Acórdão Estradas de Portugal, Matéria de Facto e Realização da Justiça. Anabela Russo 31 de Janeiro de 2018

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1 Acórdão Estradas de Portugal, Matéria de Facto e Realização da Justiça Anabela Russo 31 de Janeiro de 2018

2 Índice I. Breve resumo do objecto do processo e da decisão em 1ª instância II. Delimitação do objecto do recurso: as questões suscitadas III. O julgamento da matéria de facto em 2ª instância: o caso do acórdão Estradas de Portugal IV. O efectivo exercício dos poderes de julgamento de facto pela 2ª instância e o controlo desse exercício: da conformação legal e autolimitação do Tribunal Central à observância do princípio do contraditório

3 Breve resumo do objecto e da decisão em primeira instância Liquidações adicionais de IVA e j.c. Reclamação Graciosa Indeferimento parcial Recurso Hierárquico Indeferimento

4 Disponibilização e valorização da rede = operação que se integra no âmbito de incidência objectiva de IVA Actividade económica para efeitos de IVA IVA suportado nos inputs afectos às infraestruturas rodoviárias é dedutível Impugnação EP = SP de IVA Não é aplicável o art.º 2.º, n.º 2, do CIVA: a) não é entidade de natureza pública; b) não é dotada de poderes de autoridade para a concreta actividade económica que desenvolve; c) a sua sujeição a IVA conduz a distorções de concorrência Tem direito à dedução de IVA suportado relativamente às actividades relacionadas com a contribuição de serviço rodoviário

5 Pedido formulado Impugnação Anulação liquidações adicionais + Ressarcimento dos prejuízos sofridos (incluindo custos com garantias bancárias)

6 Contestação Remissão para fundamentos da RG e do RH Não se verificam os pressupostos de incidência objectiva do imposto porque este exige a prestação de um serviço individualizável e conformado por prestações recíprocas Não se verificam os pressupostos de incidência subjectiva do imposto, porque a EP, S.A., é uma entidade pública que desenvolve a sua actividade através de poderes de autoridade Não resulta dessa actuação nesses concretos termos distorção de concorrência

7 Tramitação subsequente em 1.ª instância MP (1.º parecer) Improcedência Audiência de inquirição de testemunhas Alegações (art.º 120.º do CPPT) MP (2.º parecer) Procedência

8 Delimitação do objecto do acórdão: as questões colocadas em recurso Erro de julgamento de facto Recurso Erro de julgamento de direito Junção de pareceres e cópias de contratos de concessão Não há contra-alegações

9 Tramitação no Tribunal Central Administrativo Sul MP (promoção - reenvio prejudicial) Notificação do parecer Despacho Repetição da Inquirição testemunhas Junção de documentos

10 Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul 1) Duas questões prévias: Junção documento em recurso - o artigo 651.º do CPC e o dever do Tribunal consultar os sites oficiais ou ordenar a junção dos documentos Reenvio prejudicial: jurisprudência uniforme quanto ao sentido ou interpretação das normas 2) MÉRITO Erro de julgamento de facto Erro de julgamento de direito

11 Julgamento de facto Alteração do probatório decorrente Do aditamento ao probatório de um conjunto de factos em consequência da procedência parcial do recurso na parte relativa ao erro de julgamento da matéria de facto Da eliminação de um conjunto de pontos da matéria vertida no probatório por a sua integração se revelar absolutamente contrária à natureza de facto ( ocorrências da vida real )

12 Julgamento de facto Alteração do probatório decorrente Do aditamento oficioso de um conjunto de factos alegados e comprovados que, ainda que de natureza instrumental, eram necessários à compreensão do contexto fáctico em que a questão de direito teria que ser decidida Da rectificação de manifesto lapso de escrita (data) detectado no probatório

13 Legitimação da actuação do Tribunal no âmbito do julgamento de facto 1. Intervenção provocada pela impugnante: observância dos pressupostos previstos no artigo 640.º do CPC (impugnação da matéria de facto) 2. Intervenção provocada pela impugnante: observância dos pressupostos previstos no artigo 651.º do CPC

14 Legitimação da actuação do tribunal no âmbito do julgamento de facto 3. Intervenção provocada pela impugnante: materialização dos contratos constantes de site oficial público, uns e outro invocados na petição inicial : distinção entre documentos novos e materialização de documentos ( poder de determinar a junção pelo juiz ou dever de consultar o site) 4. Intervenção oficiosa do tribunal : eliminação do probatório de matéria de direito ou conclusiva (jurisprudência uniforme dos Tribunais Superiores à luz do NCPC)

15 Legitimação da actuação do tribunal no âmbito do julgamento de facto 5. Intervenção oficiosa do tribunal : aditamento de factos alegados suportados na prova testemunhal e documental constante dos autos e relativamente à qual as partes havia sido facultada a possibilidade de se pronunciar (artigo 662.º do CPC) 6. Intervenção oficiosa do tribunal : correcção de manifesto lapso de escrita reproduzindo fielmente a data que constava do documento invocado como suporte da sua fixação no probatório (artigo 662.º do CPC)

16 Tribunal Central Administrativo Instância de recurso Artigo 640.º do CPC: dever de observância pelos recorrentes do condicionalismo e exigências aí previstas Artigo 662.º do CPC: dever de exercício pelo Tribunal Central dos poderes aí consignados

17 Efeitos da conformação legal dos direitos e deveres das partes e do Tribunal Central em sede de julgamento de facto O TCA é efectivamente um tribunal de instância que também julga a matéria de facto A alteração da matéria de facto é hoje uma função normal do TCA enquanto tribunal de recurso O TCA deve alterar a decisão da matéria de facto sempre que no seu «juízo autónomo» conclua que os elementos disponíveis ou acessíveis determinam solução diversa, designadamente em resultado da reponderação dos documentos e depoimentos, complementados ou não pelas regras da experiência

18 Efeitos da conformação legal dos direitos e deveres das partes e do Tribunal Central em sede de julgamento de facto O TCA deve: Alterar a decisão da matéria de facto quando os elementos fornecidos pelo processo impuserem decisão diversa insusceptível de ser destruída por outras provas Alterar a matéria de facto quando esta assente em prova que tenha sido oralmente produzida, tenha ficado gravada e respeite a factos impugnados.

19 Conclusões: O TCA tem autonomia decisória competindo-lhe formar e formular a sua própria convicção mediante a reapreciação dos meios de prova indicados pelas partes ou que se mostrem acessíveis, devendo ordenar, se necessário (dúvidas sérias sobre a credibilidade de alguma testemunha ou sobre o sentido do seu depoimento que não possam ou não devam ser ultrapassadas por outras vias), a renovação da prova; A recente jurisprudência do TCA - de que este acórdão constitui mera referência atento o exercício cumulativo dos vários poderes que nesta matéria estão legalmente consagrados e cometidos às instâncias de recurso partindo do entendimento, pacífico, de que o julgamento de facto é o principal objectivo do processo civil e que dele depende ou está dependente o resultado da acção, revela de forma clara que perfilha o entendimento de que só esse efectivo exercício conduz a um preciso apuramento dos factos e só esse efectivo exercício permite a realização daquele que é o principal objectivo da existência dos tribunais num Estado de Direito Democrático: a realização da Justiça.

20 Obrigada!

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