Análise do cenário para a Indústria da Construção em 2015

Documentos relacionados
Agenda. 1. Conjuntura econômica internacional 2. Conjuntura nacional 3. Construção Civil Geral Imobiliário

Nota de Crédito PJ. Janeiro Fonte: BACEN Base: Novembro de 2014

Perspectivas para o Setor da Construção Civil em Celso Petrucci Economista-chefe do Secovi-SP

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

Cenário Econômico para 2014

Perspectivas 2014 Brasil e Mundo

Março / Cenário Econômico Bonança e Tempestade. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Cenários Macroeconômicos para Wellington Santos Damasceno ETENE

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região.

Relatório FEBRABAN - Evolução do Crédito do Sistema Financeiro

APRESENTAÇÃO NO INSTITUTO DO VAREJO

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) NOVEMBRO/2013

A Construção na Ótica da Indústria de Materiais. Walter Cover 27/08/2014

Agenda. Mapa de Preços do ZAP. Índice FipeZap novos dados do mercado. painel.fipezap.com.br

A Expansão da Construção Civil e os Efeitos da Crise Internacional

Consultoria. Crise econômica - o que ainda está por vir e os impactos na hotelaria. Novembro/2015. Juan Jensen jensen@4econsultoria.com.

Operações Crédito do SFN

Indicadores de Desempenho Julho de 2014

A Crise Econômica Mundial e as Economias Regionais

PAINEL 9,6% dez/07. out/07. ago/ nov/06. fev/07. ago/06

Perspectivas da Economia Brasileira

Fase 2 (setembro 2012) Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC)

Bolha imobiliária: realidade ou ficção? Marcelo Barros, economista, professor da FBV Antônio Pessoa, economista, professor da FBV

Operações Crédito do SFN

Volume de crédito segue em expansão em 2008

Coletiva de Imprensa - ABECIP. Índice

Destaque Setorial - Bradesco

Dificuldade no acesso ao crédito é disseminada na construção

Panorama Econômico. Principais Fatos da Semana. 04 de Maio de Sumário. Acompanhamento De 27 de Abril a 01 de Maio

Recessão e infraestrutura estagnada afetam setor da construção civil

Paulo Safady Simão Presidente da CBIC

Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Tabela 1 - OPERACOES DE CREDITO (milhões de R$) Ano I Nov/13. Fonte: ESTBAN, Banco Central do Brasil

3 INFLAÇÃO. Carta de Conjuntura 26 mar

Perspectivas da economia em 2012 e medidas do Governo Guido Mantega Ministro da Fazenda

Portal de Informações FEBRABAN. Módulo I Crédito

PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA Gustavo Loyola. Apresentação para SECOVI Goiânia (GO), agosto de 2015

(com base na Nota do Banco Central do Brasil de ) Edição de 27 de Maio de 2009

X SEMINÁRIO SUL BRASILEIRO DE PREVIDÊNCIA PÚBLICA. BENTO GONÇALVES / RS / Maio 2012

Boletim de Conjuntura Econômica Outubro 2008

Instrumentalização. Economia e Mercado. Aula 4 Contextualização. Demanda Agregada. Determinantes DA. Prof. Me. Ciro Burgos

O MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA EM 2011 E

ECONOMIA A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015

Ministério da Fazenda. Crise Financeira. Impactos sobre o Brasil e Resposta do Governo. Nelson Barbosa. Novembro de 2008

Boletim Econômico e do Setor Portuário. Sumário

SONDAGEM INDUSTRIAL Março de 2015

Análise Macroeconômica Projeto Banco do Brasil

5 ECONOMIA MONETÁRIA E FINANCEIRA

Os fatos atropelam os prognósticos. O difícil ano de Reunião CIC FIEMG Econ. Ieda Vasconcelos Fevereiro/2015

O cenárioeconômicoe as MPE. Brasília, 1º de setembro de Luciano Coutinho

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

ECONOMIA A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015

Conjuntura Dezembro. Boletim de

Luciano Coutinho Presidente

Ativa Corretora. Novembro de 2010

Cenários da Macroeconomia e o Agronegócio

fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov.

Boletim informativo: Brasil em Foco

A despeito dos diversos estímulos monetários e fiscais, economia chinesa segue desacelerando

Determinantes da Evolução Recente do Consumo Privado

Situação da economia e perspectivas. Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC)

2012, UMA FRUSTRAÇÃO PARA O MERCADO DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA.

Seminário Setorial de Construção Civil APIMEC SUL. Outubro de 2010

Sistema Financeiro e os Fundamentos para o Crescimento

Persistência da desaceleração e ligeira elevação na inadimplência

Perspectivas para a Inflação

Bancos financiam crescentemente a produção

Operações Crédito do SFN

O levantamento anual envolveu sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.

Filipe F. Pontual Diretor Executivo - ABECIP

Nova Estrutura de Dados de Crédito

Pesquisa FEBRABAN de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado

A economia brasileira e as perspectivas do investimento Luciano Coutinho Presidente do BNDES

Subtítulo da Apresentação

A Força do Grande ABC no Mercado Imobiliário de São Paulo. Flavio Amary Vice-Presidente do Secovi-SP

O consumo dos brasileiros atingirá R$ 3,7 trilhões, em 2015

CENÁRIOS ECONÔMICOS O QUE ESPERAR DE 2016? Prof. Antonio Lanzana Dezembro/2015

Indicadores da Semana

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Abril Divulgado em 14 de maio de 2015.

A INDÚSTRIA DE PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO. Fundação Getulio Vargas

INDICADORES ECONÔMICOS PARA ANÁLISE DE CONJUNTURA. Fernando J. Ribeiro Grupo de Estudos de Conjuntura (GECON) - DIMAC

O MAIS COMPLETO SISTEMA DE MONITORAMENTO E ANÁLISE DO MERCADO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO!

Construção civil: desempenho e perspectivas 10/02/2015

Decomposição da Inflação de 2011

Cesta básica tem alta moderada na maioria das capitais

Operações Crédito do SFN

SINCOR-SP 2015 JULHO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

Economia em Perspectiva

ECONOMIA BRASILEIRA DESEMPENHO RECENTE E CENÁRIOS PARA Prof. Antonio Lanzana Dezembro/2014

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS:

Notícias Economia Internacional. e Indicadores Brasileiros. Nº 1/2 Julho de 2012

BALANÇO ECONÔMICO 2013 & PERSPECTIVAS 2014

A Crise Internacional e os Desafios para o Brasil

RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2012 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL

Transcrição:

1º Panorama Econômico e Jurídico Análise do cenário para a Indústria da Construção em 2015 Adriano Pitoli Análise Setorial e Inteligência de Mercado

Brasil Destaques ambiente econômico Forte deterioração da confiança afetou dramaticamente a atividade econômica. PIB total: revisão de -1,4 pp (para 0,2%) PIB construção: revisão de -6,0 pp (para -3,8%) Projeção de renda (total) inalterada (em 2,7%) comprova efeito central das expectativas 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 130 EXPECTATIVAS DO EMPRESÁRIO CONFIANÇA DO CONSUMIDOR Setores mais afetados são os ligados a investimento (bens de capital e construção civil) e consumo de duráveis (automóveis e linha branca) 125 120 115 110 105 Média histórica Confiança dos empresários e dos consumidores seguem em deterioração, o que não traz boas perspectivas para 2015 100 95 90 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14

Brasil Destaques expectativa 2015 Não há espaço para retomada vigorosa em 2015 PIB Total: 1,0% PIB Construção: 2,7% Números positivos de 2015 decorrem somente de efeito base Novo governo terá que (re)construir reputação e confiança Ano de ajustes macroeconômicos Novas elevações de juros Reajuste de tarifas (energia, combustíveis, transp. public.) Elevações de impostos e cortes de gastos públicos Uma simples redução da incerteza política deve favorecer alguma melhora da confiança em 2015. Porém, nível de incerteza continua muito elevado Riscos seguem assimétricos para baixo; porém, não se pode descartar recuperação mais rápida

Brasil Destaques expectativas de médio prazo 4 Crescimento potencial do Brasil é próximo de 3%, mas deverá correr abaixo até 2018 Festa do consumo acabou na melhor das hipóteses consumo cresce próximo ao PIB de agora em diante. Taxa de câmbio deve mostrar desvalorização adicional alta de juros nos EUA, preços de commodities e déficit em transações correntes Condições para uma recomposição da confiança: Retomar tripé macroeconômico (foco na meta de inflação, aumento do superávit primário e menos intervenções no câmbio) Acabar com a contabilidade criativa nas contas públicas Eliminar a prática de controle de preços administrados e criar regras transparentes Evitar o intervencionismo nos setores e as mudanças constantes nas regras tributárias Recuperar importância e caráter técnico das agências reguladoras

Brasil Destaques expectativas de médio prazo 5 Condições para elevar o crescimento potencial: Reformas prioritárias (tributária e previdenciária) Retomar a abertura da economia e desatar o nó do Mercosul Promover programa amplo de concessões de infraestrutura Agenda de desburocratização Mesmo num cenário pessimista, porém, instituições devem reagir para evitar argentinização.

Brasil Destaques expectativa médio prazo Construção civil deve retomar papel de destaque na atividade econômica Investimentos em infraestrutura devem assumir novo patamar Usinas hidrelétricas Concessões de rodovias e aeroportos PPPs de mobilidade urbana (metrô, VLT e BRT) PPPs e concessões em saneamento Amplo potencial para o mercado imobiliário Crédito imobiliário/ PIB ainda está abaixo dos 10% Ampla demanda potencial por melhores moradias Maiores oportunidades estão no Nordeste, Norte e Centro-Oeste Custos da construção seguirão pressionados, principalmente mão de obra

Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI) O Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI) mede a área em construção (em fase de fundação, estrutura ou acabamento) de obras imobiliárias residenciais, comerciais, de turismo e outros, com abrangência nacional. O IACI integra o Monitor da Construção Civil (MCC), um conjunto de índices elaborado em parceria entre a Tendências e a Criactive. O MCC (www.monitormcc.com.br) é uma plataforma que compila e gera mais de quatrocentos indicadores para o mercado da construção civil, que permitem monitorar sua dinâmica em seus mais diversos segmentos. O IACI de outubro recuou 2% em relação a setembro, considerando os dados livres de efeitos sazonais. Com este resultado, a metragem total em construção voltou aos níveis verificados no fim de 2009. O cenário econômico tem gerado represamento de novos empreendimentos, e, consequentemente, diminuição da atividade nas diversas fases da construção. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda do índice foi de 10,4%. No acumulado do ano, o IACI apresentou uma diminuição de 2,1% (média de janeiro a outubro de 2014 ante ao mesmo período de 2013), considerando os ajustes sazonais. IACI (NÚMERO ÍNDICE) Fonte: MCC DADOS TRIMESTRAIS Nº Índice t/t-1 t/t-4 Dessaz t/t-1 2011 114.11 5.7% 2012 118.33 3.7% 2013 116.44-1.6% jan-out/2013 116.02-1.6% jan-out/2014 113.56-2.1% 4T11 119.44 2.0% 9.9% 1.7% 1T12 116.26-2.7% 7.0% -0.8% 2T12 117.56 1.1% 5.7% 0.6% 3T12 119.93 2.0% 2.5% 1.0% 4T12 119.57-0.3% 0.1% -0.6% 1T13 115.70-3.2% -0.5% -1.2% 2T13 115.25-0.4% -2.0% -1.4% 3T13 116.15 0.8% -3.2% 0.1% 4T13 118.64 2.1% -0.8% 1.9% 1T14 116.37-1.9% 0.6% 0.0% 2T14 116.33 0.0% 0.9% -1.0% 3T14 110.34-5.1% -5.0% -5.8% Dados até outubro/14

Monitor da Construção Civil Tendências-Criactive IACI BRASIL X IACI GOIÁS IACI-L BRASIL X IACI-L GOIÁS Fonte: MCC (dados até out/14)

Mercado Imobiliário Oferta de Imóveis OFERTA DE IMÓVEIS EM SÂO PAULO (COM AJUSTE SAZONAL) Fonte: Secovi-SP (dados até set/14)

Monitor da Construção Civil Tendências-Criactive Índice de Fundação antecede o Índice de Estrutura em 4 meses Índice de Lançamentos antecede em 8 meses Fundo do poço da fase de estrutura deve ocorrer no 4ºTri Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI) IACI-FUNDAÇÃO X IACI-ESTRUTURA* *Média móvel 3 meses. Fonte: MCC (dados até out/14)

PREÇO DO IMÓVEL MOSTRA FORTE SENSIBILIDADE À ATIVIDADE ECONÔMICA VAR. % PREÇO IMÓVEL (ÚLTIMOS 24 MESES) CRESCIMENTO ECONÔMICO (EMPREGO) (ÚLTIMOS 24 MESES) Municípios: SE: São Paulo, Santo Andre, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Campinas, Osasco, Guarulhos, Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Rio de Janeiro, Niteroi, Belo Horizonte, Contagem, Vila Velha; S: Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre; NE: Salvador, Recife, Fortaleza; CO: Brasília Excluídos: Contagem, Curitiba, Distrito Federal, Goiânia e Vitória Fonte: Fipezap (dados até out/14) e CAGED (dados até set/14)

Hipóteses cenários reeleição de Dilma 12 Elaboração: Tendências

PIB Média 2015 2018 Básico: 1,7% Pessimista: 0,4% Otimista: 2,4% 13 Elaboração: Tendências

Taxa de desemprego e renda real Média 2015 2018 Básico: 6,9% Pessimista: 7,9% Otimista: 6,3% Média 2015 2018 Básico: 0,3% Pessimista: -0,3% Otimista: 0,7% 14 Elaboração: Tendências

Taxa de câmbio Média 2015 2018 Básico: 3,07/US$ Pessimista: 3,47/US$ Otimista: 2,81/US$ 15 Elaboração: Tendências

IPCA Média 2015 2018 Básico: 6,2% Pessimista: 6,8% Otimista: 5,9% 16 Elaboração: Tendências

Panorama de curto prazo - Inflação (Q/Q-4) Fonte: IBGE (Elaboração e projeções: Tendências)

Selic e taxa de juro real Média 2015 2018 Básico: 11,3% Pessimista: 9,6% Otimista: 10,4% Média 2015 2018 Básico: 4,9% Pessimista: 2,7% Otimista: 4,6% 18 Elaboração: Tendências

Brasil Destaques superciclo do consumo acabou Por dez anos (2004 a 2013), o consumo cresceu, em média, o dobro do PIB (7,8% x 3,7%) e 40% a mais que a renda (7,8% x 5,3% a.a.). Daqui para frente, o espaço para o consumo crescer acima do PIB é bastante limitado. Além disso, os riscos são assimétricos o cenário de consumo pode sofrer novas revisões para baixo. Há até um risco não desprezível de uma super-ressaca, como a de 1998-2002 EVOLUÇÃO COMPARATIVA PIB X RENDA DAS FAMÍLIAS X VENDAS NO VAREJO Fonte: IBGE *Projeção Tendências

Brasil Destaques gatilhos para o cenário pessimista jan/03 ago/03 mar/04 out/04 mai/05 dez/05 jul/06 fev/07 set/07 abr/08 nov/08 jun/09 jan/10 ago/10 mar/11 out/11 mai/12 dez/12 jul/13 fev/14 dez/03 jun/04 dez/04 jun/05 dez/05 jun/06 dez/06 jun/07 dez/07 jun/08 dez/08 jun/09 dez/09 jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 jun/13 dez/13 jun/14 EVOLUÇÃO COMPARATIVA PIB X RENDA DAS FAMÍLIAS X VENDAS NO VAREJO Cenário Básico 135 130 Termos de Troca (2006=100) 140.000 120.000 Conta Capital e Financeira - 12m (US$ milhões) 125 100.000 120 115 110 105 80.000 60.000 40.000 100 95 90 20.000 0-20.000 Fonte: IBGE *Projeção Tendências

Renda total das famílias 6.5% 2005 9.2% 2006 4.4% 2007 6.5% 2008 3.5% 2009 6.3% 2010 2.7% 2011 9.2% 2012 4.0% 2013 2.7% 2014 2.1% 2015 1.4% 2016 1.5% 2017 1.9% 2018 1.8% 2019 Renda total das famílias deve continuar mostrando evolução bem mais modesta, próxima ao PIB (mas ainda superior), padrão que se estabeleceu desde 2013 em boa medida por conta da renda do trabalho. O destaque deve continuar sendo os benefícios previdenciários (5,2 % aa x 0,9% da renda do trabalho entre 2015 e 2019) em virtude da valorização do salário mínimo e do aumento da proporção da população idosa no País. Bolsa Família já está praticamente universalizado, o que justifica evolução bem mais modesta daqui por diante. 10% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% Renda das famílias (ampliada) Ano Total Trab INSS Bolsa Fam. Out Rendas 100% 79% 16% 1% 4% 2010 6.3% 6.5% 7.1% 10.4% -3.0% 2011 2.7% 2.3% 5.2% 13.0% -1.1% 2012 9.2% 8.4% 8.6% 15.4% 29.6% 2013 4.0% 4.4% 5.6% 11.1% -10.6% 2014 2.7% 2.5% 3.3% 2.7% 5.0% 2015 2.1% 0.9% 7.6% 1.7% 3.0% 2016 1.4% 0.7% 4.3% 1.1% 3.0% 2017 1.5% 0.8% 4.6% 1.3% 3.0% 2018 1.9% 1.1% 5.0% 1.0% 3.0% 2019 1.8% 1.1% 4.3% 1.1% 3.0% 04-13 5.7% 5.5% 6.5% 10.9% 6.0% 15-19 1.7% 0.9% 5.2% 1.2% 3.0% Fonte: IBGE. (Projeção: Tendências)

Renda do trabalho jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 A exemplo de 2013, renda do trabalho deve continuar mostrando desempenho bem mais modesto Baixo ritmo de geração de empregos reflete atividade econômica debilitada Menor margem para ganhos de renda real, que deverá passar a refletir mais intensamente o baixo ritmo de ganhos de produtividade do País Início de 2014 mostrou até uma boa evolução da renda do trabalho, mas que já não se sustenta diante da forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do ano. Renda do trabalho deve crescer apenas 1,2% a.a. entre 2014 e 2019, ritmo abaixo do PIB (1,5% a.a.). 170 160 150 140 130 120 110 Renda do trabalho Proj. Renda trabalho renda média Ocupação 2010 8.1% 4.4% 3.5% 2011 5.0% 2.9% 2.1% 2012 6.6% 4.3% 2.2% 2013 2.1% 1.5% 0.7% 2014 2.5% 2.8% -0.2% 2015 0.9% 0.6% 0.4% 2016 0.7% -0.1% 0.8% 2017 0.8% -0.3% 1.1% 2018 1.1% -0.2% 1.3% 2019 1.1% -0.2% 1.3% 100 04-13 5.5% 2.7% 2.3% 14-19 1.2% 0.7% 0.8% Fonte: IBGE. Dados até ago/14. (Projeção: Tendências)

jan-07 jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 jan-14 jan-15 Massa de renda disponível Itens não comprimíveis dão sinais de arrefecimento, diante da menor pressão de alimentos Reajuste nos preços de energia, transporte urbano e gasolina devem exercer alguma pressão no orçamento familiar em 2015 65.5% 65.0% 64.5% 64.0% 63.5% 63.0% 62.5% 62.0% Peso itens não-comprimíveis 61.5% 61.0% Habitação, Transportes, Comunicação, Saúde e cuidados pessoais, Educação, Alimentação e bebidas Fonte: IBGE (Elaboração Tendências)

jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 Taxa de inadimplência Pessoa Física recursos livres A evolução recente corrobora nossa perspectiva de que o ciclo de queda da inadimplência chegou ao fim. O espaço para novos recuos do indicador se esvaiu, em um contexto que combina notável fraqueza da atividade econômica, elevação das taxas de juros, acomodação do emprego e da renda e inflação elevada. Para 2015, desaceleração da massa de renda e piores condições de financiamentos devem provocar novas elevações da inadimplência das famílias (projeção de 7,3%) No médio prazo, o modesto crescimento da renda, acomodação do comprometimento e a expansão de modalidades de maior qualidade tendem a manter a inadimplência em níveis relativamente favoráveis. Nossa projeção para a inadimplência PF para o período 2016-2019 é de média de 7,1%, com tendência de queda a partir de 2017. Inadimplência PF (%) Ano Tx. final de ano 2009 8.0 2010 6.0 2011 7.7 2012 8.0 2013 6.7 2014 6.6 2015 7.3 2016 7.4 2017 7.2 2018 7.0 2019 6.9 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 Taxa de Inadimplência PF recursos livres Projeção Fonte: Banco Central. Projeções Tendências. Dados realizados até set/14

jan-05 jan-06 jan-07 jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 jan-14 jan-15 Comprometimento da Renda Baixa confiança gerou expressiva desalavancagem das famílias Aumento recente das taxas de juros e acomodação dos prazos começam a se refletir em maior comprometimento mensal Retomada das concessões também influencia o movimento SÉRIE VAR. ANUAL 2012 30.2% -0.1 2013 28.7% -1.5 2014* 29.6% 1.0 2015* 30.5% 0.8 2016* 31.1% 0.6 2017* 31.4% 0.3 2018* 31.6% 0.2 2019* 31.6% 0.0 VARIAÇÃO MÉDIA (a.a.) Méd. 14-15 0.90 36% 33% 30% 27% 24% 21% 18% COMPROMETIMENTO DE RENDA (% ) 33% 31% Proj. 29% 27% 25% 23% 21% 19% Méd. 16-19 0.29 Projeções 15% 17% 15% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014*2015*2016*2017*2018*2019* Comprometimento da renda - Tendências Comprometimento da renda - BC Fonte: Banco Central *(Serviço da dívida/massa de renda), projeção Tendências

jan-03 jan-04 jan-05 jan-06 jan-07 jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 jan-14 jan-15 jan-16 jan-17 jan-18 jan-19 Saldo de Crédito Pessoa Física recursos totais Carteira de crédito às famílias vem sendo sustentada pelo crédito direcionado pelo menos desde 2013, enquanto que crédito livre entrou em franca desaceleração Nos últimos meses, crédito livre passou a registrar crescimento real negativo, impactado especialmente pela queda no saldo das operações de financiamento de veículos Crédito direcionado ainda cresce a taxas expressivas, mas já mostra tendência mais clara de desaceleração, como o crédito imobiliário Para próximos anos, expectativa é de que crédito livre mostre recuperação ante aos fracos resultados dos últimos dois anos. De todo modo, crédito direcionado mantém crescimento acima da média No médio prazo, crédito deve se favorecer da melhora no perfil das dívidas das famílias, possibilitando queda estrutural dos spreads e acomodação da inadimplência R$ bi 2,000 1,800 1,600 1,400 1,200 1,000 800 600 400 200 0 Projeção Total PF Var. t/t-12 (%) 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% PF Ano Livre Direc. Total PF 2004 28.2% 3.6% 18.7% 2005 30.7% 5.6% 22.2% 2006 21.0% 17.7% 20.0% 2007 27.5% 17.1% 24.5% 2008 18.7% 11.4% 16.8% 2009 11.1% 16.4% 12.4% 2010 13.7% 25.6% 16.9% 2011 6.3% 24.3% 11.4% 2012 4.1% 23.7% 10.4% 2013 1.6% 24.7% 9.8% 2014-0.5% 15.0% 5.8% 2015 2.0% 9.1% 5.1% 2016 2.7% 9.3% 5.7% 2017 3.6% 9.1% 6.2% 2018 3.5% 8.5% 5.9% 2019 3.4% 8.0% 5.7% Méd. 15-19 3.1% 8.8% 5.7% Fonte: Banco Central. Projeções Tendências. Dados realizados até set/14

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019* Financiamentos imobiliários - valores Para 2015, a expectativa é de crescimento nominal de 15,8% ante 2014 (+6,9% em termos reais). Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +11,5% a.a. (5,9% em termos reais). Nossa estimativa de crescimento moderado em 2014 é explicada pela piora da atividade econômica aliada à desaceleração no mercado de trabalho, ao recente aumento das taxas de juros para a modalidade (apesar da manutenção de condições ainda relativamente favoráveis para os financiamentos imobiliários) e à deterioração da confiança dos agentes, que são alguns dos principais condicionantes da demanda por crédito e que deverão dar o tom morno para os resultados dos próximos meses. Contudo, ainda que o cenário para financiamentos se mostre positivo, nossa projeção contempla redução do ritmo de crescimento dos empréstimos para este e o próximo ano. Esse cenário se baseia: (i) no recente aumento das taxas de juros para a modalidade, ainda que as condições sigam favoráveis para os financiamentos imobiliários; e (ii) na piora do ambiente econômico em geral, que tem levado à forte deterioração da confiança dos agentes. Para os próximos anos, nossa expectativa é de continuidade do avanço no número de unidades financiadas, mas a taxas mais discretas do que na última década, reflexo da piora das expectativas com relação à atividade econômica. A projeção de PIB passou +1,2% para +1,0% em 2015 e de alta de 3,0% a.a. para +1,9% a.a. no período entre 2016-19. De toda forma, a expectativa de crescimento para os próximos anos se sustenta: (i) na expectativa de manutenção das condições favoráveis para o crédito imobiliário; (ii) na estimativa de crescimento, ainda que moderado, da massa total de rendimentos; (iii) no nível de comprometimento de renda ainda saudável; (iv) no elevado nível de déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA); (iv) na expectativa de aumento das famílias; e (v) na oferta de crédito imobiliário, sustentada por resultados positivos de captação dos recursos da poupança e pela grande propensão dos bancos públicos na promoção do crédito. DADOS ANUAIS PROD. VAR. ANUAL 2012 82.76 3.6% 2013 109.18 31.9% 2014* 116.27 6.5% 2015* 134.66 15.8% 2016* 152.58 13.3% 2017* 171.52 12.4% 2018* 190.09 10.8% 2019* 208.14 9.5% CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.) Méd. 14-15 11.1% Méd. 16-19 11.5% FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS - VALORES (R$ BILHÕES) Fonte: Banco Central e Abecip, projeção Tendências 250 Projeção 200 150 100 50 0 DADOS TRIMESTRAIS T Indice t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1 (dessaz) 1T13 20.40 15.9% -15.4% 15.9% 4.9% 2T13 29.24 50.4% 43.3% 34.0% 17.4% 3T13 29.64 37.3% 1.4% 35.2% -0.7% 4T13 29.89 23.9% 0.8% 31.9% 1.4% 1T14 25.23 23.7% -15.6% 23.7% 5.4% 2T14 27.98-4.3% 10.9% 7.2% -9.0% 3T14 29.81 0.6% 6.6% 4.7% 4.1% 4T14 33.24 11.2% 11.5% 6.5% 12.4% 1T15 27.90 10.6% -16.1% 4.3% 1.5% 2T15 34.23 22.3% 22.7% 11.0% 2.5% 3T15 36.41 22.1% 6.4% 16.7% 3.3% 4T15 36.12 8.6% -0.8% 15.8% 0.6% Dados até setembro/14

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019* Financiamentos imobiliários - unidades Nossas projeções para o número total de financiamentos imobiliários do SBPE apontam para alta moderada de 3,1% em 2014 ante 2013. Para 2015, a expectativa é de crescimento de 9,3% ante 2014. Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +6,5% a.a.. Nossa estimativa de crescimento moderado em 2014 é explicada pela piora da atividade econômica aliada à desaceleração no mercado de trabalho, ao recente aumento das taxas de juros para a modalidade (apesar da manutenção de condições ainda relativamente favoráveis para os financiamentos imobiliários) e à deterioração da confiança dos agentes, que são alguns dos principais condicionantes da demanda por crédito e que deverão dar o tom morno para os resultados dos próximos meses. Contudo, ainda que o cenário para financiamentos se mostre positivo, nossa projeção contempla redução do ritmo de crescimento dos empréstimos para este e o próximo ano. Esse cenário se baseia: (i) no recente aumento das taxas de juros para a modalidade, ainda que as condições sigam favoráveis para os financiamentos imobiliários; e (ii) na piora do ambiente econômico em geral, que tem levado à forte deterioração da confiança dos agentes. Para os próximos anos, nossa expectativa é de continuidade do avanço no número de unidades financiadas, mas a taxas mais discretas do que na última década, reflexo da piora das expectativas com relação à atividade econômica. A projeção de PIB passou +1,2% para +1,0% em 2015 e de alta de 3,0% a.a. para +1,9% a.a. no período entre 2016-19. De toda forma, a expectativa de crescimento para os próximos anos se sustenta: (i) na expectativa de manutenção das condições favoráveis para o crédito imobiliário; (ii) na estimativa de crescimento, ainda que moderado, da massa total de rendimentos; (iii) no nível de comprometimento de renda ainda saudável; (iv) no elevado nível de déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA); (iv) na expectativa de aumento das famílias; e (v) na oferta de crédito imobiliário, sustentada por resultados positivos de captação dos recursos da poupança e pela grande propensão dos bancos públicos na promoção do crédito. DADOS ANUAIS PROD. VAR. ANUAL 2012 453.2-8.1% 2013 529.8 16.9% 2014* 546.1 3.1% 2015* 596.9 9.3% 2016* 645.2 8.1% 2017* 690.4 7.0% 2018* 731.1 5.9% 2019* 767.7 5.0% CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.) Méd. 14-15 6.1% Méd. 16-19 6.5% FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS - UNIDADES (MIL UNIDADES) Fonte: Banco Central e Abecip, projeção Tendências 900 Projeção 750 600 450 300 150 0 DADOS TRIMESTRAIS T Indice t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1 (dessaz) 1T13 103.1-2.1% -14.7% -8.4% 2.6% 2T13 141.7 30.0% 37.5% 2.7% 16.1% 3T13 142.4 20.7% 0.4% 10.7% -3.8% 4T13 142.6 18.0% 0.2% 16.9% 2.7% 1T14 123.9 20.1% -13.1% 22.1% 5.5% 2T14 132.9-6.2% 7.3% 12.0% -9.4% 3T14 144.4 1.4% 8.6% 7.0% 3.1% 4T14 145.0 1.7% 0.4% 3.1% 3.5% 1T15 125.7 1.5% -13.3% -0.5% 4.3% 2T15 152.3 14.6% 21.1% 4.7% 1.2% 3T15 160.9 11.4% 5.6% 7.4% 1.2% 4T15 158.0 9.0% -1.8% 9.3% 1.8% Dados até setembro/14

Mercado Imobiliário Vendas de imóveis novos Nossas projeções para o número de vendas de imóveis novos apontam para forte queda de 27,5% em 2014 ante 2013. Para 2015, a expectativa é de crescimento de 14,9% ante 2014. Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +4,3% a.a.. A série de vendas considera as seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Maceió, Goiânia e Belo Horizonte. Nossa projeção para 2014 é explicada pela forte retração anotada pelo mercado imobiliário no acumulado do ano, com destaque para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que juntas correspondem a cerca de 60% do total de vendas de imóveis novos. No acumulado do ano até setembro, São Paulo apresentou queda de 43,8% ante o mesmo período do ano passado. Já a capital fluminense apresentou queda de 34,7% no acumulado até julho, na comparação anual. A piora no mercado imobiliário está atrelada à piora da confiança dos agentes, ao aumento recente das taxas de juros (embora ainda sigam relativamente favoráveis) e à desaceleração do mercado de trabalho. No acumulado até julho, as vendas na soma das sete capitais caíram 36,4% em comparação com o mesmo período. Todas as capitais apresentaram redução das vendas durante o período. Apesar da manutenção de condições ainda favoráveis para os financiamentos imobiliários, o recente aumento das taxas de juros para a modalidade contribui para arrefecimento do setor no ano. Soma-se a isso o crescimento mais discreto da massa salarial real e a redução da confiança e do empresário. A taxa de crescimento esperada para 2015 é, em boa medida, explicada pela base de comparação bastante depreciada, de modo que o volume ainda deve permanecer abaixo do de 2010. Para os próximos anos, esperamos observar manutenção da alta dos lançamentos, mas a taxas mais discretas do que nos últimos anos. Nosso cenário se baseia: (i) na expectativa de manutenção das condições favoráveis para o crédito imobiliário; (ii) na estimativa de crescimento, ainda que moderado, da massa total de rendimentos; (iii) no nível de comprometimento de renda ainda saudável; (iv) no elevado nível de déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA); (iv) na expectativa de aumento das famílias; e (v) na oferta de crédito imobiliário, sustentada por resultados positivos de captação dos recursos da poupança e pela grande propensão dos bancos públicos na promoção do crédito. DADOS ANUAIS PROD. VAR. ANUAL 2012 64.6-13.8% 2013 74.5 15.3% 2014* 54.0-27.5% 2015* 62.0 14.9% 2016* 64.8 4.5% 2017* 67.7 4.4% 2018* 70.5 4.2% 2019* 73.3 4.0% CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.) Méd. 14-15 -8.7% Méd. 16-19 4.3% VENDA DEIMÓVEIS NOVOS (MIL UNIDADES) Fonte: CBIC, projeção Tendências Fonte: IBGE, projeção Tendências DADOS TRIMESTRAIS T Série t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1 (dessaz) 1T13 17.1 14.6% 1.5% -10.9% 27.1% 2T13 20.5 19.5% 19.6% -1.8% -0.9% 3T13 17.6 11.9% -14.1% 5.2% -3.5% 4T13 19.3 14.7% 9.9% 15.3% -5.1% 1T14 11.7-31.4% -39.3% 3.5% -18.3% 2T14 12.7-37.9% 8.2% -12.5% -18.6% 3T14* 12.3-30.1% -3.2% -22.1% 8.3% 4T14* 17.3-10.5% 40.6% -27.5% 23.8% 1T15* 12.9 9.6% -25.6% -20.2% -2.2% 2T15* 16.8 32.1% 30.4% -3.5% 1.3% 3T15* 15.1 22.7% -10.1% 10.6% 1.6% 4T15* 17.3 0.2% 14.8% 14.9% -0.5% Dados até julho/14

Mercado Imobiliário - Lançamentos Nossas projeções para o número de lançamentos de imóveis apontam para queda de 10,3% em 2014 ante 2013. Para 2015, a expectativa é de crescimento de 9,6% ante 2014. Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +4,1% a.a.. DADOS ANUAIS PROD. VAR. ANUAL A série de lançamentos considera as seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Maceió, Goiânia, Belo Horizonte e Curitiba. Nossa projeção para 2014 é explicada pela forte retração anotada pelo mercado imobiliário no acumulado do ano, com destaque para a cidade de São Paulo, que corresponde a cerca de 40% do total de lançamentos de imóveis novos. No acumulado do ano até setembro, São Paulo apresentou queda de 13,0% ante o mesmo período do ano passado. A piora do mercado imobiliário está atrelada à piora da confiança dos agentes, ao aumento recente das taxas de juros (embora ainda sigam relativamente favoráveis) e à desaceleração do mercado de trabalho. Apesar do fraco resultado no acumulado do ano, a capital paulista já aponta para sinais de recuperação, tendo crescido 35,6% em setembro, na comparação anual. No agregado das oito capitais, a queda no acumulado do ano até julho é de 16,2% ante mesmo período do ano passado. Com exceção de Belo Horizonte, que apresenta alta de 36,7% entre janeiro e agosto, todas as outras capitais analisadas acumulam resultados negativos no ano. Assim, o cenário para 2014 reflete: (i) os menores efeitos do represamento de lançamentos no ano passado (principalmente em São Paulo); (ii) os resultados para algumas capitais ainda bastante fracos; e (iii) a oferta ainda em patamar elevado, apesar do ajuste de estoques que vem ocorrendo nos últimos anos. A taxa de crescimento esperada para 2015 é, em boa medida, explicada pela base de comparação bastante depreciada, de modo que o volume ainda deve permanecer abaixo do de 2010. Altas mais fortes para o próximo ano devem ser contidas pelo nível de estoques de imóveis ainda elevado. Para os próximos anos, esperamos observar manutenção da alta dos lançamentos, mas a taxas mais discretas do que nos últimos anos. Nosso cenário se baseia: (i) na expectativa de manutenção das condições favoráveis para o crédito imobiliário; (ii) na estimativa de crescimento, ainda que moderado, da massa total de rendimentos; (iii) no nível de comprometimento de renda ainda saudável; (iv) no elevado nível de déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA); (iv) na expectativa de aumento das famílias; e (v) na oferta de crédito imobiliário, sustentada por resultados positivos de captação dos recursos da poupança e pela grande propensão dos bancos públicos na promoção do crédito. LANÇAMENTO DE IMÓVEIS (MIL UNIDADES) Fonte: CBIC, projeção Tendências 2012 78.4-21.2% 2013 83.9 7.1% 2014* 75.3-10.3% 2015* 82.5 9.6% 2016* 86.0 4.2% 2017* 89.5 4.1% 2018* 93.2 4.1% 2019* 96.9 4.0% CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.) Méd. 14-15 -0.8% Méd. 16-19 4.1% DADOS TRIMESTRAIS T Série t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1 (dessaz) 1T13 14.6-4.4% -43.7% -21.5% 5.3% 2T13 20.6 16.9% 41.2% -9.9% 16.0% 3T13 17.4-10.7% -15.5% -9.5% -13.3% 4T13 31.3 20.6% 79.6% 7.1% 13.6% 1T14 13.8-5.7% -56.0% 7.0% -19.7% 2T14 16.7-19.2% 21.0% -1.9% -1.3% 3T14* 17.9 2.5% 7.2% 1.2% -10.4% 4T14* 27.0-13.6% 51.4% -10.3% 26.5% 1T15* 14.4 4.5% -46.8% -8.6% 2.9% 2T15* 18.8 13.1% 30.9% -1.3% -1.5% 3T15* 19.8 10.8% 4.9% 0.6% -1.5% 4T15* 29.5 9.2% 49.4% 9.6% 2.4% Dados até julho/14

INCC - DI Nossas projeções para o INCC-DI da FGV apontam para alta de 7,3% (dez/14 x dez/13) em 2014. Para 2015, a expectativa é de crescimento adicional de 7,0% (dez/15 x dez/14). Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +6,2% a.a.. Para 2014, esperamos que o INCC-DI mantenha a trajetória de alta. Contribuem para este cenário: (i) a permanência da taxa de desemprego em níveis historicamente baixos e a escassez de mão de obra no setor, que conferem elevado poder de negociação aos trabalhadores do setor; e (ii) a desvalorização cambial, que impacta os preços de alguns materiais, principalmente da fase de acabamento. Entretanto, os fracos resultados da construção até então e as recentes reduções das estimativas de atividade econômica podem levar a uma menor pressão sobre os preços. Em 2014 como um todo, esperamos que o item "mão de obra" registre elevação de 8,8% taxa que configura uma desaceleração, em linha tanto com o menor ritmo do mercado de trabalho, quanto com o menor reajuste do salário mínimo neste ano (+6,8%, contra +9,0% em 2013). Apesar do fraco desempenho do setor no ano, os reajustes salariais da categoria ainda continuam fortes. Para o indicador de materiais, nossa estimativa contempla alta de 6,1% neste ano, mesma taxa do ano passado. Nossa projeção reflete o cenário de manutenção do câmbio mais desvalorizado (projeção de R$2,58/US$ ao final de 2014), que tende a encarecer alguns produtos importados. Contudo, a maturação dos investimentos realizados em diversos segmentos, principalmente na cadeia de cimentos, deve impedir um aumento mais forte do indicador. Para 2015, as principais pressões ainda devem vir dos gastos com mão de obra, que devem continuar crescendo devido ao ainda elevado poder de barganha dos trabalhadores, tendo em vista a falta de mão de obra qualificada e a baixa taxa de desemprego, apesar de certo arrefecimento do mercado de trabalho. Já os custos com materiais podem sofrer certa pressão em função da recente desvalorização da taxa de câmbio, que deve impactar o preço de insumos e de produtos importados. Para o período de 2016-19, nossa expectativa é de crescimento mais moderado para o INDD-DI (crescimento médio de 6,2% a.a. ante crescimento médio de 7,5% no período entre 2004 e 2013). DADOS ANUAIS PROD. VAR. ANUAL 2012 522.5 7.1% 2013 564.8 8.1% 2014* 605.9 7.3% 2015* 648.0 7.0% 2016* 690.5 6.6% 2017* 733.7 6.3% 2018* 778.1 6.1% 2019* 824.5 6.0% CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.) Méd. 14-15 7.1% INCC - DI (Nº ÍNDICE) Fonte: FGV, projeção Tendências Fonte: IBGE, projeção Tendências Méd. 16-19 6.2% DADOS TRIMESTRAIS T Série t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1 (dessaz) 1T13 528.9 7.1% 1.4% 7.2% - 2T13 545.7 7.6% 3.2% 7.3% - 3T13 558.6 7.9% 2.4% 7.5% - 4T13 563.7 8.1% 0.9% 7.7% - 1T14 571.5 8.1% 1.4% 7.9% - 2T14 587.4 7.6% 2.8% 7.9% - 3T14* 599.1 7.2% 2.0% 7.8% - 4T14* 603.7 7.1% 0.8% 7.5% - 1T15* 612.0 7.1% 1.4% 7.3% - 2T15* 627.6 6.8% 2.5% 7.1% - 3T15* 639.7 6.8% 1.9% 6.9% - 4T15* 646.2 7.0% 1.0% 6.9% - Dados até outubro/14

PIB da Construção Civil Nossa projeção do PIB da construção civil para este ano é de queda de 3,7% ante 2013. Para 2015, nossa projeção contempla expansão de 2,7%. Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +2,6% a.a.. O resultado para 2014 deve refletir a piora do setor de construção civil, com quedas no índice de insumos da construção civil (-4,7% em 2014, ante 2013) e no mercado imobiliário (nossa expectativa aponta para -27,5% nas vendas de imóveis novos em 2014 e -10,3% no número de lançamentos). O fraco desempenho do setor é resultado da piora da atividade econômica aliada à desaceleração no mercado de trabalho e à deterioração da confiança dos agentes. Para 2015, boa parte da alta é explicada pela baixa base de comparação neste ano, mas alguma contribuição positiva deve vir principalmente do segmento de infraestrutura. De toda forma, o fim dos efeitos positivos das obras da Copa, o maior aperto monetário e o recuo dos lançamentos imobiliários neste ano devem impedir altas muito acentuadas durante o ano. Para o período de 2016-19, nossa expectativa é de que o setor da construção siga crescendo acima do PIB brasileiro (2,6% x 1,9%). Contribuem para este cenário, o potencial de expansão do segmento imobiliário, justificado pela: (i) manutenção das boas condições para tomada de crédito (juros baixos e prazo longo); (ii) existência de algum espaço adicional para elevação do comprometimento de renda das famílias e (iii) pelo elevado déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA) e aumento do número de famílias (1,6% aa). Do lado da infraestrutura, destacam-se as construções das hidrelétricas no Norte do País, as obras de mobilidade urbana nos grandes centros e aeroportos e rodovias e ainda outras construções relacionadas às Olimpíadas. Neste ano, devem aumentar os investimentos em aeroportos e rodovias referentes a seis trechos de rodovias federais e dois aeroportos (Galeão e Confins) concedidos em 2013, além dos três concedidos em 2012 (Guarulhos, Viracopos e Brasília). Adicionalmente, há a expectativa de aumento dos investimentos em portos e ferrovias, ainda no âmbito do plano de logística do governo federal. DADOS ANUAIS PROD. VAR. ANUAL 2012 155.5 1.4% 2013 158.0 1.6% 2014* 152.1-3.7% 2015* 156.1 2.7% 2016* 160.2 2.6% 2017* 164.6 2.7% 2018* 168.8 2.6% 2019* 173.3 2.6% CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.) Méd. 14-15 -0.6% Méd. 16-19 2.6% PIB CONSTRUÇÃO CIVIL (NÚMERO ÍNDICE) Fonte: IBGE, projeção Tendências DADOS TRIMESTRAIS T Série t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1 (dessaz) 1T13 155.7-1.2% -7.5% 0.3% 0.9% 2T13 160.4 3.7% 9.9% 0.9% 3.0% 3T13 158.5 2.0% 2.7% 1.1% -1.2% 4T13 157.3 2.0% -2.3% 1.6% -0.8% 1T14 152.7-0.9% -10.1% 1.7% -2.9% 2T14 148.2-8.6% 1.3% -1.4% -2.9% 3T14* 154.0-4.5% 7.4% -3.1% 3.9% 4T14* 158.6-0.7% 1.5% -3.7% 3.0% 1T15* 160.1 3.6% -6.2% -2.7% 1.0% 2T15* 157.7 5.6% 3.3% 0.8% -1.5% 3T15* 156.9 3.4% 5.2% 2.9% -0.6% 4T15* 155.2-1.6% -3.5% 2.7% -1.0% Dados até 2T14

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019* Produção de insumos típicos da construção civil - ICC Nossas projeções para a produção de insumos típicos da construção civil apontam para queda de 4,7% em 2014 ante 2013. Para 2015, a expectativa é de crescimento de 3,6% ante 2014. Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +2,4% a.a.. De janeiro a setembro, o indicador acumulou queda de 5,6% ante a média do mesmo período de 2013, refletindo a manutenção das incertezas no ambiente econômico e a desaceleração do mercado de trabalho, que afetaram a confiança de empresários e consumidores. A deterioração da confiança dos agentes nos últimos meses tem afetado os diversos segmentos da construção civil. Os lançamentos e as vendas de imóveis novos tiveram forte queda no primeiro semestre deste ano e traçam um cenário negativo para o consumo de insumos no médio prazo. Para 2015, boa parte da alta é explicada pela baixa base de comparação neste ano, mas alguma contribuição positiva deve vir do segmento de infraestrutura. De toda forma, o fim dos efeitos positivos das obras da Copa, o maior aperto monetário e o recuo dos lançamentos imobiliários neste ano devem impedir uma recuperação mais acentuada durante o próximo ano. Para o período de 2016-19, nossa expectativa é de que o setor da construção siga crescendo acima do PIB brasileiro (2,6% x 1,9%). Contribuem para este cenário, o potencial de expansão do segmento imobiliário, justificado pela: (i) manutenção das boas condições para tomada de crédito (juros baixos e prazo longo); (ii) existência de algum espaço adicional para elevação do comprometimento de renda das famílias e (iii) pelo elevado déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA) e aumento do número de famílias (1,6% aa). Do lado da infraestrutura, destacam-se as construções das hidrelétricas no Norte do País, as obras de mobilidade urbana nos grandes centros e aeroportos e rodovias e ainda outras construções relacionadas às Olimpíadas. Neste ano, devem aumentar os investimentos em aeroportos e rodovias referentes a seis trechos de rodovias federais e dois aeroportos (Galeão e Confins) concedidos em 2013, além dos três concedidos em 2012 (Guarulhos, Viracopos e Brasília). Adicionalmente, há a expectativa de aumento dos investimentos em portos e ferrovias, ainda no âmbito do plano de logística do governo federal. ICC (Nº ÍNDICE - BASE: MÉDIA 2012=100) Fonte: IBGE, projeção Tendências 120 100 80 60 40 20 0 Projeção DADOS ANUAIS PROD. VAR. ANUAL 2012 100.0 1.3% 2013 101.2 1.2% 2014* 96.4-4.7% 2015* 99.9 3.6% 2016* 102.3 2.4% 2017* 104.8 2.5% 2018* 107.3 2.4% 2019* 109.9 2.4% CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.) Méd. 14-15 -0.6% Méd. 16-19 2.4% DADOS TRIMESTRAIS T Indice t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1 (dessaz) 1T13 94.9-1.8% -5.9% -1.8% 1.7% 2T13 102.6 4.1% 8.1% 1.2% 1.1% 3T13 106.8 2.7% 4.1% 1.7% 0.0% 4T13 100.4-0.4% -5.9% 1.2% -3.1% 1T14 93.8-1.1% -6.6% -1.1% -0.7% 2T14 93.4-9.0% -0.5% -5.2% -4.0% 3T14 99.9-6.4% 7.0% -5.6% 1.4% 4T14 98.6-1.8% -1.3% -4.7% 1.8% 1T15 95.4 1.7% -3.3% -4.1% 2.6% 2T15 98.9 5.9% 3.7% -0.4% 0.2% 3T15 103.9 4.0% 5.1% 2.4% -0.5% 4T15 101.4 2.8% -2.4% 3.6% 0.5% Dados até setembro/14

PIB total Cenário comparado à tendência de longo prazo (var. % ao ano) Média BR 86-95: 2,4% Média BR 96-05: 2,5% Média BR 06-13: 3,6% 5,5% 5,1% 3,5% 2,5% 2,7% 3,9% 4,0% 1,9% 4,0% 2,1% 4,4% 3,4% 3,1% 2,2% 3,4% BR 2014: 0,2% BR 2015-19: 1,7% 2,5% 3,3% 2,7% 1,6% 2,9% 1,5% 2,8% -0,4% 1,1% -0,8% 0,9% Fonte: IBGE *Projeção Tendências

Renda familiar* Cenário comparado à tendência de longo prazo (var. % ao ano) Média BR 96-05: 1,7% Média BR 06-13: 5,6% 3,6% 2,4% 6,6% 7,2% 4,1% 5,8 % 1,9% 1,0% 7,1% 5,3% 4,8% BR 2014: 2,8% BR 2015-19: 1,7% 4,8% 3,0% 3,9% 1,9% 4,1% 2,6% 1,1% 3,0% 2,0% 0,9% A partir de 2006, inclui renda do trabalho, INSS e Bolsa Família. Até 2005, somente renda do trabalho Fonte: IBGE, MPS e MDS *Projeção Tendências

Vendas do comércio ampliado (PMC)* Cenário comparado à tendência de longo prazo (var. % ao ano) Média BR 01-05: 1,6%* Média BR 06-13: 8,4% 5,3% 3,6% 10,5% 9,7% 3,2% 5,8 % 1,5% 1,2% 8,7% 8,2% 8,1% BR 2015-19: 2,2% 3,5% 3,5% 2,6% 1,6% 1,2% * Para o período de 2001 a 2005 consideramos a evolução da PMC restrita Fonte: IBGE. Projeção Tendências

Saldo de crédito para pessoa física (var. % real)* 2014 Destaque (+): NE (+9,1%) e N (+8,2%) 2015-2019 Destaque (+): NE (+9,9%) e N (+9,7%) Destaque (-): S (+4,5%) e CO (+5,4%) Além de serem as regiões com maiores perspectivas de crescimento da renda, NE e N possuem os menores níveis de comprometimento da renda das famílias com pagamento de dívidas bancárias, o que eleva o potencial de avanço do crédito. Por sua vez, CO e S possuem menor potencial de expansão do crédito pelo fato de as famílias apresentarem maior grau de comprometimento da renda. Taxas anuais médias de crescimento Méd. 06-13: 18,5% 21,5% 16,0% 18,7% 17,1% 21,5% 2014: 6,4% 8,2% 6,7% 6,0% Méd. 15-19: 6,6% 9,7% 5,6% 9,1% 5,4% 4,5% 6,2% 37 9,9% Saldo de crédito - PF 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019* Brasil (nota imprensa) 24,5% 16,8% 12,4% 16,9% 11,4% 10,4% 9,8% 6,4% 5,3% 6,9% 6,7% 6,8% 6,8% 6,5% Brasil (agreg. Reg.) 30,8% 23,9% 14,6% 17,1% 14,9% 11,7% 10,2% 6,4% 5,6% 7,2% 6,8% 6,6% 6,8% 6,6% Norte 38,6% 27,1% 17,5% 18,7% 14,8% 11,0% 10,5% 8,2% 7,5% 10,6% 10,3% 10,1% 10,2% 9,7% Nordeste 35,6% 27,5% 17,8% 21,4% 17,0% 11,5% 11,9% 9,1% 8,5% 10,6% 10,1% 10,2% 10,0% 9,9% Sudeste 33,1% 24,0% 15,4% 16,6% 14,9% 11,3% 8,3% 5,6% 4,8% 7,0% 6,7% 6,3% 6,4% 6,2% Sul 25,4% 22,9% 13,1% 16,0% 14,1% 12,3% 11,8% 6,0% 5,0% 5,0% 4,5% 3,9% 4,1% 4,5% Centro-Oeste 23,8% 20,2% 9,5% 14,8% 13,9% 12,6% 12,9% 6,7% 5,3% 5,7% 4,9% 5,5% 5,7% 5,4% * Valores deflacionados pelo IPCA (inclui crédito livre e direcionado). Fonte: BC (projeção Tendências) Observação: os dados por região não são diretamente comparáveis às estatísticas agregadas da Nota para a Imprensa. Vale notar que as taxas de variação do Brasil (agreg.reg.) continuam superestimadas pelo efeito de contínua melhoria da representatividade das estatísticas regionais, apesar de as últimas mudanças metodológicas terem reduzido tal viés. O agregado representava, em 2004, 77,7% do total do crédito Brasil da Nota p/ imprensa, tendo passado para 97,3% em jun/14. Méd. 15-19

Comprometimento de renda* O nível de comprometimento de renda com pagamento de serviços de dívidas bancárias também é muito diferente entre as regiões. N e NE possuem comprometimento bem mais baixo que a média Brasil (-5,5 p.p. e -4,8 p.p., respectivamente, em 2013), ao passo que CO e S possuem proporções bem maiores (+7,3 p.p. e +3,0 p.p., nessa ordem). 2014 A elevação do comprometimento da renda esperada para o Brasil (+1,4 p.p.) deve mostrar poucas diferenças entre as regiões, oscilando entre +1,2 p.p. no SE e +1,6 p.p. no CO. 2015-2019 Como esperamos que o crédito avance mais rápido nas regiões com menor índice de comprometimento, esses diferenciais tenderiam a diminuir nos próximos anos. Porém, para 2019, esperamos que NE e N ainda tenham nível de comprometimento 2,5 p.p. e 3,9 p.p. abaixo da média, enquanto CO e S ainda devem mostrar taxas superiores à média (6,1 p.p. e 2,2 p.p., nessa ordem). Comprometimento da renda * Razão entre os compromissos financeiros com o pagamento de dívidas bancárias e a renda familiar. Fonte: Banco Central. Dados com ajuste sazonal. Projeção Tendências Méd. 06-13: 25,0% 19,9% Taxas anuais médias 20,3% 32,7% 23,9% 27,4% Méd. 15-19: 30,6% 26,1% 2014: 29,3% 23,6% 36,8% 32,6% 37,4% 33,4% 28,2% 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019* Brasil 21,1% 23,5% 25,8% 27,0% 30,0% 26,8% 27,9% 29,3% 29,8% 30,2% 30,6% 31,2% 31,4% 30,6% Norte 16,9% 18,6% 20,5% 21,8% 24,2% 21,4% 22,4% 23,6% 24,3% 25,1% 26,2% 27,4% 27,5% 26,1% Nordeste 17,3% 18,6% 20,8% 22,6% 25,6% 21,7% 23,1% 24,3% 25,2% 26,1% 27,1% 28,3% 28,9% 27,1% Sudeste 20,0% 22,3% 25,0% 26,2% 29,2% 25,9% 27,0% 28,2% 28,6% 29,0% 29,6% 30,2% 30,4% 29,6% Sul 22,7% 26,0% 27,8% 29,7% 33,0% 30,0% 30,9% 32,6% 33,2% 33,3% 33,4% 33,4% 33,6% 33,4% Centro-Oeste 27,9% 31,3% 33,7% 32,9% 36,6% 33,4% 35,2% 36,8% 37,3% 37,3% 37,3% 37,5% 37,5% 37,4% 29,6% 24,3% 38 27,1% Méd. 15-19

Taxa de inadimplência* Pessoa física 2014 Destaque (+): S (3,0%) e CO (3,2%). Destaque (-): NE (5,3%) e N (5,2%) Taxas anuais médias Méd. 06-13: 4,8% Méd. 15-19: 4,6% 39 2015-2019 Destaque (+): S (3,7%) e CO (3,8%) Destaque (-): NE (5,7%) e N (5,5%) N e, principalmente, NE possuem inadimplência PF acima da média Brasil (respectivamente, 0,9 p.p. e 1,6 p.p. acima entre 2006 e 2013). Embora a expectativa seja de manutenção desse quadro nos próximos anos, devemos observar uma melhora relativa para o NE, convergindo para uma taxa de inadimplência 1,1 p.p. acima da média em 2019. Em oposição, S deve perder parte do diferencial favorável, passando de - 1,2 p.p. na média 2006 a 2013 em relação ao Brasil para -0,8 p.p. em 2019. 5,7% 5,5% 6,4% 5,8% 4,4% 3,8% 4,9% 2014: 4,1% 4,7% 3,6% 3,7% 5,2% 5,3% 3,2% 4,4% 3,0% Inadimplência - PF 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019* Méd. 15-19 Brasil (nota imprensa) 5,7% 6,2% 6,9% 5,4% 5,7% 5,6% 4,4% 4,5% 5,1% 5,1% 4,9% 4,7% 4,6% 4,9% Brasil (agreg. Reg.) 4,5% 5,0% 5,7% 4,2% 4,9% 5,0% 4,1% 4,1% 4,7% 4,6% 4,6% 4,6% 4,5% 4,6% Norte 4,8% 6,0% 6,9% 5,3% 6,2% 5,7% 5,4% 5,2% 5,6% 5,6% 5,5% 5,4% 5,4% 5,5% Nordeste 6,7% 6,9% 6,9% 5,3% 6,4% 6,2% 5,3% 5,3% 6,0% 5,9% 5,6% 5,6% 5,6% 5,7% Sudeste 4,5% 5,1% 5,6% 4,2% 4,9% 5,3% 4,3% 4,4% 4,8% 4,7% 4,8% 4,6% 4,6% 4,7% Sul 3,3% 3,6% 4,6% 3,3% 3,8% 3,8% 3,0% 3,0% 3,6% 3,7% 3,7% 3,6% 3,7% 3,7% Centro-Oeste 4,0% 4,3% 5,9% 4,2% 4,4% 4,3% 3,2% 3,2% 3,7% 3,9% 3,9% 3,7% 3,8% 3,8% * Saldos em atrasos com mais de 90 dias (final de período). Fonte: BC (projeção Tendências) Observação: Com a inclusão, na Nota para a Imprensa, das informações de inadimplência da carteira total de crédito (livre + direcionado), passamos a reportar esta informação como referência, por ser mais diretamente comparável às estatísticas regiões. Nota-se que a média da taxa nas operações apuradas regionalmente segue inferior à da Nota, notadamente na carteira PF, o que se explica, em grande medida, pela não inclusão dos empréstimos até R$ 1 mil nas estatísticas regionais.

GOIÁS GRANDES OPORTUNIDADES Goiás deve se consolidar como importante corredor logístico do País Rodovias sob concessão privada

GOIÁS GRANDES OPORTUNIDADES Goiás deve se consolidar como importante corredor logístico do País Ferrovia Norte-Sul deverá se tornar a espinha dorsal do sistema ferroviário nacional Trecho em operação

Rua Estados Unidos, 498, 01427-000, São Paulo, SP Tel 55-11 3052-3311, Fax 55-11-3884-9022 tendencias@tendencias.com.br www.tendencias.com.br