCÍCIOS 2 APOSTILA 13

O Átomo de Hidrogênio

PARECER SOBRE A PROVA DE MATEMATICA FINANCEIRA CAGE SEFAZ RS

CONTROLO. 1º semestre 2007/2008. Transparências de apoio às aulas teóricas. Capítulo 10 Diagrama de Bode e Relação Tempo-Frequência

FÍSICA MODERNA I AULA 05

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 17. Professora: Mazé Bechara

O QUE SÃO E QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL EM ESTATÍSTICA PARTE li

2 Descrição do movimento de um ponto material no espaço e no tempo

ActivALEA. ative e atualize a sua literacia

>> cm f < Hz. Sólido: meio contínuo

ANDRÉ REIS MATEMÁTICA. 1ª Edição NOV 2013

Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março. Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março

CPV seu Pé Direito no INSPER

Até que tamanho podemos brincar de esconde-esconde?

Transcrição:

Proposta de Resolução do Exame Nacioal de Física e Química A 11.º ao, 01,.ª fase, versão 1 Sociedade Portuuesa de Física, Divisão de Educação, 18 de julho de 01, http://de.spf.pt/moodle/ Grupo I 1. (D) À temperatura cosiderada, a itesidade da radiação é máxima (máximo do ráfico) para um comprimeto de oda meor do que os da radiação de cor violeta, portato a zoa do ultravioleta.. costate máxima OU máxima T costate T. watt [OU joule por seudo] A taxa temporal de emissão de eeria correspode à eeria emitida por uidade de tempo que, em termos das uidades SI, deverá ser expressa em joule por seudo, isto é, em watt. 4. (D) A taxa temporal de emissão de eeria de um corpo, sob a forma de radiação térmica, é proporcioal à quarta potêcia da temperatura absoluta da superfície do corpo, portato se a temperatura absoluta aumetar vezes, a taxa temporal de emissão de eeria aumetará 4 16 vezes. 5. (C) A Terra está em equilíbrio térmico com a sua vizihaça portato emite e absorve eeria, como radiação, à mesma taxa temporal matedo uma temperatura média costate à sua superfície. 1

Grupo II 1. Cálculo do volume de metao (CH4), em codições ormais de pressão e de temperatura (PTN), uma amostra de 5,0 dm de ás atural: VCH % V / V 4 % V / V 100% VCH V 4 ás atural VCH4 V 100% V CH,50 dm 4 ás atural Cálculo da quatidade de metao: 5,0 70 100 CH 4 V V m,50,4 0,156 mol Determiação do úmero de moléculas de metao: N CH CH NA 0,1566,010 9,4 10 4 4. (A) A cadeia liear mais loa de carboos só pode ter 4 átomos.. Na molécula de dióxido de carboo, o átomo de carboo é o cetral. No átomo cetral ão existem pares de eletrões de valêcia ão liates. A eometria que miimiza as repulsões etre os pares de eletrões liates das liações aos átomos de oxiéio é a que correspode a um maior afastameto dos eletrões, o que siifica uma eometria liear. Cocomitatemete são também miimizadas as repulsões etre os pares de eletrões ão liates dos átomos de oxiéio. 4. O exofre e o oxiéio ecotram-se o mesmo rupo da tabela periódica (rupo 16). No rupo o exofre ecotra-se a seuir ao oxiéio. O raio atómico em cada rupo aumeta com o úmero atómico, por isso o exofre tem maior raio atómico do que o oxiéio. Os átomos de oxiéio e de exofre liam-se a átomos do mesmo elemeto (hidroéio). O maior raio do átomo do exofre deverá, previsivelmete, implicar um maior comprimeto da liação com o átomo de hidroéio.

Grupo III 1. Cálculo da cocetração do ião hidróio: ph,94 4 - H O 10 10 1,14810 mol dm Cálculo da cocetração do ácido sulfídrico ão ioizado: cosidera-se apeas a cotribuição do ácido para a cocetração hidroeióica, o que siifica que H O HS utilizado a expressão da costate de acidez do ácido sulfídrico obtém-se K a HS H O H S H S HS H O K a H S H O K a 1,14810 1,10 4 - H S H S 9,98410 mol 7 dm Determiação da quatidade de ácido sulfídrico: cv 9,98410 0,500,5010 mol. (B) Na reação etre o ião sulfureto S - (aq) e a áua, há trasferêcia de protões desta para o aião. A úica equação que traduz corretamete a coservação da massa e a coservação da cara elétrica é a B: o úmero de átomos de cada tipo os reaetes e os produtos é o mesmo (1 de exofre, 4 de hidroéio e de oxiéio) e a cara elétrica total os reaetes e produtos é também a mesma. Grupo IV 1. 1.1. Aálise da estequiometria da reação Cl 4 CH5OH Determiação da quatidade ecessária de cloro para que reajam,0 mol de etaol: Cl 4,0 1,0 mol Para reairem com mol de etaol seriam ecessárias 1 mol de cloro. Como só estão dispoíveis 10 mol de cloro, este é o reaete limitate.

1.. Cálculo da quatidade de cloral a obter: CCl CHO mobtida 1,5 10 M (CCl CHO) 147,8 mol -1 10, mol Cálculo da quatidade de cloral que se obteria se o redimeto fosse 100%: obtido 100 100 (%) 100% previstoobtido previsto 10, 0 previsto previsto,9 mol Cálculo da massa de etaol que é ecessário fazer reair: de acordo com a proporção estequiométrica, a quatidade de etaol que reae é iual à de cloral que se deveria formar, loo,9 mol ; C H 5 HO m C H HOC H HOM (CH5HO),9 46,08 1,6 10 5 5. (B) O cloro reduz-se dado que o seu úmero de oxidação dimiui: passa de 0 - o dicloro (Cl) para 1 o ião cloreto ( Cl ). Ao reduzir-se oxida o sódio, portato atua como oxidate.. (C) Para que se formem duas moles de átomos de cloro é ecessário dissociar uma mole de moléculas de cloro loo é ecessário forecer 4,7 kj. Assim a variação de eeria associada a este processo é positiva: + 4,7 kj. 4. 4.1. (D) O átomo de cloro pertece ao º período e ao rupo 17. Loo, o estado fudametal, tem 7 eletrões de valêcia em orbitais de úmero quâtico pricipal iual a. A sua cofiuração eletróica de valêcia será s p 5. Como existem três orbitais p (px, py e pz) coclui-se que duas orbitais ficam preechidas e uma fica semipreechida, por exemplo, a cofiuração px, py e pz 1. Coclui-se que os 7 eletrões de valêcia se distribuem por 4 orbitais: a orbital s e as três orbitais p. 4

4.. (A) As orbitais de valêcia do átomo de cloro o estado fudametal são a orbital s e as orbitais p. A eeria das orbitais p é maior do que a da orbital s. Portato, uma das orbitais de valêcia com mais eeria é uma das orbitais p. Para as orbitais p o úmero quâtico pricipal é, dado que é uma orbital p o úmero quâtico de mometo aular l é 1 e o úmero quâtico maético ml pode ser iual a 1, 0 ou 1. A úica opção compatível com estas codições é a A: (, l, ) (,1, 0) m l 4.. Eeria de ioização. Grupo V 1. 1.1. (B) A distâcia percorrida é uma radeza escalar maior ou iual que zero que ao loo do tempo uca pode dimiuir. Ates de se iiciar o movimeto a distâcia percorrida é ula. Durate a queda a distâcia percorrida vai aumetado o decurso do tempo. Depois de atiir o solo o objeto para e, em cosequêcia, a distâcia percorrida permaece costate. 1.. (C) No itervalo de tempo cosiderado, a posição varia liearmete com o tempo, o que siifica que a velocidade do objeto de papel permaece costate. Se a velocidade é costate a resultate das forças tem que ser ula. Assim a força de resistêcia do ar deve ser simétrica da força ravítica. 5

1.. A eeria dissipada traduz-se uma dimiuição de eeria mecâica do sistema objeto de papel + Terra. No itervalo de tempo cosiderado a posição varia liearmete com o tempo, o que siifica que a velocidade do objeto de papel permaece costate. Assim, a variação de eeria ciética é ula. Cálculo da variação de eeria potecial ravítica: E p m h m y 0,10 10 0,0 0,76 1,910 J Como a variação de eeria mecâica é iual à soma da variação de eeria ciética com a variação de eeria potecial, coclui-se que a variação de eeria mecâica é iual à variação de eeria potecial: E E E 0 1,910 1,910 J Coclui-se que a eeria dissipada é 1, 10 m c J p..1. y 0 t Na queda livre a resultate das forças é a força ravítica. Sedo uma força costate o movimeto é uiformemete acelerado (movimeto retilíeo com aceleração costate): o módulo da velocidade aumeta proporcioalmete ao tempo decorrido. Como o corpo desce, y deve dimiuir com o tempo já que o setido positivo é o ascedete. O módulo da velocidade aumeta loo o módulo do declive do ráfico posição-tempo tem que aumetar ao loo do tempo... (B) O papel iicia o movimeto com velocidade ula e a aceleração é a da ravidade que apota para baixo (setido eativo de acordo com a coveção escolhida): vy v0 y t 0 10t 10t 6

.. (D) y y0 v0 y t t 1 0 t y 1 0 y 0 0 t t 1,0 1,0.4. (A) A aceleração da ravidade ão depede da massa do corpo, loo como caem ambos da mesma altura atiem o solo com a mesma velocidade. A eeria ciética aumeta com a massa do corpo, assim a esfera metálica terá, para a mesma velocidade, maior eeria ciética. Grupo VI 1. O altifalate é liado ao erador de siais para poder emitir um sial sooro como resultado da coversão do sial elétrico que o erador produz. O microfoe é liado ao osciloscópio para que possa ser reistado o sial elétrico que o microfoe era resultate da coversão do sial sooro captado...1. (D) O itervalo de tempo etre picos cosecutivos, período, é o mesmo. Loo a frequêcia é também a mesma. Admitido que as escalas verticais de ambos os caais do osciloscópio são iuais, o que tem um pico de maior valor tem maior amplitude... (D) O desfasameto temporal dos picos dos dois siais, lido o eixo das abcissas, é iual a metade de uma divisão. Como o tempo correspodete a cada divisão é de 1 ms, coclui-se que o tempo que o sial sooro demorou a percorrer a distâcia etre o altifalate e o microfoe é de 1ms 0,5 ms 7

distâcia / m. Equação da reta de ajuste ao ráfico da distâcia (d expressa em metros) etre o microfoe e o altifalate em fução do tempo (t expresso em seudos): d 4,0 t 1, 10 d 4,0 t 1,00 1,000 0,800 0,600 0,400 0,00 y = 4,0x + 0,01 R² = 0,9947 0,000 0,0E+00 5,0E-04 1,0E-0 1,5E-0,0E-0,5E-0,0E-0,5E-0 tempo / s Como d v t coclui-se que o valor experimetal da velocidade de propaação do som o ar -1 é v 4,0 m s. experimet al Determiação do erro relativo: v erro relativo (%) experimetal v v tabelado tabelado 100% 4,0 4, 100% 5,5% 4, 8