Consulente: Conservadora da Conservatória do Registo Comercial e de Automóveis de

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1 Pº C. Co. 82/2 009 SJC-CT. Consulente: Conservadora da Conservatória do Registo Comercial e de Automóveis de.. Questão: Sujeição a registo comercial e a registo automóvel da declaração de insolvência, relativamente aos bens que integrem a massa insolvente. Pronúncia 1 : A questão colocada demanda a prévia apreciação sumária da evolução do direito registal predial sobre a matéria objecto da consulta. Seguidamente, procederemos à abordagem da questão autonomamente em sede de registo comercial e em sede de registo automóvel. 1. Registo predial Até estava sujeito a registo a «apreensão em processo de falência» [art. 2º, nº 1, n), do C.R.P.], a registo provisório por natureza a «a apreensão em processo de falência, depois de ordenada a diligência mas antes de esta ser efectuada» [art. 92º, nº 1, n), do C.R.P.], e a registo também provisório por natureza a 1 - A matéria da consulta já foi apreciada no Pº C. Bm. 70/2008 SJC-CT, tendo o parecer emitido neste processo sido homologado por despacho de 3 de Fevereiro de 2009 do Ex.mo Presidente do I.R.N., I.P. Em sede de registo automóvel, foi neste parecer tirada a seguinte conclusão (3ª): «As disposições legais constantes da legislação sobre registo de veículos que se referem ao registo da apreensão de bens em processo de insolvência devem ser objecto de interpretação actualista, por forma a entender-se que o facto sujeito a registo é a declaração de insolvência, conforme decorre do nº 3 do art. 38º do CIRE». Em matéria de registo comercial não foi tirada naquele parecer qualquer conclusão (não estava em tabela), mas foi expressamente referido que «assim, a declaração de insolvência deve projectar-se no registo predial quando a massa insolvente inclua imóveis, no registo comercial quando abranja quotas de sociedades por quotas ( ). A condição é que cada bem em concreto sobre que tal registo incide esteja integrado na massa insolvente». Apesar disso, foi superiormente aprovada a proposta de remessa dos presentes autos a Conselho, o que este deverá interpretar como uma decisão de reapreciação da matéria. É o que vamos tentar fazer. 1

2 «a apreensão em processo de falência, se existir sobre os bens registo de aquisição ou reconhecimento do direito de propriedade ou de mera posse a favor de pessoa diversa do requerido» (art. 92, nº 2, do C.R.P.). A partir daquela data ( ) a já referida al. n) do nº 1 do art. 92º do C.R.P. passou a ter a seguinte redacção: «De apreensão em processo de falência, depois de proferida a sentença de declaração de falência, mas antes da efectiva apreensão» (cfr. art.s 6º, 21º, nº 1, e 23º do D.L. nº 38/2003, de 8 de Março) 2. O D.L. nº 53/2004, de 18 de Março, que aprovou o CIRE, apesar de ter suprimido a dicotomia recuperação/falência e de ter configurado a situação de insolvência como pressuposto objectivo único do processo (cfr. preâmbulo do diploma), não alterou o Código do Registo Predial, no qual o facto sujeito a registo continuou a ser designado por «apreensão em processo de falência». Entretanto, foi publicado o D.L. nº 116/2008, de 4 de Julho, o qual introduziu alterações no CIRE e no C.R.P. As alterações introduzidas no CIRE foram basicamente três: 1ª. Foram aditados os nºs 3 e 4 (passando os anteriores 3 e 4 para 5 e 6) ao art. 38º, com a seguinte redacção: «3- A declaração de insolvência é ainda inscrita no serviço de registo do registo predial, relativamente aos bens que integrem a massa insolvente, com base na respectiva certidão e declaração do administrador da insolvência que identifique os bens» 3 ; «4- Se no registo existir sobre os bens que integram a massa insolvente qualquer inscrição de aquisição ou reconhecimento do direito de propriedade ou de mera posse a favor de pessoa diversa do insolvente, deve o administrador da insolvência juntar ao processo certidão das respectivas inscrições»; 2ª. Foi alterada a redacção da al. a) do nº 2 - Se bem ajuizamos, a alteração do enunciado linguístico da norma nada significa, porquanto era na sentença de declaração de falência que se decretava a apreensão dos bens da massa [cfr. art. 128º, nº 1, c), do CPEREF], pelo que dizer-se que o facto estava sujeito a registo provisório depois de decretada a apreensão ou depois da sentença declaratória da falência significava a mesma coisa. 3 - A redacção deste nº 3 do art. 38º do CIRE veio a ser entretanto alterada pelo D.L. nº 185/2009, de 12 de Agosto, passando a ser a seguinte: «3- Sem prejuízo do disposto no nº 5 do artigo 43º do Código do Registo Predial, a declaração de insolvência é ainda inscrita no registo predial, relativamente aos bens que integrem a massa insolvente, com base em certidão judicial da declaração de insolvência transitada em julgado, se o serviço de registo não conseguir aceder à informação necessária por meios electrónicos, e em declaração do administrador da insolvência que identifique os bens». Neste Decreto-Lei procedeu-se a mais um aditamento (nº 4, passando o anterior nº 4, aditado pelo D.L. nº 116/2008, para nº 5 e os anteriores nºs 5, 6 e 7 para nºs 6, 7 e 8) ao citado art. 38º, com a seguinte redacção: «4- O registo previsto no número anterior, quando efectuado provisoriamente por natureza, é feito com base nas informações incluídas na página informática do tribunal, nos termos da al, b) do nº 6, e na declaração do administrador da insolvência que identifique os bens». 2

3 6 do art. 81º, que passou a ser a seguinte: «Forem celebrados a título oneroso com terceiros de boa fé anteriormente ao registo da sentença da declaração de insolvência efectuado nos termos dos nºs 2 ou 3 do artigo 38º, consoante os casos»; 3ª. Foi revogado o art. 152º (cfr. art. 34º, f)). E também foram três as alterações introduzidas no C.R.P.: 1ª. O art. 2º, nº 1, n), passou a contemplar a «declaração de insolvência»; 2ª. O art. 92º, nº 1, n), passou a contemplar o registo provisório por natureza da «declaração de insolvência antes do trânsito em julgado da sentença», e os art.s 92º, nº 2, a), e 119º, nº 1, a «declaração de insolvência»; 3ª. A al. l) do nº 1 do art. 95º deixou de contemplar a «apreensão de bens em processo de falência» e a al. m) deste mesmo número passou a contemplar os requisitos especiais do registo (definitivo) da declaração de insolvência (a data e hora de prolação da sentença e a data do respectivo trânsito) A modificação introduzida no regime da insolvência pelo citado D.L. nº 116/2008 já foi objecto de estudo por Catarina Serra, in SCIENTIA IVRIDICA Separata Janeiro Março 2009 Tomo LVIII Nº 317, págs. 81 e segs. A Autora sublinha que «a modificação merece uma apreciação irrestritamente positiva, na medida em que o (único) facto agora sujeito a registo predial é aquele que sempre foi o (único) facto relevante: a declaração de insolvência». Cremos, assim, poder afirmar que a modificação teve um alcance substantivo, precisamente naquelas situações em que em relação ao sujeito passivo da declaração de insolvência (o devedor) inexista registo público [registo comercial, civil ou outro registo público, destinado a definir a situação jurídica dessa entidade cfr. art. 38º, nº 2, a), b) e c), do CIRE] que acolha a sentença de declaração de insolvência. Qual, então, o alcance substantivo da modificação? Basicamente, proteger os terceiros de boa fé adquirentes a título oneroso, relativamente aos actos que não forem de algum dos tipos referidos no nº 1 do art. 121º do CIRE celebrados com devedor não sujeito a registo público no período entre a sentença de declaração de insolvência 4 e o registo [predial] desta declaração de insolvência. Estes actos, ressalvado o disposto no título X do CIRE, eram ineficazes em relação à massa insolvente (cfr. art. 81º, nºs 1 e 6, do CIRE) porque a sentença de declaração 4 - Se bem ajuizamos, Catarina Serra (op. cit., pág. 94) entende que a modificação introduzida ao CIRE só é aplicável à declaração de insolvência prolatada a partir de (cfr. art. 36º do D.l. nº 116/2008), ainda que a declaração de insolvência prolatada anteriormente àquela data venha a ser inscrita no registo predial (agora por aplicação no tempo da lei registal). 3

4 de insolvência não estava sujeita a registo público, do que resultava que o terceiro de boa fé que praticou o acto a título oneroso com o insolvente não tinha protecção possível. Com a modificação, o terceiro de boa fé adquirente a título oneroso do insolvente passa a estar protegido contra a aplicação do regime da ineficácia desde que o acto tenha sido celebrado até ao registo predial da declaração de insolvência. Como ensina Catarina Serra (op. cit., págs. 84 e segs.), uma das entidades susceptíveis de declaração de insolvência que não estão sujeitas qua tale a registo público definidor da sua situação jurídica é a herança aceita (apesar de verdadeiramente ela não ser um património autónomo, mas antes um património separado cfr. art. 2º, nº 1, h), do CIRE]. Tanto basta, a nosso ver, para realçar a importância da modificação. Tendo a herança aceita sido declarada insolvente a partir de , o terceiro de boa fé que tenha adquirido a título oneroso dos herdeiros habilitados (contitulares da herança) após a sentença declaratória da insolvência e antes do registo predial desta declaração, desde que o acto praticado não integre um dos tipos referidos no art. 121º do CIRE, goza de protecção, sendo neste caso o acto eficaz em relação à massa insolvente 5. Cremos não restarem dúvidas de que a apreensão em processo de insolvência passou a ser facto não sujeito a registo. O art. 152º do CIRE, como já se disse, foi revogado 6. Porém, importa esclarecer um ponto crucial, que é o de saber se a declaração de insolvência está sujeita a registo predial em todos os casos 7 -esteja ou não a entidade 5 - Pretendemos aqui apenas sublinhar o alcance da modificação legislativa. Não vamos, assim, abordar questões que já se colocavam antes da modificação, e mesmo no domínio do CPEREF. Por exemplo, sobre se o registo da declaração de insolvência pode ser efectuado definitivamente apesar de já se encontrar registada a aquisição ao insolvente, e, sendo a resposta afirmativa, em que casos (v.g. aquisição gratuita e aquisição, ainda que a título oneroso, titulada após o registo público, havendo-o, da sentença declaratória de insolvência? cfr. conclusões I e II do parecer emitido no Pº R.P. 119/97 DSJ-CT, in BRN nº 4/98, pág. 13). 6 - Embora a matéria do nº 2 daquele artigo tenha transitado para o actual nº 5 do art. 38º (do CIRE), embora sem a expressão «( )para que se possa observar o disposto nas leis de registo e na legislação complementar», que terá sido considerada redundante pelo legislador (cfr. art. 119º, nº 1, do C.R.P.). 7 - A questão, no nosso modesto entender, tem razão de ser, embora não creiamos que Catarina Serra, quando (op. cit., pág. 84) pergunta: «Mas quais são as entidades que não estão sujeitas a registo público e 4

5 declarada insolvente sujeita a registo público e, em caso afirmativo, se o registo da declaração de insolvência terá em qualquer caso os mesmos efeitos. Cremos que nem a letra da lei (nº 3 do art. 38º do CIRE) nem aliás o seu espírito consentem outra interpretação que não seja a de que a declaração de insolvência está, em qualquer caso, sujeita a registo predial. Já quanto aos efeitos, haverá que distinguir o registo da declaração de insolvência sobre bem integrante de massa insolvente de entidade sujeita a registo público e o registo da declaração de insolvência sobre bem integrante da massa insolvente de entidade não sujeita a registo público. No primeiro caso, o registo é meramente enunciativo, o que vale por dizer que a falta de registo não gera a inoponibilidade do acto (de decretamento da apreensão?) a terceiros, sendo antes a este propósito «determinante o registo [no registo público da entidade declarada insolvente] da própria sentença declaratória da insolvência, segundo o que se alcança do disposto no art. 81, nº 6, a), ( )» (cfr. Carvalho Fernandes e João Labareda, in Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, Vol. I (Reimpressão), 2006, pág. 509). No segundo caso, o registo predial da declaração de insolvência é condição de ineficácia em relação à massa insolvente do acto (que não integre um dos tipos referidos no art. 121º do CIRE) praticado pelo insolvente com terceiro de boa fé adquirente a título oneroso após a sentença declaratória da insolvência. Em conclusão: se o insolvente for entidade sujeita a registo público, o registo da sentença declaratória de insolvência, e não o registo predial da declaração de insolvência, será condição da ineficácia dos actos anteriormente referidos; se o insolvente não for entidade sujeita a registo público, será antes o registo predial da declaração de insolvência a condição daquela ineficácia 8. Afigura-se-nos ser este o sentido da expressão «consoante os casos» ínsita na al. a) do nº 6 do art. 81º do CIRE 9. cuja declaração de insolvência é, por isso, susceptível deste registo predial?» esteja a levantar esta questão e a tomar posição sobre ela. 8 - O que torna a questão do cancelamento prematuro ou seja, antes do registo da aquisição do bem no processo de insolvência do registo da declaração de insolvência bem mas delicado (cfr. art. 58º, nº 3, do C.R.P., e citado parecer emitido no Pº R.P. 119/97, conclusões V e VI). 9 - Cremos que também é esta a posição de Catarina Serra, op. cit., pág. 84, quando ensina que o novo texto do art. 81º, nº 6, a), do CIRE, «remetendo em alternativa para o art. 38º, nº 3, do CIRE, adapta finalmente a sua disciplina aos casos em que apenas existe registo predial». 5

6 Em sede de registo predial, e na economia do parecer, é o que se nos oferece dizer sobre a matéria Registo comercial 2.1. Até 30 de Junho de 2006 (data da entrada em vigor do D.L. nº 76-A/2006, de 29 de Março) julgamos que era pacífico o entendimento de que a apreensão de quotas ou de direitos sobre elas 11 era facto sujeito a registo. Ainda que o facto não estivesse expressamente previsto na al. f) do art. 3º do CRCom, esta norma previa (e prevê) não só a penhora de quotas mas ainda quaisquer outros actos e providências que afectem a sua livre disposição. Ora, o art. 152º, nº 1, do CIRE dizia-nos que devia ser prontamente 10 - O que não significa que outras questões relacionadas com o registo do facto não devessem ser suscitadas. Por exemplo, quanto à obrigatoriedade do registo, ao sujeito da obrigação de registar e ao prazo para registo. O registo é obrigatório a contar do trânsito em julgado da sentença declaratória da insolvência (cfr. art. 8º-A, nº 1, a), i), a contrario, do C.R.P.]. O sujeito da obrigação de registar é o administrador da insolvência [cfr. art. 8º-B, nº 3, c), do C.R.P.], como aliás sustenta Catarina Serra (op. cit., pág. 94). O prazo para registar é de 30 dias e conta-se a partir da data do trânsito em julgado da sentença declaratória da insolvência [cfr. art. 8º-C, nº 1, do C.R.P.). Neste ponto, não podemos concordar nem com Carvalho Fernandes e João Labareda, ob. cit., 2009 (Reimpressão), nota de actualização, nem com Catarina Serra (op. cit., pág. 95). Aliás, salvo o devido respeito, também temos dificuldade em acompanhar a posição destes Autores, quando sustentam que o registo só deve ser pedido depois da apreensão dos bens. Antes estava e agora continua a estar previsto o registo provisório do facto (antes apreensão e agora declaração de insolvência), logo após a prolação da sentença declaratória [cfr. art. 92º, nº 1, n), do C.R.P., na redacção antiga e recente, e actual nº 4 do art. 38º do CIRE que, embora sem o dizer expressamente, só pode referirse ao registo provisório por natureza antes do trânsito em julgado da sentença, porquanto a outra modalidade de registo provisório por natureza está prevista no nº 5 deste art. 38º]. Porém, uma coisa é o prazo que o administrador da insolvência terá que cumprir para efectuar o registo (definitivo) da declaração de insolvência, no âmbito do regime da obrigatoriedade do registo. E coisa bem diferente é o desempenho da sua função tendo em vista os fins da liquidação, e nesta perspectiva teremos de convir (embora o ponto não diga respeito à actividade registal) que mormente se a entidade declarada insolvente não está sujeita a registo público [estando sujeita, o registo determinante é o da sentença declaratória nesse registo público, cuja legitimidade para formular o pedido é da secretaria judicial (cfr. art. 38º, nº 6, a), do CIRE)] -, dados os relevantes e já assinalados efeitos do registo predial, o administrador da insolvência deverá diligenciar pela rápida identificação dos bens da massa insolvente e pelo registo predial (provisório, se a sentença não tiver entretanto transitado ) da declaração de insolvência Não interessa considerar agora o caso do direito aos lucros e à quota de liquidação das participações sociais das sociedades em nome colectivo e dos sócios comanditados das sociedades em comandita simples, em que para sustentar a tese da registabilidade do facto (apreensão em processo de insolvência) ter-se-ia que percorrer outro caminho. 6

7 registada a apreensão dos bens cuja penhora estivesse sujeita a registo, não sendo descabido sustentar-se ainda que a apreensão, ainda que não afectasse directamente a disposição dos bens, havia sido decretada na sentença declaratória da insolvência, o facto relevante de que derivava essa afectação. Por outro lado, o art. 64º, nº 1, l), do CRCom, na redacção introduzida pelo D.L. nº 53/2004, de 18 de Março (art. 7º), previa expressamente o registo provisório por natureza «de apreensão em processo de insolvência, depois de proferida a sentença de declaração insolvência, mas antes da efectiva apreensão», e os art.s 64º, nº 2, a), e 80º do mesmo Código (também na versão introduzida por aquele Decreto-Lei), previam o mesmo registo de apreensão nos casos em que sobre as quotas subsistisse registo de aquisição a favor de pessoa diversa do insolvente. Entretanto, foi publicado o já citado D.L. nº 76-A/2006, que introduziu profundas alterações ao CRCom. No que toca à economia do parecer, importa realçar a revogação da al. l) do nº 1 do art. 64º e a revogação do art. 80º, ambos do CRCom [cfr. art. 61º, c), daquele Decreto-Lei], e a invenção de uma nova forma de registo, o registo por depósito, que consistia no mero arquivamento dos documentos que titulassem factos sujeitos a registo, que passou a ser adoptada na apreensão de quotas em processo de insolvência [cfr. art. 53º-A, nº 5, a), do CRCom]. Finalmente, foi publicado o já citado D.L. nº 116/2008, o qual, tendo embora mais uma vez alterado e aditado o CRCom, não buliu na regulamentação da matéria em análise, mas introduziu ao CIRE as relevantes alterações já atrás pormenorizadamente descritas, 2.2. A Senhora conservadora consulente pergunta se deve continuar a fazer o registo de apreensão de quotas em processo de insolvência. Vejamos. Depois de (data da entrada em vigor do D.L. nº 76-A/2006) e até (data da entrada em vigor do D.L. nº 116/2008), cremos que a apreensão de quotas em processo de insolvência era facto sujeito a registo. Pese embora ter desaparecido do CRCom a expressão «apreensão em processo de insolvência», porque a al. l) do nº 1 do art. 64º e os art.s 64º, nº 2, a), e 80º foram revogados, restava-nos para além da al. f) do art. 3º do CRCom - o art. 152º do CIRE, que a nosso ver era inequívoco sobre a registabilidade do facto. Na verdade, se a penhora de quotas era facto 7

8 sujeito a registo, a apreensão em processo de insolvência deveria igualmente ser registada, dizia-nos linearmente o art. 152º do CIRE. Então, quanto mais não fosse por aplicação da al. u) do nº 1 do art. 2º do C.R.P. ex vi do art. 115º do CRCom, o facto deveria ser registado. Problema estava, a nosso ver, por um lado, em saber se o registo podia ser feito provisoriamente por natureza, depois de proferida a sentença de declaração de insolvência mas antes da efectiva apreensão, e, por outro lado, em saber se o mesmo registo tinha que ser definitivo, apesar de subsistir sobre a quota apreendida registo de aquisição a favor de pessoa diversa do insolvente. Numa interpretação sectária, fechada sobre as normas do CRCom, parece que teríamos de concluir que qualquer das referidas modalidades de registo provisório por natureza estaria afastada. Basta atentar no que se escreveu no Manual de Procedimentos do Registo Comercial, da Propriedade e Autoria da D.G.R.N. M.J., pág. 48: «Desaparecem do artigo 64º todos os factos respeitantes a participações sociais e respectivos titulares, uma vez que estes ingressam sempre de forma definitiva». Salvo o devido respeito, não cremos que devesse vingar uma interpretação baseada em normas de direito adjectivo, quando o direito substantivo era inequívoco quanto à necessidade de observância de regras registais próprias precisamente, no âmbito do registo comercial, os art.s 64º, nº 2, a), e 80º do CRCom - em caso de inscrição de aquisição da quota apreendida em nome de pessoa diversa do insolvente 12. Importa, neste ponto, frisar que o D.L. nº 76-A/2006 não alterou a norma do nº 2 do art. 152º do CIRE, para excluir do seu âmbito o registo comercial, pelo que a partir daí passou a haver uma contradição entre o conteúdo desta norma e a revogação dos art.s 64º, nº 2, a), e 80º do CRCom. Ora, esta contradição deveria ser resolvida dando prevalência ao direito substantivo e à certeza e segurança do comércio jurídico. A partir do momento em que se reconheça a existência de factos relativos a quotas que devam ser registados provisoriamente por natureza, teremos também que admitir, apesar de o CIRE ser na época omisso sobre o ponto, que a unidade do sistema jurídico aconselharia a que também fosse registada provisoriamente por natureza a apreensão em processo de insolvência de quota ainda não efectivamente apreendida. Já quanto à forma de registo a adoptar se por transcrição se por depósito -, cremos que é o direito substantivo que define os efeitos deste registo, pelo que o que importaria para o caso de continuar a haver, em face da legislação em vigor, facto relativo a quotas sujeito a registo comercial, no âmbito da insolvência, o que questionaremos no ponto seguinte era regulamentar ao abrigo do nº 6 do art. 53º-A do 12 - Em relação a uma dessas normas (art.64º, nº 2, a)) a respectiva letra era ultrapassável apenas nos casos em que não estava presente a sua razão de ser (cfr. parecer referido na nota 5). 8

9 CRCom, introduzido pelo art. 3º do D.L. nº 122/2009, de 21 de Maio, os respectivos «suportes, processo e conteúdo» para bem desempenhar a sua função A partir de , cremos não restarem dúvidas de que a apreensão de quotas em processo de insolvência é facto não sujeito a registo. O art. 152º do CIRE, como já se referiu, foi revogado. Estará a declaração de insolvência sujeita a registo comercial, sobre quotas ou direitos sobre elas que integrem a massa insolvente? A propósito desta matéria, Catarina Serra, op. cit., pág. 96, escreveu o seguinte trecho, que com a devida vénia passamos a transcrever: «A igualdade de tratamento dos terceiros é ainda posta em causa noutro ponto. A alteração legislativa contempla apenas o registo predial da declaração de insolvência. Fica, assim, por definir a disciplina dos actos envolvendo bens não sujeitos a registo predial quer os bens de todo não sujeitos a registo, quer os bens sujeitos a outros registos públicos que não o predial (por exemplo, os automóveis). E todavia, a inexistência do registo da declaração de insolvência nestes casos é um facto impeditivo da aplicabilidade da disciplina excepcional, ficando os actos condenados ao regime geral (da ineficácia). Desta vez, contudo, o resultado poderia ter sido evitado. Bastava ter-se previsto, na norma do nº 3 do art. 38º do CIRE, que a declaração de insolvência é ainda inscrita, relativamente aos bens que integrem a massa, nos serviços de registo competentes consoante a natureza dos bens». A posição assumida pela Mestre ganha ainda maior acuidade com a recente alteração daquele nº 3 do art. 38º do CIRE (cfr. nota 3), que não tocou no ponto questionado. Apesar de tudo, e sempre salvo o devido respeito, nós inclinamo-nos para uma interpretação correctiva desta norma (nº 3 do art. 38º do CIRE). Não descortinamos no pensamento legislativo motivos para excluir do registo da declaração de insolvência os bens integrantes da massa insolvente cuja situação jurídica é definida por outros registos públicos para além do registo predial, designadamente pelo registo comercial e pelo registo automóvel. Se os bens estão sujeitos a registo público definidor da sua situação jurídica, é a nosso ver incompreensível que os terceiros de boa fé adquirentes a título oneroso sejam ou não protegidos quando adquiram a devedor declarado insolvente não sujeito a registo público, consoante o objecto da aquisição seja 9

10 bens sujeitos a registo predial ou bens sujeitos a registo comercial ou a registo automóvel. Segundo Baptista Machado, in Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador, 1991, pág. 186, «quando a fórmula normativa é tão mal inspirada que nem sequer consegue aludir com uma clareza mínima às hipóteses que pretende abranger e, tomada à letra, abrange outras que decididamente não estão no espírito da lei, poderá falar-se de interpretação correctiva». Ora, o legislador abandonou uma expressão tradicionalmente consagrada «registo de apreensão dos bens cuja penhora esteja sujeita a registo» (cfr. revogado art. 1209º do C.P.C., art. 178º, nº 1, do revogado CPEREF, e revogado art. 152º do CIRE) para utilizar uma expressão «a declaração de insolvência é ainda inscrita no registo predial, relativamente aos bens que integrem a massa insolvente» que, por um lado, não abrange, sem razão plausível, as hipóteses de inscrição no registo comercial e no registo de veículos, e, por outro lado, abrange bens integrantes da massa insolvente que, por não estarem sujeitos a registo definidor da sua situação jurídica, não podem ser objecto de registo (predial, comercial, de veículos ou outro) da declaração de insolvência. Em face do exposto, e partindo do pressuposto, anteriormente assente, que o pedido de registo comercial da declaração de insolvência é qualificável pelo conservador, jamais recusaríamos este pedido, formulado pelo administrador da insolvência 13, com fundamento em que o facto não está sujeito a registo [cfr. art. 48º, nº 1, c), 2º segmento, do CRCom]. 3. Registo de veículos O D.L. nº 54/75, de 12 de Fevereiro, que disciplina o registo de veículos, na sua redacção primitiva não sujeitava a registo a apreensão em processo de falência, mas apenas «a apreensão prevista neste diploma» [cfr. art. 5º, nº 1, e)] 14, ou seja, a apreensão ordenada em juízo na sequência do vencimento e não pagamento do crédito hipotecário ou do não cumprimento das obrigações que originaram a reserva de propriedade (cfr. art.s 15º e segs.) A legitimidade do administrador da insolvência para pedir o registo da declaração de insolvência sobre quotas não pode merecer contestação Teremos que reconhecer que também aqui havia uma contradição com o direito substantivo, porquanto a penhora de veículos automóveis era facto sujeito a registo. 10

11 Foi o art. 11º do D.L. nº 178-A/2005, de 28 de Outubro, que sujeitou a registo a «apreensão ou quaisquer outras providências judiciais ou administrativas que afectem a livre disposição de veículos» [cfr. art. 5º, nº 1, h), do D.L. nº 54/75] e que consagrou a modalidade do registo provisório por natureza da apreensão em processo de insolvência (cfr. art. 7º, nº 2, do mesmo Decreto-Lei) 15. O já citado D.L. nº 116/2008 não alterou nem adaptou qualquer das normas designadamente, os mencionados art.s 5º, nº 1, h), e 7º, nº 2 do D.L. nº 54/ Estará a declaração de insolvência sujeita a registo de veículos, sobre veículos a motor e respectivos reboques e direitos sobre eles que integrem a massa insolvente? No âmbito do registo de veículos, efectuada a interpretação correctiva do nº 3 do art. 38º do CIRE nos termos anteriormente propostos para o registo comercial, a resposta à questão colocada afigura-se-nos mais clara, porquanto não nos defrontamos com normas internas (registais) cuja letra impeça a feitura de registos provisórios. Haverá, então, que proceder, como aliás foi sustentado no citado parecer emitido no Pº C. Bm. Nº 70/2008 SJC-CT, à mera substituição da expressão «apreensão em processo de insolvência» por «declaração de insolvência» (interpretação actualista). Quanto à questão de saber se no registo de veículos também é admitida a modalidade de registo provisório por natureza depois da prolação da sentença declaratória da insolvência mas antes do seu trânsito em julgado, também entendemos que a resposta está agora facilitada. Na verdade, se o nº 3 do art. 38º do CIRE, por força da interpretação correctiva que ensaiámos, abrange a inscrição no registo comercial e a inscrição no registo de veículos, relativamente aos bens sujeitos a cada um destes registos públicos que integrem a massa insolvente, naturalmente que os nºs 4 e 5 deste mesmo artigo também contemplarão o registo comercial e o registo de veículos. Ora, como já sustentámos (nota 10), o nº 4 do art. 38º do CIRE refere-se ao registo provisório por natureza da declaração de insolvência antes do trânsito em julgado da sentença declaratória. 4. Este é, salvo melhor opinião, o nosso parecer Não esclarecendo, porém, se são admitidas ambas as modalidades de registo provisório por natureza [referidas no art. 92º, nº 1, n), e nº 2, a), do C.R.P.] (a última expressamente aludida no art. 48º, nº 2, do Decreto nº 55/75, de 12 de Fevereiro, na redacção do art. 16º daquele D.L. nº 178-A/2005)]. 11

12 Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 21 de Outubro de João Guimarães Gomes Bastos, relator, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes (com declaração de voto em anexo), Luís Manuel Nunes Martins, Carlos Manuel Santana Vidigal (com declaração de voto em anexo), António Manuel Fernandes Lopes, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Maria Madalena Rodrigues Teixeira, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

13 P C. Co. 82/2009. SJC-CT Declaração de voto Voto favoravelmente o presente parecer, excepto na parte em que, relativamente ao período compreendido entre a data em vigor do Decreto-Lei n. 76- A/2006, de 29 de Março, e até à data da entrada em vigor do Decreto-Lei n. 116/2008, de 4 de Julho, sustenta a possibilidade de execução como provisório por natureza do registo de apreensão de quotas em processo de insolvência, quando subsista sobre a quota apreendida registo de aquisição a favor de pessoa diversa do insolvente. Também não acompanho o parecer na parte em que conclui que depois da entrada em vigor do aludido Decreto-Lei n. 116/2008, o pedido de registo de declaração de insolvência é qualificável pelo conservador e que jamais recusaria este pedido nesse sentido formulado pelo administrador da insolvência com fundamento em que o facto não está sujeito a registo. Subscrevo a afirmação de que a declaração de insolvência deve ser inscrita no registo comercial relativamente a quotas de sociedades que integrem a massa insolvente mas, diferentemente do parecer, não posso deixar de entender que o registo de tal facto fica sujeito ao regime especial previsto nos artigos A e seguintes do Código das Sociedades Comerciais e bem assim às disposições que no Código do Registo Comercial regem o registo de factos relativos a quotas. Este recente regime jurídico dos registos por depósito consubstancia uma das mais profundas inovações introduzidas no registo comercial português que não tem merecido da doutrina uma aceitação pacífica, certamente por ser indefinido em alguns aspectos e, porventura, gerador de conflitos e contradições intrínsecas. Certo mesmo é que este facto ingressa no registo por depósito e não por transcrição, como resulta do disposto nos artigos 3. alínea f) e 53. -A, n. 5 do CRC. O juízo sobre a viabilidade do pedido de registo a efectuar por depósito escapa à competência do conservador prevista no artigo 47. do CRC, cujos poderes parecem cingir-se na letra da lei à possibilidade de rejeição da apresentação ao abrigo do disposto no artigo 47., n. 2 e 7, do mesmo Código. Parece claro, também, o propósito legislador em afastar a possibilidade de que os registos lavrados por depósito poderem ser qualificados de provisórios por natureza e/ou por dúvidas, sendo inquestionável que essa possibilidade não resulta do disposto nos artigos A a F do CSC. 13

14 Ainda que não esteja em tabela proceder à definição dos efeitos do registo deste facto, em particular o que respeita à eficácia entre as partes e a oponibilidade do facto a terceiros, a compreensão do sistema não pode ignorar esse regime. E é aqui que importa por em evidência o regime especial que artigo A do CSC: Os factos relativos a quotas são ineficazes perante a sociedade enquanto não for solicitada, quando necessária, a promoção do respectivo registo.. Este regime de ineficácia também encontra fundamento no regime previsto no artigo 239., nos 4 e 5, do CSC. Portanto, além da definição do regime de eficácia entre as partes e da oponibilidade a terceiros, importa considerar também o regime de eficácia dos factos relativos a quotas relativamente à sociedade. Nada disto, porém, prejudica a conclusão retirada do disposto no n. 2 do artigo 38. do CIRE. Lisboa, 21 de Outubro de O vogal Carlos Manuel Santana Vidigal 14

15 Proc.º C. Co. 82/2009 SJC-CT Declaração de voto Voto favoravelmente o parecer, excepção feita à matéria do registo comercial no que respeita, concretamente, à qualificação do pedido de registo da declaração de insolvência pelos motivos que a seguir, muito sinteticamente, exponho. A Reforma levada a efeito pelo Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, alterou profundamente a estrutura e as regras ínsitas no Código do Registo Comercial (CRC) bem como as do Código das Sociedades Comerciais (vd., em especial, o disposto nos artigos 242.º-A a 242.º-F). Dos objectivos enunciados no exórdio do citado diploma e confirmados na previsão dos seus diversos normativos (respeitantes, designadamente, ao registo online, certidão online e eliminação das regras da competência territorial das conservatórias do registo comercial) avulta, com pertinência in casu, a adopção da possibilidade de registos por depósito e a criação de um novo regime de registo relativo às quotas sociais 16. Os registos passaram a ser efectuados por transcrição ou por depósito, sendo que os factos atinentes a quotas sociais ingressam no registo por depósito, como claramente resulta da análise conjugada do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 3.º e das alíneas a) e g) do n.º 5 do artigo 53.º-A do CRC. Como é sabido, o registo por depósito consiste no mero arquivamento dos documentos que titulam factos sujeitos a registo (n.º 3 do citado artigo 53.º-A), devendo constar da respectiva ficha de registo as menções gerais e especiais constantes dos artigos 14.º e 15.º do Regulamento do Registo Comercial. Por conseguinte, a apreciação da viabilidade do pedido de registo que tem lugar por força e nos termos do prescrito no artigo 47.º do CRC no tocante aos registos por transcrição ficou deliberadamente excluída do núcleo dos poderes de qualificação do conservador no que tange aos pedidos de registo a efectuar por depósito. 16 Não se desconhece que este novo regime tem merecido críticas de alguma doutrina que considera ter havido quebra da harmonia sistemática até então indiscutível, e que, por isso, reivindica uma reforma corajosa e clarificadora da situação actual cfr., entre outros, MENEZES CORDEIRO, in Código das Sociedades Comerciais, 2009, págs. 637 e segs. 15

16 Ora, não cremos que tal tenha sucedido por desatenção do legislador 17, bem pelo contrário. Nestes termos, o conservador não pode qualificar os registos por depósito, com a natureza de provisórios ou recusar a sua realização, pela singela razão de que não se subsumem na facti species dos artigos 47.º, 48.º e 49.º do CRC, que se referem expressamente a registos por transcrição. No entanto, paralelamente à retirada de tais atribuições do âmbito de competência funcional do conservador, o legislador com o intuito de minorar os efeitos nefastos que de tal supressão pudessem eventualmente advir para a segurança do comércio jurídico, teve o cuidado de responsabilizar a sociedade (responsabilidade que no caso dos autos tem de ser assumida pelo administrador de insolvência que peticione o registo veja-se o disposto no artigo 29.º-B do CRC) pelo cumprimento, maxime, dos princípios da legalidade, prioridade e da sucessão dos registos 18. Consequentemente, perante o quadro normativo vigente não vislumbramos como, ao seu arrepio, se possa exortar à qualificação do pedido de registo da declaração de insolvência relativo a quotas (ou de qualquer outro registo a efectuar por depósito, entenda-se), ainda que se possa discordar da pureza da técnica legislativa adoptada. Em face do exposto, afigura-se-me que a declaração de insolvência é facto sujeito a registo comercial quando os bens abrangidos respeitem a quotas sociais, mas o aludido registo é efectuado por depósito sendo, portanto, insusceptível de qualificação. 17 Na fixação do sentido e alcance da lei, o intérprete deve presumir que o legislador consagrou as soluções mais acertadas e soube exprimir o seu pensamento em termos adequados cfr. o que dispõe o artigo 9.º do Código Civil. 18 Como salientámos no parecer proferido no proc.º R.Co.3/2009 SJC-CT, homologado pelo Senhor Presidente em 27 de Março de 2009, se o conservador promove o registo (mesmo com oposição da sociedade) nos termos dos n.ºs 1 e 5 do artigo 29.º-A do CRC, incumbe-lhe então assegurar o cumprimento de todas as disposições legais atinentes ao registo em causa. Neste caso, de carácter excepcional, a intervenção do conservador verifica-se, digamos, a dois níveis um enquanto entidade promotora do registo (devendo observar rigorosamente o prescrito nos artigos 242.º-A a 242.º-E do CSC) e o outro como registrador (devendo apenas proceder ao arquivo dos documentos e à menção do facto na ficha nos termos supra referidos). 16

17 Sublinho, por fim, que igual entendimento deve ser aplicado à apreensão de quotas em processo de insolvência, quando subsista sobre a quota apreendida registo de aquisição a favor de pessoa diversa do insolvente, por se tratar de facto sujeito a registo por depósito a partir da entrada em vigor do citado Decreto-Lei n.º 76-A/2006 e até à entrada em vigor das alterações introduzidas no CRC pelo Decreto-Lei n.º 116/2008, que lhe introduziu uma nova terminologia «declaração de insolvência». Lisboa, 21 de Outubro de Isabel Ferreira Quelhas Geraldes 17

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