ANÁLISE DA INFLAÇÃO, JUROS E CRESMENTO NO CENÁRIO ATUAL: Mundial e Brasil RESUMO

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1 1 ANÁLISE DA INFLAÇÃO, JUROS E CRESMENTO NO CENÁRIO ATUAL: Mundial e Brasil RESUMO SILVA, A. T.O.C. 1 LIMA, C.C.O. 2 VILLANI, C.J. 3 FRIZERO NETO, K. 4 GRAVINA, L.M. 5 SANTOS, F.A.A. 6 Este artigo tem como principal objetivo uma revisão do atual cenário econômico mundial e brasileiro, uma vez que é suma importância, no mundo globalizado, uma atenção especial aos fatores que modificam oferta, demanda e principalmente os preços. PALAVRAS-CHAVES: Inflação. Crescimento. Juros. Commodities. Economias Emergentes. Demanda. Oferta. INTRODUÇÃO Passado o momento de inflação reduzida, juros baixos e rápido crescimento, a economia mundial vive um novo momento, com a alta da inflação e juros e o crescimento desacelerando (FURUGEM, 2008). As elevações fortes e persistentes nos preços das commodities (principalmente dos alimentos, petróleo e metais) representam efeitos e causas, ao mesmo tempo, do aumento da inflação. 1 Aluna do Curso de Economia do Instituto Vianna Júnior. anaotoni87@bol.com.br 2 Aluno do Curso de Economia do Instituto Vianna Júnior. caiocolima@yahoo.com.br 3 Aluna do Curso de Economia do Instituto Vianna Júnior. carol.juliao@yahoo.com.br 4 Aluno do Curso de Economia do Instituto Vianna Júnior. kleber_jf@yahoo.com.br 5 Aluna do Curso de Economia do Instituto Vianna Júnior. luciana.gravina@mendesjunior.com.br 6 Fernando Antônio Agra Santos é Economista pela UFAL, Doutor em Economia Aplicada pela UFV e professor das Faculdades Integradas Vianna Júnior (agra.fernando@gmail.com).

2 2 O crescimento das economias emergentes, em destaque China e Índia, explicam o forte aumento da demanda por matérias-primas, alimentos e petróleo. No momento em que a oferta não cresceu no mesmo ritmo que a demanda a alta de preços foi inevitável. 1.1 Teste A economia mundial vem passando por uma nova fase com inflação, juros em alta e crescimento em desaceleração. As metas inflacionárias na maioria dos casos deverão ser temporariamente descumpridas, como já acontece. Isso não implica que a política monetária deverá desempenhar um papel primordial no controle da inflação. Mesmo em locais onde não existe um sistema formal de metas inflacionárias, a prioridade de controle da inflação torna-se imperativa, pois a alta dos preços já supera os níveis tolerados. É o caso de países como Estados Unidos, China, Rússia e os da Zona do Euro. A taxa básica de juros do FED (Federal Reserve - Banco Central Americano) atualmente fixada em 2% ao ano encontra-se negativa em termos reais, mas terá que ser aumentada em função do controle sobre a inflação dos Estados Unidos. A taxa de juros do FED se mantém nesse nível com objetivo de injetar liquidez no sistema financeiro norteamericano, já que corria o risco de sofrer uma crise sistêmica devido ao agravamento dos problemas na área de crédito imobiliário. O risco de uma crise bancária sistêmica parece bastante minimizado, depois de atuações tanto do FED quanto de outros bancos centrais de Primeiro Mundo. O mais preocupante no momento é a escalada da inflação. A economia está convivendo um terceiro choque do petróleo, segundo Furugerm (2008). A diferença é que desta vez o choque não foi ocasionado pela retração da oferta por ação dos principais países exportadores (1973/74), nem devido à queda de produção por problemas políticos, como a que aconteceu em razão da guerra entre Irã e Iraque (1979/80). Desta vez o choque ocasiona uma acelerada expansão da demanda por parte de países importadores, sem possibilidade de resposta, na mesma velocidade, pelos exportadores de petróleo. O petróleo constitui apenas um dos produtos que tiveram seus preços inflados pelo crescimento da demanda mundial. O preço das commodities agrícolas e metálicas tiveram o mesmo comportamento, o que beneficiou várias empresas, a exemplo do Brasil e várias empresas aqui sediadas. Os ganhos de renda proporcionados ao aumento de preços desses produtos representam o lado positivo do ciclo de expansão da economia mundial e a alta da inflação representa o lado negativo. O petróleo, combustível básico de muitas atividades

3 3 econômicas, acabou por impactar custos e, por conseqüência os preços de ampla gama de produtos e serviços gerando pressões inflacionárias que se propagam por todos os demais setores da economia. 1.2 Fome Na área dos alimentos, o crescimento do consumo em países emergentes (proporcionado pelo aumento da renda, principalmente as populações com baixo poder aquisitivo) ajudou a aumentar a elevação dos preços dos alimentos. Para muitos pobres de todo mundo, com os aumentos dos preços dos alimentos, a situação ficou ainda mais crítica, seu consumo já era baixo com esse aumento, ficou menor ainda. A fome para esse contingente da população tornou-se um problema agravado, para governo e instituições. Para tentar minimizar a situação do planeta acredita-se que o atual processo inflacionário mundial será controlado, bem como a própria redução no ritmo de crescimento da economia mundial, que será afetado pelo aperto da política monetária na maioria dos países, representará um fator básico para o controle da inflação. 1.3 Brasil A economia brasileira não ficará imune aos efeitos dessa nova tendência mundial. Se nos últimos anos o Brasil exportou do que importou, com preços mais elevados e obteve superávit na Balança Comercial, poderá passar para uma situação oposta, caso ocorra redução nos preços dos principais produtos de exportação. Isso pode ocorrer por causa das elevações dos juros tanto do Brasil como as de outros países, o que pode causar o desaquecimento da atividade econômica e, consequentemente, quedas nos preços dos mesmos produtos. 1.4 Dificuldade Como o déficit em conta corrente do Balanço de Pagamentos estimado para 2008 já é elevado, ficará difícil defender aumentos adicionais dos juros que impliquem em novas valorizações da moeda doméstica frente ao dólar (ou mais precisamente, frente a uma cesta de dólares e euros). Do ponto de vista da economia política do problema, há necessidade de mais conflitos públicos decisórios. No contexto monetário, o conflito público construtivo deveria se dar entre o Banco Central (BC) e o Ministério da Fazenda. O BC não deveria participar da decisão sobre as metas. Elas deveriam ser fixadas unicamente pela fazenda. Neste contexto ideal, o Banco, ao receber as metas deveria ser capaz de exigir publicamente do ministério, a

4 4 exemplo do que ocorre em outros países, uma evolução da política fiscal condizente com as metas e com a saúde dos investimentos e das exportações líquidas. 1.5 Singularidades Existem várias particularidades a serem discutidas ao se tratar das dificuldades à condução de política econômica no Brasil. Primeiro, podem ser citados os históricos de moratórias parciais, e totais, de planos mirabolantes e elevados níveis de inflação que moldaram a reação de agentes econômicos residentes no País a qualquer medida de política econômica. Segundo, incertezas políticas quanto a uma economia cujo sistema de representação ainda deixa muito a desejar, um demasiado elevado número de partidos, que aumenta os custos das coalizões executivas; e o desrespeito ao eleitor, o qual é caracterizado pela junção da votação proporcional com migração partidária. Terceiro, como mencionado acima, há uma histórica fraqueza da instituição orçamentária. Quarto, há uma enorme dificuldade político fiscal gerada pela elevada dissociação entre o universo de eleitores e o universo de contribuintes. Tal dissociação adiciona ao desenrolar dos fatos domésticos, um malefício demasiado, que podemos observar na sociedade brasileira: a dissociação entre conduta e benefício. Quinto, incertezas quanto às fraquezas de outras instituições as quais, ao contrário da formação bruta de capital (investimentos), podem ser providas apenas pelo setor público, como as agências regulatórias, a provisão de justiça, de segurança, de saneamentos, de educação universal, etc. Sexto, existem inúmeros fatores de ordem técnica, cada um deles com uma série de conseqüências diferentes e complicadas sobre o elo que liga política monetária e evolução dos preços. Esses fatores tratam-se de peculiaridades brasileiras, não apenas de um governo x, mas sim daquele passado histórico já mencionado. Porém, não devem ser desprezadas as dificuldades da Constituição de 1988, de olhos fortemente reativos ao passado, mas fracamente ativos na construção do futuro (CYSNE, 2008). Uma parte relevante do sucesso na obtenção das metas inflacionárias no Brasil tem-se dado a partir das melhorias dos termos de troca, valorização cambial e automático aumento da provisão de bens e serviços produzidos por não-residentes. O desafio para os próximos anos é: como manter a inflação sob controle com saldo positivo na Conta Corrente do Balanço de Pagamentos, e não com elevado déficit que se estima para 2008.

5 5 CONCLUSÃO Assim, nesse cenário espera-se que todos os bancos centrais do mundo tomem as devidas medidas sobre a economia monetária, e assim possa controlar a alta de preços. Pois a estabilidade macroeconômica constitui um dos principais anseios dos países, de um modo geral. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CYSNE, R. P. Inflação: dificuldades à frente. Conjuntura Econômica. Rio de Janeiro, 2008, n 08, agosto, p FURUGEM, A. Novos tempos: inflação, juros e crescimento. Conjuntura Econômica. Rio de Janeiro, 2008, n 08, agosto, p

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