Pº R.P. 242/2008 SJC-CT

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1 Pº R.P. 242/2008 SJC-CT- Questão relativa a custas judiciais suscitada pela Conservatória do Registo Predial de a propósito do recurso para o Tribunal da Relação de.da decisão proferida no Tribunal Judicial de no Pº 76.. Relatório: PARECER No Pº 76, instaurado pelo Banco no 1º Juízo Competência Cível do Tribunal Judicial de para impugnar decisão registal do Senhor Conservador da Conservatória do Registo Predial de, foi proferida decisão em que foi julgado parcialmente procedente o recurso. Em o Banco interpôs recurso desta decisão para o Tribunal da Relação de, apresentando a sua alegação. Em foi registada a notificação ao recorrido da alegação de recurso. O recorrido solicitou ao I.R.N., I.P. esclarecimentos sobre se havia lugar ao pagamento de custas pela resposta à alegação da recorrente e, em caso afirmativo, como devia ser suportado. Com data de os Serviços Jurídicos deste Instituto produziram exauriente Informação sobre a problemática subjacente à consulta do recorrido, cujo conteúdo aqui se dá por integralmente reproduzido. Nesta douta Informação defendeu-se que o conservador (do registo comercial e do registo predial) está sujeito ao pagamento de custas judiciais devidas no âmbito dos processos de impugnação das suas decisões registais. E, partindo deste pressuposto (considerado questionável), extraíram-se as conclusões que ora pretendemos evidenciar: a) o recorrido que alega tem que pagar taxa de justiça; b) a taxa de justiça é reduzida a metade; c) o Estado, incluindo os seus serviços ou organismos, ainda que personalizados (no qual se poderá ter por incluído o I.R.N., I.P.), estão dis pensados do pagamento prévio das taxas de justiça inicial e subsequente, mas, ainda que assim não se venha a entender, a consequência da omissão do pagamento prévio da taxa de justiça inicial devida não seria a recusa imediata da peça processual, antes seria o agravamento da taxa, matéria que poderá ser ulteriormente discutida em sede de reclamação da conta. Invocando a proposta deste Conselho apresentada no Pº Div. 21/2008 SJC- CT, superiormente homologada, a Informação sustenta que o pagamento das custas deve ser feito pelo Departamento Financeiro deste Instituto. No que especificamente toca ao caso da consulta, a Informação propôs que o recorrido apresentasse as contra-alegações sem prévio pagamento da taxa de justiça, devendo comunicar ao Departamento Financeiro deste Instituto a decisão final sobre o processo (e aos Serviços Jurídicos do Instituto eventual notificação judicial para pagamento de custas). Na mesma data ( ) foi exarado despacho de concordância, mas ordenou-se a audição deste Conselho atenta a complexidade da questão em tabela, sem prejuízo da proposta para o caso concreto. 1

2 Delimitação da matéria a apreciar: O caso concreto que motivou a consulta está excluído da nossa cogitação. Sem embargo, concordamos - com convicção reforçada, dada a nossa posição sobre o ponto, que adiante explicitaremos com a solução proposta. Mas parece-nos que dela (cogitação) não deverá estar excluída a reapreciação da questão de saber se no âmbito do Código das Custas Judiciais serão devidas custas pelo conservador (ou pelo Estado), pelos recursos das decisões judiciais proferidas nos processos de impugnação instaurados nos termos dos art.s 140º e segs. do C.R.P. e pela resposta à alegação do recorrente, apresentados entre 21 de Julho de 2008 (data da entrada em vigor do D.L. nº 116/2008, de 04.07) e 20 de Abril de 2009 (data da entrada em vigor do D.L. nº 34/2008, de 27.08). Cremos ainda que no despacho de remessa dos presentes autos ao Conselho está implícita uma ordem de apreciação sumária do novo regime das custas processuais no âmbito da impugnação judicial das decisões registais em matéria de registo predial e de registo comercial. Pronúncia: 1- Para tomarmos posição sobre a 1ª questão serão ou não devidas custas pelos recursos interpostos pelo conservador e pelas respostas do conservador às alegações dos recorrentes, apresentados entre e ? importa uma breve reflexão sobre a génese e evolução dos artigos 132º-C do C.R.P. e 93º-C do CRCom, sobre o artigo 108º do CRCom e sobre o artigo 147º-C do C.R.P. Artigos 132º-C do C.R.P. e 93º-C do CRCom. Foram introduzidos pelos art.s 4º e 6º do D.L. nº 273/2001, de 13.10, com a seguinte redacção: «1- O registo da rectificação é gratuito, salvo se se tratar de inexactidão proveniente de deficiência dos títulos. 2- O conservador está isento de custas, salvo se tiver agido com dolo». Os art.s 11º e 12º do D.L. nº 34/2008, de 26.02, alteraram a redacção daqueles artigos, que passou a ser a seguinte: «O registo da rectificação é gratuito, salvo se se tratar de inexactidão proveniente de deficiência dos títulos». O art. 34º, a) e b), do D.L. nº 116/2008, de 04.07, revogou expressamente os citados artigos 132º-C do C.R.P. e 93º-C do CRCom. O D.L. nº 116/2008 entrou em vigor em e o D.L. nº 34/2008 entrou em vigor em Coloca-se, então, a questão: quando foram revogados o nº 2 do art. 132º-C do C.R.P. e o nº 2 do art. 93º-C do CRCom? 2

3 Salvo o devido respeito pela opinião sufragada na douta Informação dos SJC (cfr. nota 8 e Autor aí citado), entendemos também com dúvidas, naturalmente que aqueles artigos (132º-C do C.R.P. e 93º-C do CRCom) continham duas normas (a do nº 1 e a do nº 2), tendo a norma do nº 1 sido revogada pelo D.L. nº 116/2008 e a norma do nº 2 sido revogada pelo D.L. nº 34/2008. O D.L. nº 116/2008 não teria mexido naqueles artigos se não fosse pretensão do legislador revogar também a norma do nº 1. Não se descortina no legislador deste diploma a mínima intenção em disciplinar a matéria das custas, interferindo com um diploma legal (citado D.L. nº 34/2008) muito recentemente publicado e dedicado, aliás aprofundadamente, a esta matéria. Em conclusão: somos de opinião que a revogação dos artigos 132º-C do C.R.P. e 93º-C do CRCom operada pelo D.L. nº 116/2008 é restrita à norma do nº 1 daqueles artigos, sendo a norma do nº 2 revogada pelo D.L. nº 34/2008. Artigo 108º do CRCom. No D.L. nº 403/86, de 03.12, que aprovou o Código do Registo Comercial, o art. 108º deste Código tinha a seguinte redação: «1- O valor do recurso contencioso é o do facto cujo registo foi recusado ou feito provisoriamente por dúvidas. 2- Os conservadores são dispensados de preparos e isentos de custas e selo, ainda que os motivos da recusa ou da provisoriedade sejam julgados improcedentes, salvo se tiverem agido com dolo». O D.L. nº 224-A/96, de 26.11, que aprovou o Código das Custas Judiciais (CCJ), manteve em vigor aquela norma (cfr. art. 3º, nº 2, e)). O art. 5º do D.L. nº 76-A/2006, de 29.03, alterou aquele artigo, que passou a ter a seguinte redacção: «O valor da acção é o do facto cujo registo foi recusado ou feito provisoriamente». O D.L. nº 76-A/2006 entrou em vigor em (cfr. art. 64º, nº 1). Coloca-se, então, a questão de saber se serão devidas custas pelo conservador (ou pelo Estado), pelo recurso das decisões judiciais proferidas nos processos de impugnação instaurados nos termos do Capítulo VII do CRCom e pela resposta do conservador à alegação do recorrente naquele recurso, apresentados entre e Cremos que a resposta não pode deixar de ser afirmativa, pese embora não terem sido expressamente revogadas a norma (nº 2 do art. 108º do CRCom) que estabeleceu a isenção e a norma [art. 3º, nº 2, e), do CCJ] que a manteve (cfr. art. 7º, nº 2, do CC). Mas desconhecemos as razões que levaram o legislador a acabar com a isenção. Artigo 147º-A do C.R.P. O art. 148º do Código do Registo Predial tinha a seguinte redacção: «1- O valor do recurso contencioso é o do facto cujo registo foi recusado ou feito provisoriamente por dúvidas. 3

4 2- Os conservadores são dispensados de preparos e isentos de custas, ainda que os motivos da recusa ou da provisoriedade sejam julgados improcedentes, salvo se tiverem agido com dolo». O já citado D.L. nº 224-A/96 manteve a isenção da norma do nº 2 deste artigo (cfr. art. 3º, nº 2, q)). O D.L. nº 553/99, de 11.12, alterou a redacção do art. 148º do C.R.P., que passou a reger sobre efeitos da impugnação (cfr. art. 2º), e aditou o art. 147º-A, com a mesma redacção (apenas eliminando a expressão «por dúvidas») que anteriormente tinha aquele art. 148º (cfr. art. 3º). O art. 12º do também já citado D.L. nº 34/2008 alterou a redacção daquele art. 147º-A do C.R.P., que passou a ser a seguinte: «O valor do recurso contencioso é o do facto cujo registo foi recusado ou feito provisoriamente». E o art. 25º, nº 2, a), do mesmo D.L. nº 34/2008, revogou expressamente o já citado D.L. nº 224-A/96. O art. 1º do também já citado D.L. nº 116/2008 deu ao falado art. 147º-A do C.R.P. a seguinte redacção: «1- O valor da acção é o do facto cujo registo foi recusado ou feito provisoriamente. 2- (Revogado)». Já sabemos que o D.L. nº 116/2008 entrou em vigor em e o D.L. nº 34/2008 entrou em vigor em Eis, pois, a questão: quando acabou a isenção de custas prevista no art. 147º-A do C.R.P. e mantida no D.L. nº 224-A/96? Em ou em ? Na nossa modesta opinião, foi em Neste caso do art. 147º-A do C.R.P., ainda mais nítida se nos afigura a intenção do legislador em não imiscuir-se na matéria objecto da regulamentação do recentemente publicado D.L. nº 34/2008. O que o legislador de direito registal tão somente pretendeu com a alteração daquele art. 147º-A do C.R.P. foi chamar acção ao que anteriormente era designado por recurso. Não fosse esta intenção e aquele artigo não teria sido tocado. Mas, ainda que não tivesse sido alterado o nº 1, na republicação do Código (cfr. art. 35º do D.L. nº 116/2008) o nº 2 do citado art. 147º-A não poderia, se bem ajuizamos, deixar de assumir a forma gráfica que assumiu: (Revogado). 2- Como anteriormente já referimos, o conservador do registo predial e o conservador do registo comercial deixaram de beneficiar da isenção de custas em processo de impugnação das decisões registais. O citado D.L. nº 34/2008 objecto de rectificação pela Declaração nº 22/2008, de 24 de Abril, e de alteração pela Lei nº 43/2008, de 27 de Agosto, pelo D.L. nº 181/2008, de 28 de Agosto, e pela Lei nº 64-A/2008, de 31 de Dezembro, e regulamentado pela Portaria nº 419-A/2009, de 17 de Abril, no que toca ao modo de elaboração, contabilização, liquidação, pagamento, processamento e destino das custas processuais estabelece o novo regime das custas. Como salienta Salvador 4

5 da Costa, in Regulamento das Custas Processuais, 3ª ed., 2009, pág. 5, «constitui uma das mais profundas reformas da matéria, que envolveu alteração significativa das leis de processo civil, tributário e penal». Na economia do parecer, cremos que importa focar os aspectos que se nos afiguram mais relevantes no âmbito da impugnação judicial das decisões registais De acordo com o nº 1 do art. 27º do D.L. nº 34/2008, na redacção do art. 156º, nº 1, da Lei nº 64-A/2008, as alterações às leis de processo e o Regulamento das Custas Processuais, sem prejuízo dos números seguintes, aplicam-se apenas aos processos iniciados a partir de , respectivos incidentes, recursos e apensos. Importa, assim, para o nosso caso, precisar o que sejam processos iniciados a partir de , respectivos incidentes, recursos e apensos. Como é sabido, a decisão que recusa a prática de acto de registo nos termos requeridos pode ser impugnada judicialmente (cfr. art.s 140º, nº 1, C.R.P., e 101º, nº 1, do CRCom), afigurando-se-nos que é este processo (judicial) e não o processo (administrativo) onde a decisão foi proferida ou o recurso hierárquico desta decisão, caso tenha sido interposto que conta para efeitos de aplicação no tempo da lei sobre custas processuais. Portanto, a data da impugnação judicial determina a aplicação da lei sobre custas. Como refere Salvador da Costa, ob. cit., pág. 6, «( ) durante vários anos, consoante a data do início da instauração [do processo] ou do procedimento, importa seleccionar, interpretar e aplicar normas do Código das Custas Judiciais na versão anterior àquela que entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 2004, ou desta última versão, ou já do Regulamento das Custas Processuais, conforme os casos». Do que resulta que não são a data da interposição do recurso pelo conservador ou a data da apresentação pelo conservador da resposta à alegação do recorrente que relevam para o efeito da determinação da isenção ou da sujeição daqueles actos a custas processuais, antes relevará a data da impugnação judicial da decisão registal, chame-se-lhe «acção» ou «recurso». Convém salientar que o processo (impugnação judicial) é sempre iniciado sob impulso processual de outrem, que não o conservador. Não está aqui, por ora, em tabela, designadamente para efeitos de quantificação da respectiva taxa de justiça [cfr. art. 6º, nº 2, e 12º, nº 1, d), do Regulamento das Custas Processuais], averiguar se estamos perante uma acção, para o que parece apontar a Reforma do Código do Registo Predial e do Código do Registo Comercial. O que sobre o ponto apenas diremos é que, ainda que de acção se tratasse, não haveria lugar a contestação do conservador nem do presidente do I.R.N., I.P. -, pelo que se nos afigura inexistir in casu a respectiva taxa de justiça (cfr. art. 486º-A do C.P.C.) Como salienta Salvador da Costa, ob. cit., págs. 6/7, o conceito de custas é agora pensado na tríplice vertente da taxa de justiça, encargos e custas de parte, sendo eliminado o sistema de pagamento gradual da taxa de 5

6 justiça por via da taxa de justiça inicial e subsequente, passando as partes a pagar uma única taxa de justiça calculada com base em tabela, por recurso à unidade de conta. O procedimento para o pagamento da taxa de justiça é explicitado em ficheiro anexo no Portal da Justiça sendo no endereço electrónico do IGFIJ ou em que é gerado (com possibilidade de recurso à intervenção das conservatórias cfr. art. 20º da Portaria nº 419-A/2009) o DUC que não constitui documento comprovativo do pagamento (cfr. art. 19º, nº 2, da Portaria nº 419-A/2009) -, podendo o pagamento ser feito por qualquer um dos meios electrónicos disponíveis, Multibanco ou Homebanking, ou nos balcões das instituições financeiras que constam da circular conjunta do IGFIJ e da DGAJ 2/2009, de 17 de Abril. No Portal da Justiça também figura um ficheiro anexo sobre o Regulamento das Custas Processuais Perguntas & Respostas, editado pelo Ministério da Justiça, que constitui uma preciosa contribuição para a compreensão da extensão do novo regime das custas processuais. Regressemos, então, às questões relativas à impugnação judicial das decisões registais Iniciámos o ponto 2. com a afirmação de que o conservador do registo predial e o conservador do registo comercial deixaram de beneficiar da isenção de custas em processo de impugnação judicial das decisões registais. Nesta afirmação está implícito o entendimento de que a isenção subjectiva prevista na al. d) do nº 1 do art. 4º do Regulamento das Custas Processuais (RCP) a qual, porém, não implica o afastamento completo do dever de pagar custas (cfr. art. 4º, nº 3, do RCP) não contempla a impugnação judicial das decisões registais. Na verdade, nestes processos o conservador não está a ser pessoalmente demandado em virtude do exercício das suas funções, não sendo sequer possível aqui formular qualquer pedido indemnizatório para ressarcimento de danos causados pelo exercício ilícito da actividade registal Também referimos no ponto 2.1 que na impugnação das decisões registais não há lugar a contestação do conservador. Ainda que venha a entender-se que estamos perante uma «acção», não nos parece que o despacho de sustentação da qualificação desfavorável do pedido de registo (cfr. art. 142º-A, nº 1, do C.R.P., e art. 101º-B, nº 1, do CRCom) - ainda que proferido a propósito da impugnação judicial (por não ter ocorrido recurso hierárquico) -, única peça que poderia ser interpretada como impulso processual do conservador, assuma a natureza de contestação. Portanto, não é aqui devida taxa de justiça pelo conservador (cfr. art. 447º- A, nº 1, do C.P.C., a contrario), sendo esta uma conclusão que aliás decorre do princípio da tipicidade tributária em matéria de custas processuais (cfr. art. 9º, nº 7, do RCP). 6

7 2.5. Coloca-se, porém, a questão de saber se a taxa de justiça devida pelo impugnante terá que ser paga pelo conservador, a título de custas de parte, em caso de vencimento, e na proporção deste. Vejamos. As custas processuais abrangem a taxa de justiça, os encargos e as custas de parte (art. 3º, nº 1, RCP). As custas de parte abrangem os valores de taxa de justiça pagos pela parte vencedora, na proporção do vencimento [art. 26º, nº 3, a), do RCP, mas não as taxas dos recursos (cfr. art. 26º, nº 4, a contrario, do RCP), sendo certo que as custas da parte vencedora são suportadas pela parte vencida, na proporção do seu decaimento (art. 447º-D, nº 1, do C.P.C.). Resulta, se não erramos, do exposto que o ponto está em saber se a impugnação judicial é uma «acção» ou um «recurso». No âmbito das custas processuais, afigura-se-nos líquido que a impugnação judicial é tratada como «recurso» [cfr. art. 12º, nº 1, d), do RCP]. Portanto, a nosso ver o conservador não terá que pagar a taxa de justiça liquidada pelo recorrente pelo «recurso» da decisão registal. Por outro lado. A taxa de justiça corresponde ao montante devido pelo impulso processual de cada interveniente e é fixada em função do valor e complexidade da causa (art.s 447º,nº 2, do C.P.C., e 6º, nº 1, do RCP). A taxa de justiça é paga pelo recorrente e recorrido, nos termos do disposto no RCP (art. 447º-A, nº 1, do C.P.C.). Nos recursos, a taxa de justiça é sempre fixada nos termos da tabela I-B, que faz parte integrante do RCP (cfr. art. 6º, nº 2), e é paga apenas pelo recorrente, sendo a taxa paga imputada, a final, ao recorrido que tenha contraalegado, quando este tenha ficado total ou parcialmente vencido, na proporção respectiva (cfr. art. 7º, nº 2, do RCP, e também, a propósito, o art. 37º, nº 4, da Portaria nº 419-A/2009). Nos recursos dos actos de conservadores, notários e outros funcionários, atende-se ao valor indicado na linha 1 da tabela I-B, ou seja, 0,5 UC [cfr. art. 12º, nº 1, d), do RCP], sendo a UC estabelecida nos termos do disposto no art. 5º do RCP, mas calculada com base no disposto no art. 22º do D.L. nº 34/2008, sendo certo que a partir de 20 de Abril de 2009 a UC foi fixada em um quarto do valor do IAS (Índice de Apoio Social), ou seja, em 102 euros. Prima facie, e de acordo com o art. 6º, nº 5, do RCP, o juiz poderá, a final, aplicar em «recurso» da decisão do conservador 1,5 UC (linha 1 da tabela I-C), se tal recurso revelar especial complexidade. Resulta, a nosso ver, do exposto que, também nesta perspectiva, no «recurso» da decisão registal para o tribunal ao conservador não pode ser imputada a taxa de justiça paga pelo recorrente, pela singela razão de que ele não contra-alegou (o despacho de sustentação não pode ser havido como resposta do conservador à alegação do recorrente). 7

8 2.6. Apreciemos, agora, o recurso para a Relação (cfr. art. 147º, nº 1, C.R.P., e art. 106º do CRCom). 1ª hipótese: o conservador e o presidente do I.R.N., I.P. não recorrem nem respondem à alegação do recorrente. Não devem suportar taxa de justiça. 2ª hipótese: o conservador e o presidente do I.R.N., I.P. não recorrem mas contra-alegam. Não devem suportar taxa de justiça mas, caso o recorrente obtenha vencimento, deverá a taxa paga pelo recorrente ser-lhes imputada, a final, não tendo interesse aqui averiguar em que regime de imputação, porquanto responsável pelo pagamento sempre será o Departamento Financeiro do I.R.N., I.P., como decorre do já citado Pº Div. 21/2008 SJC-CT. 3ª hipótese: apenas o conservador ou o presidente do I.R.N., I.P. recorre. Deverá autoliquidar a taxa de justiça em momento anterior à entrega do recurso interposto nos termos do art. 684º-B do C.P.C., juntando documento comprovativo (cfr. art. 150º-A, nº 1, C.P.C., art. 14º, nº 1, RCP, e art. 22º da Portaria nº 419-A/2009). Não tendo sido junto ao processo naquele momento o documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça devida, a secretaria notificará o recorrente (conservador ou presidente do Instituto) para, em 10 dias, efectuar o pagamento omitido, acrescido de multa de 1UC (se estiver certo o nosso anterior raciocínio), e, quando, no termo deste prazo de 10 dias, não tiver sido junto ao processo o documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça devida e da multa, o tribunal determinará o desentranhamento do requerimento com a alegação (cfr. art. 685º-D, nºs 1 e 2, do C.P.C.). Estamos a pressupor que o recurso foi interposto dentro do prazo, não havendo lugar à aplicação do disposto no art. 145º do C.P.C. Obtendo o recurso procedência, deverá a taxa paga pelo conservador (ou pelo presidente do Instituto) ser imputada, a final, ao recorrido que tenha contraalegado. 4ª hipótese: recorrem o conservador e o presidente do I.R.N., I.P. Vejamos. Havendo litisconsórcio, o litisconsorte que figurar como parte primeira no requerimento do recurso deve proceder ao pagamento da totalidade da taxa de justiça (cfr. art. 447º-A, nº 4, do C.P.C.). Nos casos de coligação, cada requerente é responsável pelo pagamento da respectiva taxa de justiça, sendo o valor desta o fixado nos termos do RCP (cfr. art. 447º-A, nº 5, do C.P.C.). Para as partes coligadas, a taxa de justiça é fixada nos termos da tabela I-B [cfr. art. 13º, nº 6, a), do RCP]. Não está aqui em tabela a pronúncia sobre como se poderão, ou deverão, relacionar o conservador e o presidente do I.R.N., I.P. na interposição de recurso de sentença proferida em sede de impugnação judicial de decisões registais. 8

9 O que neste momento importa realçar é que, no nosso modo de ver, o normativo em vigor abrange na sua fattispecie as várias hipóteses que temos vindo a apreciar, e, nesta 4ª hipótese, contempla a possibilidade de o conservador e o presidente do Instituto interporem recurso por meio de requerimento e alegação conjunta, e a possibilidade de cada um interpor recurso por meio de requerimento e alegação autónomos. Ora, o que aqui tão somente está em tabela é a determinação da taxa de justiça em cada um dos casos. Se o requerimento do recurso e respectiva alegação forem subscritos por ambos, afigura-se-nos que estamos perante um litisconsórcio voluntário sucessivo, havendo o primeiro subscritor que autoliquidar a taxa de justiça de 0,5 UC (linha 1 da tabela I-B). Se o conservador e o presidente do I.R.N., I.P. interpuserem requerimento de recurso e alegação autonomamente, afigura-se-nos que cada um terá que autoliquidar a taxa de justiça de 0,5 UC (linha 1 da tabela I-B), de nada valendo a eventualidade de virem a ser considerados partes coligadas (que, a nosso ver, não são). Problema que, em primeira linha, ao juiz competirá decidir é se, julgados procedentes os recursos e tendo o recorrido contra-alegado, deverão ser imputadas a este ambas as taxas de justiça. A nosso ver, depende. Se o recorrido respondeu a ambas as alegações, parece que sim. Se respondeu apenas a uma alegação, só a taxa de justiça do respectivo recurso lhe deverá ser imputada. 3- Cremos ter equacionado as questões que, à partida, se nos afiguram mais relevantes sobre a matéria da consulta, tendo sobre elas emitido opinião minimamente fundamentada. Temos, porém, consciência de que a matéria não está esgotada e que haverá que continuar a porfiar com vista ao seu cabal esclarecimento. Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 25 de Junho de João Guimarães Gomes Bastos, relator, António Manuel Fernandes Lopes, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Luís 9

10 Manuel Nunes Martins, Maria Madalena Rodrigues Teixeira, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

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