ADMINISTRAÇÃO GERAL. Abordagem Sistêmica Teoria de Sistemas Parte 2. Prof. Fábio Arruda

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Transcrição:

ADMINISTRAÇÃO GERAL Parte 2 Prof. Fábio Arruda

A Organização como um Sistema Aberto O conceito de sistema aberto é perfeitamente aplicável à organização empresarial. A organização é um sistema aberto criado pelo homem e mantém uma dinâmica interação com seu meio ambiente, sejam clientes, fornecedores, concorrentes, entidades sindicais, órgãos governamentais e outros agentes externos. Influi sobre o meio ambiente e recebe influência dele.

Características das Organizações como sistemas abertos: 1- Comportamento probabilístico e não determinístico O ambiente não tem fronteiras e inclui variáveis desconhecidas e incontroláveis. Por essa razão, as conseqüências dos sistemas sociais são probabilísticas e não determinísticas e o seu comportamento nunca é totalmente previsível.

2- As organizações como parte de uma sociedade maior e constituída de partes menores As organizações são vistas como sistemas dentro de sistemas. Os sistemas são complexos de elementos colocados em interação. A focalização incide mais sobre as relações entre os elementos interagentes, cuja interação produz uma totalidade que não pode ser compreendida pela simples análise das várias partes tomadas isoladamente.

3- Interdependência das partes A organização é um sistema social com partes independentes, mas interrelacionadas. O sistema organizacional compartilha com os sistemas biológicos a propriedade de uma intensa interdependência de suas partes, de modo que a mudança em uma das partes provoca impacto sobre as outras. Devido à diferenciação provocada pela divisão do trabalho, as partes precisam ser coordenadas através de meios de integração e controle.

4- Homeostase ou Estado Firme A organização alcança um estado firme (ou de equilíbrio) quando satisfaz dois requisitos: a uniderecionalidade e o progresso. a) Uniderecionalidade ou constância de direção: apesar das mudanças no ambiente ou da organização, os mesmos resultados são atingidos. b) Progresso com relação ao fim: o sistema mantém, em relação ao fim desejado, um grau de progresso dentro dos limites definidos como toleráveis.

A homeostatia garante a rotina do sistema enquanto a adaptabilidade leva à ruptura, à mudança e à inovação. Homeostatia: é a tendência do sistema em permanecer estático ou em equilíbrio, mantendo inalterado seu status quo interno. Adaptabilidade: é a mudança do sistema no sentido de ajustar-se aos padrões requeridos em sua interação com o ambiente externo, alterando seu status quo interno, para alcançar um equilíbrio frente a novas situações.

5- Fronteiras ou Limites É a linha que demarca e define o que está dentro e o que está fora do sistema ou subsistema. Os sistemas sociais têm fronteiras que se superpõem. Um elemento X pode ser membro de dois sistemas concomitantemente. É através da fronteira que existe a interface. Interface é a área ou canal entre os diferentes componentes de um sistema, através do qual a informação é transferida ou o intercâmbio de energia, matéria ou informação é realizada com o meio ambiente.

6- Morfogênese É a capacidade de modificar a si próprio e sua estrutura básica. A organização pode modificar sua constituição e estrutura por um processo cibernético (comparação dos resultados, retroação e correção). Obs: É a característica identificadora das organizações, não encontrada nos sistemas mecânicos e biológicos. 7- Resiliência É a capacidade do sistema de superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo e manter-se inalterado. É a resiliência que determina o grau de defesa ou de vulnerabilidade do sistema a pressões ambientais externas.

Modelos de Organização 1- Modelo de Katz e Kahn A organização apresenta as características típicas de um sistema aberto: a) A organização como um sistema aberto: Todos os sistemas sociais inclusive as organizações consistem em atividades padronizadas de uma quantidade de indivíduos que são complementares ou interdependentes em relação a alguma saída ou resultado comum.