Exercício 2 - FPIC Transporte, Mobilidade e Logística

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO AUP0517 NOVAS FORMAS DE GESTÃO METROPOLITANA Profa. Dra. Luciana de Oliveira Royer Monitora: Beatriz Nobumoto Barbara Roschel Jayne Nunes Lucas Meirelles Pedro Mendonça Exercício 2 - FPIC Transporte, Mobilidade e Logística São Paulo 2017

2 APRESENTAÇÃO A função pública de interesse comum (FPIC) escolhida foi Transporte, Mobilidade e Logística. Dentro dela, a ação escolhida foi expandir a integração tarifária e modal dos serviços de transporte coletivo na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e criar programas para promover, por etapas, a integração modal, tarifária, operacional e de gestão do sistema de transporte. Deste modo, busca-se distribuir os custos para permitir posterior expansão da rede de transportes metropolitanos. A mobilidade urbana dentro da RMSP será beneficiada pela implantação de uma política tarifária única do transporte coletivo, propiciando melhor circulação de pessoas e maior dinamismo econômico. Atualmente, a integração ocorre apenas em alguns casos, listados na tabela abaixo: Bilhetes integrados Valores Bilhete Único SBE R$ 6,80 Bilhete Madrugador (das 4h às 5h35) R$ 6,10 Bilhete "Da Hora" (das 9h às 10h) - Linha 9 Esmeralda R$ 6,10 Integração CPTM / Ônibus Municipal de Barueri - BENFACIL R$ 7,00 Integração CPTM / Ônibus Municipal de Itapevi - BENFACIL R$ 7,00 Integração CPTM / Ônibus Municipal de Jandira - BENFACIL R$ 7,00 Integração CPTM / Ônibus ou Ônibus / CPTM - Rio Grande da Serra R$ 6,00 Integração CPTM / Ônibus Municipal (Linha 10-Turquesa - Mauá) R$ 7,30 Integração CPTM / Ônibus Municipal (Estação Itapevi - Amador Bueno) R$ 4,00

3 Analisando a tabela e o mapa, é possível verificar que no momento atual, não existe uma integração metropolitana de fato, apenas alguns acordos entre CPTM e prefeituras. Ademais, ao cruzar os dados da pesquisa Origem e Destino de 2007, sem considerar São Paulo, com os consórcios existentes na RMSP, observa-se que dentro dessas sub-regiões há um

4 grande número de deslocamentos, o que nos leva a concluir que uma integração por setores seria uma boa solução. O objetivo é integrar o transporte na metrópole por etapas, primeiro com a adesão dos municípios, seguido da unificação do sistema de bilhetagem e por fim a unificação da cobrança. BILHETE DE INTEGRAÇÃO METROPOLITANO Para implantar um novo sistema de transporte metropolitano integrado, primeiro, é necessária uma Lei estadual que institua o Bilhete de Integração Metropolitano (BIM), bem como os descontos, benefícios e incentivos associados. Será necessário também um decreto que defina e regulamente os setores de integração, a partir do qual será estruturado o novo sistema. As ações e programas necessários para a efetivação da integração seriam: Lei instituindo o Bilhete de Integração Metropolitano (BIM) e descontos, gratuidades, benefícios e incentivos associados. Incluir, por meio de adesão, os municípios da Região Metropolitana de São Paulo na política tarifária unificada metropolitana. Instrumento financeiro, provavelmente um fundo, para dar suporte à implantação de regras homogêneas nos esquemas de tarifação municipal, visando a equidade na política tarifária unificada metropolitana. Desenvolver plataforma que possibilite a criação do Bilhete de Integração Metropolitano (BIM), com unificação de hardware (cartão), desenvolvimento de software comum e estabelecimento de clearing house (câmara de compensação). Trata-se de um único título para pagamento de tarifas em todos os modos de transporte coletivo sobre trilhos e sobre pneus - que operam no âmbito da RMSP, respeitando a heterogeneidade das políticas tarifárias municipais e metropolitana, os benefícios e incentivos vigentes, como a integração temporal e bilhetes com desconto, e políticas de gratuidade (por exemplo, passe livre estudantil municipal e intermunicipal).

5 Expandir a integração tarifária dos serviços de transporte coletivo na RMSP. Implantação do Transporte Público com Integração com tarifa social entre o transporte coletivo urbano municipal, intermunicipal metropolitano e sobre trilhos dentro da RMSP. intermunicipal. Estudos para viabilizar Projeto de lei para o passe livre estudantil municipal e ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO A implantação ocorreria em quatro etapas. 1) Adesão dos municípios Padronização dos parâmetros de remuneração nos contratos de concessão. Padronizar tarifa em função de passageiros e/ou quilômetros rodados para permitir compatibilidade entre operadores de transporte na futura câmara de compensação. Regulamentação: Lei Estadual com diretrizes para todas as etapas de implementação do novo sistema e regulamentação condicionada da adesão dos municípios. Definição dos incentivos como aporte estadual para implantação do sistema, incentivos fiscais e preferência estadual para construção física e melhorias da rede. 2) Unificação do sistema de bilhetagem Unificação do cartão + tecnologia embarcada (dupla bilhetagem) e máquinas de recarga (dotação orçamentária própria Estadual)

6 Regulamentação: Decreto de órgão estadual responsável pela gestão do sistema. Fonte de recurso: Dotação orçamentária estadual, prevista na lei estadual aprovada na etapa anterior. 3) Unificação da cobrança/tarifa Delimitação de setores para novo sistema regional, permitindo que municípios negociem integrações tarifárias intra e extra consórcios em espaços de gestão existentes. Criação da Câmara de compensação tarifária metropolitana e reestruturação do sistema de transporte em regional (tarifa definida pelos consórcios) e estrutural (tarifa definida e equalizada por todos os municípios aderidos) a partir de dados da Pesquisa Origem Destino. O sistema estrutural será composto por Metrô, CPTM e linhas intermunicipais da EMTU, reestruturadas para atender a altas demandas onde não há disponibilidade de transporte sobre trilhos. Com a equalização pelo sistema estrutural compensada na Câmara Tarifária, os municípios não seriam incentivados a predar os subsídios estaduais uma vez que tarifas regionais muito altas combinadas a tarifa de integração estrutural baixa acarretará uma cobrança maior de subsídio municipal na Câmara Tarifária. Nesse sentido, as tarifas em toda a metrópole tenderiam a um valor comum. Regulamentação: Decretos de reestruturação das secretarias de transporte Decreto estadual regulamentando a Câmara Tarifária e as regiões integradas Fontes de recurso: Subsídios municipais e estaduais conjugados na Câmara Tarifária

7 4) Implementação de políticas de gratuidade integradas Padronização das políticas de gratuidade para estudantes, idosos e portadores de necessidades especiais.

8 Regulamentação: Decreto estadual Fontes de recurso: Subsídios municipais e estaduais conjugados na Câmara Tarifária