EFICIÊNCIA TÉCNICA E PRODUTIVIDADE DOS FATORES NA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MÓVEIS NOS ANOS 90: UMA ANÁLISE NÃO-PARAMÉTRICA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EFICIÊNCIA TÉCNICA E PRODUTIVIDADE DOS FATORES NA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MÓVEIS NOS ANOS 90: UMA ANÁLISE NÃO-PARAMÉTRICA"

Transcrição

1 EFICIÊNCIA TÉCNICA E PRODUTIVIDADE DOS FATORES NA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MÓVEIS NOS ANOS 90: UMA ANÁLISE NÃO-PARAMÉTRICA RICARDO BRUNO NASCIMENTO DOS SANTOS WILSON DA CRUZ VIEIRA 2 Resumo: ese rabalho eve como objeivo analisar a eficiência écnica na indúsria brasileira de móveis nos anos de 990, 993, 996 e 999, bem como sua produividade de faores. Para aingir esse objeivo, foi uilizada a Análise Envolória de Dados (DEA), que é uma écnica não-paramérica. Uilizaram-se dados da Pesquisa Indusrial Anual (PIA) do IBGE para os anos de 990, 993, 996 e 999. Como insumos foram uilizados pessoal ocupado no seor, salários e remunerações e cuso médio das operações indusriais e como produo foram uilizados o valor bruo da produção menos as exporações, e as exporações. Os resulados obidos mosram que somene dois dos Esados analisados foram eficienes no uso de seus faores de produção na média dos anos esudados e que a maioria dos Esados analisados apresenou ganhos de produividade na indúsria de móveis. Palavras-chave: DEA, eficiência écnica, indúsria moveleira, Brasil. TECHNICAL EFFICIENCY AND FACTORS PRODUCTIVITY IN THE BRAZILIAN FURNITURE INDUSTRY IN THE NINETIES: A NON-PARAMETRIC ANALYSIS Absrac: he objecive of his paper was o analyze he echnical efficiency and produciviy of facors in he Brazilian furniure indusry during he years 990, 993, 996 and 999. We have used as analyical model he Daa Envelopmen Analysis (DEA). The source of dae was he Annual Indusrial Research (PIA) of IBGE. In he model, we have considered as inpus he occupied people, salaries and remuneraions, and average cos of indusrial operaions and as producs he gross value of produc minus expor, and expor. The resuls obained shows ha only wo saes can be considered efficien and ha mos of he saes have presened produciviy gains in he furniure indusry during he period analyzed. Keywords: DEA, echnical efficiency, furniure indusry, Brazil. JEL Classificaion: C6, D24 Recebido em 06/09/2207. Liberado para publicação em 6/0/2008. Douorando em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, MG- Brasil. ricardo-bruno@oi.com.br 2 Professor Associado da Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, MG-Brasil. wvieira@ufv.br PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp , 2008

2 Ricardo B. N. dos Sanos e Wilson da C. Vieira Inrodução A indúsria de móveis é um segmeno da indúsria de base floresal, fazendo pare da segunda ransformação indusrial da cadeia produiva de madeira e móveis (COUTINHO e al., 2002; PEREZ e al., 2006). A imporância econômica dessa indúsria se deve principalmene pela agregação de valor que a mesma proporciona para um produo ípico do Brasil que é a madeira. Assim como em muios seores, a indúsria de móveis, segundo Roese e al. (2004), passou por grandes ransformações a parir da aberura comercial no início da década de 90. Essa indúsria vinha, nas décadas de 70 e 80, evoluindo em um processo leno de ransformação indusrial, porém, com o Plano Collor as empresas do segmeno de móveis sofreram um fore impaco, pois a fala de consumidores fez com que o avanço das empresas do seor esagnasse. As empresas passaram a uilizar novas esraégias compeiivas, com a adoção de um padrão de fabricação com foco no mercado mundial, que foram favorecidas com o Plano Real, que faciliou a imporação de ecnologia na fabricação de móveis. Com isso, as empresas do seor se viram obrigadas a acelerar seu processo de modernização, ao mesmo empo em que inham que enfrenar os desafios da aberura comercial bem como buscar um posicionameno mais firme no mercado mundial de móveis. O governo federal apoiou a iniciaiva e em 995 implemenou o Programa Brasileiro de Design (PBD), mas somene em 997 ese aendeu as indúsrias de móveis. Apesar do avanço do seor, com a adoção de um novo padrão ecnológico, houve diminuição do nível de emprego, porém, a indúsria de móveis é uma das que mais empregam na indúsria de ransformação, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais RAIS (2007), sendo que, em 2005, represenava em média 3,5% dos empregos na indúsria. A preocupação do governo se jusifica pela evolução das exporações brasileiras de móveis, que, segundo dados do sisema ALICE WEB (2007), no período de 2003 a 2004, cresceu 42,54%, porém de 2004 a 2005 esse crescimeno foi de apenas 7,30%. Exise ambém a preocupação com o avanço da China, pois os asiáicos êm conseguido produzir móveis mais baraos, conquisando boa faia do mercado em odo o mundo. Segundo informações da Associação Brasileira da Indúsria do Mobiliário (ABIMÓVEL) (2006) as exporações brasileiras de móveis em 2006 foi 4,5% menor que no ano de 2005, evidenciando uma perda de mercado por pare dese seor. A indúsria de móveis nacional, apesar de suas diferenças regionais, possui produos de qualidade inernacional, fara mão-de-obra e excelenes maérias-primas. Porém, a ecnologia e o conhecimeno, que hoje se concenra nos pólos indusriais, PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

3 eficiência écnica e produividade dos faores na indúsria de móveis necessiam ser ampliados, incenivados, muliplicados e disseminados para odo o país para que enão o Brasil enha uma paricipação maior no mercado mundial. De um lado, o crescimeno da exporação é um faor imporane para o aumeno da produividade bem como para o desenvolvimeno das indúsrias de móveis no país (VALENÇA e al., 2002), pois é um fore indicador da evolução ecnológica dos produos brasileiros, que passaram a er maior aceiação no mercado inernacional. Sendo assim, o problema de pesquisa analisado nese rabalho foi: a indúsria brasileira de móveis ornou-se mais eficiene e eve aumeno de produividade com a aberura comercial a parir do início dos anos 90? O objeivo geral do rabalho foi analisar a eficiência écnica na indúsria brasileira de móveis nos anos de 990, 993, 996 e 999. Os objeivos específicos foram: deerminar as medidas de eficiência écnica na indúsria de móveis por unidade da federação e idenificar se ocorreu aumeno de produividade dos faores ao longo dos anos analisados.. Referencial Teórico A produção deve ser visa como um processo de ransformação com enradas (insumos) que são os recursos usados e saídas (produos) correspondenes às quanidades de bens e/ou serviços produzidos (DEBERTIN, 986). As quanidades de bens e/ou serviços gerados dependem das quanidades dos vários recursos uilizados. Esa relação é mais formalmene descria como uma função de produção a qual associa à produção física a quanidade de recursos empregada. Assim, a função de produção pode ser represenada por uma função maemáica que pode ser formalizado da seguine forma: y = f (x) () onde y é um veor de produos e x é um veor de insumos. A relação de insumos e produos formam um conjuno de combinações L(y) que envolvem formas ecnologicamene viáveis de produzir quando (y,x) L(y). Assim, a função de produção indica o máximo de produo que se pode ober a parir de uma dada quanidade de insumos (VARIAN, 2006). Segundo Farrel (957), a eficiência de uma firma consise de dois componenes eficiência écnica, que represena a habilidade da firma em ober o máximo produo, dado um conjuno de insumos; e a eficiência alocaiva, que reflee a habilidade da firma em uilizar os insumos em proporções óimas, dados seus preços relaivos. A combinação de ambas as medidas fornece a eficiência econômica. PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

4 Ricardo B. N. dos Sanos e Wilson da C. Vieira A grande preocupação em esudos envolvendo a relação enre produividade e eficiência é mosrar que exise uma diferença enre os dois conceios, onde a primeira é uma razão enre duas quanidades e a eficiência é uma medida adimensional (COELLI e al., 998). 2. Modelo Analíico O modelo analíico nese rabalho uilizará a Analise Envolória de Dados afim de deerminar a eficiência da indúsria de móveis no Brasil, em seguida apresena-se o Índice Malmquis com a finalidade de deerminar a produividade dos Esados. 2. Análise Envolória de Dados Com base na análise de eficiência, Charnes e al. (978) iniciaram os esudos da abordagem não-paramérica para análise de eficiência relaiva de firmas com vários insumos e vários produos, consruindo, assim, o ermo Daa Envelopmen Analysis (DEA), onde cada observação (geralmene uma firma) é chamada de DMU 3 (Decision-Making Uni). Nesse mesmo arigo, Charnes e al. (978) inroduziram o modelo CRS (consan reurns o scale) que rabalha com reornos consanes à escala, assumindo uma cera proporcionalidade enre insumos e produos. No caso desse rabalho, uilizou-se o modelo VRS (variable reurns o scale) que considera reornos variáveis à escala, subsiuindo o axioma da proporcionalidade pelo da convexidade, segundo Banker (993). O modelo DEA com reornos variáveis pode ser represenado pelo seguine problema de programação linear (GOMES e BAPTISTA, 2004): Min θ, θ, λ sujeio a: 3 As DMUs são as unidades omadoras de decisão e, na DEA, podem ser classificadas como eficienes ou ineficienes, dependendo de sua posição geomérica em relação à froneira eficiene gerada. PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

5 eficiência écnica e produividade dos faores na indúsria de móveis y θx i ' N λ = i λ 0, + Yλ 0, Xλ 0, (2) onde y é o veor (m x ) de produos da DMU e x é o veor (k x ) de insumos. X é a mariz de insumos (k x n); Y é a mariz de produos (m x n); e λ é o veor (n x ) de consanes que muliplica as marizes de insumos e produos. N é o veor uniário e n é a quanidade de DMUs, e, finalmene, θ é o escore de eficiência da DMU. Assim, uma superfície convexa de planos em inerseção é formada, envolvendo os dados de forma mais compaca do que a formada pelo modelo CRS, o que resula em escores de eficiência obidos no modelo VRS maiores que no CRS (COELLI, 998). Há a possibilidade de o modelo DEA seguir duas orienações radiais: uma é a orienação insumo, usado quando se deseja minimizar os recursos disponíveis, sem a aleração do nível de produção, e a orienação produo, quando o objeivo é aumenar o produo sem alerar os recursos usados. Nese rabalho, uilizou-se a orienação insumo Índice Malmiquis de Produividade O índice Malmquis-DEA (M i ) resume-se em aplicar o algorimo de programação linear de DEA para consrução da froneira de produção de um deerminado período e depois para o cálculo da razão enre as disâncias de dois ponos de produção de períodos disinos de uma mesma unidade à froneira assim consruída. As disâncias podem ser represenadas por funções (aqui conhecidas como funções disâncias), e essas funções podem ser especificadas em relação ao conjuno de insumos (orienada pelo insumo) ou de produos (orienada pelo produo). Segundo Carvalho e al. (2006), a função disância orienada pelo insumo d i ( x, y) = sup{ ρ : ( x / ρ) L( y)} caraceriza a ecnologia de produção aravés da conração proporcional mínima do veor de insumos, dado um veor de produos, que orna a produção ainda facível 4. Se x perence ao conjuno de insumos de y, enão d i ( x, y), se a função disância é igual a, x esá sobre a froneira do conjuno de insumos (a isoquana de y). 4 As propriedades do conjuno L(y) da função disância podem ser visa com mais dealhes em Coelli e al. (998) PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

6 Ricardo B. N. dos Sanos e Wilson da C. Vieira Uma ilusração da função disância pode ser visa na Figura. Figura - Função disância orienada pelo insumo e a isoquana L(y) Fone: Carvalho e al. (2006). O conjuno de insumos corresponde à área limiada inferiormene pela isoquana L(y). O pono A define o pono de produção onde a firma usa a quanidade X A do insumo e X 2A do insumo 2 para produzir o veor de produos Y. O valor da função disância para o pono A é dado pela razão ρ = 0A/ 0B. Segundo Caves e al. (982), Färe e al. (995) e Coelli (996), o índice pode ser calculado aravés da média geomérica de dois índices, onde o primeiro uiliza a froneira do período e o segundo a froneira do período +. O uso dessa média geomérica é vanajoso por eviar a escolha enre qual das duas froneiras de produção deve ser uilizada como referência para o cálculo do índice. O índice pode ser obido pela seguine equação: + 0,5 d (, ) (, ) i x+ y+ d i x+ y+ M (,,, ) = i x+ y+ x y + (, ) (, ) (3) d i x y d i x y Da equação (3), os seguines problemas de programação linear devem ser resolvidos (Figura 2). PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

7 eficiência écnica e produividade dos faores na indúsria de móveis A) Minθ [ d ( x, y )] θλ s.a. y λ 0 = i θ x + Y λ 0 X λ 0 C) Minθ [ d ( x, y ] θλ y θ s.a. + + x λ 0 = i + + ) + Y λ 0 + X λ 0 + B) Minθ [ d ( x, y )] θλ y θ s.a. + + x λ 0 = i Y + + X λ 0 + λ 0 + D) Minθ [ d ( x, y )] θλ s.a. y λ 0 = i θ x + Y + X λ 0 + λ 0 Figura 2 - Problemas de programação linear para o cálculo do índice Malmiquis. Fone: Elaboração dos auores. Na Figura 2, os problemas C e D, onde os ponos de produção são comparados a períodos diferenes, o parâmero θ não precisa ser maior ou igual a, como se espera quando se calcula a eficiência do período correne. Esse pono pode esar fora do conjuno de produção exeqüível. Isso ocorrerá com ala probabilidade caso ocorra evolução ecnológica, no problema C, onde o pono de produção de um período + é comparado com a ecnologia do período. Ceramene, caso ocorra uma regressão écnica, θ menor que um ambém será possível na solução de D. Pereira (999) e Marques e al. (2006) apresenaram uma maneira equivalene de definir M i, permiindo uma inerpreação do crescimeno da produividade em ermos de fones dessa evolução aravés de uma forma decomposa: + di ( x, y ) di ( x, y ) di ( x, y ) Mi( x+, y+, x, y) = (4) + + di ( x, y) di ( x+, y+ ) di ( x, y) A razão fora dos parêneses, na expressão (4), mede a mudança na eficiência relaiva (mudança écnica) e indica se a mudança da unidade esá se aproximando ou se afasando da froneira. A pare denro dos parêneses (média geomérica) mede a mudança ecnológica enre os períodos avaliados, conhecida ambém como a 0,5 PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

8 Ricardo B. N. dos Sanos e Wilson da C. Vieira conração da froneira de produção. Caso o modelo seja rodado com RVE, pode-se enconrar ambém a mudança na eficiência pura. Porém, é recomendável que a esimação dos modelos que suporam o cálculo das funções disância supra referida seja imposa à hipóese de ocorrência de rendimenos consanes, pois, segundo Grifell-Tajé e Lovell (995), o índice origina um enviesameno na evolução da produividade oal quando é assumida uma ecnologia de rendimenos variáveis à escala Fone de dados e procedimenos Os dados das indúsrias de móveis foram obidos no Insiuo Brasileiro de Geografia e Esaísica (IBGE), reirados da base SIDRA que coném a Pesquisa Indusrial Anual (PIA) e compreende os anos de 990, 993, 996 e 999. Já os dados de exporação foram irados do sie do Minisério do Desenvolvimeno da Indúsria e Comércio 5 (MDIC) pelo sisema ALICE WEB (2007). Foram analisados os dados de 5 unidades federaivas do Brasil 6, pois, para alguns Esados, não havia dados para algumas variáveis nos anos de 990 e 993. Cada Esado analisado caracerizou-se como uma DMU. No presene rabalho, foram uilizados rês insumos: Pessoal ocupado (PO); Salários, reiradas e ouras informações (SR); e Cuso médio das operações indusriais (CMI); e dois produos: Valor bruo da produção indusrial menos as exporações (V-EXP) e as exporações (EXP). As quaro úlimas variáveis apresenavam-se, originalmene, em valores correnes. Para excluir o efeio inflacionário, as variáveis foram ransformadas em valores consanes deerminando como período base o mês de dezembro de 999. Como deflaor foi uilizado o IGP- DI da Fundação Geúlio Vargas, por ser ese um índice que incorpora em sua consrução produos da indúsria e serviços. EXP é o valor exporado por cada unidade da federação, o V-EXP é dado pela soma de vendas de produos e serviços indusriais, variação dos esoques dos produos acabados e em elaboração, e produção própria realizada para o aivo imobilizado menos o valor exporado. Esse criério foi uilizado para capar na eficiência a paricipação de cada esado nas exporações. O SR são os salários fixos, pró-labore, reiradas de sócios e proprieários, honorários, comissões sobre vendas, ajuda de cuso, décimo erceiro salário, abono de férias, graificações e paricipação nos lucros. O CMI é o resulado da soma do As unidades da federação analisadas foram: Amazonas, Bahia, Ceará, Disrio Federal, Espirio Sano, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sana Caarina e São Paulo. PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

9 eficiência écnica e produividade dos faores na indúsria de móveis consumo de maérias-primas, maeriais auxiliares e componenes, energia elérica e consumo de combusíveis e peças e acessórios, e dos serviços indusriais e de reparação e manuenção de máquinas e equipamenos dividido pelo número de esabelecimenos da indúsria de móveis em cada esado. Por fim, PO são as pessoas ocupadas, independene ou não de erem vínculo empregaício. 3. Resulados e Discussão Nesa seção são analisados, primeiramene, os resulados para a eficiência écnica e eficiência de escala, e, em seguida, são apresenados os resulados do índice de produividade de Malmquis. 3. Principais Transformações esruurais da indúsria moveleira no Brasil Segundo os dados da PIA, denre os Esados analisados nese rabalho, São Paulo, Rio Grande do Sul, Sana Caarina e Paraná concenravam, na média dos anos analisados, mais de 85% do valor bruo da produção indusrial (VBP) de móveis no Brasil. Eses dados esão coerenes com os esudos da Abmóvel (2006), Valença e al. (2002) e Couinho e al. (2002). Segundo a Figura 3, a parir de 993 observa-se que, para os principais Esados produores, houve um significaivo aumeno do VBP da indúsria moveleira. Segundo Valença e al. (2002), a redução da inflação e a ampliação do mercado inerno conribuíram para esse resulado posiivo. 3 2,5 2,5 0,5 0 Paraná Rio Grande do Sul Sana Caarina São Paulo Figura 3 - Evolução do Valor Bruo da Produção Indusrial de móveis dos principais produores do Brasil em 990, 993, 996 e 999. Fone: Dados da pesquisa. PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

10 Ricardo B. N. dos Sanos e Wilson da C. Vieira Noa-se que de 993 a 996 foi significaivo o crescimeno para os maiores produores (39%). Enreano, se forem considerados odos os Esados analisados por ese rabalho, verifica-se que o aumeno foi de apenas 58%. O Paraná foi o Esado que eve maior aumeno enre 993 e 996 com 663%, seguido de São Paulo (423%), Rio Grande do Sul (288%) e Sana Caarina (278%). Porém, de 996 a 999, noa-se que, dos quaro maiores produores somene, Rio Grande do Sul e Sana Caarina iveram aumenos no VBP. 4.2 Eficiência écnica e eficiência de escala A Figura 4 mosra o comporameno da eficiência écnica com reornos variáveis à escala (ET RVE ), para os anos de e No comparaivo observa-se que em 990 pouco mais da meade dos Esados operavam de forma eficiene (dos quinze Esados analisados oio esavam nessa condição). Em 993, onde o processo de aberura comercial já era evidene, houve queda no número de Esados que eram eficienes. Segundo Guilherme (997), isso esá ligado principalmene ao fao de algumas unidades federaivas não conseguirem acompanhar, na produção de móveis, a qualidade exigida pelos países exporadores. Figura 4 - Eficiência Técnica da indúsria de móveis sob reornos variáveis à escala no Brasil 990, 993, 996 e 996. Fone: Elaboração dos auores. Dois dos maiores produores do Brasil, como Minas Gerais e Sana Caarina, aparecem em 993 como Esados ineficienes, principalmene pelos seus alos cusos operacionais. Minas Gerais apresenava o 4º maior salário per capia, ficando arás apenas de Espírio Sano, São Paulo e Rio Grande do Sul. Já Sana Caarina inha o 3º maior cuso operacional. PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

11 eficiência écnica e produividade dos faores na indúsria de móveis Em 996 houve aumeno do número de Esados eficienes: um oal de nove e o número de ineficienes passou para seis. Esse aumeno de Esados eficienes pode esar associado à crescene aquisição de bens de consumo duráveis, que, segundo Filgueiras (2000), após o adveno do Plano Real passaram a er grande procura. Um indicador disso é VBP que cresceu 58,5% no comparaivo com 993. No ano de 999 caiu novamene o número de Esados eficienes para seis e os principais produores: SP, RS, MG e SC aparecem como eficienes, além do AM, PB. Ouro principal produor (Paraná) aparece nesse ano como ineficiene e isso pode esar associado ao fao desse Esado er ido uma queda no VBP enre os anos de 996 e 999 de,03%. (Figura 3) Analisando conjunamene a ET RVE com a eficiência écnica com reornos consanes à escala (ET RCE ), observa-se que, na média dos anos analisados, apenas os Esados de São Paulo e Rio Grande do Sul foram eficienes no uso de seus faores de produção durane os anos analisados, conforme a Tabela. Na média do período analisado, grande pare dos Esados brasileiros apresenou diferenças enre os escores de eficiência écnica sob a suposição de reornos consanes à escala e reornos variáveis à escala. Isso significa que, com exceção de São Paulo e Rio Grande do Sul, os Esados brasileiros analisados poderiam reduzir o uso de odos os faores de produção para ornarem-se plenamene eficienes. Tabela - Escores de eficiência écnica e eficiência de escala da indúsria de móveis dos Esados brasileiros 990, 993, 996 e 999. UF ETRVE ETRCE EE ETRVE ETRCE EE ETRVE ETRC E EE AM 0,433 0,308 0,7,000,000,000,000,000,000 BA,000,000,000 0,603 0,597 0,989 0,97 0,946 0,974 CE,000 0,68 0,68 0,652 0,22 0,339 0,858 0,836 0,974 DF 0,597 0,429 0,720 0,42 0,97 0,467 0,657 0,522 0,794 ES 0,497 0,422 0,850 0,296 0,244 0,826 0,760 0,77 0,943 GO 0,957 0,387 0,405 0,63 0,49 0,779,000,000,000 MG,000,000,000 0,780 0,767 0,982,000,000,000 PA,000,000,000,000,000,000,000,000,000 PB,000 0,654 0,654 0,477 0,264 0,553,000 0,454 0,454 PR 0,967 0,958 0,99 0,847 0,839 0,99,000,000,000 PE 0,669 0,590 0,882 0,642 0,45 0,646 0,948 0,922 0,973 RJ,000,000,000,000,000,000,000,000,000 RS,000,000,000,000,000,000,000,000,000 SC 0,863 0,82 0,94,000 0,898 0,898 0,852 0,849 0,997 SP,000,000,000,000,000,000,000,000,000 Média 0,865 0,745 0,85 0,757 0,662 0,83 0,936 0,883 0,94 (coninua) PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

12 Ricardo B. N. dos Sanos e Wilson da C. Vieira (conimuação) Tabela - Escores de eficiência écnica e eficiência de escala da indúsria de móveis dos Esados brasileiros 990, 993, 996 e 999. UF 999 Média dos anos ETRVE ETRC E EE ETRVE ETRCE EE AM,000,000,000 0,858 0,827 0,928 BA 0,99 0,899 0,907 0,89 0,860 0,968 CE 0,786 0,79 0,94 0,824 0,598 0,7 DF 0,754 0,590 0,783 0,607 0,435 0,69 ES 0,855 0,798 0,933 0,602 0,545 0,888 GO 0,922 0,837 0,908 0,877 0,679 0,773 MG,000 0,946 0,946 0,945 0,928 0,982 PA 0,822 0,543 0,66 0,956 0,886 0,95 PB,000 0,679 0,679 0,869 0,53 0,585 PR 0,890 0,887 0,997 0,926 0,92 0,995 PE 0,878 0,708 0,807 0,784 0,659 0,827 RJ 0,975 0,59 0,532 0,994 0,880 0,883 RS,000,000,000,000,000,000 SC,000,000,000 0,929 0,890 0,959 SP,000,000,000,000,000,000 Média 0,925 0,808 0,87 0,87 0,775 0,874. ET RVE : eficiência écnica (ET) calculada sob a suposição de reornos variáveis à escala (RVE). 2. ETRCE: eficiência écnica (ET) calculada sob a suposição de reornos consanes à escala (RVE). 3. EE: eficiência de escala. Fone: Elaboração dos auores. Dos Esados analisados, o Disrio Federal seria o que mais eria que reduzir o uso de seus faores (em média 56,5%) e o Esado do Rio de Janeiro o que menos deveria reduzi-los (em média 0,6%). O que se percebe, durane a evolução do período analisado, é uma volailidade das médias esaduais de ET RVE, ET RCE e EE, em 990 a média era respecivamene de 0,865; 0,745 e 0,85; já em 993 há uma queda para odos os PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

13 eficiência écnica e produividade dos faores na indúsria de móveis valores de eficiência, seguido de um aumeno em 996 e novamene uma queda em 999, como pode ser observado na Tabela Índice de Produividade Toal de Malmquis Os dados da Tabela 2 mosram que enre 990 e 993, em média, os Esados brasileiros apresenaram ganho de produividade na indúsria moveleira. Esses ganhos resularam mais de variações ecnológicas (32,5%) do que de variações de eficiência écnica, as quais foram negaivas. O Esado do Pará foi o que apresenou maior ganho de produividade (76,6%) comparado aos principais Esados produores como Rio Grande do Sul (75,7%), Sana Caarina (23,8%), São Paulo (97%) e Minas Gerais (5,4%), enquano o Paraná apresenou perda de produividade. Tabela 2 - Valores médios de variações da eficiência écnica (VET), ecnológica (VTEC) e na produividade oal dos faores (M i ) na indúsria de móveis no Brasil, , e UF VET VTEC Mi VET VTEC Mi VET VTEC Mi Amazonas 3,237 0,000 0,000,000,839,839,000,078,078 Bahia 0,596 0,000 0,000,586 0,533 0,845 0,950,028 0,977 Ceará 0,358 0,000 0,000 3,776 0,48,86 0,860,054 0,906 Disrio Federal 0,458 0,323 0,48 2,655 0,835 2,27,3,057,95 Espírio Sano 0,578 0,40 0,237 2,937 0,80 2,379,2,007,20 Goiás,269 0,000 0,000 2,035 0,490 0,997 0,837,022 0,855 Minas Gerais 0,766,506,54,305,687 2,202 0,946,046 0,990 Pará,000 8,66 8,66,000 3,770 3,770 0,543 2,772,505 Paraíba 0,403 0,002 0,00,720 0,446 0,767,497,099,645 Paraná 0,876,3 0,99,92,05,37 0,887,757,558 Pernambuco 0,702 0,420 0,295 2,223 0,970 2,56 0,768 0,997 0,766 Rio de Janeiro,000,80,80,000 4,528 4,528 0,59,66 0,605 Rio Grande do Sul,000,757,757,000 3,368 3,368,000 2,549 2,549 Sana Caarina,05,935 2,38 0,946 3,49 3,302,77 4,947 5,823 São Paulo,000,970,970,000 5,643 5,643,000 0,992 0,992 Média 0,957,325,274,692 2,000 2,476 0,948,57,504 Fone: Elaboração dos auores. PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

14 Ricardo B. N. dos Sanos e Wilson da C. Vieira Enre 993 e 996 o ganho de produividade foi ainda maior, com uma média de 47,6% e novamene decorreram principalmene de variações ecnológicas. Nesse período, somene o Esado de Sana Caarina apresenou perda de eficiência, de modo que os ganhos médios de produividade ocorreram devido aos ganhos ecnológicos. Apenas os Esados da Bahia, Goiás e Pará não iveram aumeno de produividade. No período de 996 a 999 novamene ocorreu ganho médio de produividade, ambém explicado pelas variações ecnológicas. Dois dos principais produores de móveis não obiveram ganhos de produividade (MG e SP). Essa queda esá associada à queda no valor bruo da produção; em Minas Gerais o declínio foi de,49% e em São Paulo de 7,39%. Os dois maiores exporadores do ano de 999 (RS e SC), que, segundo a ABIMOVEL (2006), concenravam mais de 70% das exporações de móveis, apresenaram os maiores ganhos de produividade, respecivamene 54,9% e 482,3%, nese ano. Conclusões Analisou-se, nese rabalho, a influência da aberura comercial sobre a indúsria brasileira de móveis na década de 90 (anos de 990, 993, 996 e 999), visando observar se ocorreram mudanças na eficiência écnica e produividade dos faores nesa indúsria nos principais esados produores. Com base nos resulados obidos, verificou-se que as mudanças na esruura produiva da indúsria de móveis ocorreram na maior pare dos esados analisados. Os valores de eficiência écnica esimados mosram que a maior pare dos esados analisados ornou-se mais eficiene, ano ecnicamene quano em relação à escala de produção. O ganho de eficiência écnica com a aberura comercial foi em pare explicado pelos ganhos ecnológicos, permiindo que a produividade aumenasse na maioria dos esados brasileiros. Não se pode afirmar que a aberura comercial enha sido o único faor responsável pelas alerações ocorridas na esruura produiva, na eficiência écnica ou na produividade dos faores da indúsria de móveis no Brasil, pois alguns dados não esavam disponíveis para ouras Unidades Federaivas. Essas alerações são apenas evidências que precisariam ser mais bem exploradas. Referências Bibliográficas ABIMÓVEL. Panorama da Indúsria brasileira de móveis Disponível em: < Acesso em 20 de Se PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

15 eficiência écnica e produividade dos faores na indúsria de móveis BANKER, R. D. Maximum likelihood, consisency and DEA: a saisical foundaion. Managemen Science, v. 39, n. 0, p , 993. CARVALHO, R. M.; MARINHO, E. L. L. Produividade oal dos faores da agriculura dos países sul-americanos em um conexo de inegração regional. In: Produividade: Teoria e Evidências para o Brasil e a América Laina./ Organizado ATALIBA, F.; MARINHO, E.; OLIVEIRA, V. H. Foraleza: CAEN, Edições UFC, p. 5-37, CAVES, D. W., CHRISTENSEN, L. R., DIEWERT, W. E. The economic heory of index numbers and he measuremen of inpu, oupu, and produciviy. Economerica, v. 50, n. 6, p , November, 982. CHARNES, A.; e al.. Measuring he efficiency of decision-making unis. European Journal of Operaional Research, V. 2, p , 978. COELLI, T. J. A guide o DEAP version 2.: a daa envelopmen analysis program. Armidale, Ausrália: universiy of New England, 996, 49 p. (CEPA Working Papers 8). COELLI, T. J.; RAO, D. S. P.; BATTESE, G. E. A inroducion o efficiency and produciviy analysis. Boson: Kluwer Academic Publishers, 998, 296 p. COUTINHO, L. G.; e al. Esudo da compeiividade de cadeias inegradas no Brasil: impacos na zona de livre comércio. Cadeia: Madeira e Móveis. Noa Técnica Final. ECCIB-UNICAMP-IE-NEIT - Campinas, DEBERTIN, D. L. Agriculural producion economics. New York: Macmillan, 986. FÄRE, R., GROSSKOPF, S., LEE, Wen-fu. Produciviy in Taiwanese manufacuring indusries. Applied Economics, v. 27, p , 995. FARREL, M. J. The measuremen of producive efficiency. Journal of he Royal Saisical Sociey. Series A, par III, p , 957. FILGUEIRAS, L. Hisória do Plano Real. São Paulo: Boiempo Ediorial, GOMES, A. P.; BAPTISTA, A. J. M. S. Análise Envolória de Dados: Conceios e Modelos Básicos. In: Méodos Quaniaivos em Economia. Viçosa, UFV, GRIFELL-TATJÉ, E.; LOVELL, C. A. K. A noe on de Malmquis produciviy index. Economic Leers, vol. 47, p , 995. MARQUES, R. C.; SILVA, D. Análise da variação da produividade dos serviços de água porugueses enre 994 e 200 usando a abordagem Malmquis. Pesquisa Operacional, v. 26, n., p , Janeiro a Abril de MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Sisema ALICE WEB. Disponível em < hp://aliceweb.desenvolvimeno.gov. br/defaul.asp> Acesso em 0 de Ago MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Relação Anual de Informações Sociais. Disponível em: <hp:// Acesso em: 0 de Ago PEREIRA, M. F. Evolução da froneira ecnológica múlipla e da produividade oal dos faores do seor agropecuário brasileiro de 970 a 996. Florianópolis: Universidade Federal de Sana Caarina, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Tese de Douorado, 999. PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

16 Ricardo B. N. dos Sanos e Wilson da C. Vieira PEREZ, P. L; BACHA, C. J. C. Os Canais de disribuição. Revisa Agroanalyses, Vol. 26, n. 8, p , Ago ROESE, M.; GITAHY, L. M. C. Globalização, indúsria radicional e gênero: a indúsria de móveis de madeira em Beno Gonçalves/RS. In: Enconro Nacional da ANPOCS, 28, 2004, Caxambu, MG. SANTANA, A. C. Compeiividade Sisêmica das Empresas de Madeira da Região Nore. Belém: FCAP, VALENÇA, A. C. V.; PAMPLONA, L. M. P.; SOUTO, S. W. Os novos desafios para a indúsria moveleira no Brasil. Revisa do BNDES, Rio de Janeiro, n.5, p , mar Disponível em: <hp:// Acesso em: 0 de Jul VARIAN, H. Microeconomia: princípios básicos. Rio de Janeiro: Elsevier, PESQUISA & DEBATE, SP, volume 9, número 2 (34) pp ,

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t

5.1. Filtragem dos Estados de um Sistema Não-Linear Unidimensional. Considere-se o seguinte MEE [20] expresso por: t t 5 Esudo de Casos Para a avaliação dos algorimos online/bach evolucionários proposos nese rabalho, foram desenvolvidas aplicações em problemas de filragem dos esados de um sisema não-linear unidimensional,

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL,

FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, FONTES DE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NOS PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES, BRASIL, 993-0 Alfredo Tsunechiro (), Vagner Azarias Marins (), Maximiliano Miura (3) Inrodução O milho safrinha é

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho

NOTA TÉCNICA. Nota Sobre Evolução da Produtividade no Brasil. Fernando de Holanda Barbosa Filho NOTA TÉCNICA Noa Sobre Evolução da Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Fevereiro de 2014 1 Essa noa calcula a evolução da produividade no Brasil enre 2002 e 2013. Para ano uiliza duas

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA

MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA MÉTODOS PARAMÉTRICOS PARA A ANÁLISE DE DADOS DE SOBREVIVÊNCIA Nesa abordagem paramérica, para esimar as funções básicas da análise de sobrevida, assume-se que o empo de falha T segue uma disribuição conhecida

Leia mais

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel

MATEMÁTICA APLICADA AO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO E LOGÍSTICA. Silvio A. de Araujo Socorro Rangel MAEMÁICA APLICADA AO PLANEJAMENO DA PRODUÇÃO E LOGÍSICA Silvio A. de Araujo Socorro Rangel saraujo@ibilce.unesp.br, socorro@ibilce.unesp.br Apoio Financeiro: PROGRAMA Inrodução 1. Modelagem maemáica: conceios

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO PRIMEIRA LISTA DE QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 1 Quesão: Um fao esilizado sobre a dinâmica do crescimeno econômico mundial é a ocorrência de divergências

Leia mais

3 Estudo da Barra de Geração [1]

3 Estudo da Barra de Geração [1] 3 Esudo da Barra de eração [1] 31 Inrodução No apíulo 2, raou-se do máximo fluxo de poência aiva e reaiva que pode chear à barra de cara, limiando a máxima cara que pode ser alimenada, e do possível efeio

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ MESTRADO EM ECONOMIA RURAL DEPARTAMENTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA HELLEN CRISTINA RODRIGUES ALVES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ MESTRADO EM ECONOMIA RURAL DEPARTAMENTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA HELLEN CRISTINA RODRIGUES ALVES UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ MESTRADO EM ECONOMIA RURAL DEPARTAMENTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA HELLEN CRISTINA RODRIGUES ALVES A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL HUMANO NA EFICIÊNCIA TÉCNICA E NA PRODUTIVIDADE TOTAL

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE HOLT-WINTERS PARA PREVISÃO DO LEITE ENTREGUE ÀS INDÚSTRIAS CATARINENSES

UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE HOLT-WINTERS PARA PREVISÃO DO LEITE ENTREGUE ÀS INDÚSTRIAS CATARINENSES UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE HOLT-WINTERS PARA PREVISÃO DO LEITE ENTREGUE ÀS INDÚSTRIAS CATARINENSES Rober Wayne Samohyl Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sisemas UFSC. Florianópolis-SC.

Leia mais

Modelos Não-Lineares

Modelos Não-Lineares Modelos ão-lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar:

Considere uma economia habitada por um agente representativo que busca maximizar: 2 Modelo da economia Uilizaram-se como base os modelos de Campos e Nakane 23 e Galí e Monacelli 22 que esendem o modelo dinâmico de equilíbrio geral de Woodford 21 para uma economia abera Exisem dois países:

Leia mais

EFICIÊNCIA NA INDÚSTRIA DE MÓVEIS NO BRASIL: O IMPACTO DA ABERTURA COMERCIAL NOS ESTADOS E REGIÕES DO BRASIL.

EFICIÊNCIA NA INDÚSTRIA DE MÓVEIS NO BRASIL: O IMPACTO DA ABERTURA COMERCIAL NOS ESTADOS E REGIÕES DO BRASIL. EFICIÊNCIA NA INDÚSTRIA DE MÓVEIS NO BRASIL: O IMPACTO DA ABERTURA COMERCIAL NOS ESTADOS E REGIÕES DO BRASIL. RICARDO BRUNO NASCIMENTO DOS SANTOS; FRANCIVANE TELES PAMPOLHA DOS SANTOS; ALEXANDRE GERVÁSIO

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica Problema de conrole óimo com equações de esado P-fuzzy: Programação dinâmica Michael Macedo Diniz, Rodney Carlos Bassanezi, Depo de Maemáica Aplicada, IMECC, UNICAMP, 1383-859, Campinas, SP diniz@ime.unicamp.br,

Leia mais

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos. 4 Meodologia Proposa para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Mone Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algorimos Genéicos. 4.1. Inrodução Nese capíulo descreve-se em duas pares a meodologia

Leia mais

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr.

Motivação. Prof. Lorí Viali, Dr. Moivação rof. Lorí Viali, Dr. vialli@ma.ufrgs.br hp://www.ma.ufrgs.br/~vialli/ Na práica, não exise muio ineresse na comparação de preços e quanidades de um único arigo, como é o caso dos relaivos, mas

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

REDUÇÃO DE DIMENSIONALIDADE

REDUÇÃO DE DIMENSIONALIDADE Análise de componenes e discriminanes REDUÇÃO DE DIMENSIONALIDADE Uma esraégia para abordar o problema da praga da dimensionalidade é realizar uma redução da dimensionalidade por meio de uma ransformação

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

Voo Nivelado - Avião a Hélice

Voo Nivelado - Avião a Hélice - Avião a Hélice 763 º Ano da icenciaura em ngenharia Aeronáuica edro. Gamboa - 008. oo de ruzeiro De modo a prosseguir o esudo analíico do desempenho, é conveniene separar as aeronaves por ipo de moor

Leia mais

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução

4 Filtro de Kalman. 4.1 Introdução 4 Filro de Kalman Ese capíulo raa da apresenação resumida do filro de Kalman. O filro de Kalman em sua origem na década de sessena, denro da área da engenharia elérica relacionado à eoria do conrole de

Leia mais

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site

Gráfico 1 Nível do PIB: série antiga e série revista. Série antiga Série nova. através do site 2/mar/ 27 A Revisão do PIB Affonso Celso Pasore pasore@acpasore.com Maria Crisina Pinoi crisina@acpasore.com Leonardo Poro de Almeida leonardo@acpasore.com Terence de Almeida Pagano erence@acpasore.com

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística

Prof. Lorí Viali, Dr. UFRGS Instituto de Matemática - Departamento de Estatística Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido. 2 Analista Embrapa Semiárido.

1 Pesquisador - Embrapa Semiárido.   2 Analista Embrapa Semiárido. XII Escola de Modelos de Regressão, Foraleza-CE, 13-16 Março 2011 Análise de modelos de previsão de preços de Uva Iália: uma aplicação do modelo SARIMA João Ricardo F. de Lima 1, Luciano Alves de Jesus

Leia mais

Confiabilidade e Taxa de Falhas

Confiabilidade e Taxa de Falhas Prof. Lorí Viali, Dr. hp://www.pucrs.br/fama/viali/ viali@pucrs.br Definição A confiabilidade é a probabilidade de que de um sisema, equipameno ou componene desempenhe a função para o qual foi projeado

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$ *UiILFRGH&RQWUROH(:$ A EWMA (de ([SRQHQWLDOO\:HLJKWHGRYLQJ$YHUDJH) é uma esaísica usada para vários fins: é largamene usada em méodos de esimação e previsão de séries emporais, e é uilizada em gráficos

Leia mais

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne

Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / Professor: Rubens Penha Cysne Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Geulio Vargas (EPGE/FGV) Macroeconomia I / 2011 Professor: Rubens Penha Cysne Lisa de Exercícios 5 Crescimeno com Inovações Horizonais (Inpu Varieies) 1-

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira Seção: Macroeconomia Revisa Economia & Tecnologia (RET) Volume 9, Número 4, p. 51-60, Ou/Dez 2013 Choques esocásicos na renda mundial e os efeios na economia brasileira Celso José Cosa Junior* Resumo:

Leia mais

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas.

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas. Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa

3 Metodologia do Estudo 3.1. Tipo de Pesquisa 42 3 Meodologia do Esudo 3.1. Tipo de Pesquisa A pesquisa nese rabalho pode ser classificada de acordo com 3 visões diferenes. Sob o pono de visa de seus objeivos, sob o pono de visa de abordagem do problema

Leia mais

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre 1. Objeivos. Inrodução 3. Procedimeno experimenal 4. Análise de dados 5. Quesões 6. Referências 1. Objeivos Nesa experiência, esudaremos o movimeno da queda de

Leia mais

Dinâmica tecnológica e da produção e

Dinâmica tecnológica e da produção e Adriano Provezano Gomes, José Luiz Alcanara Filho & Paulo Robero ISSN Scalco 679-64 Dinâmica ecnológica e da produção agropecuária em Minas Gerais enre 996 e 26 Adriano Provezano Gomes 2 José Luiz Alcanara

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

VALIDAÇÃO DO ZONEAMENTO DE RISCOS CLIMÁTICOS COMO INSTRUMENTO DE INDUÇÃO TECNOLÓGICA: CASO DO MILHO E SOJA

VALIDAÇÃO DO ZONEAMENTO DE RISCOS CLIMÁTICOS COMO INSTRUMENTO DE INDUÇÃO TECNOLÓGICA: CASO DO MILHO E SOJA VALIDAÇÃO DO ZONEAMENTO DE RISCOS CLIMÁTICOS COMO INSTRUMENTO DE INDUÇÃO TECNOLÓGICA: CASO DO MILHO E SOJA FERNANDA OLIVEIRA ULTREMARE 1, EDUARDO DELGADO ASSAD 2 1 Graduanda em Economia, IE/Unicamp, Bolsisa

Leia mais

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON)

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON) TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 8 LIVRO DO NILSON). CONSIDERAÇÕES INICIAIS SÉRIES DE FOURIER: descrevem funções periódicas no domínio da freqüência (ampliude e fase). TRANSFORMADA DE FOURIER:

Leia mais

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico 30 Capíulo 2: Proposa de um Novo Reificador Trifásico O mecanismo do descobrimeno não é lógico e inelecual. É uma iluminação suberrânea, quase um êxase. Em seguida, é cero, a ineligência analisa e a experiência

Leia mais

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo

VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA. Antônio Carlos de Araújo 1 VALOR DA PRODUÇÃO DE CACAU E ANÁLISE DOS FATORES RESPONSÁVEIS PELA SUA VARIAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA Anônio Carlos de Araújo CPF: 003.261.865-49 Cenro de Pesquisas do Cacau CEPLAC/CEPEC Faculdade de Tecnologia

Leia mais

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1.

1 Modelo de crescimento neoclássico, unisectorial com PT e com taxa de poupança exógena 1.1 Hipóteses Função de Produção Cobb-Douglas: α (1. 1 Modelo de crescimeno neoclássico, unisecorial com PT e com axa de poupança exógena 1.1 Hipóeses Função de Produção Cobb-Douglas: (, ) ( ) 1 Y = F K AL = K AL (1.1) FK > 0, FKK < 0 FL > 0, FLL < 0 Função

Leia mais

Plano de Aulas. Matemática. Módulo 17 Estatística

Plano de Aulas. Matemática. Módulo 17 Estatística Plano de Aulas Maemáica Módulo 17 Esaísica Resolução dos exercícios proposos Reomada dos conceios CAPÍTULO 1 1 População: 1, milhão de habianes da cidade. Amosra: 8.00 pessoas enrevisadas. 2 Variáveis

Leia mais

Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem

Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem Definição. Uma EDO de 1 a ordem é dia linear se for da forma y + fx y = gx. 1 A EDO linear de 1 a ordem é uma equação do 1 o grau em y e em y. Qualquer dependência

Leia mais

MODELOS USADOS EM QUÍMICA: CINÉTICA NO NÍVEL SUPERIOR. Palavras-chave: Modelos; Cinética Química; Compostos de Coordenação.

MODELOS USADOS EM QUÍMICA: CINÉTICA NO NÍVEL SUPERIOR. Palavras-chave: Modelos; Cinética Química; Compostos de Coordenação. MDELS USADS EM QUÍMICA: CINÉTICA N NÍVEL SUPERIR André Luiz Barboza Formiga Deparameno de Química Fundamenal, Insiuo de Química, Universidade de São Paulo. C.P. 6077, CEP 05513-970, São Paulo, SP, Brasil.

Leia mais

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria Universidade do Esado do Rio de Janeiro Insiuo de Maemáica e Esaísica Economeria Variável dummy Regressão linear por pares Tese de hipóeses simulâneas sobre coeficienes de regressão Tese de Chow professorjfmp@homail.com

Leia mais

4 Modelo de fatores para classes de ativos

4 Modelo de fatores para classes de ativos 4 Modelo de aores para classes de aivos 4.. Análise de esilo baseado no reorno: versão original (esáica A análise de esilo baseada no reorno é um procedimeno esaísico que visa a ideniicar as ones de riscos

Leia mais

O cliente é a razão do nosso trabalho, a fim de inseri-lo em um novo contexto social de competitividade e empregabilidade.

O cliente é a razão do nosso trabalho, a fim de inseri-lo em um novo contexto social de competitividade e empregabilidade. Sumário nrodução 5 O circuio série em correne alernada 6 A correne em circuios série 6 Gráficos senoidais do circuio série 7 Gráficos fasoriais do circuio série 10 mpedância do circuio série 1 A correne

Leia mais

A entropia de uma tabela de vida em previdência social *

A entropia de uma tabela de vida em previdência social * A enropia de uma abela de vida em previdência social Renao Marins Assunção Leícia Gonijo Diniz Vicorino Palavras-chave: Enropia; Curva de sobrevivência; Anuidades; Previdência Resumo A enropia de uma abela

Leia mais

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO

ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. ANÁLISE DE SÉRIES TEMPORAIS NA PREVISÃO DA RECEITA DE UMA MERCEARIA LOCALIZADA EM BELÉM-PA USANDO O MODELO HOLT- WINTERS PADRÃO Breno Richard Brasil Sanos

Leia mais

EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1

EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1 ISSN 188-981X 18 18 EFEITO DA VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA MANDIOCA EM ALAGOAS SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO 1 Effec of cassava price variaion in Alagoas over producion gross value Manuel Albero Guiérrez CUENCA

Leia mais

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL

Movimento unidimensional. Prof. DSc. Anderson Cortines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL Movimeno unidimensional Prof. DSc. Anderson Corines IFF campus Cabo Frio MECÂNICA GERAL 218.1 Objeivos Ter uma noção inicial sobre: Referencial Movimeno e repouso Pono maerial e corpo exenso Posição Diferença

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO EFEITO DA EVOLUÇÃO DO ESTOQUE DE MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA SOBRE O PRODUTO POTENCIAL BRASILEIRO. Rodrigo

Leia mais

5.3 Escalonamento FCFS (First-Come, First Served)

5.3 Escalonamento FCFS (First-Come, First Served) c prof. Carlos Maziero Escalonameno FCFS (Firs-Come, Firs Served) 26 5.3 Escalonameno FCFS (Firs-Come, Firs Served) A forma de escalonameno mais elemenar consise em simplesmene aender as arefas em sequência,

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONA E TECNOÓGICA INSTITUTO FEDERA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOOGIA DE SANTA CATARINA CURSO TÉCNICO EM TEECOMUNICAÇÕES Disciplina: Elericidade e Insrumenação

Leia mais

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6]

4 O Fenômeno da Estabilidade de Tensão [6] 4 O Fenômeno da Esabilidade de Tensão [6] 4.1. Inrodução Esabilidade de ensão é a capacidade de um sisema elérico em maner ensões aceiáveis em odas as barras da rede sob condições normais e após ser submeido

Leia mais

3 LTC Load Tap Change

3 LTC Load Tap Change 54 3 LTC Load Tap Change 3. Inrodução Taps ou apes (ermo em poruguês) de ransformadores são recursos largamene uilizados na operação do sisema elérico, sejam eles de ransmissão, subransmissão e disribuição.

Leia mais

Exportações e Consumo de Energia Elétrica: Uma Análise Econométrica Via Decomposição do Fator Renda.

Exportações e Consumo de Energia Elétrica: Uma Análise Econométrica Via Decomposição do Fator Renda. XVIII Seminário Nacional de Disribuição de Energia Elérica Olinda - Pernambuco - Brasil SENDI 2008-06 a 0 de ouubro Exporações e Consumo de Energia Elérica: Uma Análise Economérica Via Decomposição do

Leia mais

Instituto de Física USP. Física Moderna. Aula 23. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física Moderna. Aula 23. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física Moderna Aula 3 Professora: Mazé Bechara Aula 3 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger: para odos os esados e para esados esacionários. Aplicação e inerpreações.

Leia mais

APLICAÇÃO DA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS NO CONTROLE DA POLUIÇÃO PROVOCADA PELO TRÁFEGO DE VEÍCULOS MOTORIZADOS

APLICAÇÃO DA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS NO CONTROLE DA POLUIÇÃO PROVOCADA PELO TRÁFEGO DE VEÍCULOS MOTORIZADOS ! "#$ " %'&)(*&)+,- /2*&4365879&4/:+58;2*=?5@A2*3B;- C)D 5,5FE)5G+ &4- (IHJ&?,+ /?=)5KA:+5MLN&OHJ5F&4E)2*EOHJ&)(IHJ/)G- D - ;/);& Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 9 a de ouubro de 27 APLICAÇÃO DA ANÁLISE

Leia mais

ABORDAGEM MULTIOJETIVA PARA SOLUCIONAR UMA MATRIZ ENERGÉTICA CONSIDERANDO IMPACTOS AMBIENTAIS

ABORDAGEM MULTIOJETIVA PARA SOLUCIONAR UMA MATRIZ ENERGÉTICA CONSIDERANDO IMPACTOS AMBIENTAIS ABORDAGEM MULTIOJETIVA PARA SOLUCIONAR UMA MATRIZ ENERGÉTICA CONSIDERANDO IMPACTOS AMBIENTAIS T. L. Vieira, A. C. Lisboa, D. A. G. Vieira ENACOM, Brasil RESUMO A mariz energéica é uma represenação quaniaiva

Leia mais

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço

5 Metodologia Probabilística de Estimativa de Reservas Considerando o Efeito-Preço 5 Meodologia Probabilísica de Esimaiva de Reservas Considerando o Efeio-Preço O principal objeivo desa pesquisa é propor uma meodologia de esimaiva de reservas que siga uma abordagem probabilísica e que

Leia mais

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição Análise de séries de empo: modelos de decomposição Profa. Dra. Liane Werner Séries de emporais - Inrodução Uma série emporal é qualquer conjuno de observações ordenadas no empo. Dados adminisraivos, econômicos,

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lista de exercício de Teoria de Matrizes 28/06/2017

DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lista de exercício de Teoria de Matrizes 28/06/2017 DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA - UFSCar 6 a Lisa de exercício de Teoria de Marizes 8/06/017 1 Uma pesquisa foi realizada para se avaliar os preços dos imóveis na cidade de Milwaukee, Wisconsin 0 imóveis foram

Leia mais

Introdução ao Controle Ótimo: Otimização de funções e funcionais. Otimização paramétrica. Problema de controle ótimo com tempo final fixo.

Introdução ao Controle Ótimo: Otimização de funções e funcionais. Otimização paramétrica. Problema de controle ótimo com tempo final fixo. Inrodução ao Conrole Óimo: Oimização de funções e funcionais. Oimização paramérica. Problema de conrole óimo com empo final fio. Oimização Deerminação de uma ação que proporciona um máimo de benefício,

Leia mais

Impactos regionais da mudança tecnológica no setor agrícola de Minas Gerais

Impactos regionais da mudança tecnológica no setor agrícola de Minas Gerais Insiuições, Eficiência, Gesão e Conraos no Sisema Agroindusrial Impacos regionais da mudança ecnológica no seor agrícola de Minas Gerais Adriano Provezano Gomes Professor do Deparameno de Economia Universidade

Leia mais

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield

5 Erro de Apreçamento: Custo de Transação versus Convenience Yield 5 Erro de Apreçameno: Cuso de Transação versus Convenience Yield A presene seção em como objeivo documenar os erros de apreçameno implício nos preços eóricos que eviam oporunidades de arbiragem nos conraos

Leia mais

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques

3 O Modelo SAGA de Gestão de Estoques 3 O Modelo SG de Gesão de Esoques O Sisema SG, Sisema uomaizado de Gerência e poio, consise de um sofware conendo um modelo maemáico que permie fazer a previsão de iens no fuuro com base nos consumos regisrados

Leia mais

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil

Utilização de modelos de holt-winters para a previsão de séries temporais de consumo de refrigerantes no Brasil XXVI ENEGEP - Foraleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Ouubro de 2006 Uilização de modelos de hol-winers para a previsão de séries emporais de consumo de refrigeranes no Brasil Jean Carlos da ilva Albuquerque (UEPA)

Leia mais

Custo de Produção de Mandioca Industrial, Safra 2005

Custo de Produção de Mandioca Industrial, Safra 2005 101 ISSN 1679-0472 Março, 2005 Dourados, MS Foo: Edvaldo Sagrilo Cuso de Produção de Mandioca Indusrial, Safra 2005 1 Alceu Richei 2 Edvaldo Sagrilo Auro Akio Osubo 3 Os agriculores precisam de informação

Leia mais

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO

INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO INFLUÊNCIA DO FLUIDO NA CALIBRAÇÃO DE UMA BALANÇA DE PRESSÃO Luiz Henrique Paraguassú de Oliveira 1, Paulo Robero Guimarães Couo 1, Jackson da Silva Oliveira 1, Walmir Sérgio da Silva 1, Paulo Lyra Simões

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman

IV. METODOLOGIA ECONOMÉTRICA PROPOSTA PARA O CAPM CONDICIONAL A Função Máxima Verosimilhança e o Algoritmo de Berndt, Hall, Hall e Hausman IV. MEODOLOGIA ECONOMÉRICA PROPOSA PARA O CAPM CONDICIONAL 4.1. A Função Máxima Verosimilhança e o Algorimo de Bernd, Hall, Hall e Hausman A esimação simulânea do CAPM Condicional com os segundos momenos

Leia mais

Contabilometria. Séries Temporais

Contabilometria. Séries Temporais Conabilomeria Séries Temporais Fone: Corrar, L. J.; Theóphilo, C. R. Pesquisa Operacional para Decisão em Conabilidade e Adminisração, Ediora Alas, São Paulo, 2010 Cap. 4 Séries Temporais O que é? Um conjuno

Leia mais

ANÁLISE DO VALOR DA PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO MERCADO DE GRÃOS BRASILEIRO

ANÁLISE DO VALOR DA PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO MERCADO DE GRÃOS BRASILEIRO ANÁLISE DO VALOR DA PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO MERCADO DE GRÃOS BRASILEIRO carlos.caldarelli@gmail.com APRESENTACAO ORAL-Evolução e esruura da agropecuária no Brasil CARLOS EDUARDO CALDARELLI 1 ; WALDEMAR

Leia mais

3 Modelos de Markov Ocultos

3 Modelos de Markov Ocultos 23 3 Modelos de Markov Oculos 3.. Processos Esocásicos Um processo esocásico é definido como uma família de variáveis aleaórias X(), sendo geralmene a variável empo. X() represena uma caracerísica mensurável

Leia mais

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade

3 Uma metodologia para validação estatística da análise técnica: a busca pela homogeneidade 3 Uma meodologia para validação esaísica da análise écnica: a busca pela homogeneidade Ese capíulo em como objeivo apresenar uma solução para as falhas observadas na meodologia uilizada por Lo e al. (2000)

Leia mais

CAPÍTULO 10 DERIVADAS DIRECIONAIS

CAPÍTULO 10 DERIVADAS DIRECIONAIS CAPÍTULO 0 DERIVADAS DIRECIONAIS 0. Inrodução Dada uma função f : Dom(f) R n R X = (x, x,..., x n ) f(x) = f(x, x,..., x n ), vimos que a derivada parcial de f com respeio à variável x i no pono X 0, (X

Leia mais

4 CER Compensador Estático de Potência Reativa

4 CER Compensador Estático de Potência Reativa 68 4 ompensador Esáico de Poência Reaiva 4.1 Inrodução ompensadores esáicos de poência reaiva (s ou Saic var ompensaors (Ss são equipamenos de conrole de ensão cuja freqüência de uso em aumenado no sisema

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

Análise de Decomposição Estrutural para a Economia Brasileira entre 1995 e 2009

Análise de Decomposição Estrutural para a Economia Brasileira entre 1995 e 2009 Análise de Decomposição Esruural para a Economia Brasileira enre 1995 e 2009 Helena Loiola de Figueiredo 1 Maria Aparecida Silva Oliveira 2 Resumo: O objeivo dese arigo é invesigar a dinâmica seorial da

Leia mais

Tabela: Variáveis reais e nominais

Tabela: Variáveis reais e nominais Capíulo 1 Soluções: Inrodução à Macroeconomia Exercício 12 (Variáveis reais e nominais) Na abela seguine enconram se os dados iniciais do exercício (colunas 1, 2, 3) bem como as soluções relaivas a odas

Leia mais

Primeira Lista de Exercícios

Primeira Lista de Exercícios TP30 Modulação Digial Prof.: MSc. Marcelo Carneiro de Paiva Primeira Lisa de Exercícios Caracerize: - Transmissão em Banda-Base (apresene um exemplo de especro de ransmissão). - Transmissão em Banda Passane

Leia mais

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil

3 A Função de Reação do Banco Central do Brasil 3 A Função de Reação do Banco Cenral do Brasil Nese capíulo será apresenada a função de reação do Banco Cenral do Brasil uilizada nese rabalho. A função segue a especificação de uma Regra de Taylor modificada,

Leia mais

Produtividade total dos fatores, mudança técnica, eficiência técnica e eficiência de escala na indústria brasileira, 1996-2000

Produtividade total dos fatores, mudança técnica, eficiência técnica e eficiência de escala na indústria brasileira, 1996-2000 Euler Pereira Gonçalves de Mello Produividade oal dos faores mudança écnica eficiência écnica e eficiência de escala na indúsria brasileira 996-2000 Belo Horizone MG Cenro de Desenvolvimeno e Planejameno

Leia mais

Análise de Informação Económica e Empresarial

Análise de Informação Económica e Empresarial Análise de Informação Económica e Empresarial Licenciaura Economia/Finanças/Gesão 1º Ano Ano lecivo de 2008-2009 Prova Época Normal 14 de Janeiro de 2009 Duração: 2h30m (150 minuos) Responda aos grupos

Leia mais

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país 57 4 Análise Empírica As simulações apresenadas no capíulo anerior indicaram que a meodologia desenvolvida por Rigobon (2001 é aparenemene adequada para a análise empírica da relação enre a axa de câmbio

Leia mais

DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO:

DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO: FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ECONOMIA DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO:

Leia mais

6 Processos Estocásticos

6 Processos Estocásticos 6 Processos Esocásicos Um processo esocásico X { X ( ), T } é uma coleção de variáveis aleaórias. Ou seja, para cada no conjuno de índices T, X() é uma variável aleaória. Geralmene é inerpreado como empo

Leia mais

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1

Jovens no mercado de trabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Jovens no mercado de rabalho formal brasileiro: o que há de novo no ingresso dos ocupados? 1 Luís Abel da Silva Filho 2 Fábio José Ferreira da Silva 3 Silvana Nunes de Queiroz 4 Resumo: Nos anos 1990,

Leia mais

5 Solução por Regressão Simbólica 5.1. Introdução

5 Solução por Regressão Simbólica 5.1. Introdução 5 Solução por Regressão Simbólica 5.. Inrodução ese capíulo é descrio um esudo de caso uilizando-se o modelo proposo no capíulo 4. reende-se com esse esudo de caso, mosrar a viabilidade do modelo, suas

Leia mais

Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produtividade no Brasil

Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produtividade no Brasil Pessoal Ocupado, Horas Trabalhadas, Jornada de Trabalho e Produividade no Brasil Fernando de Holanda Barbosa Filho Samuel de Abreu Pessôa Resumo Esse arigo consrói uma série de horas rabalhadas para a

Leia mais