Relatório Econômico Mensal. Abril
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- Bruno Marreiro Rios
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1 Relatório Econômico Mensal Abril
2 Índice Indicadores Financeiros...3 Projeções...4 Cenário Externo...5 Cenário Doméstico...7 Renda Fixa...8 Renda Variável...9
3 Indicadores - Março 2012 Eduardo Castro CIO Hugo Penteado Clayton Calixto Economia Ricardo Denadai Gabriel Couto Estratégia 3
4 Projeções Indicadores Macroeconômicos (*) PROJEÇÕES Última atualização 13/03/ BRASIL PIB crescimento real (%) 3,2 3,9 6,1 5,2 (0,7) 7,5 2,7 3,5 5,0 Inflação (IPCA/IBGE) (%) 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,2 5,5 Inflação (IGPM/FGV) (%) 1,2 3,8 7,7 9,8 (1,7) 11,3 5,1 4,7 5,5 Taxa de câmbio média (R$/US$) 2,43 2,18 1,95 1,84 1,99 1,73 1,67 1,74 1,75 Taxa de câmbio final (R$/US$) 2,34 2,14 1,77 2,34 1,74 1,7 1,9 1,75 1,75 Saldo em conta corrente (US$ bi) 14,0 13,4 1,5 (28,2) (24,1) (47,2) (52,6) (68,8) nd Saldo comercial (US$ bi) 44,7 46,2 40,0 24,9 25,4 20,3 29,8 14,1 nd Taxa de juro nominal final do ano (Selic) 18,00 13,25 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 8,50 10,00 Taxa de juro nominal média (CDI) 19,00 15,03 11,76 12,31 9,84 10,18 11,64 8,96 9,48 Taxa de juro real (deflacionado pelo IPCA) 12,6 11,5 7,0 6,1 5,3 4,0 4,8 3,6 3,8 Risco Brasil (spread acima dos treasuries) Dívida pública (% do PIB) 48,4 47,3 45,5 38,5 42,8 40,4 36,5 35,0 nd Resultado nominal do setor público (% do PIB) (3,4) (3,5) (2,7) (1,9) (3,3) (2,5) (2,6) (3,0) nd Resultado primário do setor público (% do PIB) (**) 3,9 3,2 3,3 3,4 2 2,8 3,1 2,8 nd (*) As áreas sombreadas são projeções. (**) Sem fundo soberano e PPI 4
5 Cenário Externo Um ano atrás: Aconteceu em abril de 2011 Cenário externo pronto para se tornar positivo por conta de liquidez e visão de crescimento global robusto. Riscos seriam aperto fiscal e o fato da desaceleração no 1T11 não ter sido transitória. A comodidade do mercado deve continuar, resta saber até quando. Cenário externo No 1T12 o cenário foi construtivo por conta de uma desaceleração global sem reflação e sem eventos extremos, como o fim do euro ou um default desordenado. Essa bonança foi amparada por uma recuperação gradual nos EUA, uma desaceleração suave na China e uma política monetária frouxa no G5 (EUA, Eurolândia, Japão, Reino Unido e China). Na virada para o 2T12, o cenário tornou-se menos construtivo com dados abaixo do esperado ao longo do mês de março nos EUA e na China prevaleceu a preocupação com o desaquecimento da atividade nesse início de ano. Para piorar, apesar das iniciativas do BCE no final do ano com duas injeções de liquidez e aprovação, finalmente, do segundo pacote da Grécia e do mecanismo permanente de ajuda, ressurgiu a preocupação com a crise de dívida dos países periféricos. 5
6 Um dos motivos é a forte queda de atividade, com piora dos números fiscais e a necessidade de mais medidas de aperto que, na seqüência, contribuem para piorar a recessão atualmente em curso nesses países. A pergunta atual, portanto, é se esse cenário menos construtivo irá prevalecer ou se a reação negativa dos mercados é temporária. Nosso cenário continua o de uma desaceleração suave na China, mas sem necessidade de novas medidas, apenas pontualmente como ajuste fino. Nos EUA o dilema entre mercado de trabalho forte e atividade fraca caminha para uma definição a favor da atividade fraca. Em outras palavras, não há aceleração nem sustentação da melhora do mercado de trabalho na economia e uma nova injeção monetária pelo FED no 2S12 continua bastante provável. Na Eurolândia, as definições de como as autoridades irão conter uma crise de confiança em relação a perversa entre recessão e aperto fiscal nas economias endividadas e isso impedir o atingimento das metas fiscais. O grande definidor de cenário no curtíssimo prazo que pode tornar o recente mau humor dos mercados está em soluções financeiras para estabilizar mercados de dívida soberana na Europa e ou nova safra de dados melhores nos EUA. 6
7 Cenário doméstico No início desse ano, a aceleração do crescimento será mais modesta do que imaginamos e apesar da demanda doméstica robusta. O PIB do 1T12 foi revisado de 1,0% para 0,7% na variação trimestral anualizada em função da indústria mais fraca nos meses de janeiro e fevereiro. Para o 2T12 esperamos uma forte aceleração para 1,5%. Dados recentes confirmam robustez de atividade e aceleração para um crescimento já acima do potencial no segundo semestre de Nossa projeção de crescimento do PIB continua em 3,5%. Os impulsos contratados como aumento de salário mínimo, expansão de crédito, juros reais em níveis recordes baixos, política fiscal expansionista, além de mais estímulos direcionados do governo, confirmam essa tendência. No entanto, a dúvida ainda irá persistir por mais tempo, dada elevação moderada da confiança dos empresários, fraqueza ainda de outros indicadores antecedentes e a situação de elevado estoque em alguns setores chave como automobilístico. Apesar da inflação no mês de fevereiro um pouco acima do esperado, o cenário de recuo de inflação no primeiro semestre continua presente e isso se confirma, já que o BCB continuou reduzindo juros, agora para 9%, dos 9,75% anterior. O segundo trimestre será o ponto em que se verificará se a inflação acumulada em 12 meses seguirá uma trajetória mais próxima do projetado pelo BC, rumando aos 4,5%, ou das expectativas do mercado, se estabilizando entre 5,0% e 5,5%. 7
8 Renda Fixa Várias medidas introduzidas pelo governo para conter a apreciação cambial tiraram a moeda do patamar de R$ 1,70 para acima de 1,80 por dólar. A apreciação do dólar por conta de poucos sinais de novas injeções de liquidez também contribuiu para sustentar esse movimento de depreciação da moeda. Afastadas as dúvidas com a nova rodada de tensão com a crise de dívida na Europa e com crescimento na China, é provável que o movimento de depreciação do real continue, mas em ritmo bem mais lento. A bolsa teve grande volatilidade ao longo do mês e terminou com uma queda de 2%, na direção oposta dos mercados acionários nos EUA. Externamente, as preocupações com crescimento da China e tensões com problema de dívida no sul da Europa foram os fatores. Domesticamente, a falta de sinais claros de aceleração do crescimento também contribuíram para esse resultado. Ao longo desse mês a amenização das dúvidas de crescimento da China e das tensões na Europa, junto com uma visão otimista em relação aos Estados Unidos, sem nova injeção de liquidez, pode trazer novas quedas da bolsa. Em primeiro lugar, porque mesmo a desaceleração suave da China não é suficiente para trazer uma visão mais otimista com commodities, posto que o crescimento atual é menos intensivo nesse item. Em segundo lugar, porque a visão dos EUA no momento afasta a possibilidade de uma nova injeção de liquidez. 8
9 Renda Variável Sinais de fraqueza da atividade com inflação bem comportada e sem preocupação manifestada pelo Banco Central com eventual elevação no final do ano, conforme esperamos, ocorreu uma sinalização de queda de juros que levou o mercado a uma forte queda nas taxas futuras até o dia da ata, no qual o BC explicitou que os juros não cairiam abaixo de 9% com o mercado já trabalhando com queda para 8,0-8,5%. A perspectiva de juros futuras encontra-se indefinida, influenciada pelo cenário externo e possíveis dúvidas com crescimento, principalmente da China e receio com problemas novamente da crise de dívida na Europa. Nosso cenário contempla desaceleração suave da China, EUA ainda divulgando dados neutros ou bons e alívio da situação na Europa. Além disso, a aceleração do crescimento sinalizada deve impedir grandes movimentos das taxas ao longo do mês. 9
10 DISCLAIMERS As informações contidas neste documento são publicadas apenas para auxiliar os usuários, podem não ser adequadas aos objetivos de investimentos específicos, situação financeira ou necessidades individuais dos receptores e não devem ser considerados em substituição a um julgamento próprio e independente do investidor. Por ter sido baseado em informações tidas como confiáveis e de boa fé, não há nenhuma garantia de serem precisas, completas, imparciais ou corretas. As opiniões, projeções, suposições, estimativas, avaliações e eventuais preço (s) alvo(s) contidos no presente material referem-se a data indicada e estão sujeitos a alterações a qualquer tempo sem aviso prévio. Este documento não é, e não deve ser interpretado como, uma oferta de venda ou solicitação de uma oferta de compra de qualquer título ou valor mobiliário. Nem o Santander e nem qualquer sociedade por ele controlada ou a ele coligada podem estar sujeitos a qualquer dano direto, indireto, especial, secundário, significativo, punitivo ou exemplar, incluindo prejuízos provenientes de qualquer maneira, da informação contida neste material. Este material é para uso exclusivo de seus receptores e seu conteúdo não pode ser reproduzido, redistribuído publicado ou copiado de qualquer forma, integral ou parcialmente, sem a expressa autorização prévia do Santander. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos - FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. Para avaliação de performance de fundos de investimentos é recomendada uma análise de 12 meses, no mínimo. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e regulamento do fundo de investimento pelo investidor antes de aplicar seus recursos. Este material foi elaborado em nome da Santander Brasil Asset Management, e de suas sociedades controlada no Brasil, para uso exclusivo no Mercado Brasileiro, sendo destinado a pessoas físicas e jurídicas residentes no País, e está sujeito às regras e supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil. CONTATO eduardo.castro@santander.com.br hugo.penteado@santander.com.br clayton.calixto@santander.com.br rdenadai@santander.com.br gtcouto@santander.com.br Acesse: 10
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